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Contribuições de Lewin
Comunicação humana e Relações interpessoais (comunicação e liderança);
Psicólogo social, que cunhou o termo “dinâmica de grupos” e estudou sobre
comunicação humana, o aprendizado da autenticidade e o exercício da autoridade
em grupo de trabalho.
Em seus estudos no M.I.T, descobriu que a produtividade e a eficiência de um
grupo estão estreitamente relacionadas com a solidariedade de suas relações
interpessoais, além de influenciar na criatividade e integração.
o Teoria das necessidades interpessoais de Schutz: para que haja integração,
primeiro deve haver a superação de algumas necessidades fundamentais
pelo grupo. Todos os seres humanos que se reúnem em grupo as
experimentam em algum grau, e só podem ser satisfeitas em grupo e pelo
grupo. As necessidades são:
Necessidade de inclusão: acontece com todo membro novo de um
grupo, e é expressa pela necessidade de ser aceito por aqueles que o
sujeito enxerga como preferidos no grupo; é a expressão do desejo
de participar de todos os processos de decisão do grupo, e de
possuir um status positivo e permanente no interior de grupo. Isso
também depende do grau de maturidade social; sujeito menos
socializados adotam posições de dependência em relação àqueles
que possuem status privilegiado, aqueles que não superam a revolta
típica da dependência se inserem no grupo por meio da contra-
dependência para forçar sua inclusão no grupo, já os melhores
socializados encontram relações positivas que satisfazem suas
necessidades e permitem autonomia e interdependência.
Necessidade de controle: cada membro do grupo estabelece para si
mesmo responsabilidades suas para com o grupo. “Quem tem
autoridade sobre quem, em quê e por que?”. Todo membro deseja e
sente a necessidade de que a existência e a dinâmica de grupo não
escape totalmente ao seu controle. Os dependentes, por exemplo,
podem estabelecer atitudes infantis para exercer sua necessidade de
controle afastando-se de toda responsabilidade e delegar aos outros
(atitudes abdicadoras). Os que se sentem isolados tenderão a
assumir sozinhas as tarefas do grupo (atitudes autocratas). Os mais
socializados e com maior maturidade social vão pensar o grupo em
termos de responsabilidade (atitude democrática).
Necessidade de afeição: é o desejo de ser insubstituível dentro do
grupo e ser estimado pela pessoa que é. Os sujeitos com atitudes
dependentes podem tentar estabelecer relações privilegiadas,
exclusivas e possessivas, sendo aceitos no papel de criança mimada
(relações hiper pessoais). Por outro lado, os sujeitos que se sentem
rejeitados ou ignorados passam a estabelecer relações estritamente
funcionais entre os membros, negando níveis mais profundos de
relação e amizade (relações hipo-sociais). Por fim, os sujeitos mais
maduros socialmente são capazes de estabelecer relações de
recebimento e troca satisfatórias (relações inter pessoais).
As relações de grupo não podem evoluir no sentido de solidariedade e o grupo
integrar-se inteiramente enquanto houver entre os membros fontes de bloqueio e
de filtragem em suas comunicações. A comunicação humana só existe realmente
quando se estabelece um contato psicológico, que pode ser de variadas
maneiras devido aos instrumentos que são usados de acordo com os objetivos
em vista.
o Os instrumentos: divididos em verbal (oral e escrita) e não verbal
(expressões faciais, postura), que podem nem sempre estar em sintonia, mas
que deve ser funcional e que para isso depende de autonomia, flexibilidade e
disposição para a aprendizagem.
o As pessoas: diferenciação entre comunicação a dois, quando há um encontro
genuíno de reciprocidade ou complementaridade, que aspira à permanência;
e comunicação de grupo, que podem ser intra grupal ou inter grupal.
o Os objetivos: divide-se em comunicação consumatória e instrumental; a
primeira tem como objetivos apenas estabelecer contato, falar por falar, que
é acompanhada de espontaneidade e gratuidade; a segunda é utilitária e
acompanhada de segundas-intenções, e enxerga no outro um objeto a ser
explorado.
Redes de comunicação: são as vias de acesso ao outro. Entretanto, é fundamental
além do acesso ao outro, saber quando este apresenta-se receptivo às mensagens
que são dirigidas.
o Redes horizontais: só pode ser estabelecida em grupos igualitários, são as
redes em círculos que só existem em grupos genuinamente democráticos, e
as redes em cadeia, configuradas pela falta de uma liderança, e as relações
são formadas a partir das afinidades dentro do grupo, fazendo com que
alguns membros sintam-se excluídos.
o Redes verticais: são as redes hierarquizadas; que podem ser as redes em y,
caracterizada pelo fechamento do grupo, no qual as relações estão em
transição de democráticas para autocráticas; e as redes em roda, que é
específica de grupos autocrático, no qual o poder é concentrado em uma
pessoa e todas as comunicações são controladas pelo líder.
Bloqueios, filtragens e ruídos: os bloqueios provisórios podem ser mais benéficos
à relação do que as filtragens, uma vez que a interrupção brusca leva ao
questionamento da relação e consequentemente permite que ela seja reestabelecida
sobre uma base mais autêntica, enquanto que a filtragem tende a ser acompanhada
de reticências e restrições que degradam a relação, correndo o risco de tornar
artificial a comunicação de modo irreversível.
o Zonas de silêncio, zonas de troca superficial e zonas de conflito e tensões.
Contribuições de Bion
Mentalidade grupal, cultura grupal, supostos básicos, grupo de suposto básico e
grupo de trabalho.
Olhar psicanalítico para o grupo; importância do grupo familiar desde os
primórdios explicitados por Freud e Klein.
Mentalidade grupal – cultura de grupo: devido ao funcionamento do
grupo enquanto unidade; o termo designa a atividade mental coletiva
que se produz quando as pessoas se reúnem em grupos, formada pela
opinião, vontade ou desejo unânimes do grupo e pode estar em conflito
com a mentalidade dos indivíduos.
Cultura de grupo: é a organização que o grupo adota em determinado
momento e surge do conflito entre a vontade coletiva anônima e
inconsciente e os desejos e necessidades individuais.
Suposto básico: qualifica a mentalidade grupal; sua existência
(baseada em emoções de origem primitiva, portanto,
inconscientes e pode ser oposta às opiniões conscientes)
determina a organização que o grupo adota e o como o grupo
encara a tarefa a ser realizada; se manifesta na conduta do grupo
o Suposto básico de dependência: é crença em um ser
superior do qual não se duvida e que proverá todas as
necessidades do grupo. Se organiza em volta de um líder
que cumpra a função de prover a necessidade do grupo.
o Suposto básico de ataque-fuga: convicção de que há um
inimigo do grupo que deve ser eliminado, ou do qual se
deve fugir. Tem como líder personalidades paranoides,
assim, deve alimentar a ideia de que há um inimigo fora
o Suposto básico de acasalamento: baseada na esperança
irracional e primitiva, messiânica; pautado na ideia de
futuro, não de presente. O líder é alguém que ainda não
nasceu, mas há um par que se estabelece entre dois
integrantes que dialogam. Tendência à cisão.
o Resumo: fantasia onipotente que resolverá todos os
problemas. São estados emocionais tendentes a evitar a
frustração inerente ao aprendizado por experiência que
implica em esforço, dor e contato com a realidade.
o Ideia aberrante surge sempre que o grupo tem de enfrentar
uma nova ideia que proponha evolução, ameaçando a
estrutura vigente. Mudança catastrófica.
Necessidade de avaliar a estrutura que se configura para
determinar o suposto básico.
Valencia e cooperação. Valencia é a menor ou maior disposição
do individuo para combinar-se na atividade do suposto básico
Linguagem como forma de ação, despojada de sua qualidade
comunicativa, se assemelha à linguagem do psicótico;
Grupo de trabalho: requer de seus membros a capacidade de cooperação e
esforço; estado mental que implica em contato com a realidade, tolerância à
frustração e controle das emoções. O líder é a pessoa capaz de ser eficiente.
Intercâmbio verbal. O individuo como pessoa dentro do grupo de trabalho está
exposto ao inevitável componente de solidão, isolamento e dor associados ao
crescimento e à evolução.
Grupo especializado de trabalho: igreja seria especializada no grupo básico de
dependência, o exercito seria o grupo de ataque, o grupo de acasalamento seria a
elite e suas ideias de raça e nascimento.
O místico e o grupo: místico seria o sujeito diferente dentro do grupo, como um
messias portador de uma ideia nova e o seu sucesso depende de sua linguagem.
A relação pode ser: comensal, simbiótica ou parasitária.
Contribuições de Moreno
1931: inicio oficial da psicoterapia em grupo; surge em contra ponto à
psicanálise, que excluía o grupo da vida do indivíduo. O objetivo era encontrar
uma terapia que ao indivíduo e ao grupo. Critica que Freud nunca estudou
grupos concretos.
Sociometria: ciência do grupo terapêutico, que permite avaliar a coesão e a
profundidade dos grupos. Basicamente, cada grupo já possui uma estrutura
definida, que se desenvolve tipicamente no decorrer das sessões e indica a
intensidade do sucesso terapêutico (procurava-se uma forma de descobrir as
estruturas típicas dos grupos terapêuticos).
o Cada grupo tem uma base oficial e uma sociometrica, a estrutura
consciente e inconsciente.
o A atração e a rejeição entre indivíduos e grupos seguem a lei da
sociodinâmica.
o Há lideres populares, poderosos e isolados, assim como há grupos
centrados no líder, centrados no próprio grupo e grupos sem líderes.
o Cada grupo tem uma determinada coesão; a tarefa da terapia é levar o
grupo doente de um grau de baixa coesão a um grupo de alta coesão.
O tratamento de grupos concretos, a verdadeira psicoterapia de grupo consiste de
sessões terapêuticas, nas quais três ou mais pessoas que tomam parte se
esforçam para resolver problemas comuns (diferenciação entre grupos sintéticos
e grupos naturais). A sociomentria pode ajudar a escolher os pacientes para
grupos constantes.
No caso dos grupos, permite-se que o paciente possa ser um terapeuta auxiliar,
saindo um pouco desse papel de paciente.
Psicodrama: possibilidades terapêuticas na representação; terapia interpessoal
invertido
Comunicação Aprendizagem
*grupo interno: representação interna que cada um dos pacientes tem do grupo familiar ;
a analise dos vínculos do grupo interno permite melhorar a imagem e a relação do grupo