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UNIVERSIDADE SANTA ÚRSULA

Curso: Psicologia noturno


Disciplina: Dinâmica terapia em grupo
Professora: Adriana Marques
Alunas: Ariane Ribeiro

Resenha dos textos

Wilfred Bion foi um psicanalista de origem indiana, que fez história no Reino
Unido. Pioneiro em teorias sobre dinâmica de grupo, ele desenvolveu um olhar sensível
para o momento do encontro psicanalítico
Bion desenvolveu a teoria dos grupos, explorando as dinâmicas de grupo e os
fenômenos que ocorrem em configurações grupais. Ele analisou a interação entre os
indivíduos dentro do grupo, os processos inconscientes e a formação de fantasias
grupais. Que foi o desenvolvimento da teoria dos grupos, em que ele explorou como os
processos psicológicos individuais podem ser afetados pelo contexto social.
Bion argumentou que os grupos podem ter uma dinâmica própria que pode
influenciar significativamente o comportamento e a psicologia dos indivíduos que os
compõem. À medida que vai observando os grupos.
Disse que a situação emocional e que sempre tensa e desorientadora de maneira
que não é fácil para o psiquiatra .Bion ele gostava de observar os grupos para ele ter
uma satisfação de observar a liderança, ele observava que, ao se envolver em um grupo,
o indivíduo regride a níveis primitivos de funcionamento, característicos das fases
iniciais da vida mental.
Ele se refere ao surgimento inevitável de anseios por conexão emocional bem
como de fantasias inconscientes sobre o significado da vida em grupo. A forma de lidar
com tais anseios determina o comportamento dos indivíduos dentro do grupo, bem
como sua estrutura e o funcionamento do grupo como um todo.

Conhecimento e experiência emocional: Bion destacou a importância do


conhecimento e da experiência emocional na análise. Ele enfatizou que o analista deve
estar aberto e receptivo às experiências emocionais do paciente, sem recorrer a teorias
preconcebidas ou interpretações rígidas.
A mentalidade de grupos é a expressão unânime da vontade do grupo, à qual o
indivíduo contribui por maneiras das quais ele não se dá conta, influenciando-o
desagradavelmente sempre que ele pensa ou se comporta de um modo que varie de
acordo com os pressupostos básicos.

A situação acima observa que ele destaca diversas situações onde o grupo parece
estar mobilizado pela mentalidade de grupo. Quando ele relata que o grupo e suas
culturas e seus conflitos, que possa haver adversidade.
Bion crê que a intervenção nos grupos fortemente influenciados pela
mentalidade de grupo se dá através de uma prática clínica. O terapeuta de grupo vai
interpretando as manifestações da mentalidade de grupos à medida que elas se
manifestam, evitando ocupar o lugar de líder que seria desejado pelo grupo influenciado
por um padrão de comportamento.
Desta forma, os grupos seriam como uma moeda, que possui duas faces, uma
voltada à consecução dos seus objetivos e uma outra regida por impulsos dos seus
membros, impulsos estes que se manifestariam quando se está reunido em um grupo de
pessoas.

Como trabalhamos com grupos” de Zimerman e Osorio


Destina-se a falar sobre os atributos desejáveis a pessoas que queiram e tenham
interesse em coordenar grupos. Fazendo ressalvas quanto ao fato de que nem todos os
atributos descritos. Os itens descritos tem mais como fim uma didática do que uma lista
a ser levado rigorosamente a sério.
No primeiro atributo temos de “Gostar e acreditar em grupos onde o autor que
escreveu a postula como muito importante, principalmente no que se refere ao
funcionamento do trabalho aplicado no grupo que o coordenador trabalhará, gostar e
acreditar na intervenção e funcionamento grupal, uma vez que os membros conseguem
captar o que se passa com o coordenador durante sua prática e perceber seus
sentimentos em relação à intervenção em grupos. Ainda é dito nesse item, que isso nada
tem a ver com eventuais cansaços, ansiedades e descrenças transitórias

O texto resumido aborda de forma direta, abrangente e enfática as condições


necessárias ou pelo menos desejáveis para a pessoa que coordena o grupo. O
coordenador e encarado em seu sentindo amplo, dizendo ao respeito a coordenadores de
grupo sem maiores formalismos, como uma creche, um grupo de autoajuda, com suas
lideranças, uma sala de aula universitária com seu professor.
Gostar e acreditar em grupo, qualquer atividade profissional exige que o
praticante goste o que faz. Isso não é exceção para o coordenador de grupo. E
importante que ele goste o que faz, também para os membros do grupo não percebam na
sua atuação profissional características como enfado, desanimo, falsidade etc.
O segundo atributo é o “amor às verdades” uma vez que esse é importante para o
estabelecimento dos vínculos de confiança e liberdade. O texto faz alusão ao ponto de
que o coordenador deve ser verdadeiro, uma vez que isso pode ser essencial para que ele
note verdades, falsidades e mentiras durante o processo grupal.
Além de um dever ético, ter uma postura veraz na condução de um grupo é um princípio
técnico fundamental, em especial em grupos psicanalíticos, nos quais somente pelas
verdades interiores os pacientes poderão chegar a verdadeiras mudanças internas
A coerência se encontra como terceiro atributo, onde o autor explicita que nem
sempre ser verdadeiro vai ser valioso se a pessoa não tiver coerência para fazer uso de
verdades. Assim, ele postula que é natural que vez ou outras pequenas incoerências
aconteçam, mas que numa escala geral, é importante se atentar para que grandes
inconsistências e incoerências sistemáticas não ocorram porque isso irá confundir os
membros e ser desrespeitoso com eles
O coordenador de um grupo esta sempre exercendo o grau de função educadora
e portanto essencial, apesar de impossível em todos os instantes de sua atuação
coerência para estabelecer confiança nos membros do grupo quanto a relação entre sua
postura, atuação, seus valores, crenças, ou resumidamente, sua idiossincrasia.
O quarto atributo seria o senso de ética, onde é explicitado que o coordenador
não pode invadir o espaço mental dos participantes do grupo e muito menos lhes impor
seus valores e expectativas, devendo, propiciar a estes um alargamento de seus espaços
interiores e exteriores sem que a liberdade proporcionada a estes invada a dos outros. É
discursado também a respeito do sigilo, onde fica explícito que o coordenador deve
respeitar tudo que foi falado e confiado ao grupo e deixar isso restrito apenas aquele
ambiente.

E essencial que o coordenador de grupo mantenham sigilo daquilo que lhe e


passado durante as sessões por seus pacientes, assim como também deve propiciar aos
mesmos o alargamento do espaço interior e exterior de um cada deles, através da
aquisição de um senso de liberdade de todos, desde que essa liberdade não invada dos
outros. Desde modo o coordenador de grupo deve impedir que seus conceitos e
julgamento sejam interferências no processo grupa, relegando a estes espaços exterior
ao grupo.

O quinto item é o respeito, a qual o autor faz alusão a um significado maior e


mais
amplo que o usual: ele discursa sobre a capacidade do coordenador de olhar para as
pessoas as quais ele está em íntima relação sem perspectivas pessoais que lhe foram
ensinadas em sua educação familiar. Em consonância com esse atributo é esperado
também um distanciamento do coordenador para entender e tolerar falhas e limitações
presentes em alguns membros e compreender as eventuais inibições e ritmo de cada um.
O respeito significa olhar para outro como diferente de si mesmo, no caso o
coordenador, com uma distância necessária para não exagerar de modo parcial, e com
tolerância e paciência para aceitar as diferenças, falhas e defeitos dos demais seres
humanos que são parte do seu grupo.
O sexto item se debruça a falar sobre o exercício da paciência em uma atitude
ativa no tempo de espera necessário para que possíveis pessoas do grupo reduzam suas
ansiedades iniciais, adquiram confianças nos outros e se permitam dar passos em
direção a participação efetiva do grupo.
A paciência e um termo que deve ser encarado com uma postura ativa de espera
do desenvolvimento do outro. No caso de um grupo, pode ser a espera de que um
determinado membro reduza a sua possível ansiedade paranoide inicial, adquira uma
confiança basal.
O sétimo item e ser continente alude a capacidade de acolhimento e contenção
das necessidades e angústias dos indivíduos. Usando o exemplo de uma mãe com seus
filhos o autor explica que essa ação se dá quando uma mãe acolhe e contém as angústias
e necessidades de seu filho e a partir desse movimento vá emprestando a ele um sentido,
um significado e uma nomeação para devolver tudo a criança numa dose e ritmo
adequado à suas capacidades. Segundo o autor, este atributo.
A expressão original de Bion, diz respeito a uma capacidade que uma mãe deve
possuir para pode acolher e conter as necessidades e angustias do seu filho, ao mesmo
tempo que as vai compreendendo, desintoxicando, emprestando um sentido, um
significado e especialmente um nome, para só então devolver a criança na dose e no
ritmo adequados as capacidades destas. E importante pois permite ao coordenador do
grupo conter as fortes emoções que pode emergir no campo grupal provindas de cada e
de todos e que por vezes, são colocadas de forma maciça e volumosa dentro de sua
pessoa.
No oitavo item o autor se destina a falar sobre a capacidade negativa, que nada
mais é que a contenção das próprias angústias por parte do coordenador de modo que
ela não invadam todo o espaço da mente deste e atrapalhe seu trabalho.
O escritor ainda ressalta que é muito comum que em momentos de grandes
emoções o coordenador se emocione e tenha sentimentos a respeito do que foi revelado
na dinâmica, mas que é necessário que em momentos assim, ele reconheça o que está
acontecendo para que possa conter e administrar tais emoções.
A condição de reconhecimento e contenção de emoções negativas despertas por
motivos como de não saber o que esta se passando na dinâmica do grupo, ou mesma a
existência de dúvidas, sentimentos despertados, etc. Assim espera que o coordenador do
grupo seja capaz de reconhecer e conter suas próprias angustias e sentimentos
inadequados, sem que sinta envergonhado ou culpado por vivencia lós.
No décimo item o autor fala sobre a função de pensar, que é importante para que
o coordenador esteja atento para discernir se os membros sabem pensar as ideias, os
sentimentos e as posições que são verbalizados. Para ele tal discernimento só é possível
quando o próprio coordenador sabe fazer isso, assim sendo, é necessário que o
coordenador saiba pensar suas experiências emocionais para que possa auxiliar seus
coordenando a fazer o mesmo.
Essa função de ego auxiliar consiste na habilidade do coordenador do grupo
exercer as funções do ego como perceber, pensar, conhecer, discriminar, juízo critico,
etc. Ainda porventura não estiverem suficiente desenvolvidas nos membros dos grupos.
Dentre dessas funções, o autor destaca o pensar, discriminar e comunicar, que deverão
ser analisadas e pensadas e facilitadas pelo coordenador do grupo em relação aos
membros destes.
O décimo primeiro item diz respeito ao processo de discriminação, que
complementa o item anterior uma vez que faz parte do processo de saber pensar. O
processo de discriminação faz alusão a interpretação do que pertence ao próprio sujeito
e o que pertence ao outro, entre outras coisas: presente e passado, realidade e fantasia,
verdade e mentira e etc. Segundo Zimerman essa característica é desejável ao
coordenador de grupo em razão das intensas projeções que acontecem no campo grupal,
que exigem então um certo discernimento sobre quem é quem e qual o papel e
responsabilidade dos membros ali dentro.
O décimo segundo item diz respeito a importância da função de se comunicar,
uma vez que ao coordenador é esperadas uma atividade interpretativa e uma
comunicação no mesmo nível dos membros (principalmente em grupos psicanalíticos).
O autor ainda ressalta que é importante o coordenador ter entendimento que a
comunicação nem sempre se dá de forma verbal e que, portanto, é importante que este
se atente a comunicação não verbal que acontece entre o grupo.
O décimo terceiro item tem como nome “traços caracterológicos”, que faz alusão
ao fato de que quanto mais o coordenador conhecer a si próprio, seus valores e
caracterologia melhor este conseguirá trabalhar com os membros e ter controle sobre
suas características que podem afetar a dinâmica do grupo como ser obsessivo e se
mostrar intolerante a atrasos ou faltas e gerar um clima de dependência submissa a seus
membros.
Zimerman também fala sobre os traços caracterológicos predominantes em
pessoas de natureza narcisista, que podem fazer com que o coordenador se preocupe
mais com seu bem-estar do que com os dos demais e cometa outros erros, como
instaurar discursos interpretativos que visem uma manutenção de um possível
deslumbramento dos membros do grupo em relação ele ou até mesmo a produção de
uma noção de propriedade privada dos pacientes em relação ao coordenador, onde este
passe a achar que tem posse e direito de determinar o futuro dos membros.
O coordenador de grupo deve reconhecer profundamente seus traços de
personalidade e de caráter, de modo que possa perceber em si, a presença ou ausência
de comportamentos exageradamente obsessivos, pouca resiliência, tolerância ao atraso e
obsessão por organização excessivas. Evitar contato com situações angustiantes fuga
dessas mesmas situações angustiantes, fuga dessas mesmas situações
No décimo quarto item o texto fala sobre o modelo de identificação, que diz
respeito a introjeção de características e capacidades do coordenador uma vez que este
exerce um papel importante para enfrentar as dificuldades, pensar os problemas,
estabelecer limites e maneja verdades durante o processo grupal. Zimerman ressalta que
num grupo psicanalítico, é essencial que o coordenador também realize a
desidentificarão de figuras que ocupam espaço na mente dos pacientes.
A situação grupal propicia uma oportunidade para que os participantes
introjetem a figura do coordenador e, dessa forma identifiquem se com muitas
características e capacidade dele. O conhecimento desse mecanismo e importante para
atuação do coordenador, de modo que ele pode planejar o que deseja que seja
introjetado pelos membros no grupo no processo de identificação, assim como de
perceber e desfazer identificações patógenas que pode estar ocupando um largo no
espaço na mente dos pacientes
Na décima quinta característica temos a empatia, que, segundo o texto, é a
condição básica para que todos os atributos anteriores adquiram validade. Tal
característica se faz valer do pressuposto de que o coordenador seja capaz de se colocar
no lugar de um grupo e de entrar dentro do clima grupal o que, ainda de acordo com o
texto, é muito diferente de simpatia.
A empatia significa acompanhar o sofrimento do outro como se estivesse dentro
do corpo deste, ou seja empatia refere se ao atributo do coordenador de um grupo de
poder se colocar no lugar de cada.
A décima sexta característica se refere a função de síntese e integração, a qual o
coordenador deve fazer manejo de uma capacidade de extrair um denominador comum
dentre as diversas comunicações provindas dos membros do grupo que por vezes
parecem diferentes entre si para unificar e centralizar tais comunicações como tarefa
prioritária destes a capacidade de juntar aspectos de todos, que se encontram
dissociados e projetados em outros, assim como aspectos que estão confusos.
A síntese da integração e uma harmonia que entra grupo desse ser proporcionada
e observada nas relações de seus membros com as demais pessoas com quais tem
relações, de modo que possam discriminar uma cadeia de relação em que cada visualize
a sua posição, e seu papel e suas habilidades, o que também implicaria na identificação
do modelo de liderança, ou seja, o de uma hierarquia contraposta, na qual alguém lidera
e coordena os demais, mas que também exige uma participação ativa de todos para
homeostase de um agrupamento de um grupo, proporcionando a sua manutenção e sua
continuidade.
Osório trás que família é uma unidade de integração social. Acrescenta que, ela
não designa uma instituição padrão, fixa e invariável, o que o faz apontar a família em
contextos diferentes. Destaca Zimerman que a função da família é a de prover a
segurança.
Segundo Pichon Riviére, ela define um marco para definição e conservação das
diferenças humanas, dando forma aos papeis distintos, mas mutualmente vinculados, do
pai, da mãe e dos filhos. Esses papéis são básicos em todas as culturas. Para Lévi-Strauss,
são três os tipos de relações pessoais que configuram uma família: aliança (casal), filiação
(pais-filhos) e consanguinidade (irmãos), o que nos remete ao conceito de parentesco.
Parentesco consiste numa relação entre pessoas que se vinculam pelo casamento,
cujas uniões sexuais geram filhos, ou ainda que possuam ancestrais comuns. Nessa
concepção marido e mulher são parentes, independente de gerarem ou não filhos, assim
como são os pais de criança mesmo que não sejam casados. Por outro lado, dois
indivíduos que vivam maritalmente sem que seja legalmente oficializada ou que dela não
geram filhos que não são parentes.
Em Totem-Tabu, Freud assinala que parentesco é algo mais antigo que a vida
familiar e, na maioria das sociedades primitivas que não são conhecidas, a família
continha membros de mais de um parente.
Para Osório é justamente a capacidade de reconhecer as singularidades, a meta
comum e a ação interativas dos indivíduos que formam o sistema humano ou um grupo.
Para Zimerman a classificação do grupo deve ser e quatro tipos: como (pelo
grupo)sendo em torno do líder através de uma identificação como exemplo alcoólicos
anônimos e o segundo (em grupo) as interpretações são dirigidas ao indivíduo, um
tratamento individual cada membro, e o terceiro (do grupo) esta sempre dirigido ao grupo
com uma totalidade gestáltica, e o quarto (de grupo) e uma parte individualidade para a
generalidade e desta para indivíduos.
A essência dos fenômenos Grupais é a mesma em qualquer grupo. O que define a
finalidade precípua do grupo diferente será a camada de pessoas que o compõem , a natureza de
combinações do setting , o esquema referencial teórico adotado e o procedimento técnico empregado.
Grupos de ensino-aprendizagem: a ideologia fundamental deste tipo de grupo é
que o essencial é, aprender a aprender, e o seu lema pode ser resumido na frase de
que ,mais importante do que encher as cabeças com conhecimentos é formar cabeças.
Institucionais: esses grupos estão, crescentemente, sendo utilizados em
sindicatos, escolas, empresas, instituições, quartéis, etc, com a finalidade de promover
uma integração entre os diferentes escalões e ideologias, especialmente no que diz
respeito ao dificílimo problema da comunicação.
Comunitários: consistem em programas voltados para a promoção da saúde
mental de comunidades, como pode ser exemplificado com grupos de crianças ou
adolescentes normais, gestantes, pais e filhos, líderes da comunidade, etc .
Terapêuticos: tal como esta denominação sugere, os grupos operativos
terapêuticos visam fundamentalmente a uma melhoria de alguma situação de patologia
dos indivíduos, quer seja estritamente no plano da saúde orgânica, quer na do
psiquismo, ou em ambos ao mesmo tempo.
Para Pichon Riviere (1945) constitui o esquema conceitual referencial operativo o grupo
operativo é um instrumento de trabalho, um método de investigação e cumpre, além
disso, uma função terapêutica, pois, se caracteriza por estar centrado, de forma explícita,
em uma tarefa que pode ser o aprendizado, a cura, o diagnóstico de dificuldades, etc.
Sua teoria tem como premissa principal o indivíduo inserido em um grupo,
percebendo a intersecção entre sua história pessoal até o momento de sua afiliação a
este grupo (verticalidade), com a história social deste grupo até o momento
(horizontalidade)
Pichon caracteriza grupo como um conjunto restrito de pessoas, que, ligadas por
constantes de tempo e espaço e articuladas por sua mútua representação interna, propõe-
se, em forma explícita ou implícita, à uma tarefa que constitui sua finalidade. Dentro
deste processo, o indivíduo é visto como um resultante dinâmico no Inter jogo
estabelecido entre o sujeito e os objetos internos e externos, e sua interação dialética
através de uma estrutura dinâmica que Pichon denomina de vínculo é definido como "uma
estrutura complexa que inclui um sujeito, um objeto, e sua mútua interrelação com
processos de comunicação aprendizagem." (Pichon, 1988).
O Grupo Operativo é mais uma alternativa de atuação especificidades, atua
diante das dificuldades de aprendizagem. Essa técnica foi criada por Pichon-Rivière, a
partir de sua experiência como psiquiatra, percebeu a importância e a influência do
grupo familiar nos resultados obtidos por seus pacientes ,Pichon sempre deu ênfase ao
funcionamento dos grupos familiares, percebendo o quanto famílias disfuncionais eram
responsáveis pela desestruturação psíquica e do percurso de aprendizagem dos
indivíduos.
Oportunizando aos sujeitos envolvidos despertar de seus desejos, elaborar
conflitos, reflexão, insight e principalmente momentos de ressignificação e reelaboração
de suas demandas com seu percurso de aprendizagem
O trabalho do Grupo operativo proporciona a construção de mais ferramentas
psicopedagógicas que podem trazem à tona valiosas hipóteses diagnósticas, em torno
das causas endógenas e exógenas da dificuldade de aprendizagem percebida.
Estimulando os sujeitos inseridos à organizar pensamentos e reelaboração de suas
questões internas.
O Grupo Operativo pode ser utilizado em ambientes que também apresentem
sujeitos caracterizados pela dificuldade de aprendizagem em seu percurso educacional
crianças, adolescentes e adultos.
A atuação e trabalho do Grupo Operativo objetivam uma mudança gradativa
daqueles que estão inseridos no trabalho.
Os aspectos inconscientes dos indivíduos e da totalidade grupo. No grupo o individuo
interage com as outras pessoas em um espaço preparado para facilitar com que ele se
perceba neste contato. Isso permite que ele experimente um número riquíssimo de
situações onde pode sedar conta de sua maneira de funcionar no contato com o outro.
E importante frisar que geralmente causa sofrimento ao Ser humano está ligado
a algo inadequado na maneira como ele funciona na relação com o outro, dessa forma a
psicoterapia em grupo se torna uma ótima chance desconhecer e superar as dificuldades
que perturbam e causam sofrimento a pessoa Humana.
Zimerman (2002), por sua vez, lembra que a prática dos grupos de reflexão, à
semelhança dos grupos operativos de Pichon-Rivière, se desenvolve operativamente
sobre determinada tarefa e seu objetivo não é prioritariamente psicoterapêutico, embora
efeitos e ressonâncias desse tipo possam ser produzidos. A seu ver, a tarefa operativa
permite organizar e integrar a ação grupal.
A terapia familiar sistêmica vê a família como um sistema entre sistemas. A
família funciona como um todo, onde as pessoas interagem umas com as outras e
influenciam suas relações em apoio mútuo. O processo terapêutico é construído através
do diálogo, onde todos os membros da família participam da sessão, com o objetivo de
que cada membro da família perceba-se parte e responsável pelo modo de funcionar do
sistema.
O terapeuta familiar auxilia a família a se conhecer e em seu aprendizado para o
desenvolvimento das mudanças que se fizerem necessária, contribuindo dessa forma
para a melhoria da comunicação e das relações familiares.
Estado Atual das Diversas formas de Grupos

Grupos de reflexão;
Cabemos destacar com o autor Bleger (2001) que grupo de reflexão e um destaque em
seu trabalho. Em seu clássico texto sobre grupos operativos no ensino, ele enfatiza a
dimensão psicossocial da aprendizagem e revê a relação professor-aluno. Para ele,
ensino e aprendizagem são elementos de um percurso dialético no qual devem ocorrer
alterações no plano da conduta. No grupo operativo, busca-se o enriquecimento da
personalidade por meio da reflexão problematizadora a respeito de padrões
estereotipados da conduta. O principal objetivo dessa prática é o aprendizado da própria
vivência grupal, na medida em que esta prática permite a apropriação dos vínculos entre
os pares, funcionários, chefes, alunos e professores e com a instituição à qual
pertencem.

Grupos de auto-ajuda;
Na área médica em geral (diabéticos, reumáticos, idosos, etc.). Na área psiquiátrica
(alcoolistas anônimos, pacientes bordeline, etc.) Foi o grupo de Alcoolistas Anônimos que
estabeleceu os parâmetros de formação de que todos os outros grupos de ajuda-mútua
levassem a palavra “anônimos” no nome.
Compartilhar experiências em comum proporciona aos participantes uma energia que
pode ser usada para enfrentar as exigências da vida, dando força para recuperação e
ressocialização.
Grupos de mútua ajuda;
No contexto de suporte e companheirismo que proporciona, os membros dos grupos
readquirem o equilíbrio de que necessitam através de um relacionamento de igualdade e
proximidade. Este novo tipo de relação estabelece o nivelamento entre prestador e
receptor de ajuda. Este fato, permite a valorização das capacidades, o desenvolvimento
da autoestima, confiança e autonomia individual, a diminuição do desequilíbrio
relacional no processo de ajuda e a anulação da estigmatização do pedir e receber ajuda
porque é universalmente

Grupoterapias: de casais e de família;


De forma muito sintetizada, creio que se pode afirmar o fato de que, na atualidade, a
aplicação da Dinâmica de Grupos abrange um largo leque de utilizações, desde as dos
“Grupos de Reflexão” em suas inúmeras modalidades (ensino, treinamento de
profissionais, lideranças, entre outras) até a de múltiplas variedades de Grupos
Terapêuticos, com relevo para a Grupoterapia Psicanalítica

Desde o pioneirismo de Freud sabemos que o processo psicanalítico,


fundamentalmente, repousava no clássico tripé: resistência, transferência e
interpretação. Nas últimas décadas, principalmente a partir de uma forte aceitação das
concepções de Bion acerca do paradigma da psicanálise vincular, não é mais possível
centrarmos toda nossa atenção unicamente no fenômeno da transferência emanada dos
pacientes, sem levar em conta a contratransferência que ela mobiliza na pessoa do
terapeuta, principalmente quando se trata de pacientes muito regressivos.
Na apresentação, o autor faz uma síntese, baseada na obra “Como trabalhamos
com grupos”, de David Zimerman e Luiz Carlos Osório, acerca das atribuições básicas
para um coordenador de grupos atuando em áreas diversas, utilizando-se do enfoque
psicanalítico para sua orientação.

Capitulo 2 TECNICAS DE TRABALHO EM GRUPO

Considerações Éticas no uso das técnicas de grupo

Considerações éticas no uso das técnicas de grupo. Técnicas para travar


conhecimento, gerar confiança, resistência, para lidar com comportamentos defensivos e
para lidar com conflitos.

As técnicas em trabalho em grupo são ferramentas poderosas porem deve ser


aplicada de forma consciente pois o uso abusivo pode ocorrer pelo desconhecimento
técnico ou a falta de interesse do membro. Para o uso adequado da técnica é importante
que o profissional tenha uma formação acadêmica, experiencia anteriores em trabalho
em grupo além de ter realizado sua autoterapia e mantendo respeito sempre pelo
paciente.

Para ser formado um grupo é necessário ficar claro para os membros, qual o
publico alvo, tema que será abordado, duração de sessões, modo de atuação. Os
pacientes devem saber a formação acadêmica dos lideres do grupo e perfil geral, que
idealmente deve ser correlação com a proposta de abordagem do grupo de terapia. Os
lideres devem ter tido experiencias anteriores na técnica que pretende implementar.

Antes de ser iniciado as atividades, importante frisar que gravações das sessões
são comumente utilizadas para aprendizado futuro e reavaliação do caso mas só podem
ser utilizada caso todos componentes do grupo estejam cientes, inclusive o paciente.
Essas gravações interrompidas e apagadas futuramente caso algum dos membros do
grupos e sintam desconfortáveis ou inibidos. Também deve-se decidir previamente a
possibilidade de desistência de algum membro do grupo e como proceder nesse caso e
avaliar se não houve alguma atitude ou interferência de outro membro que provocou
esta atitude de retirada.
Os líderes precisam ter uma postura correta e motivações adequadas, por que
caso isso não ocorra pode haver perda na qualidade da interação de membros, podendo
levar desmotivação e conflito entre 2 pessoas, indicando atitudes inseguras e
incompetentes dos líderes. Caso seja necessário a pessoa em posição de liderança deve
ter capacidade de explicar suas motivações com fundamentos teóricos que justifiquem a
sua postura no decorrer das sessões. Na posição de líder, é importante a percepção de
conflitos existentes e atitude para soluciona-los, nãos e escondendo ou fugindo do
problema.

Durante exercício de técnicas caso algum dos membros se sinta desconfortável


ou ameaçado com algo em questão, não deve-se oprimi-lo, mas sim tentar compreender
e minimizar o prejuízo a todo o restante dos membros, incentivando-os a trazerem
questões que querem ser trabalhadas. Os líderes tem que permitir que essa porta
permaneça aberta caso em algum momento esta pessoa queira retornar a esse ponto
interrompido

Técnicas de confrontação utilizada por líderes podem ser utilizadas para elaborar
defesas ou resistência de membros. A má utilização das técnicas de confronto pode
levar a resultados negativos e contraproducentes em diversas situações. A confrontação,
quando usada de maneira alegre, pode gerar conflitos, danificar relacionamentos e
aumentar a resistência das pessoas envolvidas. Aqui estão alguns exemplos de má
utilização das técnicas de confronto: Agressividade: Se a confrontação for feita de
forma agressiva, com tom de voz elevado, ataques pessoais ou ameaças, é provável que
a outra pessoa se sinta intimidada e se defenda. Isso pode levar a uma escalada do
conflito, onde nenhuma das partes está disposta a ceder ou resolver uma questão de
forma construtiva.

Um aspecto ético das técnicas de manipulação relaciona-se com o seu potencial


artificialismo. Quando se utiliza técnicas de manipulação de forma desonesta ou
enganosa, criando artificialmente situações, informações ou emoções para influenciar
ou controlar as pessoas, isso levanta preocupações éticas relacionadas.

É importante que os líderes estejam conscientes de suas motivações ao utilizar técnicas


de persuasão e influência, especialmente quando se trata de satisfazer suas próprias
necessidades em vez das necessidades dos outros, como clientes ou membros da equipe.
A manipulação de emoções, como trazer à tona sentimentos de raiva, com o propósito
de obter benefícios pessoais, é uma prática antiética e prejudicial ao ambiente de trabalho. Um
líder ético deve priorizar o bem-estar e o desenvolvimento das pessoas sob sua
responsabilidade, promovendo um ambiente saudável e colaborativo.

Os líderes devem agir com confiança, sendo verdadeiros em suas intenções e


comunicações. É essencial ser transparente sobre suas motivações e objetivos, evitando
manipular as emoções das pessoas para atender às suas próprias necessidades.

O uso de técnicas físicas, como o toque e o movimento, em grupos de encontros


ou terapias pode ser uma forma de facilitar a expressão de sentimentos agressivos de
maneira construtiva. Essas técnicas têm como objetivo fornecer um espaço seguro para
que as pessoas possam explorar e lidar com suas emoções de forma mais completa.

No entanto, é importante ressaltar que o uso dessas técnicas deve ser feito com
responsabilidade e dentro de parâmetros éticos. No entanto, é importante ressaltar que o uso
dessas técnicas deve ser feito com responsabilidade e dentro de parâmetros éticos. Aqui estão
alguns pontos a serem considerados ao utilizar técnicas físicas para expressar sentimentos
agressivos.

As questões fundamentais relativas aos processos de grupo

As questões fundamentais relacionadas aos processos de grupo envolvem elementos-


chave que impactam o funcionamento, a dinâmica e os resultados alcançados por um
grupo. Essas questões podem ser agrupadas em várias categorias, como comunicação,
relacionamentos interpessoais, tomada de decisão, liderança e coesão do grupo

Wilfred Bion, um destacado psicanalista e psiquiatra britânico, desenvolveu um


sistema de processo de grupo conhecido como "grupo Bioniano" ou "psicoterapia de
grupo Bioniana". Bion explorou conceitos psicanalíticos e os aplicados ao trabalho em
grupo, fornecendo uma estrutura teórica e prática para a compreensão dos fenômenos
grupais e sua utilização terapêutica.

O trabalho de Bion enfatizou a importância da compreensão dos processos


inconscientes e não verbais presentes nos grupos. Ele observou que os grupos têm uma
vida própria, além das características individuais de seus membros, e que os processos
emocionais não resolvidos e os controles de defesa podem influenciar o funcionamento
do grupo. Alguns conceitos chave do sistema de processo de grupo de Bion incluem.

Grupo como continente: Bion descreveu o grupo como um "contêiner" que pode
receber e conter os conteúdos emocionais e inconscientes dos membros individuais. O
grupo é visto como um espaço onde as emoções, fantasias e experiências podem ser
compartilhadas, exploradas e processadas.

De fato, muitas vezes os esforços individuais e os esforços de grupo se


complementam e podem resultar em melhores resultados quando trabalham juntos de
forma harmoniosa. A colaboração entre indivíduos dentro de um grupo pode
potencializar as habilidades e conhecimentos de cada membro, enquanto o trabalho
individual permite que cada pessoa contribua com suas ideias e perspectivas únicas.

Quando se trata de produção, a abordagem de grupo pode oferecer benefícios


emocionantes na relação à produção individual, especialmente quando se tem em mente
a visão de conjunto e a complexidade das tarefas envolvidas.

Um grupo é composto por indivíduos com diferentes habilidades, conhecimentos


e perspectivas. Ao trabalhar juntos, essas habilidades podem ser combinadas e sinergias
podem ser criadas. Isso permite uma divisão de trabalho eficiente, em que cada membro
pode contribuir com suas habilidades específicas, promovida em uma produção mais
completa e abrangente.

Aprendizagem experimental, o método do laboratório proporciona uma


oportunidade para os participantes vivenciarem e experimentarem as dinâmicas de
grupo de forma prática. Em vez de apenas aprender sobre os conceitos teóricos, eles
podem experimentar experimentadamente como felizes, papéis e desafios que surgem
em um grupo.

Da pesquisa ação à dinâmicas de grupos

A pesquisa-ação e a dinâmica de grupos são abordagens que podem ser


utilizadas para trabalhar com minorias psicológicas. A pesquisa-ação é um método de
pesquisa que visa promover mudanças práticas e transformadoras em determinado
contexto social ou organizacional. Nesse caso, pode-se utilizar a pesquisa-ação para
investigar e intervir nas questões relacionadas às minorias psicológicas. A pesquisa-
ação envolve a participação ativa das pessoas envolvidas no problema, como membros
das minorias, em todas as etapas do processo, desde a identificação dos problemas até a
implementação de soluções. Essa abordagem permite que as minorias tenham voz e
influência no processo de transformação e sejam protagonistas na busca por mudanças.

Para compreender a obra de Kurt Lewin, um dos principais pioneiros no campo da


dinâmica de grupos e da psicologia social, existem várias opções metodológicas que
podem ser úteis.

Após estudar as minorias psicológicas, Kurt Lewin chegou a duas estratégias


metodológicas relacionadas à pesquisa em laboratório e pesquisa de campo. Essas eram
conhecidas como princípio do campo e pesquisa-ação. Vamos explorar cada uma delas.

Princípio do Campo: Lewin argumentou que o comportamento humano é


determinado pelo campo psicológico em que a pessoa está inserida. Esse campo
psicológico inclui não apenas fatores individuais, como personalidade e características
pessoais, mas também fatores situacionais e contextuais, como ambiente social, normas
culturais e estrutura social.

Portanto, Lewin defendeu que é necessário estudar e compreender o indivíduo


em seu contexto social e ambiental para uma compreensão completa do comportamento
humano. Essa abordagem influenciou a ênfase de Lewin na pesquisa de campo.

Em resumo, Lewin destacou a diferença entre a pesquisa de laboratório e a


pesquisa de campo, optando por se concentrar no estudo dos microgrupos e enfatizando.

Além da exploração dos microfenômenos de grupos, Kurt Lewin apresentou


outras opções metodológicas em suas pesquisas em psicologia social. Pesquisa de
campo: Lewin defendeu a importância da pesquisa de campo como uma abordagem
válida para a compreensão dos fenômenos sociais.

Essa metodologia envolve o estudo de grupos e confortável em ambientes reais,


como comunidades, organizações ou instituições. A pesquisa de campo permite uma
observação direta e imersiva dos participantes em seu contexto natural, proporcionando
uma compreensão mais autônoma dos processos sociais.

Atitudes coletivas referem-se às provisões, crenças, valores e comportamentos


compartilhados por um grupo de pessoas em relação a um determinado objeto, ideia,
situação ou evento. São expressões do pensamento coletivo e afetam a maneira como
um grupo percebe, interpreta e responde a diferentes questões. As atitudes coletivas
variam em termos de intensidade, direção e estabilidade ao longo do tempo. Elas podem
ser positivas ou negativas, favoráveis ou desfavoráveis em relação ao objeto em
questão.

As atitudes coletivas podem ser expressas de várias formas, como manifestações


públicas, mobilizações sociais, opiniões compartilhadas e comportamentos de grupo.
Existem várias teorias e abordagens que tentam explicar a formação e mudança de
atitudes coletivas.

As resistências emocionais à mudança social referem-se às emoções negativas e


reações afetivas que podem surgir quando ocorrem e se transformam na sociedade.
Essas resistências podem ser observadas tanto em nível individual quanto coletivo e
podem manifestar-se de diversas maneiras.

A mudança social muitas vezes envolve a introdução de novas ideias, práticas e


valores que podem ser desconhecidos ou diferentes do que as pessoas estão
acostumadas. Isso pode gerar medo e ansiedade em relação ao futuro e ao que está por
vir.

A técnica de grupo operativo

A técnica de grupos operativos é uma abordagem desenvolvida pelo psicólogo


argentino Enrique Pichon-Rivière. Essa técnica tem como objetivo promover um
processo de aprendizagem e desenvolvimento dos sujeitos por meio da interação e
participação ativa em um grupo.

Na técnica de grupos operativos, o grupo é visto como uma comunidade


dinâmica em que cada membro possui conhecimentos, experiências e recursos que
podem ser compartilhados e utilizados para promover a aprendizagem e o
desenvolvimento individual e coletivo.

A ênfase é colocada na participação ativa de todos os membros, na reflexão


conjunta sobre os temas e na análise dos processos de interação que ocorrem dentro do
grupo. O grupo opera em torno de um objetivo comum, que pode ser definido de acordo
com as necessidades e interesses dos participantes. Esse objetivo comum mobilizar a
energia e o engajamento do grupo.
Na base teórica do grupo operativo estão articulações com a psicanálise, teorias
de comunicação em psicologia familiar e social e estudos da sociologia americana sobre
os pequenos grupos como os de Lewin. É notória a influência da dialética materialista,
que vê o mundo como processo, matéria submetida a um desenvolvimento histórico. À
matéria é inerente o desenvolvimento. Esta concisa revisão apresentou os principais
pontos da teoria de Pichon-Rivière no que concerne ao manejo de grupos,
especificamente, ao embasamento teórico e à prática do grupo operativo.

Por fim, ressaltamos que a teoria de Pichon-Rivière acerca dos Grupos


operativos não é elaboração de um acontecer grupal, ou uma invenção, como se fosse
prévia à forma como os grupos acontecem, na verdade, como toda teoria, trata-se de
uma explanação de como o fenômeno já acontece, dando, conforme seu ponto de vista
teórico, significação a esse processo e norteando o trabalho dos profissionais
envolvidos, neste caso, do coordenador e observador.

A teoria psicodramática e o desenvolvimento do papel profissional

Jacob Levy Moreno, criador do psicodrama e precursor da psicoterapia de grupo.


O trabalho de Moreno trouxe contribuições significativas para a compreensão e prática
da psicoterapia, destacando-se por sua ênfase na ação, no papel do grupo e na promoção
da espontaneidade e criatividade.

O psicodrama é uma forma de terapia em grupo que utiliza técnicas teatrais para
explorar e representar as experiências e questões pessoais dos indivíduos. Moreno
desenvolveu o psicodrama como uma metodologia que permite aos participantes recriar
situações de suas vidas, desempenhar papéis diferentes e experimentar novas
perspectivas e soluções.

A teoria psicodramática desenvolvida por Jacob Levy Moreno tem expressões


espirituais no desenvolvimento do papel profissional. O psicodrama é uma abordagem
terapêutica e de desenvolvimento pessoal que utiliza técnicas dramáticas para explorar
questões individuais e grupais. No contexto do desenvolvimento do papel profissional, o
psicodrama pode ser aplicado de várias maneiras

O psicodrama permite que os indivíduos experimentem diferentes papéis e


perspectivas dentro de um ambiente seguro. Isso pode ser especialmente útil para
profissionais que desejam explorar novas identidades profissionais, desenvolver
habilidades interpessoais ou lidar com conflitos relacionados ao trabalho. Através da
representação de papéis, os participantes podem obter insights sobre suas próprias
habilidades, atitudes e comportamentos, bem como sobre as dinâmicas
interprofissionais.

A teoria de papéis, em um contexto mais amplo, refere-se ao estudo das


expectativas, comportamentais e sociais que são associados a posições ou funções
dentro de um sistema social. Ela examina como os indivíduos assumem e desempenham
papéis diferentes em suas férias com os outros e como esses papéis afetam seu
comportamento e identidade. No campo do desenvolvimento profissional e
organizacional, a teoria de papéis é frequentemente aplicada para entender as
expectativas, responsabilidades e comportamentos associados a posições e funções
específicas em um ambiente de trabalho. Ela analisa como os profissionais se adaptam e
desempenham seus papéis profissionais, bem como as dinâmicas e acomodados entre os
diferentes papéis dentro de uma organização.

A formação da identidade é um processo contínuo e complexo ao longo da vida


de um indivíduo. Refere-se à maneira como uma pessoa desenvolve uma compreensão
de si mesma, constrói uma imagem de quem é e se posiciona em relação aos outros e ao
mundo ao seu redor. Existem várias influências e fatores que contribuíram para a
formação da identidade

A socialização exercendo um papel fundamental na formação da identidade.


Através das famílias, amigos, grupos sociais, escola e sociedade em geral, os indivíduos
aprendem as normas, valores, crenças e comportamentos que são atendidos dentro de
sua cultura. Essas influências sociais ajudam a moldar a identidade de uma pessoa e
definir seu senso de si mesma.

Expressão emocional autônoma: Trata-se de permitir-se sentir e expressar de


forma autônoma as emoções e afetos que surgem em determinadas situações. Isso inclui
tanto as emoções ansiosas, como a alegria, o amor e a gratidão, quanto as emoções mais
ansiosas, como a raiva, o medo e a tristeza. A expansividade afetiva encoraja a
expressão saudável e adequada dessas emoções, sem repressão ou expressiva.

As intervenções psicodramáticas são técnicas e abordagens terapêuticas


utilizadas no psicodrama, uma forma de psicoterapia criada por Jacob Levy Moreno.
Essas intervenções visam facilitar a expressão, exploração e resolução de emoções,
conflitos e desafios pessoais por meio da ação dramática.

Nessa intervenção, um participante assume o papel de outra pessoa do grupo e


age como um espelho, refletindo e expressando os sentimentos, pensamentos e
comportamentos dessa pessoa. Isso permite que o indivíduo ganhe uma nova
perspectiva sobre si mesmo e suas experiências, ajudando-o a explorar seus próprios
conflitos e emoções.

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