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A FALTA DE INTERESSE NA DISCIPLINA DE FÍSICA

Jeiel Fernandes Lima Verde1

Edielison Silva Muniz2

Thaís Silva Pereira3

RESUMO:

Neste trabalho objetiva-se, analisar e identificar os principais fatores que causam


desinteresse na disciplina de física e também com a finalidade de melhorar tanto a
aprendizagem como os métodos de docência. Para tanto foram elaborados questionários
fechados contendo perguntas com conteúdo relacionado a diversos aspectos do processo de
ensino/aprendizagem aplicados em uma escola pública do estado situada na cidade de São
Luís no estado do Maranhão, em turmas da primeira à terceira série do ensino médio. Portanto
a maioria dos alunos relataram que os fatores cruciais para o desânimo com a disciplina, são
estes: os métodos utilizados pelos professores, as poucas relações do conteúdo abordado em
sala de aula com o cotidiano e a dificuldade de entender os cálculos. Com a obtenção desses
dados podem ser feitas alterações pontuais para melhorar todo o processo de educação como a
disponibilização de laboratórios para escolas que não o possuem, melhorar o método docente,
entre outras modificações, para a disciplina tornar-se mais atrativa para os alunos e
consequentemente melhorar os indices de desempenho escolar.

Palavras-chave: Desinteresse. Física. Ensino/Aprendizagem.

LACK OF INTEREST IN PHYSICS DISCIPLINE

ABSTRACT:

In this work, we aim to analyze and identify the main factors that cause disinterest in
the discipline of physics and also with the purpose of improving both learning and teaching
methods. For this purpose, closed questionnaires containing questions related to different
aspects of the teaching / learning process applied in a public school in the state of São Luís in
the state of Maranhão were used in first to third grade classes. Therefore, most of the students
reported that the crucial factors for discouragement with the discipline are these: the methods
used by the teachers, the few relationships of the content addressed in the classroom with the
daily life and the difficulty of understanding the calculations. With the acquisition of this data,
it is possible to make specific changes to improve the whole process of education, such as the
availability of laboratories to schools that do not have it, improve the teaching method, among

1
Aluno do curso de Física-Licenciatura, 2° período, da Universidade Federal do Maranhão.
2
Aluno do curso de Física-Licenciatura, 2° período, da Universidade Federal do Maranhão.
3
Aluna do curso de Física-Licenciatura, 2° período, da Universidade Federal do Maranhão.
other modifications, so that this discipline becomes more attractive for students and
consequently improve the indices of school performance.

Keywords: Disinterest. Physics. Teaching/Learning.

INTRODUÇÃO

A presente pesquisa é justificada pelo cenário escolar e social, tendo em vista a


melhoria no desempenho escolar, que é relativamente abaixo do esperado, aumentando o
interesse na disciplina de física do ensino médio, que tantos alunos acham ser chata e
complicada de se compreender ou simplesmente “odeiam” sem nenhum motivo concreto
aparente. Tudo isso, entre outros motivos não apresentados aqui , leva a uma investigação
sobre o que motiva o desinteresse dos estudantes nessa disciplina.
Inicialmente a pesquisa baseia-se em identificar quais os fatores determinantes para a
falta de interesse na disciplina de física para analisar os motivos, sendo assim, foi necessário
observar métodos aplicados pelo professor, aplicar questionários relacionados com o processo
ensino-aprendizagem, analisar fatores externos e internos, e por fim, propor uma nova
metodologia.
A realidade da educação do Brasil, nos permite fazer uma análise, sob o olhar do
método indutivo em que consiste em fazer uma análise em uma região em particular para que
se possam fazer generalizações, que é a falta de interesse pela disciplina de física, para
determinarmos se o comportamento se repete num determinado local e/ou região.

A forma mais comum para a coleta de dados é a pesquisa por meio de questionário.
Por isso usamos este método para podermos desenvolver o nosso trabalho de maneira
qualitativa e quantitativa. Entrevistamos alunos do primeiro, segundo e terceiro ano do ensino
médio. Esses dados nos ajudaram a elaborar um perfil das dificuldades na aprendizagem da
física, na escola.

Nas perguntas voltadas para os alunos, um dos objetivos era identificar o grau de
diferença entre a física e as outras disciplinas, bem como a importância da mesma para o
cotidiano do aluno, a maneira como ela é trabalhada e como eles gostariam de explorar esse
conhecimento e por fim quais as maiores dificuldades diante desta disciplina.

DESENVOLVIMENTO
A física é uma ciência aplicada nas mais variadas áreas de conhecimento, é evidente
sua presença desde diversas situações do nosso cotidiano até fenômenos a cerca do universo,
sendo assim, torna-se necessário a compreensão no mínimo seus princípios mais elementares
ensinado nas escolas. Contudo, baseando-se em em pesquisas, é notável a grande dificuldade
de aprendizagem da disciplina de física, considerada por muitos como algo detestável e
complicado de entender, causando assim, o desinteresse de muitas pessoas, fato lamentável,
visto que tal disciplina proporciona dos mais diversos meios que ligados ao dia-a-dia que
facilitam o entendimento.
Os parâmetros curriculares nacional afirmam o seguinte:

Contextualizar o conteúdo que se quer aprendido significa, em


primeiro lugar, assumir que todo conhecimento envolve uma
relação entre sujeito e objeto. O tratamento contextualizado do
conhecimento é recurso que a escola tem para retirar o aluno
da condição de espectador passivo. (PCN, 1999, p. 34).

Levando em consideração o atual ensino,é perceptível que a grande maioria dos alunos
não estão preocupados em aprender física de fato, e aplicar este conhecimento para se
posicionar diante de situações da sociedade, como: poluição, recursos energéticos, fabricação
e uso de inseticidas, fabricação de explosivos, importação de tecnologia, dentre outros. O que
geralmente ocorre é uma mera decoração de fórmulas sem nenhuma reflexão a cerca do
assunto visando apenas aprovação no vestibular. Consequentemente, é muito difícil um aluno
contextualizar o conhecimento obtido.
Segundo a professora Regina Gouveia, de Portugal, umas das razões para o afastamento
do aluno com a física é:
Porque se ensina mal a Física, transformando-a numa mera disciplina de ensino de fórmulas matemáticas
e não na compreensão dos fenómenos físicos. Esta ideia é expressa por várias pessoas. Tenho feito
alguma investigação neste campo e acho que os professores, embora nem sempre de forma consciente,
têm alguma culpa nesse sentido. (COSTA, 2006).

Além disso ela tambem expões fatores internos e externos os quais atribuem insucesso
escolar e consequentemente desinteresse pela disciplina:
Genericamente os professores atribuem esse insucesso a causas que lhes são exteriores - falta de conhecimentos
de matemática, falta de domínio da língua, falta de hábitos de trabalho, falta de capacidades cognitivas
adequadas, existência de múltiplas áreas de interesse para os jovens (televisão, vídeo, cinema, discotecas, jogos
de computador, internet, etc) que entram em concorrência com a escola e com os quais esta tem dificuldade em
competir.(GOUVEIA, 1999).

Outro impasse frequentemente notado pelos professores trata-se da dificuldade de


interpretação dos alunos, não sabem interpretar o que leram, não entendem o que está escrito,
ou seja, não sabem interpretar o conhecimento, resolver problemas quem envolvem conceitos
físicos vão muito além de cálculos matemáticos, é necessário boa leitura para uma boa
compreensão, e para saber relacionar, pois muitos alunos saem da escola sem saber relacionar
o que aprende dentro da sala de aula e com a natureza e consequentemente facilitar a
resolução de questões. Parte desta responsabilidade recae sobre o professor, uma vez que não
basta ter o conhecimento sobre física, é preciso saber repassar da melhor maneira possível
para seus alunos e quem sabe despertar o interesse, para isso é necessário utilizar as maneiras
mais eficazes de transmitir o conteúdo. Entretanto, este ensino deve ser aplicado desde o
ensino fundamental e continuamente para que haja um bom desempenho no superior, evitando
assim uma série de dificuldades futuras. Dessa forma, é indispensável uma boa estrutura, boas
condições de vida e de trabalho, tanto para os professores quanto para os alunos.

Mais um problema, é a ausência de atividades experimentais, observa-se pouquísimas


oportunidades de vivenciar essas atividades, ainda mais quando se trata de escolas públicas,
ou atualmente como é muito comum , apesar de muitas escolas serem equipadas com
laboratórios razoavelmente habilitados, poucos são usados, o que impossibilita uma boa
compreensão dos alunos, e sem compreensão torna-se difícil aprender a disciplina.
O ensino médio apresenta também um extenso programa extracurricular a ser ensinado, a
necessidade de cumprir o programa dentro de um determinado prazo impede os alunos de
aprenderem conceitos muito importantes, esse atropelamento de diversos conteúdos resultam
em uma má construção do conhecimento, a física acaba sendo ensinada de forma superficial,
sem questionamento de suas origens e seu desenvolvimento no decorrer do tempo.
O documento também faz a seguinte afirmação:

a correlação entre conteúdos e aquisição e desenvolvimento de competências manifesta-se quando se


relacionam constantemente os saberes e a sua operacionalização em situações complexas. Isso vale para
cada disciplina, para seu vínculo com a área e para os vínculos entre as áreas. Essa correlação pode ser
uma saída para a aparente falta de pertinência, na vida cotidiana, do saber acumulado na escola: os
saberes em si não carecem de pertinência mas não se fornecem aos alunos condições para mobilizá-los e
utilizá-los em situações concretas”. (PCN, 2002, p. 32).

Até então, o que se notava no ensino das escolas de nível médio era uma educação
tradicional, exercitada diariamente de forma repetitiva nas salas de aulas para as ciências
consideradas difíceis, como a física. É evidente que acumulação de saber não torna as pessoas
a serem aptas a terem senso crítico, é apenas um acúmulo de conhecimento sem utilidade.
somente desta forma é possível afirmar se houve aprendizado de fato: quando o conhecimento
torna-se útil, como enfatiza os parâmetros curriculares nacionais, ao se referir ao ensino
específico da ciência física: “ a memorização indiscriminada de símbolos, fórmulas, e nomes
de substâncias não contribui para a formação de competências e habilidades desejáveis ao
ensino médio” (PCN, 2002, P. 34).

Outro problema que é recorrente no Brasil, enfrentado pelos alunos para uma melhor
assimilação e compreensão dos conteúdos é o fato da carência de profissionais formados na
área. Para suprir à carência, deslocam-se professores com formação em outras áreas, tais
como: matemática e química, sem as técnicas adequadas para trabalhar os conteúdos e
explorar as experiências do aluno em seu dia a dia. Estes acabam resumindo a física apenas a
fórmulas e em cálculos matemáticos distorcendo todo o objetivo da física para o ensino
médio, o que acaba o deixando esses professores presos apenas à sala de aula, usando somente
o livro didático e giz. Deixando de lado a utilização dos laboratórios, que muitas escolas
possuem, mas pela falta de manuseio terminam por não estarem aptos ao uso, com isto o que
se deveria ser comprovado na prática acaba ficando somente na teoria, sem ligação nenhuma
com o cotidiano e acaba desmotivando o discente por que não vê as aplicações no cotidiano
do que é mostrado na sala de aula.

Por outro lado, Oliveira (1971) e Carrijo (1995) descrevem os aspectos psicológicos da
motivação e incentivação; livros didáticos como o de Piletti (1995) procuram colocar o
estímulo como algo importante em sala de aula. Oliveira (1971) apresenta técnicas de
motivação intrínsecas (relacionadas à própria aula); correlação com o real, participação ativa
do estudante na aula, o insucesso inicial, atividades socializadoras, auto e heterocompetição; e
extrínsecas (relacionadas a resultados posteriores); a própria nota, a possibilidade de
reprovação e a correspondência à dedicação do professor, que são assuntos que devem ser
discutidos entre professor/instituição e aluno.

Um dos primeiros obstáculos encontrados para um bom desenvolvimento da educação é a


má formação dos docentes, principalmente nas séries iniciais, em que deveria ter o corpo
docente bem preparado, pois é à base de formação do discente. No entanto é a parcela da
classe dos educadores que tem a remuneração mais baixa e com isto fica o professor sem
motivação e se prende aos métodos tradicionais de ensino, causando assim sentimento de
descaso ou uma falta de compromisso com a construção do conhecimento.

Como afirma Freire (1996, p. 24):

Quando vivemos a autenticidade exigida pela prática de ensinar-aprender participamos de uma


experiência total, diretiva, política, ideológica, gnosiológica, pedagógica, estética e ética, em que a
boniteza deve achar-se de mãos dadas com a decência e com a seriedade.

Outro fator que influencia diretamente na qualidade da educação é a estrutura escolar, no


qual os alunos têm a escola como um segundo lar. Então ao chegarem a um estabelecimento
de ensino que não ofereça as estruturas adequadas para praticarem o conhecimento,
conseqüentemente irão perder todo o seu encanto pelo fascinante mundo da aprendizagem, ou
até mesmo se evadir da escola. Quando o discente se depara com professores que tem
simplesmente a função de transmitir o conteúdo sem uma didática adequada, é mais uma falta
de estímulo que irá influenciar na vida do indivíduo.

Como comenta Carvalho (2002, p. 55) “O professor tradicional que centra todo o ensino
em sua própria pessoa, sendo ele o detentor do poder “supremo” e da verdade absoluta plena
pela passividade do aluno, que é “imobilizado”, em sua própria cadeira”.

A família tem um papel muito importante no processo de ensino-aprendizagem, e como a


escola é a segunda casa do aluno, a família deve ser o centro de apoio para que os conteúdos
trabalhados na escola sejam bem aproveitados no dia-a-dia. Também oferecer carinho e
compreensão é uma das formas de instruir o discente para o conhecimento de valores
essenciais para a vida em sociedade.
Portanto, chega-se a conclusão que em sala de aula o conhecimento físico precisa ter uma
maior interação com os conhecimentos cotidianos dos alunos. Através dessa interação é que
os conhecimentos científicos irão adquirir significações e real existência no mundo. Neste
contexto é que irá se explicitar a importância do diálogo entre os seres sociais que pertencem
à comunidade escolar. Ao trabalhar desta forma colocam-se os alunos em uma relação de
descoberta e relação dialógica desses conteúdos com seu meio social e capazes de, através do
diálogo, trocarem ideias para formação crítica de seus conhecimentos. As pessoas envolvidas
poderão construir conceitos que lhes possibilitem viver com mais eficiência, de adotar
posturas mais críticas diante de suas realidades altamente tecnologizadas. Não podemos
ignorar que hoje, para se ter uma clara visão do mundo e a Capacidade de interagir e
compreender a natureza, são necessários conhecimentos cada vez mais amplos e complexos.
Tais conhecimentos devem estar interligados com o pensamento crítico, pois sem
conhecimento o ser humano terá dificuldade em intervir na sociedade.

Desta maneira, o aprender se torna mais interessante quando o aluno se sente competente
pelas atitudes e métodos de motivação em sala de aula. O prazer pelo aprender não é uma
atividade que surge espontaneamente nos alunos pois não é uma tarefa que cumprem com
satisfação, sendo em alguns casos encarada como obrigação. Para que isto possa ser melhor
cultivado, o professor deve despertar a curiosidade dos alunos, acompanhando suas ações no
desenvolver das atividades. O professor não deve preocupar-se somente com o conhecimento
através da absorção de informações, mas também pelo processo de construção da cidadania
do aluno.

Apesar de tal, para que isto ocorra, é necessário a conscientização do professor de que seu
papel é de facilitador de aprendizagem, aberto às novas experiências, procurando
compreender, numa relação empática, também os sentimentos e os problemas de seus alunos e
tentar levá-los à auto realização.

As respostas-pergunta dos alunos do Centro de Ensino de São Luís em relação à


disciplina de física, estão relacionadas a diversos aspectos do ensino/aprendizagem dos
discentes.

Tabela 1

Pergunta Sim Não


Você gosta de estudar 55 37
física?
Total de Entrevistados 92
Fonte: Autoria própria

Na Tabela 1, podemos verificar que a maioria gosta da disciplina, 55 alunos , ao


mesmo tempo em que uma parcela considerável dos entrevistados dizem não gostarem de
física.

Tabela 2

Pergunta Não sei Não têm As fórmulas A teoria


Qual a
diferença entre 7 3 52 30
física e
matemática?
Total de 92
Entrevistados
Fonte: Autoria própria

Como podemos observar, 7 alunos disseram não saberem diferenciar a física da


matemática, 3 responderam que não tem diferenca, 52 afirmaram que apenas as fórmulas
diferem as duas disciplinas e 30 disseram que a teoria é diferente. Dessa forma, podemos
observar que a maneira como é dada a disciplina tem bastante ênfase nas fórmulas.

Tabela 3

Pergunta Sim Não


O professor utiliza
recursos didáticos para 45 47
expor o conteúdo(fora
quadro, apostila, e
livro)?
Total de Entrevistados 92
Fonte: Autoria própria

Na terceira pergunta 47 alunos afirmam que os professores não utilizam materiais


didáticos, fora os tradicionais, enquanto 45 responderam que sim. Com estes dados, podemos
afirmar que as aulas podem ser dadas visando à contextualização do conteúdo com o
cotidiano, mas ainda assim a maioria tem aula da forma tradicional.
Tabela 4

Pergunta Não tem Pouca Muita


Qual a
importância do 6 32 54
ensino de física
para você?
Total de 92
Entrevistados
Fonte: Autoria própria

Foram obtidos os seguintes dados, 6 responderam que a física não tem


importância, para seu cotidiano, 32 afirmaram que a física tem pouca importância e 54
disseram que o ensino da física é muito importante. Ainda que a maioria afirme que a física
aplicada na escola seja muito importante, uma boa parte dos alunos não concorda, pois o que
é visto em sala de aula tem pouca ou nenhuma influência em seu cotidiano.

Tabela 5

Pergunta Na sala de Aula Na sala com No laboratório


experiências
Como você
gostaria de 3 38 51
estudar física?
Total de 92
Entrevistados
Fonte: Autoria própria

Na Tabela 5, quando questionados sobre como gostariam de estudar física, 3 alunos


responderam que só na sala de aula, 38 gostariam de estudar na sala mas com experiêcias, já
51 afirmaram que gostariam de estudar no laboratório. Com essas respostas, podemos
concluir que os discentes gostariam de desfrutar as aulas no laboratório com o objetivo de
comprovar na prática os conteúdos aplicados em sala de aula, apesar da escola não oferecer
um laboratório, boa parte dos discentes desejariam explorar conceitos físicos em laboratório.

Tabela 6

Pergunta Sim Pouca Não


A física
estudada na
escola tem 44 38 10
relação com seu
cotidiano e suas
tecnologias?
Total de 92
Entrevistados
Fonte: Autoria Própria

Como Podemos observar, 44 dos entrevistados disseram que a física estudada tem
relação com seu cotidiano, 38 afirmam que essa relação é pequena, e 10 declararam que o
conteúdo não tem nenhuma relação com o cotidiano.
Tabela 7

Pergunta Enteder os Interpretar as Entender a A forma como


cálculos teorias relação teoria é trabalhada
e prática pelo professor
Qual a sua
maior
dificuldade 45 12 12 23
na disciplina
de física?
Total de 92
Entrevistados
Fonte: Autoria Própria

Na última pergunta são abordadas várias dificuldades em relação a aprendizagem da


física, o maior problema é por conta dos cálculos, 45 entrevistados responderam que entender
os cálculos é sua maior dificuldade, 12 alunos afirmaram que entender as teorias é a parte
mais complicada, 12 alunos acham a relação entre teoria e prática é o maior problema,
enquanto 23 discentes disseram que a metodologia do professor complica o entendimento da
física.

CONCLUSÃO

Nessa pesquisa foram avaliados diversos fatores relacionados ao processo de


ensino/aprendizagem: capacidade do aluno, metodologia aplicada pelo professor, estrutura
escolar entre outros. Os resultados obtidos foram verossimilhantes ao que foi previsto na
literatura consultado, o que confirma o fato de que um aluno não pode simplesmente não
gostar de física somente por “livre e espontânea vontade”,como já foram citados antes,
existem certas razões para isso acontecer.

Baseado nos dados apurados na presente pesquisa foi percebido que as complicações
escolares estão mais atreladas à aspectos externos e internos quase que em um equilíbrio. O
que torna bem difícil de se “consertar” para a realidade do Brasil, pois os problemas são
diversos: falta de professores habilitados a dar aula de física que quando exixtente a
metodologia aplicada ainda é a mesma de décadas passadas e consequentemente, dificuldades
em matemática, pelo fato da qualidade de ensino pública não ser das melhores, a estrutura
escolar que não dispõe um laboratório, o que acaba influenciando no desânimo do discente.

Para tal é necessário grande esforço do estado em conjunto com professores, alunos,
pais e reponsáveis, com finalidade de desenvlover o processo ensino/aprendizagem, o estado
deve investir em educação de qualidade, consequentemente oferecendo melhores estruturas e
professores, o professor o professor também pode contribuir modernizando seus métodos,
promover oficinas e feiras de ciências para aumentar o estímulo dos alunos, a família pode ser
de grande ajuda incentivando o aluno ao invés de alarmar o aluno sobre a disciplina e o aluno
após tudo isso, tem que acima de tudo tem que nutrir interesse pois sem essa última parte não
é possivel construir o conhecimento.
REFERÊNCIAS

BUCHWEITZ, Bernardo – O uso de diferentes recursos de ensino na aprendizagem de


Física - Cadernos de Educação, 6(9):99-114, 1997.

CARRIJO, Inês Luci Machado – Do professor “ideal” de Ciências ao professor possível –


Ensino em Re-vista, 4(1):65-71, 1995.

FREIRE, Paulo; Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à pratica educativa /


Paulo Freire. – São Paulo: Paz e Terra, 1996 (coleção leitura).

GOUVEIA, Regina. Por que Razão há tantos alunos com dificuldades na aprendizagem de
física/química. In: GOUVEIA, Regina. Se eu não fosse professora... Algumas reflexões
sobre práticas letivas. 1. ed. Portugal: [s.n.], 1999. cap. 1, p. 15-15. v. 1.

OLIVEIRA, Irene Estevão – Motivação e Incentivação: Aspectos Psicológicos e Didáticos


– Curriculum – Rio de Janeiro, 10(1): 7-27, 1971.

PILETTI, Claudino – Didática geral, 18a ed. - São Paulo - Cortez, 1995.

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