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hematol transfus cell ther.

2021;43(S1):S1−S546 S407

sanguínea realizadas inadequadamente. Conclusa ~ o: A partir Mesmo com o avanço das te cnicas ciru rgicas, uso de tromboe-
do que foi exposto, infere-se que, apesar de visivelmente lastografia para auxiliar no manejo transfusional, uso de
ocorrer um aumento da chance de o consumo de hemocom- recuperaç a
~ o intraoperato  ria e uma estrate gica restritiva de
ponentes nos anos que aconteceram surtos de dengue estar transfusa
~ o conforme u  ltima diretriz brasileira de transplante
acima da mediana de transfuso ~ es de sangue realizadas no cardíaco, ainda temos um nu  mero elevado de transfusa ~ o de
período analisado, essa diferença na ~ o tem significa^ ncia hemocomponentes nos pacientes submetidos a transplante
estatística. cardíaco. Isso se deve a  complexidade da cirurgia, gravidade
dos pacientes, uso de medicamentos que predispo ~ e a um
https://doi.org/10.1016/j.htct.2021.10.696 maior sangramento e o tempo prolongado de circulaç a ~o
extracorpo rea. A autotransfusa ~ o intraoperato ria e
 um grande
aliado na reduç a
~ o de transfusa ~ o de concentrados de hema  cias
TRANSPLANTE CARDIACO E SUPORTE aloge
^nicos. O sucesso de uma cirurgia de grande porte

HEMOTERAPICO: PERFIL TRANSFUSIONAL envolve uma excelente interaç a ~ o multidisciplinar dos diver-
EM 10 ANOS DE UM HOSPITAL DE ALTA sos setores envolvidos, e isso inclui a equipe de hemoterapia
e PAULO
COMPLEXIDADE NA CIDADE DE SAO que deve estar pronta para atender as necessidades
FC Vieira, CG Andrade, MC Moraes, transfusionais.
LFF Dalmazzo, SD Vieira
https://doi.org/10.1016/j.htct.2021.10.697
Grupo Gestor de Serviços de Hemoterapia - Grupo
~o Paulo, SP, Brasil
GSH, Sa
^ UTICO DE SANGRIAS: UMA
USO TERAPE
Introduç a~ o: Grandes avanços no diagno  stico, monitorizaç a ~o e
e DE LITERATURA
REVISAO
tratamento da Insuficiencia Cardíaca (IC) foram observados
^
nos u  ltimos anos, pore  m o Transplante Cardíaco (TxC) ainda ALM Lopes a, JSI Chaves a, JPL Cezar b
e
 o tratamento de escolha para a IC esta  gio final, com mais a
Universidade Luterana do Brasil, Canoas, RS,
de 110 mil procedimentos realizados no mundo, especial-
Brasil
mente a partir da de cada de 1980, com o advento da ciclospor- b
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
ina. Essa cirurgia de alta complexidade exige o suporte gasoso
Alegre, RS, Brasil
e hemodina ^ mico da Circulaç a ~ o Extracorpo  rea (CEC) sendo,
portanto, suscetíveis a perdas sanguíneas expressivas, tanto Objetivos: A flebotomia terape ^utica e
 um me todo de retirada
pelo uso frequente de antiagregantes plaqueta  rios, quanto de sangue, de modo a tratar e prevenir diversas condiç o ~ es
pelo tempo de perfusa ~ o e de anoxia extensos. Me  todos: to
 xicas para o organismo. O objetivo do presente trabalho e 
Levantamento retrospectivo e ana  lise dos pacientes que realizar uma revisa ~ o da literatura sobre as principais
foram submetidos a transplante cardíaco no período aplicaç o
~ es terape^uticas da sangria atualmente. Material e
de 10 anos (2011 a julho de 2021), com e sem uso de recupera- me todos: Revisa ~ o de artigos científicos atrave  s das bases de
dora celular automatizada de sangue intraoperato  ria (Cell- dados Google Scholar e Pubmed no me ^ s de agosto de 2021.
Saver), em hospital de alta complexidade refere ^ncia em cardi- Foram utilizadas as seguintes palavras-chave: therapeutic
ologia na cidade de Sa ~ o Paulo. O ca  lculo das unidades phlebotomy, therapeutic phlebotomy AND applications,
auto logas recuperadas nas cirurgias foi realizado bloodletting therapy, phlebotomy AND nonalcoholic fatty
considerando 1 unidade auto  loga = 250 mL. Resultados: Nesse liver disease, therapeutic phlebotomy AND hemochromato-
período tivemos 25 pacientes submetidos ao TxC, sis. Resultados: A realizaç a ~ o de sangrias esta indicada no tra-
onde 21 eram do sexo masculino (84%) e 4 do sexo feminino tamento de Policitemia Vera (PV), eritrocitoses secunda  rias a
(16%), com faixa eta  ria me dia de 46 anos; o mais novo foi uma hipo xia (como doenças pulmonares cro ^ nicas e cardiopatias
criança de 2 anos e o mais idoso um paciente de 72 anos. ciano ticas), porfiria cuta ^ nea tarda (PCT), e demais doenças
Nesse grupo, 7 dos pacientes (28%) evoluíram a o  bito que podem cursar com hiperferritinemia como hemocroma-
ate 30 dias apo  s o transplante. O total de hemocomponentes tose heredita
 ria (HH) e estenose hepa  tica na~ o alcoo lica
transfundidos foram de 865 unidades, com uma me dia (EHNA). A flebotomia terape^utica deve ser realizada no trata-
de 34,6 por paciente; 2 pacientes na ~o receberam nenhuma mento de PV quando os valores de hemato  crito (Ht) sa ~o
transfusa ~ o e o que mais recebeu totalizou 261 transfuso ~ es, maiores que 54%, principalmente se houver risco trombo  tico.
durante toda a internaç a ~ o. O hemocomponente mais trans- No caso das doenças pulmonares com sintomas de hipervis-
fundido foi plaquetas (51%), seguido de concentrado de cosidade ou com Ht superior a 56%, a realizaç a ~ o do procedi-
hema  cia (29,2%) e plasma fresco congelado (14,9%). Em mento e  indicada, com objetivo de reduzir o Ht para 50−52%.
relaç a
~ o ao local de transfuso ~ es, tivemos 278 unid. (32%) Na PCT, as sangrias devem ser realizadas a cada 2 semanas,
durante o intraoperato  rio e 587 unid. (68%) na Unidade de Ter- ate  que os níveis de hemoglobina (Hb) estejam inferiores
apia Intensiva (UTI). A autotransfusa ~o intraoperato  ria foi uti- a 20 ng/mL. Na EHNA, frequentemente ha  aumento de depos-
lizada em 15 cirurgias, com uma me  dia de 982 mL iç a
~o de ferro no fígado e níveis de ferritina elevados, ambos
recuperadas (242 a 1.644), que equivale em me dia relacionados ao carcinoma hepatocelular. Tambe  m pode
a 4 unidades homo  logas por paciente, com me dia de hema- ocorrer a síndrome da sobrecarga dismetabo  lica de ferro, car-
to
 crito de 69,5% e grau de hemo  lise 0,54%, conforme nossos acterizada por hiperferritinemia com leve acu  mulo hepa  tico
registros dos controles de qualidade realizados. Conclusa ~ o: de ferro. Nesses casos, a sangria foi associada a  normalizaç a ~o
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dos para ^ metros de ferro e a


 melhora nos níveis das enzimas internados no HUPE, tanto em unidade fechada quanto em
hepa  ticas. Na HH, as sangrias sa ~ o realizadas semanalmente enfermarias. Adultos e crianças. As varia  veis analisadas
ate
 atingir níveis de ferritina menores que 50 ng/mL e de satu- foram tipo de hemocomponentes, indicaç o ~ es, comorbidades,
raç a
~o de transferrina menor que 50%, a fim de prevenir suporte ventilato  rio e hemodia lise, tipagem sanguínea e
complicaç o ~ es em pacientes sintoma  ticos ou dano em o  rga
~ os reaç a~ o transfusional. A partir de revisa ~ o de prontua rio
alvo. Pacientes com HH devem realizar sangrias de man- eletro ^ nico e consulta ao banco de dados do serviço de Hemo-
utenç a ~ o continuamente. Discussa ~ o: A flebotomia terape ^utica terapia do HUPE, foram obtidas as freque ^ ncias simples das
pode ser realizada em doenças com aumento de massa eritro- varia veis estudadas. O estudo foi aprovado pela CEP do HUPE,
cita
 ria como a PV e PCT, a fim de prevenir eventos sob o CAAE 31421620.7.1001.5259. Resultados: Foram
trombo  ticos, como acidentes cardiovasculares e cerebrovas- analisados 560 e 328 pacientes na primeira e segunda onda,
culares, desfechos principalmente frequentes em pacientes respectivamente. Destes 19,7% (n = 110) e 22% (n = 72) rece-
com mais de 60 anos e com histo  rico previo de eventos trom- beram transfusa ~ o nos respectivos grupos. Na primeira e
boembo  licos. Tambe m pode ser utilizada em doenças que segunda ondas, concentrado de hema  cias (CH) foi o hemo-
cursam com hiperferritinemia, como a HH, que atrave s de componente mais utilizado (80% e 73%) e plasma fresco con-
sangrias objetiva a normalizaç a ~ o do ferro nos tecidos, gelado (PFC) o segundo mais frequente (26,3% e 10,6%).
reduç a ~ o do risco de desenvolver cirrose hepa  tica e melhora Anemia e sangramento foram as principais causas para
na expectativa de vida. Conclusa ~ o: A flebotomia terape ^ utica e indicaç a ~ o de transfusa ~ o. Na primeira onda, 32 pacientes
importante no tratamento de diversas doenças, levando transfundidos tinham HAS e DM e os demais apresentavam
resultados positivos aos pacientes. Apesar de ser um procedi- estas isoladas, ou associadas a outras comorbidades. Ven-
mento simples, e  essencial o conhecimento e promoç a ~ o de tilaç a
~ o meca ^nica e hemodia  lise simulta ^ neas, foram observa-
suas indicaç o~ es, ale
m do treinamento e preparo dos bancos das em 36 dos pacientes transfundidos (32,7%) na primeira
de sangue e hospitais para a sua execuç a ~o. Evidenciamos que onda onde predominaram os tipos sanguíneos O (n = 45;
a flebotomia terape ^utica e
 va
lida para a prevenç a~ o de desfe- 40,9%) e A (n = 40; 36,3%). Na segunda onda, a me dia de idade
chos tra  gicos como eventos trombo  ticos, cirrose, ca ^ ncer foi de 57,7 anos, sendo HAS e DM as comorbidades mais prev-
hepa tico e para o aumento da expectativa de vida me  dia na alentes. Na ~o houve notificaç a ~ o de reaç a ~ o transfusional em
HH. nenhum dos grupos. Discussa ~ o: Tem sido observado uma
“síndrome ane ^mica” em pacientes com COVID-19 sendo rela-
https://doi.org/10.1016/j.htct.2021.10.698 tado em diversos estudos, a necessidade de reposiç a ~ o de CH.
O uso de PFC, foi utilizado para eventos hemorra  gicos ou na
vige^ ncia de discrasia sanguínea, pore m na primeira onda,
e DE HEMOCOMPONENTES EM
UTILIZAÇ AO havia um estudo sobre uso de plasma convalescente no
PESSOAS ACOMETIDAS PELA COVID-19, EM HUPE, o que pode ter sido um vie s na quantificaç a ~o do uso de

UM HOSPITAL UNIVERSITARIO DO ESTADO plasma, nesta fase. A na ~ o realizaç a ~o de busca ativa nas uni-
DO RIO DE JANEIRO dades COVID-19, e a na ~ o notificaç a ~ o ativa pelos prescritores,
FMGC Bandeira a,b, KB Fonseca a,b, VL Xavier c,d, pode justificar a ause ^ ncia de notificaç a ~ o de reaç a ~ o transfu-
MC Hora a, LSD Santos a sional. Conclusa ~ o: A indicaç a ~o de transfusa ~ o na COVID-19,
tem sido baseada nas mesmas indicaç o ~ es para pacientes crít-
a
Disciplina de Hematologia e Hemoterapia, icos. Sa  rios estudos analíticos para a construç a
~ o necessa ~ o de
Faculdade de Ci^encias Medicas, Universidade do conhecimento transfusional na COVID-19, comparando-a
Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, com outros grupos de pacientes graves.
Brasil
b
Hospital Universita rio Pedro Ernesto, https://doi.org/10.1016/j.htct.2021.10.699
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Rio
de Janeiro, RJ, Brasil
c
Departamento de Estatística, Instituto de e DO PLASMA FRESCO
UTILIZAÇ AO
Matema tica e Estatística, Universidade do Estado do CONVALESCENTE EM PACIENTES DE ALTO
Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil RISCO DURANTE FASES PRECOCES DE
d
Programa de P ~o em Ci^encias
os-Graduaç a e POR COVID-19
INFECÇ AO
Computacionais, Instituto de Matema tica e
S Wendel a, R Fachini a, R Achkar a,
Estatística, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
P Scuracchio a, S Miyaji a, M Erdens a,
(UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
AS Helito b, M Bordignon b, A Song b, E Kallas b
Objetivos: Diante de uma doença viral desconhecida e de alto a
Instituto de Hemoterapia Sírio Liban^es (IHSL), Sa
~o
impacto sobre o sistema de sau  de, este estudo visou analisar
Paulo, SP, Brasil
o perfil transfusional em portadores da COVID-19, no Hospital b
Hospital Sírio-Liban^es, Sa
~ o Paulo, SP, Brasil
Universita rio Pedro Ernesto- UERJ, refere ^ncia para atendi-
mento de casos graves. Material e me todos: Trata-se de Objetivos: Dentre o arsenal terape
^ utico atual contra a COVID-
estudo descritivo, transversal, observacional, realizado entre 19, a terapia com plasma convalescente proveniente de doa-
abril a julho/2020 (primeira onda) e janeiro a junho/2021 dores recuperados da COVID-19 (CCP), pode ser bene fica em
(segunda onda). Foram incluídos todos os casos de COVID-19, pacientes de alto risco que estejam em fase precoce desta

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