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UNIVERSIDADE LICUNGO.

Faculdade de Educação.
Licenciatura em Ensino de Português.
Língua Portuguesa I. 1° Semestre. 1° Ano 2024.

Ficha de Leitura Mensal.

Nome do Estudante: Rosalina Eusébio João da Costa.


Título da Obra: Choriro.
Autor: Ungulani Ba Ka Khosa
Bibliografia da Obra:
Número de Páginas: 168
Data de Entrega: 15 De Abril de 2024.
Mês a que o trabalho diz respeito: ____________ de 2024.

1. Qual é a biografia do autor da obra?

Ungulani Ba Ka Khosa, (Pseudonimo de Francisco Esaú Cossa), nasceu a 1 de


agosto de 1957, em Inhaminga, província de Sofala. Formado em Direito e em Ensino
de História e Geografia, foi cronista em jornais, co-fundador da revista literária Charrua
e director-adjunto do Instituto Nacional de Cinema e Audiovisual de Moçambique.

Exerce actualmente as funções de director do Instituto Nacional do Livro e do


Disco e é secretário-geral da Associação dos Escritores Moçambicanos. Com a sua obra
de estreia, Ualalapi (1987), integra a lista dos cem melhores autores africanos do século
XX, vindo a ser desde então largamente premiado. É também autor de Orgia dos Loucos
(1990), Histórias de Amor e Espanto (1993), Os Sobreviventes da Noite (2005, Prémio
José Craveirinha), Choriro (2009), O Rei Mocho (infanto-juvenil, 2012), Entre as
Memórias Silenciadas (2013, prémio BCI para o melhor livro do ano) e Cartas de
Inhaminga (2017).

Em Fevereiro de 2014, em cerimónia ocorrida em Maputo, foi condecorado pelo


Presidente da República Portuguesa com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante
D. Henrique, pelo contributo que tem dado para o enriquecimento das letras
moçambicanas e a divulgação de Moçambique e das suas culturas a nível internacional.

2. A obra é de leitura fácil ou difícil?

É uma obra de difícil leitura. Pois, a narrativa é fortemente etnográfica,


completamente influenciado pelo culto do fantástico e do maravilhoso próprio da
cultura moçambicana, e com um sentido de alegria muito acentuado. De qualquer forma
achei que esta obra não tinha o brilhantismo torrencial de Ualalapi, ou talvez facilitasse
a leitura o facto da história do Gungunhana ser mais familiar.

3. Apresente o (s) tema (s) da obra, justificando.

A obra apresenta temas como: A ancestralidade, a tradição, factos etnoculturais,


históricos, identidade, a escravidão, ficção. Ungulani Ba Ka Khosa, munido de um saber
histórico e etnográfico notável, parte para um relato emotivo e orgulhoso, alegria de um
tempo feliz e formada pela identidade construída por meio do resgate de valores
históricos, culturais, geográficos e religiosos, crenças, hábitos e costumes que
caracterizam o povo moçambicano.

4. Qual é a relação que a obra estabelece com o texto histórico, social e cultural
da sua produção. Justifique.

A relação que a obra estabelece com o texto histórico, social e cultural da sua
produção a obra retrata o passado, numa versão imaginada pelo autor, contribuindo para
a reconstrução da memória cultural, como também interpreta para o leitor, a experiência
humana dessa época. À identidade moçambicana é construída por meio do resgate de
valores históricos, culturais, geográficos e religiosos, crenças, hábitos e costumes que
caracterizam o povo moçambicano. Podemos verificar na obra, os nomes eu
caracterizam o povo Bantu como Nfuca, Nyazimbire, Nhabezi entre outros.
Acreditando-se assim que na região africana as pessoas não morrem, porém passa por
uma outra dimensão.

5. Qual é a actualidade da obra? Razões.

Depois de ter lido, acredito eu, que a obra retrata aspectos de carácter actual. Pois,
pode-se notar que das várias coisas se são todas retratadas na obra, ainda se verifica em
várias culturas de áfrica e de Moçambique. A palavra Choriro significa dor, ou também,
o período de três dias de luto, durante os quais o morto é preparado para a cerimónia de
enterro. Com eventos de invocação do espírito dos mortos são marcados por cânticos e
batucadas e danças, onde as galinhas e os cabritos, as gazelas, mingo e mexoeira são
tidos como pratos do povo bantu. Que até aos dias actuais são verificados em diversas
tradições do povo moçambicano.

6. Quais são os episódios com mais interesse? Razões.

Os episódios com mais interesse são:

7. Localize a história retratada na obra no espaço e no tempo. Justifique?

Localização da história retratada na obra no espaço e no tempo:

Espaço: Sul do Vale do Zambeze Tempo: Século XIX, no período Mercantil, mercado
pelo tráfico e exploração de marfim e de escravos. Pois, o autor ambientou este romance
no Vale do Zambeze, mais precisamente em Tete e na Zambézia, no século XIX. Como
diz o autor ʺChoriroʺ é ʺum retrato de espaço identitário, de uma utopia que se fez
verboʺ.

8. Quais são as personagens da história que a obra trata?

As personagens que a obra trata na história são: O rei Nhabezi, (Luís António
Gregódio), os seus conselheiros, os seus guerreiros, as suas mulheres, Os chuangas,
António Gonzaga, Makula Ganunga, Josefina Castel brancos, David Livingstone, Luíza,
Preto Nazaré, Nfuca, de João Alfai, da Dona Josefina e também dos luanes de
Quelimane.

8.1.Quais são as personagens que mais se destacam? Razões.

As personagens que mais se destacam são: o rei Nhabezi, (Luís António Gregódio),
os seus conselheiros, os seus guerreiros, as suas mulheres, Os chuangas, António
Gonzaga, Makula Ganunga, Josefina Castel brancos, David Livingstone, Luíza, Preto
Nazaré. Porque são figuras complexas e sensíveis que nos apaixonam com o seu saber
ancestral, no momento em que se entrechocam as fortes culturas nativas com o
colonialismo mercantil que já desponta, também por se representarem com mais fervor
no decorrer da história.
9. Estabeleça a relação intertextual da obra com outras obras. Justifique.

A obra tem relação intertextual com a obra do mesmo autor entitulada Ualalapi. Em
Ualalapi, Ungulani recontava a história de Ngungunhana, o último imperador do
império de Gaza, no sul de Moçambique, e em Choriro, Ungulani aborda a história do
vale do Zambeze através da narrativa de um rei branco que se encontra no seu leito de
morte. Ambas as histórias contadas no mesmo e com um idêntico esperito de reflxao.

10. Faca o reconto da história na obra.

Choriro.

Na aurora da colonização mercantil de Moçambique, na região do Zambeze, no século


XIX, Nhabezi foi o único rei branco do país. Um rei branco que, à semelhança de outra
das personagens que era sacerdote, acaba por deixar para trás a sua vida de branco e de
colonizador e adapta-se aos costumes e tradições locais, integrando-se e sendo
respeitado por todos.“Choriro” A beleza entre a imaginação e a história Luís António
Gregório, de origem portuguesa, conhecido como Nhabezi, doutor ou curandeiro em
língua local, é o protagonista desse entrecho que parte de acontecimentos históricos para
a consecução fantástica desse choriro Nhabezi instala-se no vale de Zambeze e
africaniza-se progressivamente nele.

Adopta práticas plurigámicas típicas da região e adopta em geral regras locais que não
eram típicas para um homem branco como ele. A sua entrega às seitas e práticas locais
diferem-no do seu amigo, padre e cronista, António Gonzaga. Nhabezi, que era um
exímio caçador de elefantes, introduz o consumo de arroz no interior do alto Zambeze,
uma das proezas que lhe marca após a sua morte, por todos, principalmente por Kamwa.
Quem o visse o Luís António Gregódio apercebia-se pelo rosto sereno e tranquilo que
recebera a morte com a certeza de que o seu espírito estaria para todo o sempre entre os
vivos da terra que erigira como seu reino, Os olhos, desgastados pela doença,
assomaram na meia claridade do quarto.

A rodeá-lo, as seis mulheres, os filhos, e os maiores do reino. Nhabezi morre da doença


de Nhabeziaté ao seu enterro que se realiza na dúvida permanente da sua transmutação,
da sua existência além da morte física. Esse exercício duplo pode ser encontrado quando
enarra David Livingstone nasterras de Nhabezi e quando um dos acompanhantes do
explorador inglês, Maluka apaixona-se por Luiza, a preciosa filha de Gregódio. Tirando
as explicações caluniosas, era facto que havia poucas mulheres brancas para o crescente
número de brancos amancebando-se com devota paixão com negras e mestiças, que por
força do casamento ou herança se tornaram donas de vastas terras, e governantes de
muita riqueza e prestígio, como a Dona Josefina Castel branco, Dona Josefina deveu-se,
em grande medida, ao tráfico sexual. Mas ela não ocultava a sua paixão pelo preto
Nazaré. Chegava a dizer que ninguém a podia admoestar pelo facto de ter um preto na
cama, porque eles, homens brancos.

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