Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
Uma primeira dimensão seria a do nosso saber de referência e todo seu arcabouço
teórico-metodológico. Essa dimensão se mostra um desafio na medida em que, levando em
consideração todas as dificuldades do exercício do magistério e a produção acelerado do
conhecimento, acompanhar a produção bibliográfica dos autores de referência, por exemplo,
requer um tempo que muitas das vezes nós professores não temos disponível.
A segunda dimensão se refere ao currículo escolar; nela existem conteúdos que ou
não temos contato ao longo da graduação ou esse contato se deu de forma indireta, fato esse
que pode ser considerado um desafio, já que somos obrigados a também ter domínio dos
mais diversos temas presentes de forma até mesmo tradicional em nossos currículos da
Educação Básica.
A terceira e última dimensão que estamos inseridos enquanto docentes é a das
Ciências da Educação. Isso nos faz pensar que não basta o domínio de conteúdos, temas e
de todo arcabouço teórico-metodológico do saber de referência e do currículo escolar para
alcançarmos nossos objetivos no processo de ensino-aprendizagem1. Ou seja, é necessário,
também, o domínio das contribuições dadas pela Sociologia, Psicologia e a História da
Educação, bem como da Pedagogia e da Didática.
O Estágio Supervisionado, por propiciar o vínculo entre universidade e escola na
formação de professores, pode ser entendido como um meio pertinente para a construção de
valores e comportamentos que refletem essas três dimensões citadas. Assim:
1 Vale salientar que além de ter o domínio de conteúdos – o saber de referência, dos conteúdos tradicionais e do
arcabouço teórico-metodológico das Ciências da Educação – é mister que o professor saiba desenvolver a
habilidade de usá-los como meios intelectuais para desvendar e compreender a realidade do mundo, inserindo
sentido e significado ao processo de ensino-aprendizagem (Pontuschka, Paganelli, Cacete, 2009). Conforme os
conteúdos deixam de ser o fim da aprendizagem, eles passam a ser meios de construção de uma leitura de mundo
articulada organizada e crítica.
2 Aroeira, 2014, 114.
3 Pimentel e Pontuschka, 2014, p. 70.
4 Bourdieu, 1983, 2005a.
5 Contreras, 2002.
10 Como observamos em diversas propostas de teóricos da Educação, como, por exemplo, Petroni e Souza
(2009), Martínez Pérez (2012) e Campos (2013).
11 Pimentel e Pontuschka, op cit., p. 57 et seq.
12 Frangella, 2000.
13 Ibidem, p. 1.
14 Idem.
15 Oliveira, 2011.
Considerações finais
Referências Bibliográficas
PONTUSCHKA, Nídia Nacib; PAGANELLI, Tomoko Iyda; CACETE, Núria Hanglei. Para
ensinar e aprender Geografia. 3a ed. São Paulo: Cortez, 2009.
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO. Governo do Estado do Rio de Janeiro. Secretaria de
Ciência e Tecnologia. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Aplicação
Fernando Rodrigues da Silveira. Rio de Janeiro, 2013.
VESENTINI, José Willian. A formação do professor de Geografia – algumas reflexões. In:
PONTUSCHKA, Nídia Nacib; OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino (orgs.). Geografia em
Perspectiva. 3a ed. 3a reimpressão. São Paulo: Contexto, 2010. p. 235-240.