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RESUMO ABSTRACT
Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 11. n. 66. p.777-787. Nov./Dez. 2017. ISSN 1981-9927.
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pesagens dos alimentos (Garthe e podem ser empregadas. É comum que atletas
colaboradores, 2013) ou serem aplicados de algumas modalidades adotem estratégias
concomitantemente a outros (Folasire, nutricionais pré-competitivas tais como o
Akomolafe e Sanusi, 2015). carbohydrate-loading (Bentley e
Cada qual dos métodos e estratégias colaboradores, 2008) ou fat-loading (Burke e
utilizadas na avaliação nutricional de atletas Hawley, 2002).
traz consigo vantagens e desvantagens Em alguns casos, os atletas buscam
intrínsecas (Magkos e Yannakoulia, 2003). adaptações metabólicas crônicas, aderindo a
O método empregado na avaliação dietas cetogênicas, visando maximizar a
nutricional de atletas deve considerar metabolização de gorduras e,
circunstâncias que ocorrem dentro e fora da consequentemente obter melhores resultados
arena esportiva (Ono e colaboradores, 2012) e (Wulff Helge, 2002).
ser sensível para captar estas variações. Algumas particularidades sobre a
Fato é que, quantificar a ingestão alimentação de atletas estão sumarizadas na
dietética em atletas com os atuais protocolos Figura 1.
de inquéritos alimentares não é tarefa simples O cenário esportivo pode contribuir
(Moffatt e colaboradores, 2011). para o desenvolvimento de carências
Fatores como tamanho das porções, nutricionais (Kong, Gao e Chang, 2014) ou
lanches pré-treino e pós-treino e transtornos alimentares (Kong e Harris, 2015).
suplementação já são problemas conhecidos Isto pode ser em decorrência das
(Moffatt e colaboradores, 2011). características do esporte e do treino e sua
Entretanto, vários componentes da relação com a dieta (De Souza e
dieta do atleta podem deturpar uma avaliação colaboradores, 2014; Kong, Gao e Chang,
nutricional desatenta (Magkos e Yannakoulia, 2014).
2003). Em algumas modalidades tem-se a
Além disso, algumas modificações exigência da manutenção/alteração do peso
dietéticas de emprego mediato e imediato corporal e massa magra (Kong e Harris, 2015)
podem comprometer a interpretação de uma que somadas ao perfil da dieta influenciam o
avaliação. estado bioquímico nutricional do atleta
Essas estratégias nutricionais fazem (Monteiro, Bassini e Cameron, 2006).
parte do cotidiano do atleta e podem ser Quando não gerenciados, esse
cruciais em períodos competitivos de algumas conjunto de fatores podem ter consequências
modalidades (Spendlove e colaboradores, negativas à saúde como por exemplo a
2015). síndrome da “Tríade da Atleta” (De Souza e
Em outros casos, podem estar colaboradores, 2014), “Anemia do Atleta”
associadas a condições patológicas como nos (Kong, Gao e Chang, 2014) ou atraso do ciclo
transtornos alimentares e de imagem corporal menstrual (Di Cagno e colaboradores, 2012).
(Kong e Harris, 2015). A tríade da atleta é uma condição
A periodização é uma estratégia de clínica que ocorre em adolescentes e
treino utilizada em algumas modalidades mulheres fisicamente ativas, caracterizada
esportivas (Moreira e colaboradores, 2015; pela presença ou interação do baixo consumo
Mujika, Stellingwerff e Tipton, 2014). energético (com possibilidade de
Este método emprega ciclos de treino desenvolvimento de transtornos alimentares),
de alta e baixa intensidade e síncrono da disfunção menstrual e/ou baixa densidade
intensidade-volume e prevê picos de mineral óssea (De Souza e colaboradores,
performance (Kiely, 2012). 2014).
É esperado que a Nutrição se ajuste Nesta perspectiva, o QFA pode ser um
aos ciclos de treino e auxilie atletas na recurso adicional no monitoramento da dieta
formação para competições (Mujika, auxiliando a avaliação bioquímica do estado
Stellingwerff e Tipton, 2014). nutricional (Bescós García e Rodríguez
Durante a periodização, as Guisado, 2011; Telford e colaboradores,
modificações dietéticas mediatas e imediatas 1993).
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Legenda: *Modificações que podem ser empregadas de forma mediata e imediata. **Distúrbios crônicos não
transmissíveis causados por alimentação inadequada.
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