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RESUMO:
ABSTRACT:
In this work, we aim to analyze and identify the main factors that cause disinterest in
the discipline of physics and also with the purpose of improving both learning and teaching
methods. For this purpose, closed questionnaires containing questions related to different
aspects of the teaching / learning process applied in a public school in the state of São Luís in
the state of Maranhão were used in first to third grade classes. Therefore, most of the students
reported that the crucial factors for discouragement with the discipline are these: the methods
used by the teachers, the few relationships of the content addressed in the classroom with the
daily life and the difficulty of understanding the calculations. With the acquisition of this data,
it is possible to make specific changes to improve the whole process of education, such as the
availability of laboratories to schools that do not have it, improve the teaching method, among
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Aluno do curso de Física-Licenciatura, 2° período, da Universidade Federal do Maranhão.
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Aluno do curso de Física-Licenciatura, 2° período, da Universidade Federal do Maranhão.
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Aluna do curso de Física-Licenciatura, 2° período, da Universidade Federal do Maranhão.
other modifications, so that this discipline becomes more attractive for students and
consequently improve the indices of school performance.
INTRODUÇÃO
A forma mais comum para a coleta de dados é a pesquisa por meio de questionário.
Por isso usamos este método para podermos desenvolver o nosso trabalho de maneira
qualitativa e quantitativa. Entrevistamos alunos do primeiro, segundo e terceiro ano do ensino
médio. Esses dados nos ajudaram a elaborar um perfil das dificuldades na aprendizagem da
física, na escola.
Nas perguntas voltadas para os alunos, um dos objetivos era identificar o grau de
diferença entre a física e as outras disciplinas, bem como a importância da mesma para o
cotidiano do aluno, a maneira como ela é trabalhada e como eles gostariam de explorar esse
conhecimento e por fim quais as maiores dificuldades diante desta disciplina.
DESENVOLVIMENTO
A física é uma ciência aplicada nas mais variadas áreas de conhecimento, é evidente
sua presença desde diversas situações do nosso cotidiano até fenômenos a cerca do universo,
sendo assim, torna-se necessário a compreensão no mínimo seus princípios mais elementares
ensinado nas escolas. Contudo, baseando-se em em pesquisas, é notável a grande dificuldade
de aprendizagem da disciplina de física, considerada por muitos como algo detestável e
complicado de entender, causando assim, o desinteresse de muitas pessoas, fato lamentável,
visto que tal disciplina proporciona dos mais diversos meios que ligados ao dia-a-dia que
facilitam o entendimento.
Os parâmetros curriculares nacional afirmam o seguinte:
Levando em consideração o atual ensino,é perceptível que a grande maioria dos alunos
não estão preocupados em aprender física de fato, e aplicar este conhecimento para se
posicionar diante de situações da sociedade, como: poluição, recursos energéticos, fabricação
e uso de inseticidas, fabricação de explosivos, importação de tecnologia, dentre outros. O que
geralmente ocorre é uma mera decoração de fórmulas sem nenhuma reflexão a cerca do
assunto visando apenas aprovação no vestibular. Consequentemente, é muito difícil um aluno
contextualizar o conhecimento obtido.
Segundo a professora Regina Gouveia, de Portugal, umas das razões para o afastamento
do aluno com a física é:
Porque se ensina mal a Física, transformando-a numa mera disciplina de ensino de fórmulas matemáticas
e não na compreensão dos fenómenos físicos. Esta ideia é expressa por várias pessoas. Tenho feito
alguma investigação neste campo e acho que os professores, embora nem sempre de forma consciente,
têm alguma culpa nesse sentido. (COSTA, 2006).
Além disso ela tambem expões fatores internos e externos os quais atribuem insucesso
escolar e consequentemente desinteresse pela disciplina:
Genericamente os professores atribuem esse insucesso a causas que lhes são exteriores - falta de conhecimentos
de matemática, falta de domínio da língua, falta de hábitos de trabalho, falta de capacidades cognitivas
adequadas, existência de múltiplas áreas de interesse para os jovens (televisão, vídeo, cinema, discotecas, jogos
de computador, internet, etc) que entram em concorrência com a escola e com os quais esta tem dificuldade em
competir.(GOUVEIA, 1999).
Até então, o que se notava no ensino das escolas de nível médio era uma educação
tradicional, exercitada diariamente de forma repetitiva nas salas de aulas para as ciências
consideradas difíceis, como a física. É evidente que acumulação de saber não torna as pessoas
a serem aptas a terem senso crítico, é apenas um acúmulo de conhecimento sem utilidade.
somente desta forma é possível afirmar se houve aprendizado de fato: quando o conhecimento
torna-se útil, como enfatiza os parâmetros curriculares nacionais, ao se referir ao ensino
específico da ciência física: “ a memorização indiscriminada de símbolos, fórmulas, e nomes
de substâncias não contribui para a formação de competências e habilidades desejáveis ao
ensino médio” (PCN, 2002, P. 34).
Outro problema que é recorrente no Brasil, enfrentado pelos alunos para uma melhor
assimilação e compreensão dos conteúdos é o fato da carência de profissionais formados na
área. Para suprir à carência, deslocam-se professores com formação em outras áreas, tais
como: matemática e química, sem as técnicas adequadas para trabalhar os conteúdos e
explorar as experiências do aluno em seu dia a dia. Estes acabam resumindo a física apenas a
fórmulas e em cálculos matemáticos distorcendo todo o objetivo da física para o ensino
médio, o que acaba o deixando esses professores presos apenas à sala de aula, usando somente
o livro didático e giz. Deixando de lado a utilização dos laboratórios, que muitas escolas
possuem, mas pela falta de manuseio terminam por não estarem aptos ao uso, com isto o que
se deveria ser comprovado na prática acaba ficando somente na teoria, sem ligação nenhuma
com o cotidiano e acaba desmotivando o discente por que não vê as aplicações no cotidiano
do que é mostrado na sala de aula.
Por outro lado, Oliveira (1971) e Carrijo (1995) descrevem os aspectos psicológicos da
motivação e incentivação; livros didáticos como o de Piletti (1995) procuram colocar o
estímulo como algo importante em sala de aula. Oliveira (1971) apresenta técnicas de
motivação intrínsecas (relacionadas à própria aula); correlação com o real, participação ativa
do estudante na aula, o insucesso inicial, atividades socializadoras, auto e heterocompetição; e
extrínsecas (relacionadas a resultados posteriores); a própria nota, a possibilidade de
reprovação e a correspondência à dedicação do professor, que são assuntos que devem ser
discutidos entre professor/instituição e aluno.
Como comenta Carvalho (2002, p. 55) “O professor tradicional que centra todo o ensino
em sua própria pessoa, sendo ele o detentor do poder “supremo” e da verdade absoluta plena
pela passividade do aluno, que é “imobilizado”, em sua própria cadeira”.
Desta maneira, o aprender se torna mais interessante quando o aluno se sente competente
pelas atitudes e métodos de motivação em sala de aula. O prazer pelo aprender não é uma
atividade que surge espontaneamente nos alunos pois não é uma tarefa que cumprem com
satisfação, sendo em alguns casos encarada como obrigação. Para que isto possa ser melhor
cultivado, o professor deve despertar a curiosidade dos alunos, acompanhando suas ações no
desenvolver das atividades. O professor não deve preocupar-se somente com o conhecimento
através da absorção de informações, mas também pelo processo de construção da cidadania
do aluno.
Apesar de tal, para que isto ocorra, é necessário a conscientização do professor de que seu
papel é de facilitador de aprendizagem, aberto às novas experiências, procurando
compreender, numa relação empática, também os sentimentos e os problemas de seus alunos e
tentar levá-los à auto realização.
Tabela 1
Tabela 2
Tabela 3
Tabela 5
Tabela 6
Como Podemos observar, 44 dos entrevistados disseram que a física estudada tem
relação com seu cotidiano, 38 afirmam que essa relação é pequena, e 10 declararam que o
conteúdo não tem nenhuma relação com o cotidiano.
Tabela 7
CONCLUSÃO
Baseado nos dados apurados na presente pesquisa foi percebido que as complicações
escolares estão mais atreladas à aspectos externos e internos quase que em um equilíbrio. O
que torna bem difícil de se “consertar” para a realidade do Brasil, pois os problemas são
diversos: falta de professores habilitados a dar aula de física que quando exixtente a
metodologia aplicada ainda é a mesma de décadas passadas e consequentemente, dificuldades
em matemática, pelo fato da qualidade de ensino pública não ser das melhores, a estrutura
escolar que não dispõe um laboratório, o que acaba influenciando no desânimo do discente.
Para tal é necessário grande esforço do estado em conjunto com professores, alunos,
pais e reponsáveis, com finalidade de desenvlover o processo ensino/aprendizagem, o estado
deve investir em educação de qualidade, consequentemente oferecendo melhores estruturas e
professores, o professor o professor também pode contribuir modernizando seus métodos,
promover oficinas e feiras de ciências para aumentar o estímulo dos alunos, a família pode ser
de grande ajuda incentivando o aluno ao invés de alarmar o aluno sobre a disciplina e o aluno
após tudo isso, tem que acima de tudo tem que nutrir interesse pois sem essa última parte não
é possivel construir o conhecimento.
REFERÊNCIAS
GOUVEIA, Regina. Por que Razão há tantos alunos com dificuldades na aprendizagem de
física/química. In: GOUVEIA, Regina. Se eu não fosse professora... Algumas reflexões
sobre práticas letivas. 1. ed. Portugal: [s.n.], 1999. cap. 1, p. 15-15. v. 1.
PILETTI, Claudino – Didática geral, 18a ed. - São Paulo - Cortez, 1995.