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A carta de reclamação
Utilizador proficiente C1
1. Estabelece uma ligação lógica entre os pares de frases, extraídos de cartas de reclamação, inserindo no início
da segunda frase um marcador discursivo que se adeque.
a) “Depois de pagar a encomenda, recebi um e-mail a confirmar que a mesma chegaria daí a cinco dias. A
encomenda só chegou ontem.”
b) “Também envio, em anexo, uma cópia de uma das faturas cujo valor excede o estipulado no contrato. A V.
companhia não cumpriu com o que ficou acordado e, além disso, os valores não correspondem aos meus
gastos reais.”
c) “Eu compreendo que a V. operadora de telecomunicações, sendo muito popular, tenha uma atividade muito
intensa. Terá dificuldade em cumprir com todas as obrigações sem a ocorrência de erros.”
2. Analisa e compara duas cartas de reclamação sobre o mesmo assunto, mas redigidas de forma diferente , a
carta A e a carta B.
a) Assinala as partes das cartas que abordam os mesmos tópicos.
b) Compara o registo de língua usado em cada uma, referindo exemplos.
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P.S. Agradeço uma resposta a esta carta, pois é o que merece qualquer tipo de contacto!!!!
A carta de reclamação | Nível C1
| Níveis A1 a C1
Exmos. Senhores,
Venho, por esta forma, manifestar o meu desagrado pela forma como, cada vez mais, são feitas as inspeções
e levantadas limitações no que respeita à introdução de modificações em automóvel particular.
Adicionalmente, gostaria de obter uma resposta às questões que irei apresentar ao longo da minha
exposição.
No passado dia 26 de setembro de 2016, dirigi-me ao Centro de Inspeção Automóvel de Sintra para a
realização da inspeção ao meu veículo, tal como tenho vindo a fazer anualmente, cumprindo a lei em vigor.
Contra as minhas expectativas, o resultado da inspeção apontou-me diversas irregularidades, que passo a
enumerar:
1) Presença de sinal luminoso de STOP Central no topo do vidro traseiro – porém, este já vinha com o
carro quando o comprei (no ano de 2008), apesar de não ser de origem, e nunca, em nenhuma inspeção
precedente, tal facto foi motivo de repreensão.
2) Pedais desportivos, que também já vinham com o veículo no ato de compra e que nunca foram objeto
de menção em nenhuma das anteriores inspeções.
3) Gases em excesso. No entanto, muito me espantou o facto de o técnico se ter limitado a ler o relatório do
demonstrador, não revelando um conhecimento sólido de mecânica; de facto, apenas levantou a
suposição de o problema estar no catalisador. Parece-me que os inspetores deveriam primar por uma
formação qualificada no ramo automóvel, sobretudo em mecânica.
Quais as implicações do sinal STOP e dos pedais desportivos supramencionados na minha segurança e dos
demais utentes da via? Quando questionados, os técnicos não souberam responder.
Se o meu carro funciona, durante todo o ano, a gás – gastando eu, apenas, cerca de 30 € de gasolina/ano, por
que razão, na inspeção, é avaliado o funcionamento do automóvel a gasolina e não a gás – menos poluente?
V. Exas. decerto compreenderão a minha observação enquanto condutor; com efeito, tenho visto em
circulação veículos em péssimo estado de conservação e altamente poluentes; noutros países da União
Europeia e/ou Europa, podemos introduzir modificações nos veículos, pois é reconhecido que estas não
põem em perigo os utentes da via. De facto, as estatísticas relativas à sinistralidade nesses países indiciam
uma melhor conduta da sua parte, pois estão mais bem posicionados do que Portugal.
A mim parece-me, portanto, que as inspeções são feitas sem coerência nem competência, de que o caso que
apresentei é um exemplo. Os critérios de avaliação deveriam incidir em fatores de segurança e de proteção
ambiental, o que, na prática, nem sempre ocorre. Na realidade, muitas vezes são descurados aspetos
importantes e, por oposição, realçados outros que mais não são do que implicâncias.
Agradeço, desde já, toda a atenção dispensada e fico a aguardar uma resposta às minhas questões e
preocupações.
Os meus cumprimentos,
Ricardo Carvalho