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Muito se ouve falar sobre plágio e violação dos direitos autorais na música,
Guia do Usuário
literatura ou em obras de arte; entretanto, nos últimos anos, essa prática vem
se multiplicando, de forma alarmante, no ambiente acadêmico e de pesquisa,
HeinOnline
por conta do volume e da diversidade de informações, descobertas e
conhecimentos disseminados, em especial, pela Internet.
Memorial Casa de
Afonso Pena (MCAP) O plágio não tem nada a ver com a citação bem intencionada e referenciada
a autores, com o uso de uma dissertação ou tese como ponto de partida para a
Notícias construção de uma nova teoria, com a influência inspiradora de um músico,
artista plástico ou coreógrafo, ou, ainda, com a coletânea histórica, poética,
CONCEITO DE PLÁGIO
Plágio não é somente a cópia fiel e não autorizada da obra de outra pessoa
−seja ela artística, literária ou científica. É também, e mais comumente, a cópia
“da essência criadora sob veste ou forma diferente” (pg. 65 JOA), isto é, a
apropriação indevida da produção de outrem mascarada por um modo distinto
de escrever ou pela versão para outro idioma, entre várias possibilidades.
FORMAS DE PLÁGIO
Segundo o professor Lécio Ramos, citado por Garschagen (2006), existem, pelo
menos, três tipos de plágio:
Integral: cópia de um trabalho inteiro, sem citar a fonte.
Parcial: ‘colagem’ resultante da seleção de parágrafos ou frases de um ou
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13/03/2023, 11:07 Copiou, colou e não citou: dançou. Seja dono da sua ideia. Plágio é crime – Biblioteca Prof. Lydio Machado Bandeira de Me…
Sim, desde que se utilize a informação como base para o trabalho, citando a
fonte e o autor, e se elabore, a partir da consulta, uma concepção nova sobre o
tema ou a solução para um problema.
Sim. O fato de ele ser o orientador torna implícito que domina o tema e que
suas pesquisas na área antecedem os trabalhos dos alunos. Em seus artigos, o
orientador pode, inclusive, citar os trabalhos de seus orientados, logicamente
concedendo os devidos créditos.
Direito de Autor
É o ramo da ciência jurídica que cuida da proteção das criações do espírito, nos
campos da literatura, das artes e das ciências (no Brasil, os direitos e
obrigações estão estabelecidos na Constituição Federal, Artigo 5o., Parágrafos
27 e 28, no Código Civil e na Lei 9.610/98, bem como em acordos
internacionais).
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Nos termos do artigo 7º, da Lei 9.610/98, “são obras intelectuais protegidas as
criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer
suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais
como os textos de obras literárias, artísticas ou científicas; as conferências,
alocuções, sermões e outras obras da mesma natureza; as obras dramáticas e
dramático-musicais; as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução
cênica se fixe por escrito ou por outra qualquer forma; as composições
musicais, tenham ou não letra; as obras audiovisuais, sonorizadas ou não,
inclusive as cinematográficas; as obras fotográficas e as produzidas por
qualquer processo análogo ao da fotografia; as obras de desenho, pintura,
gravura, escultura, litografia e arte cinética; as ilustrações, cartas geográficas e
outras obras da mesma natureza; os projetos, esboços e obras plásticas
concernentes à geografia, engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo,
cenografia e ciência; as adaptações, traduções e outras transformações de
obras originais, apresentadas como criação intelectual nova; os programas de
computador; as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias,
dicionários, bases de dados e outras obras, que, por sua seleção, organização
ou disposição de seu conteúdo, constituam uma criação intelectual”.
São direitos patrimoniais, para o que diz respeito aos objetivos destas
orientações básicas, “o direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor da obra
literária, artística ou científica.” Depende de autorização prévia e expressa
do autor a utilização da obra, por quaisquer modalidades, tais como a
reprodução parcial ou integral; a edição; a adaptação; a tradução para
qualquer idioma; a distribuição, quando não intrínseca ao contrato
firmado pelo autor com terceiros para uso ou exploração da obra; a
utilização, direta ou indireta, da obra literária, artística ou científica, mediante
quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser
inventadas.
I – a reprodução:
a) na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo,
publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se
assinados, e da publicação de onde foram transcritos;
b) em diários ou periódicos, de discursos pronunciados em reuniões públicas
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de qualquer natureza;
c) de retratos, ou de outra forma de representação da imagem, feitos sob
encomenda, quando realizada pelo proprietário do objeto encomendado, não
havendo a oposição da pessoa neles representada ou de seus herdeiros;
d) de obras literárias, artísticas ou científicas, para uso exclusivo de deficientes
visuais, sempre que a reprodução, sem fins comerciais, seja feita mediante o
sistema Braille ou outro procedimento em qualquer suporte para esses
destinatários;
Como regra geral, todo aquele que contribui com culpa para um ilícito é co-
responsável pela suas consequências. Especificamente no que diz ao Direito de
Autor, é certamente responsável o autor da obra que constitui plágio.
Fonte: http://vrac.puc-rio.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=726&sid=23
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