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A experiência de transformação do crente

CONTEÚDO
1.Uma Imagem de Todas as Escrituras

2.Transformação e as três partes do homem

3.A transformação da alma

4.A Renovação da Mente

5.Quatro leis e três vidas

6.A libertação de Deus no Espírito

7.Ser Conformado à Imagem de Cristo Cooperando com o Espírito Habitante

PREFÁCIO
Este livro é composto de mensagens dadas pelo irmão Witness Lee em uma conferência em
Whittier, Califórnia, de 2 a 8 de janeiro de 1963.

CAPÍTULO UM
UMA IMAGEM DE TODAS AS
ESCRITURAS
Leitura das Escrituras: Gênesis 2: 7-12, 16-17, 21-24; João 1: 4; 4:10, 13-14; 7: 38-39; Exo. 28: 9-
11, 17-20; 26:29; 1 Cor. 3: 9, 12; 2 Cor. 4: 7; Eph. 5: 31-32; Rev. 21: 2-3, 9-12, 14, 21-23; 22: 1-2

Neste capítulo introdutório, com a ajuda da graça do Senhor, desejo apontar uma figura maravilhosa
que está em toda a Escritura. Para fazer isso, consideraremos todas as Escrituras desde o início até o
fim. Este quadro, que foi desenhado pelo próprio Deus em Sua Palavra, revela-nos o que está em
Sua mente e o que Ele está buscando. Nosso objetivo neste capítulo é ver esta figura. Para ver esta
figura, devemos prestar atenção aos princípios, ou seja, os principais itens dessa figura. Precisamos
ver os princípios nesta imagem clara, se quisermos entender o que está na mente do Senhor e o que
Ele está buscando.

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SETE FIGURAS EM GÊNESIS DOIS

Primeiro, devemos entender que a Bíblia, do começo ao fim, é a revelação completa de Deus. Deus
é sábio e, para nos mostrar a figura, Ele em Sua sabedoria nos deu essa revelação. Na Bíblia, temos
o começo, a continuação e a conclusão desta revelação.

No início desta revelação em Gênesis 2, há uma figura. Quando eu era jovem, pensei no segundo
capítulo de Gênesis por duas razões. Primeiro, parecia que Gênesis 1 contém um registro completo
da criação e recuperação da Terra, desde o primeiro dia até o sétimo. Eu me perguntei por que,
depois dessa conta, há mais um registro da criação. Eu não conseguia entender isso. Alguns
disseram que Gênesis 2 é simplesmente um relato mais detalhado da criação do homem. Embora
isso seja verdade, agora sabemos que o segundo capítulo de Gênesis é algo muito mais do que
meros detalhes. A segunda razão pela qual me perguntei sobre Gênesis 2 foi que pensei que todo o
trabalho de Deus era importante e econômico. No entanto, para mim, este capítulo não parecia
muito importante. Não consegui entender este capítulo. Eventualmente, a visão da imagem em
Gênesis 2 se tornou clara e completa para mim.

Esta imagem é muito simples. Se pudermos ver as sete figuras principais contidas nesta figura, ela
ficará clara e completa para nós. A primeira figura desta gravura é um homem a quem Deus fez de
barro - um homem de terra (v. 7). A segunda figura é uma árvore que tem um nome maravilhoso - a
árvore da vida (v. 9). Existe então a árvore do conhecimento (v. 9), uma figura que não contaremos
entre as sete figuras e que não consideraremos até o final do capítulo. A terceira figura é um rio que
flui (v. 10). Desse rio saem três itens: ouro, bdélio e pedra de ônix (vs. 11-12). Esses três itens
preciosos e caros são a quarta, a quinta e a sexta figuras, respectivamente. A sétima e última figura
nesta imagem é uma mulher. Essa mulher, uma noiva, nasceu para se casar com o homem e se
tornar uma carne com ele (vs. 21-24). Peço que se lembre dessas sete figuras: o homem de barro, a
árvore da vida, o rio da água, o ouro, o bdélio, a pedra de ônix e a noiva.

Devemos ver a figura que a Bíblia nos mostra com essas figuras. Deus criou a terra como o centro
do universo. Nesta terra, Deus criou um homem de barro. Depois de criá-lo, Deus colocou esse
homem no jardim do Éden, provavelmente diante da árvore da vida. Este jardim em que o homem
estava era o centro do universo. Diante dele estava a árvore da vida e o rio de água viva fluindo
perto da árvore. Desse fluxo surgiram ouro puro, bdélio e pedra ônix. Finalmente, houve a noiva
que se casou com o homem.

Certamente, todas as figuras apresentadas neste capítulo devem possuir algum significado
figurativo. Como figuras, eles devem significar algo. Para entender essas figuras e o significado da
figura em que aparecem, precisamos estudar o restante das Escrituras Sagradas. Todos os livros do

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Antigo e do Novo Testamentos revelam o significado correto de cada uma dessas figuras, item por
item.

Um homem de barro
A primeira figura é um homem de barro. Segundo as Escrituras, o homem de barro é um vaso para
Deus. O homem de terra é um vaso de barro, como indicado em 2 Coríntios 4: 7: “Temos este
tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder possa ser de Deus e não de nós.”
Romanos 9:21 nos diz que todo a pessoa escolhida é um vaso de barro para Deus - um “vaso de
honra”. Um vaso é simplesmente um objeto no qual podemos colocar algo. Por exemplo, copos e
garrafas são os dois recipientes. Como somos vasos de barro para Deus, devemos conter algo. O
que devemos conter? Voltaremos a responder a essa pergunta mais tarde.

A árvore da Vida
A próxima figura que encontramos é a árvore da vida. A árvore da vida é um símbolo de nosso
Senhor Jesus Cristo. Cristo é a árvore da vida. João 1: 4 diz: “Nele estava a vida.” A vida está em
Cristo, e Cristo é a fonte da vida. Por isso, Ele é a árvore da vida. A árvore da vida significa Cristo
como vida para nós (10: 10b; 14: 6a).

O rio da água
O Senhor Jesus nos diz em João 7: 38-39 que, se alguém crer em Cristo, do seu interior fluirão rios
de água viva. Essa água viva brota dentro de nós e flui para fora de nós. À luz desses versículos,
podemos ver claramente que o rio que flui em Gênesis 2 é uma figura de Cristo como o Espírito
vivificante que brota dentro de nós como uma fonte e sai de nós como uma correnteza (João 4:
14b).

Pedra de ouro, bdélio e ônix

As Escrituras também nos mostram o significado de ouro, bdélio e pedra ônix. Em certo momento,
o Senhor pediu ao Seu povo que construísse uma morada para Ele e para Seu serviço. Esta morada
era o tabernáculo, feito de madeira revestida de ouro (Êx 26:29). Se fôssemos entrar no tabernáculo
e olhar em volta, veríamos ouro à nossa volta. O tabernáculo estava cheio de ouro. Isso mostra que,
em princípio, o ouro é o material para a construção da morada de Deus entre Seu povo, Seus filhos.

Com o tabernáculo, há o sumo sacerdote que serve ao Senhor. Esse sumo sacerdote tinha um certo
tipo de roupa chamado éfode (28: 6-8). Nos ombros deste éfode havia duas pedras de ônix, nas
quais estavam gravados os nomes das doze tribos de Israel (vs. 9-11). Além disso, havia mais doze

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pedras preciosas no peitoral do sumo sacerdote (vs. 17-20). Se entrássemos no tabernáculo no

momento em que o sumo sacerdote estivesse servindo ao Senhor, veríamos ouro, pedra de ônix e
pedras preciosas. Isso nos mostra que esses itens preciosos não eram apenas para a construção da
morada do Senhor entre Seus filhos; eles também eram para o serviço sacerdotal. O Novo
Testamento nos faz perceber que a construção do Senhor e os sacerdotes do Senhor são os mesmos.
Primeiro Pedro 2: 5 diz que somos ao mesmo tempo um sacerdócio santo (portanto, os sacerdotes) e
as pedras vivas que estão sendo edificadas como uma casa espiritual para o Senhor. Nós somos os
sacerdotes e as pedras. Assim, o ouro e as pedras preciosas são os materiais para a edificação e o
serviço do Senhor entre Seus filhos.

Em seguida, precisamos ver o significado do bdélio. Bdellium é uma palavra difícil, pois em toda a
Escritura ela é usada apenas duas vezes: em Gênesis 2:12 e em Números 11: 7, onde é usada para
descrever o maná. Alguns estudiosos hebreus traduzem essa palavra como "pérola". Outros
estudiosos hebraicos traduzem essa palavra como "resina" - uma substância produzida por um certo
tipo de árvore. Alguns tipos de resina têm a forma de uma pérola. Assim, o bdélio é uma substância
semelhante a pérola.

Em 1 Coríntios 3, o apóstolo Paulo nos diz como construir a igreja e com que material devemos
construí-la. Ao escrever que o fundamento da igreja é o próprio Cristo (v. 11), Paulo nos diz que
nós, como cooperadores de Deus, estamos trabalhando agora na edificação de Deus (v. 9). A igreja,
composta pelo povo do Senhor, é a morada de Deus. Paulo diz que devemos ter muito cuidado para
construir com ouro, prata e pedras preciosas, ou madeira, grama e restolho (vs. 10, 12). Em vez de
edificar a igreja, a edificação de Deus, com as coisas negativas, devemos edificar com ouro, prata e
pedras preciosas. Embora aqui Paulo cite prata em lugar de pérola, prata e pérola significam a
redenção do Senhor. Ouro, pérola (ou prata) e pedras preciosas são os materiais para a construção
do Senhor com o serviço do Senhor.

No final das Escrituras, uma cidade surge. Esta cidade sagrada é construída com ouro, pérolas e
pedras preciosas. A cidade propriamente dita é de ouro, o muro da cidade e seus fundamentos são de
pedras preciosas, e os doze portões são doze pérolas (Ap 21: 18-21). Com base nesse conhecimento
e de acordo com o princípio estabelecido nas Escrituras, podemos concluir que esses materiais
preciosos são para a edificação do Senhor com o serviço do Senhor.

Uma noiva
A figura final em Gênesis 2 é uma noiva. A cidade santa, Nova Jerusalém, construída com esses três
tipos de materiais caros, é na verdade a noiva, a esposa do Cordeiro (Ap 21: 2, 9). A noiva em
Gênesis 2, que significa a igreja, deveria se casar com Adão, que tipifica Cristo (Rm 5:14). Isto é

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afirmado claramente em Efésios 5, que revela que Adão e Eva são tipos de Cristo e da igreja (vv.
31-32; Gn 2:24).

ESTES SETE ITENS EM NOSSA EXPERIÊNCIA

Agora podemos ver uma figura muito simples de todas as Escrituras. Em Sua criação, Deus criou
um homem de barro de acordo com Sua imagem (1:26). Como esse homem era feito de barro, sua
natureza não era preciosa. Embora a imagem que ele exibia fosse maravilhosa, sua natureza não
tinha valor. Essa é a condição do homem no início das Escrituras. Mas, no final das Escrituras, Deus
conquistou um grupo de pessoas que são ouro puro, pedras preciosas e pérolas caras aos Seus olhos.

Hoje somos homens de barro ou somos pedras preciosas? No dia em que Pedro recebeu a revelação
de que Cristo é o Filho do Deus vivo, o Senhor mudou de nome, dizendo-lhe: "Você é Pedro"
(Mateus 16:18). Em grego, o nome Pedro significa “pedra”. Tendo recebido tal fala do Senhor,
Pedro nos disse que nós, sendo salvos, somos pedras vivas (1 Pedro 2: 5). Não devemos hesitar em
dizer que não somos mais argila, mas pedras vivas. Se você me perguntar se sou um pedaço de
barro ou pedra viva, responderei alegremente: “Louvado seja o Senhor! Antigamente eu era um
pedaço de barro; agora eu sou uma pedra viva. Algo aconteceu comigo. Eu fui regenerado. Houve
uma transformação da minha natureza de argila em pedra viva. Agora eu sou uma pedra viva! ”Todo
aquele que foi salvo pelo Senhor é uma pedra. Segundo a criação de Deus, éramos homens de barro.
De acordo com a nova criação de Deus através da regeneração, nós nos tornamos pedras vivas.

Como pode um homem de barro mudar de natureza para se tornar uma pedra viva? Para responder a
essa pergunta, devemos considerar a figura que nos é mostrada no segundo capítulo de Gênesis. Eu
ilustraria isso da seguinte maneira. Suponha que eu seja Adam, um homem de barro. Como homem,
eu veria todas essas figuras ao meu redor. Sem dúvida, apreciaria o ouro, o bdellium e a preciosa
pedra ônix. Percebendo como esses itens são maravilhosos, eu, como homem de barro, desejaria me
tornar tão precioso quanto eles. Acredito que Deus me diria: “Adão, se você quer ser tão precioso
quanto esses itens, precisa ser transformado.” Então, talvez perguntasse ao Senhor: “Como posso
ser transformado?”. Para responder a essa pergunta, o Senhor me dizia: “Se você for transformado
de homem de barro em itens preciosos, precisará comer a árvore da vida e beber a água viva. Se
você comer esta árvore e beber esta água, receberá em si uma vida que ainda não tem. Depois de
receber esta vida, ela funcionará dentro de você e transformará você de um homem de barro em
algo precioso.

Este é o mesmo conceito que encontramos mais adiante nas Escrituras. O Senhor é a árvore da vida
que veio se oferecer aos homens de barro. Ele lhes disse: “Eu sou ... a vida” (João 11:25) e disse-
lhes para virem a Ele, comê-Lo e recebê-Lo como vida a ser regenerada (6: 47-48, 57; 1: 12-13).

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Ser regenerado significa ser transformado com a vida de Cristo de homem de barro para homem de
pedra. Quanto mais comemos e bebemos a Cristo, mais seremos transformados. Esse processo de
transformação se espalha do nosso espírito para as partes da nossa alma e, eventualmente, quando
Ele retorna, para o nosso corpo (2 Cor. 3:18; Fil. 3:21). Naquele momento, seremos totalmente
transformados na imagem do Senhor, do centro à circunferência de nosso ser. Não seremos mais
pessoas de barro. Seremos o precioso tesouro de Deus.

Somos transformados experimentando e desfrutando de Cristo como vida. Nós desfrutamos e o

experimentamos ao comê-lo como a árvore da vida e ao beber como o rio da água da vida. Quanto
mais desfrutamos dEle, mais O experimentaremos e mais seremos transformados. Além disso,
quanto mais somos transformados, mais seremos construídos juntos. Se permanecermos em nossa
antiga vida, velho homem e velha natureza, a igreja genuína nunca será edificada. Se vamos ser
construídos como a igreja, como o Corpo de Cristo, na realidade, como uma expressão real de
Cristo, devemos ser transformados em nossa mente, em nossa emoção e em nossa vontade. Quanto
mais somos transformados, mais seremos construídos juntos. Na conclusão deste trabalho de
construção, seremos a noiva de Cristo. Esta noiva é a morada de Deus, o verdadeiro tabernáculo de
Deus entre Seu povo (Ap 21: 2-3).

Creio que esta é uma imagem muito clara que nos mostra o que está na mente do Senhor e o que Ele
está buscando. Deus está buscando um grupo de pessoas que, tendo sido originalmente feitas de
barro, O receberiam como vida comendo e bebendo de Jesus, para que fossem transformadas em
natureza por homens de barro em pedras preciosas. Então, ao serem transformados, eles seriam
edificados juntos para serem o Corpo de Cristo, o tabernáculo de Deus, a noiva de Cristo,
construída com ouro, pérolas e pedras preciosas. Esta é a figura de toda a Escritura, e esse é o
propósito eterno de Deus.

A ÁRVORE DO CONHECIMENTO -
O LADO NEGATIVO DA
FOTO DAS ESCRITURAS
Do lado positivo, todas as Escrituras nos mostram como nós, como pessoas feitas de barro,
aceitamos o Senhor como nossa vida, alimentamos Dele, bebemos Dele e, ao fazê-lo, somos
gradualmente transformados à Sua imagem e construídos juntos como um organismo ser Seu Corpo
para Sua expressão e Sua noiva para Sua satisfação. Há, no entanto, um lado negativo, representado
pela árvore do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2: 9). A árvore do conhecimento do bem e
do mal traz a morte. Esta árvore é a árvore do conhecimento, do bem, do mal e da morte. As
Escrituras nos dizem que essa árvore significa aquele que é a fonte da morte, o diabo, Satanás. Em

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vez de receber o Senhor como sua vida no jardim do Éden, o homem recebeu a árvore do
conhecimento. Com isso, o pecado entrou no homem. Como resultado, a morte chegou, seguida por
julgamento e perdição eterna (Heb. 9:27; cf. João 3:16). Todos esses assuntos negativos surgiram
dessa única fonte, a árvore do conhecimento do bem e do mal. Juntos, esses assuntos positivos e
negativos apresentam uma imagem completa de todas as Escrituras. Embora essa figura seja muito
básica e simples, inclui todas as principais coisas registradas nas Escrituras.

A BÍBLIA - O EDIFÍCIO DO LIVRO DE DEUS

Ao ver esta gravura, vemos como as duas extremidades das Escrituras se refletem. Em certo
sentido, a Bíblia é como um livro de arquitetura. No começo, temos uma "planta" e, no final, temos
uma imagem de todo o edifício. Entre essas duas extremidades, entre a planta e a imagem do
edifício, há muitas especificações que detalham como o trabalho da construção deve ser realizado.
Esta é a Bíblia. Se formos claros sobre essa figura, será fácil conhecer a mente e o plano eterno do
Senhor. Além disso, ao ver esta figura, seremos capazes de perceber o que somos, onde estamos, o
que devemos ser, para onde devemos ir e qual é a nossa responsabilidade hoje - assuntos que
abordaremos nos próximos capítulos. Que o Senhor abra nossos olhos e seja misericordioso
conosco.

CAPÍTULO DOIS
TRANSFORMAÇÃO E
AS TRÊS PARTES DO HOMEM
Leitura das Escrituras: João 3: 6; 4:24; 6:63; ROM. 8:16; 1 Cor 6:17; 2 Cor. 3: 17-18; 1 Thes. 5:23;
Heb. 4:12

No capítulo anterior, vimos a figura que Deus nos apresentou ao longo das Escrituras. Depois de
criar os céus e a terra, Deus criou um homem do pó da terra - um homem de barro (Gênesis 2: 7). A
intenção de Deus em fazer esse homem de barro era transformá-lo em algo muito precioso, como
está implícito nas figuras de ouro, bdélio (pérolas) e pedras preciosas (2 Cor. 3: 17-18; Gn 2: 11-
12 ) De acordo com a figura das Escrituras, Deus está procurando que um grupo de homens de
barro seja transformado à Sua imagem, isto é, transformado em algo precioso para Ele, e seja
construído juntos como um organismo vivo para ser o Corpo de Deus. Cristo (1 Cor. 3: 9, 12; 1 Ped.
2: 5; Ef. 4:16).

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Agora, precisamos continuar vendo como esse homem de barro pode ser transformado,
figurativamente falando, em ouro, pérolas e pedras preciosas. Segundo Coríntios 3:18 diz: “Todos
nós, com rosto revelado, contemplando e refletindo como um espelho a glória do Senhor, estamos
sendo transformados na mesma imagem de glória em glória, assim como do Senhor Espírito.”
Aqueles que sabem algo sobre química estão familiarizados com como a transformação ocorre. Por
exemplo, digamos que temos um copo contendo matéria química. Se queremos que essa matéria
química seja transformada em outra coisa, devemos acrescentar algo a ela. Somente quando alguma
outra matéria é colocada no copo é que a matéria química original começa a ser transformada.
Como homens de barro, todos nós temos o nome de Adão. Como somos todos Adam - homens de
barro -, como a matéria química no exemplo acima, precisamos ser transformados.

Nós que fomos salvos pelo Senhor não podemos negar que já fomos transformados em pelo menos
algum grau. Isso significa que nosso nome não é mais Adão, mas Cristo. Talvez você hesite em
dizer isso. Voltemos, portanto, a outra ilustração - uma xícara de chá. Embora chamemos chá
simplesmente de "chá", o que chamamos de chá é na verdade chá colocado, misturado e misturado
com água. Do mesmo modo que não hesitamos em dizer que isso é chá, nós que temos Cristo em
nós e Cristo misturado conosco não devemos hesitar em dizer que somos Cristo (cf. Fil. 1:21; 1 Cor.
12: 12) Talvez a razão pela qual você ainda hesite em se chamar de Cristo seja que, desde que você
acreditou recentemente, não há muito em você. De acordo com o exemplo do chá, seja forte ou
fraco, ainda é chamado de chá. Mesmo sendo água de chá, ainda chamamos de chá. Somos homens
feitos de barro. No entanto, no momento em que cremos no Senhor Jesus e O aceitamos como nosso
Salvador, o Senhor Jesus entrou em nós como o Espírito. Agora Cristo está em nós (Colossenses
1:27; Gálatas 2:20), e nós somos Cristo. Portanto, até certo ponto, nós, homens de barro, somos
agora pedaços de pedra transformada. Enquanto antigamente éramos apenas homens de barro,
Cristo foi colocado em nós e se misturou e se misturou conosco. Assim como o chá não é mais
apenas água, é água de chá, já que recebemos Cristo em nós, não somos mais apenas homens -
somos homens de Cristo.

Desde que Cristo foi adicionado a nós, uma reação espiritual ocorreu dentro de nós da mesma
maneira que ocorre uma reação química. Algo divino, celestial e espiritual foi adicionado a nós. Ao
sermos misturados e misturados com Cristo na regeneração, fomos transformados de homens de
barro em homens de ouro, pérola e pedras preciosas. Este é um fato maravilhoso, divino e glorioso.

ESPÍRITO, ALMA E CORPO

No momento da nossa salvação, Cristo foi adicionado a nós. Mas devemos prosseguir para ver a
que parte de nós Ele foi adicionado. Como seres humanos, temos três partes: um espírito, uma alma

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e um corpo (1 Ts 5:23). Nosso corpo é nosso órgão físico e é a parte mais externa do nosso ser.
Nossa alma é mais interior e é composta de mente, emoção e vontade (cf. Sl 139: 14; Pro. 2:10; Jó
7:15; 1 Sam. 18: 1; SS 1: 7). Nossa mente é para pensar, nossa emoção é para sentir, e nossa
vontade é para escolher e decidir. Nossa parte mais íntima é o espírito.

Hebreus 4:12 diz: “A palavra de Deus é viva, operativa e mais afiada do que qualquer espada de
dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito, das juntas e da medula, e é capaz de
discernir os pensamentos e intenções dos coração ”. Segundo esse versículo, a alma e o espírito são
duas partes separadas do nosso ser, uma vez que podem ser divididas. Uma ilustração pode nos
ajudar a saber como realmente podemos discernir a diferença entre o espírito e a alma. Uma vez,
um irmão que eu conhecia perdeu o filho. O dia em que seu filho morreu foi extremamente triste
para ele. Por querer fazer algo para confortá-lo e ajudá-lo, fui à sua casa. Quando cheguei, antes
mesmo de dizer qualquer coisa, o irmão me disse: “Irmão Lee, louve ao Senhor! Por um lado, estou
profundamente triste. Por outro lado, na minha parte mais íntima, estou tão feliz. ”Este irmão estava
triste em sua alma. Ao mesmo tempo, ele estava feliz no espírito. Por ter um relacionamento íntimo
e íntimo com seu filho, suas emoções, parte de sua alma, estavam muito envolvidas com ele. Assim,
quando seu filho morreu, ele ficou muito triste com suas emoções. No entanto, esse irmão também
tinha outra parte, a parte mais profunda de seu ser, seu espírito. Nessa parte, ele estava feliz. A Srta.
ME Barber escreveu uma vez um hino em que ela expressa um pensamento semelhante: “Que o
espírito Te louve, / Embora o coração esteja riv'n” ( Hinos, nº 377). O coração é composto de todas
as partes da alma (mente, emoção e vontade) mais a consciência (Mt 9: 4; Heb. 4:12; Atos 11:23;
João 16:22; Heb. 10:22 ; 1 João 3:20). Como o espírito e a alma são distintos, embora nossa alma
possa estar em uma condição, nosso espírito pode estar em uma condição muito diferente. Isso nos
mostra como o espírito é distinto da alma.

Com as três partes do nosso ser - corpo, alma e espírito - entramos em contato com três mundos.
Com nosso corpo, entramos em contato com o mundo físico. Com nossa alma, entramos em contato
com o mundo psicológico, no qual apreciamos coisas como música e arte e sentimos emoções como
tristeza ou felicidade. Com nosso espírito, entramos em contato com o mundo espiritual, onde está
Deus, que é Espírito (João 4:24). Se queremos entrar em contato com o mundo físico, devemos usar
nosso corpo. Se queremos entrar em contato com o mundo psicológico, devemos usar nossa alma.
Se queremos entrar em contato com Deus como o Espírito, devemos usar nosso espírito. Aqui
vemos um princípio: para entrar em contato com algo em qualquer um desses três mundos,
precisamos usar a parte correspondente, ou órgão, do nosso ser. Somente o órgão correspondente é
o órgão correto para tocar essas coisas. Se fecharmos os olhos e tentarmos apreciar as cores com os
ouvidos, as cores parecem desaparecer. Embora as cores ainda existam, não podemos substancia-
las, porque não estamos usando o órgão certo. Da mesma forma, não podemos substanciar a música

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se não usarmos nossos ouvidos. Além disso, nosso nariz funciona para cheirar coisas. No entanto,
quando temos um resfriado, a função do nariz é prejudicada e não podemos cheirar, mesmo que os
odores ainda estejam presentes. Assim, para substanciar qualquer substância em particular, devemos
exercer o órgão apropriado.

Existe um Deus, e esse Deus é Espírito, mas como os seres humanos em geral não sabem como
exercitar seu espírito, eles perguntam: "Quem é Deus?" E "Onde está Deus?" Essas perguntas são
tão tolas quanto as de um homem que, tendo fechado os olhos, questiona a existência da cor.
Independentemente de quão fortemente o homem acredite e sinta que não há cor, a cor continua a
existir. Deus está aqui, mas não podemos usar nossos olhos para vê-lo, nossos ouvidos para ouvi-lo
ou nosso nariz para cheirá-lo, porque são os órgãos errados. O único órgão pelo qual podemos
substanciar Deus é o nosso espírito. João 4:24 diz: “Deus é Espírito, e aqueles que O adoram devem
adorar em espírito e veracidade.” Visto que Deus é Espírito, se queremos adorá-Lo, devemos fazê-lo
com nosso espírito.

Um dia, quando uma das minhas filhas era muito jovem, dei-lhe algo doce para beber. Na tentativa
de beber, no entanto, parte disso entrou em seu nariz. Consequentemente, em vez de apreciar a
bebida, ela sofreu. A razão que ela sofreu não foi por causa da bebida em si; foi porque ela usou o
órgão errado em sua tentativa de beber. Do mesmo modo, não podemos sentir Deus diretamente em
nossa alma, especificamente em nossa mentalidade. Apesar disso, muitas pessoas usam apenas sua
alma quando consideram Deus. Alguns que estudam ciências dizem que não podem encontrar ou
entrar em contato com Deus. Eventualmente, eles podem dizer que Deus não existe. Porque eles
usam o órgão errado - sua alma - eles não podem encontrar Deus, pois Deus não está no reino
psicológico e, portanto, não pode ser encontrado lá. Se esses mesmos cientistas usassem seu espírito
para entrar em contato com Deus, que é Espírito, eles O sentiriam. Para sentir a presença de Deus,
precisamos usar o órgão certo; devemos usar nosso espírito.

A TRANSFORMAÇÃO DO ESPÍRITO
Tendo um entendimento mais claro das três partes do homem, podemos agora considerar em qual
dessas três partes o Senhor Jesus veio. Quando o Senhor Jesus entrou em nós no momento da nossa
regeneração, Ele entrou em nosso espírito. As Escrituras são muito claras neste ponto. Primeiro
Coríntios 6:17 diz: “Aquele que se uniu ao Senhor é um espírito.” Tendo se unido ao Senhor, Ele e
nós somos um espírito. Isso nos mostra que, quando o Senhor entrou em nós, Ele entrou em nosso
espírito. Romanos 8:16 também diz: “O próprio Espírito testemunha com nosso espírito que somos
filhos de Deus.” Neste versículo, vemos que os dois espíritos - o Espírito divino e o espírito humano
- trabalham juntos e que o Espírito de Deus trabalha em nosso espírito. Enquanto esses dois

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espíritos trabalham juntos, eles são misturados como um espírito. Eles são misturados a tal ponto
que é difícil discernir qual espírito é qual. Esses dois versículos nos mostram que o Espírito divino
entrou em nosso espírito humano, e esses dois espíritos foram misturados para se tornar um espírito.

A TRANSFORMAÇÃO DA ALMA
Agora que Cristo está em nosso espírito, devemos considerar o que está acontecendo em nossa
alma, isto é, em nossa mente, emoção e vontade. Esta é uma questão de importância crítica. Uma
vez que Cristo, nosso Salvador, entrou em nosso espírito, nosso espírito foi transformado. No
entanto, é bem possível que nossa mente, emoção e não tenham sido transformadas. Cristo está em
nosso espírito, mas ele pode não estar em nossa alma. Todos nós precisamos ser transformados em
nossa alma (2 Cor. 3:18; Rm 12: 2).

Às vezes, podemos gostar de orar ao Senhor e exercitar nosso espírito. Depois de orar, sentimos que
podemos amar todos os santos. Mas em pouco tempo fica claro que na verdade não somos capazes
de amar todos os santos. Essa experiência pode ser confusa para nós. Afinal, quando estávamos
orando, não sentimos Cristo e O experimentamos? Quando oramos, exercitamos nosso espírito para
contatá-Lo como o Espírito, e isso resultou em tocar nosso espírito e experimentá-lo, desfrutá-lo e
senti-lo. No entanto, mesmo depois de orar, ainda é possível usar nosso homem natural - nosso
pensamento natural, emoção natural e vontade natural - para tomar decisões sem Cristo. Isso é
possível porque, embora tenhamos Cristo habitando nosso espírito, não temos Cristo no órgão de
nossa alma, e as funções de nossa alma ainda não foram transformadas. Esse tipo de experiência é
muito típico na vida cristã.

Para fins de ilustração, suponhamos que eu seja um irmão solteiro que mora com outro irmão
jovem. É fato que, em meu íntimo eu amo esse irmão e que quanto mais eu oro e contato com Cristo
em meu espírito, mais eu o amo. No entanto, tenho pensamentos peculiares, e o irmão com quem
vivo tem hábitos peculiares. Meus pensamentos peculiares são incompatíveis com seus hábitos
peculiares. Como resultado de nossas peculiaridades conflitantes, posso ficar com nojo deste irmão.
Não é só isso, suas peculiaridades podem me deixar com raiva. Embora eu realmente ame esse
irmão e deseje que não haja dificuldades entre nós, é difícil suportá-lo e sinto que não posso
continuar morando com ele. Minha luta é uma indicação de que, apesar de ter sido regenerado em
meu espírito, ainda não estou transformado em minha mente, emoção e vontade. Embora eu tenha
Cristo em meu espírito, eu não o tenho em minha alma. No meu espírito, sou completamente
transformada na imagem e semelhança de Cristo, mas na minha mente, emoção e continuarei sendo
como as pessoas do mundo. Figurativamente falando, embora no meu espírito eu seja ouro, na
minha mente, na emoção e serei cheio de poeira e argila.

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Se o Senhor não nos desse esses testes, podemos pensar que nossa condição é adequada e não
perceber que continuamos sem transformação. Por exemplo, talvez eu ame o irmão com quem vivo
e nos damos muito bem juntos. Mesmo que sinta que amo tanto aquele irmão e que não há
problemas entre nós, ainda tenho o velho, o homem natural, o homem de barro. Somente quando os
testes são realizados é que percebemos a verdadeira natureza de nossa condição de "argila". Quando
o Senhor nos envia irmãos peculiares, é como se Ele estivesse fazendo com que a água fosse
derramada sobre um pedaço de barro. Do mesmo modo que o pedaço de barro não suporta a água e
se transforma em lama, não podemos tolerar certos. Quando somos testados, percebemos que ainda
somos o homem velho e temos a mente antiga, a emoção antiga e a vontade antiga.

Somos homens naturais, homens de barro, até que, pela graça de Deus, o Cristo que está em nosso
espírito aumenta e se expande dentro de nosso ser para se espalhar para fora de nosso espírito e
saturar nossa alma com todas as suas partes. Depois que Cristo se espalhar dentro de nós e saturar
as partes de nossa alma, amaremos os irmãos sem esforço. Nesse ponto, simplesmente não importa
o quão peculiar é um irmão. Diremos até ao Senhor: “Senhor, eu te louvo. Este querido irmão é
muito precioso para mim. ”Devemos ter muita fé neste assunto.

Quando eu era jovem, logo depois que fui chamado pelo Senhor, fui a Xangai e fiquei lá com
alguns irmãos jovens. O que experimentei foi muito semelhante ao que descrevi acima. Antes de ir
para Xangai, orei: “Senhor, estou ciente de que, quando chegar em Xangai, vários outros irmãos
ficarão comigo. Senhor, me ajude a amá-los. Independentemente de quem sejam ou de como se
comportam, permita-me amá-los. ”Depois que cheguei, pedi ao Senhor todas as manhãs que me
ajudasse a amar os irmãos. Em pouco tempo, parecia que todos os irmãos que estavam comigo eram
peculiares. Não havia nenhum lugar onde eu pudesse escapar deles. Depois de um incidente em que
fiquei chateado com um irmão, fui ao meu alojamento, ajoelhei-me no chão e orei: “Senhor, perdoe-
me. Eu realmente não posso amar esses irmãos. ”Eu era um exemplo de um homem que foi
regenerado em seu espírito, mas não transformado em sua alma. Embora meu espírito amasse os
irmãos, minha alma permaneceu velha e natural.

Quando contatamos outros cristãos, podemos ter a sensação de que todos eles são peculiares.
Geralmente, sentimos que, embora todo mundo seja peculiar, nós mesmos somos bastante normais.
Com base nisso, podemos sentir que não podemos amá-los. Seus hábitos estranhos ou falhas de
caráter geralmente causam nojo de nós. Eventualmente, podemos não gostar e até desprezá-los. Se
esse problema for deixado sem controle, pode até nos tornar muito infelizes na vida da igreja.

Após cerca de dois anos e meio de permanência em Xangai, o Senhor aumentou e se espalhou
dentro de mim. Quando tive outra oportunidade de ficar com alguns irmãos e surgiu uma situação
que anteriormente me causaria raiva, não fiquei comovido. Pude amá-los não apenas em meu

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espírito, mas também em minha mente, emoção e vontade. Eu realmente os amava. Uma semana
depois de eu ter sido tratado, o irmão cuja peculiaridade tinha sido tão incomodativa para mim
também foi libertado de sua peculiaridade.

Embora tenhamos a imagem de Deus, em nosso estado natural não temos nada precioso dentro de
nós; somos apenas homens de barro. A intenção de Deus é transformar-nos homens de barro à Sua
imagem de uma maneira completa, para que sejamos tão preciosos quanto ouro, pérolas e pedras
preciosas. A maneira como isso acontece é muito simples. Primeiro, o Senhor Jesus entra em nosso
espírito para ser o elemento interior, transformando assim nosso espírito. A partir desse momento,
enquanto cooperarmos com Ele, Ele aumentará dentro de nós e se espalhará do nosso espírito para a
nossa alma. No dia em que Ele retornar, até o nosso corpo físico, a parte mais externa do nosso ser,
ficará saturada com o Seu elemento (Filipenses 3:21). Naquele momento, nosso próprio corpo
estará saturado com o Espírito. Quando Ele voltar, será glorificado em nós, seremos manifestados
com Ele em glória e seremos como Ele (Colossenses 3: 4; 2 Ts. 1:10; 1 João 3: 2). Essa é a intenção
que Deus planejou cumprir conosco.

CAPÍTULO TRÊS
A TRANSFORMAÇÃO DA ALMA
Leitura das Escrituras: 2 Cor. 3: 17-18; ROM. 12: 2; Eph. 4:23; ROM. 8: 6; 1 Cor. 2: 14-16; 2 Cor.
4:16

Neste capítulo, queremos continuar nossa comunhão com relação à obra de transformação do
Senhor dentro de nós. Vamos ler vários versículos que falam da transformação da alma.

O Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, há liberdade. Mas todos nós, com rosto
revelado, contemplando e refletindo como um espelho a glória do Senhor, estamos sendo
transformados na mesma imagem de glória em glória, assim como do Espírito do Senhor. (2 Cor.3:
17-18)

Não seja formado de acordo com esta era, mas seja transformado pela renovação da mente, para que
possa provar qual é a vontade de Deus, a que é boa, bem agradável e perfeita. (Rom.12: 2)

Que você seja renovado no espírito da sua mente. (Ef 4:23)

A mente fixada na carne é a morte, mas a mente fixada no espírito é vida e paz. (Rom. 8: 6)

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Um homem com alma não recebe as coisas do Espírito de Deus, pois elas são tolices para ele e ele
não pode conhecê-las porque são discernidas espiritualmente. Mas o homem espiritual discerne
todas as coisas, mas ele próprio não é discernido por ninguém. Pois quem conheceu a mente do
Senhor e o instruirá? Mas nós temos a mente de Cristo. (1 Cor. 2: 14-16)

Nestes versículos, devemos observar três termos. O primeiro termo é o homem da alma. Um
homem com alma é um homem da alma. Um homem assim não recebe as coisas do Espírito de
Deus. O segundo termo é o homem espiritual. Portanto, existem dois tipos de homens: o espiritual e
o espiritual. O terceiro termo é a mente de Cristo.

Nós não desanimamos; mas embora nosso homem exterior esteja decaindo, nosso homem interior
está sendo renovado dia após dia. (2 Cor. 4:16)

Neste versículo, a palavra traduzida como "decadente" também pode ser traduzida como
"consumida".

REGENERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO
No capítulo anterior, vimos que, como seres humanos criados por Deus, temos três partes: um corpo
físico, uma alma e um espírito (1 Ts 5:23). O espírito é a parte mais interna de todo o nosso ser
criado, e o corpo é a mais externa. Entre o espírito e o corpo está a alma, que consiste na mente, na
emoção e na vontade. Com a mente que pensamos, com a emoção sentimos alegria e tristeza, assim
como outros sentimentos, e com a vontade tomamos decisões. Além disso, vimos também a função
de cada uma das partes do nosso ser - com o corpo físico em contato com o mundo físico, com a
alma em contato com o mundo psicológico e com o espírito em contato com o mundo espiritual.
Para tocar qualquer um desses três mundos, precisamos usar o órgão correspondente. Porque Deus é
Espírito, se queremos adorar a Deus, devemos adorá-lo com, dentro e por nosso espírito humano
(João 4:24).

Quando o Senhor Jesus entrou em nós, Ele entrou em nosso espírito (2 Tim. 4:22). O Senhor é o
Espírito (2 Cor. 3:17) e, como Espírito, Ele entrou em nosso espírito humano. Agora estamos unidos
ao Senhor e nos tornamos um espírito com Ele (1 Cor. 6:17). O Espírito divino e o espírito humano
são misturados e misturados para formar um espírito. Nós somos um com o Senhor, não no corpo
ou na mente; somos um com o Senhor em nosso espírito. Quando o Senhor entrou em nosso
espírito, uma reação ocorreu em nosso ser. Essa reação foi a nossa regeneração. Regeneração é a
transformação do espírito. No momento em que cremos, nosso espírito foi transformado por Cristo
como a vida divina.

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Por termos sido regenerados, nosso espírito é totalmente transformado. Agora devemos sofrer a
contínua transformação do resto de nosso ser, particularmente de nossa alma (2 Cor. 3: 17-18; Rom.
12: 2; Ef. 4:23). A alma é uma parte muito importante do nosso ser. Para que nossa alma seja
transformada significa que nossa mente, emoção e vontade serão transformadas. Se somos
transformados em nosso espírito, mas não em nossa alma, isso significa que, embora tenhamos
Cristo como vida em nosso espírito, não temos muito de Cristo em nossa alma. Nossa necessidade é
que Cristo cresça dentro de nós o tempo todo, isto é, se espalhe do nosso espírito para as três partes
da nossa alma. Quando o Senhor se espalhar completamente em nossa mente, emoção e vontade,
seremos transformados à Sua imagem. Quando somos transformados à Sua imagem, pensaremos,
sentiremos e decidiremos como Cristo pensa, sente e decide. Quando considerarmos as questões, as
consideraremos como o Senhor; quando amamos ou odiamos, amaremos ou odiaremos como
Cristo; e quando escolhermos, escolheremos como o Senhor faz, desistir e rejeitar o que o Senhor
desistir e rejeitar. Quando toda a nossa alma for transformada à imagem de Cristo, nós, seres
humanos, teremos a imagem de Cristo em nossa vida diária.

A NECESSIDADE DE
TRANSFORMAÇÃO DA ALMA
Lamentavelmente, o cristão típico é transformado em seu espírito, mas permanece não transformado
em sua alma. Em muitos crentes, quase não existem sinais de que Cristo tenha entrado em sua
mente, emoção e vontade. Por exemplo, pode haver um irmão que, tendo sido salvo pelo Senhor, é
regenerado. Isso significa que seu espírito é transformado. Mas esse irmão pode ter uma alma que é
muito lenta em tudo. Mesmo que o Senhor queira fazer algo rapidamente, esse irmão só pode fazer
as coisas devagar. Embora o Senhor esteja no espírito desse irmão, ele permanece lento porque o
Senhor ainda não se espalhou em sua alma. Pode ser que, mesmo quando o Senhor o inspira em seu
espírito, ele permanece muito lento em sua alma e não responde à inspiração interior do Senhor.
Enquanto algumas pessoas são muito lentas, outras são muito rápidas em tudo o que fazem. Eles são
rápidos em seus pensamentos, sentimentos e ações. Eles sofrem o mesmo problema que o irmão
lento, mas ao contrário. A situação de tais pessoas indica que, embora possam ser transformadas em
seu espírito, em sua alma permanecem bastante naturais.

Quando eu era jovem, costumava ouvir um pregador idoso que era muito lento em sua alma. Em
uma mensagem, ele disse: “Irmãos, olhem as Escrituras. Não existe um exemplo de Deus fazendo
algo rapidamente. O Senhor é sempre lento. ”Este irmão pensou que, por ser lento, Deus também
era lento. Pouco tempo depois de ouvir esse irmão falar, conheci um jovem ministro que era muito
rápido. Ele me disse: “Há pelo menos uma vez que o Senhor agiu tão rapidamente que precisou
correr para fazê-lo.” Ele então se referiu a Lucas 15:20, onde o pai correu para encontrar o filho

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pródigo. Esse jovem pregador usou esse versículo para provar que o Senhor é rápido. Esses dois
pregadores eram dois tipos diferentes de pessoas: uma lenta na natureza e outra rápida na natureza.
O pregador que era lento na natureza insistia que o Senhor era lento, e aquele que era rápido na
natureza insistia que o Senhor era rápido. Com isso, podemos ver que, independentemente de
nossas características individuais, nossa alma é natural e deve ser transformada. Nunca devemos
permanecer em nosso pensamento natural. Nossa mente, emoção e vontade naturais devem ser
transformadas para que possamos ter a imagem de Cristo.

Gênesis 1:26 nos diz que Deus criou o homem à Sua própria imagem e à Sua própria semelhança.
Uma ilustração disso é uma luva sendo feita à imagem de uma mão. Uma luva é feita à imagem de
uma mão com o objetivo de conter uma mão. Da mesma maneira, o homem foi feito à imagem de
Deus com o propósito de conter Deus. Assim como uma mão se encaixa em uma luva, a intenção do
Senhor era se colocar no homem. Uma luva tem cinco dedos porque nossa mão tem cinco dedos.
Do mesmo modo, uma vez que o Senhor tem mente, emoção e vontade, Ele nos criou com mente,
emoção e vontade (Filipenses 2: 5; Rom. 9:13; Rev. 4:11). É porque fomos criados à imagem de
Deus que temos uma alma com mente, emoção e vontade.

No dia em que recebemos Cristo como nossa vida, Ele entrou em nós. Primeiro, Ele entrou em
nosso espírito. É como uma mão entrando na parte da luva que é modelada após a palma da mão.
Quando o Senhor entrou em nós inicialmente, Ele estava limitado ao nosso espírito. Agora, dia após
dia, o Senhor quer espalhar-se gradualmente do nosso espírito para todas as partes do nosso ser. Ele
quer se espalhar do nosso espírito para a nossa mente, do nosso espírito para a nossa emoção e do
nosso espírito para a nossa vontade. A propagação do Senhor nas diferentes partes da nossa alma
pode ser comparada aos dedos de uma mão que entram nos dedos de uma luva. Depois que essa
disseminação gradual de Cristo dentro do nosso ser tiver ocorrido, poderemos dizer que temos a
mente de Cristo (1 Cor. 2:16). Embora todos possamos dizer com certeza que atualmente temos o
Espírito de Cristo em nosso espírito, muitos de nós não podem dizer que temos a mente de Cristo
em nossa mente, a emoção de Cristo em nossa emoção e a vontade de Cristo. em nossa vontade.
Um dia, no entanto, poderemos dizer isso com segurança. Nossa mente, emoção e vontade foram
criadas para que a mente, a emoção e a vontade de Cristo pudessem entrar nelas.

A razão pela qual muitos de nós não podemos dizer que temos a mente, a emoção e a vontade de
Cristo é que essas partes do nosso ser permanecem em sua condição decaída e ainda não foram
transformadas. O Senhor deseja espalhar-se do nosso espírito para todas as partes da nossa alma. O
Senhor se espalha por essas partes ao crescermos em Cristo em todas as coisas (Ef 4:15). Esse
crescimento não é o acúmulo de conhecimento sobre doutrinas e ensinamentos. Para um cristão,

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crescer significa que Cristo se expande continuamente de seu espírito para sua mente, emoção e
vontade.

Uma vez, o marido de uma irmã morreu. A irmã era bastante madura e havia crescido em Cristo em
muitas coisas. Ela não apenas tinha o Senhor em seu espírito; ela também o tinha em mente,
emoção e vontade. Geralmente, quando as pessoas experimentam essa perda, elas se tornam muito
tristes e inconsoláveis. No entanto, essa irmã conseguiu agradecer e louvar ao Senhor. Quando os
santos estavam com ela naquele momento, eles podiam sentir que o Senhor não estava apenas em
seu espírito, mas também em sua alma, particularmente em sua emoção. Em contraste com essa
irmã, havia outra irmã que perdeu o marido. Ela era bastante jovem no Senhor e não era muito
madura nele. Após a morte do marido, embora tenhamos feito amizade com ela, ela não pôde nos
ouvir e só chorou amargamente. Não importava o quanto conversamos com ela; ela simplesmente
não conseguia ouvir. Nela, vimos uma pessoa que, sem dúvida, tinha o Senhor em seu espírito, mas
naquela época não tinha o Senhor em sua emoção, mesmo que em pequeno grau. Nessas duas
irmãs, que perderam o marido, vemos um grande contraste. Enquanto a irmã madura havia passado
por muita transformação em sua alma, ficou claro que a emoção da irmã mais nova ainda não havia
sido transformada. Isso mostra que, embora o Senhor tenha entrado em nosso espírito na época em
que fomos salvos, ainda precisamos experimentar a transformação de nossa alma.

TRANSFORMADO ATRAVÉS DA MORTE E DA RESSURREIÇÃO

As Escrituras nos dizem que o homem da alma, o homem da alma, não pode receber nada espiritual
(1 Cor. 2:14). É impossível para um homem assim receber as coisas do Espírito de Deus. Portanto, o
homem com alma, com sua mente natural, emoção e vontade, deve ser transformado ao ser morto e
ressuscitado (João 12: 24-26; Mateus 16: 24-25). Isso é transformação pela renovação da mente (Ef
4:23). Somente através da morte e ressurreição nossa mente e o resto de nossa alma podem ser
renovados. Não basta ser regenerado e transformado em nosso espírito; devemos ser transformados
em nossa alma. Não ser transformado em nossa alma é nosso grande problema.

A maneira pela qual podemos ser libertos do homem com alma e transformados em nossa alma é
sempre olhar para o Senhor para nos fortalecer para fazer uma coisa: parar. Sempre que estamos
prestes a pensar, amar ou tomar uma decisão, devemos parar. Oh, irmãos e irmãs, quero lhe dar uma
pequena palavra: Pare! Nós devemos parar! Quando vamos amar algo, devemos dizer: "Pare!"
Quando vamos pensar em algo, devemos dizer: "Pare!" Parar é nos matar.

Às vezes pode ser que, imediatamente depois de orar pela manhã, você se lembre do que um irmão
lhe disse no dia anterior. Ao pensar nisso, você pode ficar ofendido. Quando esse tipo de
pensamento vem a você, você concorda? Se você seguir esse pensamento e fundamentá-lo, isso

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prova que sua mente ainda não foi transformada. Isso indica que sua mente, como o dedo vazio de
uma luva, ainda não possui o conteúdo para o qual foi criada. Quando você segue esses
pensamentos, pode ter certeza de que há muito pouco de Cristo em sua mente. Em vez de seguir
esses pensamentos, você deve parar. Você deve matar sua mente. Nesses momentos, você deve orar:
“Senhor, me fortaleça para matar minha mente.” Lembre-se de que onde há a morte da cruz, há a
vida de ressurreição de Cristo. Quando você colocar sua mente na morte, tenha certeza de que a
vida de ressurreição de Cristo seguirá. Quando pararmos e permitirmos que nossa mente seja morta,
nossa mente se tornará uma mente ressuscitada. Uma mente ressuscitada é uma mente renovada.
Quando tivermos uma mente renovada, haverá uma mudança em nosso pensamento. Essa mudança
é na verdade a transformação da mente. Como sua mente foi transformada pela renovação, isto é, ao
ser morta e ressuscitada, você testemunhará que esse irmão é uma graça e um presente para você do
Senhor. Você ter esse pensamento é uma indicação de que sua mente foi transformada. Essa
transformação é realmente o Espírito de Cristo se espalhando em sua mente para preenchê-lo
consigo mesmo.

Alguns santos são muito emocionais. Quando estão felizes, ficam felizes na medida em que
esquecem tudo, inclusive o próprio Cristo. Quando tais pessoas estão tristes, elas também podem
esquecer o Senhor. As pessoas emocionais devem aprender a dizer ao homem natural para parar.
Quando você está prestes a ser feliz e rir, é melhor não rir demais e aprender a dizer a si mesmo
para parar. Aprenda a matar seu homem de alma pelo fortalecimento do Espírito Santo. Algumas
pessoas são rápidas em perder a paciência. Essas pessoas também são muito emocionais. Quando
você está prestes a perder a paciência, precisa dizer: “Senhor, me fortaleça para parar minha
emoção.” Se você matar sua emoção, a ressurreição se seguirá. Sua emoção será ressuscitada e
cheia do Espírito Santo. Então, quando você estiver feliz, haverá a imagem de Cristo em sua
felicidade, e quando você amar alguma coisa, haverá a imagem de Cristo em seu amor.
Eventualmente, teremos a imagem de Cristo em nossa mente, emoção e vontade, porque teremos
sido transformados em nossa alma à imagem de Cristo, e Ele se espalhará por todas as partes do
nosso ser.

APRENDENDO A APLICAR CRISTO

Todos devemos praticar essa comunhão e aprender a aplicar a Cristo. Quando você aprendeu a
dirigir, foi instruído a respeito de muitas coisas. Depois de aprender, você precisava praticar o que
havia aprendido. Quando você começou a praticar, talvez o que aprendeu não pareceu funcionar. No
entanto, apesar do seu fracasso, você continuou acreditando nas instruções e passou a praticar a
direção. Depois de talvez uma semana, você se acostumou a dirigir. Para aprender a dirigir, você
simplesmente precisava praticar a direção. É o mesmo com a prática de parar nossa alma natural.

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Devemos perceber que não é uma coisa pequena que Cristo veio ao nosso espírito quando fomos
regenerados. Visto que Cristo está em nosso espírito, tudo o que devemos fazer é aplicá-lo. É aqui
no aplicativo que encontramos um problema. Para continuar a ilustração acima, temos um carro
cujo tanque está cheio de gasolina e o carro funciona; mas ainda devemos operar o carro
corretamente. Empurrar o carro não é o caminho certo para operá-lo, e fazer isso é agir de maneira
tola. Em vez de empurrar o carro, precisamos aprender a dirigir praticando. Ao praticarmos parar e
aplicar a Cristo, tenho medo de que muitos de nós pedimos ao Senhor que nos ajude a “empurrar o
carro”. Podemos orar: “Senhor, ajude-me nesse assunto. É tão fácil para mim perder a paciência e
muito difícil superar essa fraqueza. Mas, Senhor, você é todo-poderoso e pode me ajudar. ”Se
orarmos dessa maneira, o Senhor não nos ajudará. Quanto mais oramos dessa maneira, mais
percebemos que o Senhor não ouve esse tipo de oração. De fato, quanto mais oramos: “Senhor,
ajude-me a não perder a paciência”, mais a perderemos. Orar dessa maneira é "empurrar o carro".
Se orarmos dessa maneira, é uma indicação de que esquecemos que temos Cristo dentro de nós e
não o estamos aplicando. Nós temos Cristo dentro de nós; vamos simplesmente exercitar para
aplicar a Cristo.

Exercitar para aplicar a Cristo é como aprender a aplicar a gasolina que está em nosso carro. É tão
fácil. Assim como há gasolina em nosso carro, há poder em nosso espírito. Eu sei disso porque
aprendi a praticar isso. Nos primeiros dez anos depois que fui salva pelo Senhor, eu não sabia disso.
Então, um dia, o Senhor abriu meus olhos para ver que havia algo poderoso em mim. Além disso,
percebi que tinha que usar e aplicar esse suprimento de energia. Esse poder dentro de mim e dentro
de todos nós é nada menos que o próprio Cristo (2 Cor. 13: 3). Cristo está em nosso espírito; tudo o
que devemos fazer é aprender a aplicá-lo. Não devemos mais gritar: “Senhor, ajude-me.” Se o
fizermos, o Senhor responderá: “Não. Não vou ajudá-lo dessa maneira. Eu estou morando em você.
Pratique para me aplicar. ”

Antes de aprendermos a aplicar a Cristo, precisamos entender que Cristo está em nós. Então
devemos sempre negar a nós mesmos, isto é, nosso homem e caráter naturais. Mateus 16:24 diz:
“Se alguém quiser me seguir, negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.” Isso significa que
devemos nos matar e nos colocar sob a morte da cruz. Sempre negue sua mente natural, sua emoção
natural e sua vontade natural. Aprenda a sempre se matar. Dê ao Senhor uma chance dentro de você.
Se você é uma pessoa que é muito rápida ou muito lenta em sua natureza, deve se colocar sob a
morte da cruz. Se você fizer isso, o Senhor o honrará e o ressuscitará. Após a ressurreição, sua
mente, emoção e vontade - toda a sua alma - estarão no espírito. Então você será transformado à
imagem de Cristo.

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Em muitas situações em nossa vida cotidiana, devemos nos matar. Devemos dizer ao Senhor:
“Senhor, neste assunto, eu me nego. Ao pensar, amar e escolher, eu me nego. Eu me comprometo
em suas mãos. Desejo ter Sua mente como minha mente, Sua emoção como minha emoção e Sua
vontade como minha vontade. ”Devemos lembrar de nos matar e deixar que o Senhor nos levante
em Seu poder de ressurreição. Então todo o nosso ser será preenchido com o Espírito de Cristo.

Essas coisas não são mera doutrina ou ensino; elas são instruções sobre como aplicar a Cristo. Se
você seguir estas instruções, essa experiência será real para você. Aplicar Cristo é muito simples,
tão simples quanto dirigir um carro. Você pode não acreditar em mim quando digo isso. No entanto,
praticar isso é ainda mais simples do que eu descrevi. Você tem Cristo dentro de você. Esqueça sua
antiga maneira de orar ao Senhor. Não ore mais para que Ele o ajude a fazer qualquer coisa. O
Senhor não responderá esse tipo de oração. Se tivermos um carro a gasolina e pedirmos ao Senhor
que nos ajude a empurrá-lo, o Senhor responderá: “Não seja tão tolo. Pare! Comece a usar a
gasolina, e o carro se moverá facilmente. ”Precisamos crer no Senhor. Quando finalmente pararmos
e aprendermos a aplicar a Cristo dessa maneira, experimentaremos a libertação do Senhor.

Quando eu era jovem, costumávamos usar bicicletas para o transporte, porque não havia muitos
carros no meu país. Um dia, decidi que precisava de uma bicicleta e comprei uma. Então fui a um
irmão e perguntei como montar. Ele simplesmente respondeu: “Vá em frente”. Eu protestei,
dizendo: “Por favor, diga-me como cavalgar.” Novamente, ele respondeu: “Vá em frente”. Eu
peguei a palavra dele e saí para praticar. Depois de apenas duas ou três horas, eu estava andando de
bicicleta sem esforço. Eu aprendi praticando.

Precisamos aceitar essa palavra simples. Depois de servir ao Senhor e entrar em contato com os
filhos do Senhor por muitos anos, aprendi algo. Mensagens e doutrinas são muito boas, mas elas
apenas nos apresentam um "edifício" muito bonito, enquanto não nos dão "entrada" nele. Sem uma
“porta”, nunca seremos capazes de entrar na realidade desses ensinamentos. Não estou lhe dando
meros ensinamentos. Você pode ver que o Senhor é vida para você. O problema é que você não tem
entrada no que viu. Agora estou lhe dando instruções sobre como entrar. Você acreditou no Senhor
Jesus. Você o recebeu. Agora ele está dentro de você.

O problema é que não praticamos a aplicação de Cristo em nossa vida diária. Praticando,
entraremos na experiência de transformação. Cristo é vida, luz e poder, mas Cristo é real para nós
nesses aspectos? Nós devemos aprender a aplicar a Cristo. A maneira de aplicá-Lo é primeiro
negando a nós mesmos - nossa mente, emoção e vontade - e simplesmente parando. Devemos
simplesmente vir ao Senhor que está dentro de nós e contatá-Lo. Então aprenderemos a aplicá-lo.
Depois de muitos anos de experiência, posso testemunhar que, aconteça o que acontecer comigo, é
muito fácil aplicar a Cristo. É tão fácil quanto acender uma luz.

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Eu pediria que você seguisse minhas instruções simples para praticar a aplicação de Cristo. Se o
fizer, experimentará Cristo mais e mais a cada dia. Ele nunca ficará exausto com a sua experiência.
Você perceberá o quão rico Ele é. Tudo o que você precisa, Ele será. Tudo que você deve fazer é
aprender a negar a si mesmo. Então sua alma - sua mente, emoção e vontade - será renovada. Por
esse tipo de renovação, você será transformado. Se você se negar, o Espírito do Senhor dentro de
você o honrará. Ele o fortalecerá e fará com que você experimente o poder e a vida de Sua
ressurreição. Então dia após dia você irá prová-Lo e desfrutá-Lo.

CAPÍTULO QUATRO
A RENOVAÇÃO DA MENTE
Leitura das Escrituras: Gal. 4:19; ROM. 12: 2; Eph. 4: 17-24

Neste capítulo, passamos a considerar a renovação da mente. Nos capítulos anteriores, vimos que
em nossa vida cristã somos gradualmente transformados à imagem do Senhor (2 Cor. 3:18). Fomos
feitos à imagem de Deus (Gênesis 1:26). Deus tem mente, emoção e vontade (cf. Ef 1:11; Rom.
9:13; Rev. 4:11) e, porque Ele nos criou à Sua imagem, Ele também nos deu mente, emoção e
vontade. . Esta imagem, no entanto, é simplesmente externa e não é a imagem a que Paulo se refere
em 2 Coríntios 3:18. Até que tenhamos sido regenerados pelo Senhor que entra em nosso espírito
para ser nossa vida, a imagem que compartilhamos com Deus permanece superficial. Antes de
sermos regenerados, embora possamos ter a imagem externa de Deus, Ele não é nosso conteúdo
interior. Somente quando somos regenerados é que o Senhor entra em nosso espírito e começa a se
espalhar por todas as partes do nosso ser para se tornar o conteúdo de todo o nosso ser,
particularmente de nossa alma. Quando Ele entra em nosso espírito, nosso espírito é imediatamente
transformado à Sua imagem. Então, quando o Senhor habita em nós, Ele gradualmente nos
transforma, tornando-se o conteúdo de nosso ser interior, particularmente nossa mente, emoção e
vontade. Hoje, Deus espera uma chance de se espalhar por todas as partes de todo o nosso ser, para
que possamos ser transformados à Sua imagem de uma maneira completa. Devemos cooperar com
o desejo de Deus, praticando para dar a Ele uma maneira livre de se espalhar em todas as partes do
nosso ser.

Em nossa vida cotidiana, a mente é a parte controladora do nosso ser. Independentemente de sua
condição, a mente controla nossa vida e ser. No quarto capítulo de Efésios, Paulo fala dos gentios,
que "andam na vaidade de sua mente" (v. 17). Caminhar na vaidade da mente é permitir que a

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vaidade da mente nos controle. Andar na vaidade da mente é estar sob a regra, direção e controle de
uma mente cheia de vaidade. As pessoas que têm essa mente amam o mundo, o dinheiro e outras
coisas vãs. A vida cotidiana dessas pessoas está sob o controle da mente da vaidade. Devemos
perceber que é possível permanecermos sob o controle do velho, mesmo depois de termos sido
regenerados. Embora nosso espírito tenha sido renovado e se tornado uma nova criação no
momento em que fomos regenerados, é bem possível que ainda estamos velhos em nossa mente. Se
for esse o caso, é um sinal de que nossa mente ainda não foi transformada ou renovada.

Neste capítulo, queremos considerar a pergunta: “Como nossa mente pode ser renovada?” A
resposta a essa pergunta é crítica, porque a renovação da mente afeta toda a vida cristã. Por
exemplo, a maioria dos cristãos deseja vencer seus pecados. No entanto, eles podem não perceber
que a superação do pecado está intimamente ligada à renovação da mente. Se negligenciarmos a
experiência da renovação da mente, será difícil vencermos os pecados. Por outro lado, se
experimentarmos a renovação da mente e formos transformados à imagem do Senhor, será fácil
vencer todos os tipos de pecados. Se formos simplesmente renovados em nossa mente e
transformados à imagem do Senhor, muitas coisas em nossa vida cristã se tornarão fáceis para nós.
Portanto, o tipo de vida cristã que temos depende em grande parte se nossa mente está sendo
renovada dia após dia.

Quando amamos uma pessoa com o amor mais profundo, acabamos caminhando, agindo e
pensando como essa pessoa. Depois que marido e mulher se amam por um longo período de tempo,
eles têm a mesma mente, atitude e desejo. Isso é uma indicação de que o amor verdadeiro faz com
que duas pessoas tenham uma só mente. Se uma esposa realmente ama o marido, esse amor a
forçará a pensar como o marido pensa, agir como o marido age e fazer as coisas como o marido faz.
Se ela nunca pensa, age e faz as coisas como ele, isso é um sinal de que o amor que ela tem por ele
provavelmente não é real. Essa ilustração, no entanto, é limitada, pois, não importa o quanto o
marido ame sua esposa e ela o ame, eles não podem realmente entrar um no outro como o Senhor
entrou em nós. O Senhor entrou em nós e agora está em nós (2 Cor. 13: 5). Estamos unidos ao
Senhor, e Ele e nós somos um espírito (1 Cor. 6:17). Nosso Senhor interior espera que sejamos
renovados, transformados, à Sua imagem por Ele mesmo com Sua vida de ressurreição. Devemos
chegar à conclusão de que nada é tão importante quanto a renovação de nossa mente. Se quisermos
ter uma vida cristã real - uma vida em que facilmente superamos todas as coisas negativas e
seguimos o Senhor para fazer Sua vontade - devemos ser renovados na mente, na emoção e na
vontade. Porque a mente é a parte principal da nossa alma, é especialmente importante que sejamos
renovados na mente.

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CRISTO ESTÁ FORMADO NOS EUA

Gálatas 4:19 diz: “Meus filhos, com quem trabalho novamente, até que Cristo seja formado em
vocês.” Ter Cristo formado em nós é ter a mente, a emoção e a renovação. Quando toda a nossa
alma é renovada dessa maneira, não teremos apenas a mente de Cristo para pensar como Ele pensa;
O próprio Cristo será Aquele que pensa em nós. Quando Cristo é formado em nós, no exato
momento em que pensamos em algo, Ele se espalha de nosso espírito para dentro e através de nossa
mente para se tornar o conteúdo de nossa mente. Então, quando Ele se espalha, Ele se torna Aquele
que pensa dentro de nós. Aparentemente, somos nós que estamos pensando; na verdade, é Cristo
quem está pensando dentro de nós. Será o mesmo com a nossa emoção. Quando amamos algo ou
alguém, não estaremos amando sozinhos; Cristo dentro de nós também será amoroso. Em relação à
nossa vontade, quando decidimos fazer algo, não somos apenas nós mesmos que decidimos; Cristo
dentro de nós decidirá. Se experimentarmos que Cristo é formado em nós, seremos “pessoas
duplas”. Embora ainda sejamos nós mesmos, dentro de nós outra pessoa, Cristo, estará em processo
de ser formada dentro de nós. À medida que essa pessoa é formada em nós, Ele se espalhará por
todas as partes do nosso ser interior. Consequentemente, quando pensarmos, teremos a mente de
Cristo; quando amamos, teremos o amor de Cristo; e quando decidirmos, teremos a vontade de
Cristo. Cristo não estará apenas em nosso espírito; Ele terá se espalhado em nossa mente, vontade e
emoção. À medida que Cristo é formado dentro de nós, somos gradualmente transformados à Sua
imagem.

Amar o Senhor
Se Cristo é formado em nós ou se somos transformados em nossa alma depende de pelo menos três
coisas. Primeiro, temos que amá-lo. Quando marido e mulher caminham juntos, geralmente andam
de mãos dadas. Embora sejam duas pessoas, são uma em ação e gesto. Isso indica que eles se
amam. Do mesmo modo, se amarmos o Senhor de maneira real, desejaremos ser o mesmo que Ele é
em tudo. Quando estamos prestes a fazer algo, nos perguntamos: “É assim que o Senhor ama as
coisas? É assim que o Senhor age? ”Ao nos controlarmos dessa maneira, seremos naturalmente
ajustados em nossos pensamentos, sentimentos e decisões. Quando descobrimos que nosso
pensamento não é o pensamento do Senhor e que nossa mente não é a mente Dele, abandonaremos
o nosso pensamento e seremos ajustados pela mente do Senhor. Devemos submeter nossa mente à
mente do Senhor, nossa emoção à emoção do Senhor e nossa vontade à vontade do Senhor. Vamos
simplesmente nos submeter a Ele. Se amarmos o Senhor de tal maneira, daremos a Ele a liberdade,
o terreno e a oportunidade de ocupar uma parte do nosso ser após a outra. Nosso problema é que,
embora tenhamos sido regenerados e tenhamos um coração que ama o Senhor, não o amamos em
toda a extensão. Como resultado, parece que o Senhor não tem a chance de fazer nada em nossa

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mente, emoção e vontade. A razão pela qual o Senhor não tem terreno para ocupar nossa mente é
que simplesmente não O amamos muito.

Freqüentemente, embora amemos o Senhor até um certo ponto, não somos um com Ele. Tendo
visitado muitos lares ao longo dos anos, percebo que entre maridos e esposas, mesmo entre aqueles
que se amam, esse tipo de situação costuma existir. Embora esses casais muitas vezes ajam e
pensem como um, notei que muitas vezes o marido e a esposa não são um. Vi a esposa decidir fazer
exatamente o oposto do marido e vice-versa. Muitas vezes temos esse tipo de relacionamento com o
Senhor. Quantas vezes dissemos ao Senhor: “Você segue o seu caminho; Eu irei para o meu ”? Se
esse é o estado de nosso relacionamento com o Senhor, não apenas deixaremos de ser renovados em
nossa mente; nossa mente se tornará cada vez mais independente do Senhor, e nós o fecharemos da
mente. Se nós O amamos de maneira absoluta, porém, em todas as situações, olharemos para o
Senhor e diremos: “Senhor, eu apenas te amo. Quero saber como você considera minha situação.
Qual sua opinião sobre isso? Eu quero tomar Sua mente como minha mente e ter Sua mente
espalhada em minha mente. Porque eu te amo tanto, quero ter minha mente saturada e misturada
com a sua mente. ”Se amarmos o Senhor dessa maneira, daremos a Ele muita liberdade, terreno e
oportunidade de lidar conosco em relação à nossa mente. Devemos amá-Lo para que gradualmente
nossa mente possa ser renovada, preenchida, saturada e misturada com a mente do Senhor, isto é,
com o próprio Senhor. Então, quando pensarmos e considerarmos as coisas, as pessoas sentirão que
dentro do nosso pensamento e consideração há o sabor de Cristo (cf. 2 Cor. 2:14). Se queremos que
Cristo seja formado em nós e se queremos que nossa mente seja renovada, devemos amar ainda
mais o Senhor.

Comunhão com o Senhor

Segundo, para ser renovado, precisamos permanecer em comunhão com o Senhor. Não apenas
devemos permanecer em comunhão com o Senhor durante nossos tempos de oração; devemos
manter contato com Ele, mesmo no meio de nossas atividades e conversas diárias. Quando
conversamos com as pessoas, devemos ter comunhão com o Senhor simultaneamente. Mesmo nos
momentos mais movimentados, devemos permanecer em comunhão com o Senhor. Isso precisa da
nossa prática. Muitos anos atrás, eu conhecia um jovem irmão que foi levado a um ponto em que
estava constantemente em comunhão com o Senhor. Esse irmão me disse que, ao caminhar, ele
parava a cada quarteirão ou dois para permanecer em comunhão com o Senhor. Se permanecermos
em constante comunhão com o Senhor, daremos ao Senhor muitas oportunidades de tomar posse de
nossa mente, emoção e vontade.

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Rezar
Terceiro, para que Cristo seja formado em nós, devemos orar. Não é adequado orarmos
simplesmente porque temos muitas coisas a pedir ao Senhor. Devemos orar pelo simples propósito
de entrar em contato com o Senhor e exercitar nosso espírito.

Quando ouvimos as coisas, exercitamos automaticamente nossos ouvidos. Quando caminhamos ou

corremos, exercitamos automaticamente nossas pernas e pés. De acordo com o mesmo princípio, se
orarmos, exercitaremos automaticamente nosso espírito, porque orar é exercitar o espírito. Embora
muitas vezes quando começamos a orar, não estamos no espírito, depois de talvez cinco ou dez
minutos entramos no espírito. Quando as crianças tentam andar pela primeira vez, elas não usam
muito os pés e as pernas. Mas quanto mais praticam a caminhada, mais as usam. Da mesma forma,
se dia após dia orarmos mais, automaticamente exercitaremos mais nosso espírito. Acredito que
muitos de nós já experimentamos que quanto mais oramos, mais estamos no espírito e mais nos
acostumamos a exercitar o espírito. Quanto mais exercitamos nosso espírito para orar, mais abrimos
o caminho para que o Senhor, como o Espírito dentro de nós, se espalhe por todas as partes do
nosso ser interior. Embora possamos orar para pedir coisas ao Senhor, a razão mais importante pela
qual oramos é exercitar nosso espírito para manter contato com o Senhor. Se exercitarmos nosso
espírito orando dessa maneira, todo o nosso ser será gradualmente renovado e seremos
transformados à imagem do Senhor.

Cristo sendo formado em nós e nossa renovação no espírito de nossa mente dependem muito desses
três assuntos - devemos amar o Senhor, permanecer em comunhão com Ele e exercitar-nos para
orar. Quanto mais fazemos essas coisas, mais seremos renovados.

APRENDENDO A CRISTO
Muitos de vocês aprenderam muitos ensinamentos e doutrinas cristãs. O ônus em meu coração
nesses capítulos, no entanto, é ter comunhão com você sobre maneiras definidas de experimentar as
coisas que aprendeu. Em outras palavras, estou sobrecarregado por você entrar na realidade do que
você já sabe.

Efésios 4:20 diz: “Você não aprendeu a Cristo.” Devemos prestar atenção à frase aprender a Cristo
e entendê-la da maneira correta. Aprender a Cristo não significa que, porque Cristo amou as
pessoas, também devemos amar as pessoas. Quando eu era criança, fui ensinado que, porque Jesus
amava as pessoas pobres, também devemos amar as pessoas pobres. Fui ensinado erroneamente que
essa imitação é o que significa aprender a Cristo. Aprender a Cristo não significa que nós O
imitemos; significa que nós, dentro de quem Cristo habita, temos Cristo como nossa vida em tudo o
que fazemos. Isso significa que, quando pensamos nas coisas, tomamos Cristo como nossa vida

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subjetivamente e o vivemos. Aprender a Cristo não é objetivo - não é simplesmente pegar o Cristo
que está fora de nós e seguir o Seu exemplo. Pelo contrário, aprender a Cristo é muito subjetivo.
Tem tudo a ver com Cristo estar em nós, habitando em nós e sendo vida para nós. Para nós,
aprender a Cristo significa que Sua mente se torna nossa mente, Seu amor se torna nosso amor e
Seu coração se torna nosso coração. Devemos tomar Sua mente como nossa e, portanto, desistir de
nossa própria mente. Este é o caminho certo para aprender a Cristo.

No versículo seguinte, Paulo diz: “Se de fato você o ouviu e foi ensinado nele como a realidade está
em Jesus” (v. 21). Toda a realidade que está em Cristo deve ser desfrutada por nós e deve se tornar
nossa porção. Por exemplo, amor e luz são realidades. Essas realidades estão em Cristo. Desde que
fomos regenerados, Cristo está em nós. Portanto, tudo o que Ele tem dentro de si - neste exemplo,
amor e luz - se tornou nossa porção. Por isso, precisamos aproveitar todas as realidades que estão
nele. A maneira de desfrutarmos dessas realidades é dada nos versículos 22 a 24. Primeiro, devemos
"adiar ... o velho". O adiamento do velho é algo que fizemos de uma vez por todas quando foram
batizados. Segundo, devemos “ser renovados no espírito da [nossa] mente”. Isso é algo que
devemos experimentar constantemente. Terceiro, devemos "vestir o novo homem". Como adiar o
velho, isso já foi totalmente realizado. Por isso, temos três assuntos: o adiamento do velho homem
de um lado, o adiamento do novo homem do outro lado e a renovação da mente no meio. Se a
despeito do velho e a despeito do novo homem são reais em nossa experiência diária, depende se
experimentamos ou não a renovação no espírito de nossa mente. Nossa renovação no espírito de
nossa mente é a questão central.

Podemos conhecer o fato e a doutrina de que, em Cristo, adiamos o velho homem e o vestimos, e
podemos perceber que somos uma nova criação (2 Coríntios 5:17) e que as coisas antigas passaram.
longe e tornaram-se novos. Mas, em nossa experiência, esses fatos são uma realidade para nós ou
meramente doutrina? Podemos freqüentemente falar de como fomos crucificados com Cristo, como
nosso velho homem foi morto na cruz e como nós cremos em Cristo e, portanto, nele (Gálatas 3:27).
Mas é bem possível que essas coisas sejam apenas ensinamentos para nós. É possível que não
saibamos como tornar essas coisas reais em nossa vida. Devemos nos desafiar e, com relação a
esses fatos, nos perguntar: “Isso é real para mim? É real para mim que eu, como o velho, fui morto?
É real para mim que eu coloquei o novo homem? ”Novamente, se essas coisas são ou não tornadas
reais para nós depende apenas de experimentarmos ou não ser renovado no espírito de nossa mente.

A maneira de sermos renovados no espírito de nossa mente é muito simples. Primeiro, devemos
amar o Senhor. Devemos simplesmente amá-lo com todo o nosso ser. Se amarmos ao Senhor ao
máximo, Ele ganhará terreno em nós e terá total liberdade para ocupar todo o nosso ser. Então nossa
mente será muito renovada por Ele. Segundo, devemos ter comunhão com ele; isto é, devemos

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permanecer em contato com ele. Dia após dia e momento a momento, nunca devemos nos afastar da
presença do Senhor. Antes, devemos sempre estar em Sua presença.

Terceiro, precisamos aprender a exercitar nosso espírito orando. Quanto mais oramos, mais
exercitaremos nosso espírito. No reino físico, as partes do nosso corpo que exercitamos mais se
tornam fortes, e as partes que raramente usamos permanecem fracas. Há vários anos, fiquei
gravemente doente e fiquei confinado à minha cama por seis meses. Porque eu estava na cama, eu
era incapaz de usar minhas pernas e pés durante esse tempo. Nunca me ocorreu que talvez eu não
conseguisse andar no final da minha doença. Eu tinha como certo o fato de que eu podia ficar de pé
e andar. Para minha surpresa, quando tentei sair da cama, não consegui me levantar. Por não usar
minhas pernas e pés por um período tão longo, esses membros do meu corpo ficaram tão fracos que
eu não conseguia ficar de pé. É o mesmo com o nosso espírito. Se você não orar, tenha certeza de
que permanecerá fraco em seu espírito. A razão pela qual muitos de vocês são fracos quando
comparecem à reunião de oração e à mesa do Senhor é que raramente oram. Se você orar muito dia
após dia, quando vier à reunião, seu espírito será muito forte e será fácil para você orar nas
reuniões. Precisamos orar e exercitar nosso espírito para que ele se torne forte. Dessa maneira, o
Senhor, como Espírito, terá um caminho aberto para se espalhar por todas as partes do nosso ser.

DUAS CONDIÇÕES DA MENTE

Em Efésios 4, existem duas expressões que descrevem a mente. O versículo 17 fala da vaidade da
mente, e o versículo 23 fala do espírito da mente. Esses dois versículos descrevem duas condições
em que é possível que nossa mente esteja. Podemos ter vaidade em nossa mente ou o espírito de
nossa mente. Qual é a condição de sua mente - vaidade ou espírito? Nas mentes das pessoas no
mundo não há nada além de vaidade. A vaidade ocupa a mente das pessoas no mundo; suas mentes
podem até ser caracterizadas pela vaidade. Se a vaidade deste mundo ocupar nossa mente, nossa
mente permanecerá na velhice e nunca será nova. Além disso, se nossa mente está cheia de vaidade,
é absolutamente impossível crescermos na vida, mesmo que em pequeno grau. No entanto, quando
nossa mente é ocupada pelo espírito, que, como vimos, está se expandindo em nossa mente, teremos
o espírito da mente. Quando nosso espírito se expande em nossa mente, nossa mente não será mais
ocupada com vaidade, mas com o espírito.

Vamos considerar a passagem das Escrituras sobre as duas condições da mente, Efésios 4: 17-24.
Por favor, preste atenção ao fato de que esta passagem é dividida em duas partes. A primeira parte,
composta pelos versículos 17 a 19, trata da vaidade da mente. A segunda parte, começando com a
palavra, mas no versículo 20, trata do espírito da mente:

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Portanto, eu digo e testifico no Senhor, que você não anda mais como os gentios também andam na
vaidade de sua mente, sendo obscurecidos em seu entendimento, alienados da vida de Deus por
causa da ignorância que há neles, por causa de sua ignorância. a dureza do seu coração; que,
sentindo-se no passado, se entregaram à lascívia para trabalhar toda a impureza na ganância. Mas
você não aprendeu a Cristo, se de fato o ouviu e lhe foi ensinado como a realidade está em Jesus,
que adia, no que diz respeito ao seu modo de vida anterior, o velho homem, que está sendo
corrompido de acordo com as concupiscências do engano, e que você seja renovado no espírito de
sua mente e vista o novo homem, que foi criado de acordo com Deus na justiça e santidade da
realidade.

Quando a vaidade ocupa a mente de uma pessoa, seu entendimento se obscurece, seu coração se
endurece, ele se afasta da vida de Deus, afasta todo sentimento (ou seja, afasta toda a consciência de
sua consciência) e se entrega ao pecado. coisas. Quando nosso espírito se espalha em nossa mente,
no entanto, nossa mente é renovada. Com essa renovação, vem a realidade de adiar o velho e vestir
o novo. Quando somos renovados, somos transformados à imagem do Senhor (Rom. 12: 2). Se você
tem vaidade, é possível cometer qualquer tipo de pecado. Se, por outro lado, você tiver o espírito
em mente, será renovado, transformado, à imagem do Senhor.

Que o Espírito Santo nos mostre as duas maneiras de nos conduzirmos em nossa vida diária. A
primeira maneira é ser controlada e dirigida pela vaidade da mente, isto é, pela mente da vaidade. A
segunda maneira é viver e andar no espírito de nossa mente, ou seja, por uma mente que é do
espírito. Se seguirmos o caminho de ser renovados no espírito de nossa mente, seremos levados a
um ponto em que seremos muito parecidos com o Senhor - seremos transformados à Sua imagem.
Essa transformação maravilhosa e bela ocorre através de nossa renovação no espírito de nossa
mente. Nossa mente precisa ser renovada de ser uma mente cheia de vaidade para uma mente cheia
de espírito. Então seremos libertados de todas as coisas pecaminosas, transferidos para o reino de
Sua maravilhosa luz (1 Pedro 2: 9) e transformados à imagem do Senhor.

CAPÍTULO CINCO
QUATRO LEIS E TRÊS VIDAS
Leitura das Escrituras: Rom. 7: 15-23; 8: 1-2

Neste capítulo, chegamos a Romanos 7 e 8 para ver um assunto que é básico e importante para
nossa vida espiritual - quatro leis e três vidas.

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QUATRO LEIS
Pelo que trabalho, não reconheço; pelo que eu quero, isso eu não pratico; mas o que eu odeio, isso
eu faço. Mas se o que não quero, faço, concordo com a lei de que é bom. Agora, então, não sou
mais eu que faço isso, mas o pecado que habita em mim. Pois sei que em mim, isto é, na minha
carne, nada de bom habita; pois a vontade está presente comigo, mas descobrir o bem não é. Pois eu
não faço o bem que quero; mas o mal que não quero, pratico. Mas se o que não quero, é o que faço,
não sou mais eu que o faço, mas o pecado que habita em mim. Encontro então a lei comigo que
quer fazer o bem, ou seja, o mal está presente comigo. Pois me deleito na lei de Deus segundo o
homem interior, mas vejo uma lei diferente em meus membros, guerreando contra a lei de minha
mente e me tornando cativo da lei do pecado que está em meus membros. (7: 15-23)

Agora não há condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. Pois a lei do Espírito da vida me
libertou em Cristo Jesus da lei do pecado e da morte. (8: 1-2)

Romanos 7:17 e 20 falam do “pecado que habita” em nós. O pecado aqui é muito particular. Este
pecado não é algo morto. Pelo contrário, é algo que habita ativamente. Apenas algo vivo pode
habitar. Portanto, o pecado aqui é algo que está vivo. O versículo 18 diz que “em mim, isto é, em
minha carne, nada de bom habita”. Aqui, eu não significa todo o ser tripartido; significa apenas a
carne.

No versículo 22, encontramos a expressão lei de Deus. Paulo escreve que ele se deleitava com esta
lei de acordo com o homem interior. No versículo seguinte, ele fala de uma "lei diferente", que
estava nos membros de seu corpo. Enquanto a lei de Deus está fora de nós, essa “lei diferente” está
dentro de nossos membros. Paulo identifica essa "lei diferente" como "a lei do pecado que está em
meus membros" (v. 23). Esta lei não é uma lei boa, mas uma lei má. Ele escreve que a lei do pecado
estava em guerra contra a lei de sua mente. Nesta frase, ele introduz ainda outra lei - a lei da nossa
mente. A mente é a parte mais importante da alma. Esta terceira lei está, portanto, em nossa alma. A
lei do pecado nos membros do corpo luta e derrota a lei em nossa mente e nos leva ao cativeiro.
Então, em Romanos 8, vemos uma quarta e última lei - a lei do Espírito da vida, ou a lei da vida.
Esta lei nos liberta em Cristo Jesus da lei do pecado e da morte.

Depois de ler esta passagem, deve ficar claro para nós que quatro leis estão relacionadas a nós - a lei
de Deus, a lei do pecado, a lei do bem e a lei da vida. A primeira é a lei de Deus, que está fora de
nós e é objetiva para nós. As outras três leis estão dentro de nós e são subjetivas para nós. Nós,
como seres humanos, temos três partes - corpo, alma e espírito. Dentro de cada parte do nosso ser,
existe uma lei específica. No corpo, há a lei do pecado, na mente (a parte principal da alma), a lei do
bem, e em nosso espírito, a lei da vida. As leis que estão em nosso corpo e alma (a lei do pecado e a
lei do bem, respectivamente) sempre lutam umas contra as outras. Quando não tentamos fazer nada,

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a lei nos membros do nosso corpo não opera. Em outras palavras, quando a lei de nossa mente
“dorme”, a lei de nossos membros também “dorme”. No entanto, quando a lei de nossa mente tenta
obedecer à lei de Deus e fazer o bem, a lei do corpo se eleva. lutar contra e derrotar essa lei, levar-
nos ao cativeiro e fazer-nos fazer o que não queremos. A lei em nossa mente pode dizer: “Eu quero
fazer algo de bom.” Mas, assim que dizemos isso, a lei do pecado em nossos membros pode
responder: “Você diz que fará algo de bom, mas eu faço não concordo. Lutarei contra e derrotarei
você, pois sou uma lei mais forte e mais poderosa do que você. ”A lei do pecado no corpo
inevitavelmente derrota a lei em nossa mente que está tentando fazer o bem. Uma vez derrotada a
lei do bem, a lei do pecado sempre nos leva ao cativeiro e nos faz fazer o que odiamos fazer. No
entanto, não podemos evitar; fazemos as coisas que não queremos fazer porque fomos capturados
pela lei do pecado nos membros do corpo.

Além dessas três leis, há uma quarta lei - a lei da vida. Porque esta lei é do Espírito da vida e o
Espírito da vida está em nosso espírito, a lei do Espírito da vida está em nosso espírito. Esta lei é a
lei mais forte e mais poderosa. Como tal, esta lei pode nos libertar da lei do pecado e da morte.
Enquanto a lei do bem em nossa mente é sempre derrotada pela lei do pecado em nossos membros,
a lei da vida em nosso espírito sempre supera a lei do pecado e nos liberta dela.

Devemos lembrar essas quatro leis e entender como elas estão relacionadas a nós. A primeira lei é a
lei de Deus, e está fora de nós. As outras três leis estão nas três partes do nosso ser,
respectivamente: a lei do pecado nos membros do nosso corpo, a lei do bem em nossa mente e a lei
do Espírito da vida em nosso espírito. Como homens criados por Deus, sabemos algo sobre a lei de
Deus. Porque conhecemos a lei de Deus, decidimos manter essa lei. Nossa decisão de fazer a lei de
Deus é na verdade a operação da lei do bem em nossa mente. Quando, no entanto, a lei do bem em
nossa mente tenta fazer o bem e manter a lei de Deus, uma lei mais forte, a lei do pecado nos
membros do nosso corpo pecador, a carne, se eleva. Como a lei do pecado em nossa carne é mais
forte que a lei do bem em nossa mente, a segunda é sempre derrotada pela primeira. Desde que é
esse o caso, nos tornamos cativos para pecar. No entanto, há libertação! Essa libertação ocorre
através da quarta lei - a lei da vida. Essa quarta lei, que está em nosso espírito, é a lei mais forte e
mais poderosa - ainda mais forte do que a lei do pecado em nossos membros. Ele subjuga a lei do
pecado e nos liberta dele. Quando isso acontece, somos libertados do cativeiro e obtemos a vitória.

TRÊS VIDAS
Agora devemos considerar as três vidas. Como nas quatro leis, cada uma dessas três vidas está
relacionada a nós. Deus nos criou para ser seres humanos. Primeiro, porque somos humanos, temos
a vida humana, que é a vida criada. Isso está do nosso lado. Do lado de Deus, Ele tem a vida divina

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incriada, eterna. Por termos sido regenerados pelo Espírito Santo de Deus, agora temos a vida eterna
e divina. A terceira vida é a do diabo. Esta vida também está muito relacionada a nós, pois durante a
queda, o próprio diabo se tornou relacionado a nós. Não podemos dizer que, porque somos criaturas
de Deus, não temos nada a ver com a vida do diabo. Pelo contrário, devemos admitir que, por causa
da queda, a vida de Satanás está relacionada a nós.

Por sermos crentes regenerados, três coisas tremendas aconteceram conosco. Primeiro, fomos
criados. Segundo, caímos. Terceiro, fomos regenerados. Como essas três coisas aconteceram
conosco, há três vidas em nós. Quando fomos criados por Deus, recebemos a vida criada, a vida
humana. Então, quando caímos, recebemos a vida do diabo. Quer percebamos isso ou não, é um
fato. Quando participamos da árvore do conhecimento do bem e do mal, algo de Satanás surgiu em
nosso ser; não foi somente Adão quem comeu daquela árvore - estamos incluídos em Adão (Rm
5:12; cf. Hb 7: 9-10). Quando Adão comeu daquela árvore, ele não apenas cometeu um ato de
pecado; ele também recebeu a vida de Satanás em seu ser. Podemos ver isso em uma ilustração
simples. Digamos que exista uma garrafa de veneno que uma mãe avisa seu filho para não tocar.
Um dia, quando a mãe sai, a criança pega a mamadeira e bebe o veneno. Ao fazer isso, ele
desobedece ao comando de sua mãe. No entanto, a desobediência é uma pequena preocupação em
comparação com um problema muito maior que surgiu - o veneno mortal está agora dentro da
criança. Quando a mãe descobre que seu filho bebeu o veneno, ela se preocupa não principalmente
com a desobediência dele, mas em tirar o veneno dele. No dia em que Adão comeu da árvore do
conhecimento do bem e do mal, ele não fez apenas algo que era contrário ao mandamento de Deus;
algo de Satanás surgiu em seu ser. Desse dia em diante, houve algo de mal em nossa carne. 1 João
3:10 diz que somos “filhos do diabo”. Da mesma maneira que somos filhos de Adão, porque temos
a vida de Adão, a vida humana, somos os filhos do diabo, porque temos a vida de Satanás. . Não
apenas fomos criados e não apenas caímos; nós também fomos regenerados. Louve ao Senhor que,
quando recebemos o Senhor Jesus como nossa vida, o Espírito Santo entrou em nosso espírito,
trazendo a vida divina para dentro de nós! Nesse ponto, nos tornamos filhos de Deus possuindo a
vida de Deus (5:12; João 1: 12-13).

Devemos perceber que, como homens criados, caídos e regenerados, temos três pais. Nosso
primeiro pai é o primeiro homem, Adam. Nosso segundo pai é o diabo, Satanás. Nosso terceiro pai
é Deus, o Pai. O Senhor Jesus disse aos fariseus, que nos representam, que eles eram os filhos de
seu pai, o diabo (8:44). Este versículo nos diz claramente que Satanás é nosso pai mau. Mas
louvado seja o Senhor, fomos regenerados por Deus! Nós nos tornamos Seus filhos, e Ele se tornou
nosso Pai (20:17; 1 João 3: 1; 5:18). Sermos filhos de Satanás é coisa do passado. Agora somos
filhos de Deus. Devemos perceber que essas três vidas - a vida humana, a vida satânica e a vida
divina - estão todas relacionadas a nós.

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CADA TIPO DE VIDA QUE TEM

CERTO TIPO DE LEI
Devemos ver o princípio de que com todo tipo de vida existe uma lei correspondente. Podemos
ilustrar isso com o exemplo de um pássaro. Inerente à vida das aves é a lei do voo. Desde que um
pássaro seja um pássaro, ele voará naturalmente. Embora possamos limitar um pássaro a uma gaiola
e, assim, impedi-lo de voar, no momento em que o libertarmos, ele voará. Que os pássaros voam é
uma lei da vida dos pássaros. Da mesma forma, a lei da vida dos peixes diz que, para que um peixe
viva, ele deve permanecer na água. Como a vida dos pássaros e os peixes têm certas leis, se
colocássemos um pássaro na água ou tirássemos um peixe da água, ambos morreriam. Até a vida
vegetal tem uma lei. Portanto, podemos ver que, com todo tipo de vida, existe certo tipo de lei. Isso
também é verdade relacionado a nós. Com a vida humana há uma lei, com a vida satânica há uma
lei e com a vida divina há uma lei. A lei da vida humana criada, uma vez que essa vida é boa, é a lei
do bem. Esta lei do bem está em nossa alma. A lei da vida satânica, uma vez que a vida é má, é a lei
do pecado. Esta lei do pecado está nos membros do corpo. A lei do Espírito da vida é a vida de
Deus, e está em nosso espírito.

AS QUATRO LEIS E
TRÊS VIDAS EM NOSSA EXPERIÊNCIA
Vamos considerar a vida de Satanás e a lei do pecado em mais detalhes. Quando Adão pegou o fruto
da árvore do conhecimento do bem e do mal, ele levou algo dessa árvore para dentro de seu corpo.
A partir desse momento, algo foi adicionado ao corpo, fazendo com que ele se tornasse carne.
Devemos perceber que há uma diferença entre o corpo e a carne. O corpo foi a criação original de
Deus (Gênesis 2: 7a), enquanto a carne é o corpo com Satanás adicionado a ele (Rm. 8: 3; 6: 6).
Quando Satanás entrou no corpo do homem com sua vida satânica, o corpo do homem se tornou
pecaminoso. Por termos a vida de Satanás, temos a lei do pecado em nosso corpo. Romanos 6: 6
fala do “corpo do pecado”. Nosso corpo é chamado corpo do pecado, porque o pecado habita no
corpo. Portanto, nosso corpo é a carne. Romanos 8: 3 identifica o corpo do pecado, a carne, com o
termo carne do pecado. O corpo do pecado e a carne do pecado denotam a mesma coisa.

Esse corpo de pecado sempre trabalha através da alma. Quando a alma está viva, ativa e em
movimento, o corpo do pecado funciona. Quando, no entanto, a vida da alma é morta, o corpo do
pecado fica "desempregado", pois não há mais nada a fazer. Isso é essencialmente o que Paulo diz
em Romanos 6: 6. Quando nosso velho homem, cuja vida é a vida da alma, é crucificado, o corpo
do pecado é anulado. Portanto, quando a vida da alma é morta, não há nada para o corpo do pecado
fazer. O pecado não está na alma; está no corpo. Mas o corpo do pecado trabalha através da alma.

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Se, portanto, a vida da alma está morta, o corpo do pecado não tem como operar. Quanto mais viva
e ativa for a vida da alma, mais ativamente o corpo do pecado operará.

Vamos usar uma ilustração. Como as pessoas usam seu corpo quando jogam, somente quando a
vida da alma é morta é que seus corpos de jogo deixam de jogar. Se esses jogadores fossem
despojados da vida da alma, os membros pecadores de seus corpos não seriam mais capazes de
jogar. Esses membros não teriam mais a vida da alma como seu "empregador" e, portanto, seriam
"desempregados". Romanos 6: 7 diz: "Quem morreu é justificado pelo pecado". Algumas traduções
tornam a palavra justificada como "libertada". Os corpos dos jogadores nunca seriam capazes de se
libertar do jogo até que sua vida da alma, a vida do velho homem, fosse morta. Somente uma vez
que sua vida da alma tivesse sido morta, seu corpo de jogo e seu corpo de pecado ficariam sem
emprego.

Todos nós desejamos ser libertos da lei do pecado, mas talvez não saibamos como experimentar
essa libertação. A lei de Deus está fora de nós e é objetiva. Todo mundo que foi despertado pelo
Espírito Santo tem a intenção de viver e agir de acordo com a lei de Deus. No entanto, ao lidar com
a lei do pecado, se considerarmos a lei de Deus e tentarmos usar a lei do bem em nossa mente para
superar a lei do pecado, enfrentaremos muitos problemas. Em vez de realmente fazer bom, nós só
será capaz de tentar fazer o bem e fracassará inevitavelmente. Para ser libertado da lei do pecado,
devemos esquecer a lei de Deus e renunciar à lei do bem em nossa mente. Tudo o que devemos
fazer é simplesmente prestar atenção à lei do Espírito da vida e segui-la. Enquanto continuarmos em
contato com a lei da vida, permanecermos em comunhão com o Senhor e permanecermos em Sua
presença, essa lei operará dentro de nós. Essa lei é a mais poderosa das três leis que estão dentro de
nós. Esta lei nos liberta e nos liberta da lei do pecado.

A lei do bem em nossa mente pode ser comparada a um automóvel quebrado. Se dirigirmos um
carro assim, enfrentaremos muitos problemas e encontraremos muitos problemas. A lei do Espírito
da vida em nosso espírito, por outro lado, é como um avião a jato. Se um avião a jato estiver
disponível para nosso transporte, não há razão para dependermos do carro avariado. A lei do
Espírito da vida é poderosa. Em vez de focarmos na lei de Deus ou lutarmos para manter a lei do
bem que está em nossa mente, devemos simplesmente permanecer em comunhão com Deus e seguir
a lei do Espírito da vida interior. Se fizermos isso, seremos transcendentes à lei do pecado e,
finalmente, obteremos a vitória. Este é o caminho simples para a vitória.

Podemos ilustrar essas quatro leis em nossa experiência da seguinte maneira. Um item da lei é que
devemos amar nosso irmão (1 João 4:21; João 13:34). Digamos que dois irmãos se encontrem. O
primeiro irmão sabe que, de acordo com a lei de Deus, ele deveria amar o outro irmão. Dentro dele,
há a lei do bem, que corresponde à lei de Deus fora dele. De acordo com essa lei interna, ele tenta

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fazer o bem, agradar a Deus e guardar os mandamentos de Deus. Portanto, quando esse irmão vê o
segundo irmão, a lei do bem dentro dele responde à lei de Deus fora dele, e ele diz ao Senhor que
amará seu irmão. É nesse exato momento que ele experimentará a lei do pecado se levantando
dentro dele para lutar contra o cumprimento da lei de Deus. Como resultado, ele será incapaz de
amar o irmão. Inevitavelmente, a lei do pecado capturará esse irmão. Embora ele pretenda amar seu
irmão e guardar o mandamento de Deus, o resultado de sua intenção é derrota e captura inevitáveis
pela lei do pecado. Eventualmente, ele pode fazer algo mau a seu irmão, mesmo que isso não seja
apenas contra a lei de Deus, mas também contra sua própria intenção, desejo e a lei do bem dentro
dele. Acredito que tivemos experiências semelhantes.

Está implícito no pensamento de Paulo em Romanos 7 e 8 que devemos esquecer a lei de Deus,
desistir da lei do bem dentro de nós mesmos e simplesmente permanecer em comunhão com o
Senhor, apenas por nossa comunhão e contato com Ele. nosso espírito permitirá que a lei mais forte,
a lei da vida, opere. Quando seguimos a lei do Espírito da vida e nos alinhamos com a vida divina,
amaremos nossos vizinhos mesmo sem pretender fazê-lo. Nosso amor por eles será o resultado da
vida divina sendo vivida através de nós. Em outras palavras, a lei da vida em nosso espírito nos
fortalecerá e energizará para amar os outros.

Vamos considerar outra ilustração. Havia um homem que estava muito orgulhoso. Um dia, ele foi a
um pregador para falar sobre seu problema com orgulho. O pregador, que sabia sobre a lei de Deus
e a lei do bem, mas nada sobre a lei do Espírito da vida, aconselhou o homem desta maneira: “Tente
o seu melhor para ser humilde. Deus resiste aos orgulhosos, mas dá graça aos humildes. ”Esse
conselho assustou o orgulhoso, porque dentro dele a lei do bem já estava em vigor quando ele
tentava ser humilde. No entanto, ele seguiu o conselho do pregador e orou ao Senhor: “Senhor,
desejo ser humilde. Ajude-me a ser humilde. ”O resultado de sua oração deve ser claro para todos
nós. Quanto mais oramos dessa maneira, mais orgulhosos estaremos. Apesar de nossas orações, não
podemos deixar de nos orgulhar. Como resultado de nossos orgulhosos pensamentos, podemos estar
cheios de arrependimento e dizer ao Senhor: “Ó Senhor, sou muito mau. Por mais que eu tente,
simplesmente não posso ser humilde. ”O apóstolo Paulo resolveu esse problema para nós. Ele nos
diz para simplesmente mantermos comunhão com Deus, para que a lei do Espírito da vida possa
operar. Precisamos esquecer a lei de Deus, desistir da lei de fazer o bem e perceber o fato de que a
vida divina está dentro de nós. Deus é tão próximo e querido para nós. Devemos simplesmente
manter contato com Ele como a lei viva e poderosa do Espírito da vida dentro de nós. Quando nos
alinharmos com essa lei, ficaremos cheios de descanso e satisfação e seremos humildes
automaticamente e inconscientemente. Mesmo que as pessoas nos admirassem por nossa
humildade, não estaríamos conscientes do fato de que somos humildes. Nossa humildade não será
um ato; será a vida espontânea de Cristo sendo vivida através de nós pela energização da lei da vida.

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Esse modo de vida corresponde absolutamente à lei de Deus e cumpre perfeitamente os requisitos
da lei de Deus (8: 4). Se seguirmos o Espírito Santo, estaremos alinhados com a lei da vida e
cumpriremos natural e automaticamente os requisitos da lei de Deus.

Peço a todos que pratiquem isso. Esqueça a lei de Deus e desista da lei do bem. Em vez disso,
mantenha-se sempre em contato com o Senhor e siga a lei do Espírito da vida que está em seu
espírito. Então você terá uma vida diária que corresponde perfeitamente à lei de Deus e cumpre
absolutamente todos os seus requisitos.

CAPÍTULO SEIS
A ENTREGA DE DEUS NO ESPÍRITO
Leitura das Escrituras: Rom. 5: 18-19, 21; 6: 3-11, 14; 7: 4-6, 8-11, 14-24; 8: 1-11, 26-30, 16

A Epístola de Paulo aos Romanos pode ser dividida em várias partes. A primeira parte é do capítulo
1 a 5:11. A segunda parte é de 5:12 até o final do capítulo 8. A terceira seção é do capítulo 9 ao
capítulo 11. A quarta seção é do capítulo 12 até o final do livro. As duas primeiras seções tratam da
necessidade do homem pela redenção e libertação de Deus por meio de Cristo, respectivamente. A
terceira seção fala da graça divina na seleção de Deus. A quarta seção nos diz como agir de acordo
com nossa redenção e libertação.

A REDENÇÃO E ENTREGA DE DEUS

A primeira seção de Romanos fala da redenção de Deus, e a segunda parte trata da libertação de
Deus em Cristo. Temos que ver a diferença entre redenção e libertação. Redenção é algo feito por
Deus em Cristo por nós, mas está fora de nós. A libertação, por outro lado, é realizada por Deus em
Cristo, não apenas por nós, mas também dentro de nós. Portanto, a redenção é objetiva, enquanto a
libertação é subjetiva.

Deus realizou a redenção e nos livra porque temos dois grandes problemas. Primeiro, temos muitos
pecados, isto é, ações pecaminosas diante de Deus. Como conseqüência de cometermos esses
pecados, somos condenados por Deus de acordo com Sua lei justa e santa (cf. Rm 3:23). Nossas
ações pecaminosas, no entanto, não são nosso único problema diante de Deus. Nosso outro
problema é que somos pecadores com a natureza pecaminosa. Não apenas cometemos pecados; nós
próprios possuímos a natureza pecaminosa e, portanto, somos pecadores. Por causa de nossos dois

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grandes problemas, Deus teve que fazer duas coisas por nós. Primeiro, ele teve que nos redimir da
lei; Ele teve que fazer algo por nós, a fim de que os requisitos de Sua lei justa e santa fossem
atendidos, e Ele pudesse nos libertar dela. Deus em Cristo realizou a redenção na cruz. Na cruz,
Cristo levou todos os nossos pecados e morreu por nós. Todos os requisitos da lei de Deus foram
atendidos pela morte redentora de Cristo (Mt 5:17; Rm 10: 4; Hb 9:14; 1 Ped 1:19). Por causa da
morte redentora de Cristo, fomos redimidos e libertados da condenação da justa e santa lei de Deus
(Gálatas 4: 5). Quando ouvimos essas boas novas, o Espírito Santo trabalhou dentro de nós e deu fé
em nós, levando-nos a crer na morte redentora de Cristo e a receber Cristo como nosso Salvador
(Rm 10:17, 14). Quando cremos em Cristo, fomos justificados por Deus (Atos 13:39) pela fé no
Senhor Jesus Cristo, que morreu na cruz para nos redimir da condenação da lei de Deus. Não
estamos mais sob a condenação de Deus; somos justificados por Deus (Romanos 5:18). Isso é
redenção (3:24; 5: 1).

Fomos justificados por Deus e, portanto, não estamos mais sob a condenação de Deus de acordo
com Sua lei justa e santa. Embora nosso problema dos pecados tenha sido resolvido, temos um
segundo problema - possuímos a natureza pecaminosa. Para nos libertar da natureza pecaminosa,
Deus tem que fazer algo mais. Não basta que Ele nos redima; Ele também deve nos libertar em
Cristo da natureza pecaminosa. Enquanto Sua redenção é objetiva para nós, Sua libertação é
subjetiva e mais vital e importante para nós em nossa experiência. Suponha que não houvesse
libertação para acompanhar nossa redenção por Deus. Se houvesse apenas a redenção de Deus, não
haveria maneira de nos libertarmos da natureza pecaminosa que está dentro de nós. Embora
pudéssemos ser justificados por Deus, nunca poderíamos ser conformes à imagem do primogênito
Filho de Deus (8:29). Portanto, devemos não apenas ser redimidos e, assim, resgatados da
condenação da lei justa de Deus; também devemos ser libertos de nossa natureza pecaminosa, nosso
homem natural e estar em conformidade com a imagem de Cristo.

EM ADÃO, EM CRISTO, NA CARNE

E NO ESPÍRITO
A segunda seção de Romanos apresenta quatro figuras muito importantes. A primeira figura é Adão,
que é apresentada em Romanos 5, especialmente a partir do versículo 12. O capítulo 6 apresenta a
segunda figura, Cristo. A terceira figura, apresentada no capítulo 7, é a carne. A quarta figura é o
Espírito, que vemos no capítulo 8. Se somarmos a preposição em antes de cada uma dessas figuras,
temos quatro em s, o que poderia ser considerado como títulos para estes quatro capítulos em
Romanos: “em Adão” ( cap. 5), "em Cristo" (cap. 6), "na carne" (cap. 7) e "no Espírito" (cap. 8).
Essas quatro figuras também formam dois pares que se opõem: Cristo contra Adão, e o Espírito

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contra a carne. Cristo resolve o problema de Adão, e o Espírito é o único que pode resolver o
problema da carne.

O que a carne tem a ver com Adão e o que o Espírito tem a ver com Cristo? Podemos começar a
responder a essas perguntas fazendo outro par de perguntas: Onde está Adão hoje e onde está Cristo
hoje? Essas perguntas devem nos levar a perceber que a carne tem algo a ver com Adão e que o
Espírito tem algo a ver com Cristo. Adão está na carne, e a carne é a expressão, a própria vida de
Adão. Em outras palavras, a carne é a realidade de Adão vivida através de nós. Da mesma forma,
Cristo está no Espírito Santo, e o Espírito é a manifestação de Cristo. Expresso de maneira
diferente, o Espírito é a realidade de Cristo manifestada, vivida por nós e através de nós. A realidade
do quinto capítulo de Romanos está, portanto, no sétimo, e a realidade do sexto capítulo, no oitavo.
Romanos 5 dá um registro de Adão pecador, mas devemos olhar para o capítulo 7 para ver a
realidade e o viver de Adão. Do mesmo modo, embora Romanos 6 dê um registro de Cristo,
devemos ir ao oitavo capítulo para encontrar a realidade de Cristo - o Espírito. Portanto, a realidade
de Adão está na carne, e a realidade de Cristo está no Espírito.

Quanto mais vivermos na carne, mais manifestaremos Adão. Se vemos uma pessoa vivendo na
carne de manhã à noite, na verdade estamos vendo Adão de manhã à noite, pois viver na carne é
manifestar Adão. Da mesma forma, quanto mais vivemos no Espírito, mais expressamos e
manifestamos Cristo. Se vivermos no Espírito, as pessoas verão Cristo dentro de nós e sobre nós.
Em princípio, se simplesmente vivermos no Espírito Santo, seremos conformados à imagem de
Cristo, transformados à semelhança de Cristo, e manifestaremos Cristo em nossa vida diária (Rom.
8:29; 2 Cor. 3: 18; Fil. 1:20).

ENTREGA REALIZADA NO ESPÍRITO

Somos redimidos e justificados por Deus; contudo, se há a redenção e justificação de Deus e nada
mais, Deus permanece fora de nós. Além de ser redimido por Deus, o próprio Deus em Cristo
através do Espírito entrou em nós. É por isso que, no final da segunda seção de Romanos,
encontramos as frases que Cristo está em você, o Espírito de Deus habita em você, e o Espírito
daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em você (8:10, 9, 11). Quando Cristo nos
livra, o Deus que nos redimiu não é mais apenas objetivo para nós. Antes, o Deus que nos redimiu
se torna o Deus subjetivo para nós. Ele agora não é apenas Deus nos céus, mas Deus em nós. Deus
agora é capaz de entrar em nós em Cristo como o Espírito. Agora estamos misturados com Deus
como um. Ele como Espírito pode testemunhar com o nosso espírito (v. 16). Seu Espírito e nosso
espírito - dois espíritos - podem ser unidos como um (1 Cor. 6:17). A libertação está no Espírito;
isso nunca pode ser realizado fora do Espírito.

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Devemos aprender a realizar a libertação de Deus no Espírito. Este é o ponto central que eu gostaria
de ter com você. A libertação não está no ensino ou correção; está no Espírito. O livro de Romanos
enfatiza que Deus, o Espírito, agora está em nosso espírito para ser a libertação viva para nós. Se
queremos realizar a libertação de Deus, precisamos estar no Espírito, conhecer a lei do Espírito da
vida, saber andar de acordo com o espírito mesclado e saber cooperar com o Espírito (8: 2, 4-6, 14).

Nossas heranças em Adão e em Cristo

Agora vamos ver esse assunto de nossa libertação com mais detalhes. Todas as crianças herdam
certas coisas de seus pais. Como aqueles que são filhos de Adão e que estão em Adão, herdamos
basicamente duas coisas: pecado e morte (5:12; 1 Cor. 15:22). O pecado está sob a condenação de
Deus, e sempre traz morte (Rm 6:23). Por sermos pecadores e pecadores, estamos sob a morte e
estamos fadados a morrer. Não apenas isso, a Bíblia nos diz que já estamos mortos (Ef. 2: 1, 5).
Portanto, como aqueles que são descendentes de Adão e que estão em Adão, somos pecadores e
pecadores. Além disso, estamos mortos, estamos mortos e vamos morrer. Os dois itens principais
em nossa herança de Adão são pecado e morte.

Assim como em Adão, recebemos uma certa herança, em Cristo também obtemos uma herança.
Cristo é contra Adão. Conseqüentemente, nossa herança em Cristo é versus nossa herança em Adão.
Enquanto em Adão herdamos o pecado, em Cristo herdamos a justiça (Romanos 5:12, 19); e
enquanto em Adão herdamos a morte, em Cristo herdamos a vida (1 Cor. 15:22; Rom. 5:18). A
justiça é contra o pecado, e a vida é contra a morte. A justiça nos traz redenção, e a vida nos livra da
natureza pecaminosa. Agora somos redimidos por Cristo como nossa justiça e libertados por Cristo
como nossa vida. Devemos perceber que não somos redimidos pela justiça de Cristo; ao contrário,
somos redimidos pelo próprio Cristo como nossa justiça (1 Cor. 1:30; Jer. 23: 6). Da mesma
maneira, somos libertados por Cristo como nossa vida. Em Cristo, herdamos justiça e vida.

Transferido de Adão para Cristo

Porque nascemos como seres humanos, estamos em Adão. Somos transferidos de Adão para Cristo
pela morte e ressurreição. Pela morte somos capazes de ser transferidos de Adão, e pela ressurreição
somos habilitados a ser transferidos para Cristo. Poderíamos dizer que, pela morte, "morremos de
Adão" e pela ressurreição fomos "ressuscitados em Cristo". Nossa transferência do reino de Adão
para o reino de Cristo pode ser realizada apenas por um processo de morte e ressurreição.

Como então podemos morrer e ser ressuscitados? Morrer e ser levantado não é uma questão simples
ou pequena. Aqui temos que ver algo maravilhoso. Tanto essa morte como ressurreição foram
cumpridas por Cristo. Se estamos unidos a Cristo e identificados com Ele, o que Ele experimentou

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no passado será nossa experiência, nossa história. Uma vez que nos tornamos unidos e identificados
com Cristo, temos uma longa história. Uma vez que estamos em Cristo, nossa formação envolve
muito mais do que antes de estarmos em Cristo. Como estamos agora Nele, devemos perceber que
fomos crucificados na cruz fora de Jerusalém, sepultados em uma tumba e ressuscitados da morte e
da sepultura. O que Cristo experimentou agora é sua história. A história dele é a sua história.
Quando Ele morreu na cruz, você morreu Nele. Quando Ele foi sepultado, você foi sepultado Nele.
Quando Ele ressuscitou, você ressuscitou Nele. Você está nele. Você está unido a ele. Você está
identificado com ele. Por esse fato, o apóstolo Paulo poderia proclamar que "nosso velho homem
foi crucificado com Ele", que "fomos sepultados ... com Ele" e que Deus "nos levantou junto com
Ele" (Rom 6: 6, 4, cf. vv. 8-9a; Ef 2: 6). Em Cristo, fomos crucificados, sepultados e ressuscitados.
Precisamos ter a visão, a revelação, de que esse fato foi completado em Cristo. Se você perceber
esse fato ao vê-lo nas Escrituras, isso será uma posição para você, da qual nada e ninguém poderá
movê-lo. Sempre pense que você morreu, foi sepultado e ressuscitou. Tenha certeza de que o que
aconteceu com Cristo também aconteceu com você. Tome esse fato como sua posição.

Sendo a história de Cristo a nossa história, pode ser bastante difícil para nossa mente natural
entender. Quando eu tinha vinte anos, li essas coisas em romanos, mas não consegui entendê-las. Eu
disse ao Senhor: “Você morreu na cruz há mil e novecentos anos atrás. Como é possível que eu
também tenha morrido? ”Embora a princípio eu não pudesse entender isso, um dia o Senhor abriu
meus olhos. É bem simples Hoje é possível que os eventos que ocorrem nos Estados Unidos sejam
vistos na televisão no Extremo Oriente no mesmo momento em que ocorrem. Isso é possível por
causa da eletricidade. Poderíamos dizer que o Espírito é como a eletricidade nesta ilustração. É no
Espírito que coisas que aconteceram há muito tempo podem ser realizadas por nós hoje. De acordo
com a ilustração, os eventos registrados na América também podem ser armazenados por meios
eletrônicos e, em seguida, recuperados e reproduzidos no Extremo Oriente muitos anos depois. Do
mesmo modo, todas as coisas feitas por Cristo há muito tempo podem ser transmitidas a nós no
Espírito Santo.

Com o Espírito Santo não há problema de espaço ou tempo. Se experimentamos ou não a história de
Cristo, depende se estamos ou não no Espírito Santo. Se estivermos no Espírito Santo, a morte e
ressurreição de Cristo serão muito reais para nós. Isso ocorre porque esses fatos são transmitidos a
nós pelo e no Espírito. É somente no Espírito que podemos perceber a realidade da morte e
ressurreição de Cristo. Assim como é impossível para as pessoas no Extremo Oriente ver as coisas
que acontecem nos Estados Unidos sem eletricidade e televisão, é impossível experimentarmos a
realidade da morte e ressurreição de Cristo sem o Espírito. Assim como a eletricidade torna natural
e fácil visualizar eventos distantes, o Espírito Santo torna tudo o que Cristo experimentou em nossa
história, em nossa história. No dia em que vi essa visão, fiquei muito feliz. Eu disse ao Senhor: “Ó

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Senhor, agora sei que estou em ti. Eu sou um com você. O que você experimentou é a minha
história. Você morreu e eu morri. Você ressuscitou, e eu ressuscitei. Agora, com a sua morte e
ressurreição, estou fora de Adão e em Cristo. ”Esta é a experiência prática de Romanos 5 e 6.

Morto para a lei

É fato que não estamos mais em Adão, mas em Cristo. No entanto, devemos entender que nossa
história é muito complicada. Em nossa história, além da cruz e da morte e ressurreição de Cristo, há
a história de Moisés. Moisés era o legislador. Por meio dele, a lei de Deus foi dada (João 1:17).
Adão nos deu pecado e morte, e Cristo nos deu justiça e vida. Mas entre Adão e Cristo, havia outro
homem chamado Moisés, por meio do qual a lei foi dada.

A lei é uma complicação. Embora a lei de Deus seja muito boa, precisamos esquecê-la. Tenho a
ousadia de dizer que você se esqueça da lei de Deus, porque, de acordo com a Palavra de Deus, isso
não tem nada a ver conosco e é de fato estranho para nós como crentes (Romanos 6: 6; 7: 4; Gálatas
2: 19) Fomos tirados de Adão e agora estamos em Cristo. Qualquer coisa que esteja fora de Cristo
não devemos tentar tocar. Visto que a lei é algo que está fora de Cristo, não devemos tentar tocá-la.

Esquecer-se da lei, no entanto, não é tão simples. O fato é que, embora possamos tentar esquecê-lo,
simplesmente não podemos fazê-lo. Talvez tenhamos esquecido ontem, mas hoje alguém pode vir
até nós e nos lembrar que, de acordo com a lei, devemos amar nosso próximo. Tal ensino nos faz
lembrar da lei. Nós mesmos frequentemente nos lembramos da lei. Nossa oração ao Senhor pela
manhã pode nos trazer de volta à lei. Podemos orar para que o Senhor nos ajude a cumprir tais leis,
como fazer o bem, honrar nossos pais, submeter-se a nosso marido e amar nossa esposa. Você pode
me lembrar que essas leis foram ensinadas pelo apóstolo Paulo. Mas eu, por sua vez, lembraria que,
embora Paulo peça às crianças que obedeçam aos pais, ele diz para elas fazerem isso "no Senhor"
(Ef. 6: 1). Seja obedecendo a nossos pais, amando nossa esposa ou se submetendo a nosso marido,
nunca devemos fazer essas coisas fora de Cristo. Antes, devemos fazê-los em Cristo, no reino de
Cristo. Hoje, o maior problema conosco é o problema de tentar manter a lei.

Há uma coisa na minha vida que é particularmente difícil de superar - estar orgulhoso ou ter
tendência a menosprezar os outros. Orgulho é o meu problema mais difícil. Quando eu tinha vinte e
poucos anos, todos os dias orava ao Senhor para que Ele me ajudasse a ser humilde. No entanto, eu
sempre teria que me arrepender do Senhor por meu orgulho e pedir Seu perdão. Manhã após manhã,
dia após dia, solicitei ao Senhor sobre meu orgulho. No entanto, às vezes, mesmo imediatamente
após o café da manhã, eu precisava me arrepender do Senhor por meu orgulho. Às vezes eu orava:
“Senhor, eu estava orgulhoso novamente agora após o café da manhã. Eu olhei para os irmãos. Me
perdoe. Senhor, ajude-me a não me orgulhar de agora até o meio dia. ”Mas minha experiência

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provou que o Senhor nunca me ajudou nesse sentido. Ele não apenas nunca respondeu à minha
oração; Ele freqüentemente enviava alguém para mim para despertar meu orgulho. Às vezes,
conseguia não me orgulhar até quase o meio dia e dizia alegremente ao Senhor: “Senhor, restam
apenas alguns minutos até o meio dia. Com a sua ajuda, terei sucesso. ”Mas antes que eu terminasse
de proferir tal oração, um irmão muito peculiar viria a mim e meu orgulho seria despertado. Logo
percebi que não podia me ajudar e que nunca teria sucesso em matéria de orgulho. Minha história
foi de fracasso em vez de sucesso. Embora eu sempre tentasse, sempre falhava. Então, um dia,
quando eu estava lendo romanos, o Senhor me mostrou que não estamos apenas mortos para pecar,
mas também para a lei. Romanos 7: 4 diz: “Você também foi morto para a lei.” Os mortos não são
capazes de cometer pecado, nem da lei. Manter a lei não é dever de pessoas mortas. Não há
obrigação de os mortos cumprirem a lei, porque, estando mortos, eles não têm nada a ver com ela.
Os mortos não têm nada a ver com o pecado e nada a ver com a lei. No dia em que o Senhor falou
comigo neste versículo, meus olhos se abriram. Louvei ao Senhor por ter morrido não apenas pelo
pecado, mas também pela lei.

De acordo com Romanos 7, sempre que tentamos cumprir a lei, isso é uma indicação de que
estamos nos exercitando e ainda vivendo na carne. Em outras palavras, significa que esquecemos
que estamos mortos. Lembre-se sempre de que, se você está tentando cumprir a lei, está na carne, o
que significa que o pecado reviverá e você morrerá (v. 9). Embora seja bom morrer no sentido de
que morremos com Cristo (6: 6), não é bom morrer como resultado do ressurgimento do pecado.
Sempre que você tenta cumprir a lei e viver em carne, o pecado revive e briga com você. O pecado
sempre irá vencê-lo e torná-lo cativo (7:23). O Senhor tem que abrir nossos olhos para que
possamos ver que somos pessoas mortas que nada têm a ver com o pecado e a lei. Tal morte nos
libertou não apenas do pecado, mas também da lei.

Pela morte e ressurreição, saímos de Adão e agora estamos em Cristo. Não apenas isso, não temos
nada a ver com a lei. Nunca tente manter a lei. Lembre-se de que você morreu e ressuscitou com
Cristo e que agora o Espírito do Senhor vive dentro do seu espírito. Simplesmente siga-o, ande com
ele e entre em contato com ele. Então a lei mais forte e poderosa, a lei do Espírito da vida dentro de
você, cuidará de você e trará a vitória para você.

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CAPÍTULO SETE
Sendo conformados
à imagem de Cristo
, cooperando
com o espírito residente
Leitura das Escrituras: Rom. 5:20; 6:14; 7: 4-11; 8: 2-11, 16, 26-30, 37

Neste capítulo, continuamos a comunhão que começamos no capítulo anterior. Vamos primeiro ler
alguns versículos que servirão de base à nossa irmandade.

A lei entrou ao lado de que a ofensa poderia abundar; mas onde abundava o pecado, a graça
superabundava. (Rom. 5:20)

O pecado não dominará sobre você, pois você não está sob a lei, mas sob a graça. (6:14)

Então, meus irmãos, vocês também foram mortos para a lei através do corpo de Cristo, para se
unirem a outro, àquele que ressuscitou dentre os mortos, para que possamos dar frutos a Deus. Pois
quando estávamos na carne, as paixões pelos pecados, que agiam através da lei, operavam em
nossos membros para dar frutos até a morte. Mas agora fomos dispensados da lei, tendo morrido
para aquilo em que fomos mantidos, para servirmos em novidade de espírito e não em velhice de
letra. (7: 4-6)

Observe a frase que a lei entrou ao lado em 5:20. Isso significa que a lei veio ao lado ou além de
Adão e Cristo. Romanos 6:14 continua nos dizendo que não estamos sob a lei. Então, em 7: 4-6,
encontramos mais dois pensamentos: estar morto para a lei e ter sido dispensado da lei. Devemos
lembrar os quatro fatos a seguir: a lei entrou ao lado de Adão e Cristo; nós não estamos sob a lei;
estamos mortos para a lei; e fomos exonerados da lei.

O que dizer então? A lei é pecado? Absolutamente não! Mas eu não conhecia o pecado, exceto
através da lei; pois nem eu sabia cobiçar, exceto que a lei havia dito: "Não cobiçarás". Mas o
pecado, aproveitando a oportunidade por meio do mandamento, trabalhou em mim cobiçando todo
tipo; porque sem a lei o pecado está morto. E eu estava vivo sem a lei uma vez; mas quando o
mandamento veio, o pecado reviveu e eu morri. E o mandamento que era para a vida, esse mesmo
mandamento me foi encontrado para a morte. Pois o pecado, aproveitando a oportunidade por meio
do mandamento, me enganou e, por meio dela, me matou. (7: 7-11)

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A lei do Espírito da vida me libertou em Cristo Jesus da lei do pecado e da morte. Por aquilo que a
lei não podia fazer, na medida em que era fraco através da carne, Deus, enviando Seu próprio Filho
à semelhança da carne do pecado e a respeito do pecado, condenou o pecado na carne, para que o
justo requisito da lei pudesse seja realizado em nós, que não andamos segundo a carne, mas
segundo o espírito. Para aqueles que estão de acordo com a carne, lembre-se das coisas da carne;
mas aqueles que estão de acordo com o espírito, as coisas do Espírito. Pois a mentalidade da carne é
a morte, mas a mentalidade do espírito é vida e paz. Porque a mente colocada na carne é inimizade
contra Deus; pois não está sujeito à lei de Deus, nem pode ser. E aqueles que estão na carne não
podem agradar a Deus. Mas você não está na carne, mas no espírito, se é que o Espírito de Deus
habita em você. No entanto, se alguém não tem o Espírito de Cristo, ele não é Dele. Mas se Cristo
está em você, embora o corpo esteja morto por causa do pecado, o espírito é vida por causa da
justiça. E se o Espírito Aquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em você, Aquele que
ressuscitou Cristo dentre os mortos também dará vida aos seus corpos mortais através do Seu
Espírito que habita em você. (8: 2-11)

O próprio Espírito testemunha com o nosso espírito que somos filhos de Deus. (v. 16)

Do mesmo modo, o Espírito também se une para nos ajudar em nossa fraqueza, pois não sabemos o
que devemos orar como é adequado, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos que não
podem ser proferidos. Mas quem perscruta o coração sabe qual é a mente do Espírito, porque
intercede pelos santos segundo Deus. E sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem
daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados de acordo com Seu propósito. Porque
aqueles a quem Ele conheceu, Ele também predestinou para ser conformado à imagem de Seu
Filho, para que Ele pudesse ser o Primogênito entre muitos irmãos; e aos que Ele predestinou, a
esses também chamou; e aos que Ele chamou, estes também justificou; e aos que justificou, a esses
também glorificou. (vv. 26-30)

Em todas essas coisas, mais do que vencemos por Aquele que nos amou. (v. 37)

MORTO À LEI
No capítulo anterior, aprendemos que em Romanos 5 a 8 há quatro figuras importantes: Adão,
Cristo, a carne e o Espírito. Também vimos que esses capítulos falam muito sobre um assunto que é
bastante problemático para muitos crentes - a lei que foi dada por Moisés.

Devemos perceber que, de acordo com Romanos 5:20, a lei é algo que veio ao lado de Adão e
Cristo. A palavra ao lado conota algo que não está no plano original, mas é um complemento. Além
de Adão e Cristo, existe a lei. Romanos 7: 6 nos diz que em Cristo não estamos mais sob a lei. À luz
dessa verdade, tenho a ousadia de dizer para você esquecer a lei. Não se lembre nem preste atenção.

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Fomos mortos pela lei (v. 4) e também fomos exonerados dela. Fomos dispensados da lei, assim
como um empregado é dispensado de um empregador. Se fomos dispensados por um empregador, e
ele nos diz para fazer algo por ele, podemos negar-lhe com razão seu pedido, porque fomos
dispensados dele. Devemos ver que, como a lei é algo que veio ao lado, em Cristo não estamos mais
sob a lei. Não temos mais nada a ver com a lei, pois fomos mortos por ela e fomos dispensados
dela. Nunca mais devemos ser empregados por lei.

Não obstante, o inimigo, Satanás, sempre nos incomoda com a lei. Não é simples esquecermos a lei.
Mesmo que tentemos ao máximo esquecer a lei, o inimigo sempre faz o possível para nos lembrar
disso. Embora você possa ter lido no capítulo anterior que estamos mortos na lei, que fomos
dispensados da lei e que, portanto, não temos nada a ver com a lei, qual tem sido sua atitude em
relação à lei? Você pode realmente dizer que não teve nada a ver com a lei? Receio que você ainda
esteja muito envolvido com a lei - não apenas a lei que nos foi dada por Moisés, mas a lei que você
fez para si mesmo. Moisés não é o único legislador; nós também somos legisladores. Nós somos os
mais fortes defensores da lei. As leis que nos damos - para ser humilde, amar nossos vizinhos, amar
mais o Senhor - são boas leis. No entanto, devemos entender que essas leis são problemáticas e, de
fato, não nos levam a lugar algum. Precisamos chegar ao destino de sermos conformes à imagem do
primogênito Filho de Deus, mas a lei não é o “trem” que nos levará até lá. Temos que sair do “trem”
errado e embarcar em outro “trem”. Qual é o outro “trem”? Na época em que fomos salvos,
recebemos o Cristo vivo como nosso Salvador pessoal. Naquele tempo, Ele entrou em nosso
espírito. Cristo como o Espírito está agora habitando em nosso espírito (2 Tim. 4:22; Rom. 8:11).
Essa habitação de Cristo como Espírito é o "trem" que nos levará ao nosso destino. Devemos
esquecer a lei e, em vez disso, ter comunhão com o Espírito, seguir com o Espírito e nos alinhar
com Ele. Esqueça a lei. Não siga mais. Você foi dispensado da lei, portanto não deve mais pensar e
se comportar como se continuasse sendo empregado por ela. Não temos nada a ver com a lei. Em
vez disso, temos tudo a ver com o Espírito vivo que nos habita.

Muitas vezes, o inimigo chega até nós sob o disfarce de um “anjo bom” (cf. 2 Cor. 11:14). Como
tal, ele pode sugerir que devemos amar os irmãos, fazer o bem e tentar ter um modo de vida correto.
Em outras palavras, ele nos dá leis. Embora essas leis sejam aparentemente boas, não acredite que
sejam do Espírito Santo. Eles são do inimigo. Portanto, você deve ter a ousadia de resistir a eles.
Sempre que surgir o pensamento de que você deve amar os irmãos ou ser humilde, deve
imediatamente dizer: “Satanás, vá embora! Não aceito nenhuma palavra sua. Esqueça todas as boas
ações e esqueça todas as leis. Em vez disso, mantenha-se alinhado com o Espírito Santo e na
comunhão e presença do Senhor. Diga ao inimigo: “Eu não entendo o que é ser humilde ou ter
orgulho. Não entendo o que é fazer o bem ou fazer o mal. Essas coisas são uma língua estrangeira
para mim. No meu 'país', essas coisas não existem. No meu 'país', a única coisa é Cristo. A única

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coisa é o Espírito Santo. Não recebo coisas estrangeiras - coisas que não são do meu 'país'. Só
recebo coisas deste 'país', e todas as coisas deste 'país' devem ser e são Cristo. ”

Mesmo se você tentar manter a lei de ser humilde, ficará orgulhoso. Embora você seja humilde
externamente, você ficará orgulhoso por dentro. Você pode dizer para si mesmo: “Embora as
pessoas do mundo sejam orgulhosas demais, sou humilde.” Sob essa luz, não é bom ser humilde ou
amar os outros como resultado de se esforçar para cumprir a lei. Quando você segue o Espírito
Santo e permanece em comunhão com o Senhor, não saberá o que é ser humilde ou orgulhoso,
amoroso ou cheio de ódio. Você simplesmente saberá que está indo junto com o Senhor no Espírito.
Se você seguir esse caminho, será muito humilde inconscientemente. Outros podem ver sua
humildade, mas você não sentirá isso em si mesmo. Tudo o que você sentirá é que está vivendo em
Cristo. Então você declarará: “Não entendo o que é amar e não entendo o que é ser humilde. Só
entendo que estou entrando em contato com Cristo momento a momento. ”Cristo será seu amor e
Cristo será sua humildade. Este é o "trem" certo para se estar. Isso é o que Romanos 5 a 8 nos diz.
Nós não estamos sob a lei; nós estamos mortos para isso. Estamos vivendo para Deus em comunhão
com Cristo no Espírito (Romanos 6:10; Gálatas 2:19).

Estar em conformidade com a imagem de Cristo

versus manter a lei
Na vida cristã, existem duas coisas que são muito diferentes uma da outra. Um é guardar a lei; o
outro está sendo conformado à imagem do primogênito Filho de Deus (Romanos 8: 28-29). Destas
duas coisas, somente a última é o propósito eterno de Deus (Ef 1: 5). O propósito eterno de Deus -
Sua mente, Seu pensamento eterno - não é que cumpramos a lei. Mesmo se pudéssemos manter a lei
perfeitamente, manter a lei ainda não seria o propósito eterno de Deus. A lei é, na melhor das
hipóteses, algo que está apenas "ao lado" da intenção de Deus. O propósito eterno de Deus é que
sejamos conformes à imagem de Seu Filho, para que Seu Filho unigênito se torne o Filho
primogênito entre muitos irmãos. Originalmente, Deus tinha apenas um Filho, o Filho unigênito
(João 1:18). Mas Sua intenção, Seu propósito eterno, é produzir muitos filhos para que Seu Filho
unigênito se torne o Primogênito entre muitos filhos.

Talvez você seja cristão há muitos anos. Qual é a sua idéia geral do que significa ser cristão? Você
pensa que o significado de ser cristão é ser uma pessoa que cumpre a lei e faz o bem para agradar a
Deus? Ou é um cristão uma pessoa que precisa ser conformada à imagem de Cristo? De acordo com
o pensamento cristão típico, um "bom cristão" é na verdade um cristão que mantém a lei. Em outras
palavras, se você está tentando ser um "bom cristão", na verdade não está tentando ser um homem

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de Cristo, mas um bom homem de Moisés. Se esse é o seu caso, em relação à sua vida, você é
cristão apenas no nome, pois, na realidade, está tentando ser outra coisa.

Antes de entrarmos na restauração, pouquíssimos dentre nós teriam sido capazes de declarar o
seguinte: “Fui regenerado por Deus com o propósito de estar em conformidade com a imagem do
primogênito Filho de Deus. Portanto, não tenho nada a ver com a lei e desejo permanecer alinhado
com o Espírito Santo, pois é somente dessa maneira que serei conformado dia a dia à Sua imagem.
”Muitos de nós só poderíamos dizer que como aqueles que foram salvos por Deus, nosso dever é ser
bons cristãos que fazem o bem e cumprem a lei. Que o Senhor abra nossos olhos para ver que o
propósito eterno de Deus não é que faríamos o possível para cumprir a lei. Devemos desistir desse
pensamento. O propósito eterno de Deus é que sejamos conformes à imagem do primogênito Filho
de Deus.

Desejo que, no decorrer deste capítulo, eu possa lembrá-lo milhares de vezes de estar em
conformidade com a imagem do primogênito Filho de Deus. Mas receio que, mesmo depois de
tantos lembretes, você esqueça tudo depois de publicar este livro. Temo que, mesmo depois de
contrastar a observância da lei e a conformação da imagem de Cristo, amanhã de manhã você se
ajoelhe para orar: “Senhor, este é um novo dia. Eu não quero mais estar errado. Eu desejo fazer o
certo. Eu desejo fazer o bem. Desejo ser humilde e agradável com minha esposa. Senhor, ajude-me
a fazer todas essas coisas. ”Se você ora dessa maneira, isso mostra que, em vez de se conformar à
imagem de Cristo, você está tentando ser um bom homem de Moisés. Anos atrás, eu orava orações
semelhantes dia após dia, porque não havia recebido a visão de conformação. Ainda hoje às vezes
sou atraído de volta ao velho engano do inimigo. Devemos parar de orar dessa maneira. Fazer isso é
viver de acordo com a árvore do conhecimento do bem e do mal, e não pela árvore da vida. Em vez
de tentar cumprir a lei, precisamos estar em conformidade com a imagem do primogênito Filho de
Deus.

CONFORMAR-SE COM A IMAGEM DE CRISTO

CONHECENDO O ESPÍRITO INDWELLING
Como então nos conformamos à imagem do primogênito Filho de Deus? O caminho é muito
simples. O Espírito do Filho de Deus está agora em nós (Rom. 8: 9). Precisamos parar de tentar
cumprir a lei e fazer o bem. Seja simples. Simplesmente mantenha-se em contato com o Espírito
que habita em você. Simplifique toda a situação, compreendendo que o Espírito do Filho de Deus
habita, trabalha e age dentro de você o tempo todo. Simplifique a situação não tentando mais fazer o
bem e tentando ser um bom cristão. Simplifique-se em apenas um item: conhecer o Espírito que
habita em Cristo e manter contato com Ele momento a momento. Seguir esse caminho é levar a

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árvore da vida (cf. Gn 2: 9). A árvore do conhecimento do bem e do mal é complicada, pois com ela
há muitas coisas, incluindo o bem, o mal, a morte e o conhecimento. A árvore da vida, no entanto, é
simples, pois com ela há apenas uma coisa: a vida. A árvore da vida é o próprio Senhor Jesus Cristo
como o Espírito (João 14: 6; 1 Cor. 15: 45b; 2 Cor. 3:17).

Quanto mais simplificamos, melhor. Precisamos até esquecer todos os ensinamentos que ouvimos
no passado. Seria bom se pudéssemos simplificar nossa oração. Em vez de orar para que o Senhor
nos ajude a cumprir a lei e fazer o bem, seria bom se todas as noites orássemos: “Senhor, eu te
louvo. Você é minha vida. Você é meu tudo. Agora você está no meu espírito. Quão grande é isso,
Senhor! O Espírito, que é a sua realidade, agora habita em mim. Agora vou para a cama e sei que
você vai comigo. ”Então, na manhã seguinte, seria maravilhoso oferecer alguns louvores e
agradecimentos ao Senhor:“ Senhor, aqui estou eu. Eu sei que você está em meu coração e espírito.
Agradeço sua presença, Senhor. Eu estou em você e você está em mim. Ó Senhor, como isso é
maravilhoso! Que alegria e bênção! Senhor, eu te adoro. Obrigado senhor. Aleluia! ”Esta é a melhor
maneira de orar à noite e pela manhã. Não estou lhe dando outra lei ou uma lei diferente. Em vez
disso, estou lhe dizendo para simplificar a vida cristã. Simplesmente conheça o Espírito que habita
em Cristo e permaneça em contato com Ele momento a momento. Em vez de fazer muitas coisas
para nos complicar, vamos prestar atenção à operação do Espírito Santo dentro de nós. Aspectos
deste trabalho podem ser vistos em vários versículos em Romanos 8.

A lei do espírito da vida

Romanos 8: 2 diz que a lei do Espírito da vida nos libertou em Cristo Jesus da lei do pecado e da
morte. A única coisa que temos que fazer para que a lei do Espírito da vida dentro de nós opere é
"ligá-la" da mesma maneira que acenderíamos uma luz. Não fomos salvos? O Espírito não está
dentro de nós? Por que então não seríamos simples o suficiente apenas para "ligar" a lei do Espírito
da vida dentro de nós? Com uma lâmpada, há corrente de eletricidade. Para se apropriar dessa
corrente e fazer com que a lâmpada brilhe, não precisamos fazer nada além de simplesmente
acender a lâmpada. É o mesmo com a lei do Espírito da vida. Não há nada a fazer senão "ligá-lo" e
nunca "desligá-lo". Se vamos visitar um irmão, precisamos aprender a dizer ao Senhor: "Senhor, eu
te louvo por estar dentro de mim". espírito. Isso é bom o suficiente. Agora vou visitar meu irmão.
Sei que a sua presença vai comigo. ”Então, quando conversarmos com o irmão, o Senhor estará
conosco e conversaremos, teremos comunhão e agiremos no Espírito mesclado.

A lei do Espírito da vida dentro de nós é muito poderosa. Podemos ilustrar isso com a lei da
gravidade. Quando jogamos algo no ar, ele desce naturalmente por causa da lei da gravidade. Não
há necessidade de lutarmos para derrubar um objeto que jogamos para cima; a lei da gravidade a

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derrubará para nós. A lei da gravidade é tão poderosa que um avião precisa de muita energia para
superá-la. Se a lei da gravidade é forte, quão forte deve ser a lei do Espírito da vida? A lei do
Espírito da vida nos liberta da lei do pecado. Embora a lei do pecado seja forte, a lei do Espírito da
vida é mais poderosa. Se simplesmente seguirmos o Senhor e seguirmos com Ele, a lei do Espírito
da vida funcionará poderosamente para nós. Tudo o que precisamos fazer é "ligá-lo". Tudo o que
precisamos, seja humildade ou amor, o onipotente Cristo onipotente nos suprirá. Se vivermos nessa
realidade, nossa vida cristã será muito simples. É possível sermos um cristão poderoso. O cristão
mais poderoso é o mais simples. O cristão mais complicado, no entanto, é o mais fraco. Torne-se
simples "ligando" a lei do Espírito da vida.

A Mente do Espírito
Romanos 8:27 fala da “mente do Espírito”. Quando nos alinhamos ao Espírito Santo, nossa mente é
preenchida pelo Espírito e controlada pelo Espírito. Como resultado, nossa mente se tornará uma
mente do Espírito. Entretanto, às vezes nossa mente não é uma mente do Espírito, mas uma
tentativa de fazer o bem - uma “mente de amor” ou uma “mente de humildade”. Com essa mente,
tentamos o nosso melhor para fazer o bem, amar os outros e ser humilde. Em vez de ter uma mente
assim, nossa mente deve ser uma mente do Espírito. Nada além do Espírito deve controlar e
direcionar nossa mente. Nossa mente deve estar sob o controle, a direção, do Espírito Santo. Isso
resulta em nossa mente se tornando a mente do Espírito.

Romanos 8: 6 diz que a mente fixada no espírito é vida e paz. Quando nossa mente é ocupada e
cheia do Espírito Santo, a vida e a paz preenchem todo o nosso ser. Dentro, sentiremos que há vida
e que tudo está vivo, satisfatório e cheio de luz. Além disso, haverá paz, conforto e alegria. Quando
nossa mente é ocupada, dirigida e controlada pelo Espírito, experimentaremos e sentiremos a
realidade da vida e da paz.

A Liderança do Espírito
Romanos 8:14 diz: “Todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.”
Precisamos ser guiados pelo Espírito Santo. Em vez de tomar qualquer tipo de decisão para fazer
isso ou aquilo, devemos simplesmente sentir a liderança do Espírito e seguir o Espírito, conforme
Ele nos guia por dentro.

A Testemunha do Espírito
Romanos 8:16 fala do Espírito testemunhando com o nosso espírito. Não é apenas que o Espírito
testemunha e o nosso espírito também testemunha. Pelo contrário, é que o Espírito testemunha com

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o nosso espírito. Isso indica que nosso espírito deve tomar a iniciativa de testemunhar primeiro;
então o Espírito testemunhará com o nosso espírito. O fato de a palavra nossa ser usada em
referência ao espírito humano revela que o Espírito de Deus hoje, o Espírito todo-inclusivo do Deus
Triúno, habita em nosso espírito humano regenerado e trabalha em nosso espírito. Esses dois
espíritos são um; eles vivem juntos, trabalham juntos e existem juntos como um espírito mesclado
(1 Cor. 6:17).

A ajuda do Espírito
Romanos 8:26 diz: “Do mesmo modo, o Espírito também se une para nos ajudar em nossa fraqueza,
pois não sabemos o que devemos orar como é adequado, mas o próprio Espírito intercede por nós
com gemidos que não podem ser proferidos. Podemos não saber orar, mas o Espírito Santo sabe.
Porque Ele sabe, Ele nos ajuda a orar. O que dizemos quando oramos por nosso próprio
conhecimento não chega nem perto do que pronunciamos quando o Espírito Santo ora dentro de
nós. Quando o Espírito Santo ora dentro de nós, Ele intercede com gemidos indizíveis dentro de
nosso ser. Tal oração não tem palavras; está apenas gemendo. Esta é a melhor oração.

Várias coisas estão relacionadas ao Espírito em Romanos 8. Há a lei do Espírito da vida, a mente do
Espírito, a liderança do Espírito, o testemunho do Espírito e a ajuda do Espírito. O Espírito Santo, o
Espírito de Cristo, faz com que essas coisas operem dentro de nós dia após dia. No entanto,
devemos dar-Lhe a oportunidade, a chance e o terreno para operar dessa maneira. Se tentarmos
cumprir a lei e fazer o bem, o Espírito Santo será perturbado por nós e interferiremos no Seu
trabalho de conformação no nosso ser. Portanto, temos que cessar todas as nossas ações, esquecer a
lei e simplesmente dar o terreno, a liberdade, a chance e a oportunidade ao Espírito Santo para
deixá-lo trabalhar em nós e cuidar de nós. Então sentiremos a vida e a paz.

O OBJETIVO
DO TRABALHO DO ESPÍRITO INDUSTRIAL -
CONFORMAÇÃO
O objetivo de Deus, Seu objetivo final, é nos conformar à imagem de Cristo. Seu objetivo não é
simplesmente seguirmos o Espírito Santo e sentirmos vida e paz; Ele deseja que sejamos conformes
gradualmente, e eventualmente completamente, à imagem de Cristo. Porque precisamos estar em
conformidade com a imagem de Cristo, existe a necessidade não apenas do Espírito dentro de nós,
mas também de muitas coisas fora de nós. Romanos 8: 28-29 nos diz que todas as coisas trabalham
juntas para que aqueles que amam a Deus e são chamados de acordo com o Seu propósito possam
se conformar à imagem de Cristo. Portanto, temos o Espírito Santo dentro de nós e as “todas as
coisas” fora de nós.

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A frase todas as coisas implica todas as pessoas, todos os assuntos e todas as coisas. Todas essas
coisas trabalham juntas para o bem, para nos conformar à imagem de Cristo. Quando cozinhamos,
devemos usar água e fogo. A água está dentro da panela e o fogo está fora da panela. Nesta
ilustração, somos a panela, o Espírito Santo é a água e "todas as coisas", incluindo nosso cônjuge,
filhos e circunstâncias, são o fogo. O Senhor sabe exatamente de que nível de fogo precisamos,
baixo, médio ou alto. Em outras palavras, o Senhor conhece nossa necessidade e mede “todas as
coisas” para nós de acordo. Nunca reclame do seu ambiente. Não pense que sua esposa não é a
melhor. Na verdade, ela é a esposa de que você precisa e, portanto, é a melhor. O Senhor medirá
todas essas coisas para nós. Essas coisas trabalharão juntas para o bem, isto é, para a nossa
conformação.

Certa vez, um irmão me relatou que, através de uma mudança imprevista em suas circunstâncias,
ele foi capaz de sentar-se em um assento de segunda classe no trem, em vez do assento de terceira
classe pelo qual havia pago. À luz disso, ele me disse: “Oh, irmão Lee, louve ao Senhor! Todas as
coisas funcionam juntas para o bem de nós. ”Quando ele disse isso, eu sabia interiormente que esse
irmão tinha que aprender algo mais a respeito do“ bem ”mencionado no versículo 28. Algum tempo
depois, o mesmo irmão foi atingido por um automóvel enquanto ele estava andando de bicicleta.
Ele ficou ferido na medida em que teve que ir ao hospital. Quando ele estava no hospital, ele foi
ouvido dizendo: “Louvado seja o Senhor! Todas as coisas funcionam juntas para sempre. Se eu
estivesse andando de bicicleta um pouco mais rápido ou mais devagar naquele dia, estaria morto.
Mas o Senhor cuidou da minha vida e eu ainda estou vivo. Certamente, todas as coisas funcionam
juntas para o bem. ”Receio que muitos de nós defendamos o conceito desse irmão. O conceito deste
irmão era errôneo; ele não percebeu o verdadeiro e preciso significado de todas as coisas
trabalhando juntas para o bem. Poucos dias depois, quando ele ainda estava no hospital, ele recebeu
uma luz sobre esse ponto e percebeu que seu acidente havia sido arranjado pelo Senhor para sua
conformação e se submetido ao Senhor.

O objetivo de Deus em nos dar "todas as coisas" não é que tenhamos conforto ou lucro. Em vez
disso, Seu objetivo em nos dar todas as coisas é que sejamos conformes à imagem de Cristo, o Filho
primogênito de Deus (v. 29). Essa conformação é o “bem” mencionado no versículo 28. O Senhor
nos deu uma esposa ou marido, filhos, pais, irmãos, nosso trabalho e nossas circunstâncias, e Ele
faz com que essas “todas as coisas” trabalhem juntas com o propósito de lidar conosco e nos fazer
conformar à imagem de Cristo. Esse é o propósito único, o objetivo final que Deus procura
alcançar. O Espírito Santo dentro de nós e as “todas as coisas” fora de nós trabalham juntas, como a
água na panela e o fogo debaixo da panela, para nos conformar à imagem de Cristo.

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O propósito eterno de Deus não é que seremos capazes de cumprir a lei. Lembre-se, a lei é apenas
algo que veio ao lado. O propósito eterno de Deus é que sejamos conformes à imagem de Seu Filho,
para que Seu Filho seja o Primogênito entre muitos irmãos. Como Deus completa esse trabalho? Por
um lado, o Espírito de Seu Filho habita em nós. Por outro lado, Ele nos designa uma certa
quantidade de “todas as coisas”. Essas “todas as coisas” fora de nós cooperam com o Espírito Santo
dentro de nós para trabalharmos juntos e nos conformarmos à imagem de Cristo. Este é o caminho
para amadurecer na vida de Cristo.

Agora acredito que estamos impressionados com uma imagem clara. Antigamente estávamos em
Adam; agora estamos em Cristo. A realidade de Cristo, que é o Espírito de Cristo, está habitando em
nós. Agora, não temos nada a fazer, exceto ir junto com o Espírito, segui-Lo e entrar em linha com
Ele. O Senhor é tão sábio. Ele nos designa uma certa quantidade de “todas as coisas” que cooperam
com o Espírito Santo que está dentro de nós para nos fazer conformar à imagem de Seu Filho.

Espero que, no futuro, seja em uma semana ou cinco anos, veremos mais a imagem de Cristo um no
outro. Não seria bom se, após vários anos, tivéssemos apenas uma mentalidade maior e um maior
grau de conhecimento e doutrina cristã. Antes, podemos ver algo mais de Cristo um no outro. Hoje,
nossa necessidade é que Cristo cresça e cresça dentro de nós. É isso que o Senhor está buscando.
Sejamos simples e apenas sigamos o Espírito Santo. Em todas as outras coisas, o próprio Senhor
cuidará de nós. Então seremos amadurecidos na vida de Cristo e conformados à Sua imagem dia
após dia.

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