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Instituição/Curso/Turno: UNIFACISA/ Psicologia/ Diurno

Disciplina: Processos e Relações Grupais I


Professora(s): Raisa Mariz Simões
Alunas/R.A.: Yasmim Arielly Dos Anjos Confessor /2121020004

> Grupo terapêutico - dentro dele há uma estrutura de papéis e posições, atuando sobre o
imaginário dos componentes do grupo

– A evolução do grupo se dá quando os papéis grupais não são mais engessados e único ao
indivíduo do grupo, mas há uma rotação do distribuimento no qual se atribui um papel a
determinada pessoa.

➢ Papéis

Bode expiatório – Causador do caos dentro de um grupo, por vezes o engraçadinho;

Porta-voz – Comunica os desejos do grupo ou pode atuar como o contestador da


movimentação do grupo;

Radar – Compreende os anseios do grupos no estágio inicial; normalmente alguém recluso;

Instigador – desempenha o papel de quem causa a mudança no campo grupal, seja por um
jogo de intrigas, etc.

Atuador pelos demais – Aquele que faz o que não deveria ser feito na grupoterapia. É
secretamente apoiado pelos outros por fazer aquilo que tinham vontade de fazer.

Sabotador – Seria aquele que o convem o movimento da resistência no fenômeno grupal. É


apontado a presença de inveja dos demais e características narcisistas nesse indivíduo.

Vestal – Aquele preso às velhas maneiras, contra as movimentações atuais. É preciso ter
cuidado para o facilitador não ocupar tal papel.

Obstrutor – O sujeito que vai contra a maré sobre determinadas abordagens ou assuntos
discutidos dentro da grupoterapia.

Apaziguador – O evitador de conflitos, não consegue lidar com, por muitas vezes, a
agressividade intrínseca ao grupo. É preciso saber contornar esse desejo para não se perder
um conteúdo valioso a se abordar no grupo.

Líder – O aparecimento do líder pode se resultar de uma das duas formas: ou ele é escolhido
pelo grupoterapeuta a desempenhar tal papel ou é designado pelo grupo. E pode se resultar
dois tipos de líderes a partir desse processo de escolha: um líder tirano que sua maior
preocupação é a si ou o líder positivo em que agrega ao grupo boas qualidades em sua
liderança.

LIDERANÇA

– Vertente psicanalítica da análise do fenômeno da liderança:

● Freud
– Considerava que dentro do grupo surgia um líder, partindo a da familiaridade dos valores
do grupo refletidos em alguém.
– Formação da liderança dentro da população primitiva (alicerçado por Le Bon):
A perda da identidade individual na inserção da massa; o seguimento de condutas sem o
pensamento crítico para distinção do valor privado e autonomia de si.
- Remonta algo da liderança carismática que institui uma relação de dependência com o
líder que só se volta a si.

– Formação da liderança dentro da igreja: interiorização da crença na entidade, que produz o


efeito de designação com a subjetividade da crença a qual unifica os devotos ao se voltar
unicamente a essa grande figura.

– Formação da liderança dentro do exército: em que se estabelece uma cumplicidade com a


representação da figura de autoridade, há a compactuação de ideais em cima dessa figura.

● Bion
– Psicanalista que defendia que para todo grupo há um líder ocupando a posição de liderança.
– A formação de líderes considerada pelo estudioso é composta por três princípios:
● Relação de dependência com o prover do líder;
● Relação de luta ou fuga, continuamente o grupo se vêem pressionados nesses
instintos;
● Relação de pairing, em que o líder assume o papel de salvador do grupo; o messias do
grupo.

● Pichon Riviére
– Presumiu, a partir da existência de grupos operativos, a gama de quatro tipos de lideranças:
● A liderança autocrática: composta por um líder restritivo e uma população de sujeitos
a mercê dessa força autoritária de reger o grupo, em que muito se acata pelo medo.
Não há a falta de pensamento sobre as atitudes do líder, só um receio de se opor.
● A liderança democrática: composta por um grupo mais equilibrado hierarquicamente,
em que se há menos dependência sob o líder e que todos cumprem uma função bem
delimitada.
● A liderança permissiva (laissez-faire): composta pela desestruturação pela liberdade
de atuação dentro do grupo, isso no geral leva a pouca concretização de objetivos no
grupo.
● A liderança demagógica: composta pelo líder do falso-self, em que o líder muito
promete, mas pouco ou nada entrega, gerando uma insatisfação nos componentes do
grupo; remete a figura do impostor. Há um alienamento por parte do participante
desse grupo.

– Levar em consideração a contribuição da possível adesão de mais um tipo de liderança, o


líder narcisista, composta pelo estabelecimento da relação de poder instaurada por meio do
carisma, conquistando o grupo ao prover pelas suas necessidades e com papel de então
retribuir com a devoção a tal figura; No extremismo dessa relação há a falta de crítica ao
seguir piamente com os desejos de tal líder.

– Enquadre (Setting) Grupal

● É se deparar com o regimento do grupo, como ele se configura, o seu funcionamento;


em que todos os componentes desse setting agem como um influencia em como ele é
denominado;
● O grupoterapeuta age como pivô do enquadre, por meio da empatia e da análise do
funcionamento ele movimenta o grupo;

– Funções do setting:
● Ter o controle sobre os sentimentos presentes dentro do grupo, como exemplo a
frustração;
● Prover o equilíbrio entre o senso do indivíduo e do sentimento de grupo;
● Ajudar na percepção do diferente, o processo separar as queixas e do que unicamente
do indivíduo;
● Estabelecer as restrições dentro do grupo, até que ponto deve-se ir;
● Trabalhar com a diferença a fim de impedir a frustração de querer ter os mesmos
valores;
● Abordar que o sofrimento é algo intrínseco ao grupo, pela demanda do grupo
estipula-se o que será trago a tona ou não dentro do grupo;

– A posição do grupoterapeuta é de auxiliar nos processos grupais, não de realizar feitos


como medicar ou hospitalizar alguém.

● Possíveis características do setting:

– O grupo ser composto por indivíduos únicos, seja um grupo só de mulheres ou só de


homens ou com características diversas;
– O grupo ser fechado ou aberto a novos integrantes;
– A quantidade de participantes, sendo um grupo pequeno ou grande;
– A quantidade de encontros realizados;
– A duração desses encontros;
– Data de início e data de encerramento com o grupo;
– Regimento do grupo com diferentes técnicas;
– Presença de mais de um grupoterapeuta;

– É necessário ao se trabalhar dentro do grupo ter uma dose considerável de anseio pela
atuação do grupo.

– REGRA DA LIVRE ASSOCIAÇÃO DE IDEIAS: FENÔMENO DA RESSONÂNCIA

● A partir do princípio psicanalítico assume a designação da associação livre de ideias,


que consiste em falar a partir do que venha de conteúdo, mesmo que seja sem ordem
ou aparente nexo;

– REGRA DO AMOR A VERDADE.

● Estabelecer a base para os integrantes se sentirem livres ao colocar suas queixas, na


ausência de julgamentos e prover um local onde todos possam manifestar suas
opiniões e não ficarem reclusos na opinião dos demais.

– REGRA DO SIGILO.

● Propor um ambiente confiável, em que todos possam garantir que nada a ser
mencionado ali será compartilhado em outro local.

– FUNÇÃO CONTINENTE.

● Reger o grupo com a direcionamento em que os sujeitos possam se beneficiar do


grupo com o propósito de lidar com suas queixas, de orientação sobre essas
demandas, um local de amparo, cuidado e acolhimento. Estabelecer noções de
responsabilização e consciência, além de reforçar sentimentos de pertencimento e
esclarecimento de papéis sociais;

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