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Posição do vídeo: Há uma dicotomia entre a formação inicial e a formação

continuada do professor.

Para tanto entendermos o que estava sendo falado no vídeo, temos que expor
os termos formação inicial e formação continuada de um professor. A formação
inicial está relacionada com a graduação em licenciatura, ou seja, a formação
digamos mais teórica sobre determinada área. E a formação continuada é um
processo pelo qual o professor utiliza para manter-se atualizados, ou seja, é o
processo permanente de renovação dos seus saberes, em busca de aperfeiçoar
seu desempenho em sala de aula. Expostos então o que se referem os termos,
o que os participantes do vídeo queriam expressar? De que a formação inicial e
a continuada não caminham juntas, ou que não são próximas, ou de que a
formação inicial não é suficiente por si só e de que não tem nada a ver com a
prática de ser professor no dia-a-dia.

Pois bem, porque essa visão pode ser considerada equivocada por nós? Pelo
simples fato de que eles estão presos nesta narrativa que eles acham que
acreditam e repetem sem considerar muitos fatores. Eu considero que eles
olham para um único ponto e fecham os olhos para outros tão importantes
quanto.

Não quero também aqui fazem uma análise de que a forma como a graduação
transcorre, não deve sofrer mudanças. O mundo já mudou muito, de forma quase
inimaginável somente nas duas décadas desse século. E aí me dizem que
estamos formandos professores, que possuem de certa forma, uma defasagem
logo quando concluem a graduação. Isso me faz pensar que algo estranho está
acontecendo. E você quando ouve algo parecido com isso não acha nada
estranho?

Uma graduação, quando a universidade decide abri-la, respeita uma enorme


série de requisitos, a graduação é pensada para atender o cenário atual, e como
estamos nos referindo ao nosso país, complemento, para atender o cenário atual
do Brasil. Para início faço referência à duração do curso de licenciatura de
matemática, são quatro anos, divididos em dois semestres por cada ano. As
escolhas das matérias que serão aplicadas atendem variados campos de
atuação, seja a matemática especifica, seja matérias pedagógicas, seja matérias
práticas, sejam a disponibilidade do aluno entrar para o PIBID, sejam eventos
realizados durante todo o curso de graduação, e algo também muito importante
que a universidade promove, para aqueles alunos que ao iniciarem a sua
formação e achem necessário podem realizar um curso de nivelamento na área
da sua graduação. Logicamente não quero tirar o mérito daqueles que se
esforçam e superam acima da média, esses podem durante a graduação realizar
cursos de aperfeiçoamento frente à facilidade que hoje temos com a internet.
Vejam as inúmeras possibilidades. Com todas elas, como podem se referir como
sendo essa somente uma formação inicial e tentam nos forçar a acreditar de que
eu preciso ainda de uma formação continuada.

Muitos dos que defendem a formação continuada escolheram a formação


acadêmica, o que tem seu valor grandioso, mas reservo-me a indagar, aos
acadêmicos que atuam na linha da educação, que fazem durante muito tempo
suas pesquisas e depois as publicam, comumente vemos uma mesma linha de
raciocínio em seus artigos, de que a “formação inicial”, a graduação é pouco. De
que o professor recém-formado precisa de mais formação. Quando fiz,
anteriormente, o comentário sobre como a universidade estrutura uma
graduação, e a pensa com todos os detalhes, percorrendo todos os trâmites
burocráticos, ainda assim, são cobrados pelos órgãos públicos. O MEC autoriza
que determinado cursos seja oferecido primeiramente. E depois o MEC avalia o
curso e os formandos. Então acho um exagero o esforço que empurrar aos
professores a formação continuada.

Para finalizar quero deixar claro que não estou blasfemando contra os
professores, que decidem, após o termino da graduação, buscarem uma pós-
graduação ou um mestrado ou um doutorado. Mas que busca essas
especializações, querem atuar na área acadêmica e somente isso. E fazem um
grande esforço, porque lhes são impostos passarem, percorrerem por esses
níveis.

Temos que defender de que no Brasil temos sim ótimos cursos de graduação,
principalmente de graduação em todas as licenciaturas, que nossas graduações
formam ótimos professores, que adquirem bagagem e que estão prontos para
atuarem na prática em uma sala de aula. Ao invés de defenderem no vídeo, de
que o professor precisa de uma formação continuada, deveriam ter defendido os
professores, que não têm seu valor reconhecido, defender melhores condições
para trabalharem, terem disponíveis para promover melhor a educação, todos os
equipamentos, desde instalações, salas, quadros, carteiras, até computadores.

Ou será que uma formação continuada fará com que surja computadores nas
escolas que não têm, ou mesmo novos computadores nas escolas que possuem
tais equipamentos já obsoletos? E esse foi apenas um exemplo, do que
melhorar...

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