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NTS0021 – Ver 1
ELABORAÇÃO DE PROJETOS -
CONDUTOS FORÇADOS
ESPECIFICAÇÃO
SÃO PAULO
FEVEREIRO 2017
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Instrumento Organizacional
Tipo: Fase:
SABESP ---
SUMÁRIO
1. OBJETIVO ...............................................................................................................4
2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS...............................................................................4
3. RECOMENDAÇÕES DE PROJETO........................................................................5
3.1. APLICAÇÃO ............................................................................................................5
3.2. RELATÓRIO OPERACIONAL .................................................................................5
3.3. ESTUDO DAS ESTRUTURAS DE MEDIÇÃO E DE CONTROLE DE FLUXO.......5
3.4. PREVISÃO PARA LIMPEZA ...................................................................................5
3.5. TRAVESSIAS...........................................................................................................5
3.6. FAIXAS DE SERVIDÃO...........................................................................................6
3.7. INTERRUPÇÃO OU PROTEÇÃO DE SISTEMAS DE INFRAESTRUTURA
URBANA .........................................................................................................................6
4. DIMENSIONAMENTO..............................................................................................7
4.1. COEFICIENTE DE RUGOSIDADE ..........................................................................7
4.2. ESTUDO DE ESCOAMENTO VARIÁVEL – TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS .....7
4.3. ESPESSURA DOS TUBOS DE AÇO ......................................................................7
4.4. CLASSE DOS TUBOS E TIPO DE JUNTA – APLICÁVEL A TUBULAÇÕES DE
OUTROS MATERIAIS ....................................................................................................7
4.5. VÁLVULAS DE DESCARGA...................................................................................7
4.6. VÁLVULAS AUTOMÁTICAS DE ADMISSÃO E EXPULSÃO DO AR -
VENTOSAS.....................................................................................................................8
5. DESENHOS .............................................................................................................8
5.1. LOCAÇÃO DA LINHA EM PLANTA .......................................................................8
5.2. PERFIL .....................................................................................................................9
5.3. PONTOS DE DEFLEXÃO HORIZONTAL ...............................................................9
5.4. PONTOS DE DEFLEXÃO VERTICAL ...................................................................10
5.5. PONTOS DE DERIVAÇÃO OU INTERLIGAÇÃO .................................................10
5.6. PONTOS INICIAL E FINAL DE CADA FOLHA.....................................................10
5.7. TABELAS DE CURVAS ........................................................................................11
5.8. ABRIGOS DE VÁLVULAS ....................................................................................13
5.9. PARTICULARIDADES REFERENTES AO PERFIL DA TUBULAÇÃO ...............13
5.9.1. ESTACAS PARA LOCAÇÃO DA TUBULAÇÃO ..............................................13
5.9.2. COTAS DA GERATRIZ INFERIOR INTERNA E COTAS DO TERRENO .......13
5.9.3. DECLIVIDADES ...............................................................................................13
5.9.4. COMPRIMENTOS............................................................................................13
5.9.5. DIÂMETRO E MATERIAL ................................................................................13
5.10. REMANEJAMENTO DE INTERFERÊNCIAS..................................................13
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1. OBJETIVO
Esta norma tem por objetivo subsidiar projetos de sistemas de água e esgotos assim
como para elaboração de cadastro técnico.
2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste
documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para
referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas):
NTS 018: Elaboração de Projetos – Considerações Gerais
NTS 132: Faixa de Servidão e de Desapropriação para Sistemas Lineares de Água e
Esgoto
ABNT NBR 5590: Tubos de aço-carbono com requisitos de qualidade, para condução
de fluidos – Especificação.
ABNT NBR 6153: Produto Metálico – Ensaio de dobramento semiguiado – Método de
Ensaio.
ABNT NBR 9797: Tubo de aço-carbono eletricamente soldade para condução de
água de abastecimento – Especificação.
ABNT NBR 9797: Tubo de aço-carbono eletricamente soldade para condução de
água de abastecimento – Especificação.
ABNT NBR 9915: Anel de vedeção de borracha para junta elástica de tubos e
conexões de aço ponta e bolsa – Especificação.
ABNT NBR 13061: Tubos de aço com ponta e bolsa, para juntas elásticas, diâmetro
nominal (DN) de 700 mm a 1200 mm.
ASTM – A-134 Specification for pipe, steel, electric-fusion (ARC) – Welded (Sizes NPS
16 and over).
ASTM – A-139 Standart specification for electric-fusion (ARC) – Welded (Sizes NPS 4
and over).
ASTM E-165: Practice for liquid penetrant inspection method.
ASTM E-709: Practice for magnetic particle examination.
AWWA C-200: Steel water pipe 6 inches and larger.
AWWA M-11: Steel pipe – a Guide for design and instalations.
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3. RECOMENDAÇÕES DE PROJETO
3.1. Aplicação
Este capítulo se aplica aos sistemas de água e esgotos, tais como: as adutoras, as
redes de distribuição de água, aos interceptores e a emissários, entre outros, que
operam como condutos em regimes forçados, sejam por recalque ou por gravidade.
3.2. Relatório Operacional
Deve ser apresentado um estudo operacional do sistema, indicando as interligações
da tubulação principal, as válvulas de bloqueio, as descargas, as ventosas, as válvulas
redutoras de pressão, as válvulas de admissão de ar e quaisquer outros dispositivos
necessários à operação da adutora ou emissário, bem como às operações de
enchimento e de drenagem, informando diâmetro, tipo e finalidade.
3.3. Estudo das Estruturas de Medição e de Controle de Fluxo
Para adutoras, com escoamento por gravidade ou por recalque, abastecendo mais de
um reservatório, devem ser projetadas, nos pontos de destino, estruturas de controle
de vazão, comandadas à distância, quando assim for determinado pela SABESP.
As estruturas de medição e controle existentes devem ser verificadas, considerando
as novas condições de operação.
Em todos os pontos, onde for projetado um medidor de vazão, deve ser projetado,
também, um abrigo para pitometria, obedecendo aos padrões da SABESP.
3.4. Previsão para Limpeza
Para adutora de água bruta ou emissário, devem ser previstos dispositivos de
inspeção, para introdução e retirada de equipamentos de limpeza, a critério da
SABESP.
3.5. Travessias
As travessias de rodovias, ferrovias, oleodutos, avenidas, etc. devem ser detalhadas
em desenho à parte, com a estrita observância das normas de apresentação das
entidades envolvidas.
Para travessias de dutos da Petrobrás é necessário que os serviços de sondagens
sejam acompanhados pelo fiscal de linha da própria Petrobrás, que confirmará a
posição e a cota do duto.
A confirmação pelo fiscal da linha é necessária para a aprovação do projeto da
travessia.
Para as travessias enterradas, de cursos d’água, deve ser prevista laje de fechamento
de vala, ou envelopamento do duto, em concreto.
Para travessias de córregos e rios, a projetista deve verificar junto à Prefeitura
Municipal a existência de projeto de canalização. O espaçamento entre a geratriz
superior da tubulação e a cota de fundo prevista no projeto de canalização deve ser
maior ou igual a 1,00m. Nos casos onde não existirem projetos de canalização, deve
ser previsto um espaçamento mínimo de 2,00m, a partir da cota de fundo do córrego.
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O projeto deve detalhar, ainda, as obras necessárias para o desvio das águas (corta-
rio).
Travessias para transposição de cursos d’água de médio e grande porte, utilizando o
método construtivo de escavação subaquática para assentamento de condutos pré
moldados, devem ter todas as fases construtivas detalhadas, que são, basicamente,
as seguintes:
Pré-moldagem dos condutos em canteiro;
Envelopamento, para condutos moldados em usina;
Transporte e assentamento dos condutos, até sua posição final na travessia;
Dragagem e preparação do fundo e das margens do rio;
Fundação e ancoragens necessárias para manterem os condutos em sua
posição final;
Ligações dos extremos dos condutos assentes, em trechos adjacentes da
tubulação principal.
Para travessias sob pontilhões e linhas de alta tensão, deve ser considerado o método
subterrâneo, tendo em vista que existem restrições de uso de equipamento de
escoramento metálico/madeira nesses pontos.
Travessias aéreas devem estar acima do nível máximo de enchente verificado e
devem respeitar eventuais espaços para possível tráfego ou passagem de pedestres,
sendo exigido dimensionamento estrutural: memorial de cálculo e desenhos, com
detalhes.
O método construtivo da travessia deve ser estudado e proposto pela projetista, em
função das facilidades construtivas de cada caso, considerando-se os custos totais e o
tempo necessário à realização da obra.
3.6. Faixas de Servidão
Quando houver necessidade de utilização de áreas particulares, ou pertencentes a
entidades públicas, para implantação e manutenção de tubulações, as faixas devem
ser numeradas sequencialmente, detalhadas em desenhos à parte, indicando as
amarrações necessárias para sua exata localização, nomes dos proprietários e
delimitação dos lotes.
As larguras de faixas devem atender a NTS 132
3.7. Interrupção ou Proteção de Sistemas de Infraestrutura Urbana
Em casos especiais, deve ser elaborado um projeto específico para o remanejamento
dos diversos sistemas de infraestrutura urbana, como: energia elétrica, gás encanado,
telefonia, oleodutos, sistemas viários e de drenagem, etc.
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4. DIMENSIONAMENTO
4.1. Coeficiente de Rugosidade
De maneira geral, quando se tratar de água bruta ou esgotos, deve ser admitido, para
condição de fim de plano, o Coeficiente de Hazen Williams C=100, ou seu equivalente
em termos de Fórmula Universal, independente do material proposto para a tubulação.
4.2. Estudo de Escoamento Variável – Transitórios Hidráulicos
Sempre que houver a possibilidade de ocorrência de manobras ou acidentes que
alterem bruscamente o regime de escoamento, como a súbita interrupção do
fornecimento de energia elétrica às estações de bombeamento, ou ruptura de
tubulações em pontos de cota baixa, por exemplo, deve ser feito um estudo para
escoamento variável durante esses movimentos transitórios hidráulicos, para escolha
e projeto dos dispositivos necessários à proteção da tubulação contra os excessos de
pressões positivas e negativas que ocorrem nesses casos.
A linha envoltória das pressões máximas e a das pressões mínimas, calculadas para o
escoamento variável, bem como as linhas piezométricas em regime permanente,
devem ser registradas no desenho do perfil reduzido da linha, para que se possam
definir as pressões de trabalho da tubulação, em cada trecho.
4.3. Espessura dos tubos de aço
Dada a grande influência deste fator no custo da obra, deve ser apresentado memorial
de cálculo detalhado, mostrando todos os esforços sobre a tubulação, como pressões
internas máxima e mínima (vácuo), e cargas externas fixas e móveis.
Deve ser apresentada a especificação do aço a ser utilizado para diâmetro maior ou
igual 500mm (20"). Devem ser apresentadas, ainda, as verificações de resistência à
pressão interna, de limitação da deformação diametral e de resistência ao colapso
estrutural no caso de diâmetro maior ou igual 500mm (20").
Deve ser adotada a espessura comercial imediatamente superior à mínima calculada
para atender aos requisitos citados, obedecendo uma espessura mínima de ¼”.
4.4. Classe dos tubos e tipo de junta – aplicável a tubulações de outros
materiais
De acordo com as Normas em vigor, para tubos de outros materiais, deve ser
indicada, em cada trecho, a classe do tubo correspondente à espessura adequada
para resistir aos esforços oriundos da pressão interna, vácuo e cargas externas, bem
como o tipo de junta.
Deve ser apresentado um memorial de cálculo das classes adotadas para a tubulação,
em cada trecho.
4.5. Válvulas de descarga
Os diâmetros das válvulas de descarga são padronizados: 100mm (4”), 150mm (6”),
200mm (8”), 250mm (10”) e 300mm (12”). O diâmetro deve ser escolhido, pela
projetista, pressupondo um tempo máximo de 2 (duas) horas para drenagem do
trecho, por gravidade.
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5. DESENHOS
Além dos desenhos indicados na NTS018, que forem aplicáveis neste caso, devem
ser apresentados desenhos específicos, contendo os seguintes elementos: formato
padrão; locação da linha em planta; perfil; pontos de deflexão horizontal; pontos de
deflexão vertical; pontos de derivação ou interligação; ponto inicial e final de cada
folha; tabelas de curvas; abrigo de válvulas; particularidades do perfil da tubulação;
remanejamento de interferências; perfil reduzido e linha piezométrica; e informações
complementares, conforme detalhado a seguir.
Deve ser utilizado o formato padronizado pela SABESP, para desenho planialtimétrico
de condutos forçados, com todos os campos preenchidos.
5.1. Locação da Linha em Planta
Como regra geral, a linha de centro da tubulação deve ser locada, aproximadamente,
a um terço da largura da via carroçável, mantendo-se, enquanto possível, no mesmo
lado da via. Nos desenhos, devem ser representadas as linhas de largura da vala,
bem como as estacas inteiras.
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No caso de conexões com junta de ponta e bolsa, deve ser locado o bloco de
ancoragem e indicados a estaca e o número do desenho respectivo de formas e
armação.
Para curvas de grande raio, feitas aproveitando as deflexões permitidas pelas bolsas,
devem ser locados, em planta, os seguintes pontos:
PC (ponto de início da curva): indicar a estaca;
PI (ponto de interseção): indicar a estaca;
PT (ponto final da curva): indicar a estaca.
No ponto do centro da curva, indicar, em quadro, o seguinte:
Ângulo central em grau e minuto;
Número de tubos a ser usado (N);
Comprimento de arco (L) em metro;
Raio (R) em metro, com duas casas decimais;
Comprimento do segmento de tangente (T) em metro, com duas casas
decimais.
5.4. Pontos de Deflexão Vertical
Devem ser identificados em perfil, com número sequencial, estaca, cotas do terreno,
cotas da geratriz inferior interna
da tubulação e deflexão em grau e minuto. Em planta, deve ser anotado somente o
registro da estaca com a indicação DV, sem mencionar o valor da deflexão.
No caso de conexões com junta de ponta e bolsa, deve ser locado o bloco de
ancoragem e indicados a estaca e o número do desenho de formas e armação.
5.5. Pontos de Derivação ou Interligação
Devem ser identificados, em planta, informando a que se destina, com a estaca da
linha de centro da conexão de derivação, as coordenadas, o diâmetro e os números
dos desenhos de referência.
Em perfil, a tubulação deve ser mantida na horizontal, registrando a estaca da linha de
centro da conexão de derivação, cota do terreno e cota da geratriz inferior externa da
tubulação principal.
5.6. Pontos Inicial e Final de cada folha
Os pontos inicial e final de cada folha de desenho devem ser identificados em planta,
pela estaca, devendo ser mencionados os números dos desenhos que dão sequência
ao projeto, a montante e a jusante. Em perfil, devem ser identificados pelas estacas e
pelas cotas do terreno e da geratriz inferior interna da tubulação. Para maior clareza,
não devem ser colocadas deflexões nesses pontos.
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6. RESUMO DO PROJETO
Deve ser apresentado um Resumo do Projeto, consistindo de uma descrição objetiva e
resumida de todo o sistema abrangido pelo contrato, compreendendo texto e
desenhos e ressaltando as seguintes informações básicas:- horizonte de projeto
(previsão de início de operação e vida útil operacional);- população atendida e área
beneficiada;
Etapas de implantação das obras;
Capacidade e tipo de tratamento;
Descrição das unidades;
Área ocupada;
Custo previsto para o empreendimento.
7. DISPOSIÇÕES FINAIS
Aplicam-se a esta norma os dispositivos constantes na NTS018, "CONSIDERAÇÕES
GERAIS", naquilo em que não houver conflito com o conteúdo estabelecido por esta
NTS021.
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Considerações finais:
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