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Manejo de pinguins

Biologia geral
 Ordem formada por 19 espécies.
Alimentação: variável da coluna d’água e fundo.
Crustáceos: krill e anfípodes/ lula e polvo.

Predadores:
Ovos e filhotes: diversas aves marinhas (skua, petrel -gigante, gaivota).
Jovens e adultos: foca -leopardo, orca, lobo e leopardo marinho, tubarão e petrel
– gigante).

Diversidade:
adaptações para temperaturas extremas.
Muda catastrófica (muda todas as penas de uma vez só), comem muito antes para
o jejum.

Adaptações a vida marinha


o Musculatura peitoral.
o Corpo fusiforme.
o Nadadeiras.
o Plumagem impermeável (quando dá para ver a pele = não está bem).
o Membrana interdigital: deslocamento na água.
o Glândula de sal: são duas, o excesso de sal é eliminado por um duto e
eliminado pelas narinas, eles chacoalham a cabeça para sair o sal.

o Reflexo de mergulho: é uma reação fisiológica natural que ocorre quando


um ser humano, mamífero ou ave de mergulho é submersa na água e inclui
vasoconstrição e redução da frequência cardíaca.
o Capazes de passar dias a meses no mar.

Pinguim de Magalhães
o Única sp que aparece regulamente no Brasil.
o Bando de tamanhos variáveis (10 a 200).
o Nidificam (ninho) na argentina, chile e ilhas Falklands.
o Hábito gregário (vive em bandos ou em grupos) curiosidade: eles arrumam
as penas um do outro.
o Pais revezam nos cuidados com os filhotes.
o Identificação: muda a plumagem, mas não quer dizer que já é adulto, eles
podem ter um ano e não ter atingido a maturidade sexual, mas mudado a
plumagem.
Maturidade sexual: fêmeas (4 anos) x machos (7 anos).

Ciclo de vida
o Maio e agosto: ficam em alto mar se alimentando consequentemente
engordando, nadando e migrando (migration – migração).

o Setembro: volta para a colônia para se reproduzir e se juntar (setllement –


acasalamento).

o Outubro e novembro: colocar os ovos, põem 2 ovos (egg lay – ovos).

o Dezembro, janeiro e fevereiro: criam os filhotes e ficam com eles por 3 meses
(filhotes fazem a muda de plumagem para juvenil) – os pinguins Magalhães
não ensinam os filhotes a caçarem, assim os filhotes formam uma colônia de
juvenis a caça.
Por conta disso e da sobre pesca a maior taxa de encalhes é de filhotes.

o Abril e março: muda catastrófica (molt – muda).

Captura
Por que capturar?

Fins de pesquisa, desastre ambiental como derramamento de óleo, lesões ou


machucados (principalmente em centros de reabilitação perto de colônias tem os
monitores chamados de guarda parques).
o Toda captura é feita mediante a autorização pelo SISBIO/ ICMBIO.
Sem licença crime ambiental.
Funcionamento da captura

o sempre realizado por equipe experiente entrosada.


o organização (pessoal/tarefas/materiais) – para o sucesso do trabalho e para não
estressar o animal (manejo correto, o incorreto pode causar muda antes da
hora e óbito).
o Planejamento.
o Segurança.
o Uso de EPIs (equipamentos de proteção individual).
o Atenção aos fatores que podem levar ao estressa excessivo e impacto na
sobrevivência.
o Miopatia de captura óbito pós captura (intenso exercício físico por longo
tempo, desencadeado pela captura, transporte) acúmulo de ac
lático/acidose/necrose muscular. Pode acontecer semanas pôs a captura.

Equipamentos e manual

o Manual. o Atenção ao caminhar nas colônias


o Puçás. (desmoronamento de tocas).
o Gancho. o As vezes tocas contém outras
o Luvas são obrigatórias. espécies de aves, como a pardelha
o Cuidado com tocas em locais de nas tocas perto de pinguins azuis.
arbustos (serpentes)

Captura com:

Puçás:
o Material leve (alumínio). o Sempre do mar em direção a terra.
o Objetivo: fazer uma carapuça, não o Conter imediatamente o animal.
encostar no animal. o Puçá sempre abaixado, para não
o Atenção à forca usada para “bater” assustar.
o puçá.
Gancho:
o Não existe à venda. o Material leve (alumínio).
o Utilizado para agarrar o pescoço o Ajuda a capturar o ninho quando
ou tarso – metarso. o pinguim é captura na colônia.
Contenção física
o Varia de acordo com o propósito.
o Nunca manter a região torácica (RT) pressionada. Pois aves não tem
diafragma, sendo assim a respiração ocorre pela expansão da RT.
o Muita atenção ao animal.
o Cobrir os olhos sempre que possível.
o Minimizar ruídos.
o Mais breve possível – organização.
o Focar 1- bico(cabeça), 2- asas, 3- pernas.

Reabilitação
Estado clínico geral (encalhes SE) e protocolo
o Juvenis. o Traumas. que os ajustes são
o Caquéticos/ o Oleados. feitos conforme as
magros. o Não existe necessidades
o Anémico. protocolo (exemplo:
o hipotérmicos. universal. diferenças S e SE).
o desidratados. o existem
o Parasitados. protocolos-base em

Admissão:
o Ficha Clínica e foto documentação.
o Pesagem.
o Marcação individual (exemplo no IRAM são anilhas de borracha com
números, uma em cada asa)
Parte veterinária da reabilitação:
1. Exame físico completo (palpitação, auscultação).
2. coheita de amostras biológicas.
3. Fluido terapia: VO(água, glicose, vitaminas e minerais), SC ou IV)
4. Tratamento (bandagem analgesia etc.)
5. fornecer aquecimento (luz infravermelha ou termoventilador)
Eutanásia em casos muito graves
divisão:
Divisão em grupos ou subgrupos lotes) para otimizar e facilitar o manejo
o UTI
o Pré -alta
o Alta

Preparação para a liberação:


o Resolução dos problemas que levaram ao encalhe (caquexia, trauma,
petrolização etc.).
o Avaliação do estado geral de saúde: exames físicos, hematológicos etc.
o Melhoria da condição corporal.
o Condicionamento físico.
o Impermeabilidade.

Considerações finais:
o Implementar rotina rigorosa de limpeza e desinfecção de matérias e
equipamentos.
o Fornecer alimentos de boa qualidade e armazenamento adequado.
o Suplementação vitamínica e minerais.
o Atenção a doenças secundarias ao cativeiro.
o Eutanásia seguindo a resolução do CFMV.
o Ave debilitado = recursos fisiológicos se exaurindo. O gasto adicional de
energia associado ao manejo inadequado pode levá-los ao colapso.
o Ter empatia
o Sempre minimizar o estresse.

Temperatura normal dos pinguins: 49 a 50 graus

Pinguins são monogâmicos? Eles são pragmáticos, se deu certo reprodução ficam
juntos , se der errado procuram outros pares.

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