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do trabalho
Identificando o
propósito da autogestão
Você verá a seguir conceitos sobre autogestão pessoal, ou seja, sobre a capacidade
de uma pessoa de nortear as próprias escolhas no intuito de identificar, planejar e
implementar as estratégias necessárias para alcançar metas e objetivos com a ajuda
de algumas ferramentas.
Para tanto, este conteúdo foi planejado para que você possa
refletir sobre os temas relacionados a propósito e carreira, a
fim de estabelecer algumas ações para buscar a autorreal-
ização na vida pessoal e profissional.
Contudo, ao falar em propósito de vida, lembre-se de que ele é algo que orienta a
trajetória existencial de um indivíduo baseando-se na espiritualidade deste. Vale
destacar que, neste contexto, espiritualidade nada tem a ver com religião, e sim
com crenças e valores.
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Ikigai
É um termo japonês que significa “razão de viver” ou “força motriz para viver”. O
método ikigai é composto por quatro elementos que, resumidamente, podem ser
elaborados como respostas para as seguintes perguntas:
Desc.: A imagem mostra uma combinação de elementos, quais sejam: paixão – aquilo que você ama fazer; missão – aquilo que o mundo precisa; vocação – aquilo que você é pago para fazer; e profissão – aquilo em que você é bom.
Aquilo que
você ama
PAIXÃO MISSÃO
Aquilo O que o
em que IKIGAI mundo
você é precisa
bom
PROFISSÃO VOCAÇÃO
Aquilo que
você é pago
para fazer
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Roda da vida
É uma ferramenta que serve para mensurar a satisfação das pessoas em impor-
tantes aspectos da vida delas. A roda da vida é composta por quatro tríades es-
truturantes: pessoal, profissional, qualidade de vida e relacionamentos. Você deve
analisar cada aspecto das tríades e atribuir-lhes notas de 1 a 10 a fim de enxergar
os aspectos mais críticos e alinhar os níveis de satisfação.
Desc.: A roda é composta por quatro quadrantes: pessoal, profissional, qualidade de vida e relacionamentos. Cada quadrante é composto por uma tríade. O âmbito pessoal é composto pela tríade “desenvolvimento intelectual”, “saúde e disposição” e “equilíbrio
emocional”; o âmbito profissional, pela tríade “recursos financeiros”, “contribuição social” e “realização e propósito”; o âmbito da qualidade de vida, pela tríade “criatividade, hobbies e diversão”, “plenitude e felicidade” e “espiritualidade”; e o âmbito dos
relacionamentos, pela tríade “vida social”, “relacionamento amoroso” e “família”.
Desc.: A matriz SWOT é composta por quatro quadrantes: “Strenghts” (que significa, em português, “forças”); “Weaknesses” (que significa, em português, “fraquezas”); “Opportunities” (que significa, em português, “oportunidades”); e “ Threats” (que significa, em
Útil Prejudicial
português, “ameaças”). Os quadrantes baseiam-se em fatores de origens interna e externa, podendo ser classificados como úteis ou prejudiciais.
S W
Origem externa
O T
Origem interna
Oportunidades Ameaças
Portanto, é muito importante que você estabeleça algumas estratégias para desen-
volver a sua empregabilidade. Observe algumas delas:
Realize um trabalho com excelência. Busque fazer o seu melhor para que
os resultados sejam proporcionais ao esforço. Para tanto, você precisa saber
o que faz, aprender a gostar das atividades, traçar metas (para não ficar es-
tagnado e ter oportunidade de crescimento) e construir boas relações (para
que o ambiente de trabalho seja harmonioso e saudável).
Veja a seguir um passo a passo detalhado com todos os dados essenciais à con-
strução de um excelente currículo:
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Dados pessoais
A identificação deve ser o primeiro item do currículo. Apresente os seus dados pes-
soais, como nome completo; os seus meios de contato (e-mail, telefone fixo, celular e
endereço); o seu estado civil; e a sua data de nascimento. Se preferir, você pode in-
serir algum link de redes sociais, como o LinkedIn.
Objetivo profissional
Especifique a sua área de atuação e defina claramente o seu objetivo, sem ultrapassar
uma linha.
Escolaridade
Apresente o seu nível de educação formal (ensino fundamental, médio ou técnico,
graduação, pós-graduação, cursos concluídos ou em andamento). Informações como
nome do curso, da escola ou da universidade que frequentou e data de conclusão são
muito importantes.
Experiência profissional
Descreva, ordenadamente, as suas principais experiências profissionais, iniciando
sempre pelo cargo mais recente. A apresentação de dados como nome da empresa,
cargo ocupado, período de permanência na organização e uma breve descrição das
atividades realizadas são informações fundamentais à análise do recrutador.
Cursos de aperfeiçoamento
Descreva os cursos de aperfeiçoamento – ou os cursos livres –, os seminários, as
palestras, os simpósios etc. que você realizou, sempre os colocando em ordem decre-
scente (do mais recente para o mais antigo).
Habilidades
Descreva todo o seu conhecimento informal, ou seja, todo o conhecimento que você
adquiriu pela prática ou pela experiência profissional em determinada atividade.
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Além disso, existem duas ferramentas muito úteis para a elaboração de
currículos visualmente atrativos:
Processo seletivo
Processo seletivo é o conjunto de técnicas utilizado pelas empresas para “filtrar” e
selecionar pessoas que pretendem ocupar determinadas posições de trabalho. A
fim de obter maior assertividade nas contratações, algumas empresas costumam
estruturar um processo com várias etapas. As etapas mais usuais são: triagem e
análise dos currículos; entrevista (individual ou coletiva); dinâmicas de grupo; testes
e provas situacionais; avaliações psicológicas; e devolutiva sobre o processo.
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O próximo passo é analisar as exigências e os requisitos das organizações. Verifique
quais são as habilidades mais solicitadas em anúncios de emprego. Assim, você
conseguirá estabelecer prioridades com relação aos cursos e às qualificações a
serem realizados. Em seguida, planeje suas ações de marketing pessoal, ou seja,
sua estratégia para vender sua imagem visando a expor habilidades e competências
profissionais pretendidas pelas empresas.
Marketing pessoal,
networking e netweaving
Pelo LinkedIn, você pode inserir suas informações profissionais e seus interesses
de negócios, além de não ter a preocupação de conhecer as pessoas previamente,
pois o seu interesse é ampliar a rede de contatos profissionais. Então, você pode
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adicionar os profissionais que julgar interessantes. Além disso, você pode divulgar
seu trabalho, fazer postagens ligadas às suas áreas de interesse, acessar artigos e
reportagens, interagir com diversas pessoas.
Já para fazer networking pessoalmente, você pode “fazer contatos” em seu tra-
balho, em reuniões, em eventos em geral, enfim, em locais onde você interagirá
com as pessoas. Para tanto, você pode aproveitar que já conhece algumas pessoas
e pedir que elas lhe apresentem outras, ou então você pode participar de eventos
específicos de networking nos quais as pessoas vão para um coquetel, por exemplo,
e trocam cartões de visita. Isso ampliará sua rede de contatos profissionais, ou seja,
seu networking.
O que é netweaving?
“Netweaving” é um termo em inglês que significa algo como “tecer
relacionamentos”, ou seja, é uma rede de contatos sem interesses
ou expectativas profissionais. O netweaving acontece quando você
não tem o objetivo de fazer negócios ou se relacionar profissional-
mente com aquelas pessoas; é algo mais profundo e que acontece
naturalmente, objetivando ajudar as pessoas que convivem com
você, inclusive no trabalho.
Sendo assim, o foco é ouvir tais pessoas, preocupar-se com elas, entender como
você pode auxiliá-las. Você conhecerá as pessoas e se relacionará com elas com
uma relação de amizade.
Por exemplo, imagine que você viajou, conheceu pessoas e, de alguma forma, pôde
ajudá-las sem esperar algo em troca. Isso é netweaving, pois você estava sem inter-
esses por trás de suas ações.
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Portanto, para ter um ótimo marketing pessoal, você precisa conhecer algumas nor-
mas de etiqueta para saber como agir em determinadas situações, principalmente
no ambiente profissional. Além disso, você precisa ter cuidado com seu vestuário:
ele precisa estar adequado ao seu ambiente profissional, respeitando também o seu
estilo. Para manter sua “marca pessoal”, também é imprescindível que você saiba
se comunicar com as pessoas, observando o seu interlocutor e usando a linguagem
adequada ao ambiente onde você se encontra.
Esses três aspectos devem ser observados e adequados a cada local, ou seja, se
você estiver trabalhando em um local mais tradicional, precisa se comunicar sem
gírias, por exemplo. Sendo assim, você estará cuidando do seu marketing pessoal,
o que também poderá lhe proporcionar crescimento profissional, pois as pessoas se
lembrarão da imagem que você transmite.
Inteligência emocional
e resiliência
Inteligência emocional
Vive-se hoje um período de acelerada transformação e de grande ruptura social,
cultural e econômica. O entendimento do que é inteligência também mudou: ser
inteligente era sinônimo de ter raciocínio lógico ágil, mas, atualmente, ser inteligen-
te envolve saber agir e saber ser. Para saber agir e saber ser, é preciso manejar as
emoções. Por isso, hoje em dia, a pessoa que desenvolve a inteligência emocional é
a que mais cresce profissional e pessoalmente e a que tem mais desenvoltura para
viver em um mundo em constante transformação.
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O que é inteligência emocional ?
Inteligência emocional é ter aptidão para lidar com as emoções. Ao sentir raiva de
um colega de trabalho, é melhor expor o que você sente ou ficar calado? Ao avaliar
uma situação como injusta, é melhor conversar com a liderança ou não se impor-
tar? Como dar um feedback negativo? Todas essas perguntas são apenas algumas
situações pelas quais as pessoas passam no dia a dia, e essas pessoas, por sua vez,
precisam encarar as emoções e decidir como agir. Logo, quanto mais desenvolvida a
inteligência emocional, mais fácil será agir assertivamente.
A inteligência emocional tem sido muito requisitada nas empresas pelo setor de
recursos humanos, pois elas procuram pessoas com requisitos comportamentais e
técnicos. Os requisitos técnicos são a formação escolar e a técnica para a função; os
requisitos comportamentais são as chamadas soft skills: boa relação interpessoal,
abertura para a mudança, criatividade, empreendedorismo, busca constante por
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crescimento pessoal e profissional (lifelong learning), definição de propósito, auto-
motivação e autorrealização. Como você pode ver, tais aspectos são construídos por
meio do desenvolvimento da inteligência emocional.
Resiliência
Você já ouviu falar na capacidade de superar os desafios?
Em um contexto social de permanente transformação, são intrínsecos
ao viver os desafios e, junto com eles, um pouco de estresse. Assim, o
profissional que desenvolve a capacidade de ser resiliente sabe lidar
satisfatoriamente com os desafios ao mesmo tempo em que se man-
tém física e psiquicamente saudável.
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Por que alguns indivíduos conseguem superar um proble-
ma ou uma situação desafiadora e outros não?
Primeiramente, lembre-se de que todas as pessoas têm condições de superar desa-
fios, mesmo que alguns indivíduos levem mais tempo que outros. A questão é con-
siderar todas as variáveis: qual é a situação desafiadora ou problemática? Como a
pessoa a percebeu? Qual é o momento e qual é o contexto de vida em que a pessoa
se encontrava? Entenda o seguinte: a mesma situação provoca reações diferentes
em cada pessoa e ativa mais fortemente ou mais sutilmente os recursos pessoais
internos.
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Em resumo, resiliência não significa “aguentar” ou suportar qualquer situação, como
casos de abuso e violência. Resiliência é aprender a enfrentar problemas e desafios
que surgem no trabalho e na vida, ativando a força interna de superação e criação
de alternativas e soluções, aspectos que toda pessoa tem dentro de si.
Gestão do tempo
Imagine uma pessoa com diversas atividades para desenvolver no dia. Ela inicia
uma tarefa e já está pensando na seguinte. Faz uma pausa e, quando retorna, ini-
cia outra atividade antes de concluir a anterior. Essa pessoa lembra depois que tem
outra atividade que precisa ser entregue antes das demais, e acaba abandonando
as duas outras, iniciando a que julga mais urgente naquele momento. Você já pas-
sou por esta situação alguma vez?
Este é um exemplo claro de alguém que está desperdiçando o tempo com ativ-
idades, as quais podem não ser as mais urgentes, e também perdendo o foco,
porque não está se concentrando no que realmente deveria realizar. Neste caso, o
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mais adequado é criar um planejamento do que precisa ser feito, listando as ativi-
dades mais urgentes e, entre elas, enumerando uma a uma para saber a ordem em
que devem ser executadas.
Para isso, é preciso verificar se as atividades têm prazo para serem entregues, pois,
considerando o prazo, é possível classificar as que devem ser executadas primeiro.
Além disso, é importante ter uma ideia do tempo necessário para realizar cada ativi-
dade, a fim de que se consiga distribuir as demandas no dia.
Avalie se todas as demandas realmente precisam ser feitas por você, pois, às
vezes, existirão demandas que podem ser delegadas. Sendo assim, seja crítico e
delegue as tarefas que não precisam ser realizadas por você.
Organize sua rotina para executar inicialmente o que é mais urgente e em se-
guida desenvolver o que for menos urgente, mas não menos importante.
Tenha foco no que você está executando, pois existem diversas formas de
desperdiçar o tempo. Concentre-se para não perder o foco em ações que poderão
prejudicar sua produtividade, como ficar conferindo as mensagens no celular a todo
o momento, por exemplo.
Organize sua estação de trabalho para que, quando você precisar de algum
material, saiba onde localizá-lo, não perdendo tempo procurando-o.
Se você tiver um grande relatório para fazer, faça uma divisão por assuntos e
vá elaborando parte por parte até concluí-lo. Se pensar na complexidade do todo
provavelmente se sentirá desmotivado, o que pode resultar na procrastinação da
atividade. Lembre-se: um passo de cada vez!
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Faça anotações ou coloque lembretes do que precisa ser realizado. Para isso,
você pode usar um bloco de notas ou um aplicativo de gerenciamento de tarefas.
Faça um teste e observe o que mais funciona para você.
Lembre-se de que, muitas vezes, você terá o mesmo tempo para realizar
algumas demandas e o que fará você produzir mais é a forma como você
organiza suas atividades. Sendo assim, tenha disciplina para manter
essa organização e você conseguirá gerenciar melhor seu tempo, tor-
nando-o ainda mais produtivo.
Referências
BARCELLOS, Ricardo; PEDROSO, Maria Cristina J. M. Desenvolvimento pessoal e
interpessoal. Curitiba: IFP, 2012.
GARCIA, H. Ikigai: os segredos dos japoneses para uma vida longa e feliz. Rio de
Janeiro: Intrínseca, 2016.
VIEIRA, Maria Christina de Andrade. Marketing pessoal: das ideias aos projetos – A
construção do indivíduo na organização. Curitiba: Ibpex, 2009.
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