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Palhoça
2020
ANA PAULA KRETZER DE MIRANDA
THIAGO FELIPPE MARIA
Palhoça
2020
ANA PAULA KRETZER DE MIRANDA
THIAGO FELIPPE MARIA
______________________________________________________
Professor e orientador Marcelo Cechinel, Lic.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Professor Paulo Wagner, Esp.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Engenheiro Reiner Augusto Schmitz, Esp.
Empresa Attractive
Dedicamos este trabalho à nossa família
e aos nossos companheiros, que nos apoiaram
nessa jornada.
AGRADECIMENTOS
The emergence of prestressed concrete came from the need for new solutions for the
constructive innovations that have occurred over time. For years, people used what we know
today as reinforced concrete, but after a certain moment, this technology was limiting and no
longer followed the evolution of civil construction. The primary requirement was to contain the
cracking of the concrete. And for that, the key was the pre-tensioning of the steel, causing the
concrete to be previously compressed. This work is a case study of a prestressed concrete beam.
The construction, object of the study, is a 2500 square meter warehouse with a mixed concrete
and metallic structure roof. It analyzes and sizes the beam, detailing all calculations. The
prestressing system used was the pre-traction system. In addition to the design and analysis of
the beam, this work includes the detailing of the beam for construction purposes.
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 15
1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO .............................................................................................. 16
1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 17
1.3 PROBLEMA DE PESQUISA ......................................................................................... 17
1.4 OBJETIVOS .................................................................................................................... 17
1.4.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 17
1.4.2 Objetivos Específicos .................................................................................................. 17
1.5 METODOLOGIA ............................................................................................................ 18
1.5.1 Natureza ....................................................................................................................... 18
1.5.2 Abordagem................................................................................................................... 18
1.5.3 Classificação................................................................................................................. 18
1.5.4 Procedimentos Técnicos.............................................................................................. 18
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................... 19
2.1 CONCRETO .................................................................................................................... 19
2.1.1 Breve Histórico do Concreto Armado ....................................................................... 19
2.1.2 Composição do Concreto ............................................................................................ 21
2.1.2.1 Cimento ...................................................................................................................... 21
2.1.2.2 Agregados ................................................................................................................... 21
2.1.2.3 Água ........................................................................................................................ 22
2.1.3 Histórico ....................................................................................................................... 22
2.1.4 Conceitos básicos ......................................................................................................... 23
2.1.5 Sistemas de Protensão ................................................................................................. 24
2.1.5.1 Pré-Tracionadas .......................................................................................................... 24
2.1.5.2 Pós-Tracionadas ......................................................................................................... 27
2.1.5.2.1 Não Aderentes .......................................................................................................... 27
2.1.5.2.2 Com Aderência Posterior ........................................................................................ 27
2.1.5.2.3 Protensão Externa ................................................................................................... 28
2.1.6 Grau de Protensão....................................................................................................... 29
2.1.6.1 Protensão Completa .................................................................................................... 29
2.1.6.2 Protensão Limitada ..................................................................................................... 29
2.1.6.3 Protensão Parcial ........................................................................................................ 30
2.1.7 Aço de Protensão ......................................................................................................... 30
2.1.8 Concreto ....................................................................................................................... 33
2.1.9 Ancoragem ................................................................................................................... 33
2.1.10 Bainhas ......................................................................................................................... 35
2.2 NORMA DE CONCRETO ARMADO E PROTENDIDO: NBR 6118 .......................... 37
2.2.1 Qualidade do Concreto ............................................................................................... 37
2.2.2 Cobrimento .................................................................................................................. 37
2.2.3 Perdas de protensão .................................................................................................... 38
2.2.3.1 Valores Típicos de Protensão ..................................................................................... 41
2.2.3.1.1 Perda por acomodação da ancoragem.................................................................... 41
2.2.3.1.2 Perda por relaxação da armadura .......................................................................... 42
2.2.3.1.3 Perda por deformação imediata do concreto (∆𝑃𝑒𝑛𝑐) ........................................... 42
2.2.3.2 Parâmetros iniciais de cálculo das perdas por fluência e retração.............................. 43
2.2.3.3 Fluência ...................................................................................................................... 45
2.2.3.4 Retração ...................................................................................................................... 46
2.3 ESTADOS LIMITES ....................................................................................................... 47
2.3.1 Estado limite último (ELU) ........................................................................................ 47
2.3.2 Estado limite de serviço (ELS) ................................................................................... 48
2.4 COMBINAÇÃO DE AÇÕES .......................................................................................... 49
2.4.1 Combinações do Estado Limite Último ..................................................................... 50
2.4.2 Combinações do Estado Limite de Serviço ............................................................... 51
2.4.2.1 Combinação quase permanente (CQS) ....................................................................... 51
2.4.2.2 Combinação frequente (CF) ....................................................................................... 52
2.4.2.3 Combinação rara (CR) ................................................................................................ 52
3 ESTUDO DE CASO ......................................................................................................... 53
3.1 DADOS DO GALPÃO .................................................................................................... 53
3.2 ANÁLISE DO ELEMENTO ........................................................................................... 54
3.2.1 Classe de Agressividade .............................................................................................. 55
3.2.2 Classe de Agressividade e Cobrimento ..................................................................... 55
3.2.3 Classe de Agressividade e Qualidade do Concreto .................................................. 56
3.2.4 Durabilidade ................................................................................................................ 56
3.2.5 Concreto ....................................................................................................................... 56
3.2.5.1 Resistência à compressão do concreto de cálculo ...................................................... 56
3.2.5.2 Resistência concreto a tração: .................................................................................... 58
3.2.5.3 Módulo de elasticidade ............................................................................................... 59
3.2.5.4 Diagrama Tensão-Deformação ................................................................................... 60
3.2.6 Aço ........................................................................................................................... 62
3.2.6.1 Parâmetros do aço CA: ............................................................................................... 62
3.2.6.2 Deformação: Tração e Compressão............................................................................ 62
3.2.6.3 Característica de deformação simplificada do aço: .................................................... 63
3.2.6.4 Aço Armadura Ativa .................................................................................................. 63
3.2.6.5 Parâmetros do aço CP:................................................................................................ 63
3.2.6.6 Deformação simplificada do aço CP 190: .................................................................. 64
3.3 CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS E TENSÕES ATUANTES............................ 65
3.3.1 Cargas Permanentes ................................................................................................... 65
3.3.2 Carga Acidental ........................................................................................................... 66
3.3.3 Momentos e Tensões ................................................................................................... 66
3.3.3.1 Tensões atuantes na peça devido ao momento ........................................................... 67
3.3.4 Estado limite de descompressão (ELS–D) para combinação frequente ................. 69
3.3.5 Estado limite de formação de fissuras (ELS-F) para combinação rara ................. 71
3.3.6 Força de Protensão Pi e Cálculo da Armadura de Protensão ................................. 72
3.3.7 Armadura de pele ........................................................................................................ 74
3.3.8 Perdas de Protensão .................................................................................................... 75
3.3.8.1 Perdas de Protensão Iniciais ....................................................................................... 75
3.3.8.1.1 Perda por acomodação da ancoragem.................................................................... 76
3.3.8.1.2 Perda por relaxação da armadura .......................................................................... 76
3.3.8.1.3 Perda por deformação imediata do concreto (∆𝑃𝑒𝑛𝑐) ........................................... 78
3.3.8.1.4 Determinação dos parâmetros iniciais .................................................................... 79
3.3.8.1.5 Perdas por fluência do concreto.............................................................................. 81
3.3.8.1.6 Perdas por retração ................................................................................................. 84
3.3.9 Análise da Resistência Última à Flexão ..................................................................... 86
3.3.9.1 Pré-alongamento da armadura .................................................................................... 87
3.3.10 Cálculo no Estado Limite Último para Força Cortante .......................................... 94
3.3.10.1 Coeficiente de Guyon ................................................................................................. 97
3.3.10.2 Efeito de fendilhamento ............................................................................................. 98
3.3.10.3 Verificações das deformações .................................................................................... 99
3.3.11 Içamento ..................................................................................................................... 103
3.3.12 Detalhamento das Armaduras ................................................................................. 108
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 111
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 112
ANEXOS ............................................................................................................................... 115
ANEXO 01 – DETALHAMENTO DA VIGA CALCULADA ......................................... 116
ANEXO 02 – DETALHAMENTO DA VIGA EXECUTADA ......................................... 118
15
1 INTRODUÇÃO
Para compreender o passo histórico que deu origem ao concreto protendido, é preciso
antes enveredar por alguns conceitos, iniciando assim pelo concreto armado. O concreto armado
é uma estrutura que liga, por aderência, o concreto e as barras de aço nele contidas. Estas barras
têm por objetivo fundamental resistir aos esforços de tração, esforço pelo qual o concreto não
possui, conhecidamente, um grande desempenho. As primeiras utilizações, ainda primitivas, do
concreto armado datam do século XIX.
O concreto possui a propriedade característica de resistir com excelência à compressão.
Tendo em vista que o concreto tracionado não pode acompanhar as grandes deformações do
aço, o concreto fissura-se na zona de tração; os esforços de tração devem, então, ser absorvidos
apenas pelo aço (Leonhardt, 1977).
As fissuras no concreto, decorrente dos esforços recebidos pelo elemento, ainda
causavam muitos questionamentos, o que retardou o emprego em massa do concreto armado.
Com o passar do tempo descobriu-se que tais fissuras poderiam ser evitadas se as barras de aço
fossem previamente tensionadas, causando compressão no concreto. Todavia, com o passar do
tempo, este concreto “protendido” perdia sua protensão devido a fluência e a retração do
concreto. Percebeu-se então que para alcançar o objetivo desejado de forma permanente, era
necessário o emprego de aços altamente resistentes que superassem as perdas de tensão.
Além disso, Silva (1974, p. 9) denota: “o concreto armado, trabalhando com uma secção
mista concreto x aço, apresenta algumas limitações que crescem de valor paralelamente ao
aumento da importância da obra, ou seja, com o aumento das cargas e dos vãos.”
O que confirma a necessidade de um avanço tecnológico para suprir as necessidades
construtivas. Pode-se desta forma destacar algumas vantagens e desvantagens quanto ao
emprego do concreto protendido no lugar do concreto armado.
VANTAGENS
Durabilidade – Por haver menor índice de fissuração a chance de exposição da armadura
que permite a corrosão é extremamente pequena, o que garante maior vida útil ao
elemento.
Leveza – A utilização de cabos de aço e concreto com desempenho superior aos do
concreto armado convencional permitem a utilização de peças mais esbeltas.
Deformabilidade – O pré tracionamento equilibra o carregamento da estrutura e diminui
ou elimina a flecha de deformação.
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DESVANTAGENS
Equipamentos e mão de obra – Por se tratar de um serviço que necessita de um extremo
controle de qualidade, a mão de obra deve ser bem treinada e capacitada. O concreto
protendido também carece da utilização de equipamentos específicos para a protensão.
Modificações posteriores – O concreto protendido tem por objetivo anular ou diminuir
a flecha de deformação, por isso cada elemento é tratado com individualidade, o que
dificulta muito alterações posteriores que influenciem no diagrama de esforços.
Será executado um estudo de caso do cálculo estrutural de uma viga protendida pré-
tensionada de um galpão. Não serão abordadas, neste trabalho, as vigas pós-tensionadas e os
traçados de cabo.
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1.2 JUSTIFICATIVA
1.4 OBJETIVOS
Este trabalho possui o objetivo de analisar, dimensionar e detalhar uma viga pré-
moldada, extraída de uma obra já executada, empregando o sistema de pré-tração.
Para tal é necessário alcançar os objetivos específicos dados a seguir:
1.5 METODOLOGIA
1.5.1 Natureza
Esta é uma pesquisa aplicada, que tem por objetivo a utilização prática dos cálculos de
dimensionamento de uma viga protendida.
1.5.2 Abordagem
Esta se trata de uma pesquisa pelo método quantitativo, baseado nas normas, dados e
métodos de cálculo vigentes. Utilizando-se também de estruturas de cálculo já difundidas com
ênfase na objetividade e na análise dos dados numéricos.
Para Fonseca (2002, p. 20):
“A pesquisa quantitativa se centra na objetividade. Influenciada pelo positivismo,
considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados
brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros. A pesquisa
quantitativa recorre à linguagem matemática para descrever as causas de um
fenômeno, as relações entre variáveis, etc.”
1.5.3 Classificação
Esta é uma pesquisa descritiva, que tem por objetivo descrever os métodos e cálculos
necessários para obter o dimensionamento da viga, de forma objetiva e utilizando um vasto
referencial bibliográfico.
Os estudos descritivos exigem do pesquisador uma série de informações sobre o que se
deseja pesquisar. O estudo descritivo pretende descrever com “exatidão” os fatos e fenômenos
de determinada realidade (TRIVIÑOS, 1987).
Este trabalho de pesquisa se trata de um estudo de caso que propõe dimensionar, analisar
e comparar as vigas protendidas existentes na obra Projeta. A viga apresenta dois apoios, um
em cada extremidade. Os desenhos da viga estão localizados no ANEXO 01 e os dados da viga
estão no item 3 ESTUDO DE CASO, deste trabalho.
Um estudo de caso pode ser caracterizado como um estudo de uma entidade bem
definida como um programa, uma instituição, um sistema educativo, uma pessoa, ou
uma unidade social. Visa conhecer em profundidade o como e o porquê de uma
determinada situação que se supõe ser única em muitos aspectos, procurando
descobrir o que há nela de mais essencial e característico. (FONSECA, 2002, p. 33).
19
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 CONCRETO
2.1.2.1 Cimento
2.1.2.2 Agregados
Petrucci (1981) define “agregado” como “material granular sem forma ou volume
definidos, geralmente inerte, de dimensões e propriedades adequadas para uso em obras de
engenharia”.
A NBR 7211 (ABNT, 2009) fixa as características exigíveis na recepção e produção de
agregados, miúdos e graúdos, de origem natural, encontrados fragmentados ou resultantes da
britagem de rochas.
Define areia ou agregado miúdo como areia de origem natural ou resultante do
britamento de rochas estáveis, ou a mistura de ambas, cujos grãos passam pela peneira ABNT
de 4,8 mm e ficam retidos na peneira ABNT de 0,075 mm.
Classifica agregado graúdo como pedregulho ou brita proveniente de rochas estáveis,
ou a mistura de ambos, cujos grãos passam por uma peneira de malha quadrada com abertura
nominal de 152 mm e ficam retidos na peneira ABNT de 4,8 mm.
22
2.1.2.3 Água
Leonhardt (1982) define que quase todas as águas naturais podem ser utilizadas como
água de amassamento. Deve-se ter precaução com as águas de pântanos e de rejeitos industriais.
Em hipótese alguma deve-se utilizar água do mar para estruturas de concreto armado e
protendido devido ao seu alto teor de cloreto, sendo totalmente prejudicial a estrutura.
2.1.3 Histórico
A protensão é uma técnica que foi idealizada por Jackson na data de 1866 quando se
tentou utilizá-la para reforçar pisos de concreto nos Estados Unidos, outras experiências de
protensão foram tentadas nos anos seguintes, entretanto, todas sem sucesso. (CARVALHO,
2012).
Havia grandes dificuldades no concreto protendido no seu início tendo como pontos
críticos os efeitos de fluência e retração do concreto, que ainda eram pouco estudados e
consequentemente escassamente conhecidos.
Pode-se juntar com os efeitos acima os aços de baixa resistência existente na época,
fazendo com o que o concreto protendido não avançasse. No entanto, em 1928 um engenheiro
francês chamado Eugene Freyssinet apresentou um trabalho revolucionário sobre a protensão.
Ele é responsável por apresentar a primeira patente de um sistema de protensão no
mundo, sendo conhecido como o pai da protensão, pois foi graças as suas contribuições que o
concreto protendido conseguiu se difundir, em resumo as contribuições de Freyssinet para a
protensão foram algo formidável.
No ano de 1940 foram apresentados dispositivos de ancoragem e os equipamentos de
protensão que são utilizados até os dias de hoje.
O concreto protendido apesar de não ser uma técnica construtiva muito recente só
começou a ganhar um grande destaque no Brasil nas últimas décadas, sendo aplicada em obras
como pontes, viadutos, silos e edifícios comerciais e residências dos mais variados tipos.
A introdução da protensão no Brasil também é realizada por Eugene Freyssinet com a
construção da ponte do Galeão (ver ilustração 3) localizada no Rio de Janeiro entre 1945 e 1949
e projetada por Freyssinet. Foram utilizados 12 fios lisos de Ø=5 mm, pintados com tinta
betuminosa e envolvidos por duas ou três camadas de papel resistente (Kraft). A tinta
betuminosa tem o objetivo de impedir o contato do concreto e a proteção da armadura,
permitindo assim que o cabo pudesse ser tracionado após o endurecimento do concreto. Em
23
1956 foi introduzido o enrolar dos cabos em fitas plásticas com a utilização do betume e em
1958 iniciou-se a fabricação de bainhas metálica, similares as existentes nos dias de hoje.
(CARVALHO, 2012).
Conforme a norma NBR 6118 no item 3.1.4 fica definido como elementos de concreto:
“Aqueles nos quais parte das armaduras é previamente alongada por equipamentos
especiais de protensão, com a finalidade de, em condições de serviço, impedir ou
limitar a fissuração e os deslocamentos da estrutura, bem como propiciar o melhor
aproveitamento de aços de alta resistência no estado limite último (ELU)”. (NBR
6118, 2014)
Em síntese, realizando a aplicação de uma tensão previa a armadura composta por aços
de alta resistência é possível aumentar os vãos vencidos utilizando-se de peças de menor seção
e consequentemente menor peso próprio o que pode viabilizar inúmeros projetos.
De acordo com o item da norma citado acima os aços utilizados para realizar a protensão
devem possuir uma alta resistência, um dos aços mais utilizados atualmente possui resistência
de 1900 MPa.
24
Quando comparamos este aço com aqueles que são utilizados no concreto armado
podemos notar uma diferença enorme, pois normalmente no concreto armado utiliza-se aços
com resistência entre 500 e 600 MPa.
2.1.5.1 Pré-Tracionadas
Segundo a NBR 6118 em seu item 3.1.7 define a pré-tração como sendo:
“Concreto protendido em que o pré-alongamento da armadura ativa é feito utilizando-
se apoios independentes do elemento estrutural, antes do lançamento do concreto,
sendo a ligação da armadura de protensão com os referidos apoios desfeita após o
endurecimento do concreto; a ancoragem no concreto realiza-se somente por
aderência.” (NBR 6118, 2014)
A armadura pré-tracionada é comumente usada na indústria de pré-fabricação, devido
ao seu método de produção
Para a fabricação de elementos protendidos pré-tracionados, a armadura ativa é
posicionada na pista de protensão, ancorada em cada uma das cabeceiras e tracionada até a
tensão máxima admitida, com o auxílio de macacos hidráulicos.
É importante ressaltar que as pistas podem ter seu comprimento ajustado, de acordo com
a necessidade de projeto. Na ilustração a seguir é possível ver uma pista de protensão, que pode
ter seu comprimento variável.
25
2.1.5.2 Pós-Tracionadas
Conforme a NBR 6118 no item 3.1.8 define da seguinte maneira a aderência posterior:
“Concreto protendido em que o pré-alongamento da armadura ativa é realizado após
o endurecimento do concreto, sendo utilizadas, como apoios, partes do próprio
elemento estrutural, criando posteriormente aderência com o concreto, de modo
permanente, através da injeção das bainhas.” (NBR 6118, 2014)
Este processo segue a mesma sequência do item anterior, com a diferença apenas no
material aplicado no interior das bainhas. Neste sistema as bainhas são preenchidas com uma
28
calda de cimento, possibilitando assim a aderência dos cabos. A ancoragem é feita através de
sistemas com placas e cunhas.
Neste sistema os cabos são colocados externamente as peças que se deseja protender. É
muito utilizado como reforço em estruturas já existentes que não podem suportar as cargas a
que são submetidas. Portanto, posicionam-se os cabos e faz-se a protensão, conferindo à peça
maior resistência (HANAI, 2005).
29
Segundo a NBR 6118, na protensão completa duas condições devem ser respeitadas:
O estado limite de descompressão para a combinação frequente.
O estado limite de formação de fissuras para a combinação rara.
Neste grau de protensão não se admite fissuras ou tensões de tração, portanto este é o
mais adequado para meios agressivos, já que não permite que a armadura fique exposta.
Também de acordo com a NBR 6118, na protensão limitada duas condições devem ser
respeitadas:
O estado limite de descompressão para a combinação quase permanente.
O estado limite de formação de fissuras para a combinação frequente.
Neste grau de protensão são permitidas tensões de tração em serviço e pequenas
fissurações no concreto. Estas fissuras só podem ser abertas quando há uma sobrecarga
temporária atuando e elas devem se fechar após a retirada das cargas.
30
Ainda de acordo com a NBR 6118, na protensão parcial a condição a seguir deve ser
respeitada:
O estado limite de formação de fissuras para a combinação frequente, com fissuras
inferiores a 0,2mm.
Este grau de protensão permite tensões de tração um pouco maiores do que o grau
limitado e fissuras de até 0,2mm.
Em conformidade com o grau de protensão e estabelecida a sua normal de protensão,
pode-se afirmar que a protensão parcial demanda de uma normal de protensão menor do que a
protensão completa e a protensão limitada, que possuem níveis mais altos e que demandam de
uma normal de protensão maior.
Essa relação tem consequência direta no número de cordoalhas a serem utilizadas, visto
que a força de protensão é determinante para encontrar a quantidade de cordoalhas na peça.
A normal de protensão também influência no momento resistente da peça, que é um
fator predominante para a fissuração.
Logo uma peça com protensão parcial possuirá um momento resistente menor, algo
próximo ao do concreto armado, o que faz com que as flechas se tornem maiores.
Pode-se afirmar então que a protensão parcial é apenas uma pequena evolução do
concreto armado, sendo em muitos casos não utilizada, pois as mudanças são praticamente
insignificantes.
De acordo com sua modalidade de tratamento o aço de alta resistência pode ser
classificado em RB e RN. RB é um aço de relaxação baixa que recebem um tratamento
mecânico objetivando a melhora de suas características elásticas.
O RN é um aço de relaxação normal, sendo retificados com um tratamento térmico onde
se diminuem as tensões da trefilação.
Os mais utilizados são os aços de baixa relaxação, pois suas perdas são menores devido
ao tratamento recebido.
A NBR 6118 no item 9.6.1.2.1 aponta os limites de tensão na armadura sendo na pré-
tração quando utilizado aços de relaxação normal, a norma limita o valor de tensão inicial entre:
Logo quando se utiliza aços de relaxação baixa a norma determina os valores de tensão
inicial:
2.1.8 Concreto
2.1.9 Ancoragem
Fonte: https://www.dywidag.com.br/fileadmin/downloads/dywidag-com.br/dsi-protendidos-
sistemas-de-protensao-com-barras-dywidag-aplicacoes-estruturais-la.pdf
34
2.1.10 Bainhas
Segundo Veríssimo e César Jr, (2018), bainhas podem ser plásticas ou metálicas onde
possui a função de conceder a passagem das armaduras de protensão, sendo empregadas no
sistema de pós-tração.
As bainhas são confeccionadas em duas formas, arredondadas e achatadas, sendo as
achatadas utilizadas em lajes e as redondas em vigas.
Fonte: https://www.protenfor.com.br/produtos/produtoSelecionado/Purgador/20
A norma NBR 6118 determina que alguns parâmetros mínimos sejam atendidos, vide
Quadro 1 abaixo:
2.2.2 Cobrimento
A norma nos diz que “o cobrimento mínimo da armadura é o menor valor que deve ser
respeitado ao longo de todo o elemento considerado. Isto constitui um critério de aceitação.”
Continuamente apresentaremos o Quadro 2 com o critério mencionado.
38
Há, ainda, dois casos em que a redução do cobrimento em 5mm é permitida: onde
a classe resistência for superior ao mínimo solicitado e onde houver extremo controle de
qualidade na execução.
Onde:
∆𝑃 = Perda por escorregamento dos fios e acomodação da ancoragem
∆𝑃 = Perda por relaxação inicial da armadura
∆𝑃 = Perda por relaxação posterior da armadura
∆𝑃 = Perda por retração inicial do concreto
∆𝑃 = Perda por retração posterior do concreto
∆𝑃 = Perda por fluência posterior do concreto
∆𝑃 = Perda por deformação imediata do concreto
∆𝑃 ∆𝑃 ∆𝑃 ∆𝑃 ∆𝑃 ∆𝑃 ∆𝑃 ∆𝑃
Esta perda acontece quando se utiliza o sistema de cunhas e porta cunhas e ocorre, pois,
quando a ancoragem é efetivada sempre há um pequeno retrocesso no cabo que foi esticado.
Deve ser mensurada apenas na ancoragem ativa, enquanto na ancoragem passiva a
acomodação/escorregamento vai sendo anulada na operação de estiramento (BASTOS, 2015).
𝜀 – Deformação do cabo
∆ – Encurtamento do cabo devido a ancoragem (Rudloff - 6mm)
42
∆ ∆
𝜀 ∴ ∆ 𝐸 𝑥𝜀 ∴∆ 𝐸
𝐿 𝐿
Conforme a NBR 6118 indica no item 9.6.3.4.5 a intensidade da relaxação do aço deve
ser determinada pelo coeficiente ψ(t,t0), calculado por:
,
ψ t,t0
Onde:
Δσpr (t,t0) é a perda de tensão por relaxação pura desde o instante t0 do estiramento da
armadura até o instante t considerado.
Onde:
t é a idade fictícia, em dias;
α é o coeficiente dependente da velocidade de endurecimento do cimento; na falta de
dados experimentais, permite-se o emprego dos valores constantes no Quadro 4;
Ti é a temperatura média diária do ambiente, expressa em graus Celsius (°C);
Δ𝑡 , é o período, expresso em dias, durante o qual a temperatura média diária do
ambiente, Ti, pode ser admitida constante.
44
Segundo a NBR 6118 a espessura fictícia pode ser definida pelo seguinte valor:
Onde:
γ é o coeficiente dependente da umidade relativa do ambiente (U %) (ver Quadro 5),
sendo: = 1 + exp (– 7,8 + 0,1U);
𝐴 é a área da seção transversal da peça;
𝑈 é a parte do perímetro externo da seção transversal da peça em contato com o ar.
45
2.2.3.3 Fluência
𝜀 𝜀 𝜀 𝜀
𝜀 , 𝜀 𝜀 𝜀 1 𝜑
𝜑 𝜑 𝜑 𝜑
Onde:
𝜑 é o coeficiente de deformação rápida;
𝜑 é o coeficiente de deformação lenta irreversível;
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𝜎
𝜀 𝑡, 𝑡 𝜀 𝜀 𝜀 𝜑 𝑡, 𝑡
𝐸
𝜑 𝑡, 𝑡 𝜑 𝜑 𝛽 𝑡 𝛽 𝑡ₒ 𝜑 𝛽
2.2.3.4 Retração
𝜀 t, t0 𝜀 𝛽𝑠 𝑡 𝛽𝑠 t0
Onde:
é o valor final da retração;
é o coeficiente relativo à retração, no instante t ou t₀;
t é a idade fictícia do concreto no instante considerado, em dias;
t₀ é a idade fictícia do concreto no instante em que o efeito da retração na peça começa
a ser considerado, em dias;
Segundo a o item 10.3 da NBR 6118, ao dimensionar uma estrutura, a mesma deve ser
projetada de acordo com o pior caso de carregamento. A verificação é considerada satisfatória
48
Esse estado não considera que a peça alcance a fase de colapso, mas a mesma está
relacionada ao conforto do usuário, durabilidade e boa utilização da estrutura.
As verificações quanto aos estados limites de serviço podem ser divididas em categorias,
conforme apresentada abaixo:
Estado limite de formação de fissuras (ELS-F) Estado em que se inicia a formação de
fissuras. Admite-se que este estado limite é atingido quando a tensão de tração máxima
na seção transversal for igual a fct,m =0,3x 𝑓𝑐𝑘 ²;
Estado limite de abertura de fissuras (ELS-W) é onde surgem as fissuras no concreto,
entretanto elas estão dentro do limite estabelecido pela tabela 13.4 da NBR 6118;
Estado limite de descompressão (ELS-D) é o estado em que a tensão normal em um ou
mais pontos da seção transversal é considerado nulo
Estado limite de descompressão parcial (ELS-DP) conforme o Quadro 6 (retirado da
NBR6118:2014) cita que a verificação do estado limite de descompressão pode ser
substituída pelo estado de descompressão parcial quando a distância entre a bainha e a
região tracionada da peça for igual a 50 mm;
Estado limite de compressão excessiva (ELS-CE) é o estado em que as tensões de
compressão atingem o limite convencional estabelecido, de acordo com a NBR 6118 no
item 17.2.4.3.2 está tensão não deve ultrapassar 70% da resistência característica
prevista para a idade na qual será aplicada a protensão.
Estado limite de deformações excessivas (ELS-DEF) é onde as deformações da peça
atingem o máximo estipulado pela tabela 13.3 da NBR 6118, consequentemente a
utilização e funcionalidade ficam comprometidas;
49
Fd 𝛾 xF 𝛾 xF 𝛾x F ∑𝛹 xF 𝛾 x𝛹 xF
Nas combinações quase permanentes todas as ações permanentes são consideradas com
seus valores máximos e as ações variáveis são consideradas com seus valores quase
permanentes 𝛹 𝑥𝐹 .
𝐹𝑑, ∑𝐹 , ∑𝛹 𝑥 𝐹𝑞𝑗,
Todas as ações permanentes são consideradas com seus valores máximos e a ação
variável principal Fq1 é utilizada com seu valor frequente, ou seja, deve-se multiplicar esta ação
pelo seu coeficiente de ponderação ψ1, ficando então 𝛹 𝑥𝐹 .
𝐹𝑑, Ʃ𝐹 𝛹 x𝐹 Ʃ𝛹 x𝐹
Todas as demais ações devem ser consideradas com seus valores frequentes, sendo
assim multiplica-se pelo coeficiente de ponderação ψ1, ficando então 𝛹 𝑥𝐹 .
𝐹𝑑, Ʃ𝐹 𝐹 Ʃ𝛹 x𝐹
53
3 ESTUDO DE CASO
A viga de cobertura (ver Ilustração 26) possui exatos 24,75 metros e optou-se pelo
sistema de protensão pré-tracionada. A mesma apresenta 13 cordoalhas CP 190, com diâmetro
de 12,70 mm.
Ilustração 26 – Desenho esquemático da viga
De acordo com o Quadro 9, apresentado a seguir, retirado da NBR 6118, foram obtidos
os seguintes dados:
Classe de agressividade: III
Agressividade: forte
Classificação: marinha
Risco de deterioração da estrutura: grande
De acordo com o Quadro 2 (localizado na página 38), também retirado da NBR 6118,
foram obtidos os seguintes dados:
Tipo de estrutura: concreto protendido
Elemento: viga
Cobrimento: 45mm
56
3.2.4 Durabilidade
𝐹𝑑, Ʃ𝐹 𝛹 x𝐹 Ʃ𝛹 x𝐹
𝐹𝑑, Ʃ𝐹 𝐹 Ʃ𝛹 x𝐹
3.2.5 Concreto
𝐹𝑐𝑘𝑗 𝐹𝑐𝑘
𝑓𝑐𝑑 ≅𝛽 x
𝛾 𝛾
/
𝛽 𝑒𝑥𝑝
, /
𝛽 𝑒𝑥𝑝 0,60008 → 𝑝𝑎𝑟𝑎 1 𝑑𝑖𝑎
50
𝑓𝑐𝑗 0,60x 21,43 𝑀𝑃𝑎 → 𝑝𝑎𝑟𝑎 1 𝑑𝑖𝑎
1,4
EVOLUÇÃO DA RESISTÊNCIA
fckj (MPa)
55
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
0 5 10 15 20 25 30
t(dias)
Segundo a NBR 6118; item 8.2.5, na falta de ensaios para obtenção de fct,sp e fct,f,
pode ser avaliado o seu valor médio ou característico por meio das seguintes equações:
𝑓𝑐𝑡𝑘 0,7x𝑓𝑐𝑡,
𝑓𝑐𝑡𝑘 1,3x𝑓𝑐𝑡,
/
𝑓𝑐𝑡, 0,3x𝐹𝑐𝑘
/ /
𝑓𝑐𝑡, 0,3x𝐹𝑐𝑘 0,3x50 4,07 MPa
𝐸𝑐𝑖 α x5600x√𝐹𝑐𝑘
α 1,0 𝐺𝑟𝑎𝑛𝑖𝑡𝑜, 𝑎𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝑛𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙
𝐸𝑐𝑖 1,0x5600x√50 39597,98 MPa
𝐸𝑐𝑠 α x𝐸𝑐𝑖
𝐹𝑐𝑘
α 0,8 0,2x 1,0
80
50
α 0,8 0,2x 1,0
80
α 0,925 1,0
𝐸𝑐𝑠 0,925x39597,98 36628,13 𝑀𝑃𝑎
Compressão
O item 8.2.10.1 da NBR 6118 informa que para compressões menores que 0,5fc poderá
se admitir uma relação linear entre deformações e tensões, adotando-se para módulo de
elasticidade o valor secante dado pela expressão constante no item 3.2.5.3.
𝜀
𝜎 0,85x𝑓𝑐𝑑x 1 1 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐹𝑐𝑘 50 𝑀𝑝𝑎
𝜀
𝜀 2,0‰
𝜀 3,5‰
61
Tração
Segundo a NBR 6118 item 8.2.10.2 para concreto não fissurado submetido a tensões de
tração, pode-se utilizar o diagrama bilinear tensão-deformação.
3.2.6 Aço
Para análise nos estados limites de serviço (ELS) e último (ELU) pode ser utilizado a
Ilustração 33 abaixo, baseado na NBR 6118.
Ilustração 33 – Diagrama de tensões atuantes no concreto
𝜀 = com 𝐹 =
63
𝜀 8,55
𝜀 ≅ 30 a 40%
500x1000mm
Aço CA50 Eyk 2,38mm/m
210.000m
1710x1000mm
Aço CA190 Epyk 8,55mm/m
200.000m
Peso = 18 kg/m²
G 24,75mx18 kg/m² 445,5 kg/m
Terças:
, . / ³
Carga 167,33𝑘𝑔/𝑚
,
No anexo B.5.1 a NBR 8800/2006 informa que para coberturas comuns deve ser prevista
uma sobrecarga característica mínima de 0,25kN/m².
O sinal positivo é indicação de que há esforços de tração, quando o sinal for negativo
indica que há esforços de compressão.
Vão = 24,75m
Área do concreto = 0,1935m²
Centro de gravidade = 0,508m
Inércia da seção = 0,01786m⁴
67
,
𝑊 0,0456m³
á , ,
,
𝑊 0,0352m³
,
Momento Fletor
𝑞 𝑥 𝑙²
𝑀
8
, , ²
𝑀𝑝𝑝 370,6 𝑘𝑁.m
, , ²
𝑀𝑔 469,38 𝑘𝑁.m
, , ²
𝑀𝑞 143,57 𝑘𝑁.m
A análise das tensões é realizada para o centro do vão, onde foram encontrados os
momentos fletores.
Tensões na borda superior devido ao peso próprio
𝑀𝑝𝑝 370,6𝑘𝑁 𝑘𝑁
𝜎 8127,19
𝑊𝑠 0,0456𝑚 𝑚
𝑀𝑝𝑝 370,6𝑘𝑁 𝑘𝑁
𝜎 10528,41
𝑊𝑖 0,0352𝑚 𝑚
𝑀𝑔 469,38𝑘𝑁 𝑘𝑁
𝜎 10293,42
𝑊𝑠 0,0456𝑚 𝑚
Tensão inferior:
𝑀𝑔 469,38𝑘𝑁 𝑘𝑁
𝜎 13334,66
𝑊𝑖 0,0352𝑚 𝑚
𝑀𝑞 143,57𝑘𝑁 𝑘𝑁
𝜎 3148,46
𝑊𝑠 0,0456𝑚 𝑚
Tensão inferior:
𝑀𝑞 143,57𝑘𝑁 𝑘𝑁
𝜎 4078,69
𝑊𝑖 0,0352𝑚 𝑚
σ σ 𝛹 xσ σ 0
10528,41 13334,66 0,4x 4078,69 σ 0
σ 25494,55 𝑘𝑁/𝑚² 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 → 25,49 𝑀𝑝𝑎
𝛹 → 0,4 – Valor retirado do Quadro 12: Valores de coeficiente gama γf2 a seguir.
Quadro 12: Valores de coeficiente gama γf2
𝑃 , , 𝐴𝑐x𝑒𝑝
σ x 1
𝐴𝑐 𝑊𝑖𝑛𝑓
ep = c x g - cb
ep = 0,508-(0,045+0,05+0,0635)
ep = 0,35m
𝑃 , , 0,1935x0,35
25494,55 x 1
0,1935 0,0352
𝑃 , , 1687,14 𝑘𝑁
𝑃 , , 𝐴𝑐 x 𝑒𝑝
σ x 1
𝐴𝑐 𝑊𝑠𝑢𝑝
1687,14 0,1935 x 0,35
σ x 1
0,1935 0,0456
σ 4230,47 𝑘𝑁/𝑚² 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎çã𝑜 → 4,23 𝑀𝑃𝑎
𝐹𝑑 , σ σ 𝛹 xσ σ
𝐹𝑑 , 8127,19 10293,42 0,4x 3148,46 4230,47
𝑘𝑁 𝑘𝑁
𝐹𝑑 , 15449,52 1,54 15,45𝑀𝑃𝑎 𝜎 , 0,5xfck 25 𝑀𝑃𝑎
𝑚 𝑐𝑚
σ σ 𝛹 xσ σ α𝑓𝑐𝑡
10528,41 13334,66 1x 4078,69 σ 3710
σ 24231,76 𝑘𝑁/𝑚² tensão de compressão 24,23MPa
/
α𝑓𝑐𝑡 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑠𝑒çã𝑜 𝐼 1,3x0,7x0,3x𝐹𝑐𝑘
/
α𝑓𝑐𝑡 1,3x0,7x0,3x50 3,71𝑀𝑃𝑎
𝑃 , , 𝐴𝑐x𝑒𝑝
σ x 1
𝐴𝑐 𝑊𝑖𝑛𝑓
𝑃 , , 0,1935x0,35
24231,76 x 1
0,1935 0,0352
𝑃 , , 1603,57 𝑘𝑁
𝑃 , , 1687,14 𝑘𝑁
𝑃 , → 𝑃 , → 𝑃 , 1687,14 𝑘𝑁
𝑃 , , 1603,57 𝑘𝑁
Deve ser feita a verificação da tensão final no topo da viga, com a força 𝑃 ,
1687,14 𝑘𝑁.
𝑃 , 𝐴𝑐 x 𝑒𝑝
σ x 1
𝐴𝑐 𝑊𝑠𝑢𝑝
1687,14 0,1935x0,35
σ x 1
0,1935 0,0456
σ 4230,47 𝑘𝑁/𝑚² 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎çã𝑜 → 4,23 𝑀𝑝𝑎
σ σ σ σ 𝑥𝛹 σ
σ 8127,19 10293,42 3148,46 4230,47
𝑘𝑁
σ 17338,60 17,39 MPa 𝜎 , 0,5xfck 25 MPa
𝑚
𝑃 , 1687,14
𝑃𝑖, 2108,93 𝑘𝑁
1 ∆𝑃 1 0,20
𝑃𝑖, 2108,93 𝑘𝑁
𝐴𝑝, 14,51 𝑐𝑚
𝜎𝑝𝑖, 145,35 𝑘𝑁/𝑐𝑚
𝐴𝑝, 14,51
𝑛 14,51
𝐴𝑝 . 1,00
1 𝑒𝑝 1 0,35
𝜎, x𝑃 x𝑃 2,507x𝑃
𝐴𝑐 𝑤𝑠 0,1935 0,0456
Borda inferior
1 𝑒𝑝 1 0,35
𝜎, x𝑃 x𝑃 15,11x𝑃
𝐴𝑐 𝑤𝑖 0,1935 0,0352
Borda superior
Borda inferior
𝜎 𝜎 𝑃
𝜎 15,11x1687,14 25492,69 kN/𝑚 → 25,49 MPa
Não há nos apoios, tensões correspondentes ao momento fletor. A única tensão atuante
é a de protensão. Após realizado os cálculos, pode-se notar que a resistência tração encontrada
é de 4,23 MPa, ou seja, menor do que a resistência à tração do concreto 5,29 MPa.
A borda inferior sofre uma compressão de 25,49 MPa, ou seja, é inferior aos 35,71 MPa
resistidos pelo concreto.
Verificação do estado limite último no ato de protensão:
A verificação é realizada com base nos esforços de peso próprio e protensão que pode
ser considerado o pior estado de um elemento protendido.
74
A NBR 6118, nos itens 17.2.4.3 e 17.2.4.3.2, prescreve como deve ser realizada a
verificação:
𝐹𝑑, 𝜎 𝛾 x𝜎 .
Borda superior
𝜎 𝜎 𝛾 x𝜎 . 𝑃
𝜎 8127,19 1,0x2,507x2034,90
𝜎 3025,69 kN/𝑚 → 3,03 𝑀𝑝𝑎
Borda inferior
𝜎 𝜎 𝛾 x𝜎 x𝑃
𝜎 10528,41 1,0x 15,11x2034,90
𝜎 20218,93 kN/𝑚 → 20,22 𝑀𝑃𝑎
𝜎 𝛾 x𝜎 x𝑃
𝜎 1,0x2,507x2034,90
𝜎 5101,49 kN/𝑚 → 5,10 𝑀𝑝𝑎
Borda inferior
𝜎 𝛾 x𝜎 x𝑃
𝜎 1,0x 15,11x2034,90
𝜎 30747,34 kN/𝑚 → 30,75 𝑀𝑃𝑎
Segundo a NBR 6118, em seu item 17.3.5.2.3, a armadura de pele deve ser 0,10% da
área de concreto da alma do elemento, armadura essa calculada por face.
O espaçamento entre barras deve ser de d/3 ou 20 cm, sempre adotando o menor valor
entre as condições.
Os dados da peça são:
Ac = 0,1935 m²
Adotando barras de 8mm, com área de 0,50 cm² por barra, encontra-se 4 barras de 8 mm
com área total de 2,00 cm².
A altura útil da viga é de 84 cm então deve-se aplicar a primeira condição prescrita na
norma:
d
Esp 28 cm
3
A segunda condição é que o espaçamento mínimo não pode ser menor que 20 cm.
Portando, conclui-se que a armadura de pele deve possuir área mínima de 1,935 cm² e
espaçamento de 20 cm.
No item 2.2.3 foram abordados os conceitos gerais de perdas de protensão, logo abaixo
serão elaborados os cálculos conforme a NBR 6118 (ABNT, 2014).
𝜀 – Deformação do cabo
∆ – Encurtamento do cabo devido a ancoragem (Rudloff - 6mm)
L – Comprimento da pista = 25m
𝐸 – Módulo de elasticidade do aço = 202 kN/mm² ou 20200 kN/cm²
∆ ∆
𝜀 ∴ ∆ 𝐸 x𝜀 ∴ ∆ 𝐸
𝐿 𝐿
0,006x20200
∆ 4,85 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
25
Tensões inferiores a 0,5.fptk, admite-se que não há perda de tensão por relaxação. Para
o tempo infinito pode-se considerar:
77
Ψ 𝑇 ;𝑇 ≅ 2,5x 𝛹
Valores desiguais de 1000 horas, em uma temperatura constante à 20°C.
,
T 𝑇
Ψ T; 𝑇 𝛹 𝑥 → T em horas
1000
,
T 𝑇
Ψ T; 𝑇 𝛹 𝑥 → T em dias
41,67
Conforme a NBR 6118 (Item 9.6.3.4.5) a intensidade da relaxação do aço deve ser
determinada pelo coeficiente Ψ(T;Tο) calculado por:
∆ 𝑇 Tο ,
Ψ T; 𝑇
𝜎
Onde:
∆ 𝑇 Tο – é a perda de tensão por relaxação pura desde o instante t0 do estiramento
da armadura até o instante t considerado.
𝜎 145,35 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝜎 145,35
𝑅 0,765
𝑓𝑝𝑡𝑘 190
𝑇 Tο ,
ψ T; Tο ψ1000x
41,67
1 0 ,
ψ T; Tο 3,47x
41,67
ψ T; Tο 1,983
ψ 𝑇 Tο
∆ x𝜎
100
1,983
∆ x 145,35
100
∆ 2,882 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝜎 145,35 𝑘𝑁
Definir o valor de Eci, módulo de elasticidade do concreto, NBR 6118 (item 8.2.8)
𝐸𝑝 202000
𝛼 5,10
𝐸𝑐𝑖 39597,98
𝑃𝑎 𝐴𝑝x𝜎
𝑃𝑎 14 x 145,35 2034,90 𝑘𝑁
79
𝑃𝑎 𝑃𝑎 x 𝑒𝑝 𝑀 x𝑒𝑝
𝜎
𝐴 𝐼 𝐼
2034,90 2034,90 x 35 37060x35
𝜎
1935 1786000 1786000
𝑘𝑁
𝜎 1,721 → 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜
𝑐𝑚
∆ . 𝛼𝑝 x 𝜎
𝑘𝑁
∆ . 5,10 x | 1,721| 8,778
𝑐𝑚
Logo, podemos concluir que há uma perda imediata, qual deve ser aplicada pelo macaco
hidráulico de:
𝜎 , 𝜎 ∆𝑎𝑛𝑐 ∆𝜎 ∆𝜎 ,
𝑘𝑁
𝜎 0,77x𝑓𝑝𝑡𝑘 0,77x190 146,3 𝑜𝑢 1463 𝑀𝑃𝑎
𝑐𝑚
𝑘𝑁
𝜎 𝜎 ∆𝜎 , 146,3 8,14 138,16 𝑜𝑢 1381,6 𝑀𝑃𝑎
𝑐𝑚
𝑃𝑜 𝜎 x𝐴𝑝 138,16x19 1933,96 𝑘𝑁
, ,
𝛾 1 𝑒
, ,
𝛾 1 𝑒
𝛾 3,46
A peça possui um perímetro total de 2,84 metros, sendo necessário considerar apenas o
perímetro em contato com o ar, como a parte superior não está em contato, a mesma deve ser
considerada.
𝑢 2,84 0,45
𝑢 2,39 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
2x𝐴𝑐
ℎ 𝛾x
𝑢
2x0,1935
ℎ 3,46x
2,39
ℎ 0,56𝑚
Para realizar o cálculo da idade fictícia, é necessário calcular para a fluência e retração,
pois o coeficiente α pode variar conforme o Quadro 4.
𝑇𝑖 10
𝑡 αx x ∆𝑡
30
Através desta equação, podemos determinar a idade fictícia para a fluência de 1 dia.
α=3
20,5 10
𝑡 3x x1
30
𝑡 3,05 → 3 𝑑𝑖𝑎𝑠
20,5 10
𝑡 3x x 10000
30
𝑡 30500 𝑑𝑖𝑎𝑠
20,5 10
𝑡 . . 1x x1
30
𝑡 . . 1,017 → 1 𝑑𝑖𝑎
81
β1 𝑒
,
β1 𝑒
β1 0,424
,
β1, ∞ 𝑒
β1, ∞ 1,209
𝛽 0,424
𝛽 , 0,351
𝛽, 1,209
𝑡 𝐴x𝑡 𝐵
𝛽𝑡
𝑡 𝐶x𝑡 𝐷
3 339,90x3 963,30
𝛽𝑡
3 762,35x3 13045,22
𝛽𝑡 0,130
Tempo infinito
𝜑 1,40x 1 𝛽 ,
𝜑 1,40x 1 0,351
𝜑 0,909
Coeficiente 𝜑
0,42 ℎ𝑓𝑖𝑐
𝜑
0,20 ℎ𝑓𝑖𝑐
0,42 0,56
𝜑 1,289
0,20 0,56
83
Coeficiente 𝜑
𝜑 𝜑 x𝜑
𝜑 1,405x1289 1,811
𝑡 𝑡 20
𝛽𝑑 𝑡
𝑡 𝑡 70
30500 3 20
𝛽𝑑 𝑡
30500 3 70
𝛽𝑑 𝑡 0,998
𝜑 0,40x𝛽𝑑 𝑡
𝜑 0,40x0,998 0,40
𝜑 𝑡, 𝑡 𝜑 𝜑 x 𝛽𝑓 𝑡 𝛽𝑓 𝑡 𝜑
𝜑 𝑡, 𝑡 0,909 1,811x 0,986 0,130 0,40
𝜑 𝑡, 𝑡 2,859
𝜑 1,618
𝜀 0,00002559
𝜀 0,00001448
84
∆𝜎 𝜀 x𝐸
∆𝜎 0,00002559x202000
∆𝜎 5,169 𝑀𝑃𝑎 → 0,517 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
∆𝜎 0,00001448x202000
∆𝜎 2,925 𝑀𝑃𝑎 → 0,293 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑢 𝑢²
𝜀 6,16 x1,00 x10
484 1590
87 87²
𝜀 6,16 x1,00 x10
484 1590
𝜀 1,579𝑥10
33 2xℎ𝑓𝑖𝑐
𝜀
20,8 3xℎ𝑓𝑖𝑐
33 2x0,56x100
𝜀 0,768
20,8 3x0,56x100
𝑡 𝑡 𝑡
𝐴x 𝐵x
100 100 100
𝛽𝑠 𝑡
𝑡 𝑡 𝑡
𝐶x 𝐷x 𝐸
100 100 100
Onde:
𝐴 40
𝐵 116𝑥ℎ 282𝑥ℎ 220𝑥ℎ 4,8
𝐶 2,5𝑥ℎ 8,8𝑥ℎ 40,7
𝐷 75𝑥ℎ 585𝑥ℎ 496𝑥ℎ 6,8
𝐸 169𝑥ℎ 88𝑥ℎ 584𝑥ℎ 39𝑥ℎ 0,8
1 1 1
40x 50,336x 100
100 100
𝛽𝑠 𝑡
1 1 1
36,211x 441,245x 160,936
100 100 100
𝛽𝑠 𝑡 0,003
𝛽𝑠 𝑡 0,999
86
𝜀 𝜀 x 𝜀 x𝛽x 𝑡 𝛽x 𝑡
𝜀 1,579𝑥10 x 0,768x 0,999 0,003
𝜀 1,208𝑥10
∆𝜎 𝜀 x𝐸
∆𝜎 1,208x10 x202000
∆𝜎 24,402 𝑀𝑃𝑎 → 2,44 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
∆𝑃 ∆ ∆ ∆ ∆ ∆𝑃
∆𝑃 4,848 2,882 2,440 0,517 8,778
𝑘𝑁
∆𝑃 19,465
𝑐𝑚
𝑘𝑁
𝜎 145,35 19,465 125,885
𝑐𝑚
,
* 1 x100% 13,392%
,
, , , , ,
𝜎 22026,114 𝑘𝑃𝑎
, ,
𝑁 𝛾 x𝑃𝑖 𝛼 x𝐴𝑝 x 𝜎 x𝛾
𝑁 0,9x2034,90 5,515x0,0014x| 22026,114|x0,9
𝑁 1984,467 𝑘𝑁
Determinar ∆𝜀 , pré-alongamento:
,
∆𝜀 7,017‰
,
Onde 𝛾 𝛾 1,4
Ativo
𝑓𝑝𝑦𝑘 1710
𝜎 148,696 𝑀𝑃𝑎
10 10
𝛾 1,15
89
Passivo
𝑓𝑦𝑘
𝜎 43,478 𝑀𝑃𝑎
10
𝛾
Dando seguimento aos cálculos, deve-se determinar os braços de alavanca que são
responsáveis por criar um momento binário para equilibrar a peça. Como não temos
conhecimento da armadura passiva, será considerado sendo 80% da altura total da peça.
𝑍𝑝 ℎx80%
𝑍𝑝 0,90x0,80 0,72𝑚
𝑁 𝐴𝑝x𝜎
𝑁 14 x 148,696 2081,744 𝑘𝑁
Ap=14,00 cm²
Conhecidos os valores, é possível determinar o momento resistente 𝑀 .
𝑀 𝑁 x𝑍
𝑀 2081,744 x 0,72 1498,856 𝑘𝑁. 𝑚
Como o valor encontrado foi negativo, indica que não há necessidade de utilizar
armadura passiva, sendo necessário apenas determinar a armadura mínima prescrita em norma
e as armaduras complementares.
𝐴𝑠 í 𝜌 í x𝐴𝑐
0,255
𝐴𝑠 í x1935 4,934 𝑐𝑚 → 4∅12,5𝑚𝑚
100
𝐴𝑠 5,00 𝑐𝑚²
𝑁 𝐴𝑠x𝜎
𝑁 6,283 x 43,478 273,172 𝑘𝑁
90
𝑁 𝑁 𝑁
𝑁 273,172 2081,744 2354,916 𝑘𝑁
𝑓𝑐𝑘
𝜎 0,85x
𝛾
50
𝜎 0,85x 3,036 𝑀𝑃𝑎
1,4 x 10
Determinar a tensão no aço e no concreto, sendo que elas devem ser iguais, para que
possa se ter um equilíbrio 𝑁 𝑁 .
𝑁 𝑁
2354,916 𝑘𝑁 2354,916 𝑘𝑁
Determinar a área comprimida da peça, tornando assim possível ser conhecida a linha
neutra.
𝑁 2354,916
𝐴 775,736 𝑐𝑚²
𝜎 3,036
𝐴 775,736
𝑦 25,858 𝑐𝑚
𝑏 0,3 x 100
𝑦 25,858
𝑥 32,322 𝑐𝑚
𝜆∗ 0,80
Determinar a altura da viga, para armadura passiva e ativa, encontrando assim a altura
útil.
𝑑 ℎ 𝑐𝑜𝑏.
Passiva
Cobrimento = 0,04 cm
91
Como o valor encontrado na linha neutra é de 29,68cm, significa que a viga está
dimensionada para o domínio 3, extraindo assim o melhor do concreto e do aço.
Pode-se analisar que o alongamento do aço varia entre 0 e 10‰ e pode não atingir o seu
patamar de escoamento e o encurtamento do concreto é fixado em 3,5‰.
A ruptura do concreto irá acontecer juntamente com o escoamento do aço.
Além da necessária resistência a flexão, é importante também assegurar que a peça
possua comportamento dúctil.
92
Segundo o item 14.6.4.3 da NBR 6118, x/d ≤ 0,45, para concretos com fck ≤ 50 MPa.
𝑥 32,322
0,376𝑚
𝑑 0,86 x 100
Com o valor encontrado, pode-se constatar que a viga atende aos limites normativos.
Determinar o braço de alavanca, para ambas as armaduras, onde ele é responsável pelo
binário interno, que garante a estabilidade.
𝑦 25,858
𝑦´ 12,929 𝑐𝑚
2 2
𝑦´ 12,929
𝑍𝑠 𝑑𝑠 0,86 0,731 𝑚
100 100
𝑦´ 12,929
𝑍𝑝 𝑑𝑝 0,855 0,726 𝑚
100 100
Verificação:
𝑑𝑝 𝑥
∆𝜀 x𝜀
𝑥
32,222
0,855
∆𝜀 100 x3,5
32,222
100
𝜀 ∆𝐸𝑝𝑖 ∆𝜀
𝜀 7,017 5,758 12,775‰
Determinar o 𝜀
𝜎 148,696x10
𝜀 x1000
𝐸𝑝 202000
𝜀 7,361‰
Para que se tenha escoamento da armadura ativa a seguinte equação deve ser atendida:
𝜀 𝜀
12,775 7,361
𝑑𝑠 𝑥
𝜀 x𝜀
𝑥
94
32,322
0,86
𝜀 100 x3,5
32,322
100
𝜀 5,812‰
Determinar 𝜀
𝜎 43,478x10
𝜀 x1000
𝐸𝑠 210000
𝜀 2,07‰
𝜀 𝜀 10‰
2,07 5,812 10‰
Com esta afirmação, podemos concluir que há escoamento da armadura passiva. Pode-
se afirmar que a viga está no domínio 3 de deformação, pois atende o encurtamento do concreto
que é de 3,5‰ e o escoamento das armaduras.
𝑀
1 2
𝑀𝑑, á
Determinar o valor 𝑀 :
𝑊
𝑀 𝛾 x𝑃 𝛾 x𝑁𝑞 𝑝 x 𝛾 . x𝑃 x𝐸𝑝
𝐴𝑐
Dimensionamento:
Pi=2034,90 kN
Momento fletor
𝑀 983,55 𝑘𝑁. 𝑚 *
𝑀 1,4 𝑥 983,55 1376,970 𝑘𝑁. 𝑚
Cortante
, , , ,
𝑉 158,957 kN
𝑉 222,540 𝑘𝑁
96
𝑓𝑐𝑘 x 1000
𝑉 0,27 x α x x 𝑏𝑤 x 𝑑
𝛾
𝛼 1
𝛼 1 0,8
50 x 1000
𝑉 0,27 x 0,8 x x 0,3 x 0,85 1967,143 𝑘𝑁
1,4
𝑉 0,60x 𝐹 x 𝑏𝑤 x 𝑑
, √ , √
𝐹 2,036 𝑀𝑃𝑎
,
𝑊𝑖
𝑀 𝛾 x 𝑃𝑖 𝛾 x 𝑃𝑖x𝑒𝑝
𝐴𝑐
0,0352
𝑀 0,90 x 0 0,9 x 0 x 0,35 0,182 𝑘𝑁. 𝑚
0,1935
Determinar Vc
𝑀
𝑉 𝑉 x 1 2x𝑉
𝑀
0,182
𝑉 311,508 x 1
1376,970
𝑉 𝑉 2x𝑉 ∴ 311,549 623,016
97
Segundo a NBR 6118 (17.4.2.2), o valor de 𝑉 deve ser limitado a, no máximo, duas
vezes o valor de 𝑉 , pois a protensão a peça trabalha por flexo-compressão.
Determinar 𝑉 :
𝑉 𝑉 𝑉
𝑉 222,540 311,549 89,009 𝑘𝑁
20x 𝐹 x𝑏𝑤
𝐴𝑠 í
𝑓𝑦𝑘
𝐹 0,30𝑥𝑓𝑐𝑘
𝐹 0,30𝑥50
𝐹 4,072 𝑀𝑃𝑎
4,072
20x x 0,30x100
𝐴𝑠 10 4,886 𝑐𝑚²
í
50
í
𝑁
,
𝑁 8 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑒 6,3 𝑚𝑚
,
100 100
𝑆 12,5 𝑐𝑚
𝑁 8
𝐼𝑐
𝑅
𝐴𝑐 x 𝑦𝑖 x 𝑦𝑠
98
Ic – Inércia da seção
Ac – Área de concreto (seção)
yi – Distância di centro de gravidade até a face superior da peça
yi – Distância di centro de gravidade até a face inferior da peça
𝐼𝑐 0,01786
𝑅 0,464
𝐴𝑐 x 𝑦𝑖 x 𝑦𝑠 0,1935x0,508x0,392
As forças de protensão aplicadas são altas, estas forças geram tensões que se propagam
até uma determinada zona de ancoragem da peça, onde ocorre a regularização das tensões.
Ilustração 47 – Fendilhamento
Para que não ocorra fissuração do concreto, ou até rompimento da peça, deve ser
considerada uma armadura de fendilhamento.
Para determinar a força de fendilhamento qual o concreto está submetido.
𝑎
𝑅 0,30𝑥 1 𝑥𝑃
𝑎
𝑎 – Dimensão da área de aplicação da força
a – Dimensão contrária a aplicação da força
99
Fd pp q 𝛹 xq
Fd 4,84 6,13 1,875x0,4 11,720 kN/m
Combinação rara
Fd pp q g
Fd 4,84 6,13 1,875 12,845 𝑘𝑁/𝑚
Após a determinação dos valores das combinações, serão definidos os valores das
flechas:
Combinação frequente
5xfd . xl
f .
384xEcsxIc
5x11,720x24,75
f . x100 8,753 cm
384x36628,132x1000x0,01786
Combinação rara
5xfd xl
f .
384xEcsxIc
5x12,845x24,75
f x100 9,953 cm
384x36628,132x1000x0,01786
Determinar a flecha devido a protensão, onde habitualmente gera uma contra flecha.
Determinar a normal de protensão no meio da peça, onde ocorre a maior flecha.
1762,39
P ApxP 14x 2467,346 kN
10
102
Mpxl²
cf
8xEcixIc
863,571x24,75²
cf x100 9,350 cm
8x39597,980x1000x0,01786
P Apx∆
189,714
P 14x 265,600 𝑘𝑁
10
Mpxl²
cf
8xEcixIc
92,96x24,75²
cf x100 1,088 cm
8x36628,132x1000x0,01786
𝑐𝑓𝑓 cf cf
𝑐𝑓𝑓 9,350 1,088 8,262 𝑐𝑚
Através dos resultados obtidos, é possível determinar o valor final da flecha imediata:
Frequente
Rara
𝑓𝑑𝑖 f x 1 𝜑
𝑓𝑑𝑖 1,691x 1 1,405 4,067 𝑐𝑚
É necessário efetuar a verificação dos limites estabelecidos pela tabela 13.3 da NBR
6118.
𝐿x100 24,75x100
𝑐𝑓𝑙
350 350
𝑐𝑓𝑙 7,07 𝑐𝑚 ∴ 𝑂𝐾
𝐿x100 24,75x100
𝑓𝐿
500 500
𝑓𝐿 4,95 𝑐𝑚 ∴ 𝑂𝐾
Com base nos resultados obtidos, podemos concluir que a peça está bem dimensionada
quanto aos deslocamentos.
3.3.11 Içamento
O peso próprio, calculado no item 3.3.1 Cargas Permanentes, tem valor de 4,84kN/m.
104
Determinação de ações
𝐹𝑑 𝛾 x𝐹𝑔𝑘
𝐹𝑑 1,4x𝐹𝑔𝑘
/
𝛽 𝑒𝑥𝑝
, /
𝛽 𝑒𝑥𝑝 0,66
Fck, 𝛽 xFck
Fck, 0,66x50 33 MPa
Segundo a NBR 9062, item 8.2.2.2, para saque, manuseio, transporte e montagem, deve
ser definida em projeto a resistência do concreto para a referida etapa de no mínimo 21MPa
para elementos em concreto protendido.
Fck 33
Fcd, 23,57 MPa
𝛾 1,4
Portanto para o içamento das vigas tem-se o seguinte momento fletor e força cortante,
utilizando o software SAP 2000 (ver Ilustração 50 e Ilustração 51).
Com os valores obtidos de esforços cortante e momento fletor, deve ser levado em conta
os efeitos dinâmicos na fase de içamento:
Armadura longitudinal:
Momento positivo: 18,036 kN.m
Altura não útil da viga:
∅, 1
𝑑 ∅, 𝑐 0,8 4,5 5,8𝑐𝑚
2 2
𝑑 adotado 6cm
Altura útil:
𝑑 ℎ 𝑑 90 6 84𝑐𝑚
Md 18,036
K 0,00361
𝑏𝑤 x 𝑑 x 𝑓𝑐𝑑 0,30x 0,84 x 23,57x1000
Área de aço:
Md 18,036x100
As 0,49 cm²
Kz x d x fyd 0,997x84x43,48
0,208
As, í 𝜌 í x Ac x1935 5,418 cm²
100
4
As, á 4% Ac x1935 77,4 cm²
100
107
Conclui-se que, para que a viga resista ao momento positivo durante o içamento após a
desmoldagem, é necessário apenas a armadura mínima de 5,418 𝑐𝑚².
Armadura transversal:
Optou-se por utilizar o modelo 1 da NBR 6118, item 17.4.2.2 que admite diagonais de
compressão inclinadas de Ɵ = 45º em relação ao eixo longitudinal do elemento estrutural e
admite ainda que a parcela complementar “Vc” tenha valor constante, independente de “Vsd”.
A equação para verificação da compressão diagonal do concreto é:
𝑉𝑑 V 0,27 x 𝛼 x 𝑓𝑐𝑑 x 𝑏𝑤 x 𝑑
fck 23,57
𝛼 1 1 0,906
250 250
Logo:
𝑉𝑑 V 0,27x0,906x23571,43x0,30x0,86
32,451 1487,639 → OK
Os estribos necessitam resistir a parcela de força cortante que é dada pela seguinte
equação:
Vsw = Vd – Vc
Vsw = parcela resistida pela armadura transversal
Vc = parcela de força cortante resistida pelo concreto
𝑉𝑐 0,6 𝑥 𝑓𝑐𝑡𝑏 𝑥 𝑏𝑤 𝑥 𝑑
𝑉𝑐 0,6𝑥1233,098𝑥0,30𝑥0,86
𝑉𝑐 190,884 𝑘𝑁
∗ fctb 0,15xfck
∗ fctb 0,15x23,57
Através do resultado obtido, podemos observar que o valor é superior a força solicitante
de cálculo, logo não há necessidade de armadura transversal para resistir aos esforços.
Deve-se adotar a armadura mínima que é dada pela seguinte equação.
Asw, í 𝜌 , í x 𝑏𝑤 x 𝑠
fctm
𝜌 , í 0,2x
Fyk
Seção Transversal
Para definir a disposição da armadura, é necessário obedecer ao espaçamento mínimo;
garantindo a passagem do concreto e a aderência aço-concreto e ao cobrimento mínimo, o que
garantirá a durabilidade da armadura.
O cobrimento para o aço protendido de 45mm já foi definido anteriormente, no item
3.2.2 Classe de Agressividade e Cobrimento.
O espaçamento mínimo é determinado utilizando-se do quadro a seguir, retirado da
NBR 6118.
109
2x1,25 2,5𝑐𝑚
𝑎 1,2x2,0 2,4𝑐𝑚
2𝑐𝑚
2x1,25 2,5𝑐𝑚
𝑎 1,2x2,0 2,4𝑐𝑚
2𝑐𝑚
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho possibilitou a análise crítica do desempenho das vigas com armaduras
ativas perante as situações típicas de projeto. O ponto principal dos estudos realizados foi de
verificar se o cálculo manual elaborado seria compatível com o processo que teve a utilização
do software PROUNI TQS destinado a verificação de peças pré-moldadas da viga existente.
Como esperado, os dimensionamentos realizados a partir do cálculo manual fornecem
resultados divergentes dos obtidos a partir das formulações do software. Apesar de todos os
métodos estarem de acordo com as normas vigentes, os resultados apontaram uma diferença de
7,14% a mais no saldo final das armaduras ativas. Isto é, a armadura calculada neste trabalho é
mais robusta do que a armadura do projeto observado no estudo de caso.
Entretanto, apesar das disparidades já mencionadas, pode-se observar que as definições
embasadas no cálculo manual apresentam resultados satisfatórios devido à proximidade dos
valores encontrados.
Em relação as armaduras passivas, pode-se constatar que não houve diferença,
permanecendo assim em ambos os casos a mesma seção de aço considerada.
Assim podemos concluir que o processo manual realizado neste trabalho, representou
bem o desempenho da estrutura, pois as áreas de aço, deformações e esforços apresentados no
processo possuem diferenças satisfatórias em virtude das exibidas pelo software.
REFERÊNCIAS
BASTOS, Paulo Sérgio Dos Santos. Concreto protendido. Bauru: Universidade Estadual
Paulista, 2018
BAUER, L.A Falcão. Materiais de construção: volume 1. 5ª Edição. Rio de Janeiro: LTC,
2000.
FUSCO, Péricles Brasiliense. Técnicas de armar as estruturas de concreto. São Paulo: PINI,
1994.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª Edição. São Paulo: Atlas, 2002.
RODRIGUES, Glauco José de Oliveira. Concreto protendido: Notas de Aula. Rio de Janeiro:
2008.
SILVA, Gildasio R. Prática do concreto protendido. Rio de Janeiro: Arte Indústria, 1974.
ANEXOS
116
Descrição h cabos CORDOALHAS CABO (M) F. PROT (kN) ALONGAMENTO PESO DO CABO PESO TOTAL
13
Comprimento total dos cabos (m) 346.50
90
67
Peso total dos cabos (kg) 274.41
2475
10
ELEVAÇÃO DA VIGA NOTAS OBSERVAÇÕES DO PROJETO
Esc 1:50
- Dimensões em metros, exceto onde indicado; - Aço de protensão CP190-RB 12,7 mm;
- Força de protensão = 2034.90 kN por cabo; - Força de protensão = 2034.90 kN por cabo;
- Verificar medidas no local da obra antes da execução de - µ = 0.20;
qualquer serviço, comunicar a fiscalização quaisquer
diferenças em relaçaõ ao projeto; - Os alongamento indicados são totais, médidos antes do
escorragemento das cunhas;
- Concreto classe C50 = Fck > 50 MPa;
- Fcj mínimo = 21.43 MPa
- Agregado graudo - granito ou gnaisse;
- Devem ser previstas as armaduras especificadas no
- Agressividade ambiental - Classe III;
16
processo de protensão.
16
13
- Obrigatória a aprovação do traço do concreto;
- Aço da armadura passiva - CA-50/60;
45
2475
VISTA SUPERIOR
Esc 1:50 OBS: MEDIDAS EM CENTÍMETROS
ARMADURA ATIVA
H1 5 5
H2 9 10
H3 12.5 15
TABELA DAS ALTURAS DOS CABOS (EIXO DAS BAINHAS EM RELAÇÃO A FACE INFERIOR DA VIGA) (em cm.)
ELEVAÇÃO DOS CABOS
Esc 1:50
ELEVAÇÃO DA ARMADURA
Esc 1:50
39
5
8
15 15
45 45 12
Ø5-Comp.= 104
5
13
7
4Ø10
8
16 13 16
61
90
90
67
4Ø8 4Ø8
PROJETO:
8 8
3 CORD-CP-190 PROJETO ESTRUTURAL
6
5 CORD-CP-190
10
6 CORD-CP-190 OBRA:
Ø5-Comp.= 187
30 30 4Ø10
8
11 8 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
5
24 5 ALUNOS: PRANCHA:
Ø5-Comp.= 68
CORTE AA DETALHAMENTO DA DETALHAMENTO DA
Esc 1:15 ARMADURA ATIVA
Esc 1:15
ARMADURA PASSIVA
Esc 1:15
DETALHAMENTO DO
ESTRIBO
Esc 1:15
ANA PAULA KRETZER DE MIRANDA
THIAGO FELIPPE MARIA 01/01
CONTEUDO:
ESCALA:
JULHO / 2020
118
5
45 1:10 Pos.(N) Diam.(Ø) Quant. Material Comp.(cm) Peso (kg) Total (kg) Desenho da armadura (cm)
8
17.7 20 21 11 7
45 1 N 11 1 N 11 1 N 11 37 5 8 CA-60 1200 1.85 14.80 1200
27.4 20 21.3
15 15 15 15 15 Gancho p/ Gancho p/ Rebaixo
12 CB2 (2x) contravento contravento CB2 (2x) 10x10x4cm 42 5 4 CA-60 181 0.28 1.12 181
CB2 CB2 CB2 CB2 68 N48 Ø 5 - Comp.= 104
51 10 8 CA-50A 1200 15.08 60.28 1200
5
3.5
3.5
1.87 7.48
5
5
5
351 10 8 CA-50A 1200 15.08 60.28 1200
13
23
7
84
90
90
90
67
90
90
53
4 N 350 4 N 354
24
28 12.5 4 CA-50A 256 2.51 10.05 119
64
4 N349 CORD-CP-190 Ø 12.7
6
300 94°
68 N50 Ø 5 - Comp.= 187
10
64
11
8 8
5 N349 CORD-CP-190 Ø 12.7 39
Furo 40mm 4 N 351 11 Furo 40mm 11
8 5
5
5
15 15 30 Furo 40mm 63°
30 24 48 5 150 CA-60B 104 0.16 24.45 15 27° 63°
68 N49 Ø 5 - Comp.= 68 15
30 12 27°
11 35°
8
8
35° 55°
Seção Armadura de protensão B Corte 49 5 150 CA-60B 68 0.11 16.05
5
55°
5
24
- Esc.: 1:10 - Esc.: 1:10 - Esc.: 1:10
84
7
50 5 150 CA-60B 187 0.29 44.10
15
IC1 25 4 CA-25 248 9.73 38.94 95
23
Rebaixo
10x10x4cm
22.5
22.5
45
Furo 40mm
22.5
22.5
Furo 40mm
A Corte
- Esc.: 1:40
B
2475
1546.7
2146.7
2473.4
346.7
946.7
1017.4
1175.4
1333.4
1491.4
1649.4
1807.4
1965.4
2123.4
2281.4
2403.8
2421.4
2473.4
227.4
385.4
543.4
660.8
681.4
701.4
859.4
1155.4
1241.8
1313.4
1471.4
1629.4
1787.4
1822.8
1945.4
2103.4
2261.4
2441.4
38.4
58.4
79.8
207.4
365.4
523.4
839.4
997.4
38.4 20 21.3 127.7 20 138 20 138 20 117.3 20.7 20 138 20 138 20 138 20 66.3 71.7 20 138 20 138 20 138 20 122.7 20 138 20 138 20 122.3 17.7 32 DET B
DET A
0
15.3 20
2 N 28 2 N 28
11 Furo 40mm
Furo 40mm 11
400
B 1673.4 400
41 N50 c/ 10 68 N50 c/ 25 41 N50 c/ 10
41 N49 c/ 10 68 N49 c/ 25 41 N49 c/ 10
41 N48 c/ 10 68 N48 c/ 25 41 N48 c/ 10
2475
1200
195
4 N351 Ø 10 - Comp.= 1200 1200
4 N353 Ø 10 - Comp.= 195
4 N51 Ø 10 - Comp.= 1200
1200
4 N354 Ø 5 - Comp.= 1200 181 1200
4 N42 Ø 5 - Comp.= 181 4 N37 Ø 5 - Comp.= 1200
1200 181
4 N354 Ø 5 - Comp.= 1200 1200
4 N42 Ø 5 - Comp.= 181
4 N37 Ø 5 - Comp.= 1200
1200
195
4 N351 Ø 10 - Comp.= 1200 1200
4 N353 Ø 10 - Comp.= 195
4 N51 Ø 10 - Comp.= 1200
Referência:
Detalhamento de braço BP1