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macrografia [3]

¾ Os materiais de engenharia: ƒ Metálicos


Aplicações ƒ Cerâmicos
ƒ Poliméricos
ƒ Compósitos
Propriedades
Processamento

Estrutura

Composição
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macrografia
¾ Ordem de grandeza - macrografia

Luz: 400-750nm

Ref.: ASM Handbook. Metallography and Microstructures, V.9, pp. 23-28, 2004.
Ref.: Murphy, D.B. Fundamentals of light microscopy and electronic imaging.
John Wiley & Sons, pp. 15-27, 2001. 2>
macrografia

¾ Análise macrográfica: avalia heterogeneidades com


tamanho macroscópico, como trincas, segregação química,
porosidades, textura ou outras irregularidades, os quais
podem comprometer o desempenho das peças fabricadas.
¾ Análise da macroestrutura preparação
de amostras
¾ Etapas: ƒ Inspeção preliminar
ƒ Critérios para análise
ƒ Identificação da amostra
ƒ Extração da amostra (corte)
ƒ Desbaste (lixamento)
ƒ Revelação da macroestrutura
ƒ Análise da macroestrutura 3>
macrografia

¾ 1) Inspeção preliminar:
permite obter informações básicas do material,
principalmente de caráter qualitativo, que mais
dificilmente serão conseguidas com a extração
da amostra.
ƒ aspecto da superfície;
ƒ aspecto da falha / fratura (dúctil/frágil);
ƒ dureza (ação da lima);
ƒ composição química (centelhas no esmeril);
ƒ magnetismo;
ƒ sonoridade;

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¾ 2) Critérios de análise:
definição de quais parâmetros estruturais
deverão ser investigados na amostra em preparação.

ƒ Macrografia: defeitos de solidificação, textura,


macrosegregação, estrutura bruta
de fusão, trincas, tratamentos de
superfície.

¾ 3) Identificação da amostra:
a identificação do material a ser analisado não
permite que haja confusão com outras amostras que
possivelmente também possam estar sendo investigadas.
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¾ 4) Extração da amostra (corte):


Transversal
Localização
Longitudinal
corte transversal: corte longitudinal:
ƒ natureza do material ƒ processo de fabricação
ƒ homogeneidade ƒ roscas
ƒ segregação ƒ qualidade de solda
ƒ presença de defeitos ƒ tratamentos superficiais
ƒ morfologia dendrítica
T L

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¾ Corte com maçarico:

Indicado para corte de


amostras de materiais
ferrosos em grandes
fragmentos, tendo o
inconveniente que o
intenso aquecimento local
pode implicar em
alterações estruturais da
amostra.

Fonte: Enciclopédia Barsa


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macrografia

¾ Corte por serramento mecânico:

Aplicado em materiais
em geral, permite bom
controle do corte. Não
aplicável a materiais
muito duros.
Fonte: Guia de Ferramentas ABF

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macrografia

¾ Corte com disco abrasivo:

O corte feito com


discos de corte
abrasivo, sob
refrigeração,
possibilita obter
secções com
boa qualidade e
baixo nível de
modificações na
estrutura da
amostra.
Fonte: Catálogo Strüers
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¾ Disco abrasivo: fabricado com partículas de material


cerâmico (Al2O3 ou SiC), aglomeradas com uma resina.
Dimensões típicas: ∅ext 235 x 1,5 x ∅furo 19 mm.
¾ Aspectos construtivos:
ƒ resistência da resina aglomerante
ƒ tamanho e velocidade do disco
ƒ tipo de abrasivo Dureza:
ƒ tamanho de partícula Al2O3 < SiC
ƒ densidade de partículas

materiais “duros” discos “moles”

materiais “moles” discos “duros”


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¾ 6) Preparação da superfície da amostra:

estrutura
alterada

estrutura
real

Lixamento: remoção da camada de material que teve a sua


estrutura alterada pelo corte da amostra.
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¾ Desbaste (lixamento) obtenção de uma superfície


adequada para análise

abrasivo
adesivo
amostra

suporte
Lixa abrasivo + adesivo + suporte
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¾ Abrasivos materiais cerâmicos de elevada dureza e


resistência ao desgaste
Abrasivos comerciais:
ƒ óxido de alumínio (Al2O3)
ƒ carboneto de silício (SiC)

Cavaco A retirado da peça


de aço B, gerado pela
partícula abrasiva C Partícula abrasiva observada em
lixa #600 por MEV. 13>
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¾ Dureza dos materiais abrasivos :
material composição dureza Mohs dureza Knoop
diamante C 10 8000
carboneto de boro B4C - 3500
carboneto de silício SiC - 3000
carboneto de titânio TiC - 2800
carboneto de tungstênio WC - 2100
córindon/alumina Al2O3 9 2000
topázio SiAl2F2O4 8 1500
quartzo SiO2 7 1000
ortoclásio KAlSi3O8 6 600
apatita Ca5P2O12F 5 500
fluorita CaF2 4 200
calcita CaCO3 3 150
gipsita CaSO2(OH)4 2 50
talco Mg3Si4O10(OH)2 1 20
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macrografia
¾ Granulometria das partículas abrasivas:

ƒA
granulometria
das partículas
usadas na
fabricação das
lixas é
controlada pela
malha (mesh)
das
peneiras
utilizadas.

Ref.: BUEHLER® SUM-MET™ - The Science Behind Materials Preparation, 2004. 15>
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¾ Comparação entre lixas (MEV):

lixa #80 lixa #120 lixa #220

lixa #320 lixa #400 lixa #600


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¾ Procedimento prático:
ƒ pressão uniforme: contribui para a formação de um único
plano de desbaste na amostra.
ƒ velocidade de desbaste: em processos mecanizados deve
ser criteriosamente escolhida,
evitando falhas e aquecimento na peça.
ƒ fluxo de água: inibe a formação de pó, além de garantir um
bom resfriamento da superfície da amostra.
ƒ troca da lixa:
90° 90°

lixa

#120 #220 #320

ƒ limpeza da peça: evita riscamentos devido contaminação.


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¾ Superfície lixada de um aço ABNT 1010 (MEV):

lixa #80 lixa #120 lixa #220

lixa #320 lixa #400 lixa #600


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¾ Limpeza da amostra após o lixamento:

ƒ visa remover eventuais partículas que possam estar


aderidas à superfície recém lixada ou no embutimento.
Estas partículas podem comprometer o resultado da
próxima etapa de preparação, o polimento.

Limpeza banho ultrasônico

secagem
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¾ Revelação da estrutura ataque químico


(contraste)

Reativos químicos são aplicados sobre a superfície


lixada da peça, promovendo reações químicas que
deixam evidentes os detalhes macroestruturais de
interesse.

Reativo de iodo:
• iodo metaloide 10g
• iodeto de potássio 20g
• água destilada 100ml Resultados
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¾ Revelação da macroestrutura

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¾ Revelação da macroestrutura

Textura em aço 4140 forjado. Ataque: solução


Aquosa 50% HCl.
(ref.: Metallography: An Introduction, Metallography and Microstructures, Vol 9, ASM Handbook, ASM International, 2004, p. 3–20.)

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¾ Revelação da macroestrutura

Têmpera superficial em aço


ferramenta W1 (0,7-1,5C).
Ataque: solução aquosa
50% HCl aquecida.
(ref.: Metallography: An Introduction, Metallography and Microstructures,
Vol 9, ASM Handbook, ASM International, 2004, p. 3–20.)

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¾ Revelação da macroestrutura em soldas
Trincas por hidrogênio
na ZTA numa junta
em ângulo feita com
um eletrodo rutílico
(ref.: ESAB – Metalurgia da Soldagem, 2004.)

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macrografia
¾ Revelação da macroestrutura em fundidos

Macroestrutura de lingote
de alumínio fundido.
Ataque: reativo de Tucker.
(ref.: Metallography: An Introduction, Metallography and Microstructures,
Vol 9, ASM Handbook, ASM International, 2004, p. 3–20.)
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macrografia
¾ Impressão de Baummann

Utilização de solução aquosa de ácido sulfúrico a 5%


sobre superfície da amostra em contato com papel
fotográfico identificação de áreas com enxôfre

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¾ Referências:
• Metallography: An Introduction, Metallography and Microstructures,
Vol 9, ASM Handbook, ASM International, 2004, p. 3–20.
• ESAB – Metalurgia da Soldagem, 2004.
http://www.esab.com.br/br/por/instrucao/biblioteca/upload/1901102rev0_apostilametalurgiasoldagem.pdf

• Colpaert, H. Metalografia dos Produtos Siderúrgicos Comuns.


Ed. Edgard Blucher, São Paulo, 1974.
• STRUERS. Metalog Guide.
http://www.struers.com/default.asp?top_id=5&main_id=19&sub_id=22&doc_id=86

• BUEHLER SUM-MET - The Science Behind Materials


Preparation. http://www.buehler-asia.com/brochure/download_Buehler-Sum-Met-English.pdf

• http://www.blucher.com.br/livro.asp?Codlivro=04497

Notas de aula preparadas pelo Prof. Juno Gallego para a disciplina Lab. Materiais de Construção Mecânica I.
® 2015. Permitida a impressão e divulgação.
http://www.feis.unesp.br/#!/departamentos/engenharia-mecanica/grupos/maprotec/educacional/
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