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RUI COSTA DOS SANTOS


Governador

FÁBIO VILAS-BOAS PINTO


Secretário da Saúde do Estado da Bahia

MARIA TEREZA DE CARVALHO BRAGA


Coordenadora Geral do PROSUS

ZAIDA BARROS DE MELLO NASCIMENTO


DOS SANTOS
Coordenadora Técnica do PROSUS

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EQUIPE DE ELABORAÇÃO

PARTE I
Bruno Luiz Melo Rocha
Engenheiro Clínico

Reiga Ramalho Ribeiro


Engenheiro Clínico

PARTE II
David Rodriguez Quintas
Engenheiro Eletricista

REVISÃO
Daiane Celestino Melo
Danielli Nunes de Oliveira Costa

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LISTA DE DEFINIÇÕES

Calibração: Operação que estabelece, sob condições especificadas, numa primeira etapa, uma relação
entre os valores e as avaliações das incertezas de medição fornecidos por padrões e as indicações
correspondentes com as incertezas associadas; numa segunda etapa, utiliza esta informação para
estabelecer uma relação visando a obtenção dum resultado de medição a partir duma indicação.
Edificação: Produto constituído pelo conjunto de elementos definidos e integrados em conformidade
com os princípios e técnicas da Engenharia e da Arquitetura para, ao integrar a urbanização,
desempenhar funções ambientais em níveis adequados.
Ensaio de Segurança Elétrica: Teste para descobrir eventuais fugas de corrente elétrica do
equipamento para o paciente.
Fiscalização: Atividade exercida de modo sistemático pelo Contratante e
seus prepostos, objetivando a verificação do cumprimento das disposições
contratuais, técnicas e administrativas, em todos os seus aspectos.
Inspeção Predial: Avaliação rotineira detalhada para verificação de um fato, de uma situação, de um
funcionamento referente à edificação que exige uma série de procedimentos na busca da qualidade
pretendida e a garantia da durabilidade.
Manutenção Corretiva: Atividade assistencial técnica dada ao equipamento quando ocorre um defeito
que o impossibilita manter o funcionamento do sistema (“falha concreta”), obrigando a interrupção
de forma imprevista. É recomendável nos seguintes casos de equipamentos: stand by, baixo custo
de reposição, curta vida útil para obsolescência técnica, alta simplicidade e equipamentos cuja curva
de falhas é exponencial.
Manutenção Corretiva de Infraestrutura: ação efetuada, após a ocorrência de uma pane, destinada
a recolocar um item em condições de executar uma função requerida.
Manutenção Preventiva: a norma ABNT NBR 5462:1994 define como: “Manutenção efetuada em
intervalos predeterminados, ou de acordo com critérios prescritos, destinada a reduzir a probabilidade
de falha ou a degradação do funcionamento de um item”.
Manutenção Preditiva: ação que permite garantir uma qualidade de serviço desejada, com base na
aplicação sistemática de técnicas de análise, utilizando-se de meios de supervisão centralizados ou
de amostragem, para reduzir ao mínimo a manutenção preventiva e diminuir a manutenção corretiva.
Manutenção Programada: ação preventiva efetuada de acordo com um programa pré-estabelecido.
Ronda Geral: É a rotina de verificação (in loco) de problemas em Equipamentos Médico-Hospitalares,
por meio de visita técnica, junto a todos os setores da instituição, visando antecipar a comunicação
entre as partes e verificar a ocorrência de eventuais reclamações de funcionamento dos EMH.
Ronda Setorial: É a rotina de inspeção (in loco) detalhada em Equipamentos Médico-Hospitalares
junto a setores críticos da instituição, que inclui testes funcionais e verificação de parâmetros, visando
averiguar o correto funcionamento de todos os EMH do setor, reduzindo a probabilidade de falhas
ou a degradação do funcionamento de um item.

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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Fluxogramas de manutenção corretiva...................................................................................... 30

Figura 2 - Fluxo A.................................................................................................................................................31

Figura 3 - Fluxo B................................................................................................................................................32

Figura 4 - Fluxo C................................................................................................................................................33

Figura 5 - Fluxo D............................................................................................................................................... 34

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LISTA DE QUADROS
Parte I

Quadro 1 – Carga-horária semanal do Engenheiro Clínico, lotado na Policlínica.................................17

Quadro 2 – Descrição de Recursos Humanos................................................................................................17

Quadro 3 – Área física disponível para Engenharia Clínica na Policlínica..............................................18

Quadro 4 – Cronograma de atividades...........................................................................................................18

Quadro 5 – Lista de Códigos – Serviços....................................................................................................... 20

Quadro 6 – Lista de Códigos – Definição De Equipamentos................................................................... 20

Quadro 7 – Formulário para cadastramento individual de equipamento...............................................21

Quadro 8 – Quadro de equipamentos, por grupo, com pontos e parâmetros.....................................24

Quadro 9 – Valores da TMF...............................................................................................................................26

Quadro 10 – Relação de equipamentos de teste e calibração


para equipamentos hospitalares .....................................................................................................................27

Quadro 11 – Ferramentas para manutenção corretiva e preventiva de equipamentos


médico hospitalares............................................................................................................................................27

Quadro 12 – Seleção de manutenção preventiva.........................................................................................35

Quadro 13 – Avaliação da Frequência dos Procedimentos de Manutenção Preventiva.....................38

Quadro 14 – Frequência de calibração de equipamentos presente nas Policlínicas...........................39

Quadro 15 – Símbolos de Definição de Tipo de Periodicidade de Segurança Elétrica..................... 40

Quadro 16 – Quadro Comparativo de Quantidade, Percentual e Custo de Aquisição


dos Equipamentos Médico Hospitalares – Policlínica................................................................................. 41

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LISTA DE QUADROS
Parte II

Quadro 1 – Normas e especificações..............................................................................................................55

Quadro 2 – Periodicidade de serviços a serem executados nas Policlínicas de Saúde –


instalações elétricas, instalações hidráulicas e sanitárias, reformas e reparos, e entrega
de relatórios técnicos.........................................................................................................................................75

Quadro 3 – Qualificação Profissional da Equipe Residente......................................................................89

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

EAS – Estabelecimento Assistencial de Saúde

ECG – Eletrocardiograma

EMH – Equipamento Médico-Hospitalar

MC – Manutenção Corretiva

MP – Manutenção Preventiva

NHT – Número de Horas Trabalhadas

PMOC – Plano de Manutenção Operação e Controle

RBC – Rede Brasileira de Calibração

RDC – Resolução da Diretoria Colegiada

SE – Segurança Elétrica

SpO2 - Saturação do Oxigênio no sangue

TMC – Tempo de Manutenção Corretiva Anual

TMF – Tempo Médio entre Falhas

TMR – Tempo Médio para Reparo

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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...................................................................................................................................................15

PARTE I | PLANO DE MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS MÉDICO HOSPITALARES.................... 16

1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................................... 16

2. IMPLANTAÇÃO DA ENGENHARIA CLÍNICA ............................................................................................ 16

3. CONDIÇÕES DA MANUTENÇÃO..................................................................................................................18

4. ROTEIRO PARA GERENCIAMENTO DE MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÉDICO................ 19

5. RELAÇÃO DE EQUIPAMENTOS................................................................................................................... 19

5.1. Realização do Inventário........................................................................................................................................... 19

5.2. Valor da Aquisição do Equipamento ................................................................................................................ 22

5.3. Elaboração da Proposta Inicial de Trabalho.................................................................................................... 22

5.3.1. Classificação dos Equipamentos por Grupo de Compatibilidade........................................................ 23

5.3.2. Infraestrutura Física Necessária........................................................................................................................ 23

5.3.3. Tipos de Contratos de Manutenção a serem adotados.......................................................................... 25

5.3.4. Dimensionamento de Pessoal........................................................................................................................... 25

5.3.5. Definição da Infraestrutura – Equipamentos e Ferramentas ............................................................... 27

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6. GERENCIAMENTO DA MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS MÉDICO HOSPITALARES.............28

6.1. Recebimento do Equipamento.............................................................................................................................. 28

6.2. Gerenciamento dos Serviços de Manutenção – Emissão de Ordem de Serviço.............................. 29

6.3 Gerenciamento dos Serviços de Manutenção – Controle Periódico...................................................... 29

6.4. Manutenção Corretiva.............................................................................................................................................30

6.4.1. Rotina da Manutenção Corretiva......................................................................................................................30

6.4.2. Aquisição de peça de reposição .....................................................................................................................31

6.4.3. Rotina de Serviços Terceirizados para equipamentos sem garantia e com contrato de
manutenção ......................................................................................................................................................................... 31

6.4.4. Rotina de Serviços Terceirizados para equipamentos sem garantia e sem contrato de
manutenção......................................................................................................................................................................... 32

6.4.5. Rotina da garantia................................................................................................................................................. 33

6.5. Manutenção Preventiva ..........................................................................................................................................34

6.5.1. Método para priorização de equipamentos em manutenção preventiva.........................................34

6.5.2. Método para elaboração de roteiros de manutenção preventiva....................................................... 35

6.5.3. Recomendações para o relatório de manutenção preventiva de equipamentos médico


hospitalares.......................................................................................................................................................................... 36

6.5.4. Estabelecimento da Periodicidade da Manutenção Preventiva.......................................................... 38

6.6. Calibração..................................................................................................................................................................... 39

6.7. Segurança Elétrica.................................................................................................................................................... 40

6.8. Rondas............................................................................................................................................................................ 41

6.8.1. Gerais............................................................................................................................................................................ 41

6.8.2. Setoriais...................................................................................................................................................................... 41

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7. EQUIPAMENTOS MÉDICO HOSPITALARES DA POLICLÍNICA..........................................................41

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................................41

REFERÊNCIAS............................................................................................................................................. 42

APÊNDICE A. Inventário de Equipamentos Médicos...........................................................................................43

ANEXO A - Formulário para recebimento de Equipamento.............................................................................46

ANEXO B - Formulário para Cadastramento de Equipamento........................................................................48

ANEXO C - Ordem de Serviço......................................................................................................................................49

ANEXO D - Ficha Mensal de Controle do EAS.......................................................................................................50

ANEXO E - Ficha de Solicitação de Compra de Material.................................................................................... 51

ANEXO F - Formulário de Ronda Geral..................................................................................................................... 51

ANEXO G - Formulário de Ronda Setorial............................................................................................................... 52

ANEXO H - Ficha para controle de serviço externos........................................................................................... 53

PARTE II | PLANO DE MANUTENÇÃO PREDIAL.................................................................................... 54

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................... 54

2. SERVIÇO DE MANUTENÇÃO PREDIAL............................................................................................... 54

2.1. Contratação...................................................................................................................................................................54

3. EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS...................................................................................................................55

3.1. Arquitetura e Elementos do Urbanismo........................................................................................... 56

3.1.1. Arquitetura.................................................................................................................................................................. 56

3.1.2. Interiores e Comunicação visual........................................................................................................................ 56

3.1.3. Paisagismo................................................................................................................................................................. 56

3.1.4. Pavimentação........................................................................................................................................................... 57

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3.2. Fundações e estruturas...................................................................................................................... 57

3.2.1. Estruturas Metálicas............................................................................................................................................... 57

3.2.2. Estruturas de Concreto........................................................................................................................................ 58

3.2.3. Estruturas de Madeira........................................................................................................................................... 59

3.2.4. Fundações................................................................................................................................................................60

3.2.5. Contenção de maciços de terra........................................................................................................................60

3.3. Instalações Hidráulicas e Sanitárias.................................................................................................60

3.3.1. Água fria.....................................................................................................................................................................60

3.3.2. Água quente..............................................................................................................................................................61

3.3.3. Esgotos sanitários....................................................................................................................................................61

3.3.4. Águas pluviais...........................................................................................................................................................61

3.3.5. Disposições de Resíduos Sólidos......................................................................................................................61

3.2.5. Contenção de maciços de terra........................................................................................................................61

3.4 Instalações Elétricas e Eletrônicas....................................................................................................61

3.4.1. Instalações elétricas............................................................................................................................ .....................61

3.4.2. Instalações eletrônicas......................................................................................................................................... 63

3.5. Instalações de Prevenção e Combate de Incêndio........................................................................64

3.5.1. Extintores de Incêndio...........................................................................................................................................64

3.5.2. Hidrantes e "Sprinklers"....................................................................................................................................... 65

3.5.3. Bombas hidraúlicas............................................................................................................................................... 65

3.5.4. Válvula de Governo e Alarme............................................................................................................................ 65

3.5.5. Equipamentos de Medição................................................................................................................................. 65

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3.6. Instalações Mecânicas e Utilidades.................................................................................................. 65

3.6.1. Ar condicionado......................................................................................................................................................66

3.6.2. Oxigênio.................................................................................................................................................................... 73

3.6.3. Ar Comprimido....................................................................................................................................................... 73

3.6.4. Vácuo.......................................................................................................................................................................... 74

3.7. Periodicidade....................................................................................................................................... 74

3.8. Reposição de peças............................................................................................................................ 88

3.9. Equipe Técnica Residente................................................................................................................. 88

3.9.1. Qualificação da Equipe......................................................................................................................................... 88

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................................................... 89

REFERÊNCIAS.............................................................................................................................................90

ANEXO A - MODELOS PARA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DE PREÇOS............................................... 92

ANEXO B - MODELO DE DESCRIÇÃO DE PROPOSTA DE PREÇOS............................................................. 93

ANEXO C - MODELO DE DECLARAÇÃO QUANTO À REGULARIDADE FISCAL.....................................96

ANEXO D - PROVA DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA.............................................................................................. 97

ANEXO E - MODELO DE DECLARAÇÃO DE CIÊNCIA DOS REQUISITOS TÉCNICOS...........................98

ANEXO F- MODELO DE INDICAÇÃO DAS INSTALAÇÕES, DO APARELHAMENTO E DO PESSOAL


TÉCNICO...............................................................................................................................................................................99

ANEXO G - MODELO DE PROVA HABILITAÇÃO – PROTEÇÃO AO TRABALHO DO MENOR..........100

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APRESENTAÇÃO

É na perspectiva de cooperação técnica com os municípios baianos que a Secretaria da Saúde


do Estado da Bahia (SESAB) apresenta o Manual de Gerenciamento para Manutenção de
Equipamentos de Apoio Médico Hospitalar e Infraestrutura para as Policlínicas de Saúde do
Estado da Bahia.

As Policlínicas inauguradas em diversas Regiões de Saúde do Estado da Bahia a partir de 2017, vem
modificando a realidade sanitária dos baianos, por meio do atendimento clínico especializado e do
apoio diagnóstico por imagem, preenchendo vazios assistenciais e dando resolutividade à Atenção
Básica, além de favorecer o acesso aos usuários e a integralidade da assistência à saúde.

No entanto, para manter o pleno funcionamento e a qualidade dos equipamentos e serviços ofertados
nas Policlínicas é imprescindível um adequado gerenciamento da manutenção de equipamentos
médico-hospitalares e da infraestrutura predial.

Com vistas a apoiar os Gestores neste planejamento, a SESAB, por meio do Programa de
Fortalecimento do Sistema Único de Saúde na Região Metropolitana de Salvador – PROSUS,
desenvolveu este Manual que se baseia em conhecimentos práticos e pesquisas técnicas disponíveis
na literatura especializada, com o intuito de facilitar o gerenciamento e a implantação de rotinas de
manutenção nas Policlínicas do Estado da Bahia.

Este documento está estruturado em duas partes:


I- Plano de Manutenção dos Equipamentos Médico Hospitalares
II- Plano de Manutenção Predial

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PARTE I
PLANO DE MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
MÉDICO HOSPITALARES

1. INTRODUÇÃO

O objetivo desta primeira parte do Manual de Gerenciamento para Manutenção de Equipamentos


de Apoio Médico Hospitalar e Infraestrutura para as Policlínicas de Saúde do Estado da Bahia
é orientar os Gestores a gerenciar a manutenção de equipamentos médico-hospitalares, e assim
auxiliar no planejamento e controle da execução da manutenção corretiva, manutenção preventiva,
calibração e da segurança elétrica do parque tecnológico das Policlínicas.

Nesta parte será apresentado os requisitos mínimos de um plano de manutenção dos equipamentos
médico-hospitalares para as Policlínicas. Esse plano de manutenção orienta os Gestores quanto a
implantação da equipe de Engenharia Clínica necessária para planejar e sistematizar a manutenção
preventiva, a calibração e os ensaios de segurança elétrica, requisitos essenciais para manter o
desempenho, qualidade e segurança dos equipamentos médicos. Dessa forma, assegurar o
funcionamento dos equipamentos médico-hospitalares e promover a assistência adequada aos
usuários da Policlínica.

2. IMPLANTAÇÃO DA ENGENHARIA CLÍNICA

O grupo de Engenharia Clínica a ser implantado deverá responsabilizar-se pela manutenção e


conservação do parque de equipamentos médicos instalados na Policlínica. Essa necessidade
é estabelecida a partir da– Art. 54 “O serviço de saúde deve realizar o gerenciamento de suas
tecnologias de forma a atender as necessidades do serviço mantendo as condições de seleção,
aquisição, armazenamento, instalação, funcionamento, distribuição, descarte e rastreabilidade”.
Além disso, a RDC nº 63/2011 menciona ainda a necessidade de comprovação da formação e
qualificação de seus profissionais, incluindo o Engenheiro Clínico, Art.31 – “O serviço de saúde
deve manter disponíveis registros de formação e qualificação dos profissionais compatíveis com
as funções desempenhadas”. Deve-se consultar o Conselho Regional de Engenharia (Crea) para
confirmar as habilitações necessárias para o exercício da função de Engenheiro Clínico.

Sendo assim, a equipe de Engenharia Clínica tem como objetivo principal garantir a segurança,
eficiência e efetividade no uso dos equipamentos médico-hospitalares, controlar a manutenção e
aumentar a disponibilidade no uso dos EMHs.

Dentro do dimensionamento de recursos humanos, sugerimos o seguinte quadro de pessoal para


compor o grupo de Engenharia Clínica, lotado dentro da Policlínica:

Engenheiro Clínico................................................................... 01
Auxiliar de Escritório................................................................. 01
Técnico em Equipamentos Médicos......................................... 01
TOTAL DE PESSOAL = 03

Quanto a carga horária de trabalho do Engenheiro Clínico, sugere-se que na fase inicial de
implantação, este permaneça por pelo menos 6 meses (40 horas semanais) lotado dentro da

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Policlínica, objetivando treinar sua equipe, planejar e elaborar os cronogramas de manutenção,
elaborar checklists de procedimentos de manutenção preventiva, planejar a calibração e teste
de segurança elétrica de todos os equipamentos médico hospitalares conforme os manuais dos
fabricantes e histórico dos equipamentos. A Engenharia Clínica deve realizar a implantação de
um software para gestão do parque tecnológico, bem como planejar e elaborar o cronograma de
capacitação continuada dos profissionais de saúde.

Após este período, realizadas todas as tarefas conforme cronograma de atividades a seguir,
sugerimos que o Engenheiro Clínico esteja lotado dentro da Policlínica com carga horária mínima
de 8 horas semanais.

QUADRO 1. Carga-horária semanal da equipe de Engenharia Clínica, lotado na Policlínica.

CARGA
ITEM CATEGORIA QUANT. HORÁRIA
SEMANAL
1 ENGENHEIRO CLÍNICO 01 8
2 AUXILIAR DE ESCRITÓRIO 01 40
3 TÉCNICO EM EQUIPAMENTOS MÉDICOS 01 40

No Quadro 2 são descritos os recursos humanos, materiais e de contratos externos necessários para
implantação do grupo de Engenharia Clínica na Policlínica.

QUADRO 2. Descrição de Recursos Humanos, Materiais e Contratos externos.

DESCRIÇÃO DOS RECURSOS


RECURSOS HUMANOS
Engenheiro clínico
Auxiliar de escritório
Técnico em equipamentos médicos
RECURSOS MATERIAIS
Equipamentos de testes
Equipamentos de calibração
Ferramentas para manutenção mecânica
Ferramentas para manutenção eletromecânica
Ferramentas para manutenção eletrônica
Materiais e peças de reposição – estoque
RECURSOS CONTRATOS EXTERNOS
Manutenção de equipamentos de média complexidade
Manutenção de equipamentos de alta complexidade
Sistema computadorizado para gestão do parque tecnológico
Treinamento e assinatura de revistas técnicas

No Quadro 3 é descrito a área física disponível para a Engenharia Clínica na Policlínica, sendo
estas áreas utilizadas para armazenamento de equipamentos e insumos, gerenciamento do parque
tecnológico e manutenção dos equipamentos médico-hospitalares.

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QUADRO 3. Área física disponível para Engenharia Clínica na Policlínica.

ÁREA FÍSICA DISPONÍVEL PARA GRUPO DE ENGENHARIA CLÍNICA ÁREA EM METROS


NA POLICLÍNICA QUADRADOS
1. Sala da Diretoria Técnica Administrativa 12,76
2. Sala do Engenheiro Clínico 12,96
3. Almoxarifado da Policlínica para uso múltiplo 24,97

No cronograma de atividades abaixo segue especificada para cada etapa a atividade a ser realizada
de implantação do grupo de Engenharia Clínica.

QUADRO 4. Cronograma de atividades.

SEMANAS
10
9
8
7
ATIVIDADES

6
5
4
3
2
1
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22

1 – Contratação de pessoal técnico


2 – Aquisição de ferramentas mecânicas, eletrônicas e eletromecânicas.
3 – Aquisição de equipamentos de calibração e testes
4 – Aquisição e implantação de ferramenta computacional para gestão do parque tecnológico
5– Inventário do parque tecnológico e cadastramento dos equipamentos médicos hospitalares
6 – Preparar sala com material de escritório para atendimento as solicitações de serviços
7 – Elaboração do cronograma e checklist de procedimentos de manutenção preventiva dos EMH
8 – Elaboração do cronograma e checklist de procedimentos de calibração dos EMH.
9 – Elaboração do cronograma e checklist de procedimentos de teste de segurança elétrica dos
EMH
10 – Elaboração do cronograma de capacitação continuada dos profissionais de saúde

3. CONDIÇÕES DA MANUTENÇÃO

As condições de manutenção são muito favoráveis, pois se trata de uma edificação nova, projetada e
construída para a finalidade de expansão e melhoria de assistência à saúde. Todos os equipamentos
médico hospitalares são novos, montados e testados pelos fabricantes ou prepostos autorizados,
com cobertura de garantia de 02 (dois) anos, com exceção a alguns equipamentos médicos de
baixa complexidade, conforme (ANEXO 01). Vale observar que durante a fase de cadastramento
dos equipamentos estes fatos deverão ser registrados no sistema de gerenciamento.

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4. ROTEIRO PARA GERENCIAMENTO DE
MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÉDICOS

Objetivo: Orientar a equipe de Engenharia Clínica a gerenciar suas atividades.


Sugestões de metodologias:
• Definir tipo de EAS;
• Suas especificidades;
• Números de leitos;
• Parque de equipamentos.

É necessário considerar a importância do serviço de engenharia clínica no Gerenciamento das


Tecnologias Médicas, baseado em histórico dos equipamentos e conhecimento técnico-operacional
do equipamento usado nos procedimentos clínicos.

Do Equipamento é importante:
• Conhecer sua vida útil;
• A rotina de manutenção;
• A análise de detecção de falhas;
• Garantir a presteza e a confiabilidade;
• Nível de complexidade de manutenção (ANEXO 01).

Em relação à complexidade dos EMHs, pode-se considerar as seguintes definições conforme a


literatura (CALIL & TEIXEIRA, 1998):
• Equipamentos de baixa complexidade: ssão equipamentos cuja complexidade dos circuitos
eletrônicos e/ou mecânicos não apresentam grande dificuldade de manutenção. Equipamentos
desse tipo podem ser: banho-maria, berço aquecido, estufa, esfigmomanômetro, balança
mecânica, etc.
• Equipamentos de média complexidade: são equipamentos que exigem um pessoal com
formação básica e treinamento mais adequado para execução do reparo. Enquadram-se
nessa categoria equipamentos como incubadora, centrífuga, ventilador (tipo mais simples),
monitor cardíaco, eletrocardiógrafo, eletroencefalógrafo, equipamento para hemodiálise,
etc.
• Equipamentos de alta complexidade: são equipamentos que demandam técnicos qualificados
e com treinamento bastante especializado. Em muitos casos, esses técnicos possuem nível
superior e seu treinamento, em alguns casos, é desenvolvido no exterior. Enquadram-se
nessa categoria ressonãncia nuclear magnética, tomógrafo, analisadores químicos (alguns
tipos), gama câmara, acelerador linear, ultrassom (diagnóstico por imagem), etc.

5. RELAÇÃO DE EQUIPAMENTOS

5.1 Realização do Inventário


O conhecimento da quantidade e da qualidade dos equipamentos médicos são fundamentais para
a estruturação de um setor de Engenharia Clínica.
É necessário a criação de um formulário padrão e adotar um programa de computador especifíco
de banco de dados para facilitar o cadastramento dos equipamentos. A criação do inventário de
forma digital proporciona maior agilidade ao setor de engenharia clínica para editar relatórios e
definir métodos de manutenção para cada tipo de equipamento.
Nesta seção iremos apresentar um modelo sugerido como ficha cadastral individual de equipamentos
para preenchimento por meio da equipe de engenharia clínica.

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É necessário gerar um CÓDIGO, alfa numérico, com 07 a 10 dígitos, sendo:

X X - X X 9 9 m m a a

Por exemplo: ER – CV010309 (MARÇO / 2009)


OF – LF130911 (SETEMBRO / 2011)

Nesta lógica de codificação, as duas primeiras letras definem o tipo de serviço dentro do EAS, no
caso, ER – Serviço de Ergometria e OF – Serviço de Oftalmologia.
As duas letras depois do hífen, definem o tipo de equipamento, no caso, CV – Cardioversor e LF –
Lâmpada de Fenda.
Os dois primeiros algarismos definem a ordenação do equipamento por tipo – 01 e 13.
O sétimo e o oitavo dígito (mm) representam o mês de aquisição.
Os dois últimos dígitos (aa) representam o ano de aquisição.

A criação de uma lista de códigos de serviços e uma lista de códigos de equipamentos são
importantes para promoverem facilidade no cadastramento e consulta dos equipamentos.
Por exemplo, para POLICLÍNICA, segue uma lista de códigos e serviços (Quadro 5), e lista com
códigos e definição de equipamentos (Quadro 6).

QUADRO 5. Lista de Códigos-Serviços.

CÓDIGO SERVIÇO
GO Ginecologia Obstetrícia
GT Gastroenterologia
OT Otorrinolaringologia
OF Oftalmologia
ER Ergometria
UR Urologia
EN Endocrinologia
RA Radiologia
RM Ressonância Magnética

QUADRO 6. Definição de Equipamentos.

CÓDIGO SERVIÇO
VP Ventilador Pulmonar
BE Bisturi Elétrico
RX Equipamento de Raio-X
CV Cardioversor
MM Monitor Multiparâmetros
US Equipamento de Ultrassom
EE Esteira Ergométrica
TM Tomógrafo
Equipamento de Ressonância
ERM
Magnética

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A metodologia apresentada é uma sugestão, pois no caso da aquisição de um Software/Ferramenta
de Gestão do parque tecnológico, este já irá sugerir uma ordenação própria.
Após definido o código do equipamento é necessário o preenchimento dos itens 01 e 04 do
Formulário para cadastramento individual de equipamento (Quadro 7), ou seja: Fabricante, Modelo,
Número de Série e Valor atualizado da aquisição.
Na segunda parte do Formulário é utilizado um questionário, inicia no item 05 até o 13. Nessa fase
foi desenvolvida para a avaliação de algumas características atuais de operação e manutenção do
equipamento.

QUADRO 7. Formulário para cadastramento individual de equipamento.

FORMULÁRIO PARA CADASTRAMENTO INDIVIDUAL DE EQUIPAMENTO

Formulário número: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

01. Tipo: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ CÓDIGO: |_|_|-|_|_|_|_|_|_|_|_|


02. Fabricante: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
03. Modelo: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Número de Série: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
04. Valor de aquisição atualizado: R$_ _ _ _ _ _ _ _ _
05. Números de reparos do equipamento nos últimos 6 meses: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
06. Idade aproximada do equipamento
_ _ _ _Menos de 1 ano _ _ _ _Entre 4 a 10 anos
_ _ _ _Entre 1 e 2 anos _ _ _ _Mais de 10 anos
_ _ _ _Entre 2 a 4 anos _ _ _ _Desconhecida

Esclarecer a situação do equipamento em caso de desconhecimento:


N - Novo ( ) S - Seminovo ( ) V - Velho( )

7. Condição de funcionamento do equipamento:


_ _ _ _Funciona satisfatoriamente
_ _ _ _Funciona precariamente
_ _ _ _Não funciona

8. Especificar número médio de utilização/intervenção por semana executado com esse


equipamento especificadamente: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
9. Informar o número de operadores que utilizam o mesmo equipamento: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
10. Número de operadores que tiveram cursos de operação do equipamento: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
11. Esclarecer como é feita a manutenção do equipamento:
_ _ _ _Somente internamente _ _ _ _Mais do que uma alternativa
_ _ _ _Somente através do fabricante/ _ _ _ _Nunca houve manutenção até
representante o momento
_ _ _ _Somente por prestadora de serviços
12. Em caso de já ter ocorrido manutenção do equipamento, em sua opinião a qualidade da
manutenção executada foi:
R - Ruim ( ) M - Média ( ) B - Boa ( )
13. Quando o equipamento é enviado para manutenção, qual o tempo médio (em dias) de seu
retorno para operação? _ _ _ _ _ _ _ _dias
Comentário: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

21
Na ficha de cadastro de equipamento deve ser criado um número identificador para ordenação
numérica e de fácil localização para preenchimento pelo encarregado do setor de engenharia
clínica.
Os itens de avaliação do questionário (5 a 13) são importantes para caracterização dos equipamentos,
ou seja:
• Tipo e quantidade do equipamento no serviço/unidade;
• A frequência de quebra de cada equipamento/serviço;
• Idade do equipamento;
• Taxa de utilização por equipamento;
• Número de pessoas autorizadas a operar;
• Número de pessoas treinadas para operar este equipamento;
• Tempo de ociosidade durante a manutenção;
• Número de atendimentos que deixam de ser feitos por falta do equipamento;
• Se existe possibilidade de rearranjo do equipamento no serviço/unidade;
• Se existe equipamento de reserva;
• Taxa de ociosidade dos equipamentos;
• Problemas existentes para operação;
• A média diária de atendimentos;
• A capacidade ociosa do serviço;
• Os problemas e as limitações existentes para execução dos serviços;
• O tipo da manutenção executada.

Este conjunto de informações é importante para:


• Planejamento dos recursos;
• Perfil dos técnicos;
• Avaliação periódica;
• Metas e cronogramas;
• Tipo de manutenção;
• Contrato de manutenção externa;
• Programa de manutenção corretiva;
• Programa de manutenção preventiva;
• Serviços que devem ser priorizados no atendimento de manutenção corretiva;
• Programa de treinamento dos técnicos;
• Programa de treinamento dos operadores.

5.2 Valor da Aquisição do Equipamento


É muito importante conhecer o valor atualizado do equipamento para definir os custos de
manutenção. Existem duas maneiras para se conseguir o custo do equipamento:
1. Valor da aquisição na data da compra (APÊNDICE A);
2. Custo de substituição (Valor de equipamento novo com aplicação de um fator de
depreciação por ano de uso.)

5.3 Elaboração da Proposta Inicial de Trabalho


De acordo com CALIL&TEXEIRA (1998), para a elaboração de proposta de implantação de uma
equipe de engenharia clínica em um EAS, deve-se adotar vários procedimentos, dentre eles
podemos destacar:

22
• Classificação dos equipamentos por grupo de compatibilidade;
• Infraestrutura física necessária.
• Tipos de contratos;
• Perfil e cálculo do número de pessoas.

5.3.1 Classificação dos Equipamentos por Grupo de Compatibilidade

Os Equipamentos médico-hospitalares podem ser agrupados por quatro métodos:


a) Por princípio físico de funcionamento:
• Ótica;
• Eletrônica;
• Mecânica;
• Eletromecânica.
b) Por utilização médico hospitalar:
• Imagem;
• Diagnóstico;
• Terapia;
• Apoio;
• Infraestrutura.
c) Por sistema fisiológico: (Ideal para Hospital com grupos de médicos especializados e com
equipamentos de alta complexidade.)
• Cardiovascular;
• Pulmonar;
• Nervos;
• Endócrino.
d) Por agrupamento de especialidades clínicas:
• Pediatria;
• Obstetrícia;
• Cardiologia;
• Radiologia.
Estes tipos de agrupamentos e definidos acima vem facilitar:
• Instalação da infraestrutura da equipe de engenharia clínica;
• A manutenção externa;
• Perfil dos técnicos;
• Produtividade e custo de mão de obra por grupo.

5.3.2. Infraestrutura física necessária

A engenharia clínica não tem condições de dar suporte a 100% do parque instalado por meio de
serviço interno. Dessa forma, torna-se imprescindível a Policlínica contratar serviços externos para
manutenção dos equipamentos de alta e média complexidade, isto se deve ao fato de não possuir
simuladores e Jigs de testes exclusivos dos fabricantes que não são fornecidos pelos fabricantes,
bem como alguns simuladores são aparelhos de alto custo e obrigatórios para a realização da
manutenção, além do corpo de técnicos não serem especializados para realizar manutenções
nestes equipamentos.
De acordo com CALIL&TEXEIRA (1998), no Brasil, os equipamentos sob contrato de manutenção
externa, em média, representam de 4% a 10% do parque tecnológico instalado, em termos de
quantitativo. Por outro lado, esses equipamentos que têm manutenção com pessoal externo, podem
atingir de 30% a 60% do valor do parque instalado.

23
Levando-se em conta que a maioria dos equipamentos são novos, com o prazo mínimo de garantia
do fabricante de 01 (um) ano, sem custos de manutenção para o cliente, vamos trabalhar com a
previsão de manutenção interna para equipamentos de baixa complexidade.
Para os equipamentos de média e alta complexidade, tendo em vista a possibilidade de mudanças
programadas ou não da equipe médica e de enfermagem, o gestor de engenharia clínica deve
negociar juntamente com a Administração da Policlínica a realização de capacitação e reciclagem
periódica dos profissionais que irão operar os equipamentos.
A decisão sobre o tipo de manutenção interna ou externa deverá ser tomada pela Administração da
Policlínica, tendo como conhecimento as necessidades de recursos materiais, humanos e financeiros
para cada grupo de equipamento.
Seguem alguns requisitos que podem ser utilizados para decidir entre manutenção interna e externa:
• Existência de pessoal treinado;
• Documentação técnica;
• Existência de equipamento de teste e calibração;
• Proximidade do fabricante;
• Aquisição de peças originais.

Apresentamos a seguir (Quadro 8) uma sugestão para auxiliar a decidir entre a realização
de manutenção interna ou externa, que consiste no preenchimento de um quadro para cada
equipamento, que se atribui uma pontuação para cada parâmetro colocado.

QUADRO 8. Quadro de equipamentos, por grupo, com pontos e parâmetros.

EQUIPAMENTO
GRUPO PARÂMETRO PONTOS
1 Solicitação da administração Variável
2 Necessidade de rápido “tempo de resposta” Variável
Existência de pessoal treinado 10
3 Pessoal qualificado, mas não treinado 8
Pessoal com baixa qualificação técnica 0
Fácil acesso a peças de reposição 2
4 Relativa dificuldade para obter peças de reposição 1
Impossibilidade de obter peças de reposição 0
Existência de equipamentos de testes e ferramental 2
5 Existência apenas de ferramental 1
Inexistência de ferramental e equipamentos de testes 0
Existência de documentação técnica 2
6
Inexistência de documentação técnica 0

A seleção de cada grupo tipo de equipamento para manutenção interna é feita através da soma
algébrica dos grupos 03+04+05+06, que deve atingir um mínimo de 13 (treze) pontos.

O grupo 1 foi colocado na tabela pois é um parâmetro totalmente político, definido pelos gestores
da Policlínica, que pesa fortemente na decisão do responsável da engenharia clínica.

O grupo 2 leva em consideração a resposta rápida da engenharia clínica, é uma decisão gerencial.

24
5.3.3 Tipos de Contratos de Manutenção a serem adotados

Entre os vários tipos de contratos usados para manutenção externa de equipamentos hospitalares
sugerimos duas alternativas:
1. Contrato de serviço por período determinado:
O mais utilizado que inclui a mão de obra para manutenção corretiva no valor do contrato entre a
unidade de saúde e a empresa prestadora de serviço. É feito para equipamentos mais sofisticados
(raio-x, ressonância magnética, tomografia computadorizada, acelerador linear e ultrassom).
2. Contrato de serviço sob demanda:
Podemos destacar duas modalidades: solicitação do conserto para empresas prestadoras de
serviço com preço e qualidade de trabalho, e contrato com uma empresa específica de um grupo
de equipamento, em que a solicitação seria feita sob demanda.

5.3.4. Dimensionamento de Pessoal da Manutenção de Equipamentos Médicos Hospitalares

Preferencialmente, é sugerida a manutenção dos equipamentos de média e alta complexidade por


equipe externa por meio de contratação de uma empresa especializada.
Para a manutenção de equipamentos de baixa complexidade, o gerente do EAS tem que decidir por
dois caminhos a tomar.

1. Manutenção com pessoal próprio exige:


• Aquisição de ferramentas para manutenção mecânica e eletrônica;
• Aquisição, com desembolso elevado no início dos serviços, de equipamentos de teste e
calibração para equipamentos médico hospitalares;
• Aquisição de software de gestão do parque tecnológico para informatizar o controle e
monitoramento da qualidade dos equipamentos e dos serviços prestados pela equipe de manutenção
interna;
• Arquivo de documentação técnica dos equipamentos e os manuais de operação e
manutenção dos equipamentos.
• Dimensionamento de pessoal técnico levando-se em conta o tamanho do parque de
equipamentos de baixa complexidade instalada. Com base em dados conhecidos e arquivados nas
fichas de controle/ ordens de serviço e cadastro de equipamentos, conhecendo o TMR (tempo
médio de horas para recuperar o equipamento) e o TMF (tempo médio entre falhas, ou seja, quanto
tempo se passou para o equipamento sair de operação).

2. Manutenção externa por meio de contrato com empresa, com fornecimento de mão de obra
especializada, ferramentas de manutenção mecânica e eletrônica, equipamento específico para
testes, calibrações e ajustes informatizados, ferramenta computacional para gestão do parque
tecnológico. Esta decisão deverá ser tomada em função dos custos elevados com admissão de
pessoal próprio.

Para facilitar a melhor decisão no plano de manutenção, com relação ao dimensionamento de pessoal
interno, necessidade de criar uma equipe própria, fazer grande desembolso com ferramentas ou
contratar uma empresa externa, vamos considerar o tempo médio gasto entre duas manutenções de
um mesmo equipamento (TMF), levantado pelo Centro de Engenharia Biomédica da Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP). O quadro a seguir mostra os valores da TMF em meses para
alguns equipamentos médicos:

25
QUADRO 9. Valores da TMF

TMF TMF
EQUIPAMENTO EQUIPAMENTO
(meses) (meses)
Aparelho de raio-X 09 Foco cirúrgico 5,5
Aspirador cirúrgico 24 Lâmpada de fenda 08
Autoclave 10 Laringoscópio 15
Balança
30 Mamógrafo 4,5
antropométrica
Bisturi elétrico 4,5 Mesa cirúrgica 7,5
Cardioversor 10 Mesa ginecológica 30
Monitor fisiológico/
Colposcópio 8,5 7,5
Multiparâmetro
Detector fetal 15 Oftalmoscópio 20
Eletrocardiógrafo 06 Otoscópio 30
Eletroencefalógrafo 2,5 Oxímetro de pulso 09
Estetoscópio 09 Ventilador pulmonar 03

Os valores discriminados na coluna TMF significam o período em meses, transcorridos entre


manutenções corretivas. Infelizmente, tanto o TMF como o TMR não são valores de fácil obtenção
no Brasil.
A quantidade de pessoas necessárias para cada grupo de equipamentos está diretamente
relacionada com a quantidade de horas de trabalho anual que o grupo deve efetivamente dispor
para manter todos os equipamentos selecionados para serviço interno. Além disso, a manutenção
preventiva também não deve ser considerada aqui, pois esse procedimento só deverá ser adotado
após um tempo mínimo de aproximadamente doze meses, após a implantação do grupo de
engenharia clínica.
Sendo assim, tendo o número total de hora de que o grupo deve dispor para a manutenção
corretiva anual de todos os equipamentos selecionados para a manutenção interna, torna-se
possível calcular o número de pessoas necessárias para realizar todo o trabalho. O primeiro valor
a ser obtido é o número de horas por ano em que um técnico realmente trabalha na manutenção
corretiva, ou seja, o tempo total por ano em que esse técnico está, de fato, consertando um
equipamento. Para esse cálculo temos:
• Total de horas de trabalho/ano = 40 horas/semana x 52 semanas = 2.080 horas
• Total de horas a serem descontadas:
a. mínimo de 10 feriados por ano = 10 dias x 8 horas = 80 horas;
b. férias anuais do funcionário = 20 dias x 8 horas = 160 horas;
c. média anual de dias que o funcionário pode adoecer = 40 horas.

TOTAL DE HORAS ÚTEIS POR ANO = 1.800 horas

Um outro ponto a ser considerado nesse cálculo é a produtividade do funcionário. Embora ele
esteja presente no hospital, nem sempre está na oficina reparando um equipamento. De um
modo geral a literatura (Bronzino, 1992) sugere que seja usado um valor aproximado de 70%.
Embora bastante otimista para um cálculo inicial, esse valor deverá ser ajustado de acordo com a
produtividade medida no desenvolvimento do trabalho pelo grupo de engenharia clínica.
Assim adotando o valor de 70% para a produtividade, o tempo total no período de um ano que o
técnico estará realmente consertando um equipamento, ou seja, o tempo real para manutenção
(TMC), será de 1.260 horas.
Para o cálculo anual da quantidade de horas de trabalho necessárias para manutenção corretiva
(NHT/ano) de todos os equipamentos do mesmo tipo, temos:

NHT/Ano = (nº de equipamentos do mesmo tipo) x (TMR) x (12meses/TMF)

26
Utilizando o mesmo procedimento de cálculo acima para todos os equipamentos enquadrados pelo
grupo para manutenção corretiva interna e somando todos os tempos (NHT/ano) obtidos, teremos
o número total de técnicos necessários para a manutenção corretiva interna, obtido a partir da
divisão do resultado deste somatório pelo TMC.

5.3.5. Definição da Infraestrutura – Equipamentos e Ferramentas

Abaixo são detalhados os principais equipamentos (Quadro 10) e ferramentas (Quadro 11) necessários
para realização de manutenções corretiva e preventiva, calibração e testes de segurança elétrica
pela equipe de Engenharia Clínica.

QUADRO 10. Relação de equipamentos de teste e calibração para equipamentos hospitalares

RELAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE TESTE E CALIBRAÇÃO DE EQUIPAMENTOS HOSPITALARES,


MANUTENÇÃO PREVENTIVA E INSPEÇÃO
ITEM DESCRIÇÃO QUANT.
EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS
1 Analisador de bisturi 1
2 Analisador de desfibrilador/ cardioversor 1
3 Analisador manual de segurança elétrica 1
4 Multímetro TRUE RMS com capacímetro, testador de diodos 1
5 Simulador de ECG para teste de eletrocardiógrafos 1

CONJUNTO DE DISPOSITIVOS PARA CALIBRAÇÃO DE BALANÇAS


1 Conjunto de pesos padrão de 100g a 5Kg para calibração de balanças 1

QUADRO 11. Ferramentas para manutenção corretiva e preventiva de equipamentos médico


hospitalares.

CONJUNTO DE FERRAMENTAS PARA MALETA DE MANUTENÇÃO


ITEM DESCRIÇÃO QUANT.
EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS
1 Conjunto de 10 (dez) chaves de fendas de 3/16” a 1/4”, comprimento 1 a 8” 1
2 Chave canhão 8mmx6” 1
3 Alicate de bico chato 6” com cabo isolado 1
4 Alicate de bico fino 6” com cabo isolado 1
5 Alicate universal de 8” 1
6 Alicate desencapador de fios/apertador de terminais 1
7 Pinça reta serrilhada 165 mm 1
8 Estilete de lâmina retrátil 1
9 Sugador de solda com ponta de teflon 1
10 Ferro de solda 220 V / 25 W 1
11 Ferro de solda 110 V / 25 W 1
12 Solda para componentes eletrônicos (bobina de 10 metros) 1
13 Chave inglesa 6” 1
14 Jogo de chave de precisão fenda/ Philips 1
Multímetro digital de 4 1/2 dígitos, medição de tensão, resistência, corrente e
15 1
capacitância

27
16 Chave de fenda cotoco 1/4” x 1 1/2 ” 1
17 Chave Philips cotoco 1/4” x 1 1/2 ” 1
18 Chave de fenda angular dupla 3/8”x6” 1
19 Chave teste neon 1
20 Jogo de chave Allen de precisão 0,05 mm a 5 mm 1
21 Lanterna tipo caneta 1
22 Maleta tipo executivo com duas divisórias 1

• Documentação técnica
Nem todos os equipamentos existentes na Policlínica possuem documentação técnica que auxilie
sua manutenção. Assim, logo que o grupo de Engenharia Clínica for implantado, seu responsável
deve visitar os vários serviços clínicos e reunir toda a documentação relativa aos equipamentos
médicos da Policlínica, inclusive os manuais de operação ainda existentes. Com isso, é possível
identificar a documentação faltante e tentar providenciá-la junto ao fabricante ou a outros EAS que
possuam o mesmo equipamento. Por essa razão, é necessário programar uma reserva financeira
para a aquisição da documentação dos equipamentos com maior prioridade, ou seja, daqueles que
terão manutenção interna e que foram priorizados de acordo com a tabela de decisão apresentada
na Seção 5.3.2.

A seguir são apresentadas as principais documentações técnicas:


- Manual de Operação: Em seu conteúdo encontram-se instruções para a adequada
operação do equipamento, assim como alguns detalhes de ajustes, calibração e segurança;
- Manual de Manutenção: Este documento normalmente contém o diagrama esquemático
elétrico e/ou eletrônico e/ou mecânico do projeto, a lista de componentes e, algumas vezes,
informações específicas sobre o processo de manutenção e reparo;
- Literatura Especializada: trata-se de revistas, publicações técnicas, manuais e qualquer
outra forma de informação na área de manutenção.

6. GERENCIAMENTO DA MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS


MÉDICO HOSPITALARES

Os métodos de gerenciamento para monitoração de um equipamento começam na hora da aquisição.


Cabe ao grupo de engenheira clínica uma efetiva participação no processo de especificação para
a compra de equipamentos médico hospitalares. Deverá participar na elaboração das exigências
técnicas que devem constar no contrato de aquisição, verificação da conformidade com o que foi
solicitado, o recebimento do equipamento, a instalação e os testes de aceitação dos equipamentos.
Este sistema de gerenciamento deverá definir:
• Os controles envolvidos no recebimento do equipamento adquirido pela EAS;
• Os controles necessários, desde a solicitação do serviço para a manutenção até o retorno
do equipamento à operação;
•Os controles periódicos em relação ao grupo de engenharia clínica e a qualidade dos serviços
por ele oferecidos.

6.1. Recebimento do Equipamento


O recebimento envolve três etapas:
- Avaliação: trata-se da etapa de inspeção do equipamento entregue ao EAS de acordo
com as exigências no ato da aquisição, envolvendo a análise da integridade, componentes
físicos, acessórios e recursos tecnológicos.
- Aceitação: trata-se da etapa de avaliação da tecnologia que pode variar desde a simples
demonstração que o equipamento está em perfeitas condições de funcionamento até a
utilização de equipamentos de testes e o uso de fantomas específicos.

28
- Instalação: trata-se da etapa em que a empresa ofertante do equipamento deverá emitir
um parecer sobre as condições de pré-instalação do equipamento no local desejado pela
EAS, envolvendo as exigências ambientes, de energia ou qualquer outro pré-requisito para
sua instalação.

Seguem modelo de formulário para recebimento e instalação de equipamento médico hospitalar


(ANEXO A) e modelo de cadastramento dos equipamentos médicos (ANEXO B).

6.2. Gerenciamento dos Serviços de Manutenção – Emissão de Ordem de Serviço (OS)

Para a realização da manutenção de um equipamento é necessário a emissão de uma ordem de


serviço, O.S, onde este documento deve conter:
• Identificação do equipamento;
• Dados do serviço clínico descrito pelo solicitante;
• Tipo de serviço solicitado;
• Controle de falhas;
• Controle de horas para execução do serviço;
• Controle do material utilizado, incluindo o custo de cada material.

Estamos anexando um modelo sugerido de Ordem de Serviço (ANEXO C).

6.3 Gerenciamento dos Serviços de Manutenção – Controle Periódico

Para facilitar o processamento dos dados existentes na O.S. e consequentemente auxiliar no


gerenciamento, apresentamos os índices para controle mensal do rendimento do setor de engenharia
clínica:
• Tempo gasto para atividade de MC, MP e outras;
• Produtividade de cada técnico;
• Gasto total do departamento de engenharia clínica;
• Total de horas trabalhadas;
• Valor da hora técnica;
• Produtividade média;
• Custo total do material por serviço executado;
• Valor do estoque que o departamento manteve no mês;
• Tempo médio de resposta para o atendimento;
• Tempo médio para o reparo dos equipamentos;
• Número de rechamadas.

No Anexo D é apresentado um modelo sugerido de ficha de controle mensal para levantamento dos
indicadores, descritos acima, para auxílio ao gerenciamento do grupo de Engenharia Clínica.
De acordo com a literatura (Bronzino, 1992), o custo de um grupo de manutenção de equipamentos
médico hospitalares deve ficar entre 5% a 9% do valor do parque de equipamentos mantidos em
operação.
Para equipamentos de alto custo e complexidade (ultrassom, mamógrafo, raio-x, tomógrafo
computadorizado, ressonância magnética) os valores contratuais de mão de obra ficam entre uma
faixa de 4,5% a 9% do valor do equipamento novo. Para equipamentos de mais baixa complexidade,
esses valores são bastante flutuantes (de 15% a 35% do valor de um equipamento novo) e dependem
muito da negociação do hospital com as empresas.
A recomendação da literatura é que o custo total do grupo de manutenção de equipamentos
médico hospitalares (Engenharia Clínica) não ultrapasse a 7% do valor do parque de equipamentos
que ele efetivamente mantém. Valores acima dessa referência podem servir como argumento para
a desativação do grupo e contratação de serviços externos, tendência seguida por hospitais de
países mais desenvolvidos.

29
6.4. Manutenção Corretiva
Vamos mostrar os passos que devem ser seguidos quando um serviço de manutenção corretiva é
solicitado por um usuário do equipamento.

6.4.1. Rotina da Manutenção Corretiva


• Solicitação por meio de O.S. – Ordem de Serviço;
• A abertura da solicitação de serviço deve ser imediata;
• Encaminhar ao responsável pelo setor de engenharia clínica, este deverá verificar a garantia
e identificar a falha do equipamento;
• Serviço sob contrato, solicitar a presença do técnico da empresa;
• Caso o equipamento esteja fora da garantia, o responsável pela manutenção definirá o
encaminhamento da solução.

Figura 1. Fluxogramas de manutenção corretiva

FONTE: Adaptado de CALIL& TEIXEIRA, 1998

30
A O.S. é encerrada e arquivada para posterior utilização no controle periódico do rendimento do
grupo de engenharia clínica e monitoramento da qualidade do parque tecnológico. Deste documento
devem ser extraídas as seguintes informações:
• Número e tipo de falhas ocorridas no equipamento;
• Comparação das falhas;
• Tipo e número de peças que foram substituídas;
• Custo dos serviços tanto interno como externo;
• Datas e horas das realizações de cada serviço.

6.4.2. Aquisição de peça de reposição

Para a aquisição de peça, não disponível no estoque, o técnico deve fazer sua especificação através
do fornecimento do número de referência (código) do fabricante.
Se a peça for importada, precisa de um planejamento junto ao órgão público, para ser atendido
os passos de importação e pagamento de impostos (Por exemplo: tubo de RAIO X, lâmpadas
especiais, eletrodos, baterias e células de oximetria).

Figura 2. Fluxo A.

FONTE: Adaptado de CALIL& TEIXEIRA, 1998

A informação relativa a peça a ser adquirida para o reparo de um equipamento deve ser a mais
completa possível, segue no Anexo E um modelo de Ficha de Solicitação de Compra de Material.

6.4.3 Rotina de Serviços Terceirizados para equipamentos sem garantia e com contrato de
manutenção

Esta rotina (FLUXO B) deverá ser executada nos casos em que o equipamento com defeito esteja sob
regime de contrato de manutenção com empresa terceirizada (assistência técnica), sendo necessária
atenção ao serviço prestado pela empresa nos casos que acha necessidade de substituição de
peças para que seja realizada conforme estabelece o contrato de manutenção firmado.

31
Figura 3. Fluxo B.

FONTE: Adaptado de CALIL& TEIXEIRA, 1998

6.4.4. Rotina de Serviços Terceirizados para equipamentos sem garantia e sem contrato de
manutenção

Esta rotina (FLUXO C) poderá ser executada caso a gerência da engenharia clínica perceba a
impossibilidade de execução da manutenção do equipamento pela equipe de manutenção interna.

- Caso o equipamento seja de baixa complexidade seguem orientações:


• O envio do equipamento requer embalagem, carregamento, transporte e seguro para
transporte;
• Controlar o tempo até o retorno do equipamento;
• Emissão de orçamento, como é um bem público, requer licitação.

- Caso o equipamento seja de média ou alta complexidade seguem instruções:


• A empresa de manutenção externa com carta de inexigibilidade do fabricante deverá
realizar atendimento no local onde o equipamento está instalado;
• Emissão de orçamento, como é um bem público, requer neste caso dispensa por
inexigibilidade.

32
Figura 4. Fluxo C.

FONTE: Adaptado de CALIL& TEIXEIRA, 1998

6.4.5. Rotina da garantia

Nesta rotina (FLUXO D), o responsável deverá entrar em contato com a assistência técnica (fábrica,
representante local ou empresa prestadora de serviço autorizada) e solicitar a presença de um
técnico. Para conhecimento, o Apêndice A apresenta a lista de todos os EMH que compõem o
parque tecnológico das Policlínicas de Saúde e os prazos de garantia exigidos nos editais de
aquisição destes equipamentos.
É importante mencionar que, de acordo com os editais de aquisição dos EMH da SESAB, durante o
período de garantia o atendimento aos chamados técnicos para resolução de problemas com estes
não deverá ultrapassar 48 (quarenta e oito) horas úteis para chegada da equipe técnica na unidade
contemplada, no caso dos equipamentos instalados nas unidades da capital e região metropolitana
de Salvador e 72 (setenta e duas) horas úteis no caso dos equipamentos instalados em unidades
do interior do Estado. Estes serviços serão realizados sem ônus para a SESAB ou para a unidade
contemplada com os equipamentos, independentemente do local de entrega e instalação do
equipamento ser na capital, região metropolitana ou interior.
Além disso, ressaltamos que é exigido, conforme os editais de aquisição destes EMH que, no caso em
que seja necessária a remoção do equipamento da unidade para cumprimento da garantia, deverá
ser deixado em substituição um equipamento de igual funcionalidade, em perfeitas condições de
funcionamento para que não haja interrupção do serviço.

33
Figura 5. Fluxo D.

FONTE: Adaptado de CALIL& TEIXEIRA, 1998

6.5. Manutenção Preventiva

É importante salientar que o planejamento de um programa de manutenção preventiva por grupo


de engenharia clínica interna da Policlínica somente deve ser iniciado após o grupo ter adquirido
experiência em manutenção corretiva. Além disso, também é importante o conhecimento do
histórico de falhas dos equipamentos mais caros e mais sujeitos a avarias.
Também de acordo com os editais de aquisição dos EMH da SESAB, as empresas fornecedoras
destes EMH devem apresentar o cronograma de manutenção preventiva, conforme indicam os
manuais de operação e de serviço do fabricante.
Além disso, ressaltamos que é exigido nos editais de aquisição destes EMH que no período de
garantia dos equipamentos, as empresas fornecedoras dos EMH devem assegurar os serviços de
assistência técnica, prestada diretamente pelo fabricante, seu representante ou empresa autorizada
(a empresa deve comprovar qualificação técnica por meio de carta do fabricante e seguir todas
as normas aplicáveis a manutenção do produto ofertado) no Estado da Bahia, mantendo-se para
isso a periodicidade de atividades de manutenção preventiva de acordo com o cronograma que
é recomendado nos manuais de operação e de serviço do fabricante. Tais serviços devem ser
prestados sem ônus para SESAB ou para a Unidade contemplada, independentemente do local de
entrega do equipamento e local instalado.

6.5.1. Método para priorização de equipamentos em manutenção preventiva


• Identificação do equipamento (patrimônio), nome do equipamento, marca, modelo e
idade;

34
• Local que o equipamento pertence;
• Estado do equipamento, se em operação ou desativado;
• Grau de utilização do equipamento, sua importância;
• Obsolescência tecnológica.
Uma vez realizado o inventário dos equipamentos, pode-se iniciar a priorização através da utilização
dos seguintes critérios:
• Risco – O equipamento apresenta alto risco à vida do paciente;
• Importância estratégica – Possuem alto grau de utilização;
• Recomendação – Equipamentos com tipo de norma de fiscalização para seu funcionamento.

QUADRO 12. Seleção de manutenção preventiva.

QUADRO DE SELEÇÃO PARA MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Tipo de equipamento: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Modelo: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Número de Série: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Fabricante: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

QUESTÕES SIM NÃO


1. O equipamento tem partes móveis que requerem ajuste ou lubrificação?
2. O equipamento tem filtros que requerem limpeza ou trocas e periódicas?
3. O equipamento tem bateria que requer manutenção periódica ou substituição?
4. O uso do equipamento pode ocasionar algum dano ao usuário ou operador?
5. Você acredita que a manutenção preventiva irá reduzir uma determinada falha
que ocorre de maneira frequente?
6. Existe a necessidade de uma calibração frequente do equipamento?
7. Em caso de paralização desse equipamento, outros serviços ficarão comprometidos?
8. Existe alguma solicitação da administração para a manutenção preventiva
especificamente para esse equipamento?
Data _ _ / _ _ / _ _ _ _ Responsável: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

6.5.2. Método para elaboração de roteiros de manutenção preventiva


A implementação do programa de manutenção preventiva pode ser feita através do controle
rigoroso das datas e horários para cada equipamento incluído no programa.
O conteúdo dos procedimentos de manutenção preventiva deve ser o mais completo possível:
• Inspeção geral;
• Troca de peças e acessórios com a vida útil vencida;
• Lubrificação geral;
• Aferição e posterior calibração dos equipamentos;
• Testes de desempenhos e de segurança (elétrica, radiológica, mecânica e biológica).
6.5.3. Recomendações para o relatório de manutenção preventiva de equipamentos médico
hospitalares.
• Tipo de Equipamento

a. Aspirador Cirúrgico

Aplicação clínica: Dispositivo médico para remover, por aspiração, líquidos (fluidos ou sangue) do
interior do paciente durante o procedimento clínico e cirúrgico.

35
Risco ao uso do equipamento: Problemas no funcionamento causam redução na capacidade de
sucção da bomba.

Inspeção visual:
• Gabinete; cabos de força; Plug AC/Conectores; fusível; mangueiras; alarmes visuais e
sonoros; filtros; controle e chaves; motor; copo coletor; indicadores/display e proteção
auto fluxo.
Testes funcionais:
• Resistências de terra (menor ou igual 0,50Ω); corrente de fuga (menor ou igual 300
eeA); fluxo máximo; limites de vácuo (máximo e mínimo); fluxo máximo na capacidade de
irrigação – mililitros por minuto – ml/min; regulagem da velocidade de irrigação – mililitros
por minuto – ml/min.

b. Cardioversor

Aplicação clínica: Consiste na aplicação de um choque de corrente elétrica contínua, sincronização


com o complexo QRS do eletrocardiograma (ECG), sobre o tórax para reversão de arritmias
cardíacas.
Risco ao uso do equipamento: Queimaduras no local da aplicação.

Inspeção visual:
• Gabinete; Plug AC/Conectores; cabo de força; fusível; pás adulto, pediátrica e internas;
chaves; displays; cabeça térmica; indicadores de contato com a pele do paciente; circuito
de descarga interna automática e alarmes visuais e sonoros; e indicador de bateria
recarregada.
Testes funcionais:
• Tempo de recarga: menor que 10 segundos; sincronismo; energia entregue em J (Joule) e
percentagem de sustentação da bateria.

c. Autoclave

Aplicação clínica: Esterilização a vapor.


Risco ao uso do equipamento: A segurança mecânica do equipamento, o vaso de pressão é
constantemente submetido a elevados valores de pressão.

Inspeção visual:
•Gabinete; fusível; display; limpeza interna e externa; sensor de temperatura; lubrificação
da guarnição da porta; limpeza do gerador de vapor; purgador; câmera interna e externa;
vácuo e autoteste.
•Periodicamente deve-se realizar a limpeza do reservatório de água da osmose reversa,
realizar a troca dos filtros de água a medida que apresentem acúmulo de sujeiras, o que
pode acarretar no entupimento dos poros da membrana de osmose reversa promovendo
a falha no processo de esterilização da Autoclave.
Testes funcionais:
• Resistência terra; corrente de fuga; filtros (água/vapor/ar); sistema de osmose reversa;
válvulas; pressão interna e externa e produção de vapor.

d. Mesa cirúrgica

Aplicação clínica: Posicionar o paciente para realização de procedimentos cirúrgicos, terapêuticos

36
e diagnósticos, possuindo comandos para perfeita acessibilidade e mobilização.
Risco ao uso do equipamento: Movimentos inapropriados durante a realização dos procedimentos
cirúrgicos.
Inspeção visual:
• Gabinete; portinholas; rodas e freios; guarnições bem encaixadas e presilhas.
Testes funcionais:
• Pinos; comandos manuais; caixa de câmbio; porcas; parafusos sem fim; pinhão; garfo;
anéis de borracha; mangueiras; pistões; bomba hidráulica; pedais de comando; manivelas
e flexão em geral.

e. Monitor de sinais fisiológicos

Aplicação clínica: Oximetria (concentração de oxigênio); monitor cardíaco e pressão arterial.


Risco ao uso do equipamento: Mau contato com a pele; sensores de má qualidade podendo causar
queimaduras. Os cabos dos pacientes devem ser periodicamente inspecionados e substituídos.

Inspeção visual:
• Gabinete; cabos ECG; alarmes sonoros e visuais; cabo, conectores, braçadeira e manguito
de pressão não invasiva; cabo, conectores e sensor de oximetria; botões e teclado de
membrana; e indicador de bateria recarregada.
Testes funcionais:
• Resistência de terra; corrente de fuga; ECG – 5% de medida de tolerância; taxa de alarmes;
pressão não invasiva (ajustado em mmHg) ver (sistólica, diastólica e média); oximetria e
curva pletismográfica (SpO2 e pulso); temperatura; frequência respiração; percentagem
de sustentação da bateria.

f. Ressuscitador pulmonar manual

Aplicação clínica: Disponível nos serviços de emergência, constituído de uma bolsa para insuflação
de ar e máscara para cobrir hermeticamente a face do paciente, permitindo a liberação de oxigênio.
Risco ao uso do equipamento: Furos e mau funcionamento na válvula podem reduzir o volume de ar
entregue ao paciente. Os ressuscitadores devem ser examinados pelo operador antes do uso, estes
procedimentos detectam a maioria dos problemas mecânicos.

Inspeção visual:
• Tubos; conectores; chaves de controle; máscaras; cilindros e reservatório.
Testes funcionais:
• Teste de vazamento do reservatório; válvula PEEP; membrana da válvula de oxigênio
excedente; conexão entre válvula e o reservatório; válvula de entrada do oxigênio; válvula
do paciente e tubos adaptadores.

g. Ventilador pulmonar microprocessado

Aplicação clínica: É usado com pressão positiva na insuficiência respiratória aguda grave.
Risco ao uso do equipamento: O problema mais comum com ventiladores é o risco do paciente em
adquirir pneumonia associada à ventilação. Pode ocorrer devido à falha no sistema de umidificação,
insuficiência cardíaca e baixa diurese.

Inspeção visual:
• Gabinete; monitor; cabo de força; fusível; mangueiras; conectores; indicadores display;

37
engates; filtros; umidificador; Blender (misturador de gases medicinais); acessórios; e
circuitos respiratórios.
Testes funcionais:
• Pressão de suprimento de gases; pressão via aérea; volume dos gases inspiratórios e
expiratórios; bolsa reservatório; concentração de oxigênio; frequência respiratória e relação
inspiração/expiração.

h. Oxímetro de pulso

Aplicação clínica: Oximetria (concentração de oxigênio).


Risco ao uso do equipamento: Mau contato com o dedo do paciente; sensores de má qualidade
podendo causar queimaduras. O cabo e sensor de oximetria devem ser periodicamente inspecionados
e substituídos.

Inspeção visual:
• Gabinete; alarmes sonoros e visuais; cabo, conectores e sensor de oximetria; botões e
teclado de membrana; fusível; curva pletismográfica; e indicador de bateria recarregada.
Testes funcionais:
• Resistência de terra; corrente de fuga; ECG – 5% de medida de tolerância; taxa de alarmes;
oximetria e curva pletismográfica (SpO2 e pulso); percentagem de sustentação da bateria.

6.5.4. Estabelecimento da Periodicidade da Manutenção Preventiva


A periodicidade dos procedimentos de MP é uma tarefa bastante complexa e não há fórmula que
possa resolver todas as questões. Deve ser analisado a frequência de falhas. Para isto, deve-se levar
em consideração:
• As condições de operação do equipamento;
• O nível de complexidade da manutenção preventiva;
•A carga de trabalho de uso da tecnologia;
• A experiência do pessoal clínico e técnico.
A tabela seguinte sugere alguns critérios para a classificação da frequência de execução dos
procedimentos de MP, se está sendo adequada, muito alta ou muito baixa. Vale ressaltar que tais
critérios só poderão ser aplicados após a execução e análise da eficiência dos procedimentos de
MP do equipamento no seu local de origem, durante um período predeterminado pela equipe de
engenharia clínica.

QUADRO 13. Avaliação da Frequência dos Procedimentos de Manutenção Preventiva

FREQUÊNCIA DOS PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA


MUITO ALTA ADEQUADA MUITO BAIXA
Equipamento sempre fora
Equipamento sempre Equipamento sempre
de calibração, gerando
calibrado sem necessidade ligeiramente fora de calibração,
resultados errôneos na
de mudanças. sem ter sua operação afetada.
operação.
Equipamento não precisa de
É necessária alguma limpeza. Filtros de ventilação sujos.
limpeza.
Lubrificação fará o
Não há necessidade de Desgaste devido à
equipamento funcionar
lubrificação lubrificação inadequada.
adequadamente.

38
Peças e botões ajustados sem Desajustes (folgas leves nos Falta de porcas e parafusos;
folgas. componentes). Botões frouxos e com folga.

Nenhuma reclamação sobre a Reclamação frequente sobre a


operação do equipamento. operação do equipamento.
Frequência reduzida de Aumento na frequência de
manutenções corretivas. manutenção corretiva.

6.6. Calibração
A calibração de equipamentos é uma operação que estabelece, sob condições especificadas, numa
primeira etapa, uma relação entre os valores e as incertezas de medição fornecidos por padrões
e as indicações correspondentes com as incertezas associadas; numa segunda etapa, utiliza
esta informação para estabelecer uma relação visando a obtenção de um resultado de medição
a partir de uma indicação. Essa operação garante a confiabilidade das medidas realizadas pelos
equipamentos, dessa forma mantendo a segurança dos equipamentos no uso clínico.
A realização da Calibração exige desenvolvimento de métodos padronizados de acordo as normas
da ABNT ou normas específicas aceitas pelo INMETRO para avaliação do equipamento médico
hospitalar. É importante ressaltar que, a norma NBR ISO/IEC 17025:2017 determina os requisitos
mínimos dos laboratórios que realizam calibração ou ensaio, assim como o conteúdo mínimo que
cada certificado de calibração e relatórios de ensaio que são os produtos a serem entregues pelo
serviço contratado pelos laboratórios.
Os padrões utilizados para realizar ensaio ou calibração devem estar devidamente calibrados e ser
rastreáveis pela Rede Brasileira de Calibração (RBC). Portanto, atendendo ao requisito normativo da
NBR ISO/IEC 17025:2017 sobre Rastreabilidade da Medição, onde menciona que todo instrumento
utilizado em Ensaio e/ou Calibração, incluindo instrumento para medições auxiliares, que tenham
efeito significativo sobre a exatidão ou validade do resultado do ensaio, calibração ou amostragem,
deve ser calibrado antes de entrar em serviço.
Tanto para os equipamentos críticos, que podem causar danos ao paciente, quanto os de menor
criticidade, devem ser calibrados ou submetidos a um ensaio de conformidade, se for o caso da
tecnologia. A periodicidade da calibração ou ensaio dependerá da demanda de utilização, após a
ocorrência de um reparo ou da capacidade do equipamento apresentar desvios nas medidas após
uma verificação funcional. Sendo assim, é importante, que o estabelecimento de saúde elabore
um plano de calibração de todo o parque tecnológico aplicável. Além disso, deve ser estabelecido
um treinamento contínuo dos colaboradores para identificar necessidades de uma verificação,
calibração ou ensaio.
O Quadro 14 a seguir apresenta a frequência de calibração indicada para alguns equipamentos
críticos presentes na Policlínica.

QUADRO 14. Frequência de calibração de equipamentos presente nas Policlínicas.


FREQUÊNCIA
EQUIPAMENTO PARÂMETROS REQUERIMENTOS
RECOMANDA
Tensão, corrente,
Bisturi Elétrico Ensaio 01 ano
potência
Ventilador Mecânico
Pressão Calibração 06 meses
invasivo e não-invasivo
Percentual, fluxo,
Monitores
frequência cardíaca, Calibração 01 ano
multiparamétricos
pressão, temperatura

Fonte: Manual de Tecnovigilância, 2010.

39
O mais recomendável é que a calibração dos equipamentos seja feita após a manutenção preventiva.
Assim será mais efetivo calibrar os equipamentos que estejam funcionando adequadamente. Essa
conduta será mais vantajosa para o EAS, pois fará um rastreamento dos equipamentos que estejam
aptos para funcionar, e os demais serão encaminhados para o serviço de manutenção.

6.7. Segurança Elétrica

As informações pertinentes para elaboração do plano de segurança elétrica devem ser retiradas
dos manuais técnicos dos equipamentos e das Normas de Segurança – NBR IEC 60601-1-2 e IEC
62353:2007.
De acordo com essa norma, os equipamentos se distinguem em três classes:
• Classe I: Peça ativa coberta por isolamento básico e aterramento de proteção, de modo a
possibilitar que partes metálicas acessíveis possam ficar sob tensão, na ocorrência de uma
falha de isolação básica;
• Classe II: Peça ativa coberta por isolamento duplo ou reforçado e não comporta conexão
ao sistema de aterramento para proteção contrachoques elétricos;
• Classe III: Fonte de alimentação interna.
As peças em contato com o paciente também recebem classificações, são elas:
• Tipo B: Peça aplicada no paciente aterrada. Não apresenta sistemas de isolação elétrica
(flutuante) entre partes aplicadas e rede elétrica, não sendo apropriada para aplicação
cardíaca direta;
• Tipo BF: Peça aplicada no paciente fluindo (condutor de superfície). É aquela cujo grau de
proteção é alcançado pela isolação entre partes aplicadas e rede elétrica e demais partes
aterradas ou acessíveis do equipamento médico;
• Tipo CF: Peça aplicada no paciente fluindo para uso em contato direto com o coração.
É alcançado pelo aumento da isolação das partes aterradas e outras partes acessíveis do
equipamento, limitando ainda mais a intensidade da possível corrente fluindo através do
paciente.
Vale ressaltar que, o tipo de classificação dos equipamentos eletromédicos consta em seus manuais
de operação.

QUADRO 15. Símbolos de Definição de Tipo de Periodicidade de Segurança Elétrica


SÍMBOLO SEM SÍMBOLO COM
TIPO PROTEÇÃO A TIPO PROTEÇÃO A PERIODICIDADE
DESFIBRILAÇÃO DESFRIBILAÇÃO

B B 5 anos

BF BF 3 anos

CF CF 1 ano

Os testes de segurança elétrica realizados nos EMH, caso sejam realizados pela equipe de engenharia
clínica da Policlínica ou por empresa terceirizada, devem ser documentados com um Certificado
de Ensaio de Segurança Elétrica. Estes testes devem ser realizados de acordo com a norma IEC
62353:2007, essa norma trata-se de uma tentativa de uniformizar as práticas de avaliação da
segurança de equipamentos médicos em operação. Ao aplicar a IEC 62353:2007 garante-se as
exigências mínimas de segurança do equipamento médico em operação e são minimizados os riscos

40
durante a execução do próprio ensaio, reconhecendo que as condições praticamente laboratoriais
de execução dos ensaios da IEC 60601-1 podem não estar presentes no ambiente de testes pós-
fabricação.
Por recomendação da própria norma IEC 62353:2007, ela se aplica às seguintes situações:
• Testes antes do primeiro uso, depois de instalado o equipamento no local de uso;
• Testes periódicos;
• Testes pós manutenção.
Quatro tipos de ensaios são requisitados pela IEC 62353:2007: resistência de aterramento, corrente
de fuga, resistência de isolamento e funcional.

6.8. Rondas

6.8.1. Gerais
A rotina de verificação (in loco) de problemas em EMH é feito por meio de visita do gerente de
engenharia clínica, uma vez por semana junto a todos os setores da instituição, tendo como resultado
um documento formal assinado pelo Executor e pelos Chefes/Responsáveis dos setores (ANEXO
F). Tanto as rondas gerais quanto as setoriais são programadas pelo gerente de engenharia cínica.

6.8.2. Setoriais
A rotina de inspeção (in loco) detalhada em EMH junto a setores críticos da instituição, visando
averiguar o correto funcionamento de todos os EMH do setor, é feito pelo técnico da engenharia
clínica a cada semana, tendo como resultado um documento formal assinado pelo Técnico Executor
e pelo Chefe/Responsável do setor crítico inspecionado.
Sugere-se que a ronda setorial seja realizada quinzenalmente nos Consultórios Indiferenciados e
semanalmente nos demais setores.

7 EQUIPAMENTOS MÉDICO HOSPITALARES DA POLICLÍNICA


No Quadro 16 abaixo é apresentado um quadro comparativo dos EMH das Policlínicas, segundo o
grau de complexidade, quantidade, percentual e custo de aquisição.

QUADRO 16. Quadro Comparativo de Quantidade, Percentual e Custo de Aquisição dos


Equipamentos Médico Hospitalares – Policlínica.

DESCRIÇÃO QUANTIDADE VALOR DE AQUISIÇÃO


GRAU DE
PERCENTUAL VALOR DE PERCENTUAL
COMPLEXIDADE DO QUANTIDADE
(%) AQUISIÇÃO (R$) (%)
EQUIPAMENTO
ALTA (A) 12 5,55% R$ 5.814.703,95 87,83%
MÉDIA (M) 47 21,66% R$ 621.086,22 9,38%
BAIXA (B) 158 72,79% R$ 184.872,32 2,79%
TOTAL 217 100% R$ 6.620.662,49 100%

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O plano de manutenção hospitalar é de fundamental importância para a execução das atividades


requeridas. Este plano pode reduzir quebras inesperadas, aumentando a disponibilidade dos
equipamentos e garantindo o adequado funcionamento dos serviços de saúde, além de proporcionar
a melhoria da qualidade do serviço público ofertado à população e reduzir os custos com novas
aquisições e manutenções.

41
REFERÊNCIAS

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Confiabilidade e mantenabilidade:


NBR 5462 TB 116. Brasil: [s.n.], 2014. 37 p.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Requisitos Gerais para Competência


de Laboratórios de Ensaio e Calibração: NBR ISO/IEC 17025. Brasil: [s.n.], 2017. 32 p.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Equipamento eletromédico Parte 1-2:


Requisitos gerais para segurança básica e desempenho essencial - Norma Colateral: Perturbações
eletromagnéticas - Requisitos e ensaios: NBR IEC 60601. Brasil: [s.n.], 2017. 94 p.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Medical electrical equipment -


Recurrent test and test after repair of medical electrical equipment: NBR IEC 62353. Brasil: [s.n.],
2007. 103 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão de Investimentos em Saúde. Projeto REFORSUS


Equipamentos Médico-Hospitalares e o Gerenciamento da Manutenção: capacitação a distância
/ Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão de Investimentos em Saúde, Projeto REFORSUS. –
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2002.

BRONZINO, J.D. Management of medical technology: a primer for clinical engineers. Stoneham:
Butterworth-Heinemann, 1992. 452p

CALIL, Saide Jorge; SOLON TEXEIRA, Marilda. Gerenciamento de Manutenção de Equipamentos


Hospitalares Gerenciamento de Manutenção de Equipamentos Hospitalares. 1. 1998. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_cidadania_volume11.pdf>. Acesso em: 15 jan.
2019.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Manual de Tecnovigilância:


abordagens de vigilância sanitária de produtos para a saúde comercializados no Brasil. 2010. Disponível
em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33868/327133/Manual+de+Tecnovigil%C3%A2ncia+-
+abordagens+de+vigil%C3%A2ncia+sanit%C3%A1ria+de+produtos+para+a+sa%C3%BAde+comerc
ializados+no+Brasil/0967528c-4af7-4df4-939b-95c6b327b09f. Acesso em: 15 jan. 2019.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. RESOLUÇÃO DE


DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 63. Brasil: [s.n.], 2011. 10 p. Disponível em: http://portal.anvisa.
gov.br/documents/33880/2568070/rdc0063_ 25_11_ 2011.pdf/94c25b42-4a66-4162-ae9b-
bf2b71337664. Acesso em: 15 jan. 2019.

42
APÊNDICE A. Inventário de Equipamentos Médicos com Nível de Complexidade, Custo e Garantia

INVENTÁRIO DE EQUIPAMENTOS MÉDICOS COM NÍVEL DE COMPLEXIDADE,


CUSTO E GARANTIA (ANEXO 01)
NÍVEL
V. UNIT. V. TOTAL GRANTIA
ITEM EQUIPAMENTOS COMPLEXIDADE QTE.
(R$) (R$) (ANOS)
A/M/B
Aparelho de
R$ R$
1 Mamografia A 1 2
181.000,00 181.000,00
Analógico
Aparelho de Raio-X
2 A 1 R$ 63.184,44 R$ 63.184,44 2
analógico fixo
Aparelho de
R$ R$
3 Ressonância A 1 2
3.196.000,00 3.196.000,00
Magnética
Aparelho de
R$ R$
4 Tomógrafo A 1 2
1.263.571,42 1.263.571,42
computadorizado
Aparelho de
Ultrassonografia R$ R$
5 A 1 2
com Doppler 125.000,00 125.000,00
portátil
Aparelho de
6 Ultrassonografia A 1 R$ 96.250,00 R$ 96.250,00 2
com Ecógrafo
Aparelho de
Ultrassonografia
7 A 2 R$ 65.714,37 R$ 131.428,74 2
geral com
Transvaginal
8 Aspirador portátil B 3 R$ 2.178,45 R$ 6.535,35 1
Auto refrator com
9 M 1 R$ 23.750,00 R$ 23.750,00 2
ceratômetro
Autoclave R$ R$
10 A 1 2
horizontal elétrica 103.339,00 103.339,00
Balança eletrônica
11 B 3 R$ 980,00 R$ 2.940,00 1
antropométrica
12 Bisturi Elétrico M 2 R$ 16.250,00 R$ 32.500,00 2
13 Cadeira de rodas B 4 R$ 1.515,00 R$ 6.060,00 2
Escada de dois
14 B 30 R$ 103,60 R$ 3.108,00 1
degraus
Cadeira
15 oftalmologia/ B 2 R$ 5.798,00 R$ 11.596,00 2
otorrinolaringologia
Cadeira para coleta
16 B 1 R$ 310,00 R$ 310,00 2
de sangue
Cadeira Poltrona
17 B 3 R$ 827,58 R$ 2.482,74 1
reclinável
Cama hospitalar
18 mecânica fawler B 5 R$ 4.184,00 R$ 20.920,00 2
com colchão
19 Cardiotocógrafo M 1 R$ 7.745,00 R$ 7.745,00 2

43
20 Desfibrilador M 5 R$ 12.266,39 R$ 61.331,95 2
21 Carro de curativo B 2 R$ 729,35 R$ 1.458,70 2
Carro de
22 B 5 R$ 2.130,00 R$ 10.650,00 2
emergência
Carro maca para
23 transporte de B 2 R$ 2.915,95 R$ 5.831,90 2
paciente
Carro para
24 dispensação de B 3 R$ 1.900,00 R$ 5.700,00 2
medicamentos
Colposcópio
25 M 1 R$ 11.810,00 R$ 11.810,00 2
ginecológico
Coluna
26 B 1 R$ 4.901,14 R$ 4.901,14 2
oftalmológica
Conjunto de
digitalização para R$ R$
27 A 1 2
Raios-X - Sistema 162.700,00 162.700,00
CR
Detector de
28 B 1 R$ 240,29 R$ 240,29 1
frequência cardíaca
Eletrocardiógrafo
29 M 2 R$ 4.558,82 R$ 9.117,64 2
12 canais
Eletroencefalógrafo
30 M 1 R$ 11.857,14 R$ 11.857,14 2
20 canais
Esfigmomanômetro
31 B 15 R$ 14,00 R$ 210,00 1
adulto
Esfigmomanômetro
32 B 2 R$ 8,00 R$ 16,00 1
pediátrico
33 Estetoscópio adulto B 15 R$ 14,00 R$ 210,00 1
Estetoscópio
34 B 2 R$ 8,00 R$ 16,00 1
pediátrico
Foco cirúrgico fixo
35 B 1 - - -
de teto 01 cúpula
Foco cirúrgico
36 B 1 R$ 8.000,00 R$ 8.000,00 2
móvel
37 Fotóforo B 2 R$ 652,50 R$ 1.305,00 1
38 Holter M 10 R$ 13.316,33 R$ 133.163,30 2
39 Imitanciômetro M 1 R$ 19.950,00 R$ 19.950,00 2
Lâmpada de Fenda
40 com tonômetro de M 1 R$ 23.230,00 R$ 23.230,00 2
aplanação
41 Laringoscópio B 5 R$ 1.184,40 R$ 5.922,00 1
42 Lensômetro M 1 R$ 4.211,00 R$ 4.211,00 2
43 MAPA M 10 R$ 6.214,05 R$ 62.140,50 2
44 Mesa auxiliar B 5 R$ 337,50 R$ 1.687,50 1
Mesa cirúrgica
45 B 1 R$ 35.854,00 R$ 35.854,00 2
mecânica
46 Mesa de Mayo B 2 R$ 167,13 R$ 334,26 1
47 Mesa ginecológica B 1 R$ 1.867,00 R$ 1.867,00 2
48 Mesa para exame B 17 R$ 588,23 R$ 9.999,91 2

44
Mesa para
49 exame para B 3 R$ 599,66 R$ 1.798,98 2
ultrassonografia
Monitor
50 M 3 R$ 5.995,23 R$ 17.985,69 2
Multiparamétrico
Negatoscópio (2
51 B 5 R$ 291,26 R$ 1.456,30 2
corpo)
Oftalmoscópio
52 B 1 R$ 1.158,00 R$ 1.158,00 1
direto
Oftalmoscópio
53 B 1 R$ 7.970,00 R$ 7.970,00 2
indireto
54 Otoscópio B 2 R$ 1.422,7 R$ 1.422,7 1
55 Oxímetro de pulso M 2 R$ 2.556,00 R$ 5.112,00 2
Projetor de
56 B 1 R$ 4.385,71 R$4.385,71 2
optótipos
57 Foco parabólico B 4 R$ 300,00 R$ 1.200,00 2
Refrator
58 B 1 R$ 11.857,14 R$ 11.857,14 2
oftalmológico
Refrigerador
59 M 1 R$ 6.250,00 R$ 6.250,00 2
hospitalar vertical
Refrigerador
60 para laboratório/ M 1 R$ 9.000,00 R$ 9.000,00 2
imunobiológico
Reprocessadora de
61 M 1 R$ 44.950,00 R$ 44.950,00 2
endoscópio
Ressuscitador
62 B 5 R$ 160,00 R$ 800,00 1
manual
63 Retinoscópio B 1 R$ 3.245,00 R$ 3.245,00 1
Sistema de
videoendoscopia
64 A 1 R$ 357.142,85 R$ 357.142,85 2
digestiva alta e
baixa
Sistema de
65 videonasolaringos- A 1 R$ 135.087,50 R$ 135.087,50 2
copia
Sistema de teste de
66 M 2 R$ 50.541,00 R$ 101.082,00 2
esforço
Ventilador
67 M 1 R$ 35.900,00 R$ 35.900,00 2
Pulmonar
CUSTO
TOTAL DE EQUIPAMENTOS 217 R$ 6.620.662,49
TOTAL

*Complexidade: A – Alta, M – Média e B – Baixa.

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ANEXO A - FORMULÁRIO PARA RECEBIMENTO DE EQUIPAMENTO

46
47
ANEXO B - FORMULÁRIO PARA CADASTRAMENTO DE EQUIPAMENTO

48
ANEXO C - ORDEM DE SERVIÇO

49
ANEXO D - FICHA MENSAL DE CONTROLE DO EAS

50
ANEXO E - FICHA DE SOLICITAÇÃO DE COMPRA DE MATERIAL

ANEXO F – FORMULÁRIO DE RONDA GERAL

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ANEXO G – FORMULÁRIO DE RONDA SETORIAL

52
ANEXO H – FICHA PARA CONTROLE DE SERVIÇOS EXTERNOS

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PARTE II
PLANO DE MANUTENÇÃO PREDIAL

1. INTRODUÇÃO

O objetivo da segunda parte do Manual de Gerenciamento para Manutenção de Equipamentos


de Apoio Médico Hospitalar e Infraestrutura para as Policlínicas de Saúde do Estado da Bahia é
orientar os Gestores a gerenciar a manutenção, a conservação predial e do parque de equipamentos
instalados neste estabelecimento de saúde.

Nesta parte será apresentado os requisitos mínimos para contratação dos serviços de manutenção
e conservação predial para as Policlínicas. A manutenção predial deve abranger não só o edifício,
mas também as instalações, equipamentos e os espaços exteriores envolventes, tanto do ponto
de vista funcional, da segurança, como do ponto de vista econômico, pois são fundamentais para
preservação do patrimônio conforme preconiza a NBR 5674.

Desta forma, esse Manual tem como objeto: a arquitetura; interiores e comunicação visual;
paisagismo; pavimentação; fundações e estruturas; instalações hidráulicas e sanitárias, instalações
elétricas e eletrônicas (dados e voz); instalações de prevenção e combate a incêndio; e instalações
mecânicas e de utilidades (ar-condicionado) das Policlínicas.

2. SERVIÇO DE MANUTENÇÃO PREDIAL

O Serviço de Manutenção Predial a ser contratado deverá responsabilizar-se pela manutenção,


conservação predial e do parque de equipamentos instalados na Policlínica.

2.1 Contratação
Os serviços de conservação e manutenção a serem contratados correspondem às atividades
de inspeção, limpeza e reparos dos componentes e sistemas da edificação e serão executados
em obediência a um Plano ou Programa de Manutenção, baseado em rotinas e procedimentos
periodicamente aplicados nos componentes da edificação.

A contratação deve incluir no mínimo os seguintes itens: Manutenção preventiva; Manutenção


preditiva; Manutenção programada e Manutenção corretiva (consultar lista de definições).
Havendo necessidade de reposição eventual de peças, acessórios e lubrificantes, condiciona-se à
prévia aprovação de orçamento específico por parte da contratante.

Compete também a contratada o fornecimento, a instalação, o gerenciamento e o treinamento


dos profissionais atuantes na Policlínica sobre uso de um sistema de planejamento e controle de
manutenção e serviços, compatível com a infraestrutura disponível na Policlínica. Este sistema
deverá criar um banco de dados que possa ser exportado de forma a permitir o acesso aos dados
e históricos de eventos em uma eventual migração dos dados para outro sistema. No mínimo esse
sistema deverá organizar e controlar as seguintes funções:
• Cadastrar qualquer tipo de dado referente aos equipamentos;
• Cadastrar qualquer tipo de dado referente à manutenção;
• Permitir a abertura de chamados pelos usuários, por intermédio de qualquer computador
da Policlínica, para a execução dos serviços de manutenção e acompanhar o status dos
serviços realizados;
• Planejar serviços que serão executados pela manutenção e acompanhar serviços
realizados;
• Emitir alarmes sobre a execução de serviços de manutenção preventiva;
• Emitir relatórios de controle, incluindo o tempo de espera do usuário pela solução do

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problema. O acordo de SLA (service level agreement) – Acordo de nível de serviço será
previamente combinado com a Diretoria da Unidade;
• Criar históricos dos eventos, elaborando gráficos e cronogramas;
• Controlar o consumo de materiais em estoque;
• Controlar o gasto na manutenção por equipamento, permitindo a análise da obsolescência
técnica ou funcional.

A Contratada será responsável pela elaboração do Plano de Manutenção em observância das leis,
decretos, regulamentos, portarias e normas federais, estaduais e municipais direta e indiretamente
aplicáveis ao objeto do contrato, inclusive por suas subcontratadas.

3. EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS

A execução de Serviços de Conservação e Manutenção deverá atender também às seguintes


Normas e Práticas Complementares:
• Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos;
• Normas da ABNT e do INMETRO;
• Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e Municipais, inclusive normas de
concessionárias de serviços públicos;
• Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA CONFEA

No Quadro 1 abaixo é apresentado as principais normas a serem seguidas pela empresa contratada.

QUADRO 1. Normas e Especificações.

NORMAS ESPECIFICAÇÃO
Segurança e instalações em serviços de eletricidade - Portaria GM
NR 10
598/04 - Ministério de Trabalho e Emprego
NR 06 Equipamentos de proteção individual - EPI - Portaria 3214/78 do MTE
Elaborar programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional -
NR-7
PCMSO - Portaria 3214/78 do MTE
Proteção dos trabalhadores expostos a riscos ambientais - PPRA -
NR-09
Portaria 3214/78 do MTE
NR - 16 Define periculosidade para profissionais que atuam com eletricidade
NBR 14039 Instalações elétricas de média e alta tensão
NBR 5410 Sistema elétrico de baixa tensão
NBR 5674 Regulamenta, define e obriga a manutenção de edificações
Lei 12740/12 Altera o art. 193 da CLT sobre periculosidade
Portaria n° 3.523, de
28 de agosto de 1998
e Resolução nº 09 da Plano de Manutenção, Operação e Controle
Anvisa de 16 de Janeiro
de 2003.

Os serviços devem ser executados por profissionais que possuam qualificação técnica e treinamento
compatível com a atividade a ser desempenhada, sob inteira responsabilidade da contratada, que
deve orientá-los quanto às suas obrigações e afazeres.
A gestão do sistema de conservação e manutenção, de preferência, será apoiado por um Sistema
de Informação (SI), “software” para a montagem e gerenciamento de todos os dados e informações
pertinentes às atividades de manutenção, incluindo o arquivo técnico e o cadastro dos componentes
e sistemas da edificação, o plano ou programa de manutenção, o registro dos serviços, datas e

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custos de manutenção, controle do vencimento de garantias de fabricantes e fornecedores e outros
dados de interesse.
Na parte I deste Manual tópico 5.1, constam orientações para realização do inventário e cadastro
dos equipamentos.
Os serviços devem ser executados em conformidade com as normas de segurança, higiene,
qualidade e proteção às pessoas, aos bens e ao meio-ambiente, pertinentes à atividade.
Serão adotados os seguintes procedimentos e rotinas de serviços:

3.1 Arquitetura e Elementos de Urbanismo

3.1.1 Arquitetura
Todos os componentes da edificação deverão ser periodicamente limpos, de conformidade com as
especificações e periodicidade estabelecidas no Plano de Manutenção.
Os serviços de conservação em arquitetura normalmente restringem-se à substituição de elementos
quebrados ou deteriorados. Esta substituição deve ser feita após a remoção do elemento falho e
da reconstituição original, se assim for o caso, de sua base de apoio, adotandos e, então, o mesmo
processo construtivo descrito nas Práticas de Construção correspondentes.
Conforme o caso, será necessária a substituição de toda uma área ao redor do elemento danificado,
de modo que, na reconstituição do componente, não sejam notadas áreas diferenciadas, manchadas
ou de aspecto diferente, bem como seja garantido o mesmo desempenho do conjunto.
Se a deterioração do elemento for derivada de causas ou defeitos de base, deverá esta também ser
substituída. Outras causas decorrentes de sistemas danificados de áreas técnicas diversas, como
hidráulica, elétrica e outras, deverão ser verificadas e sanadas antes da correção da arquitetura.

As ocorrências mais comuns envolvem os seguintes componentes:


• Alvenarias
• Pinturas
• Revestimento de pisos
• Coberturas
• Impermeabilizações
• Revestimento de pisos

3.1.2 Interiores e comunicação visual


Os serviços de manutenção de equipamentos e aplicações de interiores e comunicação visual
restringem se à inspeção, limpeza e restauração ou substituição dos elementos deteriorados.

3.1.3 Paisagismo
A) Adubação
Os terrenos gramados deverão receber uma adubação de cobertura em terra vegetal ou terra
misturada com adubo orgânico, ou ainda com adubo químico em proporção adequada, aplicada de
acordo com indicações do fabricante.

B) Podas
Deverão ser executadas em épocas certas as podas de formação, tanto nas árvores como nos
arbustos. Não deverão ser executadas podas que descaracterizem as plantas, sendo importante a
manutenção da forma natural de cada essência.

C) Tratos Fitossanitários
Para contornar desequilíbrios no desenvolvimento das plantas, deve proceder-se ao controle de

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insetos, fungos, vírus e outros, por processos biológicos, físicos e químicos.
Os controles químicos são geralmente os mais eficientes a curto prazo, podendo, no entanto,
acarretar desequilíbrios em cadeia, por acumulação no solo, ou na planta, de elementos indesejáveis.
O uso de produtos químicos, como inseticidas, fungicidas, herbicidas, acaricidas e outros, deverá
limitar se aos casos específicos e às dosagens indispensáveis.
Deverão ser observados rigorosamente as especificações de uso de cada produto químico e de
manuseio dos equipamentos, garantindo a proteção contra intoxicação de homens, animais e
plantas.
Deve proceder-se à vistoria periódica de controle de pragas e doenças. Quando a identificação da
praga ou doença não puder ser feita no local.

3.1.4 Pavimentação
A) Pavimento de Concreto
Periodicamente deverá ser realizada a limpeza das juntas e o rejuntamento dos pontos onde o
material selante não se apresentar em boas condições. As placas danificadas deverão ser parciais
ou totalmente restauradas, adotando-se os processos construtivos descritos nas Práticas de
Construção.

B) Pavimentos em Blocos de Concreto


A inspeção periódica da superfície deverá delimitar os pontos e áreas com afundamentos. Nestes
locais será realizada a remoção dos blocos, a reconstrução da camada de base e a recolocação dos
blocos que não estiverem danificados, de conformidade com os procedimentos mencionados nas
Práticas de Construção.

C) Pavimentos em Paralelepípedos
A inspeção periódica da superfície deverá delimitar os pontos e áreas com afundamentos. Nestes
locais, será realizada a remoção dos paralelepípedos e a reconstituição da camada de base, seguida
da reposição das peças removidas e o rejuntamento. Mesmo em áreas ou pontos sem afundamentos,
o rejuntamento deverá ser refeito sempre que necessário. Os serviços deverão ser executados de
conformidade com os procedimentos indicados nas Práticas de Construção.

D) Pavimentos Asfálticos
Será prevista a reconstrução da estrutura do pavimento nos locais onde for constatada a existência
de afundamentos ou buracos. As áreas poderão ser demarcadas com a configuração de um
quadrilátero com lados paralelos e perpendiculares ao eixo do pavimento. Após o corte vertical e a
remoção das camadas danificadas do interior da área demarcada, será realizada a sua reconstrução,
de conformidade com os procedimentos indicados nas Práticas de Construção. As anomalias de
maior gravidade, que requeiram reforço ou recomposição do pavimento, de preferência, deverão
ser solucionadas com a orientação do autor do projeto ou de técnico especializado.

3.2 Fundações e Estruturas

3.2.1 Estruturas Metálicas


A) Pontos de Corrosão
Será realizada a limpeza da área afetada, que poderá ser manual, através de escovas de aço, ou
mecânica, através de esmeril ou jateamento com areia ou grimalha. Após a limpeza deverá ser
medida a espessura da chapa na região afetada para avaliação das condições de segurança e da
necessidade de reforço da estrutura. A recomposição da pintura, através de procedimento análogo
ao da aplicação original e recomendações dos fabricantes, será executada após a avaliação e
eventual reforço estrutural.

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B) Parafusos Frouxos
A existência de parafusos frouxos indica uma estrutura com movimentação atípica, não prevista
no projeto. De início, os parafusos deverão ser novamente apertados. O afrouxamento constante
de um mesmo parafuso justifica uma aplicação de interiores e comunicação visual restringem se à
inspeção, limpeza e restauração ou substituição dos elementos deteriorados.

C) Deslocamentos Excessivos
Deslocamentos dos componentes da estrutura fora do padrão normal deverão ser observados
para verificação e acompanhamento adequado. Um parecer técnico, de preferência do autor do
projeto, será importante para determinar a necessidade de instalação de instrumentos de medida
e avaliação estrutural.

D) Trincas em Soldas e Chapas de Base


As falhas ou manchas na pintura da estrutura deverão ser recuperadas de conformidade com os
procedimentos originais e recomendações dos fabricantes. Deverá ser pesquisada a causa do
aparecimento das falhas e manchas, a fim de evitar a sua reincidência. De preferência, a interpretação
das anomalias deverá ser realizada através de parecer técnico do autor do projeto.

E) Falhas na Pintura
As falhas ou manchas na pintura da estrutura deverão ser recuperadas de conformidade com os
procedimentos originais e recomendações dos fabricantes. Deverá ser pesquisada a causa do
aparecimento das falhas e manchas, a fim de evitar a sua reincidência. De referência, a interpretação
das anomalias deverá ser realizada através de parecer técnico do autor do projeto.

3.2.2 Estruturas de Concreto

A) Fissuras:
A existência de fissuras pode indicar problemas na estrutura da edificação, devendo ser caracterizadas
quanto ao tipo e localização. A análise das características e aspecto das fissuras permite relacioná-
las com as prováveis causas geradoras:
• Tração - perpendiculares à direção do esforço atuante e abrangendo toda a seção
transversal da peça;
• Compressão - paralelas à direção do esforço atuante;
• Cisalhamento - inclinadas na direção paralela às bielas de compressão e geralmente
localizadas próximas aos apoios;
• Flexão - perpendiculares ao eixo da estrutura e situando se na região tracionada do
elemento estrutural;
• Retração - geralmente perpendiculares aos eixos dos elementos estruturais;
• Torção - inclinadas como as fissuras de cisalhamento, porém com direção dependendo
do sentido da torção;
• Recalques - inclinadas como fissuras de cisalhamento.

Um parecer técnico, de preferência elaborado pelo autor do projeto, será importante na definição
das causas geradoras, bem como na determinação da terapia da estrutura a ser adotada. Selantes
elásticos, rígidos, ou mesmo um reforço poderão ser propostos.

B) Pontos de Corrosão nas Armaduras:


A corrosão está diretamente associada à segurança da estrutura pois reduz a seção transversal das
armaduras.
As possíveis causas são:
• pequeno cobrimento das armaduras;

58
• infiltrações diversas.
As terapias podem ser subdivididas em 2 grupos:
- Oxidação sem comprometimento das armaduras
• remoção de todo o concreto desagregado;
• limpeza da armadura com escova de aço;
• recomposição com argamassa epoxídica.

-Oxidação com comprometimento das armaduras.

A metodologia será a mesma anterior com substituição do trecho de barra comprometida pela
corrosão.

C) Deslocamentos Excessivos:
Deslocamentos dos elementos estruturais fora do padrão normal deverão ser observados para
verificação e acompanhamento adequados. Um parecer técnico, de preferência do autor do
projeto, será importante para determinar a necessidade de instalação de instrumentos de medida
e avaliação estrutural.

3.2.3 Estrutura de Madeira


A) Ataques de Fungos de Apodrecimento
Deverão ser observados os cuidados necessários para evitar o apodrecimento das peças de madeira
provocado pelo ataque de fungos, que ocorre na conjunção de condições favoráveis de umidade,
oxigênio livre (ar) e temperatura.
Deverão ser removidas as causas da umidade, como as provenientes de goteiras em telhados, as
resultantes do afastamento deficiente de águas pluviais e as decorrentes do acúmulo e condensação
de águas em pontos localizados.

B) Ataques de Organismos Xilófagos


Durante as inspeções periódicas deverá ser pesquisada a existência de ataque dos elementos
estruturais por cupins, brocas, carunchos ou outros organismos xilófagos.

Contatado o ataque, deverão ser providenciadas a eliminação dos insetos e a imunização da


madeira com produtos adequados. Também deverá ser avaliada a extensão dos danos existentes
e a necessidade de reforço ou substituição das peças enfraquecidas. De preferência, estes
procedimentos deverão ser realizados com apoio de parecer emitido pelo autor do projeto e/ou de
técnico especializado.

C) Dispositivos de Ligação
Serão examinados os dispositivos de ligação, verificando-se a sua integridade e as condições
gerais de fixação. Em especial, verificar-se-á a existência de parafusos frouxos, o que indicam
movimentação atípica da estrutura, não prevista em projeto. De início os parafusos deverão ser
novamente apertados. O afrouxamento constante de um mesmo parafuso justifica uma avaliação e
eventual reforço da estrutura, de preferência com orientação do autor do projeto e/ou de técnico
especializado.

D) Contraventamentos
Deverá ser realizada a inspeção geral dos contraventamentos da estrutura, verificando-se a
sua integridade e as ligações à estrutura principal. Os reparos necessários serão realizados sob
orientação do autor do projeto e/ou de técnico especializado.

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E) Deslocamentos Excessivos
Deslocamentos anormais dos componentes da estrutura deverão ser identificados e adequadamente
aferidos, utilizando-se eventualmente instrumentos de medida. O acompanhamento e a evolução
dos deslocamentos deverão ser, de preferência, realizados com o apoio do autor do projeto e/ou
de técnico especializado.

F) Fissuras e Fendas
Deverá ser observada a presença de fissuras e fendas nos elementos estruturais e ainda de eventuais
zonas de esmagamento ou de flambagens localizadas, decorrentes de carregamentos não previstos
ou de mau desempenho da estrutura. Eventuais reparos e reforços necessários serão realizados sob
orientação do autor do projeto e/ou de técnico especializado.

G) Falhas na Pintura
As falhas ou manchas na pintura das estruturas deverão ser recuperadas de conformidade com os
procedimentos originais e recomendações dos fabricantes. As causas do aparecimento das falhas
e manchas serão pesquisadas a fim de se evitar a sua reincidência.

3.2.4 Fundações

Os problemas relacionados com o desempenho das fundações das edificações normalmente


refletem-se nas suas estruturas. A existência de fissuras nas estruturas pode indicar anomalias nas
fundações. Um parecer técnico, de preferência elaborado pelo autor do projeto e de um consultor
especializado em fundações, será importante na definição das causas geradoras das fissuras, bem
como na definição das medidas corretivas a serem aplicadas na edificação.

Se o problema não for de fácil diagnóstico, poderá ser necessária a execução de um plano de
instrumentação para a perfeita definição das suas causas. O plano deverá exigir um determinado
prazo de observação, realizada através de leituras de instrumentos adequados, até que se verifique
a causa do problema.

Conhecidas as causas do problema, serão estabelecidos os procedimentos necessários à solução


das anomalias, usualmente consistindo de um reforço das fundações e de medidas corretivas
das estruturas da edificação. De preferência, o reforço das fundações deve ser projetado por um
consultor de fundações, com a experiência necessária para a definição da solução mais adequada
às condições específicas da edificação.

3.2.5 Contenção de Maciços de Terra


O aparecimento de fissuras, umidade, deslocamentos e rotações excessivas em estruturas de
contenção de maciços de terra indicam geralmente problemas que devem ser bem caracterizados,
quanto ao tipo de anomalia e sua localização.
De preferência, o diagnóstico e a definição de medidas corretivas deverão ser realizados pelo autor
do projeto ou consultor especializado.

3.3 Instalações hidráulicas e sanitárias


Os serviços de manutenção de instalações hidráulicas e sanitárias, de preferência, serão realizados
por profissional ou empresa especializada, ou pelo fabricante do equipamento.

3.3.1 Água Fria


• Reservatórios
• Bombas Hidráulicas
• Válvulas e Caixas de Descarga

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• Registros, Torneiras e Metais Sanitários
• Tubulações (tubos, conexões, fixações e acessórios)
• Ralos e Aparelhos Sanitários
• Válvulas Reguladoras de Pressão
• Tanques Hidropneumáticos e Acessórios

3.3.2 Água Quente


• Bombas Hidráulicas
• Registros, Torneiras e Metais Sanitários
• Tubulações (tubos, conexões, fixações e acessórios)
• Aquecedores e Acessórios
• Válvulas Reguladoras de Pressão
• Tanques Hidropneumáticos e acessórios

3.3.3 Esgotos Sanitários


• Poço de Recalque
• Tubulações (tubos, conexões, fixações e acessórios)
• Ralos e Aparelhos Sanitários
• Fossas Sépticas
• Caixas Coletoras e Caixas de Gordura

3.3.4 Águas Pluviais


• Poços de Recalque
• Tubulações (tubos, conexões, fixações e acessórios)
• Ralos
• Calhas
• Caixas de Inspeção e de Areia

3.3.5 Disposição de Resíduos Sólidos


• Tubulações (tubos, conexões, fixações e acessórios)
Incineradores

3.4 Instalações elétricas e eletrônicas


Os serviços de manutenção de instalações elétricas e eletrônicas, de preferência, serão realizados
por profissional ou empresa especializada, ou pelo fabricante do equipamento.

3.4.1 Instalações Elétricas


A) Subestações
• Transformadores de Força; Transformadores de Corrente e Potencial; Relês de Proteção;
Instrumental de Medição; Seccionadores; Disjuntores; e Contatores
- Calibração;
- Detecção de vazamentos;
- Inspeção das partes metálicas e eletromecânica;;
- Limpeza geral;
- Lubrificação;
- Testes de isolação e de relação;
- Verificação do nível e da rigidez dielétrica do óleo;

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B) Isoladores e Para-raios
- Verificação do estado de conservação da haste e Isoladores;
- Medida de isolação;
- Continuidade do cabo de terra, tubo de proteção e eletrodo.

C) Fios e Cabos
- Testes de isolação;
- Inspeção da capa isolante;
- Temperatura e sobrecargas;
- Reaperto dos terminais.

D) Sistema de Distribuição
• Disjuntores a Volume de Óleo; Disjuntores a Seco; Chaves Magnéticas; Baterias; Luminárias;
Interruptores e Tomadas; Lâmpadas.
- Verificação;
- Inspeção e execução de reparos;
- Regulagem dos relês de proteção;
- Substituição de peças avariadas;
- Limpeza.

E) Motores Elétricos
- Medição das correntes nominais e de partida;
- Verificação do estado de desgaste das escovas;
- Limpeza do motor;
- Verificação de mancais, enrolamentos e comutadores;
- Inspeção do aperto dos parafusos/porcas de fixação;
- Verificação da ocorrência de vibrações e ruídos excessivos;
- Verificação do ajuste do dispositivo de proteção de sobrecarga.

F) Grupo de Emergência
A manutenção de grupos de emergência deverá ser realizada de conformidade com as
recomendações do fabricante do equipamento. Os serviços deverão ser executados por profissional

G) Quadros Gerais de Força e Luz


- Leitura dos instrumentos de medição e verificação das possíveis sobrecargas ou desbalanceamentos;
- Verificação do aquecimento e funcionamento dos disjuntores termomagnéticos;
- Verificação da existência de ruídos elétricos ou mecânicos anormais;
- Medição da amperagem nos alimentadores em todas as saídas dos disjuntores termomagnéticos;
- Verificação da concordância com as condições limites de amperagem máxima permitida para a
proteção dos cabos;
- Verificação do aquecimento nos cabos de alimentação;
- Limpeza externa e interna do quadro;
- Verificação das condições gerais de segurança no funcionamento do Quadro Geral;
- Inspeção dos isoladores e conexões;
- Reaperto dos parafusos de contato dos disjuntores, barramentos, seccionadores, contactores etc;
- Verificação da resistência do aterramento, com base nos limites normalizados.

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H) Redes de Aterramento
- Verificação da malha de aterramento, suas condições normais de uso, conexões, malha de cobre
nú etc;
- Verificação da resistência às condições de uso das ligações entre o aterramento e os estabilizadores;
- Verificação da resistência Ôhmica, com base nos valores limites normalizados;
- Verificação dos índices de umidade e alcalinidade do solo de aterramento, com base nos valores
normalizados.

3.4.2 Instalações Eletrônicas


A) Redes Telefônicas
A manutenção preventiva de redes telefônicas deverá ser realizada de conformidade com as Práticas
da empresa de telecomunicações contratada e recomendações do fabricante do equipamento. Os
serviços de verificação, medição, testes, limpeza, e substituição caso estejam danificados, deverão
ser executados por profissional ou firma especializada, ou pelo fabricante do equipamento, nos
seguintes componentes:
• Central Telefônica
• Mesa Operadora
• Baterias
• Caixas de Distribuição
• Aparelhos Telefônicos

B) Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio


Tratando-se de um sistema de segurança, com riscos de vida e de bens materiais, a verificação
e testes de perfeito funcionamento do sistema de detecção e alarme de incêndio deverão ser
realizados com a supervisão das áreas responsáveis pela segurança da edificação.

• Verificação Visual
- Indicações do painel de controle e alarme e teste das lâmpadas de sinalização;
- Todos os equipamentos como chaves de fluxo, cabos de acionamento, acionadores manuais,
alarmes sonoros, detectores, condutores elétricos e outros;
- Existência de acúmulo de sujeira ou corpos estranhos, vestígios de corrosão, eventuais danos
mecânicos.

• Baterias
- Inspeção da carga, água e alcalinidade/acidez;
- Inspeção do estado de oxidação dos terminais;
- Inspeção do estado de conservação dos carregadores.
• Testes
- Teste de desempenho do sistema (simulação), conforme as recomendações do fabricante do
equipamento;
- Teste real do sistema.

C) Sistema de Sonorização
- Teste de Fontes de Sinal; Sonofletores; Linha de Distribuição; e Verificação visual
- Testes e Verificações

D) Sistema de Antenas Coletivas de TV e FM e TV a Cabo


- Antenas, Mastros e Cabos; Painel de Processamento; e Prumadas de Descida
- Testes e Verificações

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E) Sistema de Circuito Fechado de Televisão
- Testes e verificações

F) Sistema de Supervisão, Comando e Controle


- Testes e verificações

G) Sistema de Cabeamento Estruturado


- Testes e verificações

3.5 Instalações de Prevenção e Combate a Incêndio


Tratando-se de um sistema de segurança, com riscos de vida e de bens materiais, a verificação
e testes de perfeito funcionamento do sistema de detecção e alarme de incêndio deverão ser
realizados com a supervisão das áreas responsáveis pela segurança da edificação.

3.5.1 Extintores de Incêndio


Os serviços de inspeção, manutenção e recarga de extintores de incêndio deverão ser realizados
de conformidade com a Norma NBR 12962, que especifica a frequência de inspeção e os seguintes
níveis de manutenção:
• Manutenção de primeiro nível: manutenção geralmente efetuado no ato da inspeção por
profissional habilitado, que pode ser executado no local onde o extintor está instalado, não havendo
necessidade de removê-lo para oficina especializada.
• Manutenção de segundo nível: manutenção que requer execução de serviços com equipamento e
local apropriado e por profissional habilitado.
• Manutenção de terceiro nível ou vistoria: processo de revisão total do extintor, incluindo a execução
de ensaios hidrostáticos.

A manutenção de primeiro nível consiste em:


- Limpeza dos componentes aparentes;
- Reaperto de componentes roscados que não estejam submetidos à pressão;
- Colocação do quadro de instrução;
- Substituição ou colocação de componentes que não estejam submetidos à pressão por
componentes originais;
- Conferência por pesagem da carga de cilindro carregados com dióxido de carbono.

A manutenção de segundo nível consiste em:


- Desmontagem completa do extintor;
- Verificação da carga;
- Limpeza de todos os componentes;
- Controle de roscas;
- Verificação das partes internas e externas, quanto à existência de danos ou corrosão;
- Regularem de componentes, quando necessária, por outros originais;
- Regulagem das válvulas de alivio e/ou reguladoras de pressão, quando houver;
- Ensaio de indicador de pressão, conforme a norma NBR 9654;
- Fixação dos componentes roscados com torque recomendado pelo fabricante, quando aplicável;
- Pintura conforme o padrão estabelecido na norma NBR 7195 e colocação do quadro de instruções
quando necessário;
- Verificação da existência de vazamento;
- Colocação do lacre, identificando o executor.

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- A manutenção de segundo nível dos extintores à base de espuma química e carga liquida será
realizada da forma descrita no item 5.1.1 da Norma NBR 12962.
- A manutenção de segundo nível dos extintores à base de água e espuma mecânica será realizada
da forma descrita no item 5.1.2 da Norma NBR 12962.
- A manutenção de segundo nível dos extintores à base de pó será realizada da forma descrita no
item 5.1.3 da Norma NBR 12962.
- A manutenção de segundo nível dos extintores à base de dióxido de carbono será realizada da
forma descrita no item 5.1.4 da Norma NBR 12962.
- A manutenção de terceiro nível deverá ser realizada por empresa especializada.

3.5.2 Hidrantes e “Sprinklers”


- Teste de funcionamento do grupo motobomba;
- Verificação e lubrificação de todas as válvulas de controle do sistema;
- Verificação da normalidade do abastecimento d’água do sistema e da possível existência de
válvulas fechadas ou obstruções na tubulação de fornecimento;
- Verificação da pressão dos manômetros;
- Inspeção limpeza dos bicos de “sprinklers”;
- Inspeção das tubulações e verificação das condições de funcionamento;
- Verificação do estado de conservação dos suportes pendentes e reaperto ou substituição;
- Teste dos dispositivos de alarme de descarga de água e lacração na posição normal de abertura
às válvulas que controlam seu fornecimento;
- Inspeção e ligação das bombas;
- Inspeção e limpeza quando necessário, da caixa d’água reservada ao sistema;
- Teste das mangueiras e escoamento de eventuais incrustações e detritos aderidos às paredes
internas da tubulação.

3.5.3 Bombas Hidráulicas


- Inspeção de gaxetas, manômetros, ventilação do ambiente;
- Lubrificação de rolamentos, mancais e outros;
- Verificação de funcionamento do comando automático.

3.5.4 Válvula de Governo e Alarme


- Inspeção de funcionamento;
- Reparos de vazamento;
- Inspeção do manômetro.

3.5.5 Equipamentos de Medição


- Inspeção e recalibração dos manômetros;
- Inspeção e recalibração dos pressostatos;
- Inspeção e recalibração das chaves de fluxos

3.6 Instalações Mecânicas e de Utilidades


Os serviços de manutenção de instalações mecânicas e de utilidades, de preferência, serão
realizados por profissional ou empresa especializada, ou pelo fabricante do equipamento.

A empresa deverá implantar, gerenciar e cumprir todas as exigências constantes no Plano de


Manutenção Operação e Controle (PMOC) dos sistemas de refrigeração e exaustão, incluindo todos
os aparelhos de ar condicionado, de exaustão e as cortinas de ar.

65
I. O PMOC deve conter os seguintes campos:
• Descrição da Atividade
• Periodicidade
• Data da execução
• Executado por
• Aprovado por

II. Tarefas a serem executadas por tipo de equipamento:

3.6.1 Ar condicionado

a) Condicionador de Ar (do tipo “expansão direta” e “água gelada”)

•Compressores
- Verificação de existência de sujeira do lado externo, danos e corrosão;
- Verificação de ruídos, vibração e perfeita fixação nas bases;
- Medição das pressões de sucção e descarga;
- Medição de temperatura de sucção e descarga junto ao compressor;
- Verificação do nível de óleo e troca, se for necessária;
- Medição e ajuste da pressão de óleo lubrificante;
- Medição da temperatura da água de resfriamento do óleo lubrificante antes e depois do trocador
de calor;
- Medição da tensão e corrente elétricas em cada componente;
- Verificação da operação durante a partida do dispositivo de redução de capacidade;
- Verificação da operação correta das chaves e controles de partida;
- Verificação da hermeticidade do selo de vedação do eixo dos compressores;
- Verificar as válvulas de serviço;
- Verificar a temperatura dos mancais dos compressores (no caso de compressor centrífugo);
- Limpeza externa;
- Teste de vazamento.

• Trocador de calor
Condensador Resfriado a Água:
- Verificação da existência de sujeira do lado externo, danos e corrosão;
- Avaliação da temperatura de condensação do refrigerante
- Medição da temperatura na entrada e saída da água de condensação;
- Verificação da operação da válvula reguladora da vazão de água de condensação;
- Ajuste da válvula reguladora de vazão de água de condensação;
- Limpeza do condensador internamente (lado da água) quando houver evidências de aumento de
incrustação;
- Teste de vazamento.

• Evaporador (líquido / refrigerante)


- Verificação da existência de sujeira do lado externo, danos e corrosão;
- Verificação do nível do líquido (no caso de evaporador inundado);
- Medição do superaquecimento do refrigerante;
- Medição da temperatura do líquido na entrada e na saída do resfriador;

66
- Limpeza para o correto funcionamento;
- Teste de vazamento.

• Evaporador (ar / refrigerante)


- Verificação da existência de sujeira no lado externo, danos e corrosão;
- Verificação da operação do “damper” de controle de vazão de ar (quando houver);
- Medição do superaquecimento e subresfriamento do gás refrigerante;
- Medição das temperaturas do ar na entrada e na saída;
- Verificação da operação do dreno de condensado;
- Limpeza adequada da bandeja do condensado e do sistema de drenagem;
- Teste de vazamento.
- Verificar e eliminar sujeira, danos e corrosão no gabinete, na moldura da serpentina e na bandeja;
- Limpar as serpentinas e bandejas;
- Verificar a operação de drenagem de água da bandeja;
- Verificar o estado de conservação do isolamento termo-acústico;
- Verificar a vedação dos painéis de fechamento do gabinete;
- Verificar a tensão das correias para evitar o escorregamento;
- Lavar as bandejas e serpentinas com remoção do biofilme ( Iodo), sem o uso de produtos
desengraxantes e corrosivos;
- Limpar o gabinete do condicionador e ventiladores (carcaça e rotor);
- Verificar os filtros de ar e Filtros de ar (secos);
- Verificar e eliminar a sujeira, danos e corrosão;
- Medir o diferencial de pressão;
- Verificar e eliminar as frestas dos filtros;
- Limpar (quando recuperável) ou substituir (quando descartável) o elemento filtrante.

• Filtros de ar (embebidos em óleo)

- Verificar e eliminar sujeira, danos e corrosão;


- Medir o diferencial de pressão;
- Verificar e eliminar as frestas dos filtros;
- Lavar o filtro com produto desengraxante e inodoro;
- Pulverizar com óleo (inodoro) e escorrer, mantendo uma fina película de óleo.

b) Condicionador de Ar (do tipo “com condensador remoto” e “janela”)

- Verificar e eliminar a sujeira, danos e corrosão no gabinete, na moldura da serpentina e na bandeja;


- Verificar a operação de drenagem da bandeja;
- Verificar o estado de conservação do isolamento termo – acústico (se está preservado e se não
contém bolor);
- Verificar o estado de vedação dos painéis de fechamento do gabinete;
- Lavar as bandejas e serpentinas com remoção do biofilme (Iodo), sem o uso de produtos
desengraxantes e corrosivos;
- Limpar o gabinete do condicionador;
- Verificar os filtros de ar.

• Filtros de ar

67
- Verificar e eliminar sujeira, danos e corrosão;
- Verificar e eliminar as frestas dos filtros;
- Limpar o elemento filtrante.

• Ventiladores

- Verificar e eliminar sujeira, danos e corrosão;


- Verificar a fixação;
- Verificar o ruído dos mancais;
- Verificar a tensão das correias para evitar o escorregamento;
- Verificar vazamentos nas ligações flexíveis;
- Verificar a operação dos amortecedores de vibração;
- Verificar a instalação dos protetores de polias e correias;
- Verificar a operação dos controles de vazão;
- Limpar interna e externamente a carcaça e o rotor.

• Casa de máquinas do Condicionador de Ar

- Verificar e eliminar sujeira e água;


- Verificar e eliminar corpos estranhos;
- Verificar e eliminar as obstruções no retorno e tomada de ar externo.

• Aquecedores de ar

- Verificar e eliminar sujeira, dano e corrosão;


- Verificar o funcionamento dos dispositivos de segurança;
- Limpar a face de passagem do fluxo de ar.

• Umidificador de ar com tubo difusor (ver obs. 1)

- Verificar e eliminar sujeira, danos e corrosão;


- Verificar a operação da válvula de controle;
- Purgar a água do sistema;
- Verificar o tapamento da caixa d’água de reposição;
- Verificar o funcionamento dos dispositivos de segurança;
- Verificar o estado das linhas de distribuição de vapor e condensado.

• Tomada de ar externo (ver obs. 2)

- Verificar e eliminar sujeira, danos e corrosão


- Verificar a fixação;
- Medir o diferencial de pressão;
- Medir a vazão;
- Verificar e eliminar as frestas dos filtros;
- Verificar o acionamento mecânico do registro de ar (“damper”);
- Limpar (quando recuperável) ou substituir (quando descartável) o elemento filtrante.

68
• Tomada de ar externo (“damper” de retorno) (ver a obs. 2)

- Verificar e eliminar sujeira, danos e corrosão;


- Verificar o seu acionamento mecânico;
- Medir a vazão.

• Registro de ar (“damper”) corta fogo (quando houver)

- Verificar o certificado de teste;


- Verificar e eliminar sujeira nos elementos de fechamento, trava e reabertura;
- Verificar o posicionamento do indicador de condição (aberto ou fechado).

• Registro de ar (“damper”) de gravidade (venezianas automáticas)

- Verificar e eliminar sujeira, danos e corrosão


- Verificar o acionamento mecânico;
- Lubrificar mananciais.

Observações:
1- Não é recomendado o uso de umidificador de ar por aspersão que possui bacia de água
no interior do duto de insuflamento ou no gabinete do condicionador.
2- É necessária a existência de registro de ar no retorno e tomada de ar externo, para
garantir a correta vazão de ar no sistema.

• Dutos, Acessórios e Caixa Pleno de Ar

- Verificar e eliminar sujeira (interna e externa), danos e corrosão;


- Verificar a vedação das portas de inspeção em operação normal;
- Verificar a vedação das conexões;

• Bocas de ar para insuflamento e retorno de ar

- Verificar e eliminar sujeira, danos e corrosão;


- Medir a vazão;
- Dispositivos de bloqueio e balanceamento;
- Verificar e eliminar sujeira, danos e corrosão;
- Verificar o funcionamento.

• Ambientes climatizados

- Verificar e eliminar sujeira, odores desagradáveis, fontes de ruídos, infiltrações, armazenagem de


produtos químicos, fontes de radiação de calor excessivo e fontes de geração de microorganismos.

• Torre de resfriamento
- Verificar e eliminar sujeira, danos e corrosão.

69
c) Componentes do Sistema (circuito refrigerante)

• Tubulações:
- Verificação da existência de sujeira do lado externo, danos e corrosão;
- Verificação da existência de danos no isolamento externo;
- Verificação da firmeza de fixação;
- Verificação da existência de danos externos nos compensadores de vibração;
- Teste de vazamento;
- Verificação da existência de obstrução no filtro secador e substituição quando necessária;
- Verificação da existência de bolhas no visor da linha de líquido;
- Verificação da mudança de cor no indicador de umidade do visor de linha de líquido;
- Verificação do nível no reservatório de refrigerante líquido (quando houver);

• Válvulas:
- Verificação da existência de sujeira do lado externo, danos e corrosão;
- Verificação da operação das válvulas solenoides e outras motorizadas;
- Ajuste do dispositivo de expansão;
- Verificação da operação das válvulas de bloqueio;
- Teste de vazamento.

• Dispositivos de Segurança e Controle:


- Verificação da existência de sujeira do lado externo, danos e corrosão;
- Verificação da operação;
- Ajuste dos parâmetros de projeto;
- Teste de vazamento.

• Instrumentos para Indicação e Medição:


- Verificação da existência de sujeira do lado externo, danos e corrosão;
- Aferição da exatidão da leitura dos termômetros;
- Aferição da exatidão da leitura dos manômetros;
- Aferição da exatidão da leitura dos medidores de nível;
- Aferição da exatidão dos medidores de vazão;
- Teste de vazamento.

• Dispositivos para Expansão e Mistura (caixa VAV)


- Verificação da existência de sujeira, danos e corrosão;
- Verificação do funcionamento correto dos controladores de vazão;
- Verificação do funcionamento correto dos “dampers” de controle de vazão;
- Limpeza adequada para o correto funcionamento.

Dispositivos de Bloqueio e Balanceamento


- Verificação da existência de sujeira, danos e corrosão;
- Verificação do correto funcionamento;
- Limpeza adequada para o correto funcionamento.

70
d) Componentes do Sistema Hidráulico

• Bombas
- Verificação da existência de danos e corrosão externos, ruídos e perfeita fixação;
- Verificação do correto funcionamento;
- Verificação da vedação da gaxeta do eixo;
- Ajuste da prensa gaxeta;
- Lubrificação dos mancais.

• Válvulas de Controle, ajuste e bloqueio


- Verificação da existência de sujeira, danos e corrosão externos;
- Verificação do correto funcionamento;
- Verificação de vazamento (inspeção visual);
- Ajuste da pressão da gaxeta;
- Verificação da haste.

• Filtros de Água
- Verificação da existência de sujeira, danos e corrosão externa;
- Limpeza da tela;
- Verificação dos danos na tela.

• Tubulações, Tampas de Expansão e Acessórios


- Verificação da existência de sujeira, danos e corrosão, vazamento e perfeita fixação;
- Verificação dos danos no isolamento (inspeção visual);
- Verificação dos danos nos termômetros;
- Verificação dos danos nos manômetros;
- Verificação dos danos nas juntas de expansão (inspeção visual);
- Verificação dos o nível de líquido (no tanque de expansão);
- Ajuste do nível de líquido (no tanque de expansão);
- Purgação do ar do sistema;
- Repintura.

e) Elementos de Acionamento / Transmissão

• Motores
- Verificação da existência de sujeira, danos, corrosão e perfeita fixação;
- Verificação do sentido da rotação;
- Verificação do ruído nos mancais;
- Lubrificação dos mancais;
- Verificação da correta instalação dos protetores (segurança);
- Limpeza adequada para o correto funcionamento.

• Correia
- Verificação da existência de sujeira, danos e desgaste;
- Verificação da tensão e alinhamento;
- Ajustes;
- Substituição das correias;

71
- Verificação da correta instalação e fixação dos protetores;
- Limpeza adequada para o correto funcionamento.

• Acoplamento
- Verificação da existência de sujeira, danos, corrosão e perfeita fixação;
- Verificação da temperatura;
- Troca do lubrificante;
- Verificação da correta instalação do protetor;
- Limpeza adequada para o correto funcionamento.

• Redutores
- Verificação da existência de sujeira, danos, ruídos e perfeita fixação;
- Troca do óleo;
- Limpeza adequada para o correto funcionamento.

f) Quadros de Força e Comando

•Sistema de Comando Elétrico


- Verificação da perfeita instalação e as condições ambientais;
- Verificação da existência de sujeira, danos e corrosão;
- Limpeza adequada para o correto funcionamento;
- Verificação das conexões dos terminais para as funções mecânicas / elétricas;
- Verificação dos elementos funcionais, a exemplo: chaves elétricas e componentes indicados;
- Ajuste e calibração dos elementos funcionais, a exemplo: chaves elétricas e componentes
indicadores;
- Verificação dos alarmes visíveis e audíveis;
- Verificação da existência de danos e desgastes em contatores e relês, a exemplo: pastilhas de
contato, molas de ajuste etc.;
- Verificação da ação das chaves elétricas e dispositivos de controle, a exemplo: termostato anti-
congelamento;
- Verificação da correta atuação dos dispositivos de proteção, a exemplo: protetor térmico;
- Verificação da correta atuação dos dispositivos elétricos de partida, a exemplo: relê de tempo;
- Verificação das funções de controle manual, automático e remoto;
- Recalibração.

Notas:

1) As práticas de manutenção acima devem ser aplicadas em conjunto com as recomendações


de manutenção mecânica da NBR 13.971 – Sistemas de Refrigeração, Condicionamento de Ar e
Ventilação – Manutenção Programada da ABNT, assim como aos edifícios da Administração
Pública Federal o disposto no capítulo Práticas de Manutenção, Anexo 3, itens 2.6.3 e 2.6.4 da
Portaria nº 2.296/97, de 23 de julho de 1997, Praticas de Projeto, Construção e Manutenção dos
Edifícios Públicos Federais, do Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado – MARE.
O somatório das práticas de manutenção para garantia do ar e manutenção programada visando
o bom funcionamento e desempenho térmico dos sistemaspermitirá o correto controle dos ajustes
das variáveis de manutenção e controle dos poluentes dos ambientes.

2) Todos os produtos utilizados na limpeza dos componentes dos sistemas de climatização, devem
ser biodegradáveis e estarem devidamente registrados no Ministério da Saúde para esse fim.

72
3) Toda verificação deve ser seguida dos procedimentos necessários para o funcionamento correto
do sistema de climatização.

4) Recomendações aos usuários em situações de falha do equipamento e outras de emergência.

• Sistema de Comando Pneumático


- Verificação da existência de sujeira, danos e corrosão;
- Verificação do nível de óleo do compressor;
- Restauração do nível de óleo do compressor;
- Troca do óleo do compressor;
- Verificação a correta operação do compressor;
- Verificação da correta operação dos dispositivos de controle e segurança;
- Recalibração dos dispositivos de controle e segurança;
- Verificação da correta operação do sistema automático de drenagem;
- Drenagem do reservatório de ar comprimido;
- Verificação da existência de sujeira no filtro;
- Limpeza do filtro;
- Exame do filtro;
- Verificação da correta operação do desumidificador;
- Limpeza adequada para o correto funcionamento.

3.6.2 Oxigênio

• Tubulações (tubos, conexões, fixação e acessórios)


- Inspeção de vazamento e corrosão;
- Serviços de limpeza;
- Reparos de trechos, suportes e pintura;
- Troca ou manutenção periódica das válvulas reguladoras de pressão;
- inspeção E reparo dos sistemas de segurança;
- Inspeção e recalibragem dos equipamentos de medições;
- Reparos necessários.

3.6.3 Ar Comprimido

• Tubulações (tubos, conexões, fixação e acessórios)


- Inspeção de vazamento e corrosão;
- Serviços de limpeza;
- Troca ou manutenção periódica das válvulas de
Secionamento;
- inspeção E reparo nos sistemas de segurança;
- Inspeção e recalibragem dos equipamentos de medição;
- Reparos de trechos e de fixações;
- Inspeção das uniões conexões x tubos;
- Pintura contra corrosão.

• Válvulas Reguladoras de Pressão e Purgadores


- Inspeção de funcionamento;

73
- Reparos necessários.

• Compressores e Reservatórios
- Inspeção de funcionamento;
- inspeção E reparo na pintura;
- inspeção E lubrificação das partes móveis tal como caixa de rolamento;
- troca E/ou reparos dos rolamentos, mancais, selo mecânico, acoplamentos e outros;
- Verificação das juntas e gaxetas quando forem desmontadas;
- Verificação do nível de ruído proveniente do desbalanceamento dinâmico;
- Verificação da alteração da temperatura e registrá-la como parâmetro;
- Verificação do funcionamento dos filtros, resfriadores, desumificadores;
- Inspeção periódica da ventilação da ventilação e temperatura do ambiente da casa dos
compressores.

3.6.4 Vácuo
• Tubulações (tubos, conexões, fixação e acessórios)
- Inspeção de vazamento e corrosão;
- Serviços de limpeza;
- Reparos nos trechos, suportes e fixações;
- Manutenção das válvulas de seccionamento;
- Inspeção e reparos nos sistemas anti-contaminação;
- Inspeção e recalibragem dos equipamentos da medição;
- Inspeção das conexões x tubos;
- Pintura contra corrosão.

• Bombas de vácuo e reservatórios


- Inspeção de funcionamento;
- inspeção E reparos na pintura;
- inspeção E lubrificação das partes moveis tal como caixa de rolamento;
- Inspeção de rolamentos, mancais, selos mecânicos, acoplamentos e outros;
- Verificar juntas e gaxetas quando forem desmontadas;
- Verificar periodicamente o nível de ruído proveniente do desbalanceamento dinâmico;
- Verificar a alteração da temperatura e registrá-la como parâmetro;
- Verificar o funcionamento dos filtros, resfriadores, desumidificadores;
- Inspeção da ventilação da ventilação e temperatura do ambiente da central de vácuo.

3.7 Periodicidade
A periodicidade das inspeções será estabelecida em função da intensidade de uso das instalações e
componentes, das condições locais, experiência do Contratante e recomendações dos fabricantes
e fornecedores.

No caso de contratação de serviços de terceiros, a periodicidade será proposta e justificada, a fim


de permitir a avaliação e aprovação do Contratante.
De forma sugestiva, apresentamos no Quadro 2 a seguir uma proposta de periodicidade para
execução de alguns serviços, no que tange as instalações elétricas, instalações hidráulicas e
sanitárias, reformas e reparos, e entrega de relatórios técnicos a serem emitidos pela empresa
contratada.

74
QUADRO 2. Quadro de periodicidade de serviços a serem executados nas Policlínicas de Saúde –
instalações elétricas, instalações hidráulicas e sanitárias, reformas e reparos, e entrega de relatórios
técnicos.

POLICLÍNICAS TIPO II PERIODICIDADE

A - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
(Atividades a serem realizadas pelos Eletricistas de Alta e Baixa Tensão)

Os serviços a serem prestados pela Contratada devem abranger a rede elétrica de tomadas de rede
comercial, estabilizada, de emergência e sistema de iluminação, além do sistema de aterramento
e SPDA.
I - Verificar as
condições gerais
de segurança e
funcionamento do Diária
quadro geral de baixa
tensão e centros de
distribuição.
II - Operacionalizar
o funcionamento
do grupo gerador
Seguir a periodicidade indicada pelo fabricante. Os testes do
e acompanhar os
equipamento, além do funcionamento devem prever dias específicos
serviços de manutenção
para testes com carga.
preventiva e corretiva
efetuados pela empresa
Contratada.
III - Verificar o nível de
óleo nos reservatórios
do gerador
acompanhando o
abastecimento quando
necessário, condições
Diária
da bateria, temperatura
da resistência de
reaquecimento e se
existe alguma anomalia
indicada no display de
monitoramento.
IV - Inspecionar a
iluminação interna
e externa com
substituição de peças
avariadas (luminárias,
Diária
lâmpadas, reatores,
soquetes, chuveiro
elétrico, vidros e
acrílicos de proteção,
etc).
V – Efetuar limpeza
externa e interna,
Quinzenal
mantendo a sala dos
equipamentos limpa.

75
VI - Verificar as
condições gerais de
funcionamento das
Diária
bombas de recalque
e quadros elétricos de
comando.
VII - Ligar e desligar
os sistemas de
iluminação, conforme
Diária
a rotina determinada
pela Fiscalização do
contrato.
VIII - Efetuar leitura
dos instrumentos de
Diária
medição do consumo
de energia elétrica.
QUADRO GERAL DE BAIXA TENSÃO (QGBT) E CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO (CDs)
I - Efetuar a leitura
dos instrumentos de
medição e verificar as Mensal
possíveis sobrecargas
ou desbalanceamentos.
II - Verificar
funcionamento e
corrigir eventuais
Mensal
falhas ou aquecimento
dos disjuntores
termomagnéticos.
III - Verificar a existência
de ruídos elétricos ou Mensal
mecânicos anormais.
IV - Medir a corrente
nos alimentadores
em todas as saídas
Mensal
dos disjuntores
termomagnéticos do
QGBT e CDs.
V - Verificar a
concordância com
as condições limites
Mensal
de corrente máxima
permitida para a
proteção dos cabos.
VI - Verificar e corrigir o
aquecimento nos cabos Mensal
de alimentação.
VII - Limpar
externamente os Mensal
quadros.
VIII - Inspecionar os
isoladores e conexões.
Mensal
Efetuar o reaperto das
conexões.

76
IX - Verificar a
continuidade do Mensal
aterramento.
X - Medir diferença de
tensão elétrica entre Mensal
neutro e terra.
XI - Substituir
elementos defeituosos
por outros de Mensal
características técnicas
equivalentes.
XII - Lubrificar as
Anual
dobradiças das portas.
XIII - Eliminar pontos de
Anual
ferrugem e corrosão.
ISOLADORES E PÁRA-RAIOS
I - Verificar o estado de
conservação das hastes Mensal
e isoladores.
II - Verificar a
continuidade do cabo
Mensal
de terra, tubo de
proteção e eletrodo.
III – Efetuar a cotação
para o serviço de Anual
inspeção anual
MOTORES ELÉTRICOS
I - Medir as correntes de
Mensal
operação nominal
II - Efetuar limpeza
Eventual
geral no motor.
III - Inspecionar o
aperto dos parafusos/ Eventual
porcas de fixação.
IV - Verificar a
ocorrência de vibrações Eventual
e ruídos excessivos.
V - Verificar o ajuste do
dispositivo de proteção Eventual
de sobrecarga.
ILUMINAÇÃO E TOMADAS
I - Efetuar limpeza
geral dos componentes
Diário
da iluminação e de
tomadas.
II - Substituir elementos
defeituosos por outros
Diário
de características
técnicas equivalentes

77
III - Manter em ordem
e devidamente
atualizados a
Diário
identificação de
quadros, circuitos,
tomadas e luminárias.
CONTATORES
I - Efetuar limpeza dos
Anual
contatos.
II - Reapertar os
Anual
terminais.
III - Efetuar limpeza da
Anual
câmara de extinção.
SUBESTAÇÃO TRANSFORMADORA
Transformadores
I - Executar limpeza e
reaperto dos terminais Anual
de AT e BT.
II - Inspecionar as
Anual
partes metálicas.
III – Efetuar pintura da
sala dos equipamentos
Semestral
mantendo-a sempre
limpa.
IV - Executar teste de
Anual
isolação (megger)
V - Executar teste de
resistência ôhmica de Anual
enrolamentos.
VI - Executar teste
de relação de Anual
transformação (TTR).
Seccionadores
I - Efetuar limpeza
e lubrificação dos Anual
contatos.
II - Reapertar parafusos
Anual
e terminais.
Casa de Medição
I – Verificar a existência
de fuga de tensão nas
chaves, transformador,
disjuntor e barramento
Mensal
de cobre. Havendo fuga
informar imediatamente
a Diretoria
Administrativa.
II – Verificar quando
da falta da energia,
observar na Casa
Eventual
de Medição se a
situação do display da
Concessionária.

78
III – Verificar as
condições dos
isoladores, substituindo Semestral
em caso de
necessidade.
IV – Proceder limpeza
da sala da Casa de Quinzenal
Medição.
Inspeção Termográfica
I - Efetuar inspeção
termográfica, com
acompanhamento do
fiscal de contrato, dos
componentes, terminais
de fixação, bases
fusíveis e barramentos Anual
de subestação de
energia, Quadros
Gerais de Baixa Tensão
– QGBT e quadros
de transferência para
grupo gerador.
II - A Inspeção
Termográfica será
realizada através
de Termovisor que
possibilite o registro Anual
das imagens térmicas
geradas, de forma
fotográfica ou
digitalizada.
III - O relatório da
Inspeção Termográfica
deverá ser completo,
contendo de forma
impressa, as imagens
e respectivas
Anual
temperaturas, dos
pontos da instalação
considerando críticos
e/ou suspeitos e
indicando providências
a serem tomadas.
IV - Caberá à
Contratada a correção
e acompanhamento
das irregularidades Anual
apontadas no
relatório de Inspeção
Termográfica.

79
Outras Atividades no Sistema Elétrico e de Lógica e Telefonia
I - Efetuar instalação de
novos circuitos elétricos
ou remanejamentos
de circuitos existentes,
com as respectivas
adequações de
Eventual
quadros, fiações,
proteções e
infraestrutura além
das alterações nos
diagramas fixados nos
quadros elétricos.
II - Sempre que ocorrer
alguma alteração,
efetuar a atualização Eventual
das plantas de as-built
da rede.
III - Manter em ordem
e devidamente
atualizado o sistema de
Eventual
identificação adotado
pela rede elétrica
(tomadas e iluminação).
IV - Manter em
ordem e limpos os
quadros da rede e os
ambientes usados por
Mensal
equipamentos de rede
elétrica (nobreaks,
estabilizadores, entrada
de energia).
V - Efetuar a passagem
de novas canaletas
e dutos para o
encaminhamento
de cabos elétricos, Eventual
mantendo a
padronização de cores
de cabos adotada pela
Contratante.
VI - Retirar cabos
desativados nos
Eventual
shafts, forros, calhas e
canaletas.
VII – Manter os quadros
de distribuição com
as identificações
Mensal
do circuito elétrico
correspondente a cada
quadro.

80
VIII - Sempre que
solicitado pela
Fiscalização de
contrato, apresentar
memoriais de cálculo Eventual
e dimensionamento
de cabos, proteções e
ocupação de dutos da
rede.
IX - Atender a outras
solicitações da
Fiscalização de contrato
Eventual
no que diz respeito a
adequações na rede
elétrica do prédio.
X – Atender às
demandas de telefonia
e lógica, remanejando
Eventual
o cabeamento e
reconectando os
terminais.
XI – Manutenção no
sistema de alarme e Eventual
detecção de incêndio.

POLICLÍNICAS TIPO II PERIODICIDADE

B - INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS


(Atividades a serem realizadas pelo Encanador)

I - Efetuar revisão de
registros, torneiras,
Diária
metais sanitários e
acessórios.
II – Efetuar revisão
de válvulas e caixas
de descarga com Diária
regulagem do fluxo
d’água.
III – Efetuar revisão do
sistema de tubulações,
ralos, caixas de gordura,
caixas de inspeção
Diária
e drenos, incluindo
limpeza e desobstrução,
sem ônus para a
CONTRATANTE.

81
IV – Efetuar revisão,
fixação e ajustes dos
Diária
lavatórios, pias e
aparelhos sanitários.
V – Efetuar
desentupimento da
Diária
rede e caixas de esgoto
quando necessário.
VI – Limpeza e
Diária
manutenção de grelhas
VII – Manutenção dos
Eventual
hidrantes
RESERVATÓRIOS
I – Inspecionar o
medidor de nível,
torneira de boia,
extravasor e sistema Mensal
automático de
funcionamento das
bombas.
II – Verificar a ventilação
do ambiente e das Mensal
aberturas de acesso.
III – Efetuar controle
do nível de água
Mensal
para verificação de
vazamentos.
IV – Inspecionar as
tubulações imersas na Mensal
água.
V – Verificar o barrilete. Mensal
VI – Acompanhar o
serviço de limpeza e Semestral
higienização
REGISTROS, TORNEIRAS E METAIS SANITÁRIOS
I – Verificar o
Diário
funcionamento.
II – Efetuar reparos de
vazamento com troca
de guarnição, aperto de Diário
gaxeta e substituição
do material completo.
TUBULAÇÕES (Tubos, conexões, fixações e acessórios)
I – Verificar existência
Diário
de corrosão.
II – Inspecionar
Diário
vazamentos.
III - Efetuar serviços de
Diário
limpeza e desobstrução.
IV – Efetuar reparos de
trechos e de fixações, Diário
inclusive repintura.

82
V –Inspecionar as
uniões dos tubos e Diário
conexões.
VI – Inspecionar as
tubulações das colunas Diário
de água.
VII – Verificar o estado
Diário
do hidrômetro.
VIII - Desentupimento
Diário
de tubulações.
RALOS E APARELHOS SANITÁRIOS
I – Inspecionar o
funcionamento
efetuando os reparos, Diário
inclusive nas caixas
acopladas
II – Efetuar serviços de
Eventual
limpeza e desobstrução.
III – Efetuar a inspeção
e manutenção dos
Diário
assentos vasos
sanitários
CAIXAS COLETORAS, CAIXAS DE GORDURA E POÇOS DE INSPEÇÃO
I - Efetuar os reparos
Mensal
necessários.
II - Efetuar inspeção
Quinzenal
geral.
III - Retirar materiais
Quinzenal
sólidos depositados.
IV - Retirar os óleos
e gorduras, sem ônus Quinzenal
para o CONTRATANTE
ÁGUAS PLUVIAS
Tubulações (tubos, conexões, fixações e acessórios)
I - Verificar existência
Mensal
de corrosão.
II - Inspecionar
Mensal
vazamentos.
III - Efetuar reparos de
trechos e de fixações, Mensal
inclusive repintura.
IV - Inspecionar as
uniões dos tubos e Mensal
conexões.
V - Inspecionar as
tubulações das colunas Mensal
de água.
VI - Limpar as galerias
de captação de águas Anual
pluviais.

83
Ralos e Caixas de Inspeção
I - Efetuar inspeção de
Mensal
funcionamento.
II - Executar serviços de
Mensal
limpeza e desobstrução
Calhas
I - Efetuar inspeção de
Mensal
vazamentos.
II - Efetuar serviços de
Mensal
limpeza e desobstrução.
III - Efetuar reparos de
Mensal
trechos e de fixações.
IV - Efetuar inspeção
das uniões, calhas e Mensal
tubos.
ÁGUA DE REÚSO
I –Inspeção do
Diário
reservatório de água
II –Checar bombas de
Diário
irrigação
III – No caso de falta de
água no reservatório
Eventual
providenciar a irrigação
por outros meios

POLICLÍNICAS TIPO II PERIODICIDADE

C - REFORMAS E REPAROS
(Atividades a serem desenvolvidas por Artífice, Carpinteiro, Pintor, Pedreiro,
Serralheiro e Auxiliar de Serviços Gerais)

I - Verificação do
funcionamento,
ajuste, alinhamento
e lubrificação das
portas (incluindo as
de emergência e as
de vidro com ou sem
Diário
acionamento elétrico,
fechaduras, janelas,
ferragens, molas
e amortecedores
hidráulicos, com
reparo dos elementos
danificados.

84
II - Colocação de massa
de calafetar, silicone e
borrachas de vedação
nas esquadrias,
manutenção nas
esquadrias de alumínio,
tratamento de junta
dilatação sempre que
necessário, inspeção
de persianas, com
reparo dos elementos
danificados e inspeção
em pisos internos e
externos, alvenarias,
forros, revestimentos,
pinturas, azulejos,
Eventual
comunicação visual,
pavimentação,
grades metálicas,
estruturas metálicas,
telhados (incluindo
pintura e a revisão do
madeiramento, com
aplicação de produtos
para a conservação
bem como a imunização
contra cupins e
brocas), coberturas
e impermeabilização,
com reparo de todos os
elementos danificados
citados acima.
III – Desmontagem,
realocação, substituição
e montagem de painéis
de divisórias, confecção
Diário
e reparo de móveis,
com as respectivas
adequações das áreas
afetadas.
IV – Recomposição de
forros e revestimentos
de pisos usados pelas Eventual
tampas das caixas de
piso e de passagem.
V – Recomposição do
forro, divisórias (de
Eucatex ou gesso) de
Eventual
áreas afetadas por
vazamentos de rede
hidráulica e pluvial.

85
VI – Desmontagem,
realocação, substituição
e montagem de pias, Eventual
bancadas de cozinha e
similares.
VII – Retirada de
entulhos, sem ônus para Semanal
o CONTRATANTE.
VIII – Efetuar pequenos
Eventual
reparos de pintura
IX – Manutenção e
pintura da cobertura Eventual
alveolar
X – Manutenção do
paisagismo incluindo o
serviço de irrigação e a
Diário
substituição de grama
e de plantas quando
necessário.
XI – Controle e
acompanhamento
Eventual
da manutenção dos
extintores

POLICLÍNICAS TIPO II PERIODICIDADE

D - SERVIÇOS EM PAREDES DRYWALL


(Atividades a serem realizadas pelo Artífice)

I - Efetuar as
manutenções
preventivas e corretivas
das instalações
em gesso e forro Eventual
acartonado drywall,
atender as solicitações
das Unidades da
POLICLÍNICA.
II - Realizar instalações
em peças de gesso
para a construção civil,
arquitetura e decoração
de ambientes, a
Eventual
exemplo de tetos,
paredes, forros e
revestimentos em geral,
divisórias, molduras e
reparos.

86
III - Elaborar guias e
montantes, bem como
elaborar estrutura para
permitir a instalação
Eventual
elétrica do local ou
ainda instalação de
estrutura de gesso para
luminárias.

POLICLÍNICAS TIPO II PERIODICIDADE

E - RELATÓRIOS TÉCNICOS A SEREM EMITIDOS PELA EMPRESA CONTRATADA

I – Descrições dos
serviços preventivos e
corretivos executados
durante a semana, bem
Mensal
como falhas durantes os
testes, incluindo a data,
o horário e o local dos
mesmos;
II – Relação de peças,
componentes e
materiais substituídos
por defeito, desgastes Mensal
ou utilizadas
em ampliações,
modificações
III – Relação de serviços
em andamento com
estimativa de prazo de
Semanal
conclusão e a executar
com estimativa de
prazo de início.
IV – Resumo das
anormalidades e dos
fatos ocorridos no
período incluindo: falta Mensal
de energia, pico de
consumo de energia e
de água
V – Relação de
pendências, razão de
sua existência e quais
Quinzenal
destas dependem de
solução/autorização do
Contratante
VI – Informações sobre
a situação dos sistemas
Trimestral
e equipamentos
indicando deficiência

87
VII – Sugestões sobre
reparos preventivos ou
modernizações cujas Mensal
necessidades tenham
sido constatadas
VIII – Sugestões de
modificações nas
instalações, objetivando
Mensal
otimizar os sistemas e
economizar o consumo
de energia e água.
IX - Proceder
permanente a
atualização da relação
Quando necessário
de empregados
com a relação dos
funcionários de férias
MANUTENÇÕES CORRETIVAS
Manutenções corretivas
permanentes e Quando necessário
imediatas
Nota: O fornecimento de andaimes e sua montagem serão de responsabilidade da contratada

3.8 Reposição de Peças

A substituição das peças, acessórios e aquisição de materiais necessários à execução dos serviços,
somente poderá ocorrer após a apresentação de orçamento prévio, discriminando os serviços a
serem efetuados, as peças e/ou acessórios a serem repostos e/ou materiais a serem adquiridos, o
quantitativo, a marca e os valores respectivos de cada item, o qual ficará sujeito à autorização por
parte da Administração, sem o que não deverá ser executado o serviço, sob pena de não se efetuar
o respectivo pagamento.

3.9 Equipe Técnica Residente

Os serviços devem ser executados por profissionais que possuam qualificação técnica e treinamento
compatível com a atividade a ser desempenhada, sob inteira responsabilidade da contratada, que
deve orientá-los quanto às suas obrigações e afazeres.

3.9.1 Qualificação da Equipe

A Contratada deverá comprovar a qualificação da equipe quando da assinatura do Contrato


considerando os seguintes requisitos mínimos:
• Profissional qualificado – trabalhador que comprovar conclusão de curso específico na área,
reconhecido pelo sistema oficial de ensino.
• Profissional habilitado – trabalhador peviamente qualificado e com registro no competente
conselho de classe.
• Profissional capacitado – trabalhador que receba capacitação sob orientação e responsabilidade
de profissional habilitado e autorizado, que trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado
e autorizado.

88
No Quadro 3 consta a capacitação minima por categoria profissional a ser contratada.

QUADRO 3. Qualificação Profissional da Equipe Residente

Auxiliar de Serviços Experiência mínima comprovada de 01 (um) ano em serviços auxiliares


Gerais de manutenção predial.
Experiência comprovada de, no mínimo, 03 (três) ano, nas atividades
Auxiliar administrativo administrativas, incluindo conhecimentos básicos na utilização de
microcomputador (Word, Excel, etc).
Curso técnico ou profissionalizante ministrado por instituição de ensino
reconhecido pelo MEC ou SENAI na área de eletricidade predial;
Eletricista de Alta e
Experiência mínima comprovada de 03 (três) anos em eletricidade
Baixa Tensão
predial, comandos elétricos, força, controle e painel com certificado
de curso de NR 10 atualizado.
Experiência mínima comprovada de 03 (três) anos em manutenção
Bombeiro Hidráulico
hidrossanitária predial.
Experiência mínima comprovada de 03 (três) anos em serviços de
Pintor
pintura diversas inclusive em gesso.
Experiência mínima comprovada de 03 (três) anos em serviços de
Pedreiro
construção civil, pequenos reparos e reformas.
Experiência mínima comprovada de 03 (três) anos em serviços de
Serralheiro
solda, ferragem, confecção de grades, etc.
Experiência mínima comprovada de 03 (três) anos em serviços de
Carpinteiro confecção e reforma de móveis de madeira / compensado /MDF,
aglomerado e divisórias de tipo Eucatex / PVC, forro de PVC.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O plano de manutenção predial é de fundamental importância para garantir o adequado


funcionamento da Policlínica. Entendemos que a manutenção não pode ser feita de modo
improvisado e casual, ela deve incluir todos os serviços necessários para prevenir ou corrigir a
perda de desempenho decorrente da deterioração dos seus componentes, ou de atualizações nas
necessidades dos seus usuários. A manutenção predial deve ser realizada por meio de um conjunto
de atividades e recursos que garantam o melhor desempenho da edificação, segundo uma lógica
de controle de custos e maximização da satisfação da população usuária dos serviços com as
condições oferecidas pela edificação.

89
REFERÊNCIAS

SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ. Roteiro para o gerenciamento de manutenção


de equipamentos, de infraestrutura, de apoio e médico hospitalares definidos para as Policlínicas
Tipo II.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução de


Diretoria Colegiada – RDC Nº 2.De 25 deJaneirode 2010. Disponível em: <https://www20.anvisa.
gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/item/rdc-2-de-25-de-janeiro-de-2010> Acesso
em: 10 de janeiro de 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde. Mapeamento


e Diagnóstico da Gestão de Equipamentos Médico-Assistenciais nas Regiões de Atenção à Saúde
do Projeto QualiSUS-Rede. Disponível em: <http://rebrats.saude.gov.br/phocadownload/diretrizes/
WEB_Diagnostico_integral.pdf> Acesso em: 10 de janeiro de 2019.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5674 – Manutenção de


Edificações – Procedimento.

Termo de Referência da Licitação – Contratação da Prestação de Serviços de Manutenção Predial


Terceirizado – SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE – HOSPITAL GERAL DO ESTADO – HGE 1 e HGE
2.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).Resolução – RDC


50. De 21 de Fevereirode 2002. Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/
index.php/legislacao/item/rdc-50-de-21-de-fevereiro-de-2002> Acesso em: 10 de janeiro de 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nº 3.523 – D.O.U, de 31 de agosto de 1998. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt3523_28_08_1998.html> Acesso em: 10
de janeiro de 2019.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13.971 – Sistemas de Refrigeração,


Condicionamento de ar, Ventilação e Aquecimento – Manutenção programada.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5410 – Instalações elétricas de


baixa tensão.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14.039 – Instalações elétricas de


média tensão.

BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 10 – Segurança em sistemas de instalações elétricas. Disponível


em: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR10.pdf> Acesso em: 10 de janeiro de
2019.

BRASIL. Ministério do Trabalho.NR 01 - Prevenção de segurança e saúde no trabalho. Disponível em:


<http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR1.pdf> Acesso em: 10 de janeiro de 2019.

BRASIL. Ministério do Trabalho.NR 06– Equipamento de proteção individual EPI. Disponível em:
<http://www.trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR6.pdf> Acesso em: 10 de janeiro de
2019.

90
BRASIL. Ministério do Trabalho.NR 35– Trabalho em altura. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/
images/Documentos/SST/NR/NR35.pdf> Acesso em: 10 de janeiro de 2019.

Manual de Obras Públicas -Edificações. Manutenção. SEAP. Disponível em: < https://www.
comprasgovernamentais.gov.br/images/manuais/obraspublicas/manual_manutencao.pdf> .
Acesso em Jan.2019.

91
ANEXO A – MODELOS PARA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DE PREÇOS

MODELO DE DECLARAÇÃO DE ELABORAÇÃO INDEPENDENTE DE PROPOSTA

Modalidade de Licitação Número

(Identificação completa do representante da licitante), como representante devidamente constituído


de (Identificação completa da licitante) doravante denominado (Licitante) para fins do disposto no
item (completar) do Edital (completar com identificação do edital), declara, sob as penas da lei, em
especial o art. 299 do Código Penal Brasileiro, que:
(a) a proposta apresentada para participar da (identificação da licitação) foi elaborada de maneira
independente (pelo Licitante), e o conteúdo da proposta não foi, no todo ou em parte, direta ou
indiretamente, informado, discutido ou recebido de qualquer outro participante potencial ou de
fato da (identificação da licitação), por qualquer meio ou por qualquer pessoa;
(b) a intenção de apresentar a proposta elaborada para participar da (identificação da licitação)
não foi informada, discutida ou recebida de qualquer outro participante potencial ou de fato da
(identificação da licitação), por qualquer meio ou por qualquer pessoa;
(c) que não tentou, por qualquer meio ou por qualquer pessoa, influir na decisão de qualquer outro
participante potencial ou de fato da (identificação da licitação) quanto a participar ou não da
referida licitação;
(d) que o conteúdo da proposta apresentada para participar da (identificação da licitação) não
será, no todo ou em parte, direta ou indiretamente, comunicado ou discutido com qualquer outro
participante potencial ou de fato da (identificação da licitação) antes da adjudicação do objeto da
referida licitação;
(e) que o conteúdo da proposta apresentada para participar da (identificação da licitação) não
foi, no todo ou em parte, direta ou indiretamente, informado, discutido ou recebido de qualquer
integrante de (órgão licitante) antes da abertura oficial das propostas; e
(f) que está plenamente ciente do teor e da extensão desta declaração e que detém plenos poderes
e informações para firmá-la.

Salvador _ _ _ _ _de _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ de 2019

_________________________________________________________
RAZÃO SOCIAL / CNPJ / NOME DO REPRESENTANTE LEGAL / ASSINATURA

92
ANEXO B – MODELO DE DESCRIÇÃO DE PROPOSTA DE PREÇOS

PLANILHA DESCRITIVA DE COMPOSIÇÃO DO PREÇO

93
94
95
ANEXO C - MODELO DE DECLARAÇÃO QUANTO À REGULARIDADE FISCAL

96
ANEXO D - PROVA DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA

97
ANEXO E - MODELO DE DECLARAÇÃO DE CIÊNCIA DOS REQUISITOS TÉCNICOS

98
ANEXO F - MODELO DE INDICAÇÃO DAS INSTALAÇÕES, DO APARELHAMENTO
E DO PESSOAL TÉCNICO

99
ANEXO G - MODELO DE PROVA HABILITAÇÃO – PROTEÇÃO AO TRABALHO DO MENOR

100
101
102

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