O documento discute a proposta de oferecer até 40% do ensino médio na modalidade a distância e as reações contra e a favor desta proposta. Entidades educacionais se opuseram à ideia por acreditarem que isso precarizaria o ensino, enquanto o presidente da ABED defendeu a proposta dizendo que a educação a distância poderia promover a autonomia e amadurecimento dos estudantes se implementada com cuidado.
Descrição original:
Título original
Legislação, Diretrizes e Políticas Públicas para a EaD
O documento discute a proposta de oferecer até 40% do ensino médio na modalidade a distância e as reações contra e a favor desta proposta. Entidades educacionais se opuseram à ideia por acreditarem que isso precarizaria o ensino, enquanto o presidente da ABED defendeu a proposta dizendo que a educação a distância poderia promover a autonomia e amadurecimento dos estudantes se implementada com cuidado.
O documento discute a proposta de oferecer até 40% do ensino médio na modalidade a distância e as reações contra e a favor desta proposta. Entidades educacionais se opuseram à ideia por acreditarem que isso precarizaria o ensino, enquanto o presidente da ABED defendeu a proposta dizendo que a educação a distância poderia promover a autonomia e amadurecimento dos estudantes se implementada com cuidado.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, sancionada em 1996, cita
que a modalidade a distância pode estar presente em qualquer nível de ensino – tanto na educação básica como no ensino superior. Conforme seu art. 80: "O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada". Recentemente, uma proposta apresentada no Conselho Nacional de Educação (CNE) causou divergência e alvoroço entre membros do conselho e entidades do setor da educação, ao mencionar que a reformulação do ensino médio teria a pretensão de oferecer até 40% do curso na modalidade a distância. A sugestão teria sido apresentada pelo conselheiro Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti, relator da Comissão do Ensino Médio do CNE, responsável por elaborar a revisão das Diretrizes Curriculares e fazer as adaptações necessárias à nova legislação do ensino médio. O governo Temer teria se mostrado favorável a tal proposta. Várias entidades educacionais e científicas se posicionaram contra a ideia, alegando que essa proposta seria mais uma forma de precarizar o ensino médio. Cabe ressaltar que o Decreto nº 9057/2017, em seu artigo 8º delega às autoridades dos sistemas de ensino estaduais, municipais e distrital a autorização de cursos na modalidade a distância para o Ensino Médio, desde que atendam ao que determina o artigo 36 da LDB. Mas a reação das entidades levaram o presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) a responder às duras críticas, colocando o seguinte:
"É lamentável, mas consistente com seu tradicional conservadorismo e falta de
criatividade, experimentação e renovação, que as 12 entidades ―científicas‖ preocupadas com a educação uniformemente repudiem qualquer introdução de aprendizagem a distância no ensino médio. Sua atitude é prova cabal da sua incapacidade até agora de achar soluções práticas para tirar o ensino básico brasileiro da sua condição academicamente lastimável. EAD é uma abordagem que exige do aluno motivação de aprender, auto-disciplina, e crescente autonomia —características não necessariamente encontradas em todos os adolescentes. Assim, a introdução de EAD no ensino médio promoverá o amadurecimento dos alunos, introduzirá as novas formas de pensar e trabalhar que os aguardam no futuro e aumentará aspectos de inclusão. Mas teria que ser feita com inteligência e prudência, e sem preconceitos baseados na ignorância de suas virtudes, já reconhecidas internacionalmente" (Fredric M. Litto – Professor Emérito da USP – Presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância – Resposta da ABED à crítica de EaD no Ensino Médio. Folha de São Paulo e Jornal da Ciência – SBPC, 22/03/2018). Considerando os argumentos usados pelo presidente da ABED, como você propõe que a EaD poderia ser inserida no ensino médio, com vistas de melhorar a qualidade do ensino presencial? Cite exemplos.