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ROTEIRO PPE

Slide 1 - Comércio exterior e intensidade tecnológica

A qualidade da inserção de um país no comércio exterior é uma forma indireta de avaliar o


grau de dependência tecnológica de seus setores industriais e de qualificar a possibilidade
de efetiva transferência de tecnologia via importações.

Premissas:

i) a importação de tecnologia, por um lado, pode auxiliar a rápida modernização da nação


importadora e, por outro, pode indicar sua inaptidão tecnológica, portanto, seu grau de
dependência tecnológica;

ii) as exportações de tecnologia, por sua vez, podem indicar a aptidão tecnológica dessa
nação.

Slide 2 - Comércio internacional de produtos tecnológicos

O comércio internacional de produtos tecnológicos demonstram 2 coisas:

● mostra o padrão de inserção comercial de um país em âmbito internacional; de


outro, exibe indiretamente o grau de aptidão tecnológica acumulada para lançar
produtos nos mercados internacionais

● grau de dependência nacional em relação a produtos com elevado conteúdo


tecnológico

Slide 3 - A importação de produtos com densidade tecnológica

A importação de tecnologias não produzidas domesticamente pode ser utilizada como um


“atalho” para diminuir o hiato tecnológico ao permitir sua implementação no processo
produtivo interno, de maneira relativamente mais rápida e menos custosa.

Por isso, a despeito de alguns especialistas sugerirem que a importação de tecnologia per
se não é relevante, pois não se trata de transferência de know-how, mas de show-how
(Simon, 1991), em determinados contextos a importação de tecnologia contribuiu para o
processo de aprendizado doméstico e para a redução do atraso relativo de algumas nações

Slide 4 - A exportação de produtos com densidade tecnológica

A exportação de tecnologia, por seu turno, pode ser utilizada como indicador de
desempenho do desenvolvimento tecnológico e indiretamente da aptidão tecnológica do
país exportador.
Assim, a venda de tecnologias mostra a desenvoltura do país exportador no comércio
mundial, seu conhecimento tecnológico acumulado e sua habilidade em criar outros
produtos que serão absorvidos pelo mercado externo.

slide 5 - Antecedentes históricos

A trajetória de industrialização por substituição de importações (ISI) usou o potencial de


crescimento do mercado interno, e pouca ênfase foi dada à capacidade de competir
globalmente.1 O foco nas exportações quase sempre foi de natureza emergencial para
sanar problemas no balanço de pagamentos (Pacheco; Almeida, 2013). Tal ênfase
“cristalizou-se” na cultura industrial brasileira, de modo que, até hoje, a inserção
internacional da indústria nacional é frágil.

slide 6 - Antecedentes históricos

Anos 50: as importações brasileiras de tecnologia estavam tipicamente desconexas das


atividades inovativas significantes nas firmas que as importavam .

Anos 70: O enfoque “desarrollo hacia adentro”, apoiado no processo de ISI, já mostrara seu
desgaste em meados dos anos 1970.

Anos 80: Chega-se aos anos 1980 com a crise da dívida externa e com problemas infl
acionários. O foco das preocupações durante toda essa década está, grosso modo, na
estabilização monetária.

slide 7 - Antecedentes históricos Anos 90

Dados o esgotamento do modelo de ISI e a crise da década de 1980, não somente o Brasil,
mas outros países latino-americanos foram induzidos a um suposto “projeto de
desenvolvimento”, de inspiração neoliberal.

Os reformistas liberais brasileiros apoiaram a estratégia de liberalização geral e irrestrita


baseando-se nos seguintes pontos (Belluzzo, 2012b):
i. A estabilidade de preços criaria as condições para o cálculo econômico de longo prazo,
estimulando o investimento privado;
ii. A abertura comercial disciplinaria os produtores domésticos, forçando-os a se tornarem
mais competitivos;
iii. As privatizações e o IDE removeriam os gargalos de oferta na indústria e na
infraestrutura;
iv. A liberalização cambial atrairia poupança externa em escala suficiente para
complementar os esforços de investimento doméstico
slide 7 - Antecedentes históricos Anos 2000

A partir dos anos 2000, já no governo Lula, diferentes projetos de investimento foram
efetuados, com orientação desenvolvimentista, envolvendo políticas de dinamismo do
mercado interno, apoiando, assim, o setor privado e investimentos no setor de
infraestrutura, políticas sociais e políticas de crédito. Além disso, passou-se a dar
importância à inovação com maior amplitude. Houve a criação da Política Nacional de
Ciência, Tecnologia e Inovação, e da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior
(PITCE).

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