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MANUAL DO EDUCADOR
FORMAÇAO CONTINUADA
•
Edição atualizada •
conforme a:
BASE
NACIONAL
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COMUM
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CURRICULAR
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EDITORA ®
CONSTRUIR
EDUCAÇÃO Ê A BASE
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
RESOLUÇÃO N ° 2, DE 22
DE DEZEMBRO DE 2017
Coordenação editorial:
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Multi Marcas Editoriais Ltda. Rua Neto Campeio Júnior, 37
Mustardinha - CEP 50760-330 - Recife/PE
Tel.: (81) 3447.1178- CNPJ: 00.726.498/0001-74
IE: 0214538-37.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei n2 9.61 O, de 19 de fevereiro de 1998.
Impresso no Brasil
3ª edição
Lécio Cordeiro
leciocordeiro@editoraconstruir.com.br
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1 2 J Manual do Educador
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A leitura antecede e
acompanha a produção textual
Referências
Competências específicas
de língua portuguesa para
o ensino fundamental
Língua Portuguesa no
Ensino Fundamental
anos finais: práticas de
linguagem, objetos de
conhecimento e habilidades
ções e réplicas a publicações feitas por outros. Código de Defesa do Consumidor, Código Na
Trata-se de promover uma formação que faça cional de Trânsito etc.), até os de ordem mais
frente a fenômenos como o da pós-verdade, o geral, como a Constituição e a Declaração dos
efeito bolha e proliferação de discursos de ódio, Direitos Humanos, sempre tomados a partir de
que possa promover uma sensibilidade para seus contextos de produção, o que contextua
com os fatos que afetam drasticamente a vida liza e confere significado a seus preceitos. Tra
de pessoas e prever um trato ético com o deba ta-se de promover uma consciência dos direi
te de ideias. tos, uma valorização dos direitos humanos e a
Como já destacado, além dos gêneros jor formação de uma ética da responsabilidade (o
nalísticos, também são considerados nesse outro tem direito a uma vida digna tanto quanto
campo os publicitários, estando previsto o tra eu tenho).
tamento de diferentes peças publicitárias, en Ainda nesse campo, estão presentes gêne
volvidas em campanhas, para além do anúncio ros reivindicatórios e propositivos e habilida
publicitário e a propaganda impressa, o que su des ligadas a seu trato. A exploração de canais
põe habilidades para lidar com a multissemiose de participação, inclusive digitais, também é
dos textos e com as várias mídias. Análise dos prevista. Aqui também a discussão e o deba
mecanismos e persuasão ganham destaque, o te de ideias e propostas assume um lugar de
que também pode ajudar a promover um con destaque. Assim, não se trata de promover o si
sumo consciente. lenciamento de vozes dissonantes, mas antes
No campo de atuação da vida pública ga de explicitá-las, de convocá-las para o debate,
nham destaque os gêneros legais e normativos analisá-las, confrontá-las, de forma a propiciar
- abrindo-se espaço para aqueles que regulam uma autonomia de pensamento, pautada pela
a convivência em sociedade, como regimentos ética, como convém a Estados democráticos.
(da escola, da sala de aula) e estatutos e có Nesse sentido, também são propostas análises
digos (Estatuto da Criança e do Adolescente e linguísticas e semióticas de textos vinculados
(EF69LP01) Diferenciar liberdade de expressão de discursos de ódio, posicionando-se contrariamente a esse tipo
de discurso e vislumbrando possibilidades de denúncia quando for o caso.
(EF69LP02) Analisar e comparar peças publicitárias variadas (cartazes, folhetos, outdoor, anúncios e
propagandas em diferentes mídias, spots, jingle, vídeos etc.), de forma a perceber a articulação entre elas em
campanhas, as especificidades das várias semioses e mídias, a adequação dessas peças ao público-alvo, aos
objetivos do anunciante e/ou da campanha e à construção composicional e estilo dos gêneros em questão, como
forma de ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses gêneros.
(EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em
reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas os
principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses subtemas; em
tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente.
(EF69LP04) Identificar e analisar os efeitos de sentido que fortalecem a persuasão nos textos publicitários,
relacionando as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos linguístico-discursivos utilizados,
como imagens, tempo verbal, jogos de palavras, figuras de linguagem etc., com vistas a fomentar práticas de
consumo conscientes.
(EF69LP05) Inferir e justificar, em textos multissemióticos - tirinhas, charges, memes, gifs etc. -, o efeito de
humor, ironia e/ou crítica pelo uso ambíguo de palavras, expressões ou imagens ambíguas, de clichês, de recursos
iconográficos, de pontuação etc.
(EF69LP35) Planejar textos de divulgação científica, a partir da elaboração de esquema que considere as
pesquisas feitas anteriormente, de notas e sínteses de leituras ou de registros de experimentos ou de estudo
de campo, produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e resultados
de pesquisas, tais como artigo de divulgação científica, artigo de opinião, reportagem científica, verbete
de enciclopédia, verbete de enciclopédia digital colaborativa , infográfico, relatório, relato de experimento
científico, relato (multimidiático) de campo, tendo em vista seus contextos de produção, que podem envolver a
disponibilização de informações e conhecimentos em circulação em um formato mais acessível para um público
específico ou a divulgação de conhecimentos advindos de pesquisas bibliográficas, experimentos científicos e
estudos de campo realizados.
(EF69LP36) Produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e resultados
de pesquisas, tais como artigos de divulgação científica, verbete de enciclopédia, infográfico, infográfico
animado, podcast ou vlog científico, relato de experimento, relatório, relatório multimidiático de campo, dentre
outros, considerando o contexto de produção e as regularidades dos gêneros em termos de suas construções
composicionais e estilos.
(EF69LP37) Produzir roteiros para elaboração de vídeos de diferentes tipos (vlog científico, vídeo-minuto,
programa de rádio, podcasts) para divulgação de conhecimentos científicos e resultados de pesquisa, tendo em
vista seu contexto de produção, os elementos e a construção composicional dos roteiros.
(EF69LP38) Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou slides de apresentação, levando
em conta o contexto de produção, o tempo disponível, as características do gênero apresentação oral. a
multissemiose, as mídias e tecnologias que serão utilizadas, ensaiar a apresentação, considerando também
elementos paralinguísticos e cinésicos e proceder à exposição oral de resultados de estudos e pesquisas, no
tempo determinado, a partir do planejamento e da definição de diferentes formas de uso da fala - memorizada,
com apoio da leitura ou fala espontânea.
(EF69LP39) Definir o recorte temático da entrevista e o entrevistado, levantar informações sobre o entrevistado
e sobre o tema da entrevista, elaborar roteiro de perguntas, realizar entrevista, a partir do roteiro, abrindo
possibilidades para fazer perguntas a partir da resposta, se o contexto permitir, tomar nota, gravar ou salvar a
entrevista e usar adequadamente as informações obtidas, de acordo com os objetivos estabelecidos.
(EF69LP40) Analisar, em gravações de seminários, conferências rápidas, trechos de palestras, dentre outros, a
construção composicional dos gêneros de apresentação - abertura/saudação, introdução ao tema, apresentação
do plano de exposição, desenvolvimento dos conteúdos, por meio do encadeamento de temas e subtemas
(coesão temática), síntese final e/ou conclusão, encerramento-, os elementos paralinguísticos (tais como: tom e
volume da voz, pausas e hesitações - que, em geral, devem ser minimizadas-, modulação de voz e entonação,
ritmo, respiração etc.) e cinésicos (tais como: postura corporal, movimentos e gestualidade significativa,
expressão facial. contato de olho com plateia, modulação de voz e entonação, sincronia da fala com ferramenta de
apoio etc.), para melhor performar apresentações orais no campo da divulgação do conhecimento.
(EF69LP41) Usar adequadamente ferramentas de apoio a apresentações orais, escolhendo e usando tipos
e tamanhos de fontes que permitam boa visualização, topicalizando e/ou organizando o conteúdo em itens,
inserindo de forma adequada imagens, gráficos, tabelas, formas e elementos gráficos, dimensionando a
quantidade de texto (e imagem) por slide, usando progressivamente e de forma harmônica recursos mais
sofisticados como efeitos de transição, slides mestres, layouts personalizados etc.
(EF69LP42) Analisar a construção composicional dos textos pertencentes a gêneros relacionados à divulgação
de conhecimentos: título, (olho), introdução, divisão do texto em subtítulos, imagens ilustrativas de conceitos,
relações, ou resultados complexos (fotos, ilustrações, esquemas, gráficos, infográficos, diagramas, figuras,
tabelas, mapas) etc., exposição, contendo definições, descrições, comparações, enumerações, exemplificações
e remissões a conceitos e relações por meio de notas de rodapé, boxes ou links; ou título, contextualização
do campo, ordenação temporal ou temática por tema ou subtema, intercalação de trechos verbais com fotos,
ilustrações, áudios, vídeos etc. e reconhecer traços da linguagem dos textos de divulgação científica, fazendo
uso consciente das estratégias de impessoalização da linguagem (ou de pessoalização, se o tipo de publicação
e objetivos assim o demandarem, como em alguns podcasts e vídeos de divulgação científica), 3 ª pessoa,
presente atemporal, recurso à citação, uso de vocabulário técnico/especializado etc., como forma de ampliar suas
capacidades de compreensão e produção de textos nesses gêneros.
(EF69LP43) Identificar e utilizar os modos de introdução de outras vozes no texto - citação literal e sua
formatação e paráfrase -, as pistas linguísticas responsáveis por introduzir no texto a posição do autor e dos
outros autores citados ("Segundo X; De acordo com Y; De minha/nossa parte, penso/amos que" ...) e os elementos
de normatização (tais como as regras de inclusão e formatação de citações e paráfrases, de organização de
referências bibliográficas) em textos científicos, desenvolvendo reflexão sobre o modo como a intertextualidade e
a retextualização ocorrem nesses textos.
A formação desse leitor-fruidor exige o desenvolvimento de habilidades, a vivência de experiências significativas
e aprendizagens que, por um lado, permitam a compreensão dos modos de produção, circulação e recepção das
obras e produções culturais e o desvelamento dos interesses e dos conflitos que permeiam suas condições de
produção e, por outro lado, garantam a análise dos recursos linguísticos e semióticos necessária à elaboração da
experiência estética pretendida.
Aqui também a diversidade deve orientar a organização/progressão curricular: diferentes gêneros, estilos, autores
e autoras - contemporâneos, de outras épocas, regionais, nacionais, portugueses, africanos e de outros países
- devem ser contemplados; o cânone, a literatura universal, a literatura juvenil, a tradição oral, o multissemiótico,
a cultura digital e as culturas juvenis, dentre outras diversidades, devem ser consideradas, ainda que deva haver
um privilégio do letramento da letra.
Compete ainda a este campo o desenvolvimento das práticas orais, tanto aquelas relacionadas à produção de
textos em gêneros literários e artísticos diversos quanto as que se prestam à apreciação e ao compartilhamento
e envolvam a seleção do que ler/ouvir/assistir e o exercício da indicação, da crítica, da recriação e do diálogo, por
meio de diferentes práticas e gêneros, que devem ser explorados ao longo dos anos.
(EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos
literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades
e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.
(EF69LP45) Posicionar-se criticamente em relação a textos pertencentes a gêneros como quarta-capa, programa
(de teatro, dança, exposição etc.), sinopse, resenha crítica, comentário em blog/v/og cultural etc., para selecionar
obras literárias e outras manifestações artísticas (cinema, teatro, exposições, espetáculos, CD's, DVD's etc.),
diferenciando as sequências descritivas e avaliativas e reconhecendo-os como gêneros que apoiam a escolha do
livro ou produção cultural e consultando-os no momento de fazer escolhas, quando for o caso.
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(EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos - como contos de amor, de humor, de suspense, de terror;
crônicas líricas, humorísticas, críticas; bem como leituras orais capituladas (compartilhadas ou não com o
professor) de livros de maior extensão, como romances, narrativas de enigma, narrativas de aventura, literatura
infanta-juvenil, - contar/recontar histórias tanto da tradição oral (causas, contos de esperteza, contos de
animais, contos de amor, contos de encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição literária escrita,
expressando a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente, que
respeite o ritmo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto pela pontuação quanto por outros
recursos gráfico--editoriais, como negritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa leitura ou esse
conto/reconto, seja para análise posterior, seja para produção de audiobooks de textos literários diversos ou de
podcasts de leituras dramáticas com ou sem efeitos especiais e ler e/ou declamar poemas diversos, tanto de
forma livre quanto de forma fixa (como quadras, sonetos, liras, haicais etc.), empregando os recursos linguísticos,
paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido pretendidos, como o ritmo e a entonação, o
emprego de pausas e prolongamentos, o tom e o timbre vocais, bem como eventuais recursos de gestualidade e
pantomima que convenham ao gênero poético e à situação de compartilhamento em questão.
(EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação entre os elementos linguísticos e os
recursos paralinguísticos e cinésicos, como as variações no ritmo, as modulações no tom de voz, as pausas,
as manipulações do estrato sonoro da linguagem, obtidos por meio da estrofação, das rimas e de figuras
de linguagem como as aliterações, as assonâncias, as onomatopeias, dentre outras, a postura corporal e
a gestualidade, na declamação de poemas, apresentações musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa
quanto nos gêneros poéticos, os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de linguagem, tais como
comparação, metáfora, personificação, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os efeitos
de sentido decorrentes do emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas (adjetivos, locuções
adjetivas, orações subordinadas adjetivas etc.), que funcionam como modificadores, percebendo sua função na
caracterização dos espaços, tempos, personagens e ações próprios de cada gênero narrativo.
(EF67LP15) Identificar a proibição imposta ou o direito garantido, bem como as circunstâncias de sua aplicação, em
artigos relativos a normas, regimentos escolares, regimentos e estatutos da sociedade civil, regulamentações para o
mercado publicitário, Código de Defesa do Consumidor, Código Nacional de Trânsito, ECA, Constituição, dentre outros.
(EF67LP16) Explorar e analisar espaços de reclamação de direitos e de envio de solicitações (tais como
ouvidorias, SAC, canais ligados a órgãos públicos, plataformas do consumidor, plataformas de reclamação),
bem como de textos pertencentes a gêneros que circulam nesses espaços, reclamação ou carta de reclamação,
solicitação ou carta de solicitação, como forma de ampliar as possibilidades de produção desses textos em
casos que remetam a reivindicações que envolvam a escola, a comunidade ou algum de seus membros como
forma de se engajar na busca de solução de problemas pessoais, dos outros e coletivos.
(EF67LP17) Analisar, a partir do contexto de produção, a forma de organização das cartas de solicitação
e de reclamação (datação, forma de início, apresentação contextualizada do pedido ou da reclamação, em
geral, acompanhada de explicações, argumentos e/ou relatos do problema, fórmula de finalização mais ou
menos cordata, dependendo do tipo de carta e subscrição) e algumas das marcas linguísticas relacionadas à
argumentação, explicação ou relato de fatos, como forma de possibilitar a escrita fundamentada de cartas como
essas ou de postagens em canais próprios de reclamações e solicitações em situações que envolvam questões
relativas à escola, à comunidade ou a algum dos seus membros.
(EF67LP18) Identificar o objeto da reclamação e/ou da solicitação e sua sustentação, explicação ou justificativa,
de forma a poder analisar a pertinência da solicitação ou justificação.
(EF67LP19) Realizar levantamento de questões, problemas que requeiram a denúncia de desrespeito a direitos,
reivindicações, reclamações, solicitações que contemplem a comunidade escolar ou algum de seus membros e
examinar normas e legislações.
(EF67LP20) Realizar pesquisa, a partir de recortes e questões definidos previamente, usando fontes indicadas e
abertas.
(EF67LP21) Divulgar resultados de pesquisas por meio de apresentações orais, painéis, artigos de divulgação
científica, verbetes de enciclopédia, podcasts científicos etc.
(EF67LP22) Produzir resumos, a partir das notas e/ou esquemas feitos, com o uso adequado de paráfrases e citações.
(EF67LP23) Respeitar os turnos de fala, na participação em conversações e em discussões ou atividades
coletivas, na sala de aula e na escola e formular perguntas coerentes e adequadas em momentos oportunos em
situações de aulas, apresentação oral, seminário etc.
(EF67LP24) Tomar nota de aulas, apresentações orais, entrevistas (ao vivo, áudio, TV, vídeo), identificando e
hierarquizando as informações principais, tendo em vista apoiar o estudo e a produção de sínteses e reflexões
pessoais ou outros objetivos em questão.
(EF67LP25) Reconhecer e utilizar os critérios de organização tópica (do geral para o específico, do específico
para o geral etc.), as marcas linguísticas dessa organização (marcadores de ordenação e enumeração, de
explicação, definição e exemplificação, por exemplo) e os mecanismos de paráfrase, de maneira a organizar mais
adequadamente a coesão e a progressão temática de seus textos.
(EF67LP26) Reconhecer a estrutura de hipertexto em textos de divulgação científica e proceder à remissão a
conceitos e relações por meio de notas de rodapés ou boxes.
(EF67LP27) Analisar, entre os textos literários e entre estes e outras manifestações artísticas (como cinema,
teatro, música, artes visuais e midiáticas), referências explícitas ou implícitas a outros textos, quanto aos temas,
personagens e recursos literários e semióticos
(EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender - selecionando procedimentos e estratégias de leitura
adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes -, romances
infanta-juvenis, contos populares, contos de terror, lendas brasileiras, indígenas e africanas, narrativas de
aventuras, narrativas de enigma, mitos, crônicas, autobiografias, histórias em quadrinhos, mangás, poemas de
forma livre e fixa (como sonetos e cordéis), vídeo-poemas, poemas visuais, dentre outros, expressando avaliação
sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
(EF67LP29) Identificar, em texto dramático, personagem, ato, cena, fala e indicações cênicas e a organização do
texto: enredo, conflitos, ideias principais, pontos de vista, universos de referência.
(EF67LP30) Criar narrativas ficcionais, tais como contos populares, contos de suspense, mistério, terror, humor,
narrativas de enigma, crônicas, histórias em quadrinhos, dentre outros, que utilizem cenários e personagens
realistas ou de fantasia, observando os elementos da estrutura narrativa próprios ao gênero pretendido, tais
como enredo, personagens, tempo, espaço e narrador, utilizando tempos verbais adequados à narração de fatos
passados, empregando conhecimentos sobre diferentes modos de se iniciar uma história e de inserir os discursos
direto e indireto.
(EF67LP31) Criar poemas compostos por versos livres e de forma fixa (como quadras e sonetos), utilizando
recursos visuais, semânticos e sonoros, tais como cadências, ritmos e rimas, e poemas visuais e vídeo-poemas,
explorando as relações entre imagem e texto verbal, a distribuição da mancha gráfica (poema visual) e outros
recursos visuais e sonoros.
(EF67LP32) Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da língua escrita.
(EF67LP33) Pontuar textos adequadamente.
(EF06LP03) Analisar diferenças de sentido entre (EF07LP03) Formar, com base em palavras primitivas,
palavras de uma série sinonímica. palavras derivadas com os prefixos e sufixos mais
produtivos no português.
(EF67LP34) Formar antônimos com acréscimo de prefixos que expressam noção de negação.
(EF67LP35) Distinguir palavras derivadas por acréscimo de afixos e palavras compostas.
(EF06LP04) Analisar a função e as flexões de (EF07LP04) Reconhecer, em textos, o verbo como o
substantivos e adjetivos e de verbos nos modos núcleo das orações.
Indicativo, Subjuntivo e Imperativo: afirmativo e
negativo.
(EF0GLP0S) Identificar os efeitos de sentido dos modos (EF07LP05) Identificar, em orações de textos lidos ou
verbais, considerando o gênero textual e a intenção de produção própria, verbos de predicação completa e
comunicativa. incompleta: intransitivos e transitivos.
(EF89LP01) Analisar os interesses que movem o campo jornalístico, os efeitos das novas tecnologias no campo e
as condições que fazem da informação uma mercadoria, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente
aos textos jornalísticos.
(EF0BLP0l) Identificar e comparar as várias editarias (EF09LP01) Analisar o fenômeno da disseminação
de jornais impressos e digitais e de sites noticiosos, de notícias falsas nas redes sociais e desenvolver
de forma a refletir sobre os tipos de fato que são estratégias para reconhecê-las, a partir da verificação/
noticiados e comentados, as escolhas sobre o que avaliação do veículo, fonte, data e local da publicação,
noticiar e o que não noticiar e o destaque/enfoque dado autoria, URL, da análise da formatação, da comparação
e a fidedignidade da informação. de diferentes fontes, da consulta a sites de curadoria que
atestam a fidedignidade do relato dos fatos e denunciam
boatos etc.
(EF89LP02) Analisar diferentes práticas (curtir, compartilhar, comentar, curar etc.) e textos pertencentes a
diferentes gêneros da cultura digital (meme, gif, comentário, charge digital etc.) envolvidos no trato com a
informação e opinião, de forma a possibilitar uma presença mais crítica e ética nas redes.
(EF89LP03) Analisar textos de opinião (artigos de opinião, editoriais, cartas de leitores, comentários, posts de blog
e de redes sociais, charges, memes, gifs etc.) e posicionar-se de forma crítica e fundamentada, ética e respeitosa
frente a fatos e opiniões relacionados a esses textos.
(EF08LP02) Justificar diferenças ou semelhanças no (EF09LP02) Analisar e comentar a cobertura da
tratamento dado a uma mesma informação veiculada imprensa sobre fatos de relevância social, comparando
em textos diferentes, consultando sites e serviços de diferentes enfoques por meio do uso de ferramentas de
checadores de fatos. curadoria.
(EF89LP04) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e implícitos, argumentos e contra
argumentos em textos argumentativos do campo (carta de leitor, comentário, artigo de opinião, resenha crítica
etc.), posicionando-se frente à questão controversa de forma sustentada.
(EF89LP05) Analisar o efeito de sentido produzido pelo uso, em textos, de recurso a formas de apropriação textual
(paráfrases, citações, discurso direto, indireto ou indireto livre).
(EF89LP06) Analisar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elaboração do
título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e seus
efeitos de sentido.
(EF89LP07) Analisar, em notícias, reportagens e peças publicitárias em várias mídias, os efeitos de sentido
devidos ao tratamento e à composição dos elementos nas imagens em movimento, à performance, à montagem
feita (ritmo, duração e sincronização entre as linguagens - complementaridades, interferências etc.) e ao ritmo,
melodia, instrumentos e sampleamentos das músicas e efeitos sonoros.
(EF89LP08) Planejar reportagem impressa e em outras mídias (rádio ou TV/vídeo, sites), tendo em vista as
condições de produção do texto - objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. - a
partir da escolha do fato a ser aprofundado ou do tema a ser focado (de relevância para a turma, escola ou
comunidade), do levantamento de dados e informações sobre o fato ou tema - que pode envolver entrevistas
com envolvidos ou com especialistas, consultas a fontes diversas, análise de documentos, cobertura de eventos
etc. -, do registro dessas informações e dados, da escolha de fotos ou imagens a produzir ou a utilizar etc., da
produção de infográficos, quando for o caso, e da organização hipertextual (no caso a publicação em sites ou
blogs noticiosos ou mesmo de jornais impressos, por meio de boxes variados).
(EF89LP09) Produzir reportagem impressa, com título, linha fina (optativa), organização composicional
(expositiva, interpretativa e/ou opinativa), progressão temática e uso de recursos linguísticos compatíveis com
as escolhas feitas e reportagens multimidiáticas, tendo em vista as condições de produção, as características
do gênero, os recursos e mídias disponíveis, sua organização hipertextual e o manejo adequado de recursos de
captação e edição de áudio e imagem e adequação à norma-padrão.
(EF89LP1 O) Planejar artigos de opinião, tendo em vista as condições de produção do texto - objetivo, leitores/
espectadores, veículos e mídia de circulação etc. -, a partir da escolha do tema ou questão a ser discutido(a), da
relevância para a turma, escola ou comunidade, do levantamento de dados e informações sobre a questão, de
argumentos relacionados a diferentes posicionamentos em jogo, da definição - o que pode envolver consultas
a fontes diversas, entrevistas com especialistas, análise de textos, organização esquemática das informações e
argumentos - dos (tipos de) argumentos e estratégias que pretende utilizar para convencer os leitores.
(EF08LP03) Produzir artigos de opinião, tendo em vista (EF09LP03) Produzir artigos de opinião, tendo em vista
o contexto de produção dado, a defesa de um ponto o contexto de produção dado, assumindo posição
de vista, utilizando argumentos e contra-argumentos diante de tema polêmico, argumentando de acordo
e articuladores de coesão que marquem relações de com a estrutura própria desse tipo de texto e utilizando
oposição, contraste, exemplificação, ênfase. diferentes tipos de argumentos - de autoridade,
comprovação, exemplificação princípio etc.
(EF89LP11) Produzir, revisar e editar peças e campanhas publicitárias, envolvendo o uso articulado e
complementar de diferentes peças publicitárias: cartaz, banner, indoor, folheto, panfleto, anúncio de jornal/revista,
para internet, spot, propaganda de rádio, TV, a partir da escolha da questão/problema/causa significativa para a
escola e/ou a comunidade escolar, da definição do público-alvo, das peças que serão produzidas, das estratégias
de persuasão e convencimento que serão utilizadas.
(EF89LP12) Planejar coletivamente a realização de um debate sobre tema previamente definido, de interesse
coletivo, com regras acordadas e planejar, em grupo, participação em debate a partir do levantamento de
informações e argumentos que possam sustentar o posicionamento a ser defendido (o que pode envolver
entrevistas com especialistas, consultas a fontes diversas, o registro das informações e dados obtidos etc.), tendo
em vista as condições de produção do debate - perfil dos ouvintes e demais participantes, objetivos do debate,
motivações para sua realização, argumentos e estratégias de convencimento mais eficazes etc. e participar de
debates regrados, na condição de membro de uma equipe de debatedor, apresentador/mediador, espectador (com
ou sem direito a perguntas), e/ou de juiz/avaliador, como forma de compreender o funcionamento do debate, e
poder participar de forma convincente, ética, respeitosa e crítica e desenvolver uma atitude de respeito e diálogo
para com as ideias divergentes.
(EF89LP13) Planejar entrevistas orais com pessoas ligadas ao fato noticiado, especialistas etc., como forma
de obter dados e informações sobre os fatos cobertos sobre o tema ou questão discutida ou temáticas em
estudo, levando em conta o gênero e seu contexto de produção, partindo do levantamento de informações
sobre o entrevistado e sobre a temática e da elaboração de um roteiro de perguntas, garantindo a relevância das
informações mantidas e a continuidade temática, realizar entrevista e fazer edição em áudio ou vídeo, incluindo
uma contextualização inicial e uma fala de encerramento para publicação da entrevista isoladamente ou como
parte integrante de reportagem multimidiática, adequando-a a seu contexto de publicação e garantindo a
relevância das informações mantidas e a continuidade temática.
(s3
(EF89LP17) Relacionar textos e documentos legais e normativos de importância universal, nacional ou local
que envolvam direitos, em especial, de crianças, adolescentes e jovens - tais como a Declaração dos Direitos
Humanos, a Constituição Brasileira, o ECA -, e a regulamentação da organização escolar - por exemplo,
regimento escolar -, a seus contextos de produção, reconhecendo e analisando possíveis motivações,
finalidades e sua vinculação com experiências humanas e fatos históricos e sociais, como forma de ampliar a
compreensão dos direitos e deveres, de fomentar os princípios democráticos e uma atuação pautada pela ética da
responsabilidade (o outro tem direito a uma vida digna tanto quanto eu tenho).
(EF89LP18) Explorar e analisar instâncias e canais de participação disponíveis na escola (conselho de escola,
outros colegiados, grêmio livre), na comunidade (associações, coletivos, movimentos, etc.), no munícipio ou
no país, incluindo formas de participação digital, como canais e plataformas de participação (como portal
e-cidadania), serviços, portais e ferramentas de acompanhamentos do trabalho de políticos e de tramitação de
leis, canais de educação política, bem como de propostas e proposições que circulam nesses canais, de forma
a participar do debate de ideias e propostas na esfera social e a engajar-se com a busca de soluções para
problemas ou questões que envolvam a vida da escola e da comunidade.
(EF89LP19) Analisar, a partir do contexto de produção, a forma de organização das cartas abertas, abaixo
assinados e petições on-line (identificação dos signatários, explicitação da reivindicação feita, acompanhada ou
não de uma breve apresentação da problemática e/ou de justificativas que visam sustentar a reivindicação) e a
proposição, discussão e aprovação de propostas políticas ou de soluções para problemas de interesse público,
apresentadas ou lidas nos canais digitais de participação, identificando suas marcas linguísticas, como forma de
possibilitar a escrita ou subscrição consciente de abaixo-assinados e textos dessa natureza e poder se posicionar
de forma crítica e fundamentada frente às propostas
(EF89LP20) Comparar propostas políticas e de solução de problemas, identificando o que se pretende fazer/
implementar, por que (motivações, justificativas), para que (objetivos, benefícios e consequências esperados),
como (ações e passos), quando etc. e a forma de avaliar a eficácia da proposta/solução, contrastando dados e
informações de diferentes fontes, identificando coincidências, complementaridades e contradições, de forma a
poder compreender e posicionar-se criticamente sobre os dados e informações usados em fundamentação de
propostas e analisar a coerência entre os elementos, de forma a tomar decisões fundamentadas.
(ss
(EF89LP21) Realizar enquetes e pesquisas de opinião, de forma a levantar prioridades, problemas a resolver ou
propostas que possam contribuir para melhoria da escola ou da comunidade, caracterizar demanda/necessidade,
documentando-a de diferentes maneiras por meio de diferentes procedimentos, gêneros e mídias e, quando for
o caso, selecionar informações e dados relevantes de fontes pertinentes diversas (sites, impressos, vídeos etc.),
avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, que possam servir de contextualização e fundamentação de
propostas, de forma a justificar a proposição de propostas, projetos culturais e ações de intervenção.
(EF89LP22) Compreender e comparar as diferentes posições e interesses em jogo em uma discussão ou
apresentação de propostas, avaliando a validade e força dos argumentos e as consequências do que está sendo
proposto e, quando for o caso, formular e negociar propostas de diferentes naturezas relativas a interesses
coletivos envolvendo a escola ou comunidade escolar.
(EF89LP23) Analisar, em textos argumentativos, reivindicatórios e propositivos, os movimentos argumentativos
utilizados (sustentação, refutação e negociação), avaliando a força dos argumentos utilizados.
(EF89LP24) Realizar pesquisa, estabelecendo o recorte das questões, usando fontes abertas e confiáveis.
(EF89LP25) Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações orais, verbetes de enciclopédias
colaborativas, reportagens de divulgação científica, v/ogs científicos, vídeos de diferentes tipos etc.
(EF89LP26) Produzir resenhas, a partir das notas e/ou esquemas feitos, com o manejo adequado das vozes
envolvidas (do resenhador, do autor da obra e, se for o caso, também dos autores citados na obra resenhada),
por meio do uso de paráfrases, marcas do discurso reportado e citações.
(EF89LP27) Tecer considerações e formular problematizações pertinentes, em momentos oportunos, em
situações de aulas, apresentação oral, seminário etc.
(EF89LP28) Tomar nota de videoaulas, aulas digitais, apresentações multimídias, vídeos de divulgação científica,
documentários e afins, identificando, em função dos objetivos, informações principais para apoio ao estudo e
realizando, quando necessário, uma síntese final que destaque e reorganize os pontos ou conceitos centrais
e suas relações e que, em alguns casos, seja acompanhada de reflexões pessoais, que podem conter dúvidas,
questionamentos, considerações etc.
(EF89LP29) Utilizar e perceber mecanismos de progressão temática, tais como retomadas anafóricas ("que,
cujo, onde", pronomes do caso reto e oblíquos, pronomes demonstrativos, nomes correferentes etc.), catáforas
(remetendo para adiante ao invés de retomar o já dito), uso de organizadores textuais, de coesivos etc., e analisar
os mecanismos de reformulação e paráfrase utilizados nos textos de divulgação do conhecimento.
(EF89LP30) Analisar a estrutura de hipertexto e hiperlinks em textos de divulgação científica que circulam na Web
e proceder à remissão a conceitos e relações por meio de links.
(EF89LP31) Analisar e utilizar modalização epistêmica, isto é, modos de indicar uma avaliação sobre o valor de
verdade e as condições de verdade de uma proposição, tais como os asseverativos - quando se concorda com
("realmente, evidentemente, naturalmente, efetivamente, claro, certo, lógico, sem dúvida" etc.) ou discorda de {"de
jeito nenhum, de forma alguma") uma ideia; e os quase-asseverativos, que indicam que se considera o conteúdo
como quase certo ("talvez, assim, possivelmente, provavelmente, eventualmente").
(s1
(EF08LP04) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos (EF09LP04) Escrever textos corretamente, de acordo
linguísticos e gramaticais: ortografia, regências e com a norma-padrão, com estruturas sintáticas
concordâncias nominal e verbal, modos e tempos complexas no nível da oração e do período.
verbais, pontuação etc.
(EF08LP05) Analisar processos de formação de
palavras por composição (aglutinação e justaposição),
apropriando-se de regras básicas de uso do hífen em
palavras compostas.
(EF08LP06) Identificar, em textos lidos ou de produção (EF09LP05) Identificar, em textos lidos e em produções
própria, os termos constitutivos da oração (sujeito e próprias, orações com a estrutura sujeito-verbo de
seus modificadores, verbo e seus complementos e ligação-predicativo.
modificadores).
(EF08LP07) Diferenciar, em textos lidos ou de produção (EF09LP06) Diferenciar, em textos lidos e em produções
própria, complementos diretos e indiretos de verbos próprias, o efeito de sentido do uso dos verbos de
transitivos, apropriando-se da regência de verbos de ligação "ser", "estar", "ficar", "parecer" e "permanecer".
uso frequente.
(sg
(EF08LP08) Identificar, em textos lidos ou de produção (EF09LP07) Comparar o uso de regência verbal e
própria, verbos na voz ativa e na voz passiva, regência nominal na norma-padrão com seu uso no
interpretando os efeitos de sentido de sujeito ativo e português brasileiro coloquial oral.
passivo (agente da passiva).
(EF08LP09) Interpretar efeitos de sentido de
modificadores (adjuntos adnominais - artigos
definido ou indefinido, adjetivos, expressões adjetivas)
em substantivos com função de sujeito ou de
complemento verbal, usando-os para enriquecer seus
próprios textos.
(EF08LP1 O) Interpretar, em textos lidos ou de produção
própria, efeitos de sentido de modificadores do verbo
(adjuntos adverbiais - advérbios e expressões
adverbiais), usando-os para enriquecer seus próprios
textos.
(EF08LP11) Identificar, em textos lidos ou de produção
própria, agrupamento de orações em períodos,
diferenciando coordenação de subordinação.
(EF08LP12) Identificar, em textos lidos, orações (EF09LP08) Identificar, em textos lidos e em
subordinadas com conjunções de uso frequente, produções próprias, a relação que conjunções (e
incorporando-as às suas próprias produções. locuções conjuntivas) coordenativas e subordinativas
estabelecem entre as orações que conectam.
(EF08LP13) Inferir efeitos de sentido decorrentes do
uso de recursos de coesão sequencial: conjunções e
articuladores textuais.
(EF09LP09) Identificar efeitos de sentido do uso de
orações adjetivas restritivas e explicativas em um
período composto.
(EF08LP14) Utilizar, ao produzir texto, recursos de
coesão sequencial (articuladores) e referencial (léxica
e pronominal), construções passivas e impessoais,
discurso direto e indireto e outros recursos expressivos
adequados ao gênero textual.
(EF08LP15) Estabelecer relações entre partes do texto, (EF09LP1 O) Comparar as regras de colocação
identificando o antecedente de um pronome relativo pronominal na norma-padrão com o seu uso no
ou o referente comum de uma cadeia de substituições português brasileiro coloquial.
lexicais.
O leão e o ratinho
A cabra, a vaca,
a ovelha e o leão
O leão, o asno
e a raposa
O leão, o asno
e a raposa
As lágrimas
de Potira
O pequeno
príncipe –
Capítulo XXI
Como funciona
a redação de um
telejornal?
1
3
4
Seres que encantam
• Aproximação ---------------------------- 12 Aprofundamento do gênero li - Fábula---- 40
• Texto: A cabra, a vaca, a ovelha e o leão • Texto: O lobo e o cordeiro
(Justiniano José da Rocha) --------------- 12 (Jean de La Fontaine) --------------------- 40
• Desvendando os segredos do texto ------ 13 • Desvendando os segredos do texto ------ 42
Aprofundamento do gênero 1 - Fábula----- 14 • Análise linguística ----------------------- 45
• Texto: O leão, o asno e a raposa - A variação e
(Liev Tolstói)------------------------------ 14
o preconceito linguístico ------------- 45
• Desvendando os segredos do texto ------ 17 - Tipos de variação linguística --------- 46
• Análise linguística ----------------------- 22 • Prática linguística ----------------------- 48
- A linguagem e • É hora de produzir ----------------------- 52
a produção de sentidos--------------- 22 • A escrita em foco ------------------------ 55
- A capacidade de simbolizar ---------- 23 - Fonema e letra ----------------------- 55
- A língua------------------------------ 29
- O alfabeto --------------------------- 56
- Fala e escrita ------------------------ 29 •A escrita em questão--------------------- 58
• Prática linguística ----------------------- 30 Encerramento ----------------------------- 62
• É hora de produzir ----------------------- 35 Mídias em contexto ----------------------- 64
Outras fontes ----------------------------- 65
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aamdJ Mitologia
• Aproximação ---------------------------- 118 Aprofundamento do gênero li - Mito ------ 140
• Texto: Vitória- régia • Texto: A perigosa Vara
(ou mumuru) , a estrela dos lagos---------- 119 (Clarice Lispector) ------------------------ 140
• Desvendando os segredos do texto ------ 120 • Desvendando os segredos do texto ------ 142
Aprofundamento do gênero 1 - Mito------- 122 • Análise linguística ----------------------- 144
• Texto: As lágrimas de Potira - Tipos e gêneros textuais ------------- 144
(Ana Rosa Abreu) ------------------------- 122 • Prática linguística ----------------------- 146
• Desvendando os segredos do texto ------ 124 • É hora de produzir ----------------------- 152
• Análise linguística ----------------------- 128 • A escrita em foco------------------------ 154
- O texto ------------------------------ 128 - Encontros entre vogais e semivogais - 154
- Fala dos personagens e pontuação--- 129 - Desencontro de vogais (hiato)-------- 155
• Prática linguística ----------------------- 130 • A escrita em questão -------------------- 156
• É hora de produzir ----------------------- 135 Encerramento ----------------------------- 158
Mídias em contexto ----------------------- 161
Outras fontes ----------------------------- 163
Design da informação
�
Poemas
�
LPemC_ME_2019_6A_Cap1 .indd 8
22/07/19 00 :54 1
mmmli") Um pouco de ciência
• Aproximação ----------------------------322 Aprofundamento do gênero li - Artigo de
• Texto: Por que temos dor de barriga?-----322 divulgação científica ---------------------- 346
• Desvendando os segredos do texto ------323 • Texto: O perigo das gostosuras
Aprofundamento do gênero 1 - Artigo de (lsadora Vilardo) --------------------------346
divulgação científica ---------------------- 324 • Desvendando os segredos do texto ------348
• Texto: O que dizem os moais • Análise linguística -----------------------354
(Fernando Reinach) -----------------------324 - Tempos verbais----------------------354
• Desvendando os segredos do texto ------327 - Sujeito-------------------------------355
• Análise linguística -----------------------332 - Concordância verbal -----------------357
- Verbo--------------------------------332 • Prática linguística -----------------------358
- Os modos do verbo ------------------334 • É hora de produzir -----------------------362
- Formas nominais dos verbos ---------334 • A escrita em foco------------------------364
- Conjugação--------------------------335 - Casos mais específicos
• Prática linguística -----------------------335 de acentuação -------------------------364
• É hora de produzir -----------------------344 - Outras regras de acentuação---------365
• A escrita em questão --------------------366
Encerramento ----------------------------- 368
Mídias em contexto ----------------------- 370
Outras fontes ----------------------------- 371
� Em busca da informação
·Aproximação ----------------------------374 Aprofundamento do gênero li - Entrevista --392
• Texto: Tirinha (Alexandre Beck) ----------374 • Texto: Física para todos (Vitor Casimiro) -392
• Desvendando os segredos do texto ------374 • Desvendando os segredos do texto ------395
Aprofundamento do gênero 1 - Entrevista ---376 • Análise linguística -----------------------397
• Texto: Entrevista com Célia Catunda - A coordenação-----------------------397
(Silvia Dalben) ----------------------------376 - Período composto por coordenação --399
• Desvendando os segredos do texto ------379 - Classificação das orações
• Análise linguística -----------------------382 coordenadas---------------------------400
- A oração e o período -----------------382 • Prática linguística -----------------------402
• Prática linguística -----------------------384 • É hora de produzir -----------------------41 O
• É hora de produzir -----------------------390 • A escrita em foco ------------------------411
- Uso das consoantes g e j-------------411
• A escrita em questão --------------------412
Encerramento ----------------------------- 414
Mídias em contexto ----------------------- 415
Outras fontes ----------------------------- 416
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22/07/19 00 :54 1
A fábula é uma história bastante simples,
quase sempre breve, escrita em prosa ou verso
e de ação pouco tensa. Seus personagens tam
bém são muito simples: são animais irracionais que
agem como seres humanos. As fábulas sempre su-
gerem um ensinamento, ou seja, uma lição moral com
que o autor pretende mostrar como devemos agir com
sabedoria. As primeiras fábulas foram criadas há mui
tos anos por Esopo (século VI a.e.), um escravo grego,
e ganharam um tom satírico com Fedro (século I d.e.),
um escravo romano. Anos mais tarde, o poeta francês
Jean de La Fontaine (1621-1695) se tornou o grande
divulgador do gênero no Ocidente. La Fontaine publi
cou seu primeiro livro de fábulas em 1668. Fábulas
escolhidas é uma coletânea de 124 textos, escri
tos em linguagem simples e atraente, que narram
histórias de animais com claro objetivo moral.
A cabra, a vaca,
a ovelha e o leão
Diálogo com o professor
Vocabulário desconhecido
Utilizando pistas do próprio texto, estruturas, ilustraçõ es ou mesmo fontes Por ser o início do livro e,
xternas, como dicionários, construa o sentido das palavras seguintes.
e
bem dizer, da Coleção, este
Pilharam - Do v erbo pilhar; caçar, tomar com violência.
primeiro capítulo foi pensado
Obséquio - Fazer algo para alguém se m interess e, apenas por gentil eza. com o objetivo de apresentar
Arrojo - Grande coragem, audácia, ousadia. aos alunos noções linguísti
Bulir - =
M=ex=e=r·�-------------------
cas introdutórias, de forma a
ambientá-los aos fenômenos
Quinhão - Parte que cabe a cada pessoa na divisão de um todo.
que trabalharemos ao longo
do livro e nos anos seguintes.
Desvendando os segredos do texto Para facilitar o entendi
mento e tornar o conteúdo
@ Por que a cabra, a vaca e a ove lha não
C, Quando dizemos que "José é um ho
enfrentaram o leão? mais envolvente, optamos por
mem de valores", estamos afirmando
Para não sere m mortas por el e. que ele possui qualidades que nos cau trabalhar inicialmente com a
sam admiração e respeito. Como vimos fábula, dada a "simplicidade"
@ Qu e valores pod eríamos atribui r, ao na página anterior, as fábulas sempre
mesmo te mpo, à cabra, à vaca e à nos passam algum valor, como a lealda formal do gênero.
ov e lha? de. Que valores podemos apreender da
S ensatez, prudência, etc. fábula A cabra, a vaca, a ovelha e o leão?
CJ
e
alunos da turma. Aproveite para ler assustou com seu próprio reflexo sua ação, pois o seu pedaço de
a fábula O cão e o pedaço de carne na água. O susto o fez pensar que carne foi levado pela correnteza
a fim de explorar um pouco mais os era, na verdade, um outro cão, car e o outro, de fato, não existia.
conhecimentos prévios dos alunos. regando um pedaço de carne bem
maior que o seu. Imediatamente o Moral: Cuidado com a cupidez.
O cão e o pedaço de carne cão soltou o pedaço de carne que Releitura da fábula atribuída à Esopo.
Um cão estava atravessando um carregava e mergulhou para aboca
rio carregando um pedaço de car nhar o pedaço maior. Assim, o cão
ne na boca quando, de repente, se se arrependeu profundamente de
( Capítulo 1 X.._1_3
___
Escaneie o
QR CODE.
as questões.
1. Porque não estava sendo
bem-sucedida na caça. Para discutir
2. Ela queria tirar vantagem 1. Por que a raposa convidou o leão e o asno para caçarem com
do leão, pois, quando divi ela?
2. Qual era a intenção da raposa ao propor o acordo ao leão e ao
dissem a caça em partes asno?
iguais, ela certamente 3. Por que o asno ficou paralisado diante da ordem do leão?
4. Você achou sensata a atitude do burro de não pedir para o leão
receberia mais comida do ser mais claro?
x
___1_6_ Seres que encantam j
1 LPemC_ME_2019_6A_Cap1.indd 16 22/07/19 00 :54 1
.�.
�; Diálogo com o professor
.-
Desvendando os segredos do texto Aprenda mais! �
.�.
pecíficas. Releia o boxe Caracterizando o gênero, na -problema, também chamada
abertura deste capítulo, e relacione-o ao texto O leão, de conflito. Na primeira parte do vantes para a produção de
texto, os fatos conduzem o lei �
o asno e a raposa. Agora, responda: por que podemos
tor na construção do conflito; e, sentido. Ou seja, as questões
.-
definir esse texto como uma fábula? na segunda parte, o desenrolar �
dos fatos leva à solução desse
abordadas nesta seção prio
Sugestão de resposta: Porque podemos identificar conflito.
Tempo - Quando acontece
rizam enfaticamente a epilin
características desse gênero, como animais huma
nizados (personagens) e a intenção do autor de nos
a história, em que época. Às
vezes, a passagem do tempo
fica clara na narrativa, e per
:(li. guagem.
�·t:·
passar um ensinamento. cebemos a duração dos fatos.
Espaço - Corresponde ao
�:
local onde se passa a história.
..
portante para a construção da
tando as características dos personagens. narrativa.
�
Leão Asno Raposa
.
vaidoso ingênuo velha
��
orgulhoso lento cansada
Sugestão de abordagem
:(li.
de fala complicada pacífico esperta
bom caçador sensata
�·t:·
mandão
Originalmente, as fábu
�:
destemido las eram textos transmitidos
oralmente de geração para
@ Releia o trecho: geração, exatamente como
O leão, que falava complicado e era muito vaidoso, seguiu na frente, caçando
.�-.
�; ' as lendas, os mitos, etc. Daí a
profusão de versões de uma
.
sozinho. �
A postura do leão de sair "caçando sozinho" indica mais uma característica dele.
mesma história. Essa multi
Qual? plicidade e a própria essên
O individualismo. :(li. cia oral fizeram com que as
f, fábulas ganhassem um as
Capítulo 1 17
pecto popular. Embora a au
.- toria de muitos desses textos
seja atribuída a Esopo ou La
Anotações Fontaine, por exemplo, eles
passaram, ao longo dos anos,
por inúmeros processos de
textualização e retextualiza
ção, de forma que hoje temos
uma infinidade de autores que
"beberam da fonte" desses
dois clássicos. Temos, então,
claros exemplos de intertex
tualidade.
( Capítulo 1 X.._1_1
___
Sugestão de abordagem
Uma forma interessante de podem sugerir lições morais dife Millôr, podemos chamar a aten
trabalhar as fábulas em sala de rentes. Para deixar essa relação ção dos alunos para as palavras
aula consiste em apresentá-las clara para a turma, podemos levar incomuns criadas pelo autor,
aos alunos em projeções e bus para a sala de aula a famosa fábu como rataria e ratocentrismo.
car com eles as relações inter la A deliberação dos ratos, de Jean Seria uma boa oportunidade
textuais. Para atrair a atenção de La Fontaine, e duas de suas ver para introduzir a relação entre
da turma, poderemos mostrar sões mais conhecidas, uma escri significante e significado.
que, embora tenham uma "mes ta por Millôr Fernandes; e a outra,
ma" origem, fábulas recontadas por Monteiro Lobato. Na fábula de
( Capítulo 1 X.._1_9
___
O narrador
Além dos personagens, os textos narrativos apresen Importante: o narrador não é o autor do texto de
tam também um narrador, ou seja, quem narra a história. verdade. Ele é uma espécie de pessoa imaginária que
Normalmente, ele se apresenta de duas formas: existe apenas no texto. Sua função é narrar a história
• Narrador-personagem - participa da história que ao leitor, conduzindo-o durante a leitura do texto lite
narra. rário.
• Narrador-observador - não participa do que nar
ra, ele apenas observa.
A raposa procurou o asno e o leão para convidá-los para caçar. � Motivo: Conseguir
mais alimentos.
G__
o_iv_id_ ir_ e_ m
_ a _ a_ _ e_m_ p_a_rte
_ c_ a_ c _ a
_ _ s i_ gu _ _ .____________)
_ is
( L_ e_ão
__
_ :_ 2
_ 4
_ p _ _ a_s_ .
_ _ res
__
) e Asno: Nenhuma presa. ) e Raposa: 3 presas.
__
Consequência de não
___.(O asno nada entendeu.) ___. ter entendido?
+
Com seu modo inadequa
do de falar, o leão pediu ao
asno que dividisse a caça.
Motivo?
G M e_do
_ _ d_e se_r _ d_e_v_o_ra_ da
_ _. ) ◄•-------'
__ _ _
______
( Capítulo 1 X__
2_1 ___
Texto 1 Texto 3
Angelo
BNCC
�-
18h
EF69LP05
cheia de pulga, acho que tem sarna, odeia outros
animais, não suporta criança e não fica bem com
humanos. Tem um temperamento terrível. Se
EF69LP55 ninguém se interessar, infelizmente teremos que
ficar com ela. Interessados chamem inbox.
EF69LP56
hnps:J/br.pinterest.com/pin/537687642985703799nlp•true
Texto4
22
----- J
Seres que encantam J
1 LPemC_ME_2019_6A_Cap1.indd 22 22/07/19 00 :55 1
1. Essas imagens comunicam algo para você?
2. Em qual(is) desses textos o objetivo foi produzir humor?
3. Onde podemos encontrar textos como esses?
4. Qual texto foi produzido originalmente na Internet?
5. Qual a intenção dos autores dos textos ao produzi-los? Discuta com os seus co
legas e o seu professor.
_.
uma invenção dos seres humanos, que vivem em socieda
de, ou seja, ela nada mais era que uma invenção cultural,
como o frevo, o samba, a tapioca, a chula, o futebol, a fei
joada... Por essa perspectiva, a linguagem seria um diferen
cial entre os seres humanos e os animais ditos irracionais.
Instintivamente quer dizer
Mesmo ainda sendo considerada um dos diferenciais naturalmente. A linguagem se
entre homens e animais, a linguagem não é exatamente desenvolve nos seres huma
um produto da cultura. Na verdade, ela é uma habilidade nos de forma natural. Não é
preciso ir à escola para apren
que desenvolvemos instintivamente e que torna possível a der a falar: ainda bebês, profe
nossa comunicação e até mesmo a nossa convivência em rimos palavras soltas (papai,
sociedade. A linguagem está tão ligada à sociedade que mamãe, miau, au-au, etc.), e,
com o tempo, aprendemos a
podemos afirmar que uma não existe sem a outra. Imagine nos expressar com bastante
como seria viver em um lugar onde ninguém jamais se en clareza.
tendesse... Assim,
A capacidade de simbolizar
Para nos comunicar, contamos com um diferencial muito interessante: a capacidade de
simbolizar. Tudo o que está à nossa volta ou o que nem mesmo existe pode ser simboliza
do. Não entendeu? Isso é meio confuso mesmo. Mas vamos tornar as coisas mais fáceis...
( Capítulo 1 X__
2_3 ___
x
___2_4_ Seres que encantam j
LPemC_ME_2019_6A_Cap1 .indd 24 22/07/19 00 :55 1
O que diferencia os seres humanos dos outros animais?
Várias características nos distinguem dos bichos, como o modo de caminhar.
De todas as espécies do reino animal, somos a única cuja forma-padrão de deslocamento é o bipedalismo, o
andar sobre duas pernas. Esse traço, que já se manifestava em nossos ancestrais, moldou o jeitinho humano de
ser. Mas nem tudo que se pensava ser exclusivo do Homo sapiens é, de fato, coisa nossa. Por exemplo, a capa
cidade de se reconhecer no espelho. "Experimentos revelaram que chimpanzés, golfinhos e elefantes têm essa
capacidade", diz César Ades, estudioso do comportamento animal da Universidade de São Paulo (USP). Além
disso, algumas espécies utilizam ferramentas para certas atividades e até pensam! [...]
É claro que os animais se comunicam entre si, mas nenhum deles tem um código oral e escrito tão complexo
quanto o nosso. Estudos sobre o desenvolvimento da linguagem revelam que estudantes universitários possuem
um vocabulário de 80 mil palavras - contra, por exemplo, cem sinais dos chimpanzés.
Yuri Vasconcelos
Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-diferencia-os-humanos-dos-animais/. Acessado em: 22/03/2019.
( Capítulo 1 X__
2_s ___
Nessa tirinha, o autor pôde se expressar. Para compreendermos o que ele quis dizer,
relacionamos vários elementos, como palavras, situações, imagens, cores, etc. O processo
Sugestão de abordagem de construção do sentido é muito rápido e começa antes mesmo de lermos a tirinha. Isso
porque, quando a vemos, nosso cérebro já começa a processar informações. Uma delas,
certamente a primeira, é a "certeza" de que seu autor quis nos comunicar algo. Com base
Na questão 1, é importante nisso, lemos as palavras e as relacionamos com as imagens procurando criar sentido. No
observarmos com os alunos final do processo, vemos que Silvestre consegue se comunicar tanto através da música
como através da grafitagem. Como conseguimos captar a ideia do autor, podemos dizer
a relação entre o hip-hop e a
que houve comunicação.
grafitagem presente no últi Para produzir essa tirinha, o ilustrador utilizou duas linguagens:
mo quadrinho. Grosso modo,
podemos dizer que a grafita • Linguagem verbal - utiliza palavras escritas ou faladas.
gem é a manifestação visual • Linguagem não verbal - utiliza outros sinais para possibilitar a interação: ima
gens, sons, gestos, cores, etc.
do hip-hop. Ou seja, Silvestre
consegue, sim, se expressar
Observe estes exemplos.
através da música.
®
Já na questão 2, vale dis
cutir com a turma o papel
comunicativo da música. Por
meio dela, podemos expres
sar nossos sentimentos, nos
sas ideias, nossas opiniões
[_ Pista escorregadQ l Estacion�'.11ent�
perm1t1do _)
[
Proibido usar)
telefone celular _)
Anotações
x
___2_6_ Seres que encantam j
1 LPemC_ME_2019_6A_Cap1.indd 26 22/07/19 00 :55 1
Sugestão de abordagem
Linguagem dos pratos
•••
Podemos explorar mais a re
lação entre significante e signi
ficado trazendo outros signos,
como placas de trânsito, foto
••
Pausa por um
instante
Aguardando o
segundo prato
Excelente grafias, anúncios publicitários,
caricaturas, etc., para que os
alunos possam construir sen
tidos e verificar a relação exis
O importuno, de Almeida Júnior, l 898. tente entre os símbolos e o seu
Satisfeito Não gostou Óleo sobre tela, 145 cm x 97 cm.
do menu
Pinacoteca do Estado de São Paulo. conhecimento de mundo.
Com base em Saussure (1972)
e, evidentemente, poupando a
turma de uma epistemologia
desnecessária, podemos deta
lhar melhor essa relação entre
o significante, o significado e o
signo linguístico expondo no es
Foto l: Arcos da Lapa, Rio de Janeiro, na década de l 960. Foto 2: Arcos da Lapa, Rio de Janeiro, em maio de 2016.
quema a seguir:
Como você pode observar, as placas, a posição dos talheres no prato, a pintura e a foto Dizemos que essa relação é
grafia também podem ser consideradas exemplos de linguagem não verbal.
Diversos símbolos utilizados nesse tipo de linguagem podem ter diferentes sentidos, arbitrária porque, salvo alguns
como o símbolo da caveira, que, dependendo da situação, pode significar, por exemplo, poucos casos, como as onoma
veneno, perigo, pirataria e heavy metal.
topeias, não há qualquer relação
entre os seres, as ações, os atri
butos e o nome que conferimos
a esses elementos. Isso fica
bastante claro quando confron
tamos o português com outras
línguas: janela (português), win
macondo,Tribalium,Al..,xanderPavlov..,SSlOOl/Shutterstook.com
dow (inglês), ventana (espanhol),
fenêtre (francês), etc.
( Capítulo 1 X__
2_1 ___
.�.
guês-padrão. Já as constru
uma palavra, como um oi, ou agrupar uma porção delas em ções agramaticais são aquelas principalmente porque a fala é
enunciados muito complexos. Mas não basta apenas co impossíveis em uma dada lín �
gua. tradicionalmente identificada
.-
nhecer um conjunto de palavras para falar uma língua. É �
preciso conhecer suas leis de funcionamento, isto é, sua como o lugar do erro, enquan
gramática. Observe.
to a escrita se sobrepõe como
E aí, como tá o namoro? 1 E aí, como o namoro tá? :(li. forma correta e superior de ex
pressão.
Como você deve ter percebido, não há qualquer problema de sentido nesses enuncia
dos. Nós apenas alteramos a posição dos termos e formulamos outra possibilidade de
pergunta. Isso só foi possível porque temos um conhecimento bastante específico da gra
�·t:·
�:
Nesse sentido, podemos
começar apontando que a fala
mática da nossa língua. Agora veja:
precede a escrita. Ao longo da
E, como aí o tá namoro? 1 Aí, o e como namoro tá? �
.. história, percebemos que to
dos os povos falam/falavam,
.
��
Nessas duas situações, não produzimos enunciados, pois não obedecemos às leis de
funcionamento da língua portuguesa. Essas construções seriam, então, agramaticais. mas nem todos possuem/
Portanto, para falar uma língua, é preciso saber escolher palavras e combiná-las de acordo possuíam escrita. Hoje, exis
com essas leis e com o que queremos dizer.
:(li. tem aproximadamente 5 mil
Fala e escrita
Escrita e fala são comuns à maior parte das línguas e muitas vezes servem de peso
�·t:·
�: línguas, mas menos de 10%
delas possuem a modalidade
para julgar as pessoas. Ao longo da história, infelizmente, percebemos que as sociedades escrita, ou seja, uma escrita
.�-.
humanas avaliam as pessoas de acordo com a forma como falam e escrevem, o que é um
própria, uma literatura e uma
procedimento equivocado.
É muito comum se pensar, também, que a escrita é superior à fala. Esse preconceito tem
�; '
tradição.
.
origens históricas. Na verdade, escrita e fala seguem organizações próprias nem sempre � Embora utilizemos a fala
relacionadas. Por isso, não tem sentido pensar que é errado falar tumati só porque escre
vemos tomate. em mais ou menos 90% da
Capítulo 1 29
Essa supervalorização se
.- mostra em diversas ocasiões
e reflete bem a noção que o
Anotações senso comum tem sobre es
sas duas modalidades. Ain
da hoje acredita-se que uma
pessoa é educada quando é
alfabetizada formalmente, o
que é um equívoco.
@ Para você, como seria viver em um lugar onde as pessoas nunca entendessem umas
às outras?
Resposta pessoal. Entretanto, vale observar que língua e sociedade são indissociá
veis.
BNCC
@ A capacidade de comunicação não é exclusiva dos seres humanos. Outros animais
Habilidades gerais podem se comunicar. As abelhas são um grande exemplo disso. Faça uma pesquisa
para entender como elas se comunicam.
EF69LP03 EF69LP05
As abelhas podem comunicar com precisão a distância e a direção de uma nova fon
te de néctar, valendo-se de um sofisticado ritual de movimentos. Esses movimentos
Habilidades específicas não são aleatórios, e sua frequência e velocidade são determinadas pelo estado do
EF67LP01 EF67LP03 corpinho da abelha, mais ou menos cansado segundo a extensão do percurso.
EF67LP08 EF06LP02
Diálogo com o professor @ Como vimos, a linguagem verbal é apenas um dos diferenciais entre os seres huma
nos e os animais irracionais. Faça uma pesquisa para descobrir mais algumas des
sas diferenças.
A respeito do conteúdo O modo de caminhar sobre duas pernas; o tamanho do cérebro em relação ao corpo;
trabalhado na questão 2, é a forma e a posição do polegar e o ato de cozinhar os alimentos que ingere.
importante observar que, se
gundo Benveniste (Problemas
de linguística geral 7), a "co
C, Releia o texto didático A linguagem e a produção de sentidos e analise as afirmativas
abaixo assinalando V, para verdadeiro, ou F, para falso.
municação" entre animais não a) (V) A linguagem possibilita a comunicação entre as pessoas.
b) ( F) A linguagem é uma produção exclusivamente cultural.
seria linguagem porque não
e) ( F) É possível os homens viverem em sociedade sem se comunicarem de alguma
permite resposta, não permite forma.
outra interpretação, etc. Fiorin d) (V) A linguagem permite a interação entre as pessoas.
e) ( F) Até hoje, ninguém sabe explicar o que é a linguagem.
retoma esse tema em Intro f) ( F) Só é possível uma pessoa se expressar com clareza se frequentar a escola.
dução à linguística. Para mais g) (V) Vivendo em sociedade, as pessoas aprendem a se comunicar naturalmente.
h) ( F) Somente os seres humanos se comunicam entre si.
detalhes, ver Azeredo (2008,
pp. 39-40), que inclusive cita
alguns trabalhos sobre a lin
guagem dos animais.
Anotações
( Capítulo 1 X.._3_1
___
(j Suas respostas à questão anterior mostram que você foi capaz de compreender di
versas coisas a respeito da charge de Duke. Note que essa compreensão ocorreu
mesmo não havendo palavras no texto.
a) Por que, mesmo sem palavras, você pôde compreendê-lo?
Isso só foi possível porque o assunto foi tratado por meio de símbolos que fazem
sentido para o leitor. Foram utilizados desenhos, gestos e objetos que, por fazerem
parte da nossa vida, puderam ser compreendidos.
QeSocial
MAIS UMA
F.M MAiiiANA
CONFUSÃO
À VISTA BARRAGEM SE ROMPE
E TSUNAMI DE LAMA
ARRASA VllAREJO
Toneloda�derejeitostó1ioosde mineradoroprovorom on dade
destr11is!loes.otelT(lm8entoRodrigues,diStritodcicidodehlstórlco
J
___3_2_ Seres que encantam J
LPemC_ME_2019_6A_Cap1 .indd 32 22/07/19 00 :55 1
a) Qual é o assunto de destaque dessa edição do jornal?
O rompimento da barragem em Mariana.
b) Conforme você pode observar, a informação está sendo transmitida por meio não
só de textos escritos, mas de outros recursos. Quais?
Fotografias, mapas, uso do negrito, etc.
(ê Neste capítulo, principalmente a partir da fábula O leão, o asno e a raposa, vimos que
a comunicação pode não acontecer, ou acontecer de forma problemática, quando
os envolvidos não se expressam adequadamente, como o leão. No entanto, hoje em
dia, é muito comum as pessoas não se entenderem simplesmente porque não dão
atenção ao que está sendo dito, o que é, na verdade, um problema ético. Pensando
nisso, analise a ilustração abaixo e discuta com seus colegas e seu professor sobre
a seguinte questão: por que o problema da comunicação entre as pessoas não está
na distância?
SOARES, Magda. Alfabetização e /e
tramento. São Paulo: Contexto, 2007.
x
___3_4_ Seres que encantam j
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O leão e o ratinho
- Pagar-me? Ora! Você mal consegue se sustentar! O que poderia fazer a meu
favor, sendo tão fraquinho?!
- Não sei, majestade, mas prometo: algum dia retribuirei sua bondade!
E assim dizendo, o ratinho correu, muito feliz, de volta para sua toca. O vaidoso leão,
por sua vez, embrenhou-se na floresta. Não demorou muito, caiu na rede de um caça
dor. Debatendo-se de raiva, o leão urrava! E, quanto mais se mexia, mais a corda o en
laçava. Nesse instante, o tal ratinho, que de longe tudo ouvia, chegou perto dele. Disse:
- Não se preocupe, meu amigo, estou aqui! Fique t anquilo vou libertá-lo. Vou
roer a corda que o prendeu. Descanse e confie em mim.
E o ratinho se pôs a roer a corda insistentemente, até que ela cedeu e se arrebentou!
Sugestão de abordagem - Estou livre! - alegrou-se o leão. - Muito obrigado, ratinho! O que seria de mim
sem sua ajuda?!
E o ratinho humildemente, cheio de alegria, estendeu uma patinha ao grande leão.
Na questão 6 da atividade
proposta na seção Antes de Moral: Não devemos desconfiar da força dos outros, mesmo quando nos parecem
pequeninos e frágeis.
começar a escrever, solicita Fábula tradicionalmente atribuída a Esopo.
mos ao aluno que preencha Disponível em: https://www.mensagenscomamor.com/mensagem/l 34615. Acesso em: 24/05/2018.
a "jogarem" com os termos Para se libertar do leão, o ratinho procurou convencê-lo de que não seria suficien
te para alimentá-lo. Esse argumento pode ser observado na seguinte fala: "Tenha
descritivos, propondo diver
piedade, senhor Leão! Me solte, por favor! Do que lhe serve me matar? Veja, sou tão
sas possibilidades. Feito isso,
pequeno que mal posso matar sua fome... ".
podemos discutir com eles
as nuanças semânticas que O Como você percebeu, o ratinho ficou bastante grato pelo fato de o leão decidir não o
comer e garantiu que algum dia lhe retribuiria o favor. Mas o leão achou graça, não
cada termo oferece.
acreditando que um ratinho tão pequeno pudesse ajudá-lo. O que acontece com o
leão e o ratinho depois dessa situação?
O aluno precisa sinalizar que o ratinho ajuda o leão em uma situação de apuro, quan
do este fica preso em uma rede. O ratinho, mesmo pequenino, consegue roer a corda
x
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C, O que podemos aprender com as atitudes do leão e do ratinho?
Espera-se que o aluno ressalte ao menos um desses dois ensinamentos: nenhum ato
de gentileza ou misericórdia é inútil (ou seja, o que pode ser um gesto simples para
um pode ser de grande valia para o outro) e não devemos subestimar os outros.
C, As fábulas são fruto de uma tradição oral - em sua origem, elas eram faladas. Os
primeiros fabulistas contavam as suas narrativas às pessoas, que se encarregaram
de repassá-las até que alguém as registrasse na escrita. Desse modo, somente de
pois de muito tempo essas histórias se tornaram textos próprios da escrita, mas
nelas foi conservada sua característica de texto curto, estrutura própria da oralidade.
Agora, você irá pesquisar uma fábula em livros ou pela Internet. Ao encontrar uma,
leia-a com bastante atenção e, em seguida, reconte-a com suas palavras fazendo
seu registro no caderno.
BNCC
Habilidades gerais
EF69LP44 EF69LP46
EF69LP51
Avaliação
-
1. Trabalhando com um colega, vocês avaliarão o texto um do outro. Para isso, preen
cham a tabela abaixo.
º o
Aspectos analisados
o o
Há descrição do ambiente?
o o
O protagonista foi bem caracterizado?
o o
O antagonista também foi bem caracterizado?
o o
Há personagem secundário?
o o
Você gostou do texto do seu colega?
A fábula apresentou uma lição moral?
A fábula do seu colega precisa ser reescrita? o o
2. Em seu caderno, escreva um pequeno comentário explicando o que você mais gostou
no texto do seu colega.
( Capítulo 1 X..._4_1
___
@ Nas fábulas, as ações dos personagens são o foco da narração, apesar de encontrar
mos também caracterizações físicas e psicológicas que nos ajudam a formar a sua
imagem e conduta. Assim, o que nos leva à moral no final da história são principal
mente as atitudes dos personagens. Pensando nisso, responda:
J
___4_2_ Seres que encantam J
1 LPemC_ME_2019_6A_Cap1.indd 42 22/07/19 00 :55 1
@ Identifique no texto palavras ou passagens que ajudem a caracterizar os dois perso
nagens principais de forma positiva ou negativa.
Lobo: esfaimado, horrendo, monstro furioso; cordeiro: cordeirinho, trêmulo de medo,
com inocência, pobrezinho.
(j Com base na resposta da questão anterior, reflita: na fábula, a imagem dos perso
nagens se define principalmente pela sua descrição ou por suas ações? O que nos
indica a índole de cada um?
Tanto as palavras usadas para descrever os personagens quanto as suas ações in
dicam a índole de cada um.
Sacolé
· · · · · · · · · ·►
Geladinho
................... · · · · · · · · · · · ·►
Dindim
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . · · · · · · ·►
Chup-chup
··································· ····················· ························+
MINAS GERAIS
Você algum dia já se deu conta de que ninguém fala da mesma forma? No nosso coti
diano, isso fica bem claro. O tempo inteiro, estamos mudando a nossa forma de nos ex
pressar. Por exemplo: falamos de maneira diferente com nossos amigos, com a vovó, com
um tio, com o diretor da escola, com o entregador de pizza, etc. E não é só isso: falamos
também de acordo com a nossa classe social, com o local onde vivemos e com a nossa
idade. Assim, apesar de a nossa língua materna ter apenas um nome (português), ela não é
uma só: ela é infinitamente diversificada. É como se o português fosse composto de várias interior de São Paulo, no
línguas ...
sul de Minas Gerais, no
norte do Paraná, no Mato
Grosso do Sul, é feio;
3. a normativa, que conside
1. a explicativa, que busca vida está em risco); ra a língua um conjunto
racionalizações e propõe 2. a apreciativa, que se exprime de fatos que devem ser
teorias baseadas em falsas por intermédio de julgamen julgados em termos de
analogias. Por exemplo: não tos sobre a beleza, a lógica, certo/errado e que se
se pode dizer risco de vida e a clareza, a simplicidade, opõe a todas as formas
sim risco de morte, porque a dificuldade desta ou da consideradas como "cor
ninguém corre risco de viver, quela língua ou desta ou rupção" da língua: por
mas todos cor rem risco de daquela variante linguística: exemplo, quando se afir
morrer (na verdade, pode-se por exemplo, o r retroflexo, ma que quem diz estou
dizer risco de vida, porque a aquele utilizado em final de com um pobrema, na ver
expressão quer dizer que a sílabas, como por e mar, no dade está com dois.
x
___4_6_ Seres que encantam j
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Veja, a seguir, quatro tipos de variação linguística.
Variação geográfica
Esta variação considera as características linguísticas dos
lugares, como sotaque e vocabulário. No Brasil, percebemos
que a variação geográfica ocorre mesmo em diferentes áreas
do mesmo estado. Na cidade de São Paulo, por exemplo, per
cebemos um sotaque específico, já em Campinas percebe
mos outro. O texto sobre o sacolé, dindim, etc. exemplifica de
forma humorada esse tipo de variação.
Variação histórica
Todas as línguas naturais variam com o passar do tempo.
Essa variação fica bastante evidente quando lemos textos an
tigos. Até o século XVI, como não existia uma padronização
ortográfica, a escrita seguia a pronúncia. Assim, era muito
comum encontrar num texto uma mesma palavra grafada de
formas variadas. Entre o século XVI e o começo do século XX,
houve uma crescente busca de uniformização da escrita: pas
sou-se a escrever respeitando a origem das palavras. Datam
dessa época palavras como philosophia, pharmacia, chimica.
Variação sociocultural
A variação sociocultural ocorre em função dos grupos so
ciais em geral, do grau de escolaridade das pessoas e do seu
ambiente sociocultural. Exemplos claros desse tipo de varia
ção são as gírias e os jargões, empregados por grupos sociais
com objetivo de identificação, pertencimento.
Variação situacional
A língua varia, também, de acordo com a situação comu
nicativa. Em situações formais, é mais adequado o registro
formal da língua, mas em situações informais não.
A respeito do conteúdo
trabalhado no boxe Bicicreta!,
vale a pena conferir o artigo A
a) É necessário frequentar a escola para aprender a falar português? Justifique.
tradição da "frechada" (revis
Não. Como é nossa língua materna, aprendemos o português naturalmente, sem
ta Língua Portuguesa nº 70,
qualquer esforço formal.
pp. 18- 19). Nesse texto, Ma
noel Mourivaldo mostra que b) Para a professora Norma, Zeca não sabe falar português. De acordo com o que
estudamos neste capítulo, ela está certa?
o rotacismo é uma tendência
Não, pois o aluno sabe, sim, falar português. Ele apenas fala uma variante da língua.
das línguas românicas e não
constitui um atraso, como
normalmente o senso comum e) Que variante do português a professora Norma quer que Zeca aprenda na escola?
A professora quer que ele aprenda o português-padrão.
acredita.
(J No texto A variação e o preconceito linguístico, apontamos cinco mitos que estão por
trás desse preconceito. Faça uma pesquisa e aponte mais alguns.
É preciso saber gramática para falar e escrever bem; em alguns lugares do Brasil,
fala-se um português mais bonito; isso é linguagem de índio, etc.
@ Imagine que, depois de algum tempo de trabalho, o funcionário de uma empresa de
seja receber um aumento salarial. Depois de muito refletir, ele decide falar com seu
patrão. Ocorre o seguinte diálogo.
Sô Marcos. o sinhô bem Então quer dizer, seu João, que o senhor
sabe que trabalho aqui faz deseja ganhar um aumento... Mas isso é
Vossa mercê pode
tempo. Daí que... cê pode jeito de falar com seu patrão? "Cê pode"?
ou não pode?
me dá um aumento?
c) O que o fato de o funcionário ter utilizado as duas formas diz a respeito dele?
Que ele domina a variante padrão e a não padrão, tendo optado por utilizar uma ou
outra, dependendo da situação.
{à Como você pôde perceber, funcionário e patrão têm modos diferentes de pronunciar
uma mesma palavra.
a) Com quais outras palavras isso ocorre?
Sô/seu e senhor/sinhô.
b) Na sua opinião, a forma utilizada por um ou por outro é mais certa ou mais errada?
Explique.
Reposta pessoal. Espera-se que o aluno responda que não, que ambas as formas
devem ser aceitas na comunicação. Por outro lado, como se trata de uma conversa
entre patrão e empregado, na qual este aborda um tema delicado (aumento salarial),
seria mais adequado utilizar a norma-padrão da língua.
Cí, Você já ouviu falar em intencionalidade discursiva? Pesquise a esse respeito e res
ponda: qual era a intenção por trás da atitude do patrão de repetir o pedido do funcio
nário em "Então quer dizer, seu João, que o senhor deseja ganhar um aumento..."?
A intencionalidade discursiva são as intenções, implícitas ou explícitas, presentes
no discurso. Assim, podemos concluir que o patrão teve por intencionalidade corrigir
seu empregado, já que este usou uma variante da língua para se comunicar.
( Capítulo 1 X__
s_1 ___
Certamente, você já deve ter escutado, principalmente de pessoas mais velhas, algu
mas frases de efeito que lhe dão uma lição moral. "Água mole em pedra dura tanto bate até
que fura", "Gato escaldado tem medo de água fria", "Quem anda com porcos farelo come",
"Diz-me com quem andas que te direi quem és" são algumas poucas das várias fórmulas
ditas popularmente como verdades morais. A esses textos, damos o nome de provérbios,
que são ditados populares que perduram nas culturas por meio de sua passagem oral de
uma geração para outra, sem autoria identificável. Os provérbios fazem parte do que po
demos chamar de sabedoria popular.
A semelhança dos provérbios com as fábulas está no desfecho deste gênero literário:
a moral da história é sempre uma frase de efeito que resume o ensinamento de toda a fá
bula. Desse modo, a lição moral de muitas fábulas pode ser usada na prática social com
a função de provérbio sem que saibamos a sua origem.
Bagno (2001) se baseia em Ea universal", o "todos sabem disso", preconceitos (racial, sexual, etá
gleton (1997) para estudar as ori nas palavras de Eagleton. Para elu rio, linguístico, religioso, de classe,
gens do preconceito linguístico. cidar seu ponto de vista, Bagno (pp. de origem geográfica, etc.) que
Os "refrãos ou provérbios impes 48-49) conclui: Me parece, portanto, imperam no "senso comum" são
soais" e "chavões batidos" a que impossível dissociar preconceito de hipônimos da ideologia dominan
Eagleton se refere, ele identifica ideologia. Talvez se possa até arris te, assim como os mitos que os
como mitos. O preconceito seria, car ver na relação ideologia-precon conformam são hipônimos des
então, essa "verdade anônima ceito uma hiperonímia: os diversos ses preconceitos.
( Capítulo 1 X..._s_3___
1 LPemC_ME_2019_6A_Cap1.indd 53 22/07/19 00 :55 1
se, navegando pela Internet
você poderá encontrar mui
tos outros ditados "atuali
zados". Veja mais alguns Escaneie o QR
exemplos neste site. CODE ao lado.
O seu texto fará parte de uma coletânea de fábulas organizada pela turma com apoio
do professor. Ao final do trabalho, vocês precisam tomar algumas decisões em conjunto:
1. Como será o título do livro?
2. Como será a sua capa?
3. Quem será o editor?
4. Os textos serão ilustrados?
Planejamento
Antes de começar a produzir o seu texto, volte à proposta da página 38 e escolha os
personagens principais entre os animais ali ilustrados. Em seguida, planeje seu texto pen
sando nos seguintes pontos:
1. Qual dos animais será o protagonista e qual será o antagonista?
2. Qual será o conflito vivenciado por eles?
3. Esse conflito e os personagens escolhidos lhe ajudarão a alcançar a lição moral pretendida?
4. Defina que nível de linguagem utilizará: mais formal ou menos formal?
5. Planeje a se uência de acontecimentos da narrativa.
6. Crie um título para o seu texto.
Avaliação
1. Trabalhando com um colega, vocês avaliarão o texto que cada um escreveu. Durante a
mm
avaliação, observem:
Aspectos analisados
x
___5_4_ Seres que encantam j
LPemC_ME_2019_6A_Cap1 .indd 54 22/07/19 00 :55 1
BNCC
A escrita em foco
Como vimos, é muito comum se pensar que a língua falada deve seguir fielmente a
escrita. Muitas pessoas acreditam no mito de que "é correto falar assim porque se escre
ve assim". Entretanto, não há, necessariamente, uma correspondência entre os sons que Diálogo com o professor
produzimos na fala e as letras que usamos para representá-los. Na verdade, uma simples
palavra, como mar, pode ser pronunciada de maneiras muito diferentes, de acordo com a
região em que o falante vive.
Quando começamos o pla
nejamento da Coleção, que
maR - o ré pronunciado de maneira forte no interior de São Paulo, no sul precedeu a elaboração dos
de Minas Gerais, no norte do Paraná e no Mato Grosso do Sul.
originais, pensamos em tra
zer, ao final de cada capítulo,
Algo interessante acontece também com as palavras tia e dia. Como você as pronun
cia? Você conhece outras formas de pronunciá-las? Como você vê, existem várias formas uma seção em que pudésse
de se dizer uma mesma palavra. Por isso, não há necessariamente correspondência entre mos tratar especificamente de
sons e letras.
questões relacionadas à orto
Assim, podemos concluir que: grafia. O grande desafio seria
trabalhar esses conteúdos em
as letras nada mais são que tentativas de representação gráfica dos sons.
uma perspectiva linguística,
Agora veja: pois, normalmente, nada mais
são que convenções estabe
sala ala fala
lecidas pelo Decreto nº 6.583,
Nesses exemplos, temos três palavras diferentes que que regulamenta o Acordo
designam coisas diferentes. Apesar de o grupo -ala per
manecer o mesmo nas três palavras, o som do s, o do m e Ortográfico de 1990. Ou seja:
Fonemas são os sons ele
o do fdistinguem-nas. Assim, chegamos a outra definição mentares pelos quais distin são informações que se apre
muito importante, a de fonema. guimos o significado das pa
É importante frisar que fonema não é letra. Como disse
lavras. sentam como regras que de
mos, os fonemas são sons elementares, enquanto as letras vemos "decorar". Vale dizer
que, apesar de nosso propó
sito inicial, acabamos expan
dindo os limites desta seção,
passando a tratar, também, de
Anotações aspectos relacionados à fono
logia, à sintaxe, à semântica e
à pragmática. Por esse moti
vo, optamos por identificar a
vinheta da seção como A es
crita em foco, título que abran
ge suficientemente esses as
pectos.
O alfabeto
Você sabia que, para formar as milhares de palavras da
língua portuguesa, nós utilizamos apenas 26 letras?Pois é,
Diálogo com o professor apenas com essas 26 letras que compõem o nosso alfabe
Alfabeto é o conjunto de
letras de um sistema de es
to, podemos criar infinitas formas de expressão verbal. crita.
As letras do nosso alfabeto se organizam da seguinte
Normalmente, as letras k, w forma:
e y despertam dúvidas quanto
ao seu comportamento tôni Maiúsculas
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
co. Essa incerteza é bastante
Minúsculas
pertinente, pois o próprio texto a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w xyz
do Decreto no 6.583, que pro
mulga o Acordo Ortográfico de Antes do novo AcordoOrtográfico daLínguaPortuguesa, que entrou em vigor em 1 ° de
1990, é inconclusivo. janeiro de 2009, as letras K/k, W/w e Y/y não pertenciam ao nosso alfabeto. Elas são utili
zadas nos seguintes casos:
Para esclarecer esses
1. Em abreviaturas. Exemplos: km (quilômetro),W (watt).
questionamentos, é interes 2. Em nomes estrangeiros. Exemplos: Kevin,Wellington, boy, hobby.
sante conferir o diz o Dicioná 3. Em palavras originadas de nomes estrangeiros. Exemplo: shakespeariano.
rio Houaiss da Língua Portu
guesa: Classificação dos fonemas
K - representa a consoan Os fonemas da língua portuguesa se classificam em:
te oclusiva velar surda. • Vogais - são fonemas entendidos como tons (sons fortes). São representados na es
crita de duas formas:
W - representa dois sons
distintos: 1) consoante trica - Orais - a, é, ê, i, o, ô, u. Exemplos: cajá, pé, cedo, tudo, evitar.
- Nasais - a, e, i, o, u. Exemplos: canja, doença, linda, onda, unha.
tiva labiodental sonora (p.ex.,
wagneriano); 2) semivogal • Semivogais - são fonemas entendidos como semitons (sons um pouco mais fracos
que os tons). São os fonemas /i/ e /u/ quando acompanhados de vogais. Exemplos: caixa,
posterior alta fechada arre deixar, Cláudio, falavam.Observe que, nesses dois últimos casos, as letras o e m represen
dondada oral (p.ex., watt). tam o fonema /u/, por isso são consideradas semivogais.
• Consoantes - são fonemas entendidos como ruídos.
V - representa a vogal ou
a semivogal anterior alta fe
chada não arredondada oral,
us. em palavras como hobby,
boy, incorporadas de léxicos
Anotações
estrangeiros.
x
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1 LPemC_ME_2019_6A_Cap1.indd 56 22/07/19 00 :55 1
As línguas variam ao longo do tempo
O texto a seguir é um trecho da carta que o escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral enviou ao rei de Portugal,
D. Manuel, relatando a viagem das naus portuguesas desde a saída da cidade de Belém até avistarem o Monte
Pascoal, na Bahia, em 22 de abril de 1500.
Em 14 páginas, o escrivão Pero Vaz de Caminha relata em detalhes o que os portugueses encontram no litoral
da Bahia: uma mata exuberante, água em abundância, pássaros coloridos e, é claro, os indígenas que habitavam
a região. Diante do desconhecido, surge uma descrição curiosa sobre seus hábitos e suas feições.
O documento histórico está guardado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa (Portugal). Fica
armazenado em um cofre e só é exposto ao público em ocasiões especiais. Mas a Direção-Geral de Arquivos do
governo português disponibiliza uma versão digitalizada da carta, que pode ser acessada pela Internet. No link a
seguir, você pode ler o documento na íntegra.
"Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de sete ou oito, segundo disseram os navios pequenos,
por chegarem primeiro (...). Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas
mãos traziam arcos com suas setas. Vinham todos rijamente sobre o bater; e Nicolau Coelho lhes fez sinal que
pousassem os arcos. E eles os pousaram.
A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam
nus, sem cobertura alguma(...). Os cabelos seus são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta. mais que
de sobre-pente, de boa grandura e rapados até por cima das orelhas. E um deles trazia por baixo da solapa, de
fonte a fonte para detrás, uma espécie de cabeleira de penas de ave amarelas, que seria do comprimento de um
coto, mui basta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiço e as orelhas."
Disponível em: http://www.ebc.eom.br/a-carta-de-pero-vaz-de-caminha. Acessado em: 18/09/2018.
Como você pode observar, a leitura do texto de Caminha revela a variação pela qual a
língua portuguesa passou naturalmente ao longo do tempo. A grafia e o português antigo
de Caminha dificultam a compreensão. Muitas palavras caíram em desuso, outras tiveram
a grafia alterada com o passar do tempo.
( Capítulo 1 X__
s_7 ___
b) "É muito triste ser pobre." Que verso da estrofe tem sentido oposto a esse?
"[...] é muito alegre ser nobre [...]"
Diálogo com o professor
e) Nessa estrofe, qual é o sentido da palavra nobre?
Inúmeros fatores contribuem
Rico.
para o surgimento dos sota
ques, sobretudo as influências
históricas, geográficas e socio
culturais. Nada mais normal se
considerarmos a língua como locais em que os contatos lin
Anotações
um fenômeno sócio-histórico guísticos são estabelecidos. Do
e cognitivo. Do lado histórico, lado sociocultural, analisamos
devemos considerar que a lín as classes sociais, os níveis de
gua recebe influências de ou escolarização, as faixas etárias,
tros grupos linguísticos, sim etc. Juntando esses fatores a
plesmente porque, neste mundo outros não menos importantes,
sem fronteiras, o contato com podemos justificar a diversida
outros povos é fato inerente. Do de de variantes que formam o
lado geográfico, observamos os português brasileiro.
1. ( SILÊNCIO J 11.
c) Agora, leia a placa I em voz alta, como se pedisse a alguém para fazer silêncio.
Analisando a sílaba cio, você consegue identificar qual fonema vocálico é pronun
ciado de maneira mais forte?
O fonema /oi é pronunciado com mais força.
( Capítulo 1 X 6 1
.._ _ ___
Normalmente escrito ou encenado em diálogos, o texto teatral é aquele que melhor imita
as situações reais. Nele, os personagens conversam entre si para dar ao espectador a sen
sação de que faz parte da cena, da própria história.
Em algumas peças de teatro, não existe um narrador. A voz que aparece no início do texto
ou das cenas, passando informações sobre a encenação, representa a voz do próprio autor.
Depois de iniciada a encenação, os atores e o diretor são orientados pelas pistas presentes
nas falas dos personagens e pelas rubricas (comentários, descrições, etc. que o autor do
texto coloca em evidência, indicando o tom de voz, o figurino, o posicionamento dos ato
res ...). Assim, durante o espetáculo, os espectadores vão identificando as características dos
personagens a partir da sua participação nas cenas. A ausência do narrador faz com que o
texto teatral seja construído, principalmente, pelas falas dos personagens.
J
___6_2_ Seres que encantam J
1 LPemC_ME_2019_6A_Cap1.indd 62 22/07/19 00 :56 1
Uma das características mais marcantes do texto teatral
é a encenação, isto é, a representação da peça no momen
to presente. Agora que você e seus colegas conhecem um
A estrutura da peça teatral
pouco mais as características do texto teatral, é hora de
As peças teatrais normal
preparar a encenação. Para isso, os grupos devem:
mente se estruturam em:
Atos - São as partes maiores,
1. Definir como serão os cenários. Importante: todas as que correspondem a um ciclo
completo de ações. Entre um
indicações sobre a encenação devem ser feitas antes
ato e outro, há um intervalo.
do texto. Quadros - São subdivisões
2. Planejar as ações dos personagens, tentando ordená dos atos. Normalmente, a mu
dança de quadro implica a mu
-las em direção a um conflito, um clímax e um desfe
dança de cenário.
cho. É muito importante que o desfecho surpreenda os Cena - Corresponde à menor
espectadores. divisão de um ato. Assim, tan
to o ato quanto o quadro são
3. Procurar dar dinamismo ao texto por meio dos diálogos
formados por cenas.
e das rubricas. Assim, vocês conseguirão prender mais
facilmente a atenção da plateia.
4. Observar a expressão dos atores. No teatro, é fundamen
tal a compreensão e interpretação do texto por meio de
uma leitura ou fala expressiva e fluente, que respeite o
ritmo, as pausas, as hesitações e a entonação, indicados
principalmente pela pontuação.
Habilidades gerais
EF69LP01 EF69LP06 O filme também apresenta uma interessante re
EF69LP07 EF69LP11 flexão sobre a relação entre linguagem oral e escrita
(discussão que abordamos neste capítulo), bem como
EF69LP14 EF69LP50 a relação de ambas com a sociedade. "Gente, a escri
EF69LP52 EF69LP55 tura é assim. O homem curvo vira corcunda. Gente do
olho torto, eu digo que é zarolho. Por exemplo, se o
sujeito é manco, então na história eu digo que ele não
Habilidades específicas tem perna. É assim, das regras da escritura".
Reflitam e opinem.
No trabalho com o filme f, Os filmes de ficção também têm o objetivo de narrar os fatos que acontecem com
Narradores de Javé, a parti personagens. Ao longo da História, percebemos que a ação de narrar está intima
mente relacionada à procura de respostas para as questões fundamentais que en
cipação do narrador pode ser volvem os seres humanos. Narrando os casos que conhecem sobre os fundadores e
enfatizada. Seria uma exce o passado de Javé, os moradores procuram a própria origem. Assim, explique qual é
o objetivo de a humanidade buscar o passado.
lente oportunidade para mos
trar aos alunos que a nar Ó Agora, explique: qual foi o objetivo dos moradores de Javé ao buscar o passado da
ração (como qualquer outra cidade?
x
___6_4_ Seres que encantam j
1 LPemC_ME_2019_6A_Cap1.indd 64 22/07/19 00 :56 1
Anotações
(9 Em seu caderno, produza uma sinopse do filme.
Ó Obra de ficção, o filme Narradores de Javé apresenta uma estrutura em que várias
narrativas se encaixam umas às outras, inclusive se aproximando da realidade de
muitas cidades do interior do Brasil. Ora, na busca pelo desenvolvimento, o Gover
no Federal tem implementado grandes projetos que visam à produção de energia
hidrelétrica, por meio da construção de barragens fornecedoras, e à superação de
problemas antigos, como a seca, por meio da transposição do Rio São Francisco, por
exemplo. Projetos como esses, em geral, afetam drasticamente a vida dos morado
res de cidades localizadas em suas linhas de ação. Ficamos, então, diante de uma
questão fundamental: em que medida compensa alterar uma cidade para beneficiar
outras? Pensando nisso, imagine que, ao navegar pelo Twitter, você se depara com o
seguinte tweet:
Habilidades gerais
EF69LP44 EF69LP47
EF69LP49 EF69LP53
Habilidades específicas
EF67LP27
EF67LP28
Objetivos Pedagógicos
Vocabulário desconhecido
@ Qual foi a intenção do rei Dario ao nomear 120 príncipes e três presidentes?
Sua intenção era proteger o reino de algum dano.
@ A narrativa bíblica Daniel na cova dos leões nos sugere um ensinamento religioso.
Identifique-o entre as opções abaixo.
a) Principalmente nas situações mais difíceis, a fé se enfraquece.
b) Os leões só comem quando têm fome.
� Confia em Deus, pois Ele nunca te abandonará.
d) Nenhum obstáculo pode ser vencido sem esforço.
e) Nunca é tarde para desistir de planos que não estão dando certo.
@ Como o rei Dario agiu após prender Daniel na cova com os leões?
O rei se dirigiu para o seu palácio e passou a noite em jejum. Não deixou trazer à sua
presença instrumentos de música; e fugiu dele o sono.
( Capítulo 2 X__
1_1 ___
Utilizando pistas do próprio texto, estruturas, ilustrações ou mesmo fontes exter- Para as questões da seção
nas, como dicionários, construa o sentido das palavras seguintes. Para discutir, propomos as
Robustas - Muito fortes resistentes. respostas a seguir.
Resignado - Que suporta as dificuldades sem se revoltar, conformado. 1. A expectativa natural con
Falastrão - Que fala muito e comete indiscrições. siste em acreditar que, por
Soberba - Comportamento excessivamente orgulhoso, arrogante. ser mais jovem e, portan
Vitalidade - Grande vigor físico.
to, possuir maior vigor fí
Bravio - Feroz, selvagem.
sico, o aprendiz superaria
o mestre e seria o vence
dor do desafio.
Para discutir
2. Esperamos que os alunos
1. Como dissemos na seção Antes de começar a ler, o desfecho das parábolas é percebam que a quebra da
marcado pela quebra de expectativa, ou seja, um desfecho inesperado que con
traria a expectativa do leitor. Pensando nisso, discuta com o professor e com os
expectativa é uma forma
seus colegas: qual seria o desfecho esperado para essa parábola? de chamar mais a atenção
2. Qual é a intenção do autor do texto ao encerrar a narrativa de uma forma diferente
do que se espera?
para a reflexão proposta
3. Diferentemente das fábulas, as parábolas normalmente não terminam com uma pela parábola.
moral. Apesar disso, elas também têm uma intenção pedagógica, ou seja, do 3. Vários ensinamentos po
mesmo modo que as fábulas, as parábolas também sugerem algum ensinamen
to. Então, que ensinamento podemos tirar desse texto? dem ser depreendidos do
texto, como a compreen
são de que a velhice não
Desvendando os segredos do texto significa fraqueza que
a vida consiste em um
G No início deste capítulo, dissemos que as parábolas são textos muito parecidos com
aprendizado infinito.
as fábulas. Analisando o texto lido e considerando os conhecimentos adquiridos no
capítulo anterior, que diferenças e semelhanças podemos observar:
a) no título?
Tanto nas fábulas quanto nas parábolas, os personagens principais são indicados já
no título.
( Capítulo 2 X__1_s___
1 LPemC_ME_2019_6A_Cap2.indd 75 30/07/19 11 :07 1
b) nos personagens?
Nas fábulas, os personagens são animais irracionais que agem como seres huma
nos. Já nas parábolas, os personagens são seres humanos.
e) na estrutura narrativa?
Nos dois gêneros textuais, a estrutura narrativa é muito semelhante, apresentando a
criação de uma situação-problema e um desfecho que sugere um ensinamento.
@ Como vimos na seção Para discutir, podemos perceber nessa parábola vários valo
res. Pensando nisso, que valores são ressaltados no primeiro parágrafo do texto?
A simplicidade e a disposição para o trabalho.
- Não tenho segredos, rapaz- explicou o famoso lenhador. - Tudo o que faço
é trabalhar de sol a sol com a mesma dedicação todos os dias.
@ Nesse trecho, o mestre explica ao jovem o motivo do seu sucesso, mas este não
acredita nessa justificativa, como fica claro no trecho seguinte:
Anotações
b) no jovem (aprendiz)?
Arrogância, impaciência, imaturidade, etc.
Análise linguística
ção em que estes se acham "Qual é a diferença entre um tijolo de oito furos e um de seis furos?"
fornecem pistas para o preen "... E o de oito furos deve ser mais pesado!!!"
chimento dos vazios próprios Além dessa classificação, os gramáticos costumam dividir as frases em cinco catego
dos enunciados incompletos" rias, de acordo com as intenções de quem fala/escreve:
(Azeredo, 2008: 72).
Declarativas - Veiculam informações:
Já no discurso de um in
terlocutor único, que o pro A língua portuguesa é muito variada.
A cidade de Petra é o principal atrativo turístico da Jordânia.
duz para um destinatário que
apenas o recebe, como nesta Exclamativas - Expressam emoções. Essas frases sempre terminam com ponto de ex
clamação (!):
situação, as frases tendem a
ser formalmente completas, Que susto!
Ufa!
pois há mais rigidez grama Como Machu Picchu é interessante!
tical. Nesse caso, espaços
vazios podem comprometer a
compreensão.
Saia já daí!
Obedeça!
Na prática, essa distinção não é tão rígida. O sentido das frases depende das intenções
de quem fala/escreve. Às vezes, o sentido de uma frase muda com a entonação. Observe:
Você já chegou?
Você já chegou!
Você já chegou.
Noutras vezes, podemos também combinar valores: uma pergunta pode ser também
uma exclamação "Você já chegou?!", uma pergunta pode ser também uma ordem, "Você
vai sair daí ou não?", uma declaração pode ser uma ordem "Você vai sair daí agora.", uma
declaração pode ser uma pergunta "Gostaria de saber o horário da prova."...
Além disso, certas perguntas, declarações e ordens podem ser feitas simplesmente por
meio de interjeições. Observe:
As interjeições são palavras que empregamos exclusivamente como frase de situação para:
• Expressar estados emocionais (admiração, surpresa, desalento, etc.) - Epa!, Ui!, Oh!, Ufa!, Oba!
• Chamar a atenção de alguém, geralmente para iniciar uma conversa, ou como respostas curtas enquanto
ela acontece - Olá!, Psiu!, Ei!, Hum-hum!, Hem?, Ahn? As formas Oi! e Olá! podem ser empregadas nas duas
situações, dependendo da entonação.
Representar sons - Pou!, Pá!, Zum!, Vapt-vupt! Essas interjeições são chamadas também de onomatopeias.
( Capítulo 2 x__
a_1 ___
Importante notar que, ao contrário da língua inglesa, por exemplo, o português permite
Dessas situações discursi a dupla negação. Na nossa língua, são comuns construções como:
vas (comunicação face a face
Não havia ninguém na sala.
X comunicação unilateral) deri Nunca ninguém me alertou sobre isso.
vam "duas ordens de enunciados
Algumas frases de polaridade negativa são utilizadas com a finalidade de fazer decla-
tradicionalmente reconhecidas rações indiretas. São as lítotes:
pelos gramáticos: numa ordem
Ele não é nada baixo(= É alto).
acham-se as frases de situação Não tenho medo(= Tenho coragem).
e as frases elípticas, em outra, as Ela não é nada boba(= É muito esperta).
frases formalmente completas Não sou um mau-caráter(= Sou um bom caráter).
rem. Em um polo, mais aderentes É uma ação que desempenhamos por meio da linguagem verbal, escrita ou falada.
Seria interessante analisar O menino pegou o relógio e foi correndo para o mercado, onde o ofereceu a
essa teoria em outras pará vários comerciantes. Todos eles avaliavam aquela máquina antiga mostrando
-se interessados, mas desistiam da compra quando o pequeno vendedor lhes
bolas, observando a força ilo dizia quanto custava.
cutória dos enunciados. - Cem reais?! - perguntou um deles.
- É um absurdo! - disse outro. - Não vale a metade!
- Pago R$ 20,00! - gritou um taxista, que, até então, se mantinha calado.
- Mais que isso não vale!
Como vimos, as frases em geral podem ser classificadas em dois grandes tipos:
frases de situação, ou incompletas, e frases completas, de acordo com o contexto
em que foram usadas. Além disso, as frases podem ser enquadradas em cinco ca
tegorias, dependendo da intenção de quem as fala ou escreve. Essas categorias ex
Na Nova gramática do pressam cinco valores: declaração, interrogação, exclamação, ordem ou desejo. Mas
português brasileiro (201 O), essa distinção não é fixa, o que permite que esses valores se combinem. Pensando
nisso, responda:
no item 8, o professor Ataliba
T. de Castilho faz um estudo
teórico interessante a respei
to da tipologia da minissen
tença e da sentença simples.
CASTILHO, Ataliba T. de (201 O). Anotações
Nova gramática do português brasi
leiro. São Paulo: Contexto.
b) O enunciado "Não vale a metade!" é uma lítotes, isto é, uma frase negativa utilizada
para fazer uma declaração indireta. Qual é essa declaração?
Vale menos que a metade. / Vale pouco.
(iD Já no final do texto, encontramos o trecho: "Está vendo este relógio? Você é como ele:
um exemplar muito valioso que só pode ser avaliado por um expert". Nesse contexto,
o que é um expert?
É um profissional com qualificação e experiência. Na parábola, o relojoeiro; na vida,
pessoas especiais.
( Capítulo 2 x__
a_7 ___
o Ao longo da viagem, o trio se depara com quatro diferentes opiniões. Quais são elas?
(1) O burro deveria carregar ao menos ou um deles para evitar que se cansassem; (2)
BNCC
O homem deveria ir montado, e não o menino; (3) O menino deveria ir montado, e não
o homem; (4) O burro é que deveria ser carregado.
Habilidades gerais
EF69LP05 EF69LP07 O Quais são os argumentos que sustentam os diferentes pontos de vista?
(1) Por ser um animal de carga, o burro deveria ser aproveitado para carregar ao menos
EF69LP44 EF69LP46
um deles para não se cansarem; (2) Por ser velho, o homem deveria ser carregado,
EF69LP47 EF69LP51
e não o menino; (3) O homem era egoísta porque fazia o menino andar enquanto ele
ia montado; (4) O burro certamente não pertencia ao homem, porque estava sendo
Habilidades específicas
maltratado.
EF67LP30 EF06LP11
EF06LP12 C, Para você, qual é a opinião mais acertada? Ou você teria outra saída para o dilema?
Justifique.
Resposta pessoal, mas se espera que o aluno se identifique com alguma das solu
ções e traga argumentos para justificar sua opinião.
Diálogo com o professor
Nas questões de interpre C, Que lição moral podemos tirar dessa parábola?
Quem quer agradar todo mundo acaba não agradando ninguém.
tação do texto, conduzimos a
reflexão no sentido de verificar
as inferências feitas na leitu Proposta
ra prévia. Como as parábolas Neste capítulo, estudamos algumas características essenciais das parábolas. Vimos
têm uma conotação morali que elas sempre sugerem um ensinamento, e seus personagens são pessoas que vivem
conflitos que evidenciam preconceitos, juízos de valor, etc. E, do mesmo modo que as
zante, este é um bom momen fábulas, esses textos podem ser construídos partindo-se da lição moral pretendida. Pen
to para retornar à discussão sando nisso, analise as fotografias a seguir e escolha uma para ser o ponto de partida para
a produção da sua parábola.
feita no capítulo anterior acer Ao final da produção, organize com seus colegas um mural com todas as parábolas
ca da imagem preconceituosa para ser afixado em um local visível da escola.
que normalmente permeia os
estereótipos.
Avaliação Anotações
1. Antes de entregar o seu texto ao professor, releia-o observando os seguintes critérios:
Aspectos analisados
CDCD
o o
o o
A linguagem utilizada foi adequada à situação?
A história produzida apresenta uma situação-problema e uma solução?
A sequência de cenas ajuda o leitor a construir o sentido do ensinamen
o o
o o
to proposto?
Os personagens escolhidos foram bem caracterizados?
A parábola apresenta um título adequado? o o
O texto se apresenta formalmente como uma parábola, ou seja, apresen
ta as características que levam o leitor a identificá-lo como tal? o o
2. Caso seja necessário, reescreva seu texto, procurando aperfeiçoá-lo tendo em vista os
critérios de avaliação.
BNCC
• Por que esta mulher escalou
a montanha?
Habilidades gerais
• O cume de uma montanha
seria um local de paz ou de
EF69LP44
perturbação?
EF69LP46
• O que representaria para ela
EF69LP51
a escalada da montanha?
• O que aconteceu com ela
quando alcançou o cume?
( Capítulo 2 X.._9_1
___
Habilidades gerais
EF69LP44 EF69LP47
EF69LP53
Repensando o Ensino �
da Gramática �
@ Para a raposa, cativar significa criar laços. O que quer dizer isso?
Criar laços significa tornar-se especial para alguém, que também se torna especial
para você. Cativar, portanto, quer dizer conquistar e requer responsabilidade.
@ Para a raposa, o trigo é inútil, pois ela não come pão. Mas, se o pequeno príncipe a
cativasse, o trigo se tornaria útil para ela. Por quê?
Porque ele faria com que a raposa se lembrasse do principezinho.
( Capítulo 2 X.._9_7
___
Anotações
Condição discursiva
Leia o quadrinho.
Sugestão de abordagem
As mulheres não enten Quando crianças, aprendemos que devemos ficar em silêncio enquanto outra pessoa
dem de mecânica. fala. Essa regra faz parte do que chamamos tecnicamente de condição discursiva.
De forma resumida, podemos dizer que o direito à palavra é exercido de duas maneiras:
pelo monólogo ou pelo diálogo.
Diálogo com o professor
No monólogo, apenas o enunciador fala.
No diálogo, pelo menos duas pessoas falam, uma de cada vez.
Apesar de acreditarmos que,
como instrumento de educação,
o livro didático deve ser laico,
trouxemos o texto Tributo a Cé
sar na intenção de apresentar tencentes ao domínio discursi BNCC
aos alunos um exemplo de pará vo de outras religiões, mas não
bola retirada do discurso bíblico, tivemos sucesso. O candomblé,
onde esse gênero é muito co por exemplo, é bastante rico em Habilidades gerais
mum. Nesse sentido, evitamos mitos de origem, que muitos EF69LP01 EF69LP05
explorar a compreensão do texto confundem com parábolas. EF69LP13
para não levar a discussão para
o campo religioso. Habilidades específicas
Em nossas pesquisas, procu EF67LP08
ramos localizar parábolas per- EF67LP33
1 00
____ _
J Lições para a vida J
1 LPemC_ME_2019_6A_Cap2.indd 100 30/07/19 11 :07 1
O tributo a César
Vocabulário desconhecido
@ As parábolas são muito comuns no discurso religioso. A parábola que você leu, re
tirada da Bíblia, é um exemplo disso. Tendo em vista o perfil dos personagens que
normalmente aparecem nas parábolas, a qual deles podemos associar Jesus?
Esperamos que os alunos percebam que, tendo em vista a parábola apresentada,
Jesus pode ser associado à figura do velho (sábio).
@ Entre as opções abaixo, indique aquela que resume o ensinamento sugerido pela pa
rábola lida.
a) Não fale demais.
b) Faça sempre o bem.
)[ Faça o que deve ser feito.
d) Ame ao seu próximo como a si mesmo.
e) Respeite os mais velhos.
CJ Na parábola, vemos uma interação verbal entre Jesus e os fariseus. Que tipo de con
dição discursiva se dá nessa interação?
Diálogo.
10 2
___ _ _
J Lições para a vida J
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@ A interação discursiva que ocorre na parábola é espontânea ou monitorada? Explique.
A interação é espontânea, visto que os envolvidos estão interagindo em uma situa
ção informal.
�- Luiz
- Luiz está d1g1tando
■• \. :
•
Hoje
Amor, sofri um
acidente na fábrica
Mas Rebeca me
trouxe pro hospital
( Capítulo 2 X.._1_03
___
G O que, provavelmente, fez com que o rei convocasse artistas de diversas partes do
mundo, e não apenas do seu reino?
O rei fez isso provavelmente porque cada região do mundo tem sua cultura, forma de
pensar, seus traços e costumes, de modo que as opções seriam mais variadas.
( Capítulo 2 X__1_os___
LPemC_ME_2019_6A_Cap2.indd 105 30/07/19 11 :07 1
O Dos artistas que chegaram até o rei com suas obras, "Uns retratavam a paz através
de lindas paisagens com jardins, praias e florestas; outros a representavam por meio
de arco-íris, alvoradas e crepúsculos". Você consegue se lembrar de alguma pintura,
escultura ou alguma outra forma de arte que se utilizou desses elementos em sua
composição?
Resposta pessoal. Professor, esta é uma ótima oportunidade para cruzar diferentes
tipos de linguagem. Imagens de obras do pintor francês Claude Monet, por exemplo,
podem ser levadas para a aula. Inclusive, como trabalho extraclasse, os alunos po
deriam pesquisar a respeito desse famoso pintor, enriquecendo seu conhecimento
sobre arte nas aulas de Língua Portuguesa.
8 Podemos classificar a parábola Retratar a paz como um exemplo de texto por di
versos motivos, como a presença de sentido, intenção e contexto. A respeito de sua
estrutura, que sem dúvida auxilia não só na organização, mas no entendimento do
texto, responda às questões a seguir.
10 6
___ _ _
J Lições para a vida J
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e Na parábola lida, vimos que o rei foi questionado quanto à sua escolha. Em resposta,
ele disse:
( Capítulo 2 X 1 01
.._ _ ___
Planejamento
Antes de começar a escrever sua parábola, pense nisto:
BNCC 1. Qual é a importância da solidariedade?
2. Quem serão os personagens da parábola?
3. Que trama envolverá os personagens?
Habilidades gerais 4. Como será o ambiente onde se passará a história?
EF69LP46 EF69LP51 5. Crie um título para a sua parábola.
EF69LP56
Avaliação
Habilidades específicas Procurando desenvolver um trabalho de parceria, você e seu colega avaliarão o texto um
EF67LP32 do outro. Para tal avaliação, tenham em vista os seguintes pontos:
Aspectos analisados
GDCD
O texto foi construído com base nas orientações apresentadas na
o o
Sugestão de abordagem
o o
fase de planejamento?
o o
A forma como o enredo foi apresentado atrai a atenção do leitor?
O título apresenta relação com a história narrada?
o o
No momento da avaliação O texto produzido segue o ensinamento apresentado pelo ditado
do texto produzido, pode
o o
popular escolhido?
mos promover uma atividade Há alguma parte do texto que precisa ser reescrita?
quanto discutir os aponta Em 2000, a diretora de cinema norte-americana Mimi Leder lançou um filme muito interessante: A corrente do
bem. Nessa obra, ela aborda exatamente o poder que cada um de nós tem de praticar o bem e alcançar resultados
mentos feitos em seu próprio surpreendentes. Por uma série de motivos, muitas pessoas pensam que não podem fazer nada para contribuir
para o bem do próximo, mas isso é um engano. Muito pode ser feito, e a união de todos terá grande utilidade.
texto. No filme, o professor de Geografia Eugene Simone\ (Kevin Spacey) faz um desafio aos seus alunos em uma
aula: criar algo capaz de mudar o mundo. Incentivado pelo desafio, um dos alunos, Trevor McKinney (Haley Joel
Osment), planeja um novo jogo, o Pay it forward. A ideia é que, ao receber um favor, a pessoa deve retribuí-lo a três
desconhecidos. O jogo é fascinante e ajuda o próprio professor e a mãe de Trevor, Arlene (Helen Hunt), a encontrar
sentido para a vida.
Anotações
Anotações
Ortografia:
ensinar e
aprender
Preocupação semelhante à At111r6-MMor�ls
( Capítulo 2 X.._1_09
___
Em uma palavra com mais de uma sílaba, sempre há uma sílaba pronunciada com mais
intensidade, clareza: a sílaba tônica.
Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras se classificam como:
1 1 0
____ _
J Lições para a vida J
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Sugestão de abordagem
...,
A escrita em questão
É interessante comentar
Leia a tirinha e responda às questões que seguem. em sala de aula, com as neces
sárias ponderações teóricas,
�YQt,\'h
que, no português brasileiro,
as vogais /e/ e /o/ são alça
das (transformam-se em /i/ e
/u/, respectivamente) quan
do empregadas em contextos
átonos, tanto finais quanto
pré-tônicos. A observação é
Ú Como se divide a palavra lucro? importante por mostrar aos
Lu-cro. alunos que a escrita não se
fJ De acordo com a tirinha, o patrão do pai do menino realmente não sabe dividir a pa gue as regras da fala. Por essa
lavra lucro? razão, muitos dizem mininu,
Não. Na verdade, o patrão não sabe dividir o lucro da sua empresa. tapeti, telefoni, tumada, sapu,
Ó Como se divide a palavra prejuízo? livru e curuja (as vogais des
Pre-·u-í-zo. tacadas são átonas), mas não
dizem cuia (para cola), prito
Ú Por que o patrão divide o prejuízo com os empregados?
(para preto), cuco (para coco)
Para obter mais lucro.
ou cocú (para cocô).
Ú Classifique as palavras a seguir quanto à quantidade de sílabas e quanto à posição
da sílaba tônica.
a) Lucro d) Sabe
dissílaba/paroxítona dissílaba/paroxítona
Anotações
b) Prejuízo e) Dividir
polissílaba/paroxítona trissílaba/oxítona
c) Teu f) Monossílaba
monossílaba polissílaba/proparoxítona
( Capítulo 2 X..._1_ 1 _1 --
( Capítulo 2 X.._1_13
___
Habilidades gerais
EF69LP01 EF69LP05 @ De acordo com a interpretação global do texto, analise as afirmações.
EF69LP07 EF69LP25 1. Podemos identificar o texto Deus existe como uma parábola, pois seu objetivo
EF69LP44 EF69LP45 comunicativo é provar a existência de Deus.
li. Nos diálogos estabelecidos entre o barbeiro e o cliente, verificamos uma condição
EF69LP46 EF69LP47 discursiva monitorada.
EF69LP51 Ili. Apesar do emprego da linguagem formal ao longo da narrativa, podemos afirmar
que há espontaneidade comunicativa entre os personagens.
Ú Atualmente, a Internet nos oferece uma infinidade de maneiras de lidar com a lin
guagem. São textos, imagens, vídeos, gifs, memes, etc., que o tempo inteiro estão à
nossa disposição solicitando compartilhamentos, curtidas, comentários. Nesse con
texto, é preciso estar atento para algumas questões fundamentais, como a neces
sidade de refletir sobre os limites entre liberdade de expressão e ataque a direitos.
Pensando nisso e nos conhecimentos que você adquiriu a respeito da função social
das parábolas, discuta com os seus colegas e o seu professor:
fJ
aqueles em que há a defesa de
Agora, utilizando os argumentos mais interessantes um ponto de vista baseada em
argumentos. Estes, por sua vez,
trabalhados na questão anterior e o que aprendemos são as razões que utilizamos
neste capítulo sobre a função social e a estrutura para defender nossa opinião.
composicional das parábolas, você e seus colegas
deverão produzir coletivamente uma parábola para
ser postada na rede social da escola. Para produzir o
texto, utilizem o tema problematizado na tira abaixo:
'9
\
'
� �
Outras fontes
HUBERTO IOHDEN
( Capítulo 2 X__1_1s___
BNCC
Habilidades gerais
EF69LP44 EF69LP47
EF69LP49 EF69LP53
Habilidades específicas
EF67LP28
EF67LP37
Objetivos Pedagógicos
s Mitologia
1 1 x
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j
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Vitória-régia
(ou mumuru), a
estrela dos lagos
Desvendando os segredos do texto
@ De acordo com o narrador do texto, qual era o maior desejo da jovem Maraí? Como
ela poderia realizar seu desejo?
Tornar-se uma estrela. Ela poderia pedir à Lua, que ouvia os desejos das moças.
Sugestão de abordagem @ Maraí, como vimos, não conseguiu realizar seu desejo. O que a impediu?
Ao se aproximar de um lago, ela ficou encantada com o reflexo da Lua, sendo atraída
para dentro da água.
Antes de começar o capí
tulo, podemos solicitar aos
alunos uma pesquisa sobre @ Qual é a finalidade desse mito para os tupis-guaranis?
textos que narram o surgi Explicar o surgimento da planta aquática vitória-régia.
mento de elementos da natu
reza. Exemplos: C, Leia.
• O algodão.
• A palmeira.
Ao cair de todas as tardes do mês de maio, a Vara surge de dentro das águas,
• O beija-flor. magnífica, para arranjar noivo. As mães se preocupam com seus filhos homens,
• O Rio Solimões. pois a Vara os seduz com seu canto e os leva para o fundo do rio.
• A abóbora.
Em seguida, podemos pro De que forma essa explicação nos faz caracterizar o texto lido como mito?
mover uma sessão de conta Os mitos são textos narrativos cuja função social é explicar o desconhecido, como o
ção dos textos encontrados. surgimento do mundo, das chuvas, das plantas.
1 2 0J Mitologia
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@ Agora, leia esta tirinha de Armandinho.
'
E A VERSÃO
DESCOBRiMENTO ASSiM?! 005 ÍNDiOS?! -�
/ DO BRASil!
' f
" •
, , 1
):1 F-V-F-V-F.
b) F-V-V-F-V.
e) V-V-F-V-F.
d) F-V-F-F-V.
e) F-F-V-V-F.
( Capítulo 3 X__1_2_1 __
( Capítulo 3 X.._1_23
___
Habilidades específicas
EF67LP27 EF67LP28 Para discutir
Sugestão de abordagem 3. Na tribo, havia algumas regras para o casamento. Que regras eram essas?
4. Para as mulheres, o que signifi cava chegar à idade do casamento?
5. Você acha que existe uma idade certa para casar?
Para as questões da seção 6. Normalmente, indígenas são caracterizados nas narrativas como povos que cul
tivam valores. Que valores poderíamos atribuir à tribo de ltagibá e Potira?
Para discutir, propomos estas
respostas:
1. Narrar a origem dos
Desvendando os segredos do texto
diamantes.
2. São heróis. @ Onde fi cava a tribo de Potira e ltagibá?
3. Para casar, as meninas Nos sertões de G oiás.
deveriam atingir a ida
de do casamento e os
@ No mito, Potira é caracterizada como uma " menina contemplada por Tupã com a for
mos ura das flores ". Quem era Tupã?
meninos precisavam se O deus cultuado pela tribo.
tornar guerreiros.
4. Significava passar para
a idade reprodutiva.
5. Resposta pessoal.
6. Honra, coragem, har
Anotações
monia, paz, etc.
Após o trabalho oral na se
ção Para discutir, entramos
nas questões de interpreta
ção em Desvendando os se
gredos do texto.
4 Mitologia
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@ Como ltagibá é caracterizado pelo narrador?
Como um jovem guerreiro forte e valente.
{j Na tribo, havia outros indígenas que queriam o amor de Potira, mas não possuíam a
condição exigida para o casamento. Que condição era essa?
Ser um guerreiro.
@ Quando ltagibá partiu para a guerra, Potira não chorou. Por quê?
Talvez porque nunca houvesse visto ou vivido o que sucede numa guerra.
( Capítulo 3 X__
1_2s
___
EF69LP47 EF69LP54 b) Para você, quais seriam os prováveis ensinamentos passados por esse mito para
EF69LP56 a sociedade indígena que a elaborou?
Resposta pessoal. Esperamos que os alunos percebam a importância dada ao amor
do casal, capaz de vencer todas as adversidades, e a identificação de Potira e ltagibá
Habilidades específicas
EF67LP33 EF67LP36 como exemplos de fidelidade, bravura, paciência, etc.
6 Mitologia
1 2 x
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Fato 4: Sequência do fato 3.
ltagibá teve que partir com os outros homens para a guerra.
Fato 5: Potira ficou contemplando as canoas que desciam rio abaixo, sentindo muita
tristeza por se separar de seu amado por um tempo não previsto. E todas as tardes
sentava-se à beira do rio a esperá-lo.
( Capítulo 3 X.._1_21
___
O texto
Como você provavelmente já se deu conta, de acordo com o que estudamos até agora,
em linguagem tudo é interação. Como dissemos no capítulo anterior, ao proferirmos a
mais simples palavra para alguém, temos uma intenção: pedir, ordenar, agradecer, chamar
a atenção, lembrar, etc. E a pessoa a quem nos dirigimos procura captar essa intenção. Na
prática, o negócio é o seguinte: quando você fala ou escreve, quer ser compreendido, e o
Sugestão de abordagem seu interlocutor quer compreendê-lo. Ninguém em sã consciência sai por aí falando para
o vento... Por isso, dizemos que o sucesso de uma comunicação depende das pessoas en
volvidas, que cooperam umas com as outras para produzirem sentido. Entendeu? É mais
Nas questões propostas ou menos como num esporte coletivo, como o futebol: você pode querer jogar sozinho e
na análise da tirinha, as res fazer uma porção de gols numa barra sem goleiro, mas qual seria o sentido disso? É pre
ciso interagir, e toda interação se dá por meio de textos.
postas esperadas são estas:
1. São os sacis.
Texto é uma atividade interacional comunicativa ligada a uma situação especí
2. São os sacis fica, ou seja, um contexto.
"para-atletas".
3. Porque, como os sacis Agora, vejamos isso tudo na prática.
têm apenas uma perna,
XAXADO/Antonio Cedraz
o fato de ter duas
para eles seria uma
deficiência física.
4. As Olimpíadas/
Paraolímpiadas.
© 2015 King Features Syndicate/lpress.
Para compreender essa tirinha, fazemos uma leitura das imagens (linguagem não ver
a ) e dos enunciados (linguagem verbal). A compreensão se dá mais ou menos como um
somatório dessas linguagens e seus significados. Observe:
1. No primeiro quadrinho, quem são os personagens negros que usam gorro, calção e
têm apenas uma perna?
Diálogo com o professor 2. No segundo quadrinho, quem são os personagens que estão jogando futebol?
3. Por que o time de futebol que aparece no segundo quadrinho é paraolímpico?
4. Para entender essa tirinha, algumas informações devem fazer parte do seu conheci
A noção de texto que segui mento de mundo. Por exemplo: você saberia dizer qual é o torneio esportivo ao qual o
mos aqui se coaduna com a vi autor da tira se refere de maneira indireta?
s Mitologia
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Nas tirinhas, nas histórias em quadrinhos, nas charges, etc., a fala dos personagens
é sempre indicada em balões. Em outros textos que utilizam apenas a linguagem verbal,
como as fábulas, as parábolas e os mitos, a fala dos personagens e do narrador são indi
cadas nos parágrafos. O parágrafo é um bloco de ideias estreitamente relacionadas. Os
parágrafos são indicados com um recuo de margem do seu primeiro enunciado, que se
inicia com letra maiúscula, como aconteceu neste parágrafo. Fizemos um pequeno recuo
e começamos: Nas tirinhas, nas histórias em quadrinhos...
Não é necessário compor o parágrafo com várias frases. Às vezes, apenas uma frase, e
mesmo uma palavra (frase de situação), pode formar um parágrafo.
( Capítulo 3 X.._1_29
___
Nos itens a seguir, as frases foram misturadas, o que prejudica a sua compreensão.
Reordene cada uma delas para que se tornem frases bem formadas, de acordo com
o mito As lágrimas de Potira. Use as linhas a seguir para transcrevê-las. Observe o
modelo.
a) Numa época muito distante, podemos conhecer muito da cultura indígena por
meio de seus mitos.
Diálogo com o professor b) Potira e ltagibá são personagens de um mito chegou à idade do casamento.
c) Quando ltagibá partiu, Potira emudeceu para sempre.
d) ltagibá se tornou guerreiro, e Potira que narra a origem dos diamantes.
Na questão 1, trabalhamos e) Nos dias de hoje, havia uma tribo muito pacífica no interior de Goiás.
f) Quando soube da morte de ltagibá, Potira ficou contemplando as canoas que des
o conceito de frase tendo em ciam rio abaixo.
vista os conhecimentos ad
quiridos no mito As lágrimas Modelo
a) Numa época muito distante, havia uma tribo muito pacífica no interior de Goiás.
de Potira. A intenção é mostrar
aos alunos a relação existente
entre as frases e os conteúdos b) Potira e ltagibá são personagens de um mito que narra a origem dos diamantes.
que elas expressam.
c) Quando ltagibá partiu, Potira ficou contemplando as canoas que desciam rio abai
xo.
Anotações
e) Nos dias de hoje, podemos conhecer muito da cultura indígena por meio de seus
mitos.
o Mitologia
1 3 x
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@ Neste exercício, cada item constitui um parágrafo, mas as frases que os compõem
estão em desordem. Reestruture-os para que se tornem parágrafos bem formados.
b) Potira não chorou como as mulheres mais velhas, mas sentia muita tristeza e
apreensão. Quando a tribo foi invadida, ltagibá teve de partir para a guerra. Ela
sabia que ele correria perigo.
Quando a tribo foi invadida, ltagibá teve de partir para a guerra. Potira não chorou
como as mulheres mais velhas, mas sentia muita tristeza e apreensão. Ela sabia que
ele correria perigo.
e) Sentava-se na beira do rio alheia a tudo. Por muitas tardes, Potira esperou a volta
de ltagibá. Ela sabia que, quando ele voltasse, poderia escutar o barulho do seu
remo conduzindo sua canoa. Concentrava-se apenas no barulho das águas.
Por muitas tardes, Potira esperou a volta de ltagibá. Sentava-se na beira do rio alheia
a tudo. Concentrava-se apenas no barulho das águas. Ela sabia que, quando ele vol
tasse, poderia escutar o barulho do seu remo conduzindo sua canoa.
d) Daí a razão de termos várias versões de um mesmo mito. Esse modo de transmis
são faz com que eles se transformem ao longo do tempo. Os mitos são transmiti
dos oralmente, de geração para geração.
Os mitos são transmitidos oralmente, de geração para geração. Esse modo de trans
missão faz com que eles se transformem ao longo do tempo. Daí a razão de termos
várias versões de um mesmo mito.
( Capítulo 3 X.._1_3_1
__
pois eles ajudam a quebrar A - Sobe para 127 o número de mortos em deslizamentos de terra na China. O San
grandes pedaços de texto, fa tos é o novo campeão da Copa do Brasil. Aprenda como economizar energia sem
esforço. Brasil vai testar vacina contra a esquistossomose. Pesquisadores dizem que
cilitando o entendimento do iceberg gigante se desprendeu da Groenlândia. Papa volta à região italiana afetada
conteúdo pelo leitor. por terremoto. Rússia acusa EUA de violarem acordo nuclear.
Pode ser que, para alguns
B - Graças à língua, o ser humano pode se libertar do presente: pode narrar episódios
alunos, escrever parágrafos de sua vida ou projetar planos. Ele pode, inclusive, inventar mundos, criar histórias,
bem estruturados ainda seja narrar histórias de povos de lugares distantes, onde ele nunca esteve. Os conteúdos
que expressamos em nossos enunciados não precisam, necessariamente, espelhar
um pouco complicado. Dessa a realidade do presente.
forma, socialize com a turma
a) (V) O item A é apenas um amontoado de frases, não um texto.
as seguintes orientações: b) (V) Em A, as frases têm sentido, mas todas elas juntas não compõem um todo
• Estruture o texto de significativo.
e) (V) Ao contrário do item A, o item B pode ser entendido como um texto.
forma coerente e coesa. d) (V) Em B, as frases foram relacionadas na intenção de se passar uma informação.
• Reflita sobre os e) ( F) Analisando os dois exemplos, podemos concluir que o texto é apenas um con
junto de frases.
elementos responsáveis
f) ( F) O item B não é capaz de transmitir ideias.
pela coesão dos g) (V) Em A, existem várias informações desconexas umas das outras.
parágrafos e a
construção do sentido (J Imagine agora que, certa noite, você liga a televisão na hora em que o Jornal Nacional
do texto. está começando. Os dois apresentadores, então, falam as frases do item A da ques
tão anterior. Com base nisso, responda às questões.
• Levante ideias sobre o
tema a ser trabalhado.
Uma maneira
interessante de fazer
isso é a autoindagação.
Diálogo com o professor
• Realize uma revisão
gramatical cuidadosa.
Apoiamos as questões 3 e 4 gundo ele, não se trata, no entanto,
desta seção na discussão feita de uma unidade do tipo das unida
por Marcuschi (2008) sobre a des formais da língua [...].
noção de texto, em confluência Trata-se de uma unidade funcio
com vários outros linguistas. nal (de natureza discursiva)" (2008:
Resumidamente, entendemos o 88). Ou seja, o texto é uma unidade
texto como a unidade máxima funcional, não formal. Daí a possi
de funcionamento da língua. Se- bilidade de termos um texto com
1 3 2x Mitologia
____ _
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1 LPemC_ME_2019_6A_Cap3.indd 132 30/07/19 11 :05 1
a) O que significa cada uma das frases?
Anotações
São as notícias que serão apresentadas durante o telejornal.
( Capítulo 3X.._1_33
___
b) O general queria realmente saber se o outro sabia com quem estava falando?
Não. Na verdade, ele queria mesmo era dizer quem era e, assim, ameaçar o recruta.
e) Observe que, no texto, algumas falas dos personagens estão destacadas com le
tras maiúsculas. O que isso significa?
Significa que eles falaram gritando.
f) Em que situações é mais comum escrever enunciados com letras maiúsculas com
essa intenção?
Nas situações em que se escreve em ambientes/gêneros digitais, como e-mail, chat,
redes sociais, etc.
O valor de verdade
Outro aspecto interessante sobre os papéis de cada um num ato comunicativo é o valor de verdade das afir
mações feitas por eles. Por exemplo: se uma criança de 2 anos diz para a mãe que ela está feia, ela provavelmente
achará engraçado e não se incomodará. A declaração feita pela criança simplesmente não é válida. Por outro
lado, imagine se o marido dela dissesse isso. Briga na certa...
4 Mitologia
1 3 x
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Mitos da cultura indígena
De uma maneira, em todas as culturas, os mitos surgem como formas que o ser
humano encontrou para compreender e dar sentido aos fatos e eventos da vida e do
mundo. Muitos mitos explicam a origem das coisas, como certos alimentos; práticas
culturais, como a agricultura; e fenômenos naturais, como o trovão e os eclipses. O
contato dos povos indígenas com comunidades próximas tornou algumas dessas
narrativas conhecidas, de modo que foram absorvidas pela cultura regional brasilei
ra, como a história do boto-cor-de-rosa, que gosta de seduzir e namorar as moças
incautas às margens dos igarapés. Outros mitos são específicos de cada tribo. É o
que explica a pesquisadora e curadora do Museu do Índio do Rio de Janeiro, Chang
BNCC Whang:
"Geralmente cada povo indígena tem seus mitos de origem, de como seu povo
veio a ser. São os mitos cosmogônicos. Esses mitos, transmitidos oralmente, de
geração a geração, são muito importantes na formação do indivíduo social, pois
Habilidades gerais fornecem coesão simbólica à percepção do indivíduo como parte de um corpo
EF69LP34 EF69LP47 social, reforçando sua identidade étnica. Desde tempos imemoriais, os mitos
EF69LP51 EF69LP53 descrevem eventos que se dão no mundo indígena, e a floresta é o elemento
concreto, visível e tangível desse mundo".
EF69LP54 EF69LP56 Disponível em: http://prodoc.museudoindio.gov.br/noticias/retorno-de-midia/68-mitos-e-lendas-da-cultura-indigena. Acesso em: 26/03/2018.
Habilidades específicas
EF67LP20 EF67LP26
EF67LP27 EF67LP28
EF67LP30 EF67LP36
EF06LP11
Anotações
Utilizando pistas do próprio texto, estruturas, ilustrações ou mesmo fontes exter
nas, como dicionários, construa o sentido das palavras seguintes.
lmplementos - Aquilo de que se necessita para a execução de algo; acessório,
apresto. petrecho.
Incautas - Sem cautela descuidadas.
Tangível - Aquilo que se pode tanger. tocar; tocável.
6 Mitologia
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O Agora, veja algumas definições da palavra mito encontradas em dois dicionários da
língua portuguesa disponibilizados na Internet e responda às questões.
mito
Mito
21 Definições encontradas. r§lCJClO "' O
Definições Sinônimos Antônimos Relacionadas Exemplos Flexões Rimas Reversa
1. Mito
S1gnif1cado de Mito Por luciana (MG) em 19-03-2009
É uma representação fantasiosa, espontaneamente delineada pelo mecanismo mental do homem, a fim
de dar uma interpretação e uma explicação aos fenômenos da natureza e da vida.
.. ,.
705 221
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� Portugues Brasileiro•
mitofóbico
mit6fobo
mito mitografia
mi-to mitogrâfico
mitógrafo
sm
mitologia
1 História fantástica de transmissão oral, cujos protagonistas são deusas, mitológico
semideuses, Sef'eS sobrenaturais e heróis que representam simbolicamente
fenõmenos da natureza, fatos históricos ou aspectos da condição humana;
fâbula, lenda, mitdogia.
3 Relato que, sob forma alegórica, deixa entrever um fato natural, histórico
OU filosóflCO.
( Capítulo 3 X.._1_37
___
s Mitologia
1 3 x
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Sugestão de abordagem
Proposta
Como vimos, originalmente os mitos eram transmitidos de forma oral de geração para
geração e buscavam explicar, de maneira fantasiosa, temas sobre os quais os povos não
Seria interessante orga
tinham conhecimento científico, exato, concreto. nizarmos uma contação dos
Pensando nisso, imagine que você vive em uma comunidade indígena isolada em plena
mitos produzidos, um evento
Floresta Amazônica nos dias de hoje e que o seu povo está sofrendo com a poluição do rio.
Assim, pesquise em livros ou na Internet personagens míticos pertencentes ao imaginário em que pudéssemos convidar
de diferentes povos indígenas e crie uma história em que esses personagens se envolvam a família dos alunos para vir à
em um enredo cuja finalidade será explicar a origem dessa poluição.
escola. Como estamos traba
lhando elementos da cultura
popular, poderíamos promo
Seu mito deverá ser narrado em primeira pessoa.
ver um lanche coletivo após a
contação, com muitos pratos
Planejamento típicos da nossa culinária.
1. Ao escrever seu texto, procure estruturá-lo em parágrafos para tornar a leitura mais
Caso queiram, os pais po
fácil e menos cansativa. Lembre-se de que os parágrafos são blocos de significados
compostos de uma ou mais frases, que, por sua vez, são constituídas de uma ou mais derão contar alguns mitos
palavras. que conhecem, o que enri
2. Antes de começar a escrever, pense nisto: quecerá ainda mais o evento,
• Qual é a origem da poluição do rio?
• Que elementos mágicos você colocará na narração? pois representará uma contri
• Que personagem será o protagonista? buição importante para man
• Que ações serão desempenhadas por ele?
• Haverá um antagonista? Qual será o seu papel?
ter viva a tradição oral deste
3. Durante a produção, fique atento para o que estudamos até agora sobre os mitos, prin
gênero.
cipalmente no que se refere aos elementos das narrativas que conhecemos neste ca
pítulo.
Avaliação
BNCC
Para avaliar seu trabalho, tenha em vista as seguintes questões:
Aspectos analisados
a,cm
o o
Habilidades gerais
EF69LP44 EF69LP46
o o
As informações apresentadas foram utilizadas para compor o personagem?
o o
A origem do mito está clara?
Habilidades específicas
o o
O planejamento foi seguido?
As características dos mitos foram observadas?
EF67LP30 EF06LP11
EF06LP12
( Capítulo 3 X.._1_39
___
( Capítulo 3 X.._1_4_1
__
V=al=
Arrojado - � �t=
en =·-------------------
ãº
(t Por que as mães se preocupam com seus filhos homens ao cair da tarde?
Habilidades gerais Porque é a hora em que a Vara costuma aparecer para seduzi-los e levá-los para o
EF69LP44 EF69LP47 _ _ . ___________________
_ d_o _ do_ rio
_fun
EF69LP49 EF69LP53 @ O que a Vara significa para os homens?
A tentação da aventura.
Habilidades específicas
EF67LP28 EF67LP37 @ O que a Vara faz para seduzir os homens?
Ela canta.
é a mais completa coleção de @ O esquema a seguir apresenta a se quência de fatos narrados no mito A perigosa
1 4 2x Mitologia
____ _
j
1 LPemC_ME_2019_6A_Cap3.indd 142 30/07/19 11 :05 1
Sugestão de abordagem
Fato 5: consequência de 4.
O índio fugiu da taba e de seu povo e entrou de canoa no rio para esperar a Vara.
Faça um círculo com os
Fato 6: consequência de 5. alunos, se for possível, no pá
A Vara apareceu, abriu os lábios úmidos, cantou suave a sua vitória e arrastou o ta tio da escola ou em qualquer
puia para o fundo do rio.
lugar ao ar livre, para iniciar o
O Leia o trecho a seguir e responda às questões. debate com o texto que suge
rimos na Leitura complemen
Mas de que adiantava fugir se o feitiço da Flor das Águas já o enovelara todo? tar. Propomos algumas ques
Lembrava-se do fascínio de seu cantarolar e sofria de saudade.
tões para iniciar a discussão:
A mãe do tapuia adivinhara o que acontecia com o filho: examinava-o e via
nos seus olhos a marca da fingida sereia. • No lugar onde você
mora, há algum
a) A quem se refere a expressão Flor das Águas? preconceito com os
À Vara. povos indígenas?
b) O narrador do texto conta que a mãe do indígena tapuia viu nos olhos do seu filho
• Você já presenciou atos
a marca da fingida sereia. Por que ele qualifica a Vara como fingida? de preconceito contra
Porque, na verdade, ela não amava o índio. diferentes culturas?
{I Os mitos As lágrimas de Potira e A perigosa Yara têm alguns elementos em comum.
• Como podemos vencer o
Pensando nisso, responda às seguintes questões. preconceito?
• De que maneira
a) As duas histórias nos apresentam um pouco da cultura de quais povos?
podemos viver em
Dos povos indígenas.
harmonia com a
b) ltagibá e o tapuia são jovens e possuem mais ou menos a mesma descrição: lta pluralidade cultural dos
gibá é forte e valente, e o tapuia é sonhador e arrojado, valentão. Considerando o
que aconteceu com eles nas narrativas míticas, qual dos dois é visto como herói, povos indígenas?
retratado com mais coragem?
lta ibá.
e) Potira e Vara também são descritas fisicamente de maneira muito parecida. Mas,
com relação ao caráter dessas personagens míticas, qual é a maior diferença entre
elas?
Potira é retratada como uma mulher pura, sincera, apaixonada, ingênua; a Vara é fin
gida, vaidosa, esperta, etc.
( Capítulo 3 X.._1_43
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1 4 4x Mitologia
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Diálogo com o professor
Dentro dos textos, os elementos inguísticos que os compõem se organizam de deter
minados modos. Tanto nas fábulas quanto nos mitos, encontramos, por exemplo, perso
nagens mágicos que agem (Potira e ltagibá se uniram... , o leão exigiu... ) em um espaço (na
beira do rio, na tribo, no palácio, na caverna... ) e em um dado tempo (Era uma vez... , numa Para Bakhtin (1992), os
época distante... , quando os europeus ainda não haviam chegado... , certo dia... ). De manei gêneros do discurso apresen
ra simples, quando encontramos essas estruturas em um determinado texto (ou em parte
dele), estamos diante de um tipo textual: a narração. tam três dimensões essen
ciais e indissociáveis:
Os tipos textuais são os modos como os elementos linguísticos de um texto • Temas - conteúdos
podem se organizar.
ideologicamente
conformados (dizíveis)
Existem, basicamente, seis tipos textuais: injunção, descrição, narração, relato, exposi-
ção e dissertação. De maneira simples, poderíamos defini-los deste modo: através do gênero.
► Injunção - É o tipo textual que permeia gêneros em que fazemos alguma ordem. São • Forma composicional
textos em que o emissor procura agir sobre o receptor fazendo com que este adote de
terminados comportamentos, como ocorre frequentemente nas receitas, nos manuais - os elementos
do usuário, etc. das estruturas
► Descrição - Registra características de pessoas, lugares, objetos. Os anúncios de
venda de imóveis nos jornais, por exemplo, são textos em que o tipo descritivo pre
comunicativas
valece. e semióticas
► Narração - É o relato de fatos imaginários feito por um narrador, o desenrolar de
uma trama, de ações. Esse relato envolve personagens normalmente localizados no
compartilhadas pelos
tempo e no espaço. Tem caráter ficcional. textos pertencentes ao
► Relato - O relato é muito semelhante à narração, compartilhando, basicamente,
gênero.
as mesmas características, mas com um detalhe: enquanto a narração tem caráter
ficcional, o relato é baseado em fatos reais. • Marcas linguísticas
► Exposição - É a explanação de informações. É um tipo textual que permeia textos ou estilo - as
cuja função principal é informar, como a notícia de jornal.
► Argumentação - É o tipo textual predominante em textos cujo objetivo maior é a configurações
defesa de pontos de vista. Essa defesa é feita por meio de ideias, argumentos e visa específicas das
convencer ou persuadir o interlocutor.
Apesar de apresentarmos os seis tipos textuais separadamente, eles podem aparecer
unidades de linguagem,
juntos em um mesmo texto. Entretanto, um deles prevalece sobre os demais, indicando a traços da posição
natureza do gênero. Assim, nos romances de José de Alencar, por exemplo, há o predomí
nio do tipo textual narrativo (pois são romances), mas podemos identificar longos trechos
enunciativa do locutor e
tipicamente descritivos, como em lracema, um famoso livro seu. Já no início desse roman da forma composicional.
ce, o autor traz uma frase bastante descritiva:
gêneros do discurso
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu lracema,
a virgem dos lábios de mel [... ].
composicional
marcas
temas linguísticas
( Capítulo 3 X.._1_5
4
___
Texto 1
XAXADO/Antonio Cedraz
BNCC
EF69LP05 EF69LP47
@ Um dos personagens do texto acima é o Saci. Você conhece esse personagem? Com
suas palavras, descreva-o. Se necessário, faça uma pesquisa sobre ele para conhe
Habilidades específicas cê-lo um pouco mais e enriquecer a sua descrição.
EF06LP03 EF06LP05 Resposta pessoal. Sugestão de resposta: O Saci é um menino bastante travesso que
protege as florestas e os animais. Ele é negro, possui apenas uma perna, fuma ca
chimbo e usa um gorro vermelho.
Segundo Vergueiro (2009, p. @ Ao repassar o pedido da Dona Cobra a Xaxado, o Saci utilizou o discurso direto ou
31): "A alfabetização na lingua indireto?
é indispensável para que o aluno C, Até agora, você já viu neste livro vários exemplos de textos como esse. Você saberia
decodifique as múltiplas mensa dizer qual é esse gênero textual?
para que o professor obtenha @ Nesse gênero, as ações são apresentadas na sequência dos quadrinhos, que indica,
melhores resultados na sua uti também, a passagem do tempo. Pensando nisso, responda: qual é o tipo textual que
prevalece nesse gênero?
lização". Esse posicionamento
Tipo narrativo.
é defendido também pelos PCN,
no volume dedicado a Lingua
gens, Códigos e suas Tecnolo
gias (BRASIL, 2006, p. 185).
Durante muitos anos os qua
drinhos foram alvo de discrimi Hoje, entendemos que as Anotações
nação, justamente devido à sua histórias em quadrinhos, em
grande penetração no público seus diferentes gêneros, ofe
infantojuvenil: se os jovens gos recem possibilidades diversas
tavam, era porque tinham um de aplicações no universo es
caráter exclusivamente de en colar, em todos os seus níveis.
tretenimento. Por essa perspec Também configuram prática de
tiva, portanto, acreditava-se que leitura desejável para todas as
eram incapazes de proporcionar idades.
leituras mais "profundas".
6 Mitologia
1 4 x
____ _
j
1 LPemC_ME_2019_6A_Cap3.indd 146 30/07/19 11 :06 1
(1 Como dissemos, sempre que produzimos um texto temos uma intenção comunica
tiva: defender uma opinião, expor informações, ensinar algo, etc. Qual foi a intenção
comunicativa do autor desse texto? Embora tenham uma im
Divertir os leitores. portância fundamental para
O Os principais deuses da mitologia indígena tupi-guarani são Tupã, Jaci e Guaraci. O o ensino, os quadrinhos são
objeto de estudo de poucos
texto a seguir nos fará conhecê-los mais.
pesquisadores na nossa área.
Tupã
Chamado de "O Espírito do Trovão", Tupã é o grande criador dos céus, da terra e Estes livros são fundamen
dos mares, assim como do mundo animal e vegetal. Além de ensinar aos seres hu tais para uma compreensão
manos a agricultura, o artesanato e a caça, concedeu aos pajés o conhecimento das
plantas medicinais e dos rituais mágicos de cura. mais ampla do gênero:
Jaci
É a deusa Lua e guardiã da noite. Protetora dos amantes e da reprodução, um de
seus papéis é despertar a saudade no coração dos guerreiros e caçadores, apres RAMA, Angela; VERGUEIRO, Wal
sando sua volta para suas esposas. Filha de Tupã, Jaci é irmã-esposa de Guaraci, o domiro; et ai. (2009). Como usar as
deus Sol. histórias em quadrinhos na sala de
Guaraci
aula. São Paulo: Contexto.
Filho de Tupã, o deus Sol auxiliou o pai na criação de todos os seres vivos. Irmão
-marido de Jaci, a deusa Lua, Guaraci é o guardião das criaturas durante o dia. Na
passagem da noite para o dia - o encontro entre Jaci e Guaraci -, as esposas pe
dem proteção para os maridos que vão caçar. RAMOS, Paulo (2009). A leitura dos
Disponível em: https://mundoestranho.abril.com.br/cultura/quais-sao-os-principais-deuses-da-mitologia-indigena-brasileira/. Acesso em:
09/10/2018.
quadrinhos. São Paulo: Contexto.
a) Conforme acabamos de ler, todos os deuses acima estão ligados a elementos da VERGUEIRO, Waldomiro; RAMOS,
natureza. Qual é considerado o criador de tudo que existe? Paulo (orgs.) (2009). Quadrinhos na
Tu ã. educação: da reflexão à prática. São
Paulo: Contexto.
b) Jaci é considerada a deusa Lua. Além disso, que outras funções ela apresenta?
Jaci é, também, protetora dos amantes e da reprodução, além de despertar a saudade
no coração dos guerreiros e caçadores.
e) Que relação de parentesco há entre Tupã e Guaraci? Que poderes este apresenta? Anotações
Guaraci é filho de Tupã e é conhecido como deus Sol. É também o guardião das cria
turas durante o dia.
Sugestão de abordagem
( Capítulo 3 X.._1_47
___
Texto 2
BNCC
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180
da Constituição, e tendo em vista que o Primeiro Congresso lndigenista lnterameri
cano, reunido no México, em 1940, propôs aos países da América a adoção da data
Habilidades gerais de 19 de abril para o "Dia do Índio",
EF69LP02 EF69LP04
EF69LP20 EF69LP21 DECRETA:
Art. 1 ° É considerada - Dia do Índio - a data de 19 de abril.
EF69LP27 Art. 2° Revogam-se as disposições em contrário.
Habilidades específicas Assinado em 1943, o texto acima é o decreto presidencial que institui o dia 19 de abril
EF67LP15 como Dia do Índio, comemorado não apenas no Brasil, mas em alguns países do con
tinente americano. Sobre esse texto, assinale a afirmativa correta.
a) O texto apresenta características narrativas, como a presença de personagem
(presidente).
):{ Percebemos a presença do tipo textual expositivo.
e) É possível identificarmos a argumentação, isto é, a defesa de pontos de vista sobre
Anotações a importância da instituição do Dia do Índio.
d) A descrição é o tipo textual predominante.
s Mitologia
1 4 x
_____
j
LPemC_ME_2019_6A_Cap3.indd 148 30/07/19 11 :06 1
(e Alguns adesivos colados em carros e caminhões representam formas muito interes
santes de fazer humor. Num adesivo de carro muito usado há algum tempo, podía
mos ler o seguinte:
Texto 3
PROCURA-SE uma boa MULHER que saiba cozinhar, limpar peixes, catar mi
nhocas e que seja proprietária de um barco a motor. FAVOR ENVIAR FOTO DO
BARCO E DO MOTOR.
a) O autor desse texto procurava uma mulher com uma série de "qualidades". Mas, na
verdade, qual era o seu maior interesse?
Seu maior interesse era o barco a motor.
e) Imagine que você vai escrever um texto nesse formato procurando algo muito va
lioso. O que você procuraria? Que exigências você faria?
Resposta pessoal.
g) Que informações pessoais você deverá colocar no seu texto para que o possível
vendedor entre em contato com você?
Telefone, endereço, e-mail.
( Capítulo 3 X.._1_49
___
� O trecho "No princípio não havia noite - dia somente havia em todo tempo" apre
senta o tempo em que se inicia a narrativa.
b) O trecho "A noite estava adormecida no fundo das águas" corresponde ao espaço
da narrativa.
e) O trecho "A filha da Cobra Grande - contam - casara-se com um moço" apresen
ta o personagem principal do texto: Cobra Grande.
d) No trecho "Meu pai tem noite. Se queres dormir comigo, manda buscá-la lá, pelo
grande rio", percebemos que o tempo da narrativa é psicológico, pois a noite retra
tada não é um período do dia de fato.
e) Temos o conhecimento de que a casa da Cobra Grande é o espaço no qual se de
senvolve a narrativa a partir do trecho "O moço chamou os três fâmulos; a moça
mandou-os à casa de seu pai para trazerem um caroço de tucumã".
( Capítulo 3 X__1_s_1 __
O texto que você produzirá não será escrito. Sua missão, agora, é produzir um mito oral.
Para isso, você terá de ficar atento a aspectos que envolvem a oralidade. Para enriquecer
ainda mais o estudo dos mitos, convide sua turma para organizar um festival na escola.
BNCC Discuta com os seus colegas e com o seu o professor a respeito dessa ideia. A criação de
cenários e personagens poderá deixar o evento ainda mais mítico!
Habilidades gerais
Proposta
EF69LP30 EF69LP32
Como vimos neste capítulo, diferentes povos possuem
EF69LP34 EF69LP35 seu próprio universo mitológico. Nesta atividade de pro
EF69LP36 EF69LP38 dução textual, você deverá compor um grupo com alguns
Planejamento
Repensando o Ensino Ili.. Os grupos deverão discutir entre si e com o professor o
passo a passo para a produção do pôster e para a apresen
O pôster é um tipo de tra
balho científico que tem como
da Gramática � tação oral dos mitos. alvo apresentar os resultados
de uma pesquisa de forma
objetiva. Trata-se de uma re
No planejamento do pôster, é importante definir as se- presentação visual do traba
De acordo com o posicio guintes questões: lho, contendo uma introdução,
um resumo ou uma visão ge
namento teórico aqui expos Qual será o suporte para a apresentação do trabalho
ral da pesquisa, com gráficos,
tabelas e discussões sobre
to, podemos concluir que os (papel, lona impressa, projeção, etc.)? No caso dos pôs os resultados obtidos. Desse
teres impressos, definam quais serão suas medidas. modo, o tipo textual predomi
letramentos ou as práticas nante dos pôsteres é a expo
Para a produção do pôster, os grupos podem fazer uma sição.
letradas exigem do produtor grande impressão, uma colagem ou mesmo projetar a
de textos, seja escritos, seja
falados, certo domínio dos
gêneros. Ou seja: ler um mito,
diferenciar uma parábola de
uma fábula, produzir um bolo Anotações
com base em uma receita,
etc. são práticas letradas de
sempenhadas com gêneros
específicos que se materiali
zam em textos reais.
___1_s_2J Mitologia J
LPemC_ME_2019_6A_Cap3.indd 152 30/07/19 11 :06 1
Sugestão de abordagem
imagem em um monitor por meio de programas específicos, como o PowerPoint.
Quais serão as fontes de pesquisa?
De que maneira o pôster será estruturado (que seções farão parte do texto)? Durante a apresentação
Que elementos gráficos serão utilizados para enriquecer a exposição das informa dos alunos, podemos fazer
ções (fotos, tabelas, gráficos, desenhos, etc.)? Caso os grupos optem por utilizar
equipamentos audiovisuais, seria importante enriquecer a pesquisa com vídeos, por anotações no que se refere
exemplo. aos elementos típicos da ora
Como será a apresentação oral do pôster para os demais alunos da turma? Nesta eta
pa, os participantes devem observar que a apresentação de um pôster normalmente
lidade, como os marcadores,
é menos formal que uma palestra. as pausas, as hesitações, etc.
É importante nesta atividade,
Finalizada a produção do pôster, é hora de planejar a apresentação do mito escolhido. coerentemente com o que
Nesta atividade, os grupos deverão observar os seguintes aspectos: vimos abordando até agora,
1. O texto escrito e o texto oral, embora façam parte de um mesmo sistema linguístico, levar os alunos a perceberem
possuem características próprias. Assim, para a contação do mito (apresentação oral), que fala e escrita seguem di
os participantes devem observar aspectos marcantes da oralidade, como entonação,
expressividade e gesticulação. nâmicas diferentes, mas não
2. É fundamental definir como será a apresentação (quais alunos participarão, qual papel há superioridade desta sobre
caberá a cada um, etc.).
3. É muito importante ensaiar a apresentação, observando as reações de quem estiver na
aquela. Nessa perspectiva, a
plateia. Dessa forma, os participantes saberão como deverão se apresentar. fala não deve ser vista como
4. Se for possível, gravem a apresentação durante o ensaio para observar a postura do
o lugar do erro, do tudo é pos
grupo, a impostação das vozes, os gestos e o comportamento dos ouvintes diante da
história contada. sível, da improvisação, etc.
5. Procurem interpretar cada momento de suspense da história, para que a plateia se
sinta parte dos fatos narrados. Agindo assim, as pessoas passam a imaginar o mito
de tal forma que chegam a se considerar testemunhas oculares, compartilhando os
sentimentos dos personagens.
Avaliação
Durante a apresentação dos textos produzidos, os grupos que não estão apresentando
e o professor deverão avaliar as produções. Para isso, observem os seguintes critérios:
( Capítulo 3 X.._1_53
___
Repensando o Ensino �
pa i
da Gramática � /1 --""'-
voga sem1voga 1
1 5 4x Mitologia
____ _
j
LPemC_ME_2019_6A_Cap3.indd 154 30/07/19 11 :06 1
Por se parecerem foneticamente ao i e ao u, e e o são considerados semivogais em al
guns casos, como em pães e mágoa.
Nos ditongos nasais em /ei/ e am /ãu/, a semivogal não aparece escrita. É o que acon
tece, por exemplo, com palavras como bem /bei/, eram /erãu/ e amaram /amarãu/.
Tritongo
Mais raramente, numa mesma sílaba, pode ocorrer, também, o encontro de uma semi
vogal, uma vogal e outra semivogal. Chamamos esse encontro de tritango. Nesse caso, a
vogal é pronunciada com mais força.
/
vogal
""
sa - ú - de
vogal
( Capítulo 3 X___1_ss___
LPemC_ME_2019_6A_Cap3.indd 155 30/07/19 11 :06 1
Ú Sabemos que as vogais são fonemas fortes que podem constituir sozinhos uma sí
laba ou podem se encontrar com outros fonemas vocálicos. Esse encontro se realiza
de três formas: ditongo, tritango e hiato. Relembre cada um desses casos e observe
os fonemas vocálicos das palavras abaixo.
sal baú
Escreva que encontro vocálico ocorre em cada palavra e explique como fazemos para
identificá-los.
Espera-se que o aluno aponte que sal é um ditongo pelo fato de os fonemas vocáli
cos serem pronunciados em uma só emissão de voz, ou seja, em uma mesma sílaba.
Já a palavra baú forma um hiato pelo fato de pronunciarmos os fonemas vocálicos
em sílabas diferentes.
Paraguai ltaguaí
Essas palavras terminam com os fonemas /u/, /a/ e /i/, mas são encontros vocálicos
diferentes. Explique o fenômeno que ocorre em cada uma, apresentando a diferença.
Espera-se que o aluno responda que, apesar de terminarem com os fonemas /u/,
/ai e li!, em Paraguai há o tritango formado pela semivogal /u/, pela vogal /a/ e pela
outra semivogal /i/, que são emitidas em uma só emissão de voz, ou seja, na mesma
sílaba. Já na palavra ltaguaí, há o ditongo crescente, formado pela semivogal /u/ e
pela vogal /a/. Já o fonema /i/, por ter um som forte, é considerado uma vogal, for
mando a sílaba seguinte.
6 Mitologia
1 5 x
_____
j
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Ó Analise as alternativas a seguir e assinale apenas a verdadeira.
a) Sujeito - ditongo nasal.
b) Viu - hiato.
�Fazia - ditongo oral.
d) Meio - tritongo.
e) Esborrachou - ditongo oral crescente.
Ú Em qual das frases abaixo a palavra destacada não possui um ditongo oral.
)<(Para não perder a hora do seu casamento, eu vou ao salão às sete da manhã.
b) Dentre tantos instrumentos que apresentei ao meu filho, ele escolheu justamente o
que eu não lhe apresentei: a gaita.
c) Vocês, por acaso, já experimentaram guacamole?
d) Alguém andou mexendo nas minhas coisas, pois não encontro meu relógio em
lugar nenhum.
e) Marcos sempre esquece a torneira aberta depois de escovar os dentes.
( Capítulo 3 X__
1_s1___
___1_s_sx Mitologia j
( Capítulo 3 X 1 59
..__ ___
BNCC
A manchete de uma notícia deve ser criada tendo em vista dois objetivos principais:
Habilidades gerais
l O Resumir o conteúdo da notícia.
EF69LP02 EF69LP03 2° Chamar a atenção do interlocutor.
EF69LP04
Para atingir esse propósito, o jornalista pode utilizar diversos recursos comunicati
vos. Entre esses recursos, destaca-se a seleção vocabular, que consiste, basicamen
Habilidades específicas te, na escolha das palavras mais adequadas para se atingir o objetivo comunicativo.
EF67LP06 EF67LP07 Sabendo disso, responda às questões abaixo.
EF67LP27 EF67LP30 a) Por que o jornalista escolheu a palavra lenda para construir a manchete da notícia?
EF06LP03 EF06LP04 Porque, como remete ao sobrenatural, a palavra lenda resume os grandes feitos do
astronauta e atrai a atenção do leitor.
d) Cite ao menos quatro personagens reais que você identifica como "lendas". Expli
que por quê.
Resposta pessoal.
o Mitologia
1 6 x
_____
j
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@ Leia com atenção os trechos do lide reproduzidos a seguir.
@ Que veículo de comunicação a Nasa utilizou para noticiar a morte de John Young?
Por que esse veículo provavelmente foi escolhido?
A Nasa utilizou o Twitter para noticiar a morte do astronauta, certamente porque é
um dos veículos de comunicação mais ágeis e abrangentes da atualidade.
Mídias em contexto
\locll está prestes a ter lJTla � sensorial espetaajar: ficarfrero a Irante com o Nissan 3SOZ, um dos mais cobiçados e desejaoos cupês esp::rtivos do n-.ndo
Esseve-daderomtocta mrsbiaai.coTTXbiliStica eSl)Ortivaestaráem� para que você possavê·IObemde pertinho, levanoo assim seust:n;Osertioosao irrite. Nao
deoede contieceressalendasobreQuatroroda.s.SerállTlmomenloúnico.
3.SOZ �!��o���bem Bento Alves, n• 492 - SJgrada Farrfü - Fone: 5-t 238.0500
tb"ário:das8h20minàs1lh20min
ID ifj�J1
�
Você está prestes a ter uma experiência sensorial espetacular: ficar frente a frente com o Nissan
3502, um dos mais cobiçados e desejados cupês esportivos do mundo. Esse verdadeiro mito da
indústria automobilística esportiva estará em exposição para que você possa vê-lo bem de perti
nho, levando, assim, seus cinco sentidos ao limite. Não deixe de conhecer essa lenda sobre quatro
rodas. Será um momento único.
( Capítulo 3 X__
1_6_l __
b) No título do anúncio, o autor faz referência a uma expressão popular. Que expres
são é essa e o que ela significa?
A expressão popular é o X da questão, utilizada para designar o aspecto mais impor
tante de um tema.
Ó No título do anúncio, o veículo é identificado como uma lenda. No texto que vem na
sequência, o autor do anúncio explica o motivo: "Você está prestes a ter uma expe
riência sensorial espetacular: ficar frente a frente com o Nissan 3502 [...]".
1 6 2J Mitologia
____ _
J
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Outras fontes
@ Escaneie o QR CODE abaixo.
( Capítulo 3 X.._1_63
___
Carbonífero Permiano
fra Meso7oica
Vivemos, sem dúvida, na Era da Informa
ção. Ter, acessar e divulgar informações sig
nifica estar inserido na cultura atual de maneira
significativa e com alguma vantagem social.
A invenção de tecnologias que permitem o registro
dessas informações, como a invenção da linguagem
escrita, passando pela imprensa e chegando à Internet,
possibilitou ampliar ainda mais o conhecimento da hu
manidade, já que os novos conhecimentos partem dos já
existentes para negá-los, corrigi-los ou ampliá-los.
Para a documentação e a transmissão do conheci
mento, cujo espaço de compartilhamento preferido é a
Internet, fazemos uso de textos expositivos, aqueles
em que há o objetivo de se explicar uma temática, de
se veicular informações. Neste capítulo, trabalha
remos com três gêneros textuais tipicamente ex
positivos: o texto expositivo em livro didático, o
infográfico e a notícia.
Sustentabilidade
Hum... Acho que a Declaração do Milênio pode me ajudar. Para quem não sabe, a Declara
ção do Milênio é um acordo feito por vários países, inclusive o Brasil, para melhorar o mundo.
Nessa declaração, existem 8 objetivos que precisam ser alcançados. Dá só uma olhada:
2 Em todo o mundo, cerca de 113 milhões de crianças estão fora da escola. Isso
.' ,
é um grande problema, porque as crianças são o futuro. E como vai ser o fu
turo do nosso planeta se ninguém puder estudar agora? Pra começar, criança
tem que ir pra escola e não trabalhar; precisamos de professores bons e aulas
interessantes, senão ninguém aguenta ficar na escola; podemos doar livros e
materiais escolares pra crianças mais necessitadas do que a gente. Se tudo
isso acontecer, a gente cresce bem inteligente e pode ajudar o mundo a ficar
cada vez melhor.
Tem gente que pensa que menino é melhor do que menina. E muita gente por
aí acha que menina é melhor do que menino. Mas isso não é uma besteira?
Meninos e meninas são apenas diferentes. Cada um tem suas qualidades
[... ]. Nós devemos ser aquilo que queremos e deixar as outras pessoas serem
aquilo que quiserem. Combinado?
4 A cada ano, 11 milhões de bebês morrem no mundo por vários motivos- doen
e .�
ças infecciosas, falta de higiene, etc. Para esse número de mortes diminuir, to
dos precisam ter acesso a água potável; todos precisam saber sobre higiene
pessoal e sanitária; as mamães precisam saber a importância de amamentar
seus bebês; as crianças precisam ter acesso a medicamentos e alimentos para
� que cresçam saudáveis. Não é tão difícil assim, né? Será que a gente consegue?
( Capítulo 4 X.._1_67
___
7 Você sabia que, se um animal entrar em extinção, todo o planeta sofre con
sequências? É mais ou menos assim: tudo o que acontece no meio ambiente
é muito sério para todo o resto do mundo. Por isso, para que nossos paren
tes futuros ainda possam viver bem, somos nós que precisamos cuidar de
cada pedacinho do nosso planeta. Primeiro, não podemos nos esquecer de
reciclar. É preciso que todos saibam disso. Converse com seus amigos, seus
vizinhos... Quanto mais a gente recicla, menos a gente usa o meio ambiente...
Então ele dura mais tempo! Devemos também economizar, principalmente
a água. Não dá pra ficar tomando banho de 30 minutos. Não dá pra deixar a
torneira aberta enquanto escovamos os dentes. Não dá! Entendeu? Vamos
cuidar do meio ambiente antes que seja tarde demais.
Nós sabemos que existem países ricos e países pobres. E sabemos que, por
causa disso, ocorre a desigualdade social. Fica assim... Quem é rico fica mais
rico e quem é pobre fica mais pobre. Mas a última meta para mudar o mundo
é acabar com essa história. Se todos os países se ajudarem, o mundo inteiro
pode progredir em harmonia. E como fazer? Tudo poderia ser compartilhado.
Quem tem mais doa para quem tem menos. Educação, tecnologia, medica
mentos, empregos... Um jeito de todos terem as mesmas oportunidades. Você
já parou para pensar como seria bom se isso acontecesse? Se os países fos
sem unidos, amigos uns dos outros?
Disponível em: http://www.canalkids.eom.br/bankids/susten.htm. Acesso em: 24/05/2018. Adaptado.
Vocabulário desconhecido
1 6 8
_____
J Design da informação
J
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Sugestão de abordagem
Infecciosas - Que produzem ou resultam de infecção.
Prevenir - Tomar precauções para gue algo não aconteça; evitar. Professor, neste momento,
Extinção - Desaparecimento total de uma espécie viva. você pode estimular as habi
Progredir - Ir adiante. avançar aos poucos. lidades e as competências de
leitura de infográficos. Para
isso, sugerimos alguns obje
tivos para nortear sua inter
Desvendando os segredos do texto
venção em sala de aula:
@ Uma palavra muito importante para a construção do sentido desse texto é sustenta
• Construir inferências a
bilidade. Explique o que você entendeu sobre essa palavra. partir das redes de sen
Resposta pessoal. tido estabelecidas em
um texto com outros
@ Como você viu, o texto trata de estratégias que podem contribuir para a sustentabili
dade de acordo com a Declaração do Milênio. Você acha que conseguimos alcançar textos.
algumas das estratégias apontadas? Que novas estratégias você poderia propor? • Identificar característi
Resposta pessoal.
cas da oralidade e escri
9 O texto é acompanhado de um quadro, e você já sabe que tudo o que se coloca em ta em diferentes gêneros
um texto tem uma motivação, um propósito. Qual é a função desse quadro no interior textuais, como infográfi
do texto?
cos, vídeos explicativos,
O aluno precisa sinalizar que o infográfico associado ao texto serve para resumi-lo
textos informativos e
com informações essenciais e melhor ilustrar o assunto.
verbetes de dicionário.
C, Para que público se destina o texto? Que recursos linguísticos são utilizados para • Inferir relações entre as
atrair a atenção dos leitores?
palavras do texto.
O texto se destina a crianças. Para atrair a atenção dos leitores, utiliza-se o registro
• Desenvolver interpreta
informal da linguagem, por meio de recursos linguísticos, como reticências, diálogo
simulado e palavras no diminutivo.
ção de textos diversos e
relacioná-los entre si.
♦Ml/1%d%ié•
• Entender os propósitos
do autor do infográfico
Os textos que você vai ler agora, nas próximas cinco páginas, foram retirados do livro didático Geografia ao escolher determinada
sem fronteiras, 6° ano, de Heitor Pernambuco (Ed. Construir, 2018). Leia-os com atenção, observando a combi
nação entre os textos verbais e as imagens (textos não verbais), tendo em vista a abordagem e exposição das forma textual para a sua
informações.
expressão.
• Aprimorar a interpreta
ção e a compreensão de
textos lidos.
• Ler infográficos dando
Anotações BNCC destaque à multimoda
lidade.
Habilidades gerais • Interpretar o infográfico
EF69LP29 EF69LP32 na visão científica.
EF69LP33 EF69LP34
EF69LP42
( Capítulo 4 X.._1_69
___
CAPl'TUL04
Rochas, solos e minerais
Tema 1:
De que a Terra é formada?
Na Geografia, há um princípio, chamado conexão, que defende a interdependência dos diver
Ler infográficos na sala de aula sos ambientes naturais e humanos, Segundo essa ideia, tudo na Terra está interligado, Por isso,
o homem deve se preocupar em não realizar atividades que interfiram ou modifiquem completa
A leitura não é uma habilidade mente um ambiente natural, para que não haja um desequilíbrio na natureza e prejudique, assim,
os espaços natural e geográfico.
neutra e uniforme que, uma vez Existem, na Terra, camadas que interagem, direta e indiretamente, gerando um ambiente natural
complexo e rico. São elas: a litosfera, camada rochosa; a atmosfera, camada gasosa; a hidros
aprendida, é aplicada nos mais fera, camada líquida; e a biosfera, conhecida como camada da vida, que engloba as outras três.
m
construir os sentidos do texto.
Este primeiro momento tem Geografia • 6° ano • Unidade 2
1 1 0
____ _
J Design da informação
J
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Tema 2:
O surgimento da litosfera
Há cerca de 4,5 bilhões de anos, a Terra era sem forma e apresentava uma elevada temperatura
em sua superfície. Lentamente, a temperatura foi diminuindo, e os corpos celestes - estrelas, plane
tas, asteroides, etc. - foram sendo formados.
Durante o processo de resfriamento da Terra, uma camada rochosa começou a se formar, dan
do origem à camada mais superficial da Terra, a litosfera.
I
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1 A imagem ilustra como a Terra poderia ser nos tempos
de resfriamento litosférico. Esse processo foi bastante
lento, podendo ter durado bilhões de anos.
Tema 3:
As eras geológicas
Ao longo das pesquisas sobre a formação da Terra e o surgimento da vida, a ciência elaborou
as chamadas eras geológicas, que são as fases do desenvolvimento do Planeta. Algo semelhante
ao que acontece com um ser humano: nascimento, infância, adolescência e assim por diante. Em
cada fase, há uma série de transformações e mudanças.
Essas eras geológicas têm como base os principais acontecimentos geológicos e biológicos,
que dizem respeito a mudanças nas formas existentes na superfície terrestre e no surgimento da
vida e sua evolução. Observe a tabela seguinte e faça uma breve leitura das eras e dos períodos
e de seus principais acontecimentos.
( Capítulo 4 X__1_1_1 __
Cl
Q
1'i
I!
• Invertebrados
Hemisfério Sul.
Cambriano 600 milhões •Moluscos
u
PRÉ-CAMBRIANA Proterozoico Algonquiano
Era que compreende a junção do
Arqueozoico e do Proterozoico, com Arqueozoico
Formação dos primeiros 3,9 bilhões • Primeiros seres
-
destaque para o resfriamento dos Arqueano
�
- - -
oceanos e de reservas vivos
oceanos e para o surgimento das
o
1
primeiras formas de vida. de minérios de ferro.
ua
ca
• Nenhum sinal de (.)o
Azoica Início da Terra
E...
4,5 bilhões
Era com elevadas temperaturas e ausência de qualquer tipo de vida. vida
LEINZ, Victor e AMARAL, Sérgio Estanislau do. Geologia Geral. 12. ed. São Paulo: Nacional, 1995. p. 27.
o
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Observe que, com exceção do Pré-cambriano, o nome das demais eras geológicas possui
a terminação -;zoica, que se refere à vida animal. Ou seja, a era Azoica representa a fase sem
vida na Terra. Isso se deve ao fato de o Planeta, nessa fase, encontrar-se em resfriamento, não
possuindo as condições ideais para o desenvolvimento da vida.
Somente por volta dos 3,9 bilhões de anos surge a vida primitiva, ou seja, os primeiros seres
vivos na Terra, exatamente na era chamada de Pré-cambriana. Já na era Paleozoica, há o sur
gimento das algas marinhas, dos moluscos, dos primeiros répteis, insetos, etc. No que se deno
mina de era Mesozoica, a vida intermediária se desenvolve, surgindo os primeiros dinossauros
(grandes répteis). Só na era Cenozoica, época atual, há o aparecimento do ser humano, durante
o período Quaternário. Observe o relógio das eras geológicas a seguir e perceba que a vida hu
mana é bastante recente.
Aparecimento do
Domínio dos
dinossauros Homo sapiens
Plantas de arcaico
terra firme (23:59:30)
Formação da Terra
Fósseis mais antigos
de organismos
multicelulares
Rochas mais antigas
conhecidas
Fósseis mais
antigos
Primeiros
organismos
fotossintetizantes
Fósseis mais antigos
de seres eucarióticos
Acúmulo de gás
oxigênio na
atmosfera
----
Geografia • 6° ano • Unidade 2
-
( Capítulo 4 X 1 73
..__ ___
1
lhões, tivemos que converter uma porção muito grande
da superfície em terra de agricultura, com plantações.
Também cobrimos grande parte do Planeta com nos
sas cidades. Para construí-las, pegamos calcário
e areia e os convertemos em outros tipos de rocha,
Dubai, nos Emirados Árabes, é um bom
como concreto, tijolos e vidro. Também fizemos gran exemplo do poder transformador do homem.
des mudanças na biologia: além de causarmos muitas A cidade foi construida em pleno deserto. Ao
fundo, o Burj Khalifa, o mais aHo arranha-céu
extinções, transportamos animais por todo o Planeta,
já construído. Ele tem 828 m de altura.
criando o fenômeno das espécies invasoras. É difícil
achar outro ser vivo que, sozinho, tenha mudado tanto
o planeta", diz o geólogo Jan Zalasiewicz.
-----
Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Revista/CommoMl,.EMl252238-1TT71,00-
BEMVINDO+A+ERA+DO+HOMEM.html (adaptado). Acessado em 08/10/2017.
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.�.
�;
.-
Vocabulário desconhecido �
Utilizando pistas do próprio texto, estruturas, ilustrações ou mesmo fontes exter- Os textos informativos têm
nas, como dicionários, construa o sentido das palavras seguintes.
Interfiram - Provoguem distúrbios; envolvam-se em uma situação; intervenham.
:(li. o objetivo de abordar algum
tema e transmitir conheci
Glaciações - Ação exercida pelas geleiras sobre a superfície da Terra.
Soterramento - Ação ou efeito de soterrar; soterração; cobrir de terra e escombros.
�-
� .. mento a respeito dele, incluin
do dados e conceitos. Isso é o
Junção - Ato ou efeito de juntar(-se).
que acontece em reportagens
.�.
� de revistas e jornais, verbetes
de dicionários e enciclopé
.-
�
Para discutir
dias, artigos de divulgação
1. Qual é a intenção comunicativa do texto? científica e livros didáticos.
2. Na verdade, o texto analisado é formado por diversos textos que, juntos, com
põem uma unidade de sentido. Você consegue identificar quais são esses textos?
:(li. Os leitores, quando têm
�·t:·
3. Como você pode perceber, os textos que você identificou ao responder a pergunta �: em mãos um texto informa
acima são compostos de uma mistura de textos verbais e não verbais. Essa com tivo, têm a expectativa de
binação favorece ou dificulta a intenção comunicativa desses textos?
aprender alguma coisa com a
..
leitura.
�
Desvendando os segredos do texto
.
��
Escaneie o
C9 Como todo gênero textual, o texto expositivo em livro Aprenda mais! QR CODE.
:(li.
didático é marcado por características bem definidas
relacionadas tanto à sua estrutura quanto à sua fun O uso de imagens
�·t:·
ção social. Discuta com o professor e com seus cole Os textos escritos em que
gas a respeito das questões seguintes. predomina a exposição de in �:
formações normalmente são
acompanhados de imagens
a) Identifique algumas características dos textos ex que se associam ao texto prin
positivos em livros didáticos associadas à sua es cipal. A função dessas ima
.�-.
gens, em geral, é complemen
trutura e função social. tar o texto e prender a atenção
do leitor. Já nos textos expo
�; '
Frases curtas e diretas, associação entre textos ver
.
sitivos de livros didáticos, as
imagens são usadas funda �
bais e imagens, complementação das informações
mentalmente com objetivo pe
por meio de infográficos, fotos e legendas, organiza dagógico, ou seja, para facilitar
o entendimento do leitor.
ção visual clara, divisão do conteúdo em títulos e sub
títulos, etc. :(li. Com a rapidez da Inter
f,
( Capítulo 4 X.._1_1_s __
1 LPemC_ME_2019_6A_Cap4.indd 175 21/07/19 23:51 1
b) Tendo em vista a função social desse texto, o que aconteceria caso fossem retira
das todas as imagens?
O texto perderia informações importantes e, por esse motivo, teria o seu entendimen
to prejudicado.
@ Nos textos expositivos em geral, a utilização de imagens é muito comum, pois elas
tanto contribuem para o enriquecimento informativo quanto chamam a atenção do
leitor para o texto. No entanto, as imagens não podem ser colocadas de qualquer ma
neira. Elas têm de ser acompanhadas de uma legenda, um pequeno texto informativo
que as relaciona ao texto principal. Pensando nisso, analise a imagem e a legenda
abaixo e responda às questões propostas.
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_ .. 'ti
b) Além de estar associada ao texto principal, podemos dizer que essa legenda traz
para o leitor uma informação nova. Que informação é essa?
A informação de que o processo de resfriamento da terra pode ter durado bilhões de
anos.
1 7 6
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e) A informação passada na legenda pode ser conferida pelo leitor em outro texto:
a tabela Escala geológica de tempo (veja a página 74 da reprodução). Identifique
essa informação na tabela.
A informação referente ao resfriamento da Terra está presente na exposição sobre a
era Pré-Cambriana, que durou aproximadamente 3,9 bilhões de anos.
a) Nesse parágrafo, há uma palavra destacada em negrito. Reflita: por que esse des
taque foi utilizado?
O destaque foi utilizado para chamar a atenção do leitor para a compreensão de uma
informação importante.
Dados
Local: Maracanã, Rio de Janeiro.
Data: 15 de fevereiro de 2018.
Autoria: CP DC Press.
Origem: Shutterstock.
( Capítulo 4 X 1 11
..__ ___
Aparecimento do
Domínio dos
dinossauros Homo sapiens
Plantas de arcaico
terra firme (23:59:30)
Formação da Terra
Fósseis mais antigos
de organismos
multicelulares
Rochas mais antigas
conhecidas
Fósseis mais
antigos
Primeiros
organismos
fotossintetizantes
Fósseis mais antigos
de seres eucarióticos
Acúmulo de gás
oxigênio na
atmosfera
Podemos dizer que o principal objetivo desse gênero textual é chamar a atenção do
leitor para a leitura do texto mais amplo do qual ele faz parte, principalmente devido
ao seu apelo visual. Assim, em uma reportagem, por exemplo, muitas vezes o leitor
direciona a sua atenção apenas para o infográfico, que acaba dispensando a leitura
do texto como um todo. Já em um texto expositivo em livro didático, esse gênero
pode funcionar como um resumo das informações estudadas.
Pensando nisso, responda às questões propostas.
( Capítulo 4 X.._1_79
___
Nesse exemplo, dizemos que o termo vacas magras foi empregado com sentido deno
tativo, isto é, no seu sentido literal, básico. É o que não acontece em:
A definição de conotação
e denotação que trouxemos
teve como base a reflexão fei
ta por Azeredo (2008). Anotações
AZEREDO, José Carlos de (2008).
Gramática Houaiss da língua portu
guesa. São Paulo: Publifolha/ Insti
tuto Antonio Houaiss.
{j Você já leu algum livro escrito por um autor de outro país? Livros estrangeiros que
chegam ao Brasil precisam passar por um processo de tradução, e o tradutor é o pro
fissional responsável por esse trabalho. Para realizar uma boa tradução, o tradutor
precisa, entre outras coisas, dominar a língua de origem do texto e o português, o que
inclui conhecer bem a cultura do país de origem do material e a nossa cultura. Nor
malmente, ele procura adequar certos termos e expressões utilizados, por exemplo
em inglês, para as nossas expressões brasileiras. E tudo isso, muitas vezes, requer
um conhecimento sobre o sentido denotativo e conotativo das palavras.
( Capítulo 4 X 1 83
..__ ___
Proposta
A seguir, reproduzimos a página de um livro de Ciências em que é abordado o tema
Sugestão de abordagem biosfera. Como você verá, o conteúdo não está finalizado. Alguns termos devem ser desta
cados em negrito, para chamar mais a atenção do leitor; as legendas não estão feitas; e o
infográfico deve ser complementado. Nesta atividade, portanto, você deverá finalizar essa
Na atividade proposta, página acrescentando essas informações. Para isso, imagine que é o autor deste material
e que o seu público-alvo são estudantes do 6° ano, como você.
incentive o uso de recur
sos adequados à produção
Planejamento
de legendas, dando atenção
1. Antes de iniciar o trabalho, leia com atenção o texto. Isso será fundamental para identificar
à linguagem mais usual, à os termos que deverão ser destacados de negrito. Assim que os encontrar, sublinhe-os.
apresentação da estrutura do 2. Para produzir as legendas das fotografias, é interessante pesquisar um pouco mais
sobre o tema a fim de preparar legendas que acrescentem informações. Assim, em vez
texto, aos recursos gramati de escrever uma legenda como Girafas caminhando, que é óbvio, procure produzir um
cais, etc.; bem como planejar texto que enriqueça e complemente o texto didático.
3. Por fim, para complementar o infográfico, reflita bem sobre as informações presentes
o que se vai escrever e revisar. no texto.
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A biosfera
O termo biosfera foi sugerido por Eduard Suess em 1875. Mas apenas
em 1930 começou a ser aplicado para se referir àquilo que conhecemos
hoje.
( Capítulo 4 X__1_ss___
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Epinociclo
Atmosfera
Limnociclo
Talassociclo
Hidrosfera
Hidrosfera Litosfera
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Avaliação
Peça a um colega para avaliar a sua produção antes de apresentá-la ao seu professor.
Nessa avaliação, você e seu colega deverão observar os seguintes questionamentos:
Aspectos analisados
o o
Os termos circulados no texto realmente são relevantes para a
compreensão do conteúdo, sendo necessário o uso do negrito para
destacar essa função?
As legendas produzidas para as fotos estão complementando o
o o
o o
conteúdo exposto no texto didático?
As legendas foram escritas de forma clara e direta?
Os termos acrescentados ao infográfico correspondem ao conteú
do exposto no texto? o o
A evolução do infográfico
É fácil perceber hoje que o infográfico é um gênero textual muito rico visualmente, mas nem sempre foi assim.
Quando comparamos infográficos mais antigos com os mais recentes, notamos que há uma proliferação de ima
gens e uma riqueza visual muito maior, resultado tanto do conhecimento técnico de que dispomos hoje quanto
dos recursos tecnológicos atualmente disponíveis. Para perceber melhor essa diferença, observe a seguir dois
infográficos sobre o mesmo tema (fotossíntese) - um produzido em 1986 e outro produzido em 2016, portanto
30 anos depois.
4. A folha
Luz do Sol
1. Os cloroplastos
capturam a energia.
2. Água entra
na folha.
Revista Amae Educando, n• 179, maio 3. co 2 entra na
de 1986.
folha através
dos estômatos.
ARAÚJO, Aderbal; ARAÚJO, Maria Christina. Biologia. 1 ° ano do Ensino Médio. Recife:
Construir, 2016.
( Capítulo 4 X__
1_s1___
( Capítulo 4 X.._1_89
___
BNCC comprida) e uma longa unha nas patas dianteiras eram suas principais armas de
defesa. Muitos saurópodes não possuíam mandíbulas e dentes apropriados para
masti ar.
Habilidades gerais
EF69LP03 EF69LP42
Mobilidade - Característica do que é móvel; o que tem facilidade de se mover.
EF69LP43
antes de iniciar o trabalho com Uma nova espécie de dinossauros está sendo descrita.
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@ Imagine que você é repórter de uma grande revista do País e seu público é bastante
exigente. Como você noticiaria a descoberta do Qijianglong? Crie um título e um lide.
Resposta pessoal.
@ Agora, imagine que você é repórter de um jornal popular e seu público está interes
sado apenas em notícias rápidas e bem-humoradas. Elabore um título e um lide para
noticiar essa descoberta.
Resposta pessoal.
CJ Uma das grandes habilidades linguísticas que possuímos é a capacidade de ler o que
não foi escrito, ou seja, entender o que não foi dito explicitamente. É o que acontece
no último quadrinho da tira abaixo.
S-e-'r'o...�hri
Diz Flávia... Diz Sérgio.. Diz Hugo. Diz Marcos... Diz Cláudio...
Analisando o texto e a sequência dos quadros, percebemos o que não foi dito pelo
personagem Serafim: quem machucou o seu braço foi Alice.
Do mesmo modo, as questões a seguir abordam exatamente informações que não
foram ditas na notícia, mas podem ser facilmente percebidas durante a leitura. Pro
cure responder a elas com atenção.
a) Tetsuto Miyashita é identificado no texto como um investigador envolvido no es
tudo do Qijianglong. Para você, qual palavra poderia ser empregada no lugar de
investigador para definir melhor a profissão de Tetsuto?
Espera-se que os alunos identifiquem o investigador como paleontólogo.
( Capítulo 4 X.._1_9_1
__
e) O Qijianglong possuía um pescoço muito longo. É correto pensar que ele possivel
mente o utilizava para se defender de outros dinossauros que o atacavam pelos
BNCC lados? Explique.
Não. Como este dinossauro possuía um pescoço muito duro, com maior mobilidade
Habilidades gerais na vertical do que na horizontal, ele não o utilizava para realizar movimentos bruscos
(J Jornais impressos e revistas normalmente são divididos em seções, nas quais são
Habilidades específicas publicados textos que se relacionam. Assim, na seção de arte, por exemplo, são pu
blicadas notícias com tema artístico, como filmes, peças de teatro, música, etc. Iden
EF06LP01 EF67LP06 tifique nas seções apresentadas abaixo aquela(s) em que a notícia estudada pode
EF67LP37 ser encaixada.
a) Saúde.
b) Cultura.
)(ciência.
d) Diversão.
)(Mundo.
Sugestão de abordagem f) Política
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Anotações
Formal X informal
Como vimos no Capítulo 1, é muito importante as pessoas saberem se expressar de acordo com a situação
comunicativa. Ou seja, é preciso estarmos atentos ao contexto de uso da língua para nos expressarmos de ma
neira adequada: formal ou informal.
Essa regra serve para todos os textos. Assim, em um texto expositivo de livro didático, o mais adequado é usar
a língua de maneira formal, pois o objetivo principal é passar informações para o leitor de forma clara e objetiva.
Já nos infográficos e nas notícias, a opção pela formalidade ou informalidade depende da linha editorial e do
público-alvo do veículo de comunicação que publicará o texto.
@ Nas notícias, é muito comum utilizar declarações de pessoas envolvidas nos fatos
relatados ou de pessoas que os testemunharam. Na escrita, essas declarações são
indicadas pelas aspas. Observe:
"O Qijianglong mostra que os dinossauros de pescoço comprido diversificaram-se
em formas únicas na Ásia durante o período Jurássico - algo de muito especial
aconteceu naquele continente".
a) De quem é a declaração feita nesse trecho? sos gráficos, os jornais são uma
Do investigador Tetsuto Miyashita. fonte respeitada para pesquisa e
obtenção de informação sobre o
b) Essa declaração é feita utilizando o discurso direto ou indireto?
mundo atual. Além disso, eles se
Discurso direto.
modernizaram e passaram por
e) Essa declaração dá mais credibilidade à notícia? Explique. reestruturações gráficas e edi
Sim. Porque mostra a fala de um especialista que está envolvido com os fatos rela toriais para proporcionar leitura
tados. mais agradável de seu conteúdo.
O Como vimos na notícia, as declarações foram feitas por um cientista envolvido na Para um jovem tomar gosto
descoberta do Qijianglong. No entanto, a escolha do entrevistado que fornecerá as pelos periódicos, o primeiro pas
declarações é variável, isto é, depende de inúmeros fatores, como os objetivos que
o jornalista pretende alcançar com a sua notícia. Por exemplo: a descoberta de uma
so é acabar com a ideia de que
espécie de dinossauro poderia despertar em um cineasta a intenção de produzir um jornal é coisa de "gente grande".
filme sobre esse fato. Logo, para produzir uma notícia para a seção de cultura, o jor
Dentro da variedade de assun
nalista poderia solicitar declarações desse cineasta. Imagine que você vai produzir
notícias que serão publicadas por um dos maiores jornais impressos do Brasil. Que tos abordados, certamente são
pessoas/profissionais você procuraria para declarar algo sobre: encontradas notícias locais ou
a) Um desastre aéreo em que morreu um artista muito conhecido e respeitado (notí de entretenimento que atraem
cia para a seção de cultura).
também os mais novos. É impor
Sugestão de resposta: Artistas amigos da vítima, parentes, fãs, etc.
tante fazer os alunos se relacio
narem com o jornal como se fos
sem leitores comuns: eles devem
manuseá-lo por inteiro (não só
textos recortados), aberto sobre
uma mesa, no chão ou dobrado;
O uso de smartphones juntamen e buscar os cadernos que mais
te à Internet pode corroborar para lhes interessam, vendo fotos e
Jornal na sala de aula: leitura e
que os jovens se interessem pela lendo títulos, subtítulos e o início
assunto novo todo dia
leitura de jornais. Essa não é uma de cada reportagem, para saber
O trabalho com jornais, além de am tarefa das mais fáceis, no entanto se vale seguir até o final.
pliar o universo dos alunos, ajuda a é fundamental para formar leitores Disponível em: https://novaescola.org.
formar leitores competentes e torna habituais e cidadãos informados. br/conteudo/324/leitura-de-jornal-na
as suas aulas mais interessantes e Trazendo textos com caracterís sala-de-aula. Acesso em: 13/06/2019.
Adaptado.
interativas. ticas distintas, fotografia e recur-
( Capítulo 4 X.._1_93
___
Habilidades específicas d) A prisão de um homem acusado de assaltar comerciantes em sua cidade (notícia
para a seção de vida urbana).
EF06LP01
Sugestão de resposta: Policiais responsáveis pela prisão, o delegado que investigou
EF67LP06
o acusado, vítimas, etc.
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Sugestão de abordagem
(O Agora, imagine que você é o editor do jornal do seu bairro. Que problemas ou atrati
vos seu bairro apresenta? Produza cinco manchetes sobre esses temas para compor
o seu jornal.
Anotações
a) Resposta pessoal.
Sugestão de abordagem
Caso os alunos apresentem é válido para a questão seguinte, das notícias, como o emprego de
dúvidas na realização da ativi pois, como tem uma circulação res verbos no presente do indicativo
dade 1 O, podemos orientá-los no trita, o jornal do bairro deve abordar e o uso de maiúsculas apenas na
sentido de selecionar as man notícias da própria comunidade. É primeira letra, ressalvando-se os
chetes que sejam de interesse importante comentar que normal casos em que ela é necessária.
da maior parte de seus leitores. mente os jornalistas seguem algu
Esse critério, evidentemente, não mas regras na elaboração do título
( Capítulo 4 X.._1_95
___
( Capítulo 4 X.._1_97
___
Tanto a elipse quanto o zeugma são figuras de linguagem que possibilitam mais dina
mismo na comunicação, evitando a expressão ou repetição desnecessária dos termos.
6. Pleonasmo
Consiste na repetição de um termo da oração ou do significado de uma palavra ou ex-
pressão, isto é, alguma informação é repetida desnecessariamente.
Hemorragia de sangue.
Elo de ligação.
O falar de todos os dias e as Os outros defeitos, percebi-os todos.
figuras de linguagem Subir para cima.
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Anotações
9. Ironia
Consiste no uso de uma expressão pela qual dizemos o contrário do que pensamos com
intenção sarcástica e entonação apropriada.
Se-l'"Qf;w,
10. Eufemismo
Consiste na suavização de um fato trágico, desagradável, por meio de uma expressão
mais suave.
( Capítulo 4 X 1 99
..__ ___
■F-.!So,r
ESTAMOS
DEVORANDO
O PLANETA
BNCC
Habilidades específicas
EF67LP28 EF67LP38
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e Nos textos abaixo, identifique os trechos em que há linguagem conotativa.
A
Diálogo com o professor
Os nobres estavam enlouquecidos pelas novas possibilidades de consumo de espe 1 nteressante observar que a
ciarias. Especiarias eram produtos vindos do Oriente que tinham um pequeno volume,
hipérbole (do grego hyperbolé,
mas um alto valor no mercado europeu - por exemplo, cravo, canela, noz-moscada,
gengibre e pimenta; além de produtos como açúcar e sal, que eram raros ou inexis ação de ultrapassar ou passar
tentes na Europa. Todos esses condimentos trabalhavam para a preservação dos por cima) funciona, de fato,
alimentos e alteravam seu sabor, para melhor, é claro. Outras especiarias eram seda,
ouro e marfim, materiais de luxo, para confecção de vestimentas e joias. como um recurso linguístico
MENEZES, Fernando; SALVARI, Fábio. História contextualizada. 7ri. ano. Recife: Construir, 201 O. p. 89.
de modalização, justamente
B devido à superlatividade da
Gênova e Veneza, cidades italianas, souberam aproveitar bem esse comércio e enri expressão. Por meio da hi
queceram revendendo esses produtos para toda a Europa. Havia um acordo entre os
italianos e os árabes: apenas eles tinham o monopólio do comércio oriental.
pérbole, expressamos o nos
MENEZES, Fernando; SALVAR 1, Fábio. História contextualizada. 7n ano. Recife: Construir, 201 O. p. 92. so envolvimento e o nosso
C, A ironia é a base constitutiva do humor nas frases que seguem, pois é a possibilida
interesse pelo que falamos. O
de de perceber o inverso do sentido mais imediato das frases apoiado no conheci exagero amplia nosso posi
mento sociocultural que gera o humor. Leia as frases e explique qual é esse sentido
cionamento sobre o conteúdo
inverso.
a) Advogado: Esse processo é rápido. de nossos enunciados, de
Será um processo lento. nunciando nosso juízo pas
sional sobre eles. Na prática,
b) Ambulante: Qualquer coisa volta aqui que a gente troca.
falamos mais para significar
Se acontecer qualquer problema com a mercadoria, ela não será trocada.
menos, e essa estratégia im
e) Anfitrião: Já vai? Ainda é cedo! pulsiona nossos argumentos.
Ele quer que a visita vá embora imediatamente.
Sugestão de abordagem
A linha e o linho
b) Nesse texto, linho é o masculino de linha? Explique.
Embora formalmente linho não seja o masculino de linha, o autor brinca com as pa
lavras utilizando as terminações de masculino (-o) e feminino (-a), dando a ideia de
complemento: ele se complementa com a mulher amada, assim como a linha e o
tecido (o linho).
( Capítulo 4 X__
2_03
___
1. Metáfora
Segura teu filho no colo / Sorria e abraça os teus pais enquanto estão aqui / Que a
vida é trem bala, parceiro/ E a gente é só passageiro prestes a partir.
Trem bala, de Ana Vilela
2. Antítese
Eu nunca mais vou respirar/ Se você não me notar/ Eu posso até morrer de fome/
Se você não me amar.
Exagerado, de Cazuza
3. Metonímia
Olha nos meus olhos/ Me diz se isso é loucura/ Que eu mudo o teu amor/ De Platão
pra Neruda.
De Platão pra Neruda, de Lorena Chaves
4. Comparação
Sou uma gota d'água/ Sou um grão de areia/ Você me diz que seus pais não te en
tendem/ Mas você não entende seus pais.
Pais e filhos, de Legião Urbana
5. Personificação
Estranho é gostar tanto do seu AII Star azul/ Estranho é pensar que o bairro das La
ranjeiras/ Satisfeito sorri quando chego ali.
Ali Star, de Nando Reis
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)( O texto 2 tem como figura de linguagem a hipérbole.
b) Os textos 1, 3 e 5 foram relacionadas de forma incorreta.
c) Há, na verdade, uma personificação no texto 4, que diz: "Sou uma gota d'água".
d) O texto 5 não apresenta figura de linguagem.
e) Todas as músicas foram relacionadas corretamente com sua respectiva figura de
linguagem.
( Capítulo 4 X__2_os___
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Proposta
Agora, imagine que trabalha como jornalista em uma revista de História para adultos
interessados em curiosidades históricas e que gostam de ler textos leves e descontraídos.
Sua missão será escrever uma notícia a partir de uma das imagens a seguir:
Imagem 2
Imagem 3 Imagem 4
Planejamento
Apesar de o seu texto ser uma notícia, você precisará de uma boa dose de imaginação
para produzi-la, pois os fatos apresentados não serão reais.
Para produzir uma boa notícia, procure planejar a sua produção com base nestas dicas:
Pense no seu público-alvo: leitores adultos interessados em curiosidades históricas e
que se interessam por textos engraçados. Para esse público, é melhor utilizar uma lingua
gem formal ou informal? No seu texto, haverá mais espaço para a denotação ou a cono
tação?
Defina as respostas para as perguntas básicas que normalmente estruturam as notí
cias: Quem? O quê? Quando? Onde? Por quê?, etc.
Procure enriquecer o seu texto com declarações de pessoas ligadas ao fato relatado.
Da mesma forma que as imagens utilizadas nos textos didáticos e nos infográficos, as
notícias também podem ser enriquecidas com imagens ilustrativas acompanhadas de le
genda. Escreva uma legenda para a imagem que serviu de base para a sua produção.
Assim que finalizar o seu texto, redija um título e um lide para ele.
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Sugestão de abordagem
Avaliação
Para avaliar o seu texto, releia-o com atenção observando os seguintes aspectos: Para finalizar a discussão
Aspectos analisados
a,cm
o o
feita até aqui e depreender al
gumas conclusões, podemos
o o
Você produziu um título e um lide com clareza e objetividade?
lançar estas perguntas:
o o
O fato relatado é interessante para o seu público-alvo?
1. O que é imparcialidade?
o o
A linguagem empregada foi adequada para o seu leitor?
2. O texto jornalístico
o o
Você lançou mão da conotação para tornar o seu texto interessante?
deve ser imparcial?
o o
Você respondeu às perguntas básicas que envolvem as notícias?
Seu texto apresenta declarações de pessoas ligadas ao fato relatado? 3. O que um texto jor
Você produziu uma legenda adequada para a fotografia utilizada
como tema? o o nalístico parcial pode
acarretar?
A escrita em foco
BNCC
Encontro consonantal
Habilidades gerais
Chamamos de encontro consonantal a sequê eia de dois ou mais fonemas consonân
ticos em uma mesma palavra. Observe os exemplos.
EF69LP06 EF69LP07
EF69LP35 EF69LP36
distribuir, degrau, madrugada, placa, estrela, Bíblia, procedimentos, prazer EF69LP43
Os encontros consonantais podem ser separáveis ou inseparáveis.
Habilidades específicas
Separáveis - ocorrem em sílabas diferentes.
EF67LP06 EF67LP09
ap-to dig-no ab-so-lu-to ad-mi-tir EF67LP10 EF06LP01
sub-me-ter in-cóg-ni-to et-nia con-cep-ção
EF06LP11 EF06LP12
Inseparáveis - ocorrem na mesma sílaba.
Flamengo - Framengo
bicicleta - bicicreta
Nossa tradição educacional blusa - brusa
clima - crima
sempre negou a existência de bloco - broco
uma pluralidade de normas lin
Essa troca pode ser inadequada dependendo da situação, mas não impede a comuni
guísticas dentro do universo da cação entre as pessoas.
língua portuguesa; a própria es
cola não reconhece que a norma Divisão silábica
padrão culta é apenas uma das Como consequência de tudo o que vimos até agora sobre fonética, chegamos às regras
muitas variedades possíveis no de divisão das sílabas. Usamos o hífen(-) para indicar a separação das sílabas:
uso do português e rejeita de • Não separamos as letras que representam ditongos e tritangos.
forma intolerante qualquer ma cai-xa Pa-ra-guai
nifestação linguística diferente,
tratando muitas vezes os alunos
como "deficientes linguísticos".
Marcos Bagno argumenta que
falar diferente não é falar erra férias na chácara da professora sem a encarar de uma nova ma
do e o que pode parecer erro no Irene. Sempre muito dedicada, Ire neira as variedades não padrão
português não padrão tem uma ne se reúne todos os dias com as da língua portuguesa. A novela
explicação lógica, científica (lin três professoras do curso primário, flui em diálogos deliciosamente
guística, histórica, sociológica, transformando suas férias numa informativos. A língua de Eulália
psicológica). Para explicar essa espécie de atualização pedagógica, trata a sociolinguística como ela
problemática, o autor reúne no em que as "alunas" reciclam seus deve ser tratada: com seriedade,
livro A língua de Eulália as uni conhecimentos linguísticos. Mais mas sem sisudez.
versitárias Vera, Sílvia e a es do que isso, Irene acaba criando um
perta Emília, que vão passar as apoio para que as "meninas" pas-
• Não separamos da sílaba anterior as consoantes que não forem seguidas de vogal.
cap-tar ap-to ad-vo-ga-do
( Capítulo 4 X__
2_09___
{J Estudar uma língua implica apreender suas regras de funcionamento, seja do ponto
de vista macroestrutural, como o texto, o discurso, seja na microestrutura, como o
interior das palavras, das sentenças. Quando estudamos fonética, debruçamo-nos
sobre esses aspectos linguísticos iniciais da estrutura das palavras, compreendendo
o que são vogais, consoantes, encontros vocálicos, encontros consonantais, dígra
fos, e, na divisão silábica, acionamos todos esses conceitos. Observe as palavras a
seguir e marque a alternativa em que a separação silábica do trio de palavras está
correta.
a) As-cen-der, des-aten-to, fi-xar.
b) Bru-xi-nha, gno-mo, ca-ptar.
e) Sa-u-da-de, guer-ra, ma-nha.
d) Qui-se-sse, des-cen-dên-cia, mo-li-nho.
)(Pa-ra-guai, psiu, gra-tui-to.
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(9 Para receber 1 O pontos extras em um exercício, Marcos precisa acertar a divisão si
lábica das 1 O palavras a seguir.
Ó Você já sabe que o dígrafo acontece quando há o emprego de duas letras para repre
sentar um só fonema e que ele pode ser separável ou inseparável. Leia os vocábulos
a seguir e marque a alternativa que apresenta apenas dígrafos separáveis.
a) Exceto, banha, passarinho.
b) Carrinho, chaveiro, queijo.
e) Conselho, guerrilha, desenho.
)(( Excesso, descer, carruagem.
e) Lhama, cheiro, desenho.
C, O único item em que, pela ordem, não ocorre ditongo, dígrafo e encontro consonantal é:
)<(quis/ obscura/ guerra.
b) aguardam/ porque/ explosões.
e) corações/ humilhados/ presença.
d) gratuito/ amanhã/ lavradores.
e) creio/ guerra/ reconstruídas.
( Capítulo 4 X___
2_1 _1 --
3
4
Por trás das
câmeras
6
9
8
O infográfico é um gênero textual muito utilizado atualmente como ferramenta de apoio para textos informati
vos em geral. A intenção é organizar as informações e apresentá-las junto a imagens, o que facilita a assimilação
por parte do leitor e atrai a sua atenção. Assim, na infografia, textos verbais e imagens são interdependentes.
@ O infográfico que você leu nas páginas 212 e 213 foi publicado pela revista Mundo
Estranho. Como você definiria a linha editorial e o público-alvo dessa revista?
BNCC A Mundo Estranho é uma revista de curiosidades científicas cujo público-alvo é for
mado por pré-adolescentes e adolescentes.
Habilidades gerais @ Como vimos neste capítulo, o infográfico é um gênero textual que utiliza, simultanea
mente, as linguagens verbal e não verbal. Ou seja, nesses textos de linguagem mista,
EF69LP03 EF69LP07 a imagem e as informações são entrelaçadas.
EF69LP12 EF69LP40 a) Qual é a função dos desenhos apresentados no infográfico?
EF69LP43
b) Na elaboração de um infográfico, é fundamental organizar as informações e dosar
Habilidades específicas bem a relação entre textos e imagens. Textos muito grandes, por exemplo, tornam
a leitura cansativa. Já um volume acentuado de imagens pode confundir o leitor.
EF06LP01 EF67LP03 Assim, é importante orientar o percurso que ele deve realizar. Que recursos foram
EF67LP07 EF67LP09 utilizados a fim de guiar o leitor?
Para orientar a leitura, os textos foram enumerados, e a sequência de leitura é refor
çada pelas setas amarelas.
21 x
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b) Que figura de linguagem está presente nessa classificação?
Antítese.
Mídias em contexto
@ Nesse texto, a autora relata como foi sua visita ao Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
Ao produzir esse relato, ela utiliza uma linguagem imparcial, neutra? Explique.
Não. A autora utiliza linguagem argumentativa, procurando defender seu ponto de
vista sobre a visita.
"[...] segundo pela vista acachapante que se tem da Cidade Maravilhosa a partir
do Cristo."
"[...] mas foi o suficiente para ver com clareza a imagem inteira do Cristo, alta,
altiva, esta, sim, acachapante."
( Capítulo 5 X__
2_19___
( Capítulo 5 X__
2_2 _1 --
As questões 1 e 2 da seção
Badalação - Vida socia l muito ativa; muito divertimento.
Para discutir são de cunho pes
Sinuosas - Com muitas curvas .
soal.
Para as questões 3, 4 e 5, pro
pomos estas respostas:
3. Quer dizer que lá é muito
Narrar ou relatar?
comum supervalorizar a
Há muitas diferenças entre os tipos textuais relato e narração, mas a principal diz respeito à essência dos
beleza do corpo. fatos. Como vimos nos três primeiros capítulos deste livro, a narração não tem compromisso com a realidade.
Assim, não há limites precisos entre a ficção e o real.
4. Sim, principalmente pelos Já o relato é uma "narração" cujo objetivo é registrar fatos reais. De origem latina, a própria palavra relato (re,
novamente+ /atum, trazido) já carrega em si o sentido de "trazer o acontecimento de novo". Assim, quem faz um
costumes que lá são co relato tem conhecimento sobre os fatos que relata, seja por experiência própria, seja porque ouviu quem teste
munhou os acontecimentos. Por esse motivo, o relato é o tipo textual que predomina em gêneros como relato de
muns, mas aqui não. viagem, notícia, depoimento, biografia, etc.
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Desvendando os segredos do texto
@ Um relato se distingue de uma narração por vários motivos. No relato, por exemplo,
os fatos relatados realmente foram vivenciados por quem os relata, enquanto na nar
ração os fatos são imaginários. Pensando nisso, responda:
@ No final do primeiro parágrafo desse relato de viagem, o autor escreve que "esta
va em dúvida entre explorar a riqueza arqueológica ou explicitar a liberalidade nas
praias". Qual desses aspectos ele preferiu abordar no seu texto?
Explicitar a liberalidade nas praias.
C', No terceiro parágrafo, o autor identifica o Parthenon como uma construção impo
nente. Em qual das opções a seguir a palavra destacada pode ser substituída pela
palavra imponente da mesma forma como foi usada no texto?
a) As roupas que meu pai usa são enormes.
)<( O Cristo Redentor é uma obra de arte grandiosa.
e) Este mamão é muito grande.
d) Este problema é muito mais simples do que parece.
e) Brasília é uma cidade de arquitetura belíssima.
( Capítulo 5 X__
2_23___
() No quarto parágrafo, o autor faz a seguinte afirmação: "O transporte em ferry é a for
ma mais utilizada para a locomoção entre as ilhas". Assim, podemos dizer que:
a) A única maneira de se locomover entre uma ilha e outra da Grécia é utilizando o
ferry.
Em As viagens de Marco )(Existem outros meios de transporte entre as ilhas gregas, mas o ferry é o mais
Polo, podemos perceber cla comum.
e) O ferry é um meio de transporte aéreo.
ramente a intenção do viajan d) O ferry é muito utilizado porque é um barco artesanal que possibilita um passeio
te de difundir o conhecimento sem pressa entre uma ilha e outra.
e) O ferry só pode ser utilizado durante o dia.
do mundo oriental, até então
desconhecido, o que tornou a
obra uma das mais importan
tes do século XIII na Europa. Das estrelas para a palma da mão
Seu grande trunfo foi relatar Muitos anos antes da tecnologia GPS, o ser humano aprendeu a se localizar observando as estrelas. No século
XVI, por exemplo, o Cruzeiro do Sul foi muito importante para os navegadores europeus que saíam em busca de
detalhadamente o que viven- novas terras. Por meio da observação dessa constelação, que só pode ser visualizada no Hemisfério Sul, os nave
gadores encontravam a direção sul. Não existia a facilidade de ir ao Google Maps ou ao Waze, aplicativos que nos
c1ou e as imagens 1mpress10-
• ■ ■ ■
auxiliam bastante hoje em dia ao calcular as melhores rotas para chegarmos aos lugares e o tempo de viagem.
Naquele tempo, as rotas eram feitas na base de cálculos matemáticos à mão.
nantes sobre a Pérsia, a Mon
gólia, a China e o Japão. Na
época, o livro foi visto como @ Qual destes meios de transporte é um ferry?
um audacioso e imaginoso b)
a)
conjunto de mitos e lendas, e
muitos tacharam Marco Polo
de mentiroso.
Vale a pena conferir a tra
dução do livro feita por Carlos
Heitor Cony e Lenira Algure.
Anotações
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e) d)
Shutterstock.com Shutterstock.com
f)
Shutterstock.com Shutterstock.com
h)
Shutterstock.com Shutterstock.com
(à No sexto parágrafo, o autor afirma: "Na cidade, as ruas labirínticas estão coalhadas
de lojas de grife". Qual das frases abaixo tem o mesmo sentido dessa afirmação?
X Na cidade, as ruas labirínticas estão completamente cheias de lojas de grife.
b) Na cidade, as ruas labirínticas têm poucas lojas de grife.
e) Na cidade, as ruas labirínticas não têm lojas de grife.
d) Na cidade, é proibido abrir lojas de grife.
e) Na cidade, as ruas são labirínticas porque têm muitas lojas.
( Capítulo 5 X__
2_2s___
Substantivo
XAXADO/Antonio Cedraz
BNCC
Habilidades gerais
EF69LP05
EF69LP56 O humor dessa tirinha está no duplo sentido da palavra galo. No uso cotidiano, essa
palavra pode ser empregada com vários sentidos. Na tira, ela tanto pode designar a ave
(forma masculina de galinha) como um machucado causado por uma pancada na cabeça.
Habilidades específicas Assim, podemos dizer que galo é uma palavra que usamos para nomear coisas que pode
EF06LP04 mos entender como substâncias, por isso é um substantivo.
Substâncias
Substantivo é a palavra
que usamos para designar
Computador, Zé Mário, livro, maçã, Sol, carro,
o que chamamos de objetos
cometa, papel, caneta, violão, mangueira, sapo substantivos, ou seja, subs
Diálogo com o professor ti, casa, rua, apartamento, televisão, sofá, cama, tâncias e todos os objetos que
podemos apreender mental
café, comida, almofada.
mente como substâncias.
1. um modo de significar;
2. um conjunto de aspectos
formais;
3. sua posição no interior da
oração. estados, qualidades aos substanti gramaticais que, interpostas a
O modo de significar conside vos), pronomes (referem-se aos se palavras lexicais, expressam
ra um critério lógico-semântico, res sem discriminá-los), numerais relações semânticas). Como as
que permite a distinção entre (representam quantidades exatas), interjeições não desempenham
substantivos (designam seres, advérbios (denotam circunstâncias função na estrutura sintagmáti
entidades, sentimentos, objetos, e intensidades de adjetivos e ver ca, optamos por não classificá
de forma genérica ou específi bos), artigos (precedem os subs -las como uma classe.
ca), verbos (localizam no tempo tantivos apenas para indicar se são
ações, processos e atributos), determinados - conhecidos - ou
adjetivos (conferem atributos, não) e conectivos (são palavras
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Classificação dos substantivos
Os substantivos podem ser classificados de diferentes maneiras, dependendo do que
analisamos.
Por exemplo, quando analisamos os substantivos tendo em vista sua origem, nós os
classificamos em primitivos ou derivados.
Primitivos - São substantivos que dão origem a outras palavras. Exemplos: viagem,
barco, labirinto, cuidado.
Por outro lado, se analisamos os substantivos tendo como base a sua estrutura, deve
mos classificá-los em simples ou compostos.
Compostos - São os substantivos que possuem mais de uma base. Exemplos: aero
plano, gasoduto, papa-capim, cana-de-açúcar.
( Capítulo 5 X__
2_21___
22s
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Gênero dos substantivos .�.
�;
�
Diálogo com o professor
.-
Aprenda mais!
Todo substantivo pertence a um gênero, que é uma cate
goria linguís� por isso o gênero não pode ser confundido Amigxs A autoimagem dos grupos
:(li.
com a noção biológica de sexo, que é uma categoria ex Com o grande número de envolvidos pode ter provoca
pessoas que cada vez mais
tralinguística. Assim, dizemos que o gênero é uma proprie integram as redes sociais e do mudanças de sentido em
..
dade gramatical comum aos substantivos, servindo para a comunicação acelerada, é
distribuí-los em masculinos ou femininos. comum usuários utilizarem �- alguns coletivos: turma é, a
recursos linguísticos que atin �
gem simultaneamente homens rigor, coletivo de amigos. De
Masculinos - Podem ser precedidos de o/os/um/uns. e mulheres, como em amigxs e
menin@. As letras que marcam alunos é classe.
.�.
as desinências de gênero (a e
o carro, os livros, um almoço, uns ônibus, os o) são substituídas por x ou @. Na prática escolar, no en
homens, o tamanho, uns sentimentos Esse uso informal é muito co �
mum em tweets, por exemplo. � tanto, os dois termos são
Femininos - Podem ser precedidos de a/as/uma/umas. .- usados como sinônimos.
Outro ponto importante
a sandália, a saudade, as casas, as meninas,
umas blusas, uma emoção, uma pessoa
:(li. diz respeito à relação mas
culino-feminino. Em latim,
Observe o quadro abaixo e veja como acontece a passagem do masculino para o fe
minino. �·t:·
�:
as árvores têm nomes femi
ninos, pois a figura materna
Substantivo Exemplos
gera vida (dá frutos). Línguas
..
Terminação no Terminação no
masculino feminino
Masculino Feminino � com visão animista do uni
� verso veem as coisas com
.
ora senador senadora
�
or iz ator atriz vida e alma, daí sexuadas. Há
eira lavador lavadeira povos em que a palavra para
eã
ºª
peão peã
:(li. moça é neutra, virando femi
�t:··
ão patrão patroa
�: nina quando ela se torna mãe.
ona amigão amigona
a chefe chefa
Outros casos de gêneros que
essa abade abadessa variam segundo diferentes
.�-.
e
esa duque duquesa culturas:
isa sacerdote sacerdotisa
�; '
• Sol, em português, é
�
s
z
a
marquês
juiz
marquesa
juíza . masculino, pois evoca
imagens de força e he
a onça-macho
a onça-fêmea
a criança
a testemunha
a pessoa
Comuns de dois gêneros - Podem ser usados tanto para homens quanto para mulhe
res. Nesse caso, colocamos a ou o antes desses substantivos para indicar o gênero.
o pianista - a pianista
o cliente - a cliente
o especialista - a especialista
caderno - cadernos
aluna - alunas
sapato - sapatos
Substantivo Exemplos
Terminação Terminação
Singular Plural
no singular no plural
ai ais vendaval vendavais
éis (oxítona) papel papéis
el
eis (paroxítono) túnel túneis
is (oxítona) funil funis
il
eis (paroxítono) réptil répteis
oi óis farol faróis
ui uis paul pauis
m jovem jovens
ns
n pólen polens
ãos cidadão cidadãos
ão ões fogão fogões
ães pão pães
r flor flores
es
z chafariz chafarizes
+ es (monossílabo tôni- mês meses
co ou oxítona) japonês japoneses
s
não varia (paroxítono o lápis os lápis
ou proparoxítona) o vírus os vírus
X não varia o tórax os tórax
Diminutivo
( Capítulo 5 X__
2_3_1 --
Aumentativo
Prática linguística
Se-ra..t1Vn
Fácil, Isabele. A prnf'.essora
Norma disse q_ue o substantivo concreto
a gente toca e o abstrato não.
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Diálogo com o professor
a) A compreensão da tirinha depende da leitura conjunta do texto não verbal e do
texto verbal. Pensando nisso, explique: por que a letra a foi escrita maiúscula no
primeiro balão?
A respeito da questão 2,
A letra a foi grafada maiúscula para chamar, propositalmente, a atenção do leitor. A
compreensão do texto nos permite compreender que a prova da professora Norma
encontramos apoio nas teo
seria muito difícil.
rias de nominação de Paul
Siblot e Sophie Moirand.
( Capítulo 5 X__
2_33
___
Colônia de pinguins-rei em
uma praia da Geórgia do Sul.
( Capítulo 5 X__
2_35
___
O texto De volta para Ushuaia foi escrito pelo navegador brasileiro Amyr Klink, conhecido em todo o mundo
pelas suas façanhas marítimas. Para se ter uma ideia, em 1984 ele foi o primeiro homem a atravessar o Oceano
Atlântico navegando sozinho. E o mais impressionante: a travessia foi feita em um barco a remo. Essa aventura,
ele relatou no livro Cem dias entre céu e mar.
Em 2002, Amyr terminou a etapa experimental do Projeto Viagem à China, no qual pretendia dar a volta ao
mundo por uma rota nunca antes percorrida, no Círculo Polar Ártico. Esse texto é um trecho do relato feito por ele
no seu livro Linha-d'água sobre o final dessa etapa, quando fez uma escala na Geórgia do Sul antes de voltar ao
Brasil.
@ O título do texto que você leu, De volta a Ushuaia, na verdade, é o título do capítulo 17
do livro Linha-d'água, de onde recortamos esse texto. Assim, nesse trecho do relato,
o navegador não fala de fato de sua volta a Ushuaia. A fim de deixar o tema do texto
mais claro para o leitor, que título você sugere? Importante: no seu título, utilize um
substantivo composto presente no texto.
Resposta pessoal. Sugestão: No gelo com os pinguins-rei.
@ Como vimos no início deste capítulo, muitas vezes os relatos de viagem trazem fatos
de aventura, perigo. Nesse texto, Amyr Klink relata que, na segunda vez em que de
sembarcou na estação baleeira de Husvik, passou um grande susto com seus com
panheiros. O que aconteceu?
Como a corda da âncora não estava amarrada ao bote, eles quase o perderam pouco
depois de desembarcar na praia.
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@ Sobre as informações presentes no texto, analise as afirmações a seguir marcando
V, para verdadeiro, ou F, para falso.
a) ( F) Amyr Klink relata nesse texto a primeira vez em que esteve na Geórgia.
b) ( F) O navegador não acha a Geórgia um lugar interessante.
e) (V) Amyr Klink vê a ilha da Geórgia como se fosse sua própria casa.
d) (V) As lembranças relatadas no texto nos levam a concluir que Amyr Klink sentia
saudade do lugar que visitou.
e) ( F) Embora se sentisse como se estivesse em sua própria casa, na ilha, o navega
dor se mostra pouco à vontade.
f) ( F) Amyr Klink não conhecia ninguém na baía de Gritviken.
g) (V) O navegador brasileiro já esteve outras vezes na Antártica.
Não sei se foi por me conhecer melhor ou se foi a cara de raiva que eu fiz, mas
o Fábio não pensou 2 segundos. Desceu correndo até a praia, pulando por
cima das focas, e atravessou a faixa de neve atirando pedaços de roupa pelo
caminho. O retorno até o Paratii 2 demoraria e, com roupas molhadas, seria
um sofrimento. Ele tirou tudo, até o relógio, criou coragem e se lançou pelado
nas ondas geladas, gritando como um bárbaro [... ].
a) Nesse trecho, Amyr Klink deixa claro que Fábio agiu muito rápido para salvá-los.
Retire do texto a expressão que o autor usou para relatar essa atitude.
"Não pensou 2 segundos."
b) Por que, quando desceu correndo até a praia, Fábio tirou todas as roupas?
Porque seria muito difícil nadar com as roupas molhadas, por causa do peso.
d) No trecho "Ele tirou tudo, até o relógio, criou coragem e se lançou pelado nas ondas
geladas, gritando como um bárbaro", a palavra ondas funciona como um substan
tivo. Que palavra especifica uma característica desse substantivo?
Geladas.
( Capítulo 5 X__
2_37
___
Mais protegida que as outras baías, tem, na encosta sul, uma região [... ] onde,
além de renas, há uma colônia de ginguins-papua e outra de pinguins-rei. Dri
blando os elefantes-marinhos e, sobretudo, as milhares de focas de pelo, a
maioria jovem nessa época, é possível chegar caminhando, em menos de 2
horas, às ruínas da estação.
b) Como você pode observar. Esses substantivos estão flexionados no plural. Passe
-os para o singular.
Pinguim-papua, pinguim-rei e elefante-marinho.
23s
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@ O trecho a seguir foi retirado do último parágrafo do relato de Amyr Klink. Analise-o
com atenção e, na sequência, avalie as afirmações feitas, assinalando V, para verda
deira, ou F, para falsa.
O Fábio subiu no bote e, com uma tremedeira visível [... ], nos salvou. A perda
de um bote em lugar distante, a falha de um motor, um pequeno esquecimen
to são incidentes que, num lugar de mudanças climáticas súbitas e violentas,
rapidamente se transformam em tragédia.
b) Como cheguei muito tarde, meu pai abriu a porta com uma alcateia.
Alcateia quer dizer muitas reclamações.
c) Meus arrependimentos são uma bagagem que devo carregar por toda a vida.
Bagagem quer dizer peso na consciência.
( Capítulo 5 X__
2_39
___
� Às vezes, no momento de escrever um texto, usamos a palavra coisa, que não traz
muitas informações ao leitor. Uma maneira de melhorar sua escrita é evitar usar essa
palavra de forma vaga e sem necessidade. Veja neste exercício como podemos usar
substantivos específicos para substituí-la. Observe.
b) Estas são duas coisas de que não gosto: falta de respeito e desonestidade.
Atitudes.
d) Com o pensamento centrado em alguma coisa útil, é difícil uma pessoa se perder.
Objetivo.
g) O discurso político é perigoso porque pode transmitir coisas erradas para as pes
soas.
Informações.
É hora de produzir
Numa linguagem simples
e ilustrada, Hans Staden, Antes de começar a escrever
mercenário alemão, descreve
O texto que você produzirá agora será o relato de uma viagem ou um passeio interes
acontecimentos reais vividos sante que você já fez. Enquanto estiver produzindo seu trabalho, atente para as caracte
por ele, que se aproximam do rísticas desse gênero textual.
Anotações
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merece ser registrado. Esta será sua oportunidade. Assim, procure recordar uma viagem
ou um passeio marcante e o relate para seus colegas e seu professor procurando deixar
claro para eles por que essa experiência foi inesquecível.
Saber escrever é, hoje,
mais do que nunca, uma ne
Planejamento
cessidade de sobrevivência
Nos relatos de viagem, é muito importante descrever os aspectos mais importantes -
como paisagens, clima, perigos, distância, etc. Essas informações permitem ao leitor ter em sociedades como a nos
uma ideia de como eram os locais visitados e como foi a sua experiência. Assim, ao escre sa, onde tudo, ou quase tudo,
ver seu relato, procure deixar claras informações importantes, como:
1. Para onde foi feita a viagem? é intermediado pela escrita. A
2. Quem realizou essa viagem com você? escola, infelizmente, costuma
3. Qual foi o meio de transporte que vocês mais utilizaram?
4. Vocês enfrentaram frio ou calor?
ensinar a produção textual de
5. Como era o lugar para onde vocês viajaram? forma inadequada, e isso, em
6. Como era a paisagem que vocês viram durante a viagem?
vez de contribuir para que o
suJe1to adquira proficiência
Avaliação
na escrita, ajuda a promover
Trabalhando com um colega, vocês avaliarão o texto um do outro. Para isso, preencham
a tabela abaixo. bloqueios e temores em re
Aspectos analisados
a,cm
o o
lação a essa prática. A esco
la criou um modelo de texto
o o
Há descrição dos locais visitados?
chamado de redação escolar,
o o
Os fatos relatados seguiram uma ordem cronológica?
cuja serventia no mundo real
o o
As informações selecionadas ficaram claras?
_.
O relato do seu colega precisa ser reescrito? é nula. O aluno escreve so
mente para o professor ler,
sem função social ou para
Marco Polo, o viajante
treinar a gramática.
Os relatos de viajantes foram muito utilizados em andou mais que má notícia. Com apenas 17 anos, em O sistema escolar, ao ava
épocas em que o conhecimento tecnológico ainda não companhia do pai e de um tio, ele fez sua primeira via
contava com aparelhos tão eficientes como é hoje o gem, que durou cinco anos. Seu objetivo era chegar ao liar a redação do aluno, preo
GPS. Eles eram as melhores fontes para as pessoas império chamado por eles de Catai (hoje China). Os via
conhecerem lugares longínquos que sequer imagina jantes atravessaram o Mediterrâneo, a Península Arábi
cupa-se em ver somente os
vam existir. ca, o Oriente Médio, a cordilheira do Himalaia e a Índia.
Um desses viajantes foi o veneziano Marco Polo Passaram 17 anos na China e voltaram, bordejando o
erros gramaticais, como or
(1254-1324). Autor de um livro que serviu de guia para mar da China, Sumatra, o Sri Lanka e o Golfo Pérsico. De
tografia, acentuação e pon
vários navegantes do século XV. como Cristóvão Co volta a Veneza, ingressou na Marinha e, pouco depois,
lombo, ele se tornou um dos precursores da geografia foi preso em uma guerra contra os genoveses. Na pri tuação. Embora todos esses
moderna devido às informações que relatou sobre a são, relatou suas lembranças de viagem para o escritor
Ásia Oriental, uma terra até então desconhecida para de romances de cavalaria Rustichello, seu companheiro elementos gramaticais pos
os europeus. Como se diz popularmente, Marco Polo de cela, que escreveu As viagens de Marco Polo.
sam incidir sobre a coerência
e a coesão textual, por si só
não são elementos suficien
tes para organizar a tessitura
do texto. Nessa perspectiva, a
Anotações
prática da escrita escolar não
observa a autoria do aluno,
a criatividade, a progressão
temática, a função social e a
intencionalidade do autor do
texto.
BORTONE, Márcia Elizabeth;
MARTINS, Cátia Regina Braga
(2008). A construção da leitura e da
escrita. São Paulo: Parábola.
( Capítulo 5 X__
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BNCC
Vocabulário desconhecido
Habilidades gerais
Utilizando pistas do próprio texto, estruturas, ilustrações ou mesmo fontes exter-
nas, como dicionários, construa o sentido das palavras seguintes. EF69LP53
Litania - Ladainha, invocações em honra de Deus. EF69LP56
Arqueadas - Em forma de arco.
Viçoso - Cheio de energia, forca. vigor. Habilidades específicas
Prescrições - Ordens expressas, determinações. EF67LP28
Resolutamente - Com seriedade firmeza. EF67LP37
Minúcia - Com muita atenção, cuidado.
Súplica - Pedido humilde e insistente.
Acanhado - Envergonhado, tímido.
Francos - Moeda utilizada em vários países africanos.
Diálogo com o professor
Hesitação - Indecisão, insegurança.
Desnorteado - Sem norte rumo desorientado.
Apaziguante - Calmante, pacificador.
Como poderemos moti
Fitavam - Olhavam atentamente. var as crianças para a leitu
Esmero - Perfeicão, cuidado. ra? Cada sala de aula oferece
Disparate - Contrassenso, desatino, despropósito. uma realidade específica, que
Resplandecia - Brilhava com intensidade. demanda estratégias especí
ficas. Conhecendo, então, sua
turma, segundo Isabel Solé,
você deverá planejar bem a
Desvendando os segredos do texto
tarefa de leitura. Pensando
nisso, é importante:
@ Os relatos de viagem normalmente enfocam aspectos físicos dos lugares visitados,
• Selecionar com critério
como paisagens, monumentos, ambientes. Podemos afirmar que esse enfoque acon
tece no texto A saliva do marabu? Explique. os materiais que serão
Não. Ao longo do texto, o autor enfatiza mais aspectos culturais, o choque de realida trabalhados.
de, com enfoque na figura do marabu. • Tomar decisões sobre
as ajudas prévias de que
alguns alunos possam
necessitar.
• Evitar situações de
concorrência entre as
crianças.
Anotações • Promover, sempre que
possível, aquelas si
tuações que abordem
contextos de uso real,
que incentivem o gosto
pela leitura e que dei
xem o leitor avançar em
seu próprio ritmo para ir
elaborando sua própria
interpretação.
( Capítulo 5 X 2_4_7
..._ __
24s
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Está correto o que se afirma, apenas, em:
Leitura comP-lementar.
a) 1.
b) li.
e) Ili.
Quando os alunos formu
d) 1 e li. lam perguntas pertinentes
)((11 e Ili.
sobre o texto, não só estão
C, O primeiro e o segundo parágrafos são marcados por um mistério cuja intenção é utilizando o seu conhecimen
prender a atenção do leitor por meio da curiosidade. Em que consiste esse mistério? to prévio sobre o tema, mas
O mistério consiste em levar o leitor a querer saber o que o velho mastiga.
também - talvez sem terem
essa intenção - conscien
G No terceiro parágrafo, Canetti revela ao leitor o motivo de sua curiosidade. O que o tizam-se do que sabem e do
velho fazia?
que não sabem sobre esse
Ele mastigava as moedas que recebia como esmola.
assunto. Além do mais, assim
adquirem objetivos próprios,
{I Já no quarto parágrafo, transcreva do texto a frase em que o autor revela sua impres para os quais tem sentido
são sobre a ação do velho relatada no parágrafo anterior.
o ato de ler. Por outro lado,
"Fiquei pasmo e confuso."
o professor pode inferir das
perguntas formuladas pelos
@ A frase transcrita na questão anterior pode ser resumida por um sentimento, que é alunos qual é a sua situação
indicado no parágrafo seguinte. Que sentimento é esse?
perante o texto e ajustar a ela
É o sentimento de nojo.
sua intervenção.
A organização interna de
(J Como vimos, para prender a atenção do leitor em seu relato, Canetti estimula sua um texto oferece algumas pis
curiosidade nos dois primeiros parágrafos do texto. Nos parágrafos terceiro e quarto,
respectivamente, ele satisfaz a curiosidade do leitor e expressa sua opinião sobre o
tas que permitem estabelecer
hábito do velho. Já no quinto parágrafo, ele volta a estimular a curiosidade do leitor. um conjunto de questões cuja
resposta ajuda a construir o
a) Com suas palavras, formule uma pergunta que expresse essa curiosidade.
significado do texto.
Sugestão de resposta: Por que o velho mastigava as moedas?
SOLÉ, Isabel (1998}. Estratégias de
leitura. Porto Alegre: Artmed.
b) Agora, responda à pergunta formulada por você.
O marabu mastigava as moedas por três motivos: abençoá-las, aumentar o mérito de
quem as doou e adivinhar quanto valiam.
Anotações
Capítulo 5 249
a) Transcreva ao menos duas palavras ou expressões que o autor utiliza para expres
sar a felicidade do marabu ao mastigar.
Sugestão de resposta: "Com zelo (primeiro parágrafo)"; "com tanto gosto e minúcia"
(segundo parágrafo).
{à Nesse relato de viagem, Canetti aborda o choque entre sua cultura (ocidental) e a cultu
ra marroquina, expressa no hábito do marabu. Inicialmente, ele considera esse hábito
um disparate, que o deixa desnorteado. Mas, ao longo do texto, muda de opinião.
b) Pesquise com seus amigos na Internet hábitos culturais de outros países que, à
primeira vista, parecem "estranhos" para vocês.
Adjetivo
Releia este trecho, retirado do quinto parágrafo do relato de viagem A saliva do marabu.
Para trabalhar adjetivos, o
grau e o plural dos substanti
Tentei controlar o nojo diante daquele procedimento estranho.
vos, seria interessante analisar o
poema Pensão familiar, de Ma
1. Se retirarmos a palavra estranho desse trecho, o que acontece com o sentido?
nuel Bandeira. Alguns pontos
2. A palavra estranho modifica o sentido de que outra palavra expressa nesse trecho? podem ser discutidos durante a
3. Considerando o contexto, substitua a palavra estranho por outra que desempenhe a leitura do poema:
mesma função. • O valor dos adjetivos para a
construção das imagens.
Ao retirarmos a palavra estranho do texto, ficamos sem
saber como foi, de fato, a emoção que atingiu o autor do • A função dos substantivos
relato. Tecnicamente, a palavra procedimento se classifica no diminutivo para a su
como substantivo (vimos isso na primeira parte deste ca
pítulo). E, como tal, esse substantivo pode ter seu sentido Adjetivo é a palavra variá gestão do tom no poema.
vel que se refere ao substan
modificado por outras palavras, como é o caso de estranho. tivo atribuindo-lhe qualidades, • Em "Girassóis/ amarelo",
Essa função é desempenhada tipicamente pelos adjetivos. defeitos, características.
Veja como os adjetivos atuam sobre o sentido.
uma possível leitura que
pode ser debatida com
Tentei controlar o nojo diante daquele procedimento estranho. seus alunos é:
Tentei controlar o nojo diante daquele procedimento insólito. 1. Girassóis é um substan
Tentei controlar o nojo diante daquele procedimento esquisito.
Tentei controlar o nojo diante daquele procedimento extraordinário. tivo?
2. Está no plural?
O adjetivo deve ser compreendido como uma palavra ou expressão que confere atribu 3. Amarelo é um substantivo
tos a um substantivo. Assim, para saber se uma palavra é um adjetivo ou não, é preciso ou um adjetivo?
analisar seu sentido na frase. Observe.
Se pensarmos que é um ad
jetivo, pela norma, deveria estar
Eu sabia que os marabus são homens santos e que passam por ter poderes
no plural: girassóis amarelos.
especiais.
Mas, como se trata de um poe
ma, o autor tem liberdade para
ir além e empregar uma silepse
de número. Dessa forma, pode
mos pensar que amarelo está
no singular porque são tantos
BNCC Sugestão de abordagem girassóis que, juntos, na nossa
imaginação, se transformam em
Habilidades específicas Propomos as respostas a se um único amarelo.
EF06LP04 guir para as questões da seção Desse modo, nas mãos do
EF06LP06 Análise linguística. poeta, amarelo é um adjetivo, ou
EF67LP32 1. A frase ficará menos infor seja, qualidade da flor, mas são
mativa. tantas, tão vivas e fortes, que se
2. Procedimento. torna um substantivo: vai além
3. Sugestão: Insólito, esqui de mera qualificação e ganha
sito, extraordinário. vida própria.
Nesse exemplo, observe que o grupo de Marrocos tem a função de adjetivo, pois qualifica
o substantivo cidade, constituindo o que chamamos de locução adjetiva. Muitas locuções
adjetivas possuem um adjetivo correspondente, como nesse exemplo, mas nem sempre
essa correspondência é possível. Veja mais alguns exemplos de locuções adjetivas.
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Compostos - Possuem mais de uma base.
intervenções médico-cirúrgicas
caminhos recém-abertos
acordos luso-brasileiros
Os adjetivos azul-marinho,
olhos verde-claros azul-celeste e azul-turquesa
vestidos azul-escuros são invariáveis.
Na palavra surdo-mudo, a
flexão dá-se nos dois elemen
tos: surdos-mudos.
Gênero dos adjetivos Os adjetivos compostos
referentes a cores em que o
Como dissemos, o adjetivo sempre se refere a um subs segundo elemento é um subs
tantivo. Assim, da mesma forma que os artigos, os adjeti tantivo permanecem invariá
veis, como em blusas verde
vos concordam em gênero e número (ou apenas em núme -abacate, vestidos azul-pavão,
ro) com o substantivo a que se referem. cortinas verde-folha.
Com a expressão cor de
(explícita ou subentendida),
Adjetivos biformes e adjetivos uniformes o adjetivo permanece inva
riável: blusas cor de vinho/
Os adjetivos biformes apresentam-se no masculino ou blusas vinho.
no feminino, como alto(a), rápido(a), claro(a), simpático(a).
Observe que esse tipo de adjetivo se flexiona tanto em gê
nero quanto em número.
Os adjetivos uniformes apresentam apenas uma forma
tanto para o masculino como para o feminino, como forte,
doce, suave, leve, inteligente, ruim.
( Capítulo 5 X__
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Como dar banho em casa nos
pets
Ritual
Antes de começar, faça carinho, brinque e dê petiscos. Você também pode escovar
os pelos para remover nós. Com um algodão ou gaze, limpe a parte externa (in
terna/externa) dos ouvidos do animal. Nunca introduza hastes flexíveis nos ouvidos
do animal. Depois, coloque um chumaço de algodão nas orelhas. Isso evita que entre
água.
@ Observe os pares abaixo e marque aquele em que as duas palavras estão classifica
das de maneira inadequada.
a) O miserável (adjetivo) saía nas ruas todos os dias em busca de comida. / Quem
não dá de comer a quem tem fome é um verdadeiro miserável (adjetivo).
b) Aquele jovem (adjetivo) é escritor./ Aquele escritor é jovem (adjetivo).
e) O bem-humorado (substantivo) só espera alto-astral como reciprocidade. / Gil
berto é sempre bem-humorado (substantivo).
d) As persistentes (adjetivo) sempre conseguem o que querem. / Elas conseguiram
porque foram persistentes (adjetivo).
)(Inteligente (substantivo), Marília soube se sair bem daquela confusão. /Já sabia
que Patrícia era a mais inteligente (substantivo) do grupo.
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Meu lugar preferido
{j Observando as expressões destacadas nas orações seguintes, encontre o adjetivo
mais adequado. Observe o modelo.
O paciente estava com medo.
O paciente estava amedrontado.
@ Os relatos de viagem hoje estão cada vez menos restritos aos textos escritos, ga
nhando novas formas e meios de transmissão. Atualmente, por exemplo, é bastante
comum a criação do lnstragram de viagem, onde o turista posta fotos e impressões a
respeito de determinado local. O youtuber Whindersson Nunes, por exemplo, mantém
um lnstagram de viagem com sua esposa, chamado whinlupelomundo. Observe o
que nos diz em uma de suas viagens:
whinlupelomundo • Seguir
•
Carrick Bridge, Denegai, lrefand
Thrones!
https://www.instagram.com/p/BeMEOlbHZ5H/?taken-by=whinlupelomundo
b) No trecho "É uma caminhada boa e uma vista sensacional", quais termos deixam
claras as impressões pessoais do casal acerca do lugar? Como podemos classifi
car esses termos?
Boa e sensacional. São adjetivos.
d) José é esperto, queria ficar com todas as minhas figurinhas para me "entregar"
depois.
José não é nada bobo, queria ficar com todas as minhas figurinhas para me "entre
gar" depois.
( Capítulo 5 X__
2_59
___
BNCC 1 Tempo 1
+
Decidi ficar somente um dia em Atenas e, no dia seguinte, tomei o ferry até a Ilha de Syros.
Habilidades gerais
EF69LP51 EF69LP56 1 Te!po 1----à
Habilidades específicas Neste exercício, você produzirá um novo relato, mas agora procurando deixar bastante
claras essas referências de tempo e lugar.
EF06LP04 EF06LP06
EF06LP11 EF06LP12
EF67LP28 Proposta
O texto que você produzirá agora será um relato de uma viagem imaginária. Você deverá
escolher um dos lugares retratados a seguir para relatar suas aventuras. Depois, os traba
lhos serão lidos em uma roda de leitura. Seria interessante pesquisar, em livros, revistas
ou na Internet, os pontos turísticos do destino escolhido.
Então, qual destes lugares você gostaria de conhecer?
Sugestão de abordagem
• Sítios históricos.
• Teatros.
• Reservas ambientais.
• Arquivos públicos.
• Prefeituras. Anotações
• Palácios.
• Os principais passeios
turísticos em geral.
Planejamento
Para planejar seu texto, pense nisto:
1. Quando aconteceu essa viagem?
2. Você viajou sozinho ou com um grupo?
3. Qual desses lugares você visitou?
4. Quais são as características desse lugar?
5. O que mais chamou sua atenção?
6. Quanto tempo durou sua viagem?
7. O que aconteceu de mais interessante?
Com base nessas questões, produza seu relato. Você poderá também mencionar senti
mentos vividos durante a viagem. O que a fez tão especial para você? Lembre-se também
de deixar claras as referências ao tempo e aos lugares visitados.
-
Avaliação
1. Para avaliar seu texto, releia-o procurando observar os seguintes aspectos:
Aspectos analisados
Há descrição dos locais visitados? ºo o o
o o
Os fatos relatados foram localizados no tempo?
Há informações interessantes sobre os locais visitados?
O roteiro do planejamento foi seguido? o o
2. Agora, o seu professor fará uma grande roda de leitura, e toda a turma poderá apresen
tar seus relatos. Durante a leitura, procurem discutir quais as semelhanças e diferen
ças entre esses locais.
( Capítulo 5 X__
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Visitando uma mansão antiga e
tomando o melhor sorvete de todos na
DevonHouse
Ó Vimos que os adjetivos são palavras que atribuem uma característica, qualidade ou
defeito ao substantivo. Certamente você deve ter percebido a forte presença de ad
jetivos nesse texto. No trecho "tem uma arquitetura europeia lindíssima", o uso do
adjetivo em seu grau superlativo absoluto reforça uma qualidade da arquitetura men
cionada. No entanto, essa flexão também pode ser usada para causar um efeito de
sentido irônico. Entre as alterativas a seguir, identifique o emprego da ironia.
a) Conheci um jamaicano riquíssimo. Havia três carros importados na garagem de
sua casa.
b) A mansão que visitei era muito bonita. Não cansei de tirar fotos dela.
)(o caminho até a sorveteria é facílimo, me perdi num piscar de olhos.
d) Em um dos passeios que fiz pela cidade, vi um menino magérrimo que ficou me
olhando. Devia estar com muita fome.
e) A Europa é belíssima, mas a América também tem seus encantos.
Ú À primeira vista, um adjetivo pode ser só mais um aspecto estilístico inserido no tex
to, mas também pode representar a informação principal e o ponto de vista do autor.
Assinale a alternativa em que o trecho do relato de viagem contém um adjetivo que
não apresenta o ponto de vista do autor.
a) [...] tem uma arquitetura europeia lindíssima.
)(O lugar era a residência do primeiro milionário negro jamaicano.
c) [...] é superlegal poder explorar cada pedacinho do casarão.
d) Com certeza é um dos lugares mais procurados para fotos legais na cidade.
e) [...] e o sabor é incrível!
C, Quais os adjetivos utilizados pela autora do texto para descrever o museu e o sorve
te que ela encontrou na Jamaica? Um desses adjetivos pode ser classificado como
sendo de grau superlativo absoluto. Qual é?
Luxuosa, lindíssima, legais, superlegal, supermovimentada, incrível. O adjetivo de
grau superlativo absoluto é lindíssima.
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BNCC
Ó Utilizando palavras empregadas no relato, preencha a cruzada a seguir.
Verticais
1. Adjetivo flexionado no grau aumentativo analítico.
2. Substantivo adjetivado pela palavra 4 (vertical).
3. Substantivo empregado de forma genérica para designar diferentes objetos, situações,
acontecimentos, etc.
4. Palavra proparoxítona. 4.
3. L
2. e
1. A o N
1. s u p E R M o V M E N T A D A
u Q s
2.
p
E u
u 6. F A M
í I L A s
s
Construída em 1881,
a DevonHouse é um
museu, conservan-
do diversos ambien-
R T te e obras de arte do
século XIX.
( Capítulo 5 X__
2_6s
___
@ Segundo o autor do relato, o Mini Mundo é bastante atrativo, mas a cidade de Grama
do, em si, já é muito encantadora. Ao final, a que conclusão ele chega sobre isso?
Ele conclui que, embora a cidade possua atrações não pagas muito belas, o Mini
Mundo é um lugar turístico que vale a pena conhecer, pois suas miniaturas encantam
pessoas de qualquer idade.
O Leia.
A melhor atração de Gramado é a própria cidade, com suas ruas, casas e arqui
tetura charmosas.
b) Caso o autor optasse por utilizar a palavra restaurantes em vez de casas, o que
deveria alterar nesse trecho?
Supondo que o adjetivo charmosas está qualificando simultaneamente os três subs
tantivos, ele deve ser flexionado no masculino plural.
( Capítulo 5 X__
2_67
___
(t De acordo com o que vimos acima, podemos dizer que, de modo geral:
26s
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Mídias em contexto
(9 No relato de viagem que lemos sobre o Mini Mundo, o autor fez referência ao site de
informações turísticas TripAdvisor. Ao acessar a página e pesquisar pelo parque, de
fato encontramos informações importantes, como a sua localização, telefones para
contato, fotos e os horários de funcionamento. A imagem abaixo reproduz parte do
conteúdo. Observe.
Visão geral
Ingresso de entrada para Ingresso de entrada para Ingressos para o Harley Ingresso para o
A Mina o GramadoZoo Motor Show Hollywood Dream Cars
( Capítulo 5 X__
2_69___
a) Como lsabele avaliou sua visita ao Mini Mundo? Por que, possivelmente, ela a ava
liou dessa forma?
lsabele avaliou a visita como razoável, possivelmente porque no dia estava chovendo
e a visita foi prejudicada por esse fato.
b) Qual foi o recurso eletrônico que lsabele usou para avaliar o local visitado?
Dispositivo móvel.
Blogue Viajante em
Tempo Integral.
( Capítulo 5 X__
2_1_1 __
BNCC
Habilidades gerais
EF69LP48 EF69LP54
EF69LP55 EF69LP56
Habilidades específicas
EF06LP37 EF67LP28
Objetivos pedagógicos
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27 4x Poemas j
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Pequeno cidadão
Perdido no
ciberespaço
Maldita hora em que inventei
de navegar por esses lados.
Qualquer coisa deu errado,
de uma hora pra outra, tudo ficou escuro,
tudo ficou estranho,
já não sei meu paradeiro!
Vocabulário desconhecido
( Capítulo 6 X__
2_1__
1 _
@ Para tornar a comunicação mais clara e próxima dos leitores, às vezes os escritores
recorrem à linguagem informal, coloquial. Recorte do texto exemplos de expressões
Diálogo com o professor coloquiais.
Ei, marginal, cara, que cara maluco.
Por ser uma das mais ex @ O eu lírico tenta evitar que o leitor se assuste diante da estranha situação de estar
pressivas manifestações da perdido na Internet. Transcreva do texto dois versos que demonstrem essa tentativa
do escritor.
linguagem verbal, o poema é
"Pode ficar tranquilo,/ não sou nenhum marginal."
um gênero rico em possibili
dades de abordagem. "Sub CJ Na primeira estrofe do poema, o escritor pede ajuda ao seu leitor. Transcreva os três
versos do texto em que ele explica por que precisa de sua ajuda.
verter" a linguagem pode ser
"[...] estou perdido na Internet,/ fui fisgado pela rede,/ não encontro a saída."
uma boa forma de compreen
dê-la. Afinal, se todos nós, fa
lantes, possuímos uma noção
"internalizada" de gramática,
a sensação de "estranha
mento" diante da linguagem Anotações
poética nos põe em reflexão:
somos forçados a rever nos
so conhecimento e domínio
linguístico.
___2_1_s J Poemas J
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Poesia e poema Interessante o ponto de
Chamamos de poesia a habilidade que temos de criar imagens e reinventar sentidos para as coisas que nos vista do poeta Manoel de Bar
rodeiam. Assim, dizemos que poesia é uma arte e, por isso, está presente em diferentes formas de expressão,
como a pintura, a escultura, a música e, como não poderia faltar, o poema.
Chamamos de poema, portanto, o texto que tem poesia. No poema Perdido no Ciberespaço, por exemplo, Leo
ros a respeito do que é a poe
Cunha explorou um sentido diferente para a Internet. Por ser tão vasta e repleta de "caminhos", ela fez com que o sia: "é a infância da língua".
eu lírico se perdesse no universo virtual.
"[... ] a criança diz: Eu es
@ Leia.
cuto a cor dos passarinhos.
A criança não sabe que o ver
[... ] fui fisgado pela rede[...]
bo escutar não funciona para
Esse verso do poema permite pensar dois sentidos para a palavra rede. Identifique cor, mas para som. / Então
cada um desses sentidos. se a criança muda a função
1) Correspondente à Internet; 2) instrumento para pegar peixes. de um verbo, ele / Delira / E
(1 No verso analisado na questão anterior, o escritor diz ao seu leitor que foi fisgado pois. / Em poesia que é voz de
pela rede. Considerando o texto como um todo, analise as afirmações a seguir, mar poeta, que é a voz de fazer /
cando V, para verdadeiro, ou F, para falso.
a) ( F) O escritor estava muito atento quando foi "fisgado". Nascimentos-/ O verbo tem
b) (V) O escritor caiu em uma "armadilha". que pegar delírio."
e) ( F) A Internet, para ele, tornou-se um "ambiente" seguro.
d) ( F) A palavra fisgado foi empregada no sentido denotativo. BARROS, Manoel de (2000). Livro
das ignorãças. Rio de Janeiro:
O Releia a estrofe abaixo e responda às questões. Record.
b) O escritor sabe dizer com precisão o que aconteceu com ele? Transcreva o verso
que justifica a sua resposta.
Não, ele não sabe exatamente o que aconteceu com ele. Isso fica claro no verso
"Qualquer coisa deu errado[... ]".
( Capítulo 6 X__
2_79
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O artigo representa qual
1. Você consegue perceber a diferença entre um defeito e
_. quer unidade conceituai -
o defeito?
2. Em qual desses termos o Dalai Lama se referiu a um Budismo - Religião que se coisa, ideia, ser - como parte
defeito qualquer? gue os ensinamentos de Buda,
que viveu entre 563 a.e. e do conhecimento prévio do
483 a.e., na Ásia.
Bem, certamente você percebeu que, no termo um defei Tibetano - Proveniente do interlocutor. Esse conheci
Tibete, país da Ásia.
to, a palavra um, que antecede o substantivo defeito, tem a mento prévio tanto pode ser
função de indeterminar o seu sentido. Assim, entendemos
que o Dalai Lama se referiu a um defeito qualquer entre os partilhado pela comunidade
inúmeros defeitos que temos. Já em o defeito, a palavra o no mais amplo sentido pos
determina o sentido de defeito.
Gramaticalmente, as palavras o e um são conhecidas
sível - como em O elefante é
como artigos. Os artigos são, portanto, palavras que variam um paquiderme; Newton des
em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou
cobriu a lei da gravidade -
plural) e antecedem os substantivos determinando-os ou
indeterminando-os. quanto pode ser restrito a uma
Agora leia esta tirinha: situação particular - como
�ro__f.vv--, em O campeonato começará
Não vai adiantaY de nada, Pedro! PYa amanhã; Ponha o peixe na ge
+iYaY uma nota boa, você tem q_ue seY
m�s sábio q_ue o Dalai Lama!
ladeira; Paulo achou a pulsei
ra de Ana. Nesses exemplos,
presume-se que elefante e lei
da gravidade se referem não a
dados presentes numa situa
ção particular, mas a noções
partilhadas pela sociedade
No primeiro quadrinho, Serafim diz que a prova da professora é A prova. Nessa situação,
ele quis dizer que a prova elaborada pela professora Norma é sempre muito difícil. Esse ampla; por sua vez, campeo
sentido é expresso pelo uso do artigo a, que determina a prova da professora. Ou seja, eles nato, peixe e pulseira denotam
não estão falando de uma prova qualquer, comum, de sentido indeterminado.
objetos específicos, conheci
Assim, podemos classificar os artigos como: dos nos limites de situações
• Definidos - o, a, os, as.
particulares de interlocução.
• Indefinidos - um, uma, uns, umas. É a disponibilidade desse co
nhecimento prévio que garan
Observe outros exemplos:
te naturalidade à frase Ana
a p_ ro
(__ _ v_ a_ ___u_m_a_ p_rov
_ _a__) pintou as unhas - já que Ana
possui unhas; por outro lado,
Ana pintou as escamas pode
causar estranheza, visto que
Ana não possui escamas. Esta
Anotações
frase se tornaria natural numa
situação em que, por exem
plo, se estivesse conversando
sobre uma tela que retratas
se um peixe pintado a quatro
mãos.
AZEREDO, José Carlos de (2008).
Gramática Houaiss da língua
portuguesa. São Paulo: Publifolha/
Instituto Antônio Houaiss.
2 s 2
____ _
J Poemas J
1 LPemC_ME_2019_6A_Cap6.indd 282 22/07/19 00 :20 1
_ _;t_ a_lg_ a_ ri_ s_ m
_ _l _;t_ n_u'_ m_ero
(___n_u_me_ ra _ _o._ __..,,.)
( Capítulo 6 X__
2_s3___
LX
Arábico
60
. ' ..
Indica quantidade
precisa
sessenta
Numeral ordinal
Indica a ordem
em uma série
sexagésimo
Numeral
multiplicativo
Indica a multiplicação
(múltiplo)
Numeral
fracionário
Indica a divisão
(partes do todo)
sessenta avos
LXX 70 setenta septuagésimo setenta avos
LXXX 80 oitenta octogésimo oitenta avos
XC 90 noventa nonagésimo noventa avos
Diálogo com o professor c 100 cem centésimo cêntuplo centésimo
CC 200 duzentos ducentésimo ducentésimo
CCC 300 trezentos trecentésimo trecentésimo
Conforme observa Azere CD 400 quatrocentos quadringentésimo quadringentésimo
D 500 quinhentos quingentésimo quingentésimo
do (2008: 174), os numerais DC 600 seiscentos sexcentésimo sexcentésimo
podem sofrer modificações DCC 700 setecentos setingentésimo setingentésimo
DCCC 800 oitocentos octingentésimo octingentésimo
para participar de processos
CM 900 novecentos nongentésimo nongentésimo
_.
de composição e derivação, M 1.000 mil milésimo milésimo
como os substantivos. Do
numeral dez, por exemplo,
derivam década, décimo, etc.
Na fala, os numerais fracionários e os multiplicativos geralmente são utilizados da seguinte forma:
"Décimo primeiro é um com Para o sentido fracionário, utilizamos um numeral ordinal seguido do substantivo parte:
sexta parte do livro
posto por justaposição e tre quarta parte da história
zentos é composto por aglu Para o sentido multiplicativo, utilizamos um numeral cardinal seguido do substantivo vezes:
gritei cinco vezes
tinação (três+ cento)". telefonei duas vezes
A propósito do emprego
multiplicativo dos numerais Por oferecer alguma dúvida, é comum encontrarmos os numerais ordinais e multiplica
tivos representados por expressões como:
na fala, é importante obser
var que a forma multiplicati Fiquei na posição 30 no concurso. (trigésimo lugar)
va criada com o substantivo Ele ganhou 1 O vezes o salário na ação judicial. (o décuplo do salário)
vezes funciona excepcional
Os números variam em gênero nas seguintes situações:
mente como advérbio fre
quentativo. Apenas os cardinais um e dois: um carro, uma casa, dois carros, duas casas, vinte
e uma lojas, quarenta e duas academias, etc.
Os ordinais: primeiro lugar, quinta visita, décimo colocado, septuagésima chamada.
Apenas o fracionário meio: meia porta.
BNCC
Habilidades gerais
EF69LP56
Anotações
Habilidades específicas
EF67LP28 EF67LP32
EF06LP04 EF06LP06
___2_8_4x Poemas j
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Prática linguística
@
quando o assentamento ex
Leia. cede a tolerância máxima per
mitida (1 O milímetros) em um
ponto qualquer. Cada estaca
O aeroporto suportou o terremoto de Kobe. está equipada com um sis
tema de calibração que opera
por meio de poderosos maca
cos hidráulicos. A estaca que
Sobre essa frase, assinale a afirmativa correta. tiver sofrido movimentação é
a) A palavra terremoto se classifica como adjetivo. ajustada e fixada na nova posi
)( A palavra terremoto tem sentido definido. ção. Esta regulagem continua
rá por l O anos, até que todos
c) Não é possível saber ao certo qual é o terremoto de os macacos hidráulicos sejam
que fala o autor. fixados definitivamente.
d) A expressão "de Kobe" não se refere à palavra ter
remoto.
e) A palavra terremoto não é um substantivo.
( Capítulo 6 X__2_ss___
1 LPemC_ME_2019_6A_Cap6.indd 285 22/07/19 00 :20 1
CJ É comum, na variação linguística do português brasileiro, os falantes atribuírem a
marcação do plural apenas aos artigos, como na frase "Os menino saiu agora". No
entanto, sabemos que, de acordo com a norma-padrão, sendo uma classe de pa
lavras que acompanha o substantivo, os artigos precisam concordar em gênero e
número com ele, realizando o fenômeno da concordância nominal. A seguir, preencha
as lacunas utilizando o artigo mais adequado e observando a concordância com os
substantivos aos quais se ligam.
a) Q§__ estudantes que alcançaram � melhores notas entrarão de férias.
b) "Q__ prefeito é!!!!!_ homem honrado e comprometido com _a_ população", afir
mou _o_ vice-prefeito da cidade.
c) Um músculo da minha perna está doendo.
d) Um aluno entrou na sala durante _o_ recreio e deixou!!!!!...._ sapo lá dentro. Não
sabemos quem foi.
e) &_ crianças com Síndrome de Down, como todas, devem ser respeitadas.
@ Como vimos, para classificar uma palavra, é preciso analisá-la num contexto. Isso
porque, dependendo de como são usadas, elas podem mudar de classe. Pensando
nisso, assinale a alternativa em que o artigo sublinhado qualifica o substantivo ao
qual se refere, fazendo papel de adjetivo.
a) Estes são os livros que eu queria. Você pode me emprestá-los?
)( João é um profissional excelente. Ele é o professor.
c) O professor chegou, mas não vai fazer a prova.
d) São muitos os problemas que o preocupam.
e) Estou tentando fazer um pé de meia. Quero comprar um carro.
___2_8_6 J Poemas J
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Números
Poesia matemática
b) Por que, no poema, Quociente e Incógnita foram grafados com inicial maiúscula?
Porque funcionam como nomes próprios.
d) Com base nessas definições do dicionário, discuta com os seus colegas e com o
seu professor: por que será que Millôr escolheu esses nomes para os personagens
desse poema?
Como o quociente é o resultado de uma divisão, podemos supor que a ideia do poeta
foi fazer uma referência à separação - o quociente seria o resultado da separação
(divisão). Já a escolha pelo nome incógnita se deve justamente ao fato de ela ser,
na Matemática, a grandeza a ser encontrada para se resolver um problema. A essa
metáfora da incógnita, podemos acrescentar, também, o sentido do mistério - a In
cógnita seria uma mulher misteriosa.
e) O que o autor quis dizer com o verso "[...] e viu-a, do ápice à base [...]"?
Ele quis dizer que o Quociente olhou a Incógnita da cabeça aos pés.
( Capítulo 6 X__
2_s9___
Habilidades gerais
EF69LP04 (D Assinale o caso em que não há expressão numérica de sentido indefinido.
XEle é o duodécimo colocado.
EF69LP53 b) Quer que veja este filme pela milésima vez?
EF69LP54 e) No encontro, meus lábios dispararam mil beijos.
d) A vida tem só uma entrada; a saída é por cem portas.
EF69LP56 e) Nenhuma das respostas anteriores.
Anotações
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e) Sabendo que no dia 07/10/2018 ocorreu a eleição no Brasil, reescreva o texto de
modo a explicitar a informação contida em cada data.
Que nesta eleição deixemos de ser tão crianças e sejamos mais independentes, pois
só com muito trabalho o nosso Brasil não será uma eterna mentira.
(à Como você sabe, não é sempre que os números variam em gênero. Isso ocorre ape
nas com os cardinais 1 e 2, com os ordinais e com o fracionário meio. Este costuma
causar muita dúvida quanto ao uso, mas a regra é simples:
( Capítulo 6 X__
2_9_1 --
Habilidades gerais
Proposta
EF69LP46 EF69LP48
O poema que você vai escrever terá como tema os planos que você tem para seu futuro.
EF69LP51 Que profissão você quer abraçar? Onde você quer morar? Você construirá uma família? O
que você fará para ajudar o Planeta? Depois, em uma data combinada com o professor,
você e seus colegas poderão organizar um recital na escola. Será um evento muito inte
Habilidades específicas ressante, e vocês poderão convidar seus pais, amigos e parentes para assistirem à apre
EF67LP31 EF06LP03 sentação.
EF06LP11 EF06LP12
Sugestão de abordagem
Sugestão de abordagem
2 9 2
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1 LPemC_ME_2019_6A_Cap6.indd 292 22/07/19 00 :20 1
Pensando no significado desses substantivos abstratos, você certamente percebeu que
apenas um tem sentido completamente diferente: raiva. Os campos semânticos são os
campos de sentido. Assim, raiva não pertence ao campo semântico dos bons sentimentos. Utilize o livro Memórias in
Então, para escrever seu poema, uma boa forma de criar ideias é identificar previamente
as palavras que você poderá usar. Se você falar de sua profissão, por exemplo, deverá se ventadas para explicar o que
lecionar palavras do campo dela, ou seja, que estejam relacionadas a ela. é musicalidade, origens mu
Durante a produção do seu poema, procure atentar para o seguinte:
sicais e teatrais da poesia.
agrupados tratem o tema sob uma mesma perspectiva. Por exemplo: se você está
falando de sua profissão, os versos em que você dirá o que é mais interessante nela
devem compor uma estrofe, enquanto os versos em que você dirá o que menos chama
sua atenção comporão outra estrofe.
3. Procure ficar atento à musicalidade dos seus versos.
GDCD
o o
Aspectos analisados
No livro Análise de textos:
o o
O poema está escrito em verso?
o o
O poema apresenta musicalidade? fundamentos e práticas, lran
o o
O tema está claro? dé Antunes traz bons exem
o o
Há palavras do mesmo campo semântico?
plos de análises. Nas páginas
As ideias apresentam alguma contradição?
109 a 1 14 de sua obra, ela fez
2. Depois dessa avaliação, se for necessário, reescreva o seu um trabalho muito interes
poema. Agora faltará apenas combinar com o professor e sante com o poema A missa
com a turma como será o recital.
dos inocentes, de Mário Quin
tana.
lrandé Antunes
ANALISE DETEXTOS
Singeleza - =D=
el=
ic=
a=d==ª�·------------------
ez
G Como v mos ni a pri meira parte deste capítulo, o eu lírico não pode se r confundido
X otimismo.
b) frustração.
e) desilusão.
d) tristeza .
e) contentamento.
b) Nos dois primeiros versos da estrofe 2, o eu lírico explica como era seu modo de
viver. Expli que com suas palavras.
O eu lírico vivia despreocupado, sempre sonh ando.
( Capítulo 6 X__
2_95___
Habilidades específicas
CJ Analise os versos abaixo.
EF67LP28 EF67LP37
EF67LP38 [...] e hoje, quando me sinto,
é com saudades de mim.
@ Esse poema de Mário de Sá-Carneiro pode ser comparado ao poema de Leo Cunha que
1. Sobre o que você quer você leu no início deste capítulo. O que acontece com o eu lírico de ambos os textos?
falar? O eu lírico dos dois textos se perde.
Um bom assunto é aquele que @ Como já vimos, os textos podem ser escritos de maneira formal ou informal, depen
está mexendo com você ultima dendo da situação comunicativa.
mente. Pode ser qualquer coisa,
a) No poema de Leo Cunha e no de Sá-Carneiro, como é feito o registro da linguagem,
qualquer sentimento. Poesia é formal ou informalmente?
uma forma de comunicação. No poema de Leo Cunha, a linguagem é informal. No poema de Sá-Carneiro, é formal.
2. Soltando as palavras b) Para pessoas de qual faixa etária cada um deles escreveu?
Pegue um papel e vá anotan Leo Cunha escreveu para jovens. Sá-Carneiro escreveu para adultos.
do várias palavras que tenham a
ver com o assunto. Tente achar
rimas para elas. Não precisa
pensar muito. Brinque de rabis
car palavras. Quanto mais, me livre para escrever e apagar o que (primeira com segunda e tercei
lhor. Depois você escolhe as pre quiser, mudar tudo de lugar... Solte ra com quarta), ou A com C e B
feridas. o verbo! Não tenha medo... com D (primeira com terceira e
segunda com quarta), ou apenas
3. A primeira frase 4. Como rimar? B com D (segunda com quarta
Você não precisa acertar logo Existem vários jeitos de combi linha).
de cara. É justamente a vontade nar rimas. Podemos, por exemplo,
de acertar de primeira que "em numa poesia de quatro linhas (A,
perra" o pensamento. Você é B, C, D), rimar: A com B e C com D
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1 LPemC_ME_2019_6A_Cap6.indd 296 22/07/19 00 :20 1
O A seguir, transcrevemos uma estrofe do poema de Mário de Sá-Carneiro e o trecho de
um poema muito antigo de Francisco de Sá de Miranda, escrito em 1595. Compare as
duas estrofes.
Então, vamos lá. Com base nesses dois textos, assinale a afirmação correta.
a) No texto 1, o "eu" é inimigo do "mim".
b) No texto 1, o "eu" despreza o "mim".
c) No texto li, o "eu" encontra-se ao lado do "mim".
)(No texto 11, o "eu" não sente saudades do "mim".
e) No texto li, o "eu" e o "mim" estão de mãos dadas.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Co mi go me de sa vim
Sou pos to em to do o pe ri go
Não pos so vi ver co mi go
Nem pos so fu gir de mim
a) Em seu caderno, destaque a sílaba tônica de cada palavra de acordo com as regras
ortográficas.
( Capítulo 6 X__
2_97___
@ Nos poemas, é muito comum, também, o emprego de figuras de linguagem, que es
tudamos no Capítulo 4. Nos versos das estrofes reproduzidas na questão 7, percebe
mos o emprego de uma figura de linguagem caracterizada pelo exagero sentimental
do eu lírico. Que figura é essa?
Hipérbole.
Outro importante recurso utilizado pelos poetas para dar ritmo aos poemas são as rimas, que correspondem
aos sons iguais ou semelhantes que as palavras apresentam em um mesmo verso ou em outro. Elas podem ocor
rer no interior ou no final dos versos. Observe.
Não sinto o espaço que encerro Além das rimas e do ritmo, os poemas podem contar, também, com
nem as linhas que projeto: a repetição de palavras, vogais e consoantes, como você pode ver nessa
se me olho a um espelho, erro - estrofe do poema de Mário de Sá-Carneiro. Todos esses recursos con
não me acho no que projeto. tribuem para a musicalidade dos poemas.
Análise linguística
Pronomes pessoais
Leia a tirinha.
COM EDUCAÇÃO SE / É ESTRANHO...
COMBATE A ViOLÊNCiA, AS PORQUE PARECE ATE ...É COMBATER
DROGAS, O DESEMPREGO... QUE A iNTENÇÃO... A EDUCAÇÃO...
\ / J
...A iNjUSTiÇA,
PRECONCEiTOS,
A iGNORÂNCiA...
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Sugestão de abordagem
1. No primeiro quadro da tira, o pai de Armandinho ressalta a importância da educação
na sociedade. A fala do menino, nos dois últimos quadrinhos, confirma esse ponto de
vista? Explique. Propomos as respostas a
2. Que expressão, na fala de Armandinho, introduz um contraponto à opinião do pai? seguir para as questões da
3. No primeiro quadro, o pai de Armandinho parece responder a uma pergunta feita pelo seção Análise linguística.
menino. No entanto, essa pergunta não está expressa na tira. Que pergunta seria essa? 1. Não, pois, na fala do
4. Suponha que, no primeiro quadrinho, o menino tenha utilizado a pergunta que você personagem Armandi
formulou acima para questionar o pai. Que palavra poderíamos utilizar para evitar a
repetição de educação na resposta do pai? nho, há indícios de que,
pela forma como tra
Como você sabe, nossa língua nos oferece diversas opções comunicativas. Uma des
tam a educação, nada
sas opções consiste na substituição de palavras para evitar repetições desnecessárias, o do que o pai diz parece
que confere mais dinamismo às nossas comunicações. Veja.
se confirmar.
2. É estranho...
- Pai, para que serve a educação? 3. Sugestão de resposta:
- Ela serve para combater a violência, as drogas...
"Pai, para que serve a
educação?".
Nesse contexto, observe que a palavra ela substitui edu
cação, para evitar sua repetição. Por esse motivo, a palavra
4. Espera-se que o aluno
ela funciona como pronome. utilize o pronome ela.
Na comunicação, existem
três pessoas do discurso, ou
A resposta do pai fica
Pronome é a palavra que substitui, representa pessoas gramaticais: ria, então, "Com ela se
Eu - quem fala.
ou acompanha o substantivo, indicando-o como Tu - com quem se fala. combate...".
pessoa do discurso. Ele - de quem se fala.
Habilidades específicas
EF67LP28 EF67LP32
EF06LP04 EF06LP06
Além dos estudados a se contextos religiosos (e invariavel que se referem ao interlocutor;
guir, existem outros itens tradi mente de maneira incorreta). Outros mas gramaticalmente não dife
cionalmente analisados como se comportam como nominais co rem dos outros sintagmas nomi
pronomes pessoais. Alguns não muns, e não precisam ser estudados nais.
ocorrem no português brasileiro, separadamente: vossa excelência, o PERINI, Mário (201 O). Gramática do por
como vós, que mesmo na lín senhor, a senhora, a gente. Seriam tuguês brasileiro. São Paulo: Parábola,
gua escrita só se usa em certos "pronomes pessoais" no sentido de p. 115.
3• pessoa do discurso
Nos textos, uma das funções dos pronomes é evitar a repetição desnecessária de palavras e expressões.
Observe.
Ana e Marta são irmãs gêmeas. Como minha irmã e eu, Ana e Marta nasceram em 22 de setembro
de 1986. Por isso, minha irmã e eu sempre convidamos Ana e Marta para comemorarmos juntas o
nosso aniversário.
Ana e Marta são irmãs gêmeas. Como minha irmã e eu, elas nasceram em 22 de setembro de 1986.
Por isso, nós sempre as convidamos para comemorarmos juntas o nosso aniversário.
Quando substituímos os termos repetidos por pronomes, a referência entre eles deve ficar clara. Nesse caso,
os pronomes substituem termos que foram ditos anteriormente. Não entendeu? É simples:
O pronome elas se refere a Ana e Marta.
O pronome nós se refere a minha irmã e eu.
O pronome as se refere a Ana e Marta.
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Anotações
Os pronomes pessoais oblíquos o, a, os, as se transformam quando se ligam a
verbos terminados em -r, -s, -z. Nesse caso, o verbo perde essa letra, e os pro
nomes ganham a letra 1 (lo, la, los, las).
( Capítulo 6 X.._3_0_1
__
Pronomes demonstrativos
Indica um substantivo Masculino Feminino Masculino Feminino
que está: singular singular plural plural
Próximo do eu este esta estes estas
Próximo do tu esse essa
O pronome tem a capacida
Próximo do ele aquele aquela
de de promover remissão (sua
natureza é, como se diz, fórica).
Agora, leia o poema a seguir.
Essa natureza fórica é a res
ponsável pelo processo de refe
rência e de substituição em um Não sabe
o tal besouro
texto. que o tal tesouro
Por meio da interlocução, os está pertinho.
JOSÉ, Elias. Segredinhos de amor. São Paulo: Editora Moderna, 2001.
pronomes fazem referência aos
participantes de um discurso.
Por remissão textual, fazem alu
Nestes versos, observe que a palavra tal é utilizada para
são a pessoas ou a coisas que indicar o substantivo (besouro e tesouro), por isso é conside
participam dele. Quando fazem rada pronome demonstrativo.
___3_0_2 J Poemas J
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Prática linguística
Texto 1
@ Na tirinha, Armandinho foi questionado pelo pai por ter errado uma questão da prova.
O que a atividade requeria do garoto?
Que ele identificasse o elemento essencial à vida que começa com a letra a.
@ Embora não possamos ver a fisionomia do personagem adulto, podemos afirmar que
ele estava irritado. Por quê?
O uso do termo óbvio e do sinal de exclamação em suas falas indicam certa irritabi
lidade do personagem.
( Capítulo 6 X.._3_03
___
Texto 2
(SIC) - Orlandeli
voa PODo AT� ACHAR oSTRANHO, A AOOLesaNCIA
MAS, Do VoRDADo, NÃO Mo INCOMODO JA INCOMODOU
N.NHUM POUCO QUANDO 01ieM QUe ... MUITO, CLARO. TAMB�M FOI BARRA.
PRINCIPALMoNTo
QUANDO oRA
CRIANÇA. QUoRIA Me INTe&RAR, FAZoR
PARTo DA TAL •DIRE:TORW,
A INFANCIA NÃO � UM MAS AS PoSSOAS se AFASTAVAM
LUGAR A&RADAVeL seM SoQUoR Me CONHoCoR.
PARA QUoM �
DIFE:RE:NíE:.
CLARO, AINDA
SOU DISC�MI·
NADO POR Aí.
MAS NÃO Mo
IMPORTO MAIS
COM oSSAS
PoSSOAS.
. .. ANToS
CARA DE: 5APO
oo Que
E:5PfRITO
</ DE: PORCO.
���===:_==,-.,,,.- � - - -
___3_0_4x Poemas j
1 LPemC_ME_2019_6A_Cap6.indd 304 22/07/19 00:21 1
BNCC
O O texto nos passa um importante ensinamento. O que você entendeu por esse ensi
namento? Explique com suas palavras.
Habilidades gerais
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno perceba, entre outras possibilidades, que o
EF69LP05 EF69LP44
texto aborda a importância de não se julgar as pessoas pela aparência.
EF69LP47 EF69LP49
C, Transcreva o título do texto. EF69LP53 EF69LP54
Eu tenho cara de sapo. EF69LP56
(J Identifique a palavra que, no título do texto, pode ser suprimida sem prejuízo de sen
tido. Como ela se classifica? Habilidades específicas
O pronome pessoal eu pode ser suprimido sem prejuízo de sentido. EF67LP28 EF67LP32
EF06LP04
(Í!) No segundo quadrinho do texto, há uma frase em que essa mesma palavra foi supri
mida. Reescreva-a empregando a palavra corretamente.
"Principalmente quando eu era criança."
(O Ainda no segundo quadrinho, há uma fala do personagem em que ele omite um pro
nome pessoal do caso oblíquo. No contexto, a função desse pronome é indicar que o
próprio personagem é incomodado. Reescreva a fala do personagem empregando o
pronome corretamente.
"Já me incomodou muito, claro."
(ê No texto, o personagem principal se dirige diretamente ao leitor. Que palavra ele utili
za para fazer essa referência? O personagem trata seu interlocutor de maneira formal
ou informal?
O personagem utiliza o pronome você para se dirigir ao leitor. O emprego do pronome
sugere informalidade nesse tratamento.
( Capítulo 6 X.._3_05
___
d) Identifique nesse trecho o termo que o autor utiliza para evitar a repetição da pa
lavra diretoria.
As pessoas.
___3_0_6 J Poemas J
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Antes de começar a escrever
( Capítulo 6 X.._3_07
___
Seu poema não precisa falar, necessariamente, do amor entre um casal de na
morados. Seu texto pode ser dedicado, por exemplo, aos seus amigos, à sua
família, etc. Além disso, o poema é um texto em que o autor se expressa de
maneira muito particular. Por isso, fique à vontade para soltar sua imaginação.
Avaliação
1. Para avaliar seu poema, observe os seguintes aspectos:
Aspectos analisados
-
ºoo o
O poema está estruturado em versos?
o o
Os versos estão rimando (soneto)?
O tema está claro?
Há presença de substantivos variados para se referir à pessoa à
qual se destina o poema? o o
Os adjetivos empregados para qualificar essa pessoa foram apro
priados? o o
2. Depois dessa avaliação, se for necessário, reescreva o seu poema. Quando finalizar
tudo, ele estará pronto para ser entregue à pessoa que você escolheu para homena
gear.
( Capítulo 6 X.._3_09
___
Oxítonas
Paroxítonas
.. .
..
___3_1_0J Poemas J
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História da eletricidade
@ Todas estas palavras estão sob a mesma regra de acentuação, exceto:
� acarajé - caubói - ímã - bênção.
b) jaca - foto - patente - santa.
c) justiça - perfume - leve - acento.
d) Maracanã - além - Sanharó - freguês.
e) Tórax - táxi - abdômen - lúmen.
Ó Assinale a alternativa que contém vocábulos que obedecem à mesma regra de acen
tuação da palavra tênue.
a) Agrônomo, índex, fóssil, díspar.
b) Boêmia, herói, amáveis, imundície.
)<( Amêndoa, mágoas, supérfluo, Sérgio.
d) Míope, írmã, médiuns, volúvel.
e) Prático, viúvo, baía, saída.
C, O vocábulo cuja acentuação gráfica se faz pela mesma razão por que se dá a acen
tuação de gênio é:
a) três.
)( influência.
c) têm.
d) saúde.
e) mantém.
___3_1_J
2 Poemas J
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Ó Dentre as palavras abaixo, há erro de acentuação em:
a) técnico de petróleo.
b) município de Magé.
c) petroquímico.
d) área de influência.
)(( pôrto de ltaguaí.
Ó Assinale a alternativa em que todas as palavras são acentuadas por serem oxítonas.
>:{ Paletó, avô, pajé, café, jiló.
b) Caí, aí, ímã, ipê, abricó.
c) Lápis, filó, país, saúde.
d) Paraná, além, repórter, régua.
e) Crânio, ruína, baú, júri.
( Capítulo 6 X.._3_13
___
Habilidades gerais
EF69LP05 EF69LP33
EF69LP44 EF69LP45
EF69LP56 Renato Soares é especiali
zado no registro aprofundado
de povos indígenas. da arte. da
cultura e da biodiversidade do
Habilidades específicas Brasil. Desde 1986, realiza sis
temáticas viagens pelo terri
EF67LP20 EF67LP26 tório nacional para retratar di
ferentes formas de expressão
EF67LP32 EF67LP35 cultural dos variados grupos
étnicos brasileiros. A identifi
EF06LP04 EF06LP06 cação com o universo indíge
na o tem levado a longos pe Às margens do Rio Piraquê-Açu (peixe grande), os guaranis mbya revivem sua
ríodos de imersão em aldeias história, contada por seus anciões. Fotografia de Renato Soares/Imagens do
e reservas, e isso o estimulou Brasil.
a desenvolver o projeto Ame
ríndios do Brasil, que consiste a) Como os indígenas estão organizados no ritual de
na documentação fotográfica contação de histórias?
das quase 300 nações indí
genas do País. É colaborador Estão organizados em círculo, no entorno da fogueira.
de revistas de grande expres
são editorial, como a National
___3_1_x
4 Poemas j
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e) Que detalhes da fotografia chamaram a sua atenção?
Resposta pessoal.
@ Você aprendeu no capítulo anterior a produzir um relato de viagem. Mas você sa
bia que, ao realizar uma viagem, você pode não somente escrever suas experiências
como também enviar para alguém uma foto do local em uma espécie de carta espe
cial? Esse é o cartão-postal. Ele contém uma imagem do lugar onde você está e um
----- -
espaço para fazer uma dedicatória para o seu destinatário. Observe um exemplo a
---
seguir.
1 1
1 �20
1
1 1
1 �muili,Mtdt
De: FABI
1
Para: TIA DENISE ETIO BETO
direto de
1 NORONHA!
Endereio:
RECIFE-PE, 54220-000
1 1
( Capítulo 6 X.._3_15
___
@ Um gênero textual que utiliza muitos números em sua estrutura é a receita. Analise
esta receita de brownie.
Ingredientes
• 1/2 tablete de manteiga sem sal(100 g).
• 180 g de chocolate amargo picado.
• 1 xícara(chá) de açúcar(200 g).
• 1/2 xícara(chá) de açúcar mascavo.
• 3 ovos.
• 1 colher(chá) de extrato de baunilha.
• 1/2 colher(chá) de sal.
• 2 colheres(sopa) de cacau em pó.
• 3/4 xícara(chá) de farinha de trigo.
Modo de preparo
• Em uma tigela, coloque a manteiga e o chocolate meio amargo e leve para derreter
no micro-ondas(+/- 30 segundos).
• Adicione os açúcares, os ovos(colocando um por vez), o extrato de baunilha, o sal,
o cacau em pó e a farinha de trigo. Misture bem.
• Coloque a massa em uma assadeira forrada com papel-manteiga e leve ao forno a
180 ºC por 30 minutos. Retire do forno e decore com confeitos de chocolate, nozes
ou amêndoas.
___3_1_x
6 Poemas j
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Sobre os numerais utilizados na receita, analise os itens a seguir.
1. 1 /2 corresponde a um número fracionário e pode ser chamado de meio.
li. O numeral 1 em "1 xícara" pode ser substituído por uma, sem alteração de sentido.
Ili. "3 ovos" corresponde à ideia de quantidade.
IV. "180 ºC" nos remete à ideia de ordem.
1. açúcar - açucareiro
2. assar - assadeira
b)Voltando à receita de brownie, identifique palavras que podem dar origem a outras.
Resposta pessoal.
( Capítulo 6 X.._3_17
___
e micro-ondas papel-manteiga
)
a) Para você, como se originaram essas palavras?
Espera-se que os alunos observem que as palavras se originaram a partir da junção
de palavras primitivas.
Como você pode observar, as palavras micro-ondas e papel-manteiga são derivadas, pois se originaram a
partir da junção de palavras primitivas. Chamamos essa junção de composição. Na composição, quando unimos
palavras primitivas, pode ocorrer ou não a perda de algum elemento. Em micro-ondas, por exemplo, não há perda,
mas em planalto há.
___3_1_sx Poemas j
1 LPemC_ME_2019_6A_Cap6.indd 318 22/07/19 00:21 1
BNCC
Mídias em contexto
Habilidades gerais
Ú A fim de atingir certos efeitos de sentido, é comum os escritores "misturarem" gêne
ros textuais. Assim, um poema, por exemplo, pode ser estruturado como uma receita. EF69LP07 EF69LP46
Acrescentando "ingredientes poéticos", podemos produzir boas receitas... EF69LP51 EF69LP54
Produza um poema-receita para ser postado na sua rede social. Procure usar a cria
tividade e atente para a estrutura composicional característica de cada um dos dois
gêneros. Habilidades específicas
Desafio!
EF67LP27 EF67LP31
No seu poema-receita, você deve utilizar: EF67LP32 EF67LP35
• Diferentes numerais.
• Palavras primitivas.
EF06LP11 EF06LP12
• Palavras derivadas.
Outras fontes
� Escaneieo
'-:!.) QR CODE abaixo.
-�
,, ,,,
·--
• Pequeno Cidadão 1
.- Pequeno cidadão. Canal mantido
pelos músicos Antonio Pinto, Ar
-..---·
--- --___
-·•--.·---..
naldo Antunes, Edgard Scandurra
___
e Taciana Barros para divulgarem
..,.. ......, os trabalhos da banda.
...
...-
( Capítulo 6 X.._3_19
___
Sugestão de abordagem
( Capítulo 7 X.._3_23
___
( Capítulo 7 X.._3_25
___
32 6
___ _ _
J Um pouco de ciência J
1 LPemC_ME_2019_6A_Cap7.indd 326 22/07/19 00 :33 1
Desvendando os segredos do texto
( Capítulo 7 X 3 27
.._ _ ___
Recreio
32 8
___ _ _
J Um pouco de ciência J
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(1 A fim de enriquecer ainda mais o artigo de Fernando Reinach, podemos acrescentar
algumas informações importantes a partir de outras fontes de pesquisa, como o ar
tigo indicado na questão anterior. Pensando nisso, responda às questões a seguir.
Utilize seu caderno.
a) De que país provinham os navegadores que "descobriram" a Ilha de Páscoa? Essa
informação poderia ser acrescentada em qual parágrafo? Indique como você faria garam encontraram a ilha
esse acréscimo.
coberta por uma vegetação
b) Como se chamava a civilização que habitava a Ilha de Páscoa quando da chegada rasteira, pobre em animais,
dos "descobridores"? Da mesma forma que no item anterior, indique o parágrafo em praticamente sem árvores,
que essa informação poderia ser acrescentada e como você faria esse acréscimo.
habitada pelos rapanuis,
e) Que ferramentas eram utilizadas para esculpir os moais? Como você acrescenta que comiam ratos[...]".
ria esse dado e em qual parágrafo?
c. As estátuas eram escul
d) Além dos golfinhos, que outros animais marinhos serviam à alimentação dos indí pidas com ferramentas de
genas? Como você acrescentaria esse dado e em qual parágrafo?
basalto, mais duro que a
rocha vulcânica. Esse dado
poderia ser acrescentado
adequadamente no terceiro
Artesãos rapanui vendem suvenires para turistas
na Ilha de Páscoa. parágrafo. Sugestão: "Entre
os anos 1 000 e 1400, fo
ram produzidos os moais,
tarefa a que se dedicava
boa parte da população.
Para esculpi-los, os rapa
nuis utilizavam ferramen
tas de basalto, material
mais resistente que a rocha
utilizada. O transporte das
estátuas era feito por até
quinhentas pessoas, com
cordas de palmeiras e rolos
de troncos".
d. Além dos golfinhos, os ra
panuis comiam focas. Esse
dado poderia ser acres
centado adequadamente
Sugestão de abordagem no primeiro parágrafo do no terceiro parágrafo.
texto. Sugestão: "A Ilha de Sugestão: "Os primeiros
Respostas para a questão 8 Páscoa foi descoberta em habitantes pescavam gol
da seção Desvendando os se 1722 por navegadores Holan finhos longe da costa com
gredos do texto: deses". canoas construídas com
a. Os navegadores que en b. Os rapanuis. Essa infor troncos (dados fornecidos
contraram a Ilha de Pás mação poderia ser inserida das camadas de lixo). Ou
coa em 1722 provinham adequadamente no primeiro tro animal marinho muito
da Holanda. Essa informa parágrafo do texto, no trecho: utilizado na alimentação
ção deve ser acrescentada "Os navegadores que ali che- era a foca".
( Capítulo 7 X..._3_2_9
__
(à Um dos recursos utilizados por Fernando Reinach em seu artigo, para facilitar a expo
sição das informações, foi apresentá-las por meio da relação causa-efeito. Esse recur
so fica bastante evidente na construção do parágrafo abaixo. Releia-o com atenção.
33 0
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J Um pouco de ciência J
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peixe. Com a destruição das florestas e a chegada dos ratos, desapareceram
os ovos e os pássaros. A parca vegetação rasteira foi incapaz de proteger o
solo, o que levou à diminuição da quantidade de alimentos. Por volta de 1650,
surgiram os primeiros ossos humanos roídos e cozidos nas pilhas de lixo.
Junto a eles, ossos de ratos, então uma fonte de proteína. Fome e guerras
reduziram a população. Restaram 2 mil pessoas famintas, isoladas no meio
do Pacífico pela falta de canoas. Foi essa a ilha descoberta em 1722. Num
período de oitocentos anos, o homem chegou à ilha de Páscoa, criou uma
civilização, destruiu o ambiente e quase extinguiu a si próprio. Os moais, po
rém, permaneceram, e eles nos avisam: cuidado com a Terra, ela está isolada
no espaço como a Ilha de Páscoa está isolada no Pacífico.
Tendo em vista a relação causa-efeito, complete o esquema a seguir com base nas
informações expostas no texto.
Causa Efeito
Impossibilidade de os indígenas
b) Ausência de árvores na ilha.
produzirem canoas.
Escassez de alimentos.
e) Prática de canibalismo.
Fome e guerras.
f) Diminuição da taxa populacional.
( Capítulo 7 X.._3_3_1
__
Verbo
O texto abaixo é um trecho do primeiro parágrafo do artigo O que dizem os moais. Leia
-o com atenção.
BNCC Os navegadores que ali chegaram encontraram a ilha coberta por uma vege
tação rasteira, pobre em animais, praticamente sem árvores, habitada por ín
dios que comiam ratos, praticavam canibalismo e sobreviviam de uma agri
Habilidades gerais cultura rudimentar.
EF69LP55
EF69LP56 1. Indique as palavras do texto que expressam ação.
2. Dizemos que, na nossa língua, uma palavra é variável quando pode sofrer mudanças
para se adaptar às condições em que é utilizada. Nos capítulos anteriores, vimos, por
Habilidades específicas exemplo, que artigos, substantivos e adjetivos são palavras variáveis, isto é, sofrem
EF06LP04 mudanças de número (singular ou plural) e gênero (feminino ou masculino) depen
EF06LP05 dendo do uso. Analise as palavras que você indicou na questão anterior e, em seguida,
reflita e opine.
33 2
___ _ _
J Um pouco de ciência J
1 LPemC_ME_2019_6A_Cap7.indd 332 22/07/19 00 :33 1
.�.
�; Repensando o Ensino �
.-
� da Gramática �
Primeira pessoa: Eu - quem fala.
Segunda pessoa: TU/Você - com quem se fala. singular
tuguês (especialmente no
Primeira pessoa:
Segunda pessoa:
Terceira pessoa:
Nós
Vós/vocês
Eles/elas
- quem fala.
- com quem se fala.
- de quem se fala.
plural
�-
� .. Ensino Fundamental) que al
guém pode conceber partem
de textos reais. Aula que co
.�.
Nos exemplos acima, observe que as palavras encontraram e encontrou são variações
� meça com dado solto (para
(flexões) da palavra encontrar, que é um verbo.
falar de qualquer questão
.-
�
Verbos são palavras variáveis que indicam ação, estado, fato ou fenômeno da
gramatical: grafia, classifi
natureza. cação de palavras, tipos de
:(li. oração, etc., ou mesmo para
�·t:·
Veja mais alguns exemplos de emprego de verbos. comparar escrita correta e
�:
escrita errada) é uma aula
A Ilha de Páscoa foi descoberta em 1722.
As enormes estátuas chamaram a atenção dos navegadores. que começa mal. A tese tam
..
Arqueólogos reconstituíram a história do homem de Páscoa. bém vale para outras áreas:
� botânica deve começar com
Nesses exemplos, veja que os verbos variam, indicando o número e uma das pessoas
�·t:·
Relação de concordância Relação de concordância corre da observação de como
�:
1 • pessoa - singular 1 • pessoa - plural
os humanos aprendem a fa
Outro detalhe importante é que, como o verbo ter, nesses
Aprenda mais! lar: as crianças vivem em uma
.�-.
casos, se relaciona com uma das pessoas do discurso, ele
comunidade que fala, ouvem
é chamado de verbo pessoal. Existem verbos que não se re
Na segunda parte deste �;
de tudo, ou quase, e, em pou
'
lacionam com nenhuma das pessoas do discurso, por isso capítulo, estudaremos com
.
são chamados de impessoais. Os verbos que indicam fe mais detalhe o fenômeno da �
nômenos da natureza são exemplos de verbos impessoais. concordância verbal. co tempo, tornam-se falantes
competentes. Sem ter aulas.
:(li.
Choveu muito em São Paulo. Outra forma de tornar uma
Nevou no Rio Grande do Sul este ano.
Trovejou durante a noite. aula interessante e produtiva
f,
( Capítulo 7 X.._33
_ 3
___
• Indicativo - indica um fato certo, que está acontecendo, aconteceu ou vai acontecer.
Corrigi os textos.
Trabalhei muito ontem.
• Subjuntivo - é usado para exprimir um fato incerto, hipotético, duvidoso, que pode
não acontecer.
Talvez chova.
Se chovesse, seria bom.
3 3 x
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4 Um pouco de ciência j
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O “caminhar” do moai
No link a seguir, do canal da revista de divulgação científica National
Geographic, você assiste ao vídeo produzido pelos pesquisadores Terry
Hunt e Carl Lipo para registrar a "caminhada" de um moai.
d) O experimento realizado em 1997 foi organizado por dois curiosos. Caso o aven
tureiro não tivesse participado do estudo, que alterações deveríamos fazer no pri
meiro parágrafo do texto? Reescreva-o.
Em 1997, o engenheiro checo Pavel Pavel construiu uma réplica de moai e amarrou
uma corda em torno da sua base. Depois, com a ajuda de mais dezesseis pessoas,
ele conseguiu mover a estátua balançando-a de um lado para o outro.
3 3 6
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J Um pouco de ciência J
LPemC_ME_2019_6A_Cap7.indd 336 22/07/19 00 :33 1
@ As locuções verbais podem ser normalmente substituídas por apenas um verbo.
Identifique, entre as opções a seguir, aquela que melhor substitui a locução verbal
empregada no primeiro parágrafo do texto da questão 1.
a) balançaram.
)imoveram.
c)fixaram.
d) amarraram.
e)deslizaram.
C, Leia.
Eles também argumentam que isso explica um folclore rapanui, que narra
que as estátuas caminhavam, pois eram animadas por magia.
( Capítulo 7 X.._3_37
___
Por favor, vocês podem Uma enfermeira fala para os acompanhantes de um idoso na en
1. conversar lá fora? fermaria de um hospital.
IV. Você quer cair daí? Uma mãe fala para o filho de 5 anos que está pulando no sofá.
e) Todas as nossas interações comunicativas são permeadas por intenções. Das fra
ses formadas por apenas uma palavra aos textos mais longos e complexos. Qual
é a intenção comunicativa por trás de cada uma dessas frases?
Nas frases I e li, a intenção é pedir silêncio; na frase Ili, a criança pede água à mãe; na
frase IV, a mãe ordena que o filho pare de pular no sofá.
3 3 8
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{j Após uma aula de Português sobre verbos, a professora perguntou a alguns alunos o
que eles tinham acabado de aprender. Veja algumas afirmações.
Como você pode observar, nem todos os alunos compreenderam bem o assunto.
Indique a afirmativa correta.
a) Todos os meninos compreenderam bem.
b) Apenas Lourdes compreendeu o assunto.
c) Otávio e Larissa estão certos.
d) Apenas Sérgio compreendeu.
)(Somente as meninas compreenderam bem.
@ O verbo tem três modos: indicativo, subjuntivo e imperativo. Para expressar um fato
certo no presente, no passado ou no futuro, utilizamos o modo indicativo. Quando
não temos certeza sobre esse fato, empregamos o subjuntivo. Por fim, para expres
sarmos uma ordem, um pedido, usamos o imperativo. Agora, analisando o sentido de
cada oração, indique os verbos que preenchem corretamente as lacunas.
( Capítulo 7 X.._3_39
___
Horizontal
Vertical
1. Ecossistema rico em biodiversidade, de
1. Conjunto de animais próprios de uma
solo úmido, lodoso e com grande quan-
localidade, região, ambiente ou período
tidade de nutrientes.
geológico.
2. Crustáceos de carapaça larga com per-
2. Animais cujo corpo mole é coberto por
nas anteriores terminadas em fortes
uma concha protetora.
pinças.
3. Mistura de argila, água e matéria orgâ-
3. Seres vivos caracterizados por apre-
nica.
sentar celulose e clorofila nas células.
4. Lugares em que vivem organismos va-
4. Movimento das águas do mar que faz
riados e que oferecem condições físicas
com que seu nível aumente e diminua
e geográficas favoráveis à sobrevivência.
regularmente ao longo do dia.
5. Parte dos vegetais que geralmente fica
5. Animais ovíparos, com corpo revestido
no solo, podendo também se localizar
de penas.
na água ou no ar, absorvendo recursos,
6. Verbo sinônimo de necessitar, flexiona-
como o oxigênio, para sobrevivência.
do na 3ª pessoa do singular.
6. Ver novamente.
7. O mesmo que ter, verbo flexionado na 3ª
7. Verbo utilizado como sinônimo de ob-
pessoa do singular.
servar.
8. O verbo estar flexionado na 3ª pessoa
8. Adjetivo antônimo de complicado em "É
do singular.
complicado para as plantas viverem ali".
( Capítulo 7 X.._3_4_1
__
3 4 2
____ _
J Um pouco de ciência J
LPemC_ME_2019_6A_Cap7.indd 342 22/07/19 00 :33 1
(i) Releia o terceiro parágrafo do artigo.
De fato, não é fácil para as plantas viverem ali. As espécies que conseguem
têm uma estrutura especial em suas folhas: glândulas que atuam como
bombas, filtrando a água e eliminando o sal. As raízes dessas plantas tam
bém são especiais: diferentemente das árvores de terra firme, cujas raízes
respiram oxigênio do solo, as do mangue precisaram desenvolver raízes aé
reas, ou seja, voltadas para cima, para capturar oxigênio da atmosfera. É por
isso que o manguezal é um conjunto de plantas com galhos contorcidos. Na
verdade, é muito mais!
b) Vimos que os verbos podem indicar diversas noções. O que expressam essas for
mas de gerúndio?
Expressam ação.
Espera-se que o aluno perceba que, na sentença 1, o verbo é classificado como impessoal,
pois não há sujeito (o verbo indica um fenômeno da natureza). Já na sentença 2, o verbo é
pessoal, pois apresenta-se flexionado na primeira pessoa do singular, sendo usado de modo
figurado no sentido de acordar. Tanto a categoria de sujeito quanto o mecanismo da concor
dância verbal serão estudados adiante, na segunda parte deste capítulo.
( Capítulo 7 X.._3_43
___
o o
A linguagem utilizada está adequada a seu público-alvo? revisados pelo autor, com as
O texto apresenta-se como um artigo de divulgação científica?
devidas orientações. Se pos
sível, converse pessoalmente
2. Agora, troque seu texto com o de um colega e avalie-o tendo por base o roteiro apre
sentado na questão acima. com cada um, ou com cada
3. Considerando as suas observações sobre seu próprio texto e as observações que seu equipe. Depois de avaliados,
colega fez, procure, se necessário, ajustar seu texto.
os artigos podem ser publi
cados e distribuídos aos pais,
funcionários e à comunidade.
Anotações
( Capítulo 7 X.._3_45
___
erros.
O mais importante é formar
uma sociedade crítica, com ca
beças pensantes que tenham as
nanceiro do poder público, das ferramentas necessárias para
instituições fomentadoras de pes atuar no benefício de todos.
Por que divulgar ciência? quisa ou das empresas privadas. Inspirar a juventude é um ótimo
Talvez você já tenha ouvido Divulgar ciência ajuda a melho começo para galgarmos no ca
esta pergunta em algum lugar. rar a educação. A divulgação atrai minho da maior entre todas as
[...] Muitos motivos poderiam jovens e entusiastas para o conví aventuras: aprender e praticar
ser mencionados. A população vio no meio científico e ajuda a des ciência [...].
apoia os projetos que melhor mistificar conceitos equivocados e Flora Inês Mattos Costa. Disponível
compreende, o que invariavel mitos sobre o papel do cientista[... ]. em: http://www.zenite.nu/divulgacao
mente resultará no suporte ti- Não é um trabalho simples, mas cientifica/ Acessado em 02/05/2019.
( Capítulo 7 X.._3_7
4
___
Micronutriente - Elemento químico (mineral, vitamina, etc.) que um ser vivo preci
Habilidades gerais
EF69LP29 EF69LP30
EF61LP31 EF69LP42
Desvendando os segredos do texto
EF69LP43
@ Ao longo deste ano, estudamos diferentes gêneros textuais. Nesse estudo, vimos
Habilidades específicas que, ao produzirmos um texto, é fundamental termos em mente nosso leitor, ou lei
tores (público-alvo). Essa observação é fundamental porque devemos adequar a lin
EF67LP20 EF67LP26 guagem do texto ao seu perfil. Assim sendo, responda às questões a seguir.
EF67LP34 EF67LP37
a) Onde o artigo foi publicado?
O artigo foi publicado no site da revista Ciência Hoje das Crianças.
® Escaneie o QR CODE.
3 4 8
____ _
J Um pouco de ciência J
1 LPemC_ME_2019_6A_Cap7.indd 348 22/07/19 00 :33 1
Sugestão de abordagem
d) Um dos recursos utilizados pela autora para atrair a atenção dos leitores e con
quistar sua simpatia foi a linguagem dialogada, como se estivesse falando direta
mente para cada leitor. Identifique no texto exemplos do emprego desse recurso. Professor, o portal do MEC
Sugestão de resposta: O emprego do pronome possessivo sua (1 ° parágrafo); o em traz o conceito e as caracte
prego do pronome pessoal você (5° parágrafo); a pergunta duvida? (5° parágrafo). rísticas dos artigos de divul
gação científica. Você pode
O Como vimos na primeira parte deste capítulo, os ar conferir o conteúdo por meio
tigos de divulgação científica podem contar com a do código indicado.
ajuda de recursos visuais para atrair a atenção do pú
blico e ajudar na informatividade do texto, isto é, na
capacidade de informar. Utilizando informações pre � Escaneieo
sentes no texto, produza uma legenda para a imagem � QRCODE.
ao lado.
Diálogo com o professor e produtos é a veiculação de informa para a casa das famílias, é comum
ções, quando não erradas, imprecisas começar desconstruindo algum
Anteriormente, dialogamos so sobre assuntos importantes, como a ditado, crença popular ou costu
bre a importância do título para um saúde. Esse, inclusive, é um dos desa me equivocado sobre o assunto.
texto. Como vimos, os redatores fios dos artigos de divulgação cientí Visto isso, quem escreve artigos
empregam as mais variadas arti fica, que, entre outras funções, busca de divulgação científica também
manhas para conquistar a atenção dissolver muitos dos mitos prejudi precisa ser muito criativo na hora
do leitor. O perigo de utilizar recur ciais que circulam na sociedade. Não de elaborar um título para atrair a
sos tão fortes da língua apenas é à toa que na Tv, por exemplo, quan atenção do leitor quanto à impor
com o interesse de vender revistas do um programa quer levar ciência tância do assunto.
( Capítulo 7 X.._3_49
___
pode não apenas trazer o leitor, Na dúvida, releia as dicas da CHC para lanches nutritivos e saudáveis!
como garanti-lo "surdo" e de
Considerando que o artigo foi publicado no ambiente virtual, explique a finalidade do
olhos bem abertos até a última destaque feito nessa frase.
linha. O anseio por uma resposta O destaque indica o hiperlink. Professor, é importante explorar com a turma a utilida
dá a liberdade ao autor de con de desse recurso virtual.
duzi-lo por qualquer caminho,
sobretudo se a pergunta envolve
assuntos muito valorizados pelo
momento histórico, como em É
possível emagrecer comendo
de tudo?, ou assuntos que me tentando me fazer comprar?". Al No entanto, o perigo de utilizar
xam com questionamentos mais gumas, na briga pelo nosso suado recursos tão fortes da língua ape
profundos, como em Deus existe dinheirinho, pulam a polidez de um nas com o interesse de vender re
mesmo? convite e apelam para o imperativo: vistas e produtos é a veiculação de
Esse é um recurso muito ex Seja feliz! Descubra como!, Fique informações, quando não erradas,
plorado, por exemplo, pelas re rico!, Tenha uma barriga tanquinho imprecisas sobre assuntos impor
vistas, em suas matérias de em um mês!, etc. Dessa forma, para tantes, como a saúde. Esse, inclu
capa. São tantas que nos levam qualquer indivíduo triste, desavisa sive, é um dos desafios dos artigos
a pensar: "Há realmente muitas do e com dinheiro no bolso, é no de divulgação científica, que, entre
respostas assim ou só estão caute na certa... outras funções, busca dissolver
e
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Anotações
F+1ill11HIIE
a) Se você fosse enviar um comentário a respeito do texto, o que você diria?
Resposta pessoal.
b) Para comentar o artigo, que informações o leitor precisa passar para o site?
O leitor precisa passar seu nome e seu e-mail.
(
Capítulo 7 X.._3_5_1
__
COMENTÁRIOS
Caio
Não vejo necessidade de perder tempo lendo um texto tão inútil. Como hambúrguer todo dia
e tenho muita saúde...
Publicado em 14 de outubro de 2018 Responder
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3 5 2
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J Um pouco de ciência J
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O Como vimos, nos artigos de divulgação científica é muito importante utilizar uma
linguagem clara e objetiva, evitando-se, por exemplo, repetições desnecessárias.
Para isso, dispomos de vários recursos linguísticos, como a sinonímia e a antonímia.
Considerando o texto O perigo das gostosuras, indique qual das alternativas a seguir
não traz um par de sinônimos.
a) Componente - micronutriente.
b) Micronutriente - sódio.
e) Comer - consumir.
d) Produtos - alimentos industrializados.
� Sódio - alimento.
A relação de sinonímia (sentido semelhante) e de antonímia (sentido oposto) entre as palavras deve conside
rar sempre o contexto de uso e, fundamentalmente, as relações de sentido expressas. Por exemplo, as palavras
homem e garoto tanto podem apresentar relações de sentido semelhantes quanto opostas. Veja:
Mas, se o sódio é tão perigoso, por que continua sendo tão usado, sobretudo
nos produtos industrializados? "Ele realça o sabor e a textura dos alimentos",
explica a nutricionista Mariana Kraemer, da Universidade Federal de Santa
Catarina. "Além disso, ele ajuda a preservar os produtos, pois faz com que
demorem muito mais para estragar".
Sugestão de resposta: Mas, se o sódio é tão perigoso, por que continua sendo tão
usado, sobretudo nos produtos industrializados? "Ele evidencia o sabor e a textura
aos alimentos", esclarece a nutricionista Mariana Kraemer, da Universidade Federal
de Santa Catarina. "Além disso, ele auxilia na preservação os produtos, pois faz com
que demorem muito mais para apodrecer".
( Capítulo 7 X.._3_53
___
Tempos verbais
O tempo verbal diz respeito, basicamente, à situação de eventos ou estados no tempo.
Nesse sentido, podemos localizar no tempo um evento a partir da forma do verbo, identifi
cando o presente, o passado e o futuro.
3 5 4x Um pouco de ciência
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j
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O futuro simples (serei, voltaremos, sairá) é pouco utilizado no português brasileiro,
ficando restrito basicamente à escrita formal. Geralmente, o futuro é indicado por meio do
verbo ir seguido de um verbo no infinitivo, construção que chamamos de futuro composto.
O presente expressando o
Ela vai ficar em casa no final de semana.
passado
O futuro condicional (também chamado de futuro do pretérito) é utilizado para indicar O presente simples é usa
um evento que poderia acontecer sob algumas condições.
do às vezes para expressar um
Ela só passaria de ano se estudasse. evento passado. Isso acontece
quando se deseja dar um caráter
mais vivo a uma narração, como
em Entrei no quarto e o que é que
Variedades de expressão do presente
O presente expressa, basicamente, eventos ou esta Nos exemplos lidos, o evento ou estado descrito eu vejo? A Anita rasgando todos
dos atuais. Podemos distinguir duas formas, o presente vale para o momento presente, mas também para cer
simples (eu falo} e o presente progressivo (eu estou fa ta extensão no passado e no futuro. Esse é o signifi
os vestidos.
lando). Essas duas formas não são sinônimas. O presen cado básico do presente simples. O presente simples
te simples é usado para exprimir um evento habitual, uma não é usado para exprimir um evento que se verifica no
propriedade permanente ou um estado permanente. momento da fala. Assim, a frase "Meu pai trabalha na
oficina" exprime um evento habitual (= meu pai é um
O presente em expressões de
Esse vizinho sempre faz barulho à noite.
(evento habitual}
empregado da oficina), não alguma coisa que meu pai
está fazendo no momento da fala. Para exprimir um
tempo decorrido
Carolina tem cabelo louro. (propriedade evento que se dá no momento da fala, usa-se o pre Em frases modificadas por
permanente) sente progressivo, isto é, o auxiliar estar mais o gerún
dio. Por exemplo: um sintagma que indica tempo
O presente simples também é usado para exprimir
uma verdade geral, que não depende de tempo. ( Meu pai está trabalhando na oficina. ) decorrido, usa-se o presente se
( A água ferve a l 00 graus. ) PERINI, Mário. Gramática do português brasileiro. São Paulo: Parábo a condição descrita é ainda ver
la, 201 O. pp. 221-222.
dadeira. Por exemplo: Ele é uma
pessoa doente desde 1999; Há
Sujeito doze dias que ela não para de
A charge ao lado foi publicada em 14 tossir; Eu moro aqui há mais de
de janeiro de 2011 pelo jornal O tempo, de dez anos.
Minas Gerais. Na ocasião, grande parte da t.JOSSff.> AUTORIOAOES
Região Metropolitana de Belo Horizonte es "C-HOV��
tava sendo afetada por graves chuvas. Sa l _ _. Com o verbo estar
bendo disso, responda às questões.
Finalmente, o presente sim
ples do verbo estar se usa para
expressar uma condição atual:
-; . A porta está fechada. A razão
é provavelmente a impossibili
dade de usar estar no presente
progressivo, o que nos daria uma
sequência de dois verbos iguais:
*ª porta está estando fechada.
cedo eu te telefono. Esse uso não Igualmente, não se faz o futu
O presente expressando o vale para eventos previstos como ro de ir usando o mesmo verbo
futuro muito remotos no futuro. Assim, como auxiliar: em vez de *eu vou
O presente simples pode ser pode-se dizer O Sol vai se extin ir se diz eu vou.
usado para expressar um evento guir dentro de dois bilhões de anos, No entanto, tenho tido, tinha
futuro (normalmente acompa mas não O Sol se extingue dentro tido ocorrem normalmente.
nhado de uma expressão tem de dois bilhões de anos, embora se PERINI, Mário (201 O). Gramática do por
poral que elimina a ambiguida possa dizer O Sol nasce dentro de tuguês brasileiro. São Paulo: Parábola.
de). Por exemplo: Amanhã bem cinco minutos.
( Capítulo 7 X.._3_55
___
BNCC 4. Indique, no texto, o termo ou a expressão que pode ser substituído por esse pronome.
No primeiro momento deste capítulo, vimos que os verbos pessoais variam, acompa
nhando o número e a pessoa do discurso que marcam os termos aos quais se associam.
Habilidades gerais Reveja:
EF69LP05 EF69LP55
EF69LP56 Nossas autoridades adoram um chove não molha.
Elas (3 ª pessoa/plural)
Habilidades específicas
EF06LP04 EF06LP06 Nesse período, a expressão nossas autoridades determina a flexão do verbo na terceira
pessoa do plural. Essa função corresponde ao sujeito.
EF06LP10
Sujeito é o termo que determina a flexão de pessoa e número do verbo ao qual
se associa.
Sugestão de abordagem
O sujeito em geral apresenta um núcleo, isto é, a palavra mais importante, pois concen
tra seu significado básico. Em regra, o núcleo do sujeito tem sempre valor substantivo. No
Respostas para as questões exemplo acima, portanto, o núcleo do sujeito é o substantivo autoridades.
da seção Análise linguística: Quando o sujeito é formado por apenas um núcleo, temos um sujeito simples,
como em "Eles são muito diferentes". Já quando possui mais de um núcleo, temos
1. Resposta pessoal. Es um sujeito composto, como em "Os animais e as plantas de uma região compõem a
peramos que os alunos fauna e a flora".
Apesar de comum nas gramáticas, essa classificação não é muito relevante. Na
percebam que a fala do verdade, o mais importante é perceber se o sujeito é singular ou plural, pois essa in
entrevistado não faz sen formação determina a flexão do verbo (no singular ou plural) para acompanhá-lo. O
mecanismo gramatical que se estabelece entre o sujeito e o verbo, chamamos de con
tido, pois as causas são
cordância verbal.
resultantes de diferentes
fatores, como a falta de
estrutura adequada para
drenagem da água nas
cidades e o processo de
urbanização desestrutu
rado.
2. A expressão é utilizada Anotações
para designar problemas
que não se resolvem,
sem solução. Ou seja,
segundo o chargista as
autoridades adoram não
resolver os problemas
que afligem a população.
3. Eles/elas.
4. Nossas autoridades.
3 5 6
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J Um pouco de ciência J
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Diálogo com o professor
Concordância verbal
O princípio fundamental da concordância verbal, portanto, pode ser definido da seguinte O evento expresso pelo
forma.
presente progressivo não
precisa ser pontual, e pode ter
O verbo pessoal deve concordar com o seu sujeito.
alguma extensão no passado
e no presente, ou ser habitual,
Agora, analise estes exemplos. mas nunca é uma proprieda
Tu e Marcelo gostais/gostam de Física? de permanente:
Vós (2• pessoa/plural) Vocês (3 ª pessoa/plural)
A paixão pela ciência e o dom para contar histórias são minha vantagem. Está chovendo muito em
Eles (3• pessoa/plural) Belém.
Eu e o João estudamos juntos desde a Educação Infantil até a seleção carioca.
Nós (1 • pessoa/plural) Essa frase pode significar
Com base nesses exemplos, podemos formular outras regras de concordância verbal.
que está chovendo neste mo
mento, ou que tem chovido
ultimamente em Belém, mas
O verbo vai à 1• pessoa do singular se o sujeito é ou pode ser representado
pelo pronome eu. não que Belém é (permanen
O verbo vai à 2• pessoa do singular se o sujeito é ou pode ser representado temente) uma cidade chuvo
pelo pronome tu.
O verbo vai à 3• pessoa do singular se o sujeito é ou pode ser representado sa; nesse caso se diria:
pelos pronomes ele, ela ou você.
O verbo vai à 1• pessoa do plural se o sujeito é ou pode ser representado pelo
pronome nós.
Chove muito em Belém.
O verbo vai à 2• pessoa do plural se o sujeito é ou pode ser representado pelo
pronome vós.
Isso explica por que não se
O verbo vai à 3• pessoa do plural se o sujeito é ou pode ser representado pelo
pronome eles, elas ou vocês. pode dizer, por exemplo, Ca
rolina está tendo cabelo lou
Já os verbos impessoais não possuem sujeito. Dessa forma, nessa condição esses ver- ro. A casa dele está ficando
bos são empregados sempre na terceira pessoa do singular. atrás do parque.
Amanheceu chovendo.
Nevou no Rio Grande do Sul.
Sempre chove em Manaus.
( Capítulo 7 X.._3_7
5
___
{j Agora leia.
Em 2018, o tema da SNCT foi "A Ciência para redução das desigualdades". O
que isso significa? A CHC vai explicar para você!
( Capítulo 7 X.._3_59
___
{à Aprendemos que os verbos como chover, nevar e relampejar são impessoais, pois in
dicam fenômenos da natureza, logo não possuem sujeito. Mas você já percebeu que,
em algumas situações, utilizamos esses verbos como pessoais, como em "Amanheci
com dor de cabeça hoje"? Esse uso é possível porque podemos atribuir novos senti
dos às palavras da língua. Observe os exemplos a seguir e assinale aquele em que o
verbo não está em seu sentido impessoal.
� O suco amanheceu fora da geladeira, Gustavo.
b) No inverno, escurece mais cedo.
c) Assim que anoiteceu, fomos direto para a academia.
d) Só saio desta festa quando amanhecer.
e) No dia do meu aniversário, sempre chove.
(O Em nosso estudo, vimos que os pronomes pessoais do caso reto se relacionam com
as flexões verbais. Aponte a única associação errada entre pronome e conjugação do
verbo, segundo a gramática normativa.
a) Eles já escolheram o filme a que vamos assistir?
b) Eu só percebi ontem que Thaís não fala mais com Gisele.
c) Nós descobrimos por que Ricardo tem faltado às reuniões.
)t:( Acabaram de saber que tu está namorando com Afonso.
e) Quem sois vós para falar assim com o presidente?
( Capítulo 7 X.._3_6_1
__
No século XIX, já era comum encontrar fontes de soda instaladas nas farmácias por
todos os Estados Unidos.
Segundo Jorge Fantinel, "Não se sabe exatamente quem foi o primeiro a colocar
substâncias adoçantes e corantes na água gasosa, mas certamente isso aconteceu
numa farmácia, onde as misturas eram feitas e vendidas como tônicos".
Jorge Fantinel é engenheiro químico.
Jorge Fantinel escreveu o livro Os refrigerantes no Brasil.
As primeiras experiências foram feitas com xarope de limão, a soda limonada.
Depois vieram as misturas com morango, noz-de-cola - um fruto africano parente
do cacau, rico em cafeína, conhecido no Brasil como orobô - e ginger ale, feito de
gengibre.
Os xaropes gasosos eram vendidos a l centavo de dólar.
Algumas farmácias deixaram de lado a venda de remédios para aumentar o espaço
de atendimento dos bebedores de xaropes gasosos.
Proprietários de farmácias começaram a competir pelos fregueses criando xaropes
cada vez mais elaborados.
As três maiores marcas norte-americanas atuais foram criadas num espaço de pou
co mais de l O anos, por três ex-farmacêuticos.
Em 1885, Charles Alderton inventou a fórmula da Dr. Pepper.
Em 1886, John Pemberton inventou um concentrado com "qualidades estimulantes"
à base de noz-de-cola, folhas de coca e outros ingredientes, ao qual daria o nome de
Coca-Cola.
Em 1898, surgiu a Pepsi-Cola, que usava a mesma noz-de-cola e uma enzima para
"ajudar na digestão", a pepsina.
Avaliação
Peça a um colega para avaliar seu texto. Para isso, ele deverá analisar os seguintes
aspectos:
Aspectos analisados
CIICD
o o
o o
O texto está estruturado como um artigo de divulgação científica?
o o
As informações estão organizadas de maneira lógica?
o o
As informações fornecidas no planejamento foram utilizadas?
A linguagem está adequada ao público-alvo?
( Capítulo 7 X.._3_63
___
Singular Plural
ele tem eles têm
ele vem eles vêm
Há uma crença muito forte Assim, na prática, esse é um acento diferencial, isto é, o acento que, em muitas situa
ções escritas, indica se o verbo se relaciona com a terceira pessoa do singular ou do plural.
em nossa cultura a respeito da Observe:
habilidade de escrever. Muitas
As provas são sempre muito cansativas. Vêm sempre de vez.
pessoas acreditam que a capa Elas (terceira pessoa do plural)
cidade de escrever está associa
da à inspiração e à veia artística Os ditongos
de alguns. Grande engano. Devemos acentuar a vogal dos ditongos abertos éi, éu e ói, quando tônicos, em palavras
oxítonas ou monossílabas. Observe.
A escrita, muito mais do que
inspiração, requer do escritor co chapéu réu rói pastéis véu anéis
nhecimento prévio, leituras di
É importante notar que, antes do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que
versificadas, investigação sobre entrou em vigor em janeiro de 2009, os ditongos abertos tônicos ei e oi recebiam acento
o assunto abordado, reconheci
mento da forma e da estrutura do
texto a ser escrito e, claro, traba
lho e dedicação no processo de
construção do texto propriamente de produção e aperfeiçoamento Anotações
dito. Entende-se dessa forma que de habilidades específicas ne
um texto necessita de conteúdo, cessárias ao escritor para que
informações variadas, estrutura ele possa se expressar satisfa
definida, adequação das palavras toriamente.
e relação de sentido e um elo en BORTONE, Maria Elizabeth; MARTINS,
tre as ideias apresentadas. Cátia Regina Braga (2008). A constru
Assim, escrever um texto não ção da leitura e da escrita: do 6" ao 9"
ano do ensino fundamental. São Paulo:
é tarefa advinda de dons espe
Parábola.
ciais, mas um exercício contínuo
3 6 4x Um pouco de ciência
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gráfico também em palavras paroxítonas. Agora, esse acento não existe mais. Veja a com
paração.
Antes do novo Acordo, também eram acentuados os hiatos ee e oo. Agora, não os acen
tuamos mais.
Lembrando a regra que vimos sobre as letras i e u em hiato, antes da nova ortografia
elas eram acentuadas também quando antecedidas de ditongo. Agora, esse acento tam
bém não existe mais.
( Capítulo 7 X.._3_65
___
Ó Assinale a alternativa que contém vocábulos que obedecem à mesma regra de acen
tuação da palavra pôr:
a) Agrônomo, pássaro, fóssil.
b) Boêmia, herói, secretária.
c) Secretária, pôde, babá.
d) Babá, ímã, pôde, volúvel.
� Já, pé, nó.
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(; O grupo em que ambas as palavras devem ser acentuadas é:
a) Rubrica, maquinaria.
)( Polen, prototipo.
e) Gratuito, fluido.
d) Hifen, item.
e) Açai, ruim.
Q Nas séries de palavras abaixo, assinale a alternativa em que todas são acentuadas
pelo mesmo motivo.
)( Saí, egoísmo, daí.
b) História, aliás, inconsolável.
e) Anônima, série, daí.
d) Egoísmo, inconsolável, anônima.
e) Saí, aliás, egoísmo.
( Capítulo 7 X.._3_7
6
___
Não são muitos, uma dúzia, mas eles todos têm órbitas com quase a mesma
inclinação em relação aos demais planetas [...].
a) "Além de repletos de gelo, são pequenos." O que são pequenos? Onde está essa
informação?
São os objetos formados a partir do que restou da nuvem de gás e poeira que deu
origem ao Sistema Solar. Essa informação está no primeiro parágrafo.
( Capítulo 7 X.._3_69
___
c) Nas relações de coesão, é possível retomar uma frase ou mesmo um parágrafo por
meio de um pronome demonstrativo, por exemplo. Nesse contexto, identifique o
trecho do texto resumido pelo pronome isso em "Era isso o que Mike Brown, o seu
descobridor, queria".
[...] ele deveria ser classificado como planeta.
Mídias em contexto
3 7 0
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Normalmente, a criação de um blogue é bastante simples. A seguir, listamos o passo a
BNCC
passo mais comum para realizar essa tarefa:
• Você deve se registrar na plataforma ou fazer o /ogin em sua conta.
• Escolha um template, isto é, o modelo do blogue.
Habilidades gerais
• Abra o gerenciador do blogue e crie um post. EF69LP06 EF69LP07
• Crie categorias e organize seus posts da forma que desejar.
• Publique os posts.
EF69LP41 EF69LP42
• Publique o site e conecte-o ao seu domínio. EF69LP43
• Compartilhe seu blogue no Facebook, Twitter e lnstagram.
Habilidades específicas
EF67LP36 EF06LP11
Outras fontes EF06LP12
Fernando Reinach fala sobre
Universidade das Crianças. Ciência Hoje das Crianças. a Teoria do Criacionismo
@ Escaneieo
QR CODE abaixo.
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QR CODE abaixo.
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Capítulo 7 X.._3_7_1
__
BNCC
MEU PAi TEM UÉ? ELE TÁ ACHO QUE ELE TÁ .UR,ÍS
ENTilEViSHS NÃO ...
Habilidades gerais TODA SEMANAi
FAMOSO?
I
DE EMPREGO!
EF69LP16 EF69LP17
Habilidades específicas
EF06LP01 EF06LP02 Disponível em: http://dc.clicrbs.com. br/se/ entretenimento/noticia/2017/08/confi ra-a-tira-do-armandi nho-desta-qui nta
feira-9857295 .html. Acesso em: 23/05/2018.
Objetivos pedagógicos Na tirinha, podemos identificar que há dois tipos de entrevista dirigidos a diferentes
situações de interação social. Que entrevistas são essas e a quem se dirigem?
O aluno precisa sinalizar que a tira faz referência à entrevista a famosos e à entrevis
Ao final deste capítulo, o
ta de emprego.
aluno deve ser capaz de:
• Demonstrar conheci @ Como você sabe, as tirinhas são um gênero humorístico, ou seja, textos que trazem
algumas reflexões que nos fazem achar graça do conteúdo tratado. Que humor po
mento básico sobre o
demos identificar na tira lida?
gênero e suas funções O humor da tira reside no fato de a entrevista apontada por Armandinho (a de emprego) não ser tão
sociais: o que é uma en prazerosa como uma dirigida a um famoso. Ao dizer no primeiro quadrinho que o pai tem entrevista
trevista? Quais as suas toda semana e não especificar a que tipo de entrevista se refere, Armandinho não se dá conta de que
características princi o pai está provavelmente em uma situação difícil de recusa a uma vaga de trabalho, por isso tem feito
pais? Como é feita uma entrevistas com frequência. A imagem do menino sorrindo no primeiro quadrinho contrasta com sua
entrevista? expressão de não entendimento nos quadrinhos restantes, o que contribui para o humor da tira.
• Expressar-se critica
mente sobre os temas
abordados nos textos.
• Demonstrar conheci
mento sobre o conceito Sugestão de abordagem
de oração e de período.
• Saber identificar e pro
duzir períodos compos Sobre a questão 2 da seção durante um diálogo cotidiano.
tos por coordenação. Conhecimentos prévios, o des Para diminuir essa tensão (ques
• Demonstrar competên conforto em uma entrevista pode tão 3), o entrevistador poderá,
cia no uso das consoan ser causado pela presença de por exemplo, adotar abordagens
tes g ej. aparelhos de gravação (câmeras, que se aproximem de um tom de
• Planejar, produzir e ava microfones, etc.), visto que não conversa informal e prezem pela
liar uma entrevista. é comum o uso de tais recursos dinâmica entre os participantes.
3 7 4x Em busca da informação
____ _
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@ A seguir, listamos sete tipos de entrevistas. Com base no seu conhecimento de mun
do, associe cada uma delas às suas características.
A entrevista: um gênero
1. De rotina basicamente oral
2. Individual
O enfoque aplicado ao ter
3. Em grupo
4. Exclusiva mo basicamente se refere a
5. De pesquisa uma noção genérica de que
6. De personalidade
7. Opinativa estamos acostumados a pre
senciar pessoas concedendo
a) ( 3 )Também chamada de coletiva de imprensa, ocorre com a participação de vá
rios jornalistas, que se revezam nas perguntas feitas a um ou mais entrevistados. entrevistas aos veículos de
b) ( 1 ) É representada pelas fontes de notícias baseadas em fatos. É diária e tem prazo comunicação, ora represen
de validade curto. Assim, os entrevistados são pessoas que presenciaram o fato que
está sendo noticiado. O depoimento delas ilustra a matéria e comprova o fato.
tados pelo rádio ou pela te
c) ( 4 ) É concedida a um veículo de comunicação, que divulgará o conteúdo em pri levisão, de forma presencial,
meira mão. Sua pauta interessa aos vários veículos, pois está em alta e atinge
ou seja, ao vivo. No entanto,
grande número de pessoas, o que resulta em grande lucro e expansão da imagem
do entrevistado. há entrevistas que são trans
d) ( 2 ) É marcada com antecedência. O entrevistado é informado previamente do critas para a linguagem es
tema da pauta.
e) ( 7 ) É feita com pessoas que desfrutam de autoridade para falar sobre a pauta, como crita, como é o caso da ocor
profissionais renomados, estudiosos e atletas experientes. Para comprovar sua capa rência em jornais impressos
cidade de crítica, o entrevistado deve ter conhecimento aprofundado sobre o tema.
f) ( 6 ) Tem o objetivo de traçar o perfil do entrevistado, conhecido do público. Abor ou revistas.
da seus hábitos, suas histórias pessoais, curiosidades, etc. Tal gênero possui uma fi
g) ( 5 ) Concedida por especialistas no assunto abordado, é utilizada como fonte de
consulta de informações para dar credibilidade a uma matéria. Essa entrevista
nalidade em si mesmo - a
proporciona ao jornalista conteúdos importantes para a construção de reporta informação. Trata-se da in
gens, por exemplo.
teração entre os interlocu
tores, aqui representados na
(9 Qual é a finalidade de uma entrevista de emprego?
pessoa do entrevistador e do
A entrevista de emprego tem como finalidade levar o futuro empregador a conhecer o candi
dato à vaga de trabalho, isto é, sua experiência, habilidades, conhecimento técnico, etc.
entrevistado, cujo objetivo
é relatar suas experiências
@ Agora que você conhece os principais tipos de entrevistas jornalísticas, reflita: na e conhecimentos acerca de
prática, é possível "misturar" esses tipos? um determinado assunto de
Espera-se que o aluno perceba que a classificação abordada não é estanque. Uma acordo com os questiona
entrevista exclusiva, por exemplo, pode ser entendida, também, como opinativa.
mentos previamente elabora
dos por aquele.
Disponível em: www.portugues.
com.br/redacao/a-entrevista--um
genero-basicamente-oral-.html.
Anotações Acessado em 15/06/2019.
( Capítulo 8 X.._3_75
___
( Capítulo 8 X.._3_77
___
tões de 1 a 3 da seção Para Subestimam - Dão pouca importância, não dão o devido valor, desdenham.
Diálogo com o professor Observe que essa entrevista é antecedida por um texto introdutório, recurso muito comum nesse gênero tex
tual. A função desse texto é apresentar ao leitor informações sobre o entrevistado, como vida e obra, e introduzir
o tema da entrevista. Esse início é importante, portanto, para contextualizar o público e mostrar por que o entre
Essa configuração da en vistado é uma referência no tema. Após a introdução, vem a entrevista propriamente dita, organizada por meio
das perguntas feitas pelo entrevistador e das respostas dadas pelo entrevistado.
trevista como um bate-papo
fica bem evidente no progra
ma Conversa com Biai, da
Rede Globo. O apresentador
procura deixar o entrevista
do à vontade, criando uma
situação descontraída, o BNCC Anotações
que sugere certo improviso
na condução da entrevista. Habilidades gerais
Apesar disso, quem assiste EF69LP16 EF69LP17
ao programa pode notar que EF69LP18 EF69LP19
seu apresentador tem sobre a EF69LP55 EF69LP56
mesa um discreto papel que
estabelece um roteiro dos Habilidades específicas
principais temas que o entre EF67LP05 EF67LP07
vistado deve comentar. EF67LP33 EF06LP01
3 7 8
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J Em busca da informação J
1 LPemC_ME_2019_6A_CapB.indd 378 22/07/19 00:51 1
Desvendando os segredos do texto
O Roda Viva, exemplo de
9 Observando atentamente o texto, podemos dizer que ele está dividido em dois blo entrevistas mais formais, é
cos. Quais são?
um dos mais importantes
Uma introdução, em que a jornalista apresenta ao leitor quem é sua entrevistada, e
programas de entrevista da
uma seção de perguntas e respostas.
televisão brasileira. Desde
1986 segue a orientação da
O Nas entrevistas, o registro da língua pode ser formal ou informal, dependendo do
TV Cultura de realizar jorna
entrevistado, do grau de interação estabelecido entre ele e o entrevistador, do tema
abordado, do perfil comunicativo do veículo que publicará a entrevista, etc. Na entre lismo público de qualidade ao
vista lida, o registro é formal ou informal? oferecer aos telespectadores
O registro é informal. a possibilidade de conhecer
9 Transcreva do texto trechos que justifiquem a sua resposta à questão anterior. o pensamento e o trabalho
"É bom reforçar" (segundo parágrafo); o emprego do pronome pessoal a gente; ex de personalidades nacionais
pressões informais de sentido metafórico, como "sem colocar o dedo na cara", "faça e estrangeiras com profundi
assim ou faça assado", "a criança é uma esponja", etc. dade.
O programa realizou mais
8 Uma das marcas da informalidade presente no texto é a semelhança em muitos tre
de mil entrevistas em seus 23
chos com o texto oral, isto é, a fala espontânea. Pensando nisso, leia com atenção a anos, um acervo precioso que
passagem a seguir.
revela muito além do que o
perfil do entrevistado. Retrata
A gente mostrava uma criança saudável. Depois a gente fez De onde vem, momentos e fatos importan
que falava de onde vinham as coisas, Peixonauta, que fala sobre sustentabi
lidade, e O Show da Luna, que é sobre ciências. tes das mais diversas áreas
do conhecimento: artes, po
a) Ao transcrever as falas do entrevistado, o jornalista pode retirar ou não as marcas
lítica, economia, cultura, es
da oralidade, dependendo do contexto de produção (qual é o perfil do público-alvo, portes, educação e saúde. Os
em que suporte a entrevista será publicada, etc.). No texto lido, há marcas da ora
lidade? Explique.
convidados que participam
Sim. O emprego do pronome a gente e a repetição de palavras (a gente, vem/vinham,
do programa colocam-se
falava/fala e que) são exemplos de marcas da oralidade. diante de jornalistas e espe
cialistas convidados para ex
por suas opiniões e esclare
cer questões relevantes para
a sociedade.
Anotações
( Capítulo 8 X.._3_79
___
e) O verbo absorver foi empregado duas vezes nesse trecho. Para evitar a repetição
desnecessária, indique um sinônimo para ele capaz de substituí-lo em uma des
sas ocorrências sem alterar o sentido original.
Sugestão de resposta: Assimila, aprende.
( Capítulo 8 X.._3_8_1
__
(__v_eja
_ _o p
_ o
_ s
_ t _ o_ b_ r_ea
_ s _ _sé_ ri_ e_os
_ h
_ _ ow _ u
_ _da_ L _ _a!_ ____)
_ n
e) Com relação ao modo, o que o verbo ver, empregado nessa frase, indica para o leitor?
Indica uma ordem, um comando, característica do modo imperativo.
Análise linguística
A oração e o período
Leia com atenção o quadrinho a seguir.
A sinceridade.
3 8 2
____ _
J Em busca da informação J
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Sugestão de abordagem
1. Que tipo de entrevista está ocorrendo no quadrinho?
2. Por que, para o entrevistado, sua sinceridade é um defeito?
3. Em que momento ocorre o humor nesse quadrinho? Para as questões da seção
Quando estudamos as frases, no capítulo 2, vimos que elas podem ser divididas em dois Análise linguística, propomos
grandes grupos: as frases de situação, ou incompletas, e as frases formalmente completas. as respostas abaixo.
Tradicionalmente, chamamos as frases formalmente completas de períodos, isto é, são
construções que possuem estrutura completa. Na prática, essas frases são ditas comple
1. Uma entrevista de em
tas porque se estruturam em torno de um ou mais verbos. Veja os exemplos a seguir. prego.
1. Qual é o seu maior defeito?
2. Porque ele é realmente
2. Eu não acho isso um defeito... muito sincero, falando
3. Eu não me importo com o que você acha! tudo o que pensa.
4. Ele acordou cedo, fez a barba e seguiu para a entrevista.
3. O humor do quadrinho
Observe que esses enunciados se estruturam em torno das palavras destacadas: os ocorre na última fala do
verbos. Assim, para termos uma frase formalmente completa, ou um período, é indispen
sável a presença de um verbo. entrevistado, quando
Os períodos se classificam de duas formas: quebra a expectativa do
Simples - Apresentam apenas um verbo, como nos exemplos l e 2.
entrevistador (e conse
Compostos - Apresentam mais de um verbo, como nos exemplos 3 e 4. quentemente do leitor),
o que revela o porquê
Por apresentarem mais de um verbo, formalmente os períodos compostos podem ser
desmembrados em partes menores, cada uma delas com um verbo. Observe. de sua sinceridade ser
um defeito.
3. Eu não me importo/ com o que você acha!
4. Ele acordou cedo,/ fez a barba/ e seguiu para a entrevista.
Chamamos cada uma dessas partes de oração, isto é, uma construção gramatical reali
zada em torno de um verbo. A divisão do período composto em orações leva em conside
ração alguns critérios formais que não precisamos estudar agora. Por enquanto, é neces BNCC
sário apenas que você perceba um detalhe importante: em alguns casos, quando isolada,
uma oração pode não ser compreendida, como em com o que você acha (exemplo 3); já
em outros, como no exemplo 4, as orações são independentes.
No período 3, portanto, as orações "dependem" uma da outra, pois, se retirarmos a se Habilidades gerais
gunda oração da estrutura, a primeira fica com o sentido incompleto: Eu não me importo EF69LP05
com o quê?. Assim, dizemos que há uma relação de subordinação entre essas orações.
Por fim, no período 4, as orações apenas se coordenam no período, por isso são chama EF69LP56
das de orações coordenadas.
Na segunda parte deste capítulo, estudaremos com mais detalhes o período composto
por coordenação. Desse modo, a subordinação será tema dos próximos anos.
Habilidades específicas
EF06LP07 EF06LP08
EF06LP09 EF06LP10
Anotações
( Capítulo 8 X.._3_83
___
Texto 1
3 8 4x Em busca da informação
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j
1 LPemC_ME_2019_6A_CapB.indd 384 22/07/19 00:51 1
O doce desafio de se reinventar
Escaneie o QR CODE ao lado para ler outra entrevista concedida
por Alexandra Loras. Nesta entrevista, ela aborda claramente
o preconceito racial no Brasil, segundo ela o país mais racista
do mundo.
Em entrevista concedida ao programa Jovem Pan Morning Show, em 9 de maio de 2016, Alexandra Loras falou
sobre o racismo e o preconceito contra os negros. Na entrevista, ela cobrou uma participação maior da mídia,
principalmente a TV. na conscientização sobre o assunto. Para ela, o sistema de cotas em universidades não é o
caminho correto para conseguir a igualdade étnica.
Vocabulário desconhecido
3 8 6
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J Em busca da informação J
1 LPemC_ME_2019_6A_CapB.indd 386 22/07/19 00:51 1
@ Como vimos no início deste capítulo, nas entrevistas jornalísticas em geral uma per
sonalidade de destaque na sociedade é convidada a expor informações e defender
pontos de vista a respeito de um tema central. Diante disso, responda às questões
abaixo.
e) Qual é o tema central da entrevista? Em que parte do texto essa informação é pos-
ta para o leitor?
O tema central da entrevista é a trajetória de Alexandra Loras, da sua infância na
França à sua atuação como ativista. Essa informação é posta para o leitor na intro
dução do texto.
b) Reflita: por que a jornalista teria optado por esse tipo de período?
Certamente a intenção da jornalista foi formular perguntas claras e objetivas.
( Capítulo 8 X.._3_87
___
3 8 8
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J Em busca da informação J
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@ Agora, analise os períodos destacados a seguir.
1. Durante o mestrado que fiz no Instituto de Estudos Políticos de Paris, em 2012,
li Minhas estrelas negras, de Lilian Thuram, ex-jogador de futebol francês (res
posta 1 ).
li. Na minha família, diziam que os negros nunca inventaram nada, como se fôsse
mos uma raça inferior (resposta 2).
Ili. Tenho quatro irmãos, brancos, loiros ou ruivos (resposta 3).
IV. É preciso elevar o debate sobre o racismo no Brasil (resposta 4).
d) Reescreva o período acima, substituindo o termo grifado por uma oração. Faça as
adaptações que considerar necessárias, mas preserve o sentido original.
O livro mostra que os negros não são inferiores e fala de personalidades como Teo
doro Sampaio, Machado de Assis e André Rebouças.
( Capítulo 8 X 3 9
.._ _8 ___
3 9 0
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1 LPemC_ME_2019_6A_CapB.indd 390 22/07/19 00:51 1
Proposta
Agora, você fará uma entrevista com um adulto da sua família que tenha lembranças da
década de 1970. O tema de sua entrevista será o seguinte:
Planejamento
1. Para produzir uma boa entrevista, é muito importante elaborar as perguntas previa
mente. No início da conversa, você poderá perguntar, por exemplo, o que mais assus
tava o seu entrevistado quando saía à rua.
2. Como o tema da entrevista sugere uma comparação, procure formular perguntas em
que o seu entrevistado compare os dois momentos (passado e presente).
3. Depois de feita a entrevista, elabore um pequeno texto introdutório para apresentar seu
entrevistado aos seus leitores. Sim, por falar nisso, seus leitores serão seus próprios
colegas de classe. Quando todos terminarem, vocês poderão reunir todos os trabalhos
em um livro de entrevistas e deixá-lo disponível na biblioteca da escola.
4. Outro detalhe: não se esqueça de dar um título ao seu texto. Além disso, como a en
trevista é um gênero jornalístico, é muito comum esclarecer o título com a ajuda de
um lide.
Avaliação
-
1. Peça para um colega ler seu texto e avaliá-lo considerando os aspectos seguintes.
Aspectos analisados
Há um texto introdutório em que o entrevistado é apresentado? ºo
o o
o o
As perguntas foram formuladas de maneira clara?
Houve uma comparação entre o passado e o presente?
A entrevista apresenta título e lide? o o
2. Dependendo da análise do seu colega, veja se é necessário aperfeiçoar o seu texto.
( Capítulo 8 X.._3_9_1
__
( Capítulo 8 X.._3_93
___
Além da falta de livros, o senhor teve de enfrentar a pressão da família quando optou por
seguir carreira numa área de ciência pura?
MG - Com meu pai mesmo, tive certo atrito quando saí do curso de Engenharia para o
de Física. Ele não gostou dessa ideia nem um pouco. Eu falei que ia sair da Universidade
Federal do Rio de Janeiro para fazer o curso de Física da PUC-RJ, que era o melhor na épo
ca. Ele respondeu que não ia pagar, eu que me virasse. Eu fui e me virei. Pena que ele não
esteja aqui para ver o que aconteceu com o filho rebelde (risos).
Vitor Casimiro
Disponível em: http://www.educacional.eom.br/entrevistas/entrevista0072.asp. Acesso em: 28/12/2018. Adaptado.
Vocabulário desconhecido
3 9 4x Em busca da informação
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Desvendando os segredos do texto
@ No trecho "Ele conta que a sua queda pela Física vem desde os tempos da escola
[...]", indique um sinônimo para a palavra queda.
Admiração.
( Capítulo 8 X.._3_95
___
@ De acordo com a entrevista, Marcelo Gleiser poderia ter seguido uma carreira muito
diferente da Física ou da Engenharia. Que carreira era essa?
Jogador de vôlei.
@ Como vimos na primeira parte deste capítulo, a entrevista, muitas vezes, apresenta
o ponto de vista do entrevistado sobre os temas abordados. Por esse motivo, nor
malmente as entrevistas são textos predominantemente argumentativos. Por meio
dessas opiniões, podemos perceber a forma como ele vê o mundo, suas preferências,
suas ideias, etc. Pensando nisso, analise a opinião de Marcelo Gleiser expressa no
período a seguir.
Esse é um curso que eu acho que toda universidade no Brasil deveria ter.
Argumento 2 - O curso mostra como a ciência funciona, como ela foi criada dentro
do contexto histórico.
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b) Na defesa de argumentos, é comum, também, a apresentação de fatos, isto é,
constatações reais, inquestionáveis. Identifique no texto dois fatos que o entrevis
tado apresenta para fortalecer a opinião sobre o curso Física para Poetas.
Fato 1 - Hoje, é o curso mais popular da universidade.
Fato 2 - No semestre passado, a turma tinha 182 alunos, que é muita coisa para
qualquer universidade.
Análise linguística
A coordenação
Leia, a seguir, um trecho de uma entrevista do cantor e compositor Luiz Gonzaga con
cedida ao jornalista Tárik de Souza, do jornal O Pasquim, em 1971.
O PASQUIM - E o xote?
GONZAGA - O xote veio do estrangeiro. Então, nós lá no sertão
criamos o xote malandro, xote de pé de serra, xote de forró, de dan
ça de matuto[...]. É um xote mesmo nosso, porque ele tem uma jo
gada completamente diferente e tem as letras jocosas, como "Vem
cá, cintura fina, cintura de pilão". Ele conta sempre uma poesia bo
nita ou então conta uma história jocosa, humorística.
( Capítulo 8 X.._3_97
___
xado e do xote.
4. No item A, as palavras a) Nesse período, que termos pertencentes à mesma classe de palavras aparecem
encadeados?
baião, xaxado e xote b) Que recursos são utilizados nesse encadeamento para separar essas palavras?
pertencem à classe dos e) Identifique no texto um período em que os elementos encadeados são orações.
substantivos. No item B,
esperamos que os alunos
percebam que as palavras
são separadas pela vírgula
e pelo conectivo e. Por fim,
BNCC
no item C, o aluno pode
apresentar certa dificul bonita, ou então conta
dade para identificação Habilidades gerais
uma história jocosa, hu
do período composto por morística; (2) Mas não
EF69LP56
coordenação. Como su tinha música, não tinha
gestão de resposta para Habilidades específicas
ritmo.
o item C, destacamos os EF06LP01 EF06LP07
seguintes períodos: (1) Ele EF06LP08
conta sempre uma poesia
3 9 8
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Analise o período.
Como você pode observar, as duas orações que compõem esse período são indepen
dentes, ou seja, estão coordenadas.
1 ª oração 2ª oração
(2) Ele conta sempre uma poesia bonita ou então conta uma história jocosa,
humorística. Conectivo
( Capítulo 8 X.._3_99
___
Assindéticas - não são introduzidas por uma conjunção, como no período 1 na pá
gina anterior. Veja outro exemplo.
conjunção aditiva
Ele comprou o terno e voltou ao trabalho.
oração coordenada sindética aditiva
conjunção aditiva
Não só se preocupa, mas também tem iniciativa.
oração coordenada sindética aditiva
4_o o
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Adversativas - a conjunção expressa ideia contrária, adversa, ao que se poderia es
perar da oração anterior. As principais conjunções coordenativas adversativas são:
mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, e.
conjunção adversativa
Estudei muito, mas não passei.
oração coordenada sindética adversativa
conjunção adversativa
Procurei a caneta durante toda a manhã, porém não a encontrei.
oração coordenada sindética adversativa
Este exemplo é interessante para mostrar claramente que, entre as orações coordena
das, não há dependência sintática. É verdade que o referente do pronome a está na primei
ra oração (a caneta), mas isso é uma dependência semântica (de sentido), não sintática.
Veja que a oração Porém não a encontrei está completa sintaticamente: apresenta sujeito
(oculto), verbo (encontrei) e complemento (a).
Observe, nesses dois exemplos, que a oração coordenada adversativa exprime uma
ideia contrária à veiculada na primeira oração: se estudei muito, deveria ter passado, mas
não passei; se procurei a caneta, deveria tê-la encontrado, mas não a encontrei.
conjunção conclusiva
Analisei bem o projeto, por isso posso apresentá-lo.
oração coordenada sindética conclusiva
conjunção explicativa
Volte logo, pois vai chover.
oração coordenada sindética explicativa
( Capítulo 8 X.._4_0_1
__
conjunções alternativas
Ora lê, ora escreve.
orações coordenadas sindéticas alternativas
Prática linguística
Integrantes da banda BTS em Las Vegas, maio de 2018, na festa de premiação do Billboard Music Awards, no MGM Grand
Garden Arena.
40 2
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Em que momento você sente que ainda é uma criança?
Jungkook: Por exemplo, quando eu assisto ou penso sobre um vídeo, ou uma en
trevista. Quando eu leio os comentários das pessoas, eu sinto que me falta algo, pois
pensam de um ponto de vista muito mais abrangente que o meu. Nesses momentos,
eu sinto que talvez ainda me falte profundidade.
Disponível em: http://bangtan.eom.br/entrevista-non-no- l 00-perguntas-e-respostas-com-o-bts/. Acesso em: 28/12/2018. Adaptado.
@ As entrevistas são uma das formas que temos de obter informações sobre algo ou al
guém. Com base na entrevista analisada na questão anterior, responda às perguntas
a seguir.
b) A partir da sua resposta à questão anterior, esclareça: qual foi o principal objetivo
do entrevistador?
Saber informações pessoais do artista, não ligadas diretamente à sua carreira.
a) Há quantos verbos?
Há três verbos.
( Capítulo 8 X.._4_03
___
Quando eu leio os comentários das pessoas, eu sinto que me falta algo, pois
pensam de um ponto de vista muito mais abrangente que o meu.
b) Ele não veio para o jantar. Ele não telefonou para avisar.
Ele não veio para o jantar e não telefonou para avisar.
e) Muitos alunos não sabiam responder às perguntas da prova. As notas foram muito
baixas.
Muitos alunos não sabiam responder às perguntas da prova, por isso as notas foram
muito baixas.
f) Não deixe o carro parrado aí, porque esta rua está perigosa.
Explicativa.
@ Nos enunciados a seguir, reorganize a pontuação e utilize um conector que torne mais
clara a relação de sentido entre eles. Depois, indique o tipo de relação implicada pelo
conector em uso, conforme o exemplo abaixo. Observação: várias conjunções podem
ser usadas, desde que estabeleçam a correta relação semântica entre as orações.
( Capítulo 8 X.._4_05
___
40 6
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(e As orações a seguir formavam o título e o subtítulo de uma notícia publicada por um
jornal do Rio de Janeiro.
■ JORNAL •
SALÁRIO MÍNIAMO
VAI AUMENT R
Espera-se um peq
ueno aumento em
ma10.
Podemos observar que há uma relação semântica entre essas duas orações (título e
lide). Que relação é essa?
a) Adição.
)( Oposição.
e) Alternância.
d) Complementação.
e) Explicação.
(O Indique a conjunção que melhor expressaria a relação semântica existente entre es
sas duas orações.
)(Mas.
b) Nem.
e) Ou.
d) Pois.
e) Porque.
(i) Entre as alternativas a seguir, identifique aquela que, por meio de um período com
posto por coordenação, apresenta a melhor definição sobre o que é o salário mínimo.
a) É o menor salário que os trabalhadores brasileiros recebem.
b) Chamamos de salário mínimo a menor remuneração brasileira.
e) O menor salário que o empregador paga ao empregado no Brasil.
)(O salário mínimo é o menor salário possível no País e tem determinação na lei.
e) É o menor salário de uma região, de acordo com as leis estaduais.
( Capítulo 8 X 4 07
.._ _ ___
( Capítulo 8 X.._4_09
___
Habilidades gerais
EF69LP06 EF69LP07 Proposta
EF69LP08 EF69LP18 Agora, você trabalhará em conjunto com a sua turma e o seu professor para entrevis
EF69LP39 tar alguém que, como Marcos Pontes, tem uma bela história de vida e é um exemplo para
todos nós. O entrevistado será uma pessoa importante para a sociedade, seja famoso ou
não. Discutam sobre quem será o escolhido. Depois disso, vocês entrarão em contato com
Habilidades específicas essa pessoa para agendar uma entrevista a ser realizada na sua sala de aula. Será uma
EF06LP11 EF06LP12 ótima oportunidade para conhecer uma personalidade interessante.
EF67LP14 EF67LP33
EF67LP36 Planejamento
Para realizar essa entrevista, será necessário cumprir algumas tarefas preliminares.
1. Escolha do entrevistado. Pessoa interessante, com uma bela história de vida.
2. Contato inicial com o entrevistado escolhido. Vocês procurarão entrar em contato com
Diálogo com o professor essa pessoa a fim de verificar sua disponibilidade e seu interesse em ser entrevistada.
Se ela concordar, agendem a data e a hora da entrevista.
3. Elaboração prévia das perguntas. Ainda em grupo, procurem formular as perguntas
Esta proposta de produção que farão ao entrevistado, definindo a ordem das perguntas e quem as fará durante a
entrevista.
é interessante para trabalhar 4. Recolhimento do material produzido. Gravem toda a entrevista, com autorização prévia.
com os alunos aspectos liga
dos à oralidade. Assim, é im
portante levá-los a refletir so Avaliação
Agora, de posse das respostas coletadas, a turma discutirá com o professor algumas
bre as respostas coletadas, a
características da entrevista oral, buscando identificar diferenças entre ela e a entrevista
maneira como foram formu escrita.
ladas (formal ou informal), as
repetições, os pontos de vista
defendidos, etc.
Anotações
4 1 0J Em busca da informação
___ _ _
J
1 LPemC_ME_2019_6A_CapB.indd 410 22/07/19 00:51 1
Repensando o Ensino �
A escrita em foco da Gramática �
Anotações
( Capítulo 8 X.._4_1 _1 __
Habilidades gerais
EF69LP05 EF69LP10
EF69LP11 EF69LP12
EF69LP17 EF69LP40
Habilidades específicas
EF06LP06 EF06LP11
Com o cálcio, a história seguiu a mesma toada. Ou seja, 19% dos que ignoraram o
( desgejum)não garantiram a quantidade ideal do mineral aliado dos ossos, algo que
ocorreu só entre 2,9% das crianças do grupo que forrava a barriga antes de sair de
casa.
O ácido fólico, por sua vez, não faltou no dia a dia de quem investiu no café ma
tinal. Mas 7,3% dos que pularam esse momento à mesa não(chegou)à dose mínima
diária do nutriente, considerado importante para a composição do material genético.
Disponível em: https://super.abril.com.br/saude/pular-o-cafe-da-manha- atrapalha-a-boa-nutricao-das-criancas/. Acesso em: 28/12/2018.
Adaptado.
( Capítulo 8 X.._4_13
___
a) Por que a entrevistadora utilizou esse recurso linguístico para descrever as pes-
soas criativas?
Como o candidato se considerou, no primeiro quadrinho, muito criativo, a entrevis
tadora utilizou os eufemismos para não o insultar de forma direta, o que poderia
causar um constrangimento.
4 Em busca da informação
41 x
_____
j
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b) Reescreva a fala da personagem eliminando os eufemismos.
Pesquisas apontam que pessoas criativas são antiéticas e, em geral, desonestas.
Mídias em contexto
( Capítulo 8 X.._4_15
___
Este livro traz a entrevista que Millôr Fernandes concedeu para os edi
tores da revista Oitenta (Ivan Pinheiro Machado, José Antonio Pinheiro
Machado, José Onofre e Paulo Lima). Foram sete horas de conversa que
reuniram o pensamento e as ideias do escritor. Neste livro, o leitor poderá
constatar que este depoimento revela uma personalidade da cultura brasi
lllOR
leira - o escritor, jornalista, dramaturgo, desenhista, humorista, pintor, poe
ta, tradutor, filósofo e livre pensador Millôr Fernandes.
FERNUDES
Com linguagem simples e atraente, este livro é um importante aliado
na resolução das principais dúvidas a respeito da produção de entrevistas.
Além de criatividade, atualmente o mercado exige grande habilidade dos
S!elo Guedes Copulo
jornalistas para lidar com as técnicas. Apesar das constantes mudanças
no âmbito da comunicação social, as entrevistas são uma forte vertente no
SOBRE ENTREVISTAS
trabalho jornalístico, e associar teoria e prática neste caso é fundamental.
Assim, a autora divide com o leitor as experiências adquiridas na profissão
Teo110.pro1>eoeexpenéncos
e disserta sobre as diversas formas de se trabalhar o gênero.
41 x
___ __
6 Em busca da informação j
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Edição atualizada
conforme a:
BASE
NACIONAL
COMUM
CURRICULAR
EDUCAÇÃO Ê A BASE
Coordenação editorial:
♦•♦•♦ �,�J!!.,�1�;�;�!�
Multi Marcas Editoriais Ltda. Rua Neto Campeio Júnior, 37
Mustardinha - CEP: 50760-330 - Recife/PE
Tel.: (81) 3447.1178 - CNPJ: 00.726.498/0001-74
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei n2 9.61O, de 19 de fevereiro de 1998.
Impresso no Brasil
3• edição
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Apresentação
Fábula----------------------------------- 6
Texto l - A gralha vaidosa ------------------------- 7
Texto 2 - O leão e o mosquito ----------------------9
Texto 3 - A formiga e a pomba ---------------------12
É hora de produzir---------------------------------- 14
Parábola --------------------------------16
Texto l - Joshu e o Grande Caminho---------------16
Texto 2 - A carroça --------------------------------18
Texto 3 - Amigo de verdade------------------------20
Texto 4 - Um apólogo -----------------------------22
É hora de produzir---------------------------------- 25
Mito ------------------------------------- 28
Texto l - Ogum dá aos homens o segredo do ferro -30
Texto 2 - Xangô é reconhecido
como o orixá da justiça ----------------------------33
Texto 3 - E foi inventado o candomblé... ------------35
É hora de produzir---------------------------------- 38
42o
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'.X Gêneros, Leitura e Análise J
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Relato de Viagem ----------------------- 54
Texto 1 - Um passeio em Paris (entre tantos) ------55
Texto 2 - Diário de uma expedição -----------------57
É hora de produzir---------------------------------- 60
Poema ---------------------------------- 62
Texto 1 - lsmália ----------------------------------63
Texto 2 - Autopsicografia --------------------------65
Texto 3 - O patinho feio ----------------------------67
Texto 4 - Convite ----------------------------------69
É hora de produzir---------------------------------- 70
Entrevista ------------------------------- 80
Capítulo 8 Texto 1 - "Vivemos tempos líquidos.
Nada é pra durar" ----------------------------------81
Texto 2 - Entrevista: Pedro Bandeira ---------------86
Texto 3 - Entrevista: Ziraldo------------------------90
É hora de produzir---------------------------------- 94
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Fábulas: da moral à argumentação
O gênero textual fábula, como recurso de incentivo à criatividade, à emoção e à ima
ginação, possibilita o conhecimento de valores, virtudes, atitudes e saberes humanos
em determinados contextos sociais, históricos e culturais.
Como forma literária específica, a fábula é uma narração breve, em prosa ou em ver
so, cujos personagens são, via de regra, animais e, sob uma ação alegórica, encerra uma
instrução, um princípio geral ético, político ou literário (lição moral), que se depreende
naturalmente do caso narrado.
Tem a fábula, portanto, duas características substanciais:
• Uma narrativa breve.
• Uma lição ou ensinamento.
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A gralha vaidosa
Para refletir o texto
@ O que levou a gralha a ter certeza de que seria escolhida para reinar entre os pás
saros?
A gralha imaginava que, recolhendo as penas mais bonitas deixadas pelos pássaros
no momento em que se banhavam, nenhum pássaro seria mais vistoso do que ela, o
que levaria Júpiter a escolhê-la.
@ Retire do texto a frase que representa o momento em que a gralha inicia seu plano
para vencer a competição.
"Vamos ter que dar um jeito."
@ Por que Júpiter errou, segundo seu critério, ao escolher a gralha para rei dos pás
saros?
Júpiter errou porque se baseou apenas na aparência da gralha, sem procurar saber
se realmente as penas mais bonitas eram do animal. Além disso, Júpiter poderia ter
escolhido critérios mais relevantes para eleger um rei, como honestidade e sabedo
ria, em vez da aparência.
@ Quem está narrando a história participa dela também? Justifique sua resposta com
uma passagem do texto.
Sugestão de resposta: Não. Para justificar, pode-se utilizar qualquer trecho do tex
to que represente o narrador em 3ª pessoa, como em: "Júpiter deu a notícia de que
pretendia escolher um rei para os pássaros e marcou uma data para que todos eles
comparecessem diante de seu trono".
424
___ _ _......
J Gêneros, Leitura e Análise J
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O leão e o mosquito
Para refletir o texto
-Você está achando que vou ficar com medo de você só porque você pensa que é rei?
-disse ele, altivo[...]
{j Você consegue estabelecer uma relação entre a moral da fábula e a prática esporti
va? Justifique e, se possível, relate um exemplo.
Professor, no esporte é muito comum incentivar os atletas a respeitarem os adversá
rios e nunca subestimá-los. Também há diversos exemplos de atletas que não deram
o devido valor ao adversário e obtiveram maus resultados.
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C', Ao final do texto, o mosquito, que havia causado tantos problemas para o grande
leão, é devorado por uma aranha minúscula. Além da mensagem principal dessa fá
bula, que outra lição moral pode ser compreendida?
O aluno poderá citar a seguinte lição moral: aqueles que podem ser considerados
ameaçadores para uns, também possuem seus próprios inimigos.
Ali, o vencedor do rei dos animais encontrou seu triste fim, comido por uma aranha
minúscula.
Com base na sua interpretação da fábula, responda: a quem se refere o termo des
tacado? Por quê?
(J O uso da expressão rei dos animais para se referir ao leão da fábula requer um co
nhecimento externo do leitor para ser interpretado. Qual seria a informação comple
mentar necessária para compreender o significado desse termo?
O aluno poderá afirmar que a referência externa necessária para interpretar a expres
são é o conhecimento do uso desse termo na cultura popular, que também pode ser
encontrado em variações como rei das selvas.
Planejamento
O texto que você vai produzir terá apenas um personagem, que pode ser qualquer ani
mal, exceto a mula. Antes de começar a escrever sua fábula, leve em consideração os
seguintes pontos:
Qual será o personagem da fábula? 6. O que fazer para o personagem en
Quais são as características desse tender que, ao tentarmos ser o que
personagem? realmente não somos, acabamos
frustrados?
Que trama envolve o personagem?
Crie um título para a sua fábula.
Como é o ambiente onde se passa a
trama? Aponte a lição moral ao final da fábula.
5. A fala do personagem foi indicada Neste momento, comece a produzir
corretamente? seu texto. Bom trabalho!
Avaliação
1. Procurando desenvolver um trabalho de parceria, você e seu colega avaliarão o texto
um do outro. Para tal avaliação, preencha a tabela abaixo.
-
Produtor da fábula:
Nome do colega.
Aspectos analisados
A forma como o enredo foi apresentado atrai a atenção do leitor? ºoo o
o o
O título apresenta relação com a história narrada?
A lição moral apontada está de acordo com o enredo?
Há alguma parte do texto que precise ser reescrita? o o
2. Faça um pequeno comentário sobre o que você achou de negativo e de positivo na
fábula produzida pelo seu colega.
Resposta pessoal.
@ O Mestre Joshu viveu entre os anos de 778 a 897 d.e. Teve sua experiência mística
antes dos 20 anos de idade e morreu com quase 120 anos. Era conhecido pelas pala
vras diretas e simples. Qual o ensinamento que a parábola em questão quer passar?
Sugestão de resposta: A realidade precisa ser experimentada no dia a dia.
@ Que atividade Joshu está fazendo e como é possível entender melhor a relação entre
essa atividade e os ensinamentos místicos?
Sugestão de resposta: Joshu está varrendo o pátio, o que pode ser considerada uma
atividade simples do cotidiano pela qual é possível enxergar o Grande Caminho.
@ O homem se aproximou do Mestre Joshu com o intuito de obter uma resposta sobre
seu questionamento. Será que o Mestre atendeu às espectativas do homem?
Sugestão de resposta: As expectativas do homem não foram atendidas, pois ele es
perava que o Mestre Joshu respondesse de forma mística e recebeu respostas curtas
e diretas.
CJ Durante a leitura do texto, é possível perceber que a palavra caminho está escrita
com a inicial maiúscula. Qual seria a intenção por trás dessa escolha?
Sugestão de resposta: O aluno poderá citar o fato de que, nesse contexto, a utilização
da letra maiúscula no início do substantivo pode simbolizar a intenção de conferir à
palavra um tom de misticismo e de maior importância.
@ Você conhece algum ditado popular semelhante à lição dessa parábola? Qual é?
Sugestão de resposta: "Cão que ladra não morde". O ditado remete a pessoas que
exageram no discurso, mas cujas atitudes ficam abaixo da expectativa que elas mes
mas criaram.
@ A resposta do pai ("Isso mesmo!") pode ser considerada uma frase completa ou in
completa? Por quê?
É uma frase incompleta, pois não possui todos os elementos necessários à sua com
preensão e depende do contexto para tanto.
@ Por que o soldado teve de pedir permissão ao tenente para ir buscar o amigo no cam
po de batalha?
O soldado precisava da permissão do tenente porque, na área militar, as atitudes de
todos devem estar condicionadas à hierarquia.
@ O tenente tinha certeza de que o amigo do soldado estava morto no campo de bata
lha? Justifique sua resposta com um trecho do texto.
Não, o que é confirmado pelo trecho "[...] um homem que provavelmente está morto
[...]", em que a palavra provavelmente indica possibilidade, e não certeza.
(j Identifique no texto o trecho que indica que, em uma relação de amizade verdadeira,
as pessoas honram umas às outras.
Espera-se que o aluno aponte a frase do amigo do soldado: "Tinha certeza de que
você viria!". Como eram amigos verdadeiros, o soldado que estava no campo de ba
talha pressupunha que o amigo não o deixaria para trás.
Diana: referência aos cães que acompanhavam Diana, a deusa da caça na mitologia romana, conhecidos pela
agilidade e ferocidade.
Mucamas: escravas que ajudavam nos serviços domésticos.
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@ Que tipo de narrador o texto apresenta? Atente para possíveis mudanças de foco
narrativo. Justifique sua resposta.
Durante a narrativa, temos a presença do narrador observador em terceira pessoa.
Entretanto, em determinados trechos da história (como em "Contei esta história a um
professor de melancolia"), o foco narrativo é alterado e encontramos o tipo de narra
dor personagem, que faz algumas interferências na história.
t", Com base na sua interpretação do texto, no que se refere ao "professor de melanco
lia", o que podemos concluir?
Pode-se dizer que era alguém que estava sempre se dando mal, que era frequente
mente passado para trás e sentia-se injustiçado.
A palavra parábola tem origem na palavra grega parabole e significa "colocar ao lado",
ou seja, comparar. São histórias que se caracterizam por serem, de certa forma, curtas e
objetivas. Elas têm o objetivo de transmitir ensinamentos e normalmente os fazem por
meio de comparações, da explanação de fatos e de elementos comuns à época em que
foram escritas. Esse gênero textual transmite uma lição ética por meio de uma prosa me
tafórica. Sua linguagem simbólica ilustra verdades e sintetiza ensinamentos. Antes de co
meçar a escrever seu texto, observe atentamente as imagens a seguir.
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Proposta
Seu trabalho agora é produzir uma parábola que será lida por seu professor e seus co
legas. Redija um texto baseado em uma das imagens apresentadas. Lembre-se de que o
seu texto deverá conter uma lição moral.
Planejamento
Ao produzir sua parábola, leve em consideração os seguintes tópicos:
Avaliação
-
1. Você precisa, neste momento, avaliar o que produziu. Para isso, responda às seguin
tes perguntas:
ºo
Aspectos analisados
o o
fase de planejamento?
o o
Sua parábola está baseada na simplicidade da vida?
O título apresenta relação com a história narrada?
A linguagem empregada está adequada ao narrador e ao( s )
personagem (ns)? o o
O texto produzido segue o ensinamento de que nossa felicidade
não está necessariamente relacionada ao dinheiro? o o
Há alguma parte do texto que precisa ser reescrita? o o
2. Agora, troque seu texto com o de um colega e peça para que ele avalie o seu. Utili
zem uma folha à parte e apontem os aspectos positivos e os negativos encontra
dos nas produções e, em seguida, reescrevam os textos fazendo as devidas modi
ficações.
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Diferença de mito e lenda
Os termos mito e lenda são empregados erroneamente como sinônimos. Embora os dois tenham uma relação
e possuam elementos em comum, fazendo parte da tradição oral dos povos, são manifestações diferentes.
Tanto o mito como a lenda são narrações que contam ou explicam determinados episódios históricos ou re
ligiosos de uma determinada comunidade, porém existem diferenças entre eles.
Outras fontes
Mitos africanos, de Gary Jeffrey
MITOS
AFRICANOS Os povos africanos adoravam contar histórias e cantar canções. Assim, a tradição oral,
ao longo de gerações, deu-nos os mitos africanos tal qual conhecemos hoje. Originária de
muitos lugares e povos diferentes, a mitologia africana é um baú cheio de histórias e perso
nagens grandiosos.
Mitologia lorubá
A mitologia dos iorubás engloba toda a visão de mundo e as religiões dos iorubás, tanto na África - principal
mente na Nigéria e na República do Benin - quanto no Novo Mundo, onde influenciou ou deu nascimento a várias
religiões, tais como a Santería em Cuba e o Candomblé no Brasil, em acréscimo ao transplante das religiões trazi
das da terra natal. A mitologia lorubá é definida por ltan de lfá, ou seja, o conjunto de mitos, contos e celebrações.
G No mundo dos orixás, Xangô representa a justiça devido aos atos de misericórdia que
tinha com seus inimigos. Sobre os fatos narrados no texto que lemos, de que maneira
podemos aprender com a atitude de Xangô?
Xangô teve a atitude de poupar os inimigos que se opuseram a sua força e com isso
foi reconhecido pela sua misericórdia.
O excerto lido não deixa clara a resposta dada por Orunmilá para Xangô, no entanto
podemos inferir que resposta poderia ser. Qual seria essa resposta?
É possível inferir que Orunmilá o aconselhou a não desistir e ter força e bom ânimo
para superar as dificuldades.
@ Xangô foi o grande Obá (rei) da cidade de Oyó, ele era temido e adorado pelo povo.
É o orixá das pedreiras, das terras áridas e das rochas, seu elemento é o fogo, mas
também domina o raio e o trovão. Todas essas características sobre o mito têm uma
importância para a sociedade. Que significado seria esse?
O mito tem a utilidade de explicar fenômenos místicos que os seres humanos não
conseguem desvendar. Por esses mitos, as pessoas começam a desenvolver a curio
sidade de solucionar os problemas e anseios que afligem seu dia a dia.
(t No continente africano, os mitos são ricos de informações que são passadas de ge
ração em geração e até hoje são levados muito a sério. Para conhecer mais sobre
essa temática, realize uma pesquisa sobre os orixás que são cultuados no Brasil,
como esse culto chegou aqui e como ele foi preservado.
Resposta pessoal. Essa atividade tem como objetivo familiarizar os estudantes com
outras culturas e promover o diálogo com as religiões a fim de superar a intolerância
religiosa e dialogar com as diferenças culturais.
@ O mito representa uma simbologia de criação que incorpora forças da natureza jun
tamente com características humanas para explicar determinadas situações. Diante
disso, o texto E foi inventado o candomblé... desenvolve, no começo da narrativa,
uma hipótese para explicar essa simbologia. O que podemos inferir dessa função
central do mito?
O início do texto traz uma narrativa que constitui uma ligação entre o mundo dos ori
xás e o dos humanos em uma maneira mítica de representar a invenção do mundo e
justificar a existência tanto dos orixás quanto dos humanos e suas relações mútuas.
@ Para facilitar a passagem dos orixás para o mundo dos homens, foram realizadas
oferendas para Exu a fim de garantir uma passagem segura e tranquila. Pesquise a
história do orixá Exu no candomblé e faça uma relação entre a sua origem e as ofe
rendas para ele praticadas.
Sugestão de resposta: Essa é uma ótima oportunidade para conhecer outro orixá mui
to importante para o candomblé, pois sem Exu nenhuma comunicação com o mundo
espiritual é possível. Exu é o orixá que liga os humanos ao mundo dos orixás e é
responsável pela a guarda e pela passagem dos mundos Orum e Aiê.
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@ Observando a angústia dos orixás após a separação entre o Céu e a Terra, Olodumaré
deu uma chance para reconstruir a ligação entre os dois mundos. Esse elo se deu de
que maneira?
Para ter acesso ao mundo dos humanos, os orixás deveriam tomar os corpos dos
devotos e, somente assim, seria possível os orixás desfrutarem de Aiê.
As questões ligadas à intolerância religiosa foram e ainda são motivos de conflitos so
ciais, ocasionando guerras em várias regiões do mundo. A intolerância religiosa se ma
nifesta quando um grupo de fiéis acredita que a sua religião é a única portadora de uma
verdade revelada e utiliza-se de todos os meios, incluindo a violência, para impor essa
crença aos outros. Pesquise exemplos de conflitos religiosos de épocas passadas e no
mundo atual, depois escreva sua concepção do significado de intolerância.
Resposta pessoal. Professor, espera-se que o aluno consiga assimilar a linha do tempo dos
conflitos com motivações religiosas e compreenda as rupturas e continuidades na história
sobre a intolerância. É importante que o estudante compreenda que intolerância (religiosa ou
não) é quando uma pessoa não respeita a opinião da outra, independentemente de qual for
esta, e tenta impor a que julga "correta".
A mitologia nórdica, ou germânica, foi desenvolvida nos países escandinavos, ou nórdicos, os quais estão
localizados no norte da Europa: Suécia, Noruega, Finlândia, Islândia e Dinamarca.
Planejamento
Procure seguir os seguintes passos:
1. Decida o que seu mito vai explicar. Os mitos esclarecem por que um evento ocorre, como
algo foi criado pela primeira vez ou até mesmo por que as pessoas deveriam agir de certa
maneira. Por que a Lua cresce e diminui? Por que alguns gatos não têm pelos? Por que,
em certas sociedades, há a preparação de determinados pratos em alguns feriados?
2. Sua ideia pode ser algo fantástico. Seu mito deve envolver algo que não acontece
no mundo real. Por exemplo, um vulcão pode entrar em erupção porque os gigantes
que vivem debaixo da terra se sentiram ameaçados com a destruição da natureza.
Portanto, devemos respeitar a natureza para que todos possam viver em harmonia.
3. Crie um herói. O herói do mito é, fre uentemente, alguma pessoa impressionante e que
todos o admiram, no entanto, você pode escrever sobre alguém comum. Pense nas se
guintes perguntas à medida que você for construindo a figura do herói: Ele é muito for
te, inteligente ou tem um talento incrível em alguma área? Por que seu herói tem esses
dons? (se ele tiver) Os deuses o abençoaram, houve muito treino ou ele nasceu assim?
Que pessoa, no mundo real, você admira ou que tipo de pessoa combina com esse perfil?
4. Não se esqueça de que sua produção é uma narração. Assim sendo, atente para os
elementos constitutivos de uma narrativa: ação, tempo, espaço e personagem.
Avaliação
Como forma de avaliação do seu texto, observe os seguintes questionamentos:
Aspectos analisados
O personagem foi construído com base na compressão do que são
mitos? o o
Sua produção apresenta uma narrativa baseada na explicação de
algum fenômeno ou em algum herói? o o
Seu mito apresenta um conjunto de ocorrências com que se procura
dar sentido ao mundo? o o
Você levou em consideração os elementos da narração estudados? o o
A linguagem utilizada está adequada à construção textual de um
mito? o o
lnfográfico bastante detalhado construído por Leonardo da Vinci para compor sua enciclopédia.
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Português brasileiro
Línguas crioulas
Antes de sequestrar africanos e trazê-los forçadamente para o Brasil, os portugueses mantinham relações comerciais com po
vos africanos em locais que, posteriormente, se tornaram suas colônias, como Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique,
São Tomé e Príncipe. Para conseguir se comunicar com o europeu, a população local desenvolvia naturalmente um código
baseado na língua estrangeira. Com o tempo e a intensificação das relações comerciais, esse código se desenvolvia e se gene
ralizava entre a população local, tornando-se sua língua materna, a chamada língua crioula.
Cabo Verde
O idioma oficial é o português, porém
a população utiliza o cabo-verdiano,
um crioulo que combina português
com outras línguas africanas.
Guiné-Bissau
A língua oficial é o português, mas também
são usados os crioulos bissau e cacheu.
Goa
Devido à ocupação portugue
sa desde o século XVI, Goa ti
nha o português como língua
oficial, mas, com a saída de
Portugal do território indiano,
Macau
em 1961, o konkani tornou-se
Fala-se o crioulo de
a língua oficial.
base portuguesa.
'
.•.
\
I.
tante utilizadas, como o forro, o
angolar e o lunguié.
Oceano :,;_.
Indico
Timor Leste
O português é o idioma oficial, no
Angola
entanto a língua dominante no país
Conforme dados do governo angolano,
é o tétum, influência da Indonésia.
a língua oficial é o português, mas há
usos de dialetos como o kikongo, um
bundo, kimbundo, entre outros. O português é a língua oficial, mas os
habitantes usam línguas e dialetos lo
cais, principalmente do grupo banto.
Como você pôde perceber, o texto das páginas 42 e 43 utiliza a linguagem não verbal
e a verbal para nos informar. Trata-se, portanto, de um infográfico. Pensando nisso,
explique qual é o objetivo comunicativo desse infográfico.
Explicar o desenvolvimento e expansão da língua portuguesa no mundo.
Nos infográficos, as legendas devem, sempre que possível, cumprir o papel de com
plementar a informação veiculada pelas imagens. Para isso, em muitos casos são
usados números e setas. Sabendo disso, explique qual é a finalidade da numeração
utilizada no infográfico que estamos analisando.
A função dos números é mostrar as diferentes etapas do desenvolvimento e expan
são da língua portuguesa pelo mundo.
Os colonizadores portugueses
Os indígenas
Para refletir o texto
Como você pode perceber, o Texto 2 encerrou-se com um sinal chamado reticências,
aqueles três pontos apresentados entre colchetes. As reticências indicam, nesse
caso, que o texto original continua, ou seja, o texto que você leu é apenas um trecho
do texto didático do qual foi retirado. Pensando nisso, responda às questões a seguir.
a) No trecho lido podemos identificar duas passagens nas quais fica evidente que o
texto continua. Transcreva nas linhas abaixo essas passagens.
A passagem "Neste capítulo, faremos um breve percurso histórico da nossa língua e abordaremos algu-
mas das suas principais características." e "No caso do português brasileiro, concorreram para a sua for-
Como vimos, para construir o sentido do texto, o leitor precisa lançar mão de infor
mações prévias, caso contrário a sua compreensão é prejudicada. A necessidade
de o leitor mobilizar o seu conhecimento de mundo fica bem evidente no Texto 2 no
uso das aspas sobre a palavra descobrimento (penúltimo parágrafo). Explique que
informação prévia precisamos ter para entender esse uso. Caso seja necessário, faça
uma pesquisa sobre o "descobrimento" do Brasil.
As aspas foram utilizadas para fazer uma ressalva sobre o emprego da palavra descobri
mento. Essa ressalva se deve ao fato de que as terras do Novo Mundo eram habitadas an
tes da chegada dos europeus. Ou seja, a palavra descobrimento sugere que os portugueses
"descobriram" uma terra completamente desconhecida e deserta. Outro ponto importante
para se comentar diz respeito às evidências que temos hoje de que não foi aleatória a viagem
de Pedro Álvares Cabral que culminou com o seu desembarque na Baía Cabrália.
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Menino é agredido por colegas
em escola no interior de SP e
vai parar no hospital
Se for comprovada a participação dos meninos,
eles poderão cumprir medidas socioeducativas pre
vistas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA}.
A escola estadual Adolfo Alfeu Ferrero também vai
chamar os responsáveis pelas crianças para uma re
união.
A delegada afirmou que há relatos de que o garoto,
por ter problemas na fala, vinha sofrendo humilhações,
o que caracteriza a prática conhecida como bullying (a
violência física ou psicológica entre colegas de forma
repetitiva).
"A violência está entranhada nas escolas. Mas um
caso como esse, envolvendo crianças tão pequenas e
levando em conta a intensidade das lesões, surpreen
de", disse Ravagnani.
O menino está em repouso no hospital. Segundo
o último boletim médico, ele está "lúcido, recebendo
analgésicos" e tem alta prevista para este sábado (19}.
A mãe dele, Kenia Silveira Dutra, disse que o filho
caiu no chão e que foi chutado pelos colegas. "Ele dis
se: 'Ah mãe, me deu murro na cabeça, me deu chute,
eu caí no chão!"
A Secretaria de Estado da Educação disse que foi
aberta uma apuração preliminar para averiguar a de
núncia de agressão entre os alunos da escola.
Segundo o órgão, caso seja constatado que o fato
aconteceu dentro da escola, o Conselho Escolar vai
definir as medidas necessárias em relação aos estu
dantes, por exemplo, a transferência de unidade.
fotoinfoVShutterstock.com
Disponível em: http://gl.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL 1310133-
5605,00-MENINO+E+AGREDIDO+POR+COLEGAS+EM+ESCOLA+NO+INTERIOR+D
E+SP+E+VAl+PARAR+NO+HO.html. Acesso em: 31/10/2017. Adaptado.
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De acordo com a notícia, por que podemos afirmar que o menino de 9 anos sofreu
bullying?
Por conta das humilhações que o garoto vinha sofrendo devido ao seu problema na
fala e pelo fato de as agressões acontecerem repetidamente.
Após a violência, a criança não revelou o fato corrido a mãe. Por qual o motivo, pro
vavelmente, ele não resolveu comunicar?
O aluno deve ter o entendimento de que, em muitos casos, a criança não comunica o ato
de violência por vergonha, sentimento de culpa, achar que foi agredido por mereci
mento devido ao seu problema de gagueira e por medo de represálias.
Estudamos que todo texto é produzido com um objetivo, uma intenção. Qual é o prin
cipal objetivo do jornalista ao produzir o texto?
O objetivo do jornalista é esclarecer os fatos ocorridos para o leitor.
Proposta
Nesta atividade, você terá de selecionar um conteúdo de um dos seus livros e produzir
um infográfico para ilustrá-lo. Pesquise em jornais, revistas e na Internet outros infográfi
cos sobre o tema escolhido para ajudar na sua produção.
Planejamento
Para fazer um infográfico, você pode atentar para os pontos a seguir:
1. Lembre-se que a leitura de um texto como esse é um processo dinâmico que estimu
la a investigação.
2. Escolha um tema/assunto e pesquise informações. Selecione o que é realmente re
levante para atingir o seu objetivo.
3. Faça um esqueleto usando palavras, setas, números, etc. Agrupe os dados relevantes
e selecione as informações mais importantes para dar maior destaque.
4. Escolha um esquema de cores para "amarrar visualmente" as ideias. Além de trans
mitir determinadas sensações, as cores podem ajudar ou prejudicar a compreensão
do seu conteúdo. E esse é um ótimo momento para estudar sobre cores nas aulas de
Arte.
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5. Selecione imagens que ilustrem sua explicação, não meramente decorativas. Pen-
se no que é melhor para explicar sua ideia: mapas, gráficos, fotografias, animações,
ícones, etc.
Preocupe-se em selecionar informações significativas para enriquecer seu infográfico.
Produza um título para o seu trabalho que chame a atenção dos leitores, despertan
do, assim, maior curiosidade para a leitura.
8. O infográfico mostra uma exposição de informações que podem ser lidas de forma
não linear. Pensando nisso, defina como será a estrutura visual do seu texto.
Avaliação
Ao final do trabalho, os alunos deverão apresentar seu infográfico para a turma e para o
-
professor com a finalidade de que todos avaliem a produção uns dos outros. Nessa ava
liação, considerem os seguintes pontos:
Aspectos analisados
O título é objetivo?
O tema trabalhado no infográfico está compreensível?
ºo
o o
Os recursos visuais e os textos verbais usados no infográfico estão
complementando-se de forma coerente? o o
A linguagem do infográfico é acessível a todos? o o
Outras fontes
Sete anos no Tibet, de Jean-Jacques Annaud.
O filme retrata a vida de um alpinista austríaco que decide escalar um dos picos mais al
tos do Himalaia, liderando uma expedição. Mas, quando começa a Segunda Guerra Mundial,
ele se torna um prisioneiro de guerra dos ingleses.
Ó Como você acha que ficaria esse relato de viagem se retirássemos os adjetivos?
A resposta é pessoal, mas espera-se que o aluno constate que a ausência dos adje
tivos empobreceria o relato, que se baseia na descrição.
Ú Apartir do que você leu nesse relato, surgiu o interesse de conhecer La Défense?
Por quê?
Resposta pessoal.
Ó Com relação aos fatos narrados, por que esse relato não pode ser entendido como
uma narrativa ficcional?
Diferentemente do que acontece em uma narrativa ficcional, no relato de viagem, os
fatos presentes no texto realmente aconteceram.
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Diário de uma expedição
Construído em 1698, o Farol da Barra - Bahia é apontado pela Marinha como o mais antigo das Américas e é menciona
do no texto Diário de uma expedição, de Euclides da Cunha.
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chendo literalmente o ltupeva, já ancorado. remos o solo onde a República vai dar com
A um lado, alevanta-se, firmemente liga segurança o último embate aos que a per
do ao reparo sólido, um sinistro companhei turbam. Além, para as bandas do ocidente,
ro de viagem - o morteiro Canet, um belo em contraste com o dia brilhante que nos
espécime da artilheria moderna. Destina-se rodeia, erguem-se, agora, por uma coinci
a contraminar as minas traidoras que exis dência bizarra, cúmulos pesados, como que
tem no solo de Canudos. traduzindo fisicamente uma situação social
Embora sem a pólvora apropriada e le tempestuosa. Surgem, erguem-se, precisa
vando apenas 69 projéteis (granadas de du mente neste momento, do lado do sertão,
plo efeito e shrapnels), o efeito dos seus tiros pesados, lúgubres, ameaçadores...
será eficacíssimo. Lança em alcance máxi Este fato ocasional e sugestivo prende
mo útil 32 quilos de ferro, a 6 quilômetros de a atenção de todos. E, observando, como
distância. Acredito, entretanto, dificílimo o toda a gente, as grandes nuvens silencio
seu transporte pelas veredas quase impra sas que se desenrolam longínquas, os que
ticáveis dos sertões. São 2 toneladas de aço se destinam àquelas paragens perigosas
que só atingirão as cercanias da Meça dos sentem com maior vigor o peso da sauda
jagunços através de esforços inconcebíveis. de e com maior vigor a imposição austera
Maiores milagres, porém, têm realizado o do dever.
Exército nacional e a fé republicana. Nem uma fronte se perturba, porém.
[...] Que a nossa Vendeia se embuce num lar
Eu nunca pensei que esta noção abstra go manto tenebroso de nuvens, avultando
ta da Pátria fosse tão ampla que, traduzin além como a sombra de uma emboscada
do em síntese admirável todas as nossas entre os deslumbramentos do grande dia
afeições, pudesse animar e consolar tanto tropical que nos alenta. Rompê-lo-á, breve,
aos que se afastam dos lares tranquilos de a fulguração da metralha, de envolta num
mandando a agitação das lutas e dos peri cintilar vivíssimo de espadas...
gos. Compreendo-o, agora. Em breve pisa- CUNHA, Euclides da. Canudos: diário de uma expedição. Rio de
Janeiro: J. Olympio, 1939.
Q Logo no início do relato, Euclides da Cunha anuncia o que ficará de fora do relato. Que
informações são essas?
Informações sobre acontecimentos que lhe causaram mal-estar.
O texto que você redigirá agora será o relato de uma viagem ou um passeio interessan
te que você já fez. Ao escrever seu texto, preste atenção às características desse gênero
textual.
Proposta
Durante a nossa vida, fazemos vários passeios ou viagens dignas de recordação, seja
para um lugar distante, outra cidade ou para a casa de um amigo ou parente que só po
demos visitar nas férias. Qualquer viagem ou passeio interessante merece ser registrado.
Esta será sua oportunidade. Recorde uma viagem ou um passeio marcante e o relate para
seus colegas e seu professor, deixando claro para eles por que essa experiência foi ines
quecível.
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Planejamento
O professor irá promover na sala de aula ou na escola um festival de relatos de via
gem, no qual você vai apresentar a viagem selecionada. Lembre-se de que, ao relatar
seu passeio, é interessante descrever os aspectos mais importantes - como paisagens,
clima, perigos, distância e pontos turísticos. Tais informações são necessárias porque
permitem ao leitor ter uma ideia de como eram os locais visitados e como foi a sua ex
periência. Desse modo, ao escrever seu texto, você deve observar os seguintes pontos:
Avaliação
1. Você e um colega de turma devem avaliar o texto um do outro. Para isso, preencham
a tabela abaixo.
Aspectos analisados mm
o o
o o
Há descrição dos locais visitados?
o o
Os fatos relatados seguiram uma ordem cronológica?
o o
As informações escritas foram compreensíveis?
O relato do seu colega precisa ser reescrito?
Poema é um gênero textual, entre outras formas de linguagem (música, pintura, fotografia... ), para a expressão
da poesia. Esta é um estado de espírito, uma forma diferenciada de enxergar o mundo em volta, de maneira sen
sível e emotiva. O poema é uma estrutura, composta por versos e estrofes, em que a poesia pode ser constituída
como uma forma de dizer.
Estrofes e versos
- -
de versos e podem ser:
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Ismália
(9 O que podemos interpretar a partir dos versos "Sua alma subiu ao céu, / Seu corpo
desceu ao mar..."?
Que ela morreu ao tentar voar.
Ú Nos versos: "Viu uma lua no céu,/ Viu outra lua no mar",que tipo de artigo foi utiliza
do para se referir à lua? O que isso significa no contexto?
Artigo indefinido. Significa que havia mais de uma lua e que o autor não determinou
qual das luas lsmália estava vendo.
C, O que se depreende dos versos "As asas que Deus lhe deu / Rufiaram de par em par..."?
Em sua falta de lucidez, lsmália julgou ter criado asas e ser capaz de voar.
Q Qual o tema trabalhado no poema? De que forma as antíteses acentuam essa temá
tica?
O tema do poema é a loucura de lsmália. As antíteses acentuam essa temática por
que deixam clara a divisão de lsmália, sua loucura. O fato de ela sentir-se perdida,
insatisfeita,incapaz de escolher entre desejos contrários.
C, Qual é a função dos versos que vêm após o primeiro: "O poeta é um fingidor"?
Eles têm a função de explicar e confirmar o tema do fingimento poético.
Ú A segunda estrofe faz referência à experiência da dor. De que forma o autor aborda
isso na estrofe? Explique.
Sugestão de resposta: Perceba que a estrofe refere-se à dor realmente sentida pelo poe
ta, à dor fingida pelo poeta, à dor real do leitor e à dor motivada pela ação intelectual
da leitura e da reflexão poética.
Fortemente relacionado com a música, beleza e arte, o poema tem as suas raízes históricas nas letras de
acompanhamento de peças musicais. Até a Idade Média, os poemas eram cantados. Só depois o texto foi sepa
rado do acompanhamento musical. Tal como na música, o ritmo tem uma grande importância.
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O patinho feio
9 Por que o patinho feio era considerado o "avesso"?
Porque ele não fazia aquilo que os integrantes dos grupos para os quais tentou entrar
faziam normalmente.
Ó O que significa dizer que "Mudar de planeta foi como atravessar a rua"?
Espera-se que os alunos compreendam que o verso quis dizer que a mudança foi feita fácil e rapi
damente (assim como atravessar uma rua), pois o patinho vive em um tempo posterior ao nosso, no
futuro. Essa atitude demonstra toda a insatisfação do patinho feio com a sua condição aqui na Terra.
Ú Ao ler o poema, você provavelmente fez uma pequena pausa no final de cada linha ou
verso. Essa pausa se acentua em razão da rima, ou seja, da semelhança sonora que
há no final dos versos. Com base nessa observação, cite alguns pares de rimas do
poema lido.
Sugestão: "sabia" e "entendia"; "lua" e "rua"; "gente" e "sente".
Na Grécia Antiga, o poema foi a forma predominante de Literatura. Os três gêneros (lírico, dramático e épico)
eram escritos em forma de poesia.
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I U
Convite
L C
A O
D
B
R
M
K
E
Nascemos para amar
Esse poema é um dos sonetos mais famosos de Bocage. O soneto é uma forma fixa de
poema: ele sempre é composto de catorze versos, que em geral se dividem em duas es
trofes de quatro versos e duas de três versos. Além disso, os versos sempre são rimados,
como você observa nesse soneto de Bocage. É interessante notar também que, nos sone
tos, o último verso (conhecido como chave de ouro) concentra a ideia principal do poema
ou deve concluí-lo de forma a atrair a atenção do leitor.
Proposta
Desta vez, você produzirá um soneto dedicado a alguém que você ama. Pode ser qual
quer pessoa, desde que esse sentimento seja verdadeiro (pai, mãe, tio, prima, amiga, avô,
avó ... ). Com o auxílio do professor, a sua turma ou toda a escola pode criar o Correio do
Amor.
Planejamento
Durante a produção do seu soneto, você deve observar os seguintes aspectos:
O que você gostaria de dizer à pessoa que você ama?
Que importância essa pessoa tem para você?
Por que é bom passar longas horas na companhia dela?
Quais adjetivos poderiam ser usados?
Quais substantivos você empregaria em seu soneto?
Atente para o fato de que o emprego da linguagem figurada é uma estratégia bastan
te útil para a criação de imagens poéticas.
Avaliação
-
1. Avalie seu poema lendo-o novamente e reflita sobre os seguintes itens:
Aspectos analisados
O poema produzido está escrito em forma de soneto? ºo
O poema apresenta musicalidade, ritmo, rimas, metrificação e figu
ras de linguagem? o o
Há presença de substantivos variados para se referir à pessoa à
qual se destina o poema? o o
Os adjetivos para qualificar essa pessoa foram utilizados adequa
damente? o o
e Com a leitura do texto, é possível saber quais partes pertecem, de modo característi
co, à academia científica e quais aos jornalistas?
As informações que são tratadas de maneira objetiva, sustentadas por demonstrações
e comparadas aos moldes científicos, são características da academia científica. Já a
utilização de uma linguagem não técnica, clara e acessível a um público diversificado
e leigo é uma característica do jornalismo.
C, Como podemos apreender o caráter didático do texto, ou seja, elementos lin uísticos
e textuais que visam à facilitação da compreensão do leitor?
O texto é didático por lançar mão de uma linguagem acessível ao público leigo (au
sência de jargões ou de um detalhamento excessivo).
O Coloque V para verdadeiro e F para falso nas assertivas abaixo sobre o texto E se não
existisse esgoto?.
a) (V) A comparação entre londrinos e brasileiros coloca os últimos em uma situa
ção ruim quanto ao sistema de esgoto.
b) (V) O texto recorreu a um argumento econômico (afastamento médico dos traba
lhadores) para sustentar a importância do saneamento.
e) ( F) As informações estatísticas são pouco relevantes para a construção argu
mentativa.
d) (V) Para ser de fato eficiente, o saneamento deve ser universal, evitando-se as
ligações clandestinas.
e) ( F) A equiparação entre os rios Tietê (São Paulo) e Tâmisa (Londres) é positiva
para o Brasil.
G Com base no texto, quais foram as principais consequências das Grandes Navegações?
A passagem da Idade Média para a Idade Moderna, a "descoberta" de um novo con
tinente a ser explorado pelos europeus - a América - e o grande impulso para o au
mento do comércio da Europa com a Ásia e a África.
O Qual a classe gramatical da palavra destacada no trecho a seguir? A que ela se refere?
Elas ajudaram a marcar a passagem da Idade Média para a Idade Moderna [...].
Outras fontes
Box Zygmunt Bauman. Para Entender o Mundo Líquido, de Zygmunt Bauman
Perspicaz analista de temas contemporâneos, a longo prazo. Mais que uma mera e triste constatação,
Zygmunt Bauman foi o grande pensador da moderni esse livro é um alerta: não apenas as relações amorosas
dade. Sociólogo, professor, veterano da Segunda Guer e os vínculos familiares são afetados, mas também a
ra Mundial, judeu e ex-refugiado, sua vida se entrelaça nossa capacidade de tratar um estranho com humani
com os acontecimentos mais marcantes do século XX, dade é prejudicada. Medo Líquido: o medo é uma das
e sua obra levou milhares de pessoas a pensar a socie marcas do nosso tempo e vivemos em meio a uma an
dade atual por meio do conceito de liquidez criado por siedade constante. Temos medo de perder o emprego,
ele. Esse box imperdível reúne quatro livros que pensam medo da violência urbana, do terrorismo, medo de ficar
a sociedade atual a partir desse conceito: em Moderni sem o amor do parceiro, da exclusão. O resultado? Te
dade líquida, Bauman denuncia "um mundo repleto de mos que acumular conhecimentos, circulamos dentro
sinais confusos, propenso a mudar com rapidez e de de shopping centers, dirigimos carros blindados, vive
forma imprevisível"; Amor líquido, grande best-seller do mos em condomínios fechados. Nesse livro, Bauman
autor, é fundamental para a compreensão das relações mapeia as origens comuns das ansiedades na moderni
afetivas hoje; em Medo líquido aborda um dos maiores dade líquida e examina mecanismos que possam deter
problemas da nossa sociedade; e sua obra mais recen a influência do medo sobre as nossas vidas. Nascidos
te, Nascidos em tempos líquidos, uma reflexão sobre em tempos líquidos: neste diálogo com um jovem jor
as gerações nascidas na sociedade líquida e em cons nalista italiano, Bauman reflete sobre o mundo das ge
tante mudança. Modernidade líquida: a modernidade rações que desde o berço pertencem a uma sociedade
imediata é "leve", "líquida", "fluida" e infinitamente mais líquida e em contínua mudança. A partir de experiências
dinâmica que a modernidade "sólida" que suplantou. distintas, eles conversam a respeito dos mais diversos
Bauman esclarece como a transição de uma a outra fenômenos da cultura atual: cirurgia plástica, tatuagens,
acarretou profundas mudanças na vida humana. E nos hipsters, bullying, web, dinâmicas sexuais e amorosas
auxilia a repensar os conceitos e esquemas cognitivos na era das mídias sociais. O autor visita também temas
usados para descrever a experiência individual e sua fundamentais de seu pensamento, como a sociedade
história conjunta. Amor líquido: Bauman investiga de de consumidores, a fragilidade dos laços humanos, os
que forma nossas relações tornam-se cada vez mais conceitos de comunidade e identidade, e a conciliação
"flexíveis", gerando níveis de insegurança sempre maio entre liberdade e segurança.
res. A prioridade a relacionamentos em redes virtuais, Disponível em: https://indicalivros.com/pdf/box-zygmunt
que podem ser tecidas ou desmanchadas com igual fa bauman-para-entender-o-mundo-liquido-zygmunt-bauman.
cilidade faz com que não saibamos mais manter laços Acesso em: 11/07/2019. Adaptado.
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“Vivemos tempos líquidos.
Nada é para durar”
torna impossível ignorar as falhas. Portan para estabelecer relações de confiança, as
to, não é uma questão de "abrir os olhos". para o que der e vier, na saúde ou na tris
O verdadeiro problema é: quem é capaz de teza, com outras pessoas. Relações cujos
fazer o que deve ser feito para evitar o de encantos você nunca conhecerá a menos
sastre que já podemos prever? O problema que pratique. O problema é que, quanto
não é a nossa falta de conhecimento, mas mais você busca fugir dos inconvenientes
a falta de um agente capaz de fazer o que o da vida off-line, maior será a tendência a se
conhecimento nos diz ser necessário fazer, desconectar.
e urgentemente. Por exemplo: estamos to
dos conscientes das consequências apoca ISTOÉ - E o que o senhor chama de "amor
lípticas do aquecimento do Planeta. E todos líquido"?
estamos conscientes de que os recursos ZYGMUNT BAUMAN - Amor líquido é um
planetários serão incapazes de sustentar amor "até segundo aviso", o amor a partir do
a nossa filosofia e prática de "crescimento padrão dos bens de consumo: mantenha
econômico infinito" e de crescimento infini -os enquanto eles te trouxerem satisfação e
to do consumo. Sabemos que esses recur os substitua por outros que prometem ain
sos estão rapidamente se aproximando de da mais satisfação. O amor com um espec
seu esgotamento. Estamos conscientes - tro de eliminação imediata e, assim, tam
mas e daí? Há poucos (ou nenhum) sinais bém de ansiedade permanente, pairando
de que, de própria vontade, estamos cami acima dele. Na sua forma "líquida", o amor
nhando para mudar as formas de vida que tenta substituir a qualidade por quantidade
estão na origem de todos esses problemas. - mas isso nunca pode ser feito, seus pra
[... ] ticantes mais cedo ou mais tarde acabam
percebendo. É bom lembrar que o amor não
ISTOÉ - Ao se conectarem ao mundo é um "objeto encontrado", mas um produto
pela Internet, as pessoas estariam se des um longo e muitas vezes difícil esforço e de
conectando da sua própria realidade? boa vontade.
ZYGMUNT BAUMAN - Os contatos
on-line têm uma vantagem sobre os off-/ine: ISTOÉ - Nesse contexto, ainda faz senti
são mais fáceis e menos arriscados - o do sonhar com um relacionamento estável
que muita gente acha atraente. Eles tornam e duradouro?
mais fácil se conectar e se desconectar. ZYGMUNT BAUMAN - Ambos os tipos
Caso as coisas fiquem "quentes" demais de relacionamento têm suas próprias van
para o conforto, você pode simplesmente tagens e riscos. Em um mundo "líquido",
desligar, sem necessidade de explicações em rápida mutação, "compromissos para
complexas, sem inventar desculpas, sem a vida" podem se revelar como sendo pro
censuras ou culpa. Atrás do seu laptop ou messas que não podem ser cumpridas -
iPhone, com fones no ouvido, você pode deixando de ser algo valioso para virarem
se cortar fora dos desconfortos do mundo dificuldades. O legado do passado, afinal, é
off-line. Mas não há almoços grátis, como a restrição mais grave que a vida pode im
diz um provérbio inglês: se você ganha por à liberdade de escolha. Mas, por outro
algo, perde alguma coisa. Entre as coisas lado, como se pode lutar contra as adver
perdidas estão as habilidades necessárias sidades do destino sozinho, sem a ajuda
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de amigos fiéis e dedicados, sem um com mas os tamanhos dos quadris ou dos seios.
panheiro de vida, pronto para compartilhar A "perfeição" significaria um fim a outras
os altos e baixos? Nenhuma das duas va "melhorias". Na cirurgia plástica, são ofe
riedades de relação é infalível. Mas a vida recidos aos clientes cartões de "fidelidade",
também não o é. Além disso, o valor de um garantindo um desconto nas sucessivas
relacionamento é medido não só pelo que cirurgias que eles certamente irão realizar.
ele oferece a você, mas também pelo que Assim como a indústria de celebridades, a
oferece aos seus parceiros. O melhor re indústria cosmética não tem limites, e a de
lacionamento imaginável é aquele em que manda por seus serviços pode, a princípio,
ambos os parceiros praticam essa verdade. se expandir infinitamente.
ISTOÉ - O que explicaria o crescimento ISTOÉ - O que está por trás desse culto
do consumo de antidepressivos? às celebridades?
ZYGMUNT BAUMAN - Você colocou o ZYGMUNT BAUMAN - Não é só uma
dedo em um dos muitos sintomas da nossa questão de candidatos a celebridades e seu
crescente intolerância ao sofrimento - na desejo por notoriedade. O que também é
verdade, uma intolerância a cada descon uma questão é que o "grande público" pre
forto ou mesmo ligeira inconveniência. Em cisa de celebridades, de pessoas que este
uma vida regulada por mercados consu jam no centro das atenções. Pessoas que,
midores, as pessoas passaram a acreditar na ausência de autoridades confiáveis, líde
que, para cada problema, há uma solução. res, guias, professores, se oferecem como
E que essa solução pode ser comprada na exemplos. Diante do enfraquecimento das
loja. Que a tarefa do doente não é tanto usar comunidades, essas pessoas fornecem
sua habilidade para superar a dificuldade, "assuntos-chave" em torno dos quais as
mas para encontrar a loja certa que venda quase comunidades, mesmo que apenas
o produto certo que irá superar a dificulda por um breve momento, se condensam -
de em seu lugar. Não foi provado que essa para desmoronar logo depois e se recon
nova atitude diminui nossas dores. Mas foi densar em torno de outras celebridades
provado, além de qualquer dúvida razoá momentâneas. É por isso que a indústria de
vel, que a nossa induzida intolerância à dor celebridades está garantida contra todas as
é uma fonte inesgotável de lucros comer depressões econômicas.
ciais. Por essa razão, podemos esperar que
essa nossa intolerância se agrave ainda ISTOÉ - Como fica o futuro nesse con
mais, em vez de ser atenuada. texto de constantes mudanças?
ZYGMUNT BAUMAN - Nossos ances
ISTOÉ - E a obsessão pelo corpo perfeito? trais eram esperançosos: quando falavam
ZYGMUNT BAUMAN - Não é o ideal de de progresso, se referiam à perspectiva de
perfeição que lubrifica as engrenagens da cada dia ser melhor do que o anterior. Nós
indústria de cosméticos, mas o desejo de estamos assustados: progresso, para nós,
melhorar. E isso significa seguir a moda significa uma constante ameaça de ser
atual. Todos os aspectos da aparência cor chutado para fora de um carro em acelera
poral são, atualmente, objetos da moda, ção. De não descer ou embarcar a tempo.
não apenas o cabelo ou a cor dos lábios, De não estar atualizado com a nova moda.
@ O título da entrevista constitui-se por uma citação de uma das afirmações do entre
vistado. Que efeitos isso produz antes da leitura do restante da entrevista? Por que
esse trecho em especial foi escolhido?
A citação em destaque é emblemática, faz parte da tese do autor e estimula a leitura
do restante da entrevista.
@ Quais são os aspectos do layout do texto que nos fornecem pistas sobre quem entre
vista e quem é entrevistado?
Parágrafo único para a apresentação do entrevistado. Formatação diferente para o
par pergunta-resposta, em que há destaque para as perguntas que estão próximo às
respectivas respostas. Indicação do nome do entrevistado e do entrevistador.
(j Quem é o entrevistador? Por que razão seu nome não é marcado da mesma maneira
que o do entrevistado?
Quem realizou a entrevista foi Adriana Prado, mas seu nome não é retomado ao longo
da entrevista. Esta passa a ser guiada pelo nome da revista lstoÉ, personificando-a.
Outras fontes
(so1
(so3
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@ Geralmente, uma entrevista é composta de duas partes: uma introdução e o corpo,
formado por perguntas e respostas. Qual é a finalidade da introdução?
A introdução tem por finalidade apresentar o entrevistado dando, em linhas gerais,
informações sobre sua vida profissional e contextualizar o assunto que será tratado
na entrevista.
@ De acordo com Pedro Bandeira, qual deve ser a posição do escritor diante do seu
leitor?
O escritor, ao produzir um livro, deve se preocupar com o que pensa, sente e almeja
o leitor. Nesse sentido, não se deve impor o ponto de vista de quem escreve àquele
ue lê.
(sos
(so1
@ Ziraldo afirmou que a "[...] literatura é uma espécie de imitação da vida". O que ele
quis dizer com isso?
Ziraldo quis dizer que a literatura procura criar situações e personagens o mais pró
ximos possível da realidade. Para isso, ele usa a expressão compósito ao se referir
aos seus personagens, os quais, por mais que se pareçam com seres humanos, são
apenas figuras literárias.
(sog
Coordenação editorial:
P2AZE1t
���
Avenida Doutor Rinaldo de Pinho Alves, 2680
CEP: 53411-000-Paratibe-Paulista/PE
Te!.: (81) 3447.1178
CNPJ: 14.605.341/0001-03
A,; palavras destacadas de amarelo ao longo do livro sofreram modificações com o novo Acordo Ortográfico.
Inclui referências.
CDU 37
PeR- BPE 19-78 CDD 370
ISBN: 978-85-8168-701-8
Impresso no Brasil
Reprodução proibida.
Art. 184 do Código Penal e Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
Liliane Feitoza
(s1s
Imagine que certo dia você e seu irmão ou sua irmã estavam sozinhos em casa durante uma tarde
comum. Na verdade, a tarde era até bastante monótona, pois vocês não tinham trabalho da escola
nem qualquer outra atividade para realizar. Em busca de algo que ajudasse a passar o tempo, vocês
decidiram filmar a casa, como se estivessem construindo um pequeno filme, literalmente caseiro.
Ao se aproximarem da janela, vocês notaram algo estranho no prédio vizinho. A partir daí, não só a
atenção dos dois, mas também a câmera do celular, voltaram-se totalmente para a situação atípica.
De início, vocês perceberam uma chama não muito grande, mas depois, com um pouco mais
de atenção, notaram a chama aumentar e que algumas pessoas corriam, tentando deixar o prédio.
Vocês continuaram filmando, tentaram observar por outras janelas e filmar o incêndio por outros
ângulos. Conforme o tempo passava, o pouco de fogo e a fumaça transformaram-se em um incêndio
de proporções consideráveis, ocorrendo, inclusive, algumas pequenas explosões.
(s11
(s19
!",•r�,:,,:-
olli_l.11_ ... ,..
ceu por volta dos anos 1450, e da circulação de
r.:�11�r:.__
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................!e.....
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jornais ou boletins semelhantes a eles (boletins
manuscritos circulavam em cidades alemãs nos
fins do século XV, e os primeiros jornais mo
;� :�"
,___,. podemos assegurar que ela já cumpre seu ofício
-��
.......
há mais de 400 anos.
-
l:oo. .. Já a notícia-novidade pode olhar para essa ida
de com desdém, ou seja, ela pode fazer pouco
A primeira capa do jornal Folha de S.Paulo, fundado em -caso desses 400 anos e chamar a notícia-produto
1921 com o nome Folha da Noite. É importante perceber de criancinha, uma vez que já viveu muito mais
a antiga estética do periódico, sem a utilização de imagens,
do que isso. Alguns autores, como o pesquisador
como é mais recorrente hoje em dia. A Folha é um dos
jornais de maior circulação no Brasil atualmente. Mitchell Stephens, falam de uma "vocação huma
na para comunicar o que é novo"; outros, como
dia a di;] do seu trabalho. Mas, por outro, pode ser o português Jorge Pedro Sousa, afirmam que, por
entendida como uma novidade. Quando alguém necessidade, entretenimento ou por desejo, as ori
diz: "Ontem li uma notícia sobre esse assunto", gens da disseminação de novidades remontam aos
provavelmente se refere à notícia no primeiro sen primórdios da humanidade. Nas obras desses dois
tido, como um produto jornalístico, que poderia pesquisadores do jornalismo, está a afirmação de
estar em um jornal impresso, em uma revista ou que as novidades são tão antigas quanto é a comu
numa página de Internet, esperando para ser lida. nicação humana.
Já quando perguntamos "Tem alguma notícia da Antes do nascimento da notícia, nossa jovem
sua irmã?", não estamos querendo saber se uma senhora de mais de 400 anos, muitas outras for
empresa jornalística produziu conteúdos sobre a mas de divulgar novidades existiram. Adiante vi
irmã da pessoa, mas se há novidades sobre ela. sitaremos alguns desses antepassados, na tentativa
A notícia como produto do trabalho jornalís de aprender com eles e de entender de onde as
tico é exatamente do que queremos tratar, mas notícias herdaram algumas características. Mas,
não podemos deixar de considerar a notícia como antes disso, vamos falar um pouco mais sobre as
novidade, e há dois motivos para isso. Primeiro, notícias-produto e, principalmente, sobre o que
porque as novidades são como antepassados das elas consideram importante.
notícias atuais e, segundo, porque, olhando para
(s21
10
vai virar
11
(s23
12
13
(s2s
e Surpresa J Incomum
Raro
Imprevisível
Excêntrico
Inesperado
e Conflito�
Rivalidade
Guerra
Controvérsia
Briga
Disputa
Discórdia
e Descoberta J Inovação
Invenção
Pesquisa
Progresso
Inédito
Humor Suspense
Geresse huma� Curiosidade Drama
Confidência Entretenimento
14
Passados mais de dois anos da tragédia ambiental em Mariana, o acontecimento continua pleno de valores
-notícia, seja pelo rastro de destruição ainda não revertido, seja pela cobrança de penalidades aos responsáveis.
15
(s21
16
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(s29
18
zar um formato semelhante ao jornalístico, destacando o que aconteceu, além de quem causou,
como, quando, onde e por quê. Também é necessário que na produção seja destacado o teor
inusitado do fato, que é, primordialmente, o que o elege para ser transformado em notícia.
� A imagem abaixo expõe um material jornalístico publicado por um jornal da cidade de São
Paulo a respeito de uma possível epidemia de zika vírus. Repita os exercícios realizados durante
este capítulo e analise a noticiabilidade dessa ocorrência, utilizando, como parâmetro, os valores
--
-notícia dispostos no quadro de referência.
10 "°"°"'- f Wl"UfflA.4mDtl(MNOlll•ll
zika no verão
�,...
� Petiodo chwoso deve espalhar o surto atualmente cenuallzaô:>
no No<deste Brasd não eYà preparado para ccruer avan('0 do rmsqu,to
UIDl(•doPfttodDth
RI m.JIOr pu1t' do pi� tt;lri
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matéria avisa do risco de uma epidemia para todo o País. De maneira menos
incomum, uma vez que não é sempre que o País é acometido por epidemias, e
ainda o valor drama, que pode despertar interesse humano ao destacar a reali-
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, dimi
nuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na
calçada, ainda úmida da chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu
os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
TREVISAN, D. Uma vela para Dario. Cemitério de Elefàntes. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1964 (adaptado).
Essa notícia, publicada em uma revista de grande circulação, apresenta resultados de uma pes
quisa científica realizada por uma universidade brasileira. Nessa situação específica de comunica
ção, a função informativa da linguagem predomina, porque o autor do texto prioriza:
a) as suas opiniões, baseadas em fatos.
):! os aspectos objetivos e precisos.
e) os elementos de persuasão do leitor.
d) os elementos estéticos na construção do texto.
e) os aspectos subjetivos da mencionada pesquisa.
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/ notícias
Do EGO. no Rio
Na tarde de sof desta segunda-feira, 2, o cantor e compositor Chico Buarque trocou a sua
tradicional caminhada pela arte do Leblon, na Zona Sul do Rio, por uma ida até a padaria perto
de sua casa. Chk:o comprou duas baguetes para o lanchinho da tarde.
Cultura
1M. J2015a! 11ti.a Atuaizadaem 10I06f2015as 13h40
Na sua opinião, e com base no que você aprendeu sobre valor-notícia, por que a segunda notícia
classifica a primeira como "inusitadà'?
O estudante deve argumentar que, mesmo se tratando de uma celebridade, a notícia aborda um
fato pouco relevante do cotidiano dessa personalidade, como suas vestimentas e o que ele com
prou, sendo, portanto, carente de valores que tornam aquele fato noticiável. Ele também pode
usar o quadro-referência de valores-notícia para embasar seu argumento, justificando que poucos,
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Antes de começar, precisa saberes ao máximo de pessoas gostos que acabamos de co
mos fazer um esclarecimento. possível. nhecer), visitar outros períodos
Falamos, anteriormente, que A falta de contribuição se e outras sociedades, a fim de
Dona Notícia, aquela senhori deve, nesse caso, a um verda conhecer alguns antepassados
nha apressada que procuramos deiro desconhecimento. Com e de aprender com eles. Viaja
compreender, não costumava o tempo, a notícia foi perden remos para períodos anteriores
contar muito sobre si. Tudo do o contato com alguns ante à invenção da prensa de tipos
isso é verdadeiro, o que precisa passados e se esquecendo deles. móveis de Gutenberg, bem
mos esclarecer é que o silêncio Assim, para provar que também como para antes da criação dos
da notícia sobre a sua história está interessada em se com primeiros jornais impressos. Por
não se deve a má vontade ou a preender melhor, a Dona Notí isso, qualquer fenômeno pareci
uma tentativa de reter informa cia se ofereceu para nos acom do com a notícia que encontre
ções. Por sua própria natureza, panhar nessa nossa jornada em mos no nosso caminho já não
a notícia não se interessa por busca de explicações. poderá ser tido como notícia
omitir informações, ela gosta Iremos, portanto, nós e a -produto, e sim como notícia-
mesmo é de divulgar e de levar notícia (caracterizada por esses -novidade.
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NEWS
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Se antes a notícia
levava certo
tempo para
chegar aos mais
diversos locais,
hoje ela pode
estar nas mãos
do leitor em
segundos. Graças
à Internet, é
possível acessar
as últimas
notícias em
tempo real e de
qualquer lugar
do mundo.
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1
Antiguidade Clássica Idade Média Renascimento -
Idade Moderna
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Os estudantes devem indicar que a notícia como produto diz respeito a essa descrita no enuncia-
do, a notícia que foi feita por jornalistas, em um veículo de comunicação. Ao passo que a notícia
como novidade se refere a informações novas que circulam livremente e que são produzidas por
b) Indique qual das duas notícias pode ser considerada mais velha e justifique sua resposta.
Quanto à idade dessas duas formas de disseminar assuntos novos, os estudantes devem reconhe-
cer que a notícia como novidade é muito mais velha do que a notícia como produto. Enquanto
esta última precisa de uma imprensa estabelecida, o que só passou a existir no início do século
XVII, a segunda existe desde que as pessoas começaram a se comunicar, ou seja, a trocar infor-
e) Explique a relação de "parentesco" entre as notícias como produto e as notícias como novidade.
As respostas devem indicar que as notícias como novidade são precursoras do produto jornalís
tico, como se fossem familiares. Isto é, são formas anteriores de fazer o que a notícia tenta fazer
hoje: disseminar informações consideradas importantes. Os parentes mais antigos, assim como
nossos antepassados, são responsáveis por influenciar os gostos das notícias atuais, ensinando o
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Os estudantes devem definir as atas diurnas como uma forma de comunicação típica do Império Roma-
no, dirigida a toda a população, sendo exposta em locais públicos a fim de que fosse lida, compreendida
e aplicada por todos os romanos. As atas romanas traziam informações sobre o que acontecia na cidade-
-Estado. Entre os assuntos considerados importantes para serem destacados, estavam, conforme descri-
notáveis; reuniões e atos públicos envolvendo o imperador e outros magistrados; batalhas travadas pelas
legiões romanas; eleições e nomeações para cargos públicos; combates de gladiadores; além de descrições
� A necessidade de se comunicar faz parte do ser humano, mas as formas como as diversas socieda
des executaram seus processos comunicativos diferem entre si. Sobre os processos e instrumentos
comunicativos existentes no Império Romano e no período medieval, marque o que for correto.
a) Como os comandos romanos eram responsáveis por territórios muito maiores do que os dos
feudos, em Roma foi desenvolvido um complexo sistema de comunicação, ao passo que na
Idade Média a comunicação era praticamente inexistente.
b) Na história da humanidade, a passagem do tempo sempre trouxe consigo avanços e desen
volvimentos. Com os processos comunicativos não é diferente, pois, na passagem da cidade
-Estado romana para o período medieval, houve muitos avanços na forma de disseminar
informações.
)( Existiam muitas diferenças nas formas predominantes de comunicar e de informar as po
pulações no Império Romano e no período feudal, mas em ambas as sociedades os recursos
comunicativos eram importantes para consolidar identidades e valores sociais.
d) O Império Romano demandava um complexo sistema de comunicação, a fim de coordenar
os variados grupos sociais e territoriais que estavam sob o seu comando. As crônicas e as cartas
eram formatos especialmente importantes para alcançar esse objetivo.
e) Ainda que os processos comunicativos desenvolvidos no período medieval não fossem tão
sofisticados quanto os atuais, seria um erro afirmar que a comunicação não tinha importância
nesse período. Os relatos de viagem, afixados em espaços públicos para serem lidos, são exem
plos de como a comunicação entre os feudos era importante.
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Segundo o pesquisador Jorge Pedro Sousa, as folhas volantes prepararam um mercado consumi
dor e um público para o jornalismo industrializado. O autor faz essa afirmação, pois aquelas pu
blicações eram bem acolhidas pela burguesia urbana, tanto que os analfabetos chegavam a pagar
para que o conteúdo fosse lido para eles. Considerando essa atenção dada às notícias, analise as
proposições.
I) A disponibilidade de realizar pagamentos para se informar é uma característica do período,
que não encontra correspondentes na atualidade.
II) O pagamento para obter informações é um indício de que as pessoas compreendiam a im
portância de estar a par dos acontecimentos importantes para a região.
III) Na atualidade, nem todas as informações consumidas são compradas diretamente, mas em
todas as formas de produção de informações há modelos de financiamento, pelos quais se
paga pela produção dos conteúdos e pelo trabalho dos jornalistas, por exemplo.
IV) Atualmente, a publicidade é uma forma muito comum de pagar pela produção de notícias.
Por conta dos anúncios, muitas vezes o público não precisa pagar diretamente pela informa
ção, pois quem paga são grandes empresas, que compram espaços em páginas e no intervalo
de programações com a finalidade de serem vistos pelo público que busca se informar ou
entreter.
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f O � � C: Compartilhar
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Para alguns estudiosos da atualidade, que alguns motivos, dentre os quais destacaremos dois:
compreendem o papel fundamental dos meios há primordialmente uma busca dos veículos de co
de comunicação para a organização da socieda municação por segurança. É preciso deixar claro que
de, o compromisso com a mudança e, portanto, o a relevância para o futuro é um investimento a longo
uso da nossa relevância para o futuro devem ser o prazo e que pode encontrar resistência no público
objetivo fundamental da mídia, uma vez que ne do jornal. Em seguida, mas não menos importante,
nhuma instituição da atualidade é mais capaz do há o fato de as empresas jornalísticas serem condu
que ela de organizar discussões e dar espaço para zidas, muitas vezes, por outros interesses, além do
uma diversidade de pontos de vista. desejo de despertar relevância e de estimular trans
Entretanto, por uma série de motivos, essa forma formações positivas na sociedade.
de despertar relevância, como já dissemos, é a menos Ao mesmo tempo que são representantes de
comum das três. Essa pequena inovação se deve a uma instituição social cuja função é intermediar
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Após ficar famoso nas redes sociais por aparecer em vídeo no qual reclama ao
então governador sobre o funcionamento de uma piscina e quadra em seu bairro,
o então jovem Sergio Sandro Sorayo Sarmento da Silva Souza Seabra, na época
com dezessete anos, foi hostilizado pelo mandatário, na ocasião em que era
acompanhado pelo então presidente Lula, o filho do Brasil.
Anos mais tarde, no caso, este ano, Sergio, hoje com vínte e dois anos, viu seu
nome anunciado na lista dos aprovados para concurso público de agente
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Os estudantes devem afirmar que essas notícias são sempre relevantes, pois se ligam à necessidade de sobrevivência,
ao tratar das ocorrências que não devem ser ignoradas, uma vez que trazem informações necessárias para garantir a
vida e a saúde. Também é possível responder a essa questão fazendo uso da noção de relevância imperativa, isto é,
aquela que não pode ser evitada, mesmo se este for o interesse do veículo de comunicação.
Segundo o sociólogo Alfred Schutz, o indivíduo e a sociedade são complementares, pois todas as
individualidades se formam a partir da realidade social e a sociedade só existe graças aos indiví
duos e ao seu compartilhamento de crenças, ideias, valores e sentimentos. As ideias desse autor
nos ajudam a entender porque, mesmo que não haja uma pessoa exatamente igual à outra, é
comum que indivíduos e grupos compartilhem gostos.
Pensando na produção de notícias, explique porque esse compartilhamento é importante para
veículos de comunicação que precisam atender a grupos grandes e variados.
Para responder a essa questão, os/as estudantes devem se voltar para a relação entre relevância e tradição.
Devem afirmar que o compartilhamento de gostos é importante, pois é uma forma de atingir e interessar
a maioria da população. Além disso, ao basear-se na tradição, os meios de comunicação correm menos
riscos do que tratando de temáticas desconhecidas. Assim, resumidamente, suas respostas devem indicar
que o compartilhamento de gostos garante, aos veículos de comunicação de massa, assuntos que interes-
sarão a muitas pessoas, mesmo sendo elas bem diferentes entre si.
Sobre a separação entre relevância imperativa, relevância tradicional e relevância para o futuro,
marque o que for correto:
a) Os três tipos de relevância referem-se a gostos que são compartilhados de maneira muito
parecida por toda a população. Sendo fiéis a eles, os meios de comunicação de massa têm
garantia de que agradarão da mesma forma todos os membros do público.
b) Independentemente do tipo de relevância a que façamos referência, é necessário esclarecer
que a relevância sempre se relaciona com as pessoas. Por esse motivo, e considerando que as
pessoas são diferentes, o que é relevante sempre depende dos gostos de cada um.
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0 Ainda que seja essencial compreender os processos pelos quais um meio de comunicação separa
o que merece ou não ser transformado em notícia, ou seja, ainda que seja fundamental entender
os valores-notícia e a sua definição do que é relevante, esses saberes podem ser postos em segundo
plano por um conjunto de interesses empresariais. Isso porque, ao mesmo tempo que os veículos
de comunicação de massa são representantes de uma instituição social com um papel a cumprir, a
fim de garantir a democracia, eles também costumam ser empresas, movidos por outros interesses.
Sobre o conflito de interesses envolvendo as empresas jornalísticas e o direito de todo cidadão a
informar e a estar informado, assinale a alternativa incorreta:
a) O mal usufruto do direito à informação pode comprometer o acesso a outros direitos. Sem
conhecer o seu direito à moradia, por exemplo, cidadãos podem deixar de reivindicá-lo,
quando descumprido. Da mesma forma, sem o adequado acesso à informação, os cidadãos
podem ter comprometidos o seu direito de participar ativamente da vida pública.
b) Na atualidade, o direito à informação é particularmente essencial, uma vez que todos os dias
são tomadas decisões que, mesmo estando geograficamente afastadas dos indivíduos, inter
ferem diretamente na vida deles. Os meios de comunicação funcionam, nesse cenário, como
um importante intermediário entre acontecimentos e um público que precisa saber dele.
� Interesses empresariais dos donos de veículos de comunicação devem ser desconsiderados,
pois muito mais importantes do que eles é o direito à informação. Por isso, o ideal é que o
Poder Público (Federação, estado e município) seja o único responsável pela transmissão de
informações, excluindo as empresas privadas.
d) O conflito entre os interesses dos empresários de comunicação e o direito à informação en
volve lados em situações desiguais. Enquanto os interesses dos empresários são privilégios
usufruídos por poucos, o direito à informação é uma garantia que deve atingir a todos, dos
mais ricos aos mais pobres.
e) Ainda que o direito à informação seja um bem essencial para sociedades democráticas, o con
flito entre tal direito e os interesses dos empresários de comunicação não pode ser resolvido
simplesmente desconsiderando as empresas, uma vez que elas também têm um importante
papel a cumprir a fim de se adquirir um sistema midiático equilibrado.
� A censura direta não é o único obstáculo capaz de comprometer uma atuação adequada dos
meios de comunicação. A falta de uma regulação dos direitos do público, visto como um con
junto de cidadãos que precisam se informar para exercer plenamente a sua cidadania, também
compromete o sistema midiático do País.
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(sss
"Proibição de monopólios e oligopólios nos meios de comunicação (artigo 220, parágrafo 5).
Preservação das finalidades educativas, culturais e informativas.
Proteção à cultura regional através da garantia de regionalização da produção.
Estímulo à produção independente (artigo 221).
Criação dos três modos complementares de exploração (privado, estatal e público) (artigo 223)."
BOLA.NO, Cesar Ricardo Siqueira. Qµal a lógica das políticas de comunicação no Brasil?. São Paulo: Editora Paulus, 2014.
A partir das informações presentes no trecho e no enunciado, bem como dos seus conhecimentos
sobre a questão, analise as alternativas a seguir:
I) A determinação constitucional de que as emissoras de rádio e televisão devem priorizar fi
nalidades "educativas, culturais e informativas", conforme disposto no artigo 221, pode ser
compreendida como uma espécie de censura a outras temáticas.
II) A proibição de monopólios e oligopólios está, de fato, longe de ser cumprida, entretanto há
muitos avanços na regionalização e no estímulo a produções independentes. As duas moda
lidades têm encontrado amplo espaço nas emissoras de rádio e televisão do País.
III) O poder executivo, aquele que possui a atribuição de governar conforme a constituição, é
responsável, entre outros, por observar o princípio da complementaridade do sistema mi
diático, que deve ser composto de veículos privados, públicos e estatais. Na prática, não há
muita diferença entre veículos públicos e estatais, uma vez que ambos devem ser comanda
dos por lideranças escolhidas pelos governantes eleitos.
Após leitura cuidadosa, assinale a alternativa correta:
a) Está correta apenas a proposição 1.
b) Estão corretas apenas as proposições I e III.
c) Todas as proposições estão corretas.
d) Está correta apenas a proposição III.
� Nenhuma alternativa está correta.
A jornada foi longa. Começamos refletindo siderava interessante. Para isso, contamos com o
sobre acontecimentos com maior ou menor po auxílio dos valores-notícia e descobrimos que es
tencial para serem transformados em notícia, as ses critérios podem ser conhecidos por todos nós
sunto que, embora esteja sempre em volta de to e podem ser usados para avaliar a maior ou menor
dos nós, é pensado por poucos. Mas fomos além, importância de acontecimentos. Com a ajuda de
muito além, conhecemos a notícia em pessoa, les, deparamo-nos com os acontecimentos e, as
uma senhora que já exerce a função de informar sim como fazem os jornalistas, analisamos a sua
há muitos anos, mas sem perder, com o passar noticiabilidade.
do tempo, seu interesse pelo que é novo, rápido e Ainda assim, nossa jornada estava só come
interessante para a população. çando. Arrumamos as nossas malas e fomos in
Depois desse encontro, descobrimos mais vestigar em diferentes tempos e sociedades de
perguntas. Tentamos entender de maneira orga onde teriam vindo os critérios para selecionar as
nizada os gostos da Dona Notícia, o que ela con- notícias. No passado, encontramos os ancestrais
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