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intervenções psicológicas
RESUMO
O presente artigo trata-se de uma análise a respeito das possíveis intervenções
psicológicas em um relacionamento abusivo de mulheres que sofrem os mais
variados tipos de violências com seus parceiros. A pesquisa foi realizada em face da
seguinte indagação: como a Psicoterapia pode interferir e influenciar no tratamento
de mulheres que viveram um relacionamento abusivo?. Por ser uma área que trata
do psicológico humano, o artigo foi desenvolvido para ressaltar o papel da
Psicoterapia frente ao tratamento de mulheres que em algum momento viveram ou
vivem relacionamento abusivo. Dessa maneira, o mesmo tem como objetivos
específicos abordar o que significa um relacionamento abusivo, apontar as
consequências de um relacionamento abusivo e destacar a relevância das possíveis
intervenções psicológicas que a mulher pode ter diante de tal situação,
acompanhada por um profissional de Psicologia. A pesquisa trata-se de um
levantamento bibliográfico feito por meio da leitura de artigos científicos,
dissertações e livros que abordam a temática em questão. Para embasamento
teórico da pesquisa, foram utilizados os estudos de pesquisadores e teóricos, bem
como documentos e leis que abordam este tema, como: Barreto (2018), Lei Maria da
Penha (2010), Conselho Federal de Psicologia (2000), Hirigoyen (2006),
Nascimento; Souza (2018), Osório (2017), entre outros. Assim, a Psicologia, em
especial a Psicoterapia surge neste contexto como forma de cuidado para com a
vítima, oferecendo à mulher métodos de intervenções psicológicas para o tratamento
dos traumas e das consequências geradas por ter vivido um relacionamento
abusivo.
INTRODUÇÃO
Ao longo da vida, o ser humano cria e desenvolve várias relações, através
das quais é possível vivenciar várias experiências, emoções e partilhas. As relações
amorosas são o alvo de maior investigação, e são vários os estudos para
compreender a sua estrutura, causa e efeitos no indivíduo (SCHLOSSER, 2014).
Os relacionamento entre as pessoas são comuns e necessários para
qualquer ser humano. Os relacionamentos afetivos, nos quais homem e mulher se
unem por atração, sentimento e decisão além de serem comuns, desde sempre
existiu. Apesar de haver muitas semelhanças entre as pessoas que se relacionam
de maneira amorosa, há também as diferenças, que muitas das vezes acabam se
Dessa forma, viver uma violência psicológica é ainda mais complicado para a
vítimas, pois, além de não haver provas concretas dos abusos a vítima vai criando
traumas na sua mente, dificultando até mesmo o seu processo de diálogo com
outras pessoas para pedir ajuda e conselhos.
A possibilidade de suicídio existe em razão da falta de capacidade de sair do
relacionamento abusivo, pois, a vítima vive tantos sentimentos de angústia dentro de
si, que acaba encontrando no suicídio a solução e o fim da tortura. Os
relacionamentos abusivos costumam causar na vítima, baixa autoestima, falta de
confiança, e por ser constantemente incriminada por tudo o que lhe acontece, o
sentimento de culpa lhe causa vários tormentos.
A vítima que sofre algum tipo de agressão tende à se caracterizar como uma
pessoa silenciosa, isolada, triste e desconfiada. Essas características dizem respeito
ao ciclo vicioso que elas vivem, por base de ameaças e agressões. O abuso
emocional e psicológico, fazem com que a vítima se sinta cada dia mais fragilizada.
Como o próprio nome já diz, isso é um ciclo. Cada vez que uma mulher
passa por esse percurso, mais fragilizada psicologicamente e mais
desacreditada de si mesma ela fica, sendo de extrema importância o apoio
de uma terceira pessoa para auxiliá-la no rompimento do ciclo do abuso.
MÉTODOS
Para o desenvolvimento desse artigo científico foi utilizado o método de
pesquisa qualitativa e as características desse tipo de pesquisa são: objetivação do
fenômeno; hierarquização das ações de descrever, compreender, explicar, precisão
das relações entre o global e o local em determinado fenômeno (GERAHRDT;
SILVEIRA, 2009, p.31).
A pesquisa se caracteriza ainda por uma pesquisa de cunho bibliográfica, pois
foi realizada por meio da leitura de livros, artigos científicos e documentos em
plataformas confiáveis de pesquisas acadêmicas como: Scientific Electronic Library
Online - Scielo (www.scielo.org), Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde - Lilacs (lilacs.bvsalud.org) e PEPSIC – Periódicos Eletrônico de
Psicologia. Desse modo, a pesquisa foi feita com base no pensamento e relato de
pesquisadores e teóricos renomados que abordam esta temática.
RESULTADOS
DISCUSSÃO
Com base na indagação de como a as intervenções psicológicas podem
ajudar no tratamento de uma mulher que vive ou viveu um relacionamento abusivo,
foi possível observar na pesquisa desenvolvida que a Psicologia oferece meios de
tratamentos eficazes para vítimas de situações dolorosas. Um desses caminhos é a
Psicoterapia, que com sua especificidade, possibilita o tratamento de vítimas de
relacionamentos abusivos, tornando situações traumáticas em cicatrizes saradas.
O relacionamento abusivo, embora seja um assunto em alta, precisa de
medidas mais eficazes para ser combatido. Pois infelizmente, o que se notou, é que
é uma realidade muito comum e muitas vítimas nem se quer percebem que vivem
dentro de um relacionamento como esse. Nesse sentindo, a pesquisa desenvolvida
permitiu um olhar mais aprofundado a respeito desse tema e deixou mais claro ainda
a importância que há nas intervenções psicológicas em casos como esse.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo abordou de maneira sucinta a influência das intervenções
psicológicas na vida das vítimas que sofrem relacionamentos abusivos. Os
relacionamentos abusivos, apesar de incluírem como vítimas também, idosos e
crianças, tem a mulher como a principal e mais comum vítima.
O relacionamento abusivo além de explorar, torturar e humilhar a vítima, faz
com que o agressor permaneça na condição de domínio e poder. E na maioria das
vezes, quem assume esse papel é o homem. Qualquer tipo de agressão e violência
contra a mulher/vítima dentro de um relacionamento torna-se abusiva.
Os motivos e as consequências de se viver um relacionamento abusivo são
inúmeros, infelizmente. Mulheres que vivem dependência emocional, econômica e
outras são as que mais suportam tais situações de abuso. As consequências
existem desde as marcas físicas deixada pelas agressões violentas, até as
psicológicas que traumatizam e geram uma série de transtornos na vítima.
Ao sair de relacionamento abusivo a mulher precisa buscar tratamento para
as feridas vividas neste relacionamento. Muitos traumas as impedem de viver a vida
com a mesma disposição de antes das experiências de violência. Por meio das
intervenções que a Psicologia oferece para as vítimas, as chances de tratamento e
reestruturação para uma nova vida são altas.
A Psicoterapia surge como uma medida de tratamento eficaz para vítimas de
relacionamentos abusivos, isso porquê, por meio de suas seções, todas as
experiências negativas vão se transformando em memórias curadas, para que então
a vítima tenha sua saúde psicológica e mental restaurada. Por isso, a Psicologia
possui grande relevância na sociedade, ajudando a tratar a saúde pública, sobretudo
das vítimas de relacionamentos abusivos.
REFERÊNCIAS
BARRETO, S. R; Relacionamentos abusivos: uma discussão dos entraves ao ponto
final. Revista Gênero, Niterói, v. 18, n. 2, p. 142 a 154, set. 2018.
BRASIL. Lei Maria da Penha (2006). Lei Maria da Penha: Lei n° 11.340, de 7 de
agosto de 2006, que dispõe sobre mecanismos para coibir a violência doméstica e
familiar contra a mulher. – Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2010.
MOREIRA, V., BORIS, G. D. J., & VENÂNCIO, N. O estigma da violência sofrida por
mulheres na relação com seus parceiros íntimos. Revista Psicologia e Sociedade,
23 (2): 398-406. 2011.