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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

Instituto de ciências tecnológicas e exatas

Reportagem sobre a influência de matrizes africanas ou indígenas na cultura brasileira.

Yolanda Cristina Moreira de Menezes

Uberaba-MG

2023

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SUMÁRIO

1.Introdução……………………………………………………………………………………………… 3

1.1.Reportagem sobre influência africana na moda brasileira……………………………………….. 4

1.2.Reportagem sobre influência indigena na língua portuguesa falada no Brasil…………………. 4

1.3.Reportagem sobre as tecnologias derivadas da matriz africana no Brasil………………………. 5

2. Referências bibliográficas……………………………………………………………………………. 6

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1.Introdução

A influência africana e indigena no Brasil ocorre através de diversos aspectos hoje comuns à nossa
cultura, tais como: a língua, a culinária, as danças , as músicas, algumas religiões e demais costumes dos diversos
grupos vindos do continente africano ou de aldeias indígenas presentes a muito tempo no país. Os negros
escravizados e indios foram forçados a trabalhar para os senhores de engenho, obrigados a abandonar suas crenças
e hábitos culturais e encaravam uma realidade dura que divergia a sua vida antes da colonização.

Na culinária, as negras preparam a feijoada, utilizavam o azeite de dendê, e até a colher de pau foi
introduzida como um instrumento,os indígenas produziam a farinha, o pirão, a tapioca, o beiju e o mingau, o caju
e o guaraná, utilizados até hoje em nossa alimentação. A capoeira, conhecida por alguns como dança, mas
também uma luta, hoje é uma referência do Brasil graças a influência africana. Nossa língua, também recebeu
forte influência africana e indigena , como por exemplo: fubá, macaco, moleque, paçoca, jacaré, sabiá, caatinga,
piranha, itaúna e maracanã.

Nossa vestimenta é colorida e cheia de detalhes, colares, etc. Na música há uma infinidade de sons e
instrumentos musicais como o berimbau, o agogô, o afoxé,pandeiros,etc. Na dança, em quase todos os estados
desse nosso país existe uma influência da cultura africana; percebe-se então, que essas influências estão bem
enraizadas em nossos costumes, em nosso dia a dia.

Nos tópicos a seguir foi trago 3 resumos de reportagens que abordam sobre influências indígenas e
africanas dentro da cultura brasileira:

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1.1.Reportagem sobre influência africana na moda brasileira.

Durante o período colonial, povos de diferentes regiões do continente africano como os Bantus, Nagôs,
Jejes, Hauçás e Malês foram escravizados e trazidos para o Brasil, onde tiveram sua cultura suprimida pelos
colonizadores. Mas, ao mesmo tempo, portugueses e indígenas foram influenciados pelos costumes africanos e
essa é a base da formação populacional do Brasil, como explica o professor e pesquisador de história da África,
José Bento Rosa. Nós temos uma cultura de matriz africana, mas uma cultura híbrida”, afirma.Além dos traços
físicos e marcas genéticas na população, a matriz africana tem influência no jeito de viver brasileiro, na
arquitetura, na arte e em diversas formas de trabalho, como afirma o professor.

Uma outra influência africana se expressa na forma de se vestir, algo que é possível notar nas confecções
da Zarina Moda Afro, uma empresa pernambucana de moda preta autoral que expressa nas produções a influência
africana e a identidade negra. Compreender a influência africana na cultura afro-brasileira é ressignificar a cultura
de um povo que até hoje luta para sair do apagamento e ser protagonista da própria história. Caso queria saber
mais sobre a Zarina Moda Afro, confira o perfil da marca no Instagram @zarinamodaafro.

Reportagem completa em:

https://www.brasildefatope.com.br/2022/11/23/marcas-de-moda-africana-no-brasil-sao-legado-da-influencia-negra-na-cultur
a-brasileira

1.2.Reportagem sobre influência indigena na língua portuguesa falada no Brasil.

Se você já falou para alguém que estava na pindaíba no final do mês ou que em determinado dia acordou
um pouco jururu, esteve falando tupi e talvez não saiba.Muito do que se fala hoje é herança de uma língua
chamada geral, ou brasílica, que até o final do século 18 era a mais falada no território brasileiro, bem à frente do
português.

A relação dos brasileiros com essa língua geral, que tinha origem no tupi e foi mapeada gramaticalmente
pelos jesuítas, foi cortada à força quando a equipe do Marquês de Pombal a chamou de demoníaca em
documentos oficiais de 1758, proibindo seu uso em todo o território.Mas pouco mais de 200 anos não foram
capazes de apagar a rica cultura das linguagens originárias brasileiras, que se mantêm presentes no português
moderno e são alvo de uma luta indígena para a manutenção delas entre o seu povo.

Ao cruzar a fronteira com o Brasil pela primeira vez de carro, a paraguaia Liz Benitez diz que tomou um
susto quando percebeu que, em todas as placas, ela lia nomes de lugares em tupi.Liz é professora de guarani, uma
língua derivada do tupi que é falada pela maior parte da população em seu país e reconhecida desde 1992 como
língua oficial do Paraguai, juntamente com o espanhol.

“Eu me surpreendi que o tupi fosse tão nativo do Brasil. Desde a primeira cidade em que entrei, Foz do
Iguaçu (fruto da junção do fonema ‘Y’, que significa rio, com a palavra ‘guaçu’, que significa grande), até por
exemplo Ponta Porã (fruto da junção das palavras Ponta e ‘Porã’, que significa bonita). Eu via nossas línguas
originárias em tudo”, diz.

Reportagem completa em:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cled24nyzq1o

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1.3.Reportagem sobre as tecnologias derivadas da matriz africana no Brasil.

As tecnologias produzidas no Brasil com o conhecimento africano e transmitidas pelos afrodescendentes


são elementos importantes da matriz africana, conforme apontado anteriormente. Elas estiveram presentes na
cultura negra durante o período escravocrata, no período pós-abolição e, claro, estão presentes também na
atualidade. Elas representam formas de organização dos territórios a partir da civilidade africana e afrodescendente.

Os conhecimentos associados às tecnologias africanas e afrodescendentes foram transmitidos durante o


escravismo e na formação dos quilombos. Tiveram papel importante nos processos de resistência ao escravismo e
estiveram na gênese de tecnologias africanas e afrodescendentes presentes na metalurgia, mineração, agricultura,
construção civil, carpintaria, produção têxtil, navegação, fabricação de instrumentos musicais, medicina, engenharia
e outras áreas.

A despeito dessa importância histórica e da significativa presença de tecnologias e conhecimentos africanos


e afrodescendentes na atualidade, os estudos do tema ainda são relativamente escassos. Essa espécie de silêncio
apenas reforça a perspectiva que colocou africanos como mera mão-de-obra, criando uma narrativa que situava a
produção de conhecimentos e tecnologias como monopólio dos europeus. Essa concepção fortalece, assim, o
conceito do "escravo" e sobretudo auxilia na permanência do racismo no país.

O que se observa, contudo, é que os poucos estudos existentes sobre as tecnologias africanas e
afrodescendentes apontam para relevantes contribuições para diversos campos do conhecimento, como história,
estudos sociais de ciência e tecnologia, medicina, etnobotânica, arquitetura, matemática e outros. Em alguns casos,
a perseguição às populações africanas durante o escravismo, por exemplo, esteve intimamente relacionada com o
conhecimento tecnológico que detinha. Isso pôde ser observado no caso do ciclo da mineração no Brasil, que levou
à intensificação da escravização das populações da Costa do Ouro, como os Fanti-Ashanti, respeitados
conhecedores das técnicas de mineração (Paiva, 2002)

Na área da arquitetura, as pesquisas sobre as tecnologias africanas e afrodescendentes no Brasil têm


evidenciado a presença de conhecimentos africanos nas construções coloniais e imperiais, principalmente pelo uso
do pau-a-pique, pilão de taipa e cantaria (Cunha Júnior, 2010; Faria, 2011). A pressão crescente pela adoção de
práticas sustentáveis na construção civil, que tem levado ao aumento do interesse pelos estudos em bioconstruções,
aponta para um importante potencial de contribuições das tecnologias africanas e afrodescendentes.

Nos saberes da população africana têm também sido apontadas potenciais contribuições para a área da
matemática. O desenvolvimento da matemática no continente africano é definido atualmente como matemática
fractal ou etno-matemática, presente em diferentes aspectos da cultura africana, como a estamparia em roupas e o
urbanismo, e também transmitido por meio da diáspora negra (D’Ambrósio, 1997; Cunha Júnior, 2017). Esta forma
específica do conhecimento matemático é ainda pouco conhecida pelo ocidente, mas pode contribuir na solução de
problemas relacionados à matemática, engenharia, arquitetura e outras áreas do conhecimento.

Reportagem completa em:

https://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/28089/32122

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2. Referências bibliográficas

BASTOS, Jamille. Cidades, fauna, flora e cotidiano: o Tupi está em tudo. Bbc News. Londres, p. 1-3. 9 fev. 2023.
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cled24nyzq1o. Acesso em: 25 maio 2023.

RODRIGO, Rodolfo. Marcas de moda africana no Brasil são legado da influência negra na cultura brasileira. Brasil
de Fato. Recife, p. 1-2. 23 nov. 2022. Disponível em:
https://www.brasildefatope.com.br/2022/11/23/marcas-de-moda-africana-no-brasil-sao-legado-da-influencia-negra-
na-cultura-brasileira. Acesso em: 25 maio 2023.

SILVA, Lucas César Rodrigues da; DIAS, Rafael de Brito. As tecnologias derivadas da matriz africana no Brasil.
Linhas Crí­ticas, [S.L.], v. 26, p. 1-16, 25 ago. 2020. Biblioteca Central da UNB.
http://dx.doi.org/10.26512/lc.v26.2020.28089. Disponível em:
https://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/28089/27272. Acesso em: 25 maio 2023.

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