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> Grupo terapêutico - dentro dele há uma estrutura de papéis e posições, atuando sobre o
imaginário dos componentes do grupo
– A evolução do grupo se dá quando os papéis grupais não são mais engessados e único ao
indivíduo do grupo, mas há uma rotação do distribuimento no qual se atribui um papel a
determinada pessoa.
➢ Papéis
Instigador – desempenha o papel de quem causa a mudança no campo grupal, seja por um
jogo de intrigas, etc.
Atuador pelos demais – Aquele que faz o que não deveria ser feito na grupoterapia. É
secretamente apoiado pelos outros por fazer aquilo que tinham vontade de fazer.
Vestal – Aquele preso às velhas maneiras, contra as movimentações atuais. É preciso ter
cuidado para o facilitador não ocupar tal papel.
Obstrutor – O sujeito que vai contra a maré sobre determinadas abordagens ou assuntos
discutidos dentro da grupoterapia.
Apaziguador – O evitador de conflitos, não consegue lidar com, por muitas vezes, a
agressividade intrínseca ao grupo. É preciso saber contornar esse desejo para não se perder
um conteúdo valioso a se abordar no grupo.
Líder – O aparecimento do líder pode se resultar de uma das duas formas: ou ele é escolhido
pelo grupoterapeuta a desempenhar tal papel ou é designado pelo grupo. E pode se resultar
dois tipos de líderes a partir desse processo de escolha: um líder tirano que sua maior
preocupação é a si ou o líder positivo em que agrega ao grupo boas qualidades em sua
liderança.
LIDERANÇA
● Freud
– Considerava que dentro do grupo surgia um líder, partindo a da familiaridade dos valores
do grupo refletidos em alguém.
– Formação da liderança dentro da população primitiva (alicerçado por Le Bon):
A perda da identidade individual na inserção da massa; o seguimento de condutas sem o
pensamento crítico para distinção do valor privado e autonomia de si.
- Remonta algo da liderança carismática que institui uma relação de dependência com o
líder que só se volta a si.
● Bion
– Psicanalista que defendia que para todo grupo há um líder ocupando a posição de liderança.
– A formação de líderes considerada pelo estudioso é composta por três princípios:
● Relação de dependência com o prover do líder;
● Relação de luta ou fuga, continuamente o grupo se vêem pressionados nesses
instintos;
● Relação de pairing, em que o líder assume o papel de salvador do grupo; o messias do
grupo.
● Pichon Riviére
– Presumiu, a partir da existência de grupos operativos, a gama de quatro tipos de lideranças:
● A liderança autocrática: composta por um líder restritivo e uma população de sujeitos
a mercê dessa força autoritária de reger o grupo, em que muito se acata pelo medo.
Não há a falta de pensamento sobre as atitudes do líder, só um receio de se opor.
● A liderança democrática: composta por um grupo mais equilibrado hierarquicamente,
em que se há menos dependência sob o líder e que todos cumprem uma função bem
delimitada.
● A liderança permissiva (laissez-faire): composta pela desestruturação pela liberdade
de atuação dentro do grupo, isso no geral leva a pouca concretização de objetivos no
grupo.
● A liderança demagógica: composta pelo líder do falso-self, em que o líder muito
promete, mas pouco ou nada entrega, gerando uma insatisfação nos componentes do
grupo; remete a figura do impostor. Há um alienamento por parte do participante
desse grupo.
– Funções do setting:
● Ter o controle sobre os sentimentos presentes dentro do grupo, como exemplo a
frustração;
● Prover o equilíbrio entre o senso do indivíduo e do sentimento de grupo;
● Ajudar na percepção do diferente, o processo separar as queixas e do que unicamente
do indivíduo;
● Estabelecer as restrições dentro do grupo, até que ponto deve-se ir;
● Trabalhar com a diferença a fim de impedir a frustração de querer ter os mesmos
valores;
● Abordar que o sofrimento é algo intrínseco ao grupo, pela demanda do grupo
estipula-se o que será trago a tona ou não dentro do grupo;
– É necessário ao se trabalhar dentro do grupo ter uma dose considerável de anseio pela
atuação do grupo.
– REGRA DO SIGILO.
● Propor um ambiente confiável, em que todos possam garantir que nada a ser
mencionado ali será compartilhado em outro local.
– FUNÇÃO CONTINENTE.