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NOÇÕES GERAIS DE GERENCIAMENTO DE

ÁREAS DE RISCO
CENÁRIO POLÍTICO E SOCIAL

IDENTIFICAÇÃO DO CENÁRIO
• crise econômica e social com solução de longo prazo
• política habitacional para baixa renda historicamente
ineficiente
• ineficácia dos sistemas de controle do uso e ocupação
• inexistência de legislação adequada para as áreas suscetíveis
• inexistência de apoio técnico para as populações
• cultura popular de “morar no plano”

AUMENTO DO NÚMERO DE ÁREAS DE


RISCO
VÍTIMAS POR ESCORREGAMENTOS NO BRASIL - 1988 a 2012
(Fonte: Banco de Dados do IPT)
PERGUNTAS BÁSICAS

1. O QUE E COMO OCORRE: Processos

2. ONDE OCORREM OS PROBLEMAS: Mapeamento

3. QUANDO OCORREM OS PROBLEMAS: Correlação,


monitoramento

4. QUE FAZER: medidas estruturais e não-estruturais

5. QUEM VAI FAZER: responsabilidades


FUNDAMENTOS

possibilidade de identificação das áreas de


risco com a indicação dos locais onde
poderão ocorrer acidentes (definição
espacial = ONDE)
PREVISÃO
estabelecimento das condições e
circunstâncias para a ocorrência dos
processos
(definição temporal = QUANDO).

possibilidade de serem adotadas medidas


preventivas visando, ou inibir a ocorrência
dos processos, ou reduzir suas
PREVENÇÃO
magnitudes, ou ainda minimizar seus
impactos, agindo diretamente sobre
edificações e/ou a própria população.
SOLUÇÕES

• para REDUZIR/MINIMIZAR os problemas

• agindo sobre o processo

• agindo sobre a conseqüência

• para EVITAR a formação de áreas de risco

• controle do uso do solo

• para CONVIVER com os problemas

• planos de contingência
ELIMINAR/REDUZIR os problemas

• as áreas de risco já existem

• a população corre alto risco de morte

• perda econômicas e patrimoniais

SOLUÇÕES ESTRUTURAIS

• Obras de contenção, drenagem, proteção superficial

• Reurbanização

• Relocação de moradias e população

REQUISITO

• Mapeamento das áreas


EVITAR a formação de áreas de risco

• existem áreas vazias

• existe pressão para ocupação

SOLUÇÕES NÃO ESTRUTURAIS

• Planejamento urbano

• Cartas geotécnicas e de risco

• Plano Diretor

• Legislação (Código de obras)

• Fiscalização

REQUISITO

• Mapeamento das áreas


CONVIVER com os problemas

• não é possível resolver os problemas rapidamente

• a população continuará em risco

SOLUÇÕES

• planos de contingência

• planos de defesa civil

• atenção integral ao cidadão

• atendimento humanitário à população

REQUISITO

• Mapeamento das áreas


MODELO DE ABORDAGEM DA UNDRO

UNDRO-(Office of the United Nations Disasters Relief Co-Ordinator)

1. Identificação dos riscos


Mapeamento
2. Análise dos riscos

3. Medidas de prevenção

4. Planejamento para situações de emergência

5. Informações públicas e treinamento


1. IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS

• Critérios

• Entendimento do processo
2. ANÁLISE DE RISCOS

• Quantificação: relativa e/ou absoluta


• Zoneamento de risco
• Cadastramento de risco
• Codificação dos graus de risco
• Mapeamento de áreas de risco
• Carta de Risco
3. MEDIDAS DE PREVENÇÃO

• Estruturais

• Não Estruturais
MEDIDAS ESTRUTURAIS

• Serviços de limpeza e recuperação

• Obras de drenagem superficial, proteção superficial e


desmonte de blocos

• Obras de drenagem de subsuperfície

• Obras de terraplenagem de médio a grande porte

• Estruturas de contenção localizadas ou lineares

• Estruturas de contenção de médio a grande porte

• Obras de reurbanização

• Remoção de moradias
MEDIDAS NÃO ESTRUTURAIS

• Planejamento urbano
• Plano Diretor
• Cartas Geotécnicas e de risco
• Legislação (Código de obras)
• Fiscalização
• Política habitacional
• Pesquisas
• Planos Preventivos de Defesa Civil
• Planos Municipais de Redução de Riscos - PMRR
PLANO MUNICIPAL DE REDUÇÃO DE RISCOS - PMRR

Instrumento que subsidia as políticas municipais de

desenvolvimento urbano e ambiental, de provisão

habitacional e de inclusão social, bem como para o

estabelecimento de ações de gerenciamento de riscos que

envolvam os três níveis de governo.


Objetivos do PMRR

• Identificação dos riscos associados a escorregamentos e processos


correlatos e inundações;
• Setorização e estabelecimento de graus de risco;
• estimativa de moradias afetadas;
• indicação de tipologias de intervenção necessárias para a redução ou
eliminação dos riscos em cada setor mapeado;
• estimativa de custo para execução das intervenções;
• síntese dos estudos na forma de um plano estratégico para a redução
ou erradicação das situações de riscos identificadas;
• Apresentação aos agentes públicos e à sociedade civil em de audiência
pública com ampla participação das comunidades.
4. ATENDIMENTOS EMERGENCIAIS

• Determinação da fenomenologia preliminar, causas,


evolução, área de impacto
• Delimitação da área de risco para remoção da população
• Obras emergenciais
• Orientação do resgate
• Sistema de monitoramento da área
• Recomendações para o retorno da população
5. INFORMAÇÕES PÚBLICAS E TREINAMENTO

• Cursos, palestras, seminários, reuniões

• Publicações técnicas

• Cartilhas, folders, cartazes

• Simulados
PUBLICAÇÕES: MAPEAMENTO E GERENCIAMENTO DE RISCOS
IPT e Ministério das Cidades www.cidades.gov.br
Exposição fotográfica “Outros Olhares”, outubro de 2011, IPT
Exposição Fotográfica
“Mudanças Climáticas e
Desastres Naturais no
Codidiano”

Metrô Itaquera,
outubro de 2011

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