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Nos últimos anos e, principalmente em 2.

020, motivada pela pandemia da


covid-19 provocada pelo Novo Coronavírus, a Gestão Escolar foi uma das mais
afetadas mundialmente, ainda mais em comunidades onde o convívio com a
informática, acesso às redes sociais e internet era precária.
Sabemos que a educação é a principal base do saber da sociedade e a busca
pelo conhecimento cada vez maior e mais exigida dos cidadãos, independente
do meio em que vive.
Por este prisma é possível vislumbrar o quanto a Gestão Escolar passa a ser
cobrada e tem a responsabilidade em desenvolver metodologia e paradigmas
entre os professores das instituições, bem como os estudantes e, também os
demais servidores, sejam da área técnica como das colaborativas com o meio
acadêmico e de ensino.
E, isso vai desde as escolas infantis (creches, maternais e séries iniciais, até os
ensinos básico, fundamental e médio); bem como as faculdades (universidades
e instituições particulares) até mesmo às escolas de cursos preparatórios para
o saber (concursos ou técnicos) e de línguas estrangeiras.
Sabendo que o gerir instituições de ensino é mais do que gerenciar e tomar
decisões burocráticas, tentaremos elucidar um pouco do que estes
profissionais vivenciam em seu dia-a-dia e como está proposta, na atualidade o
papel do Gestor Escolar e o cargo que ocupa.
Explicitaremos neste artigo o conceito sobre o que é a Gestão Escolar, como
funciona, vantagens e seus pilares, de que forma é possível auxiliar todos os
segmentos da instituição de ensino, aqui englobadas todas elas.
Como poderemos formar cidadãos capazes e independentes com instituições e
metodologias falidas, voltadas para uma centralização arcaica e centralizada?
Por este pensamento é que o gestor escolar tem que liderar e supervisionar o
processo educacional como um todo. Então é importante que este profissional
tenha visão ampla da instituição em que está inserido, o meio e, principalmente
deve ter noções de administração financeira, acadêmica e pedagógica, além da
consciência da missão da escola ou curso.
Outra questão que é preciso diferenciar quando se fala em Gestão Escolar é
quanto à característica administrativa, isso se deve ao fato de uma escola (ou
instituição educacional) ser pública ou privada, pois pode implicar em algumas
diferenças, principalmente na obtenção de recursos, captação de alunos e a
manutenção da estrutura. Cada uma dentro de seu status.
O gestor público depende de políticas governamentais onde está inserida
(municipal, estadual ou federal) para obter verbas e, então poder tomar as
decisões relativas às compras, reformas ou melhorias estruturais. Já o gestor
educacional do setor privado tem mais agilidade nesse processo, podendo
tomar decisões de maneira independente.
Outro fator a se considerar é que a escola pública tem uma comunidade
específica onde está inserida e a qual atende. Na outra ponta, a escola privada
tem que se preocupar com as estratégias para captar alunos, morem onde
morarem.

Como caracterizar a Gestão Escolar

O modelo educacional adotado pelas instituições de ensino ou gestores


públicos, através de seus secretários municipais, assessores pedagógicos e
estudiosos ditarão a forma e o modelo de ensino a ser aplicado, cabendo então
à escolha de Gestão Escolar.
Lembrando que deve ser levado em conta o intuito de impulsionar e coordenar
diferentes dimensões das habilidades, dos talentos e, da competência
educacional de cada profissional lotado na instituição como meta de aprimorar
o ensino e ensinar os estudantes (discentes) aquilo que lhe é ministrado
paulatinamente pelos professores/educadores.
O conceito Gestor Educacional (ou Gestor Escolar) é diferente de
“administrador acadêmico” ou “administrador escolar”.
A gestão escolar tem como premissa básica aplicar princípios e estratégias
essenciais para ampliar a eficácia dos processos dentro da instituição
promovendo consistente melhoria do ensino ofertado aos estudantes.
Ao longo dos tempos é possível vislumbrar em determinadas escolas públicas
(municipais ou estaduais) gestões desenvolvimentistas, tanto em termos
disciplinares, de envolvimento da sociedade e do ensino, elevando a escola a
patamares de excelência e formadora de cidadãos conscientes e participativos,
enquanto outras são referências de péssima qualidade, sem estrutura, corpo
docente desmotivado e sendo exemplos de serem extintas devido ao seu
casuísmo.
Mas, a que se deve esta diferenciação? Metodologia, competência
administrativa, modelo educacional ou liberdade exagerada?
Como disse Pretto (2007), o desequilíbrio nos coloca em risco, mas nos
impulsiona para o movimento, dos corpos e da sociedade, na busca de outros
valores diferentes destes “postos como inexoráveis pela sociedade capitalista e
pelo neoliberalismo” (p.146/147).

“Enquanto na velha ordem capitalista o sistema de


educação estava orientado para a formação de uma
força de trabalho disciplinada e confiável, a nova
economia global exige trabalhadores que possam
aprender rapidamente e que sejam capazes de
trabalhar em equipe de uma maneira confiável e
criativa. Ao nível da consciência social, a mudança
mais significativa que todas estas transformações
acabaram trazendo foi em relação ao modo como
vemos a realidade e não de como dela participamos.
Prova disso é que a sociedade, de uma forma geral,
tem uma maior consciência de sua realidade do que
tinha há alguns anos atrás. Apesar disso, ainda não
descobriu, ou pos em prática ações mais efetivas
para transformá-la. Sabe-se também que o
autoritarismo, a centralização do poder de decisão e
o conservadorismo, além de ultrapassados,
conduzem ao desperdício, ao imobilismo, a
desresponsabilização e, em última instância, à
estagnação social e ao fracasso de suas instituições.
Infelizmente ainda é comum observamos práticas
com estas características dentro e fora dos sistemas
educacionais”.
Hora, Dinair L. - Gestão Democrática na Escola:
artes e ofícios da participação coletiva.
Campinas, SP: Papirus, 1994.

É importante levarmos em conta que a simples existência abstrata da


possibilidade de participação nas decisões e da autonomia de escolha podem
trazer consequências destrutivas ou inovadoras ao processo educacional.
Cada uma dependendo apenas da dose e da metodologia empregada em sua
concepção.
Se os processos de participação adotados forem controlados e limitados por
sistemas e metodologias dominadoras, como nos casos municipais, onde,
secretários e prefeitos 9bem como vereadores) temem perder o controle ou
encontrar novos líderes, sucumbem às doutrinações a escola, o professor, o
diretor, a secretaria de educação.
Esse sistema dominador de diminuição nos municípios jamais será desfeita a
relação dominante-dominado.
Mesmo que, ao dominado seja dado o direito de escolher ou participar, sempre
existirá um forte poder de dominação daquele que elevou o funcionário (ou
servidor) ao cargo diretivo, na medida em que tal situação evidencia
claramente uma incongruência entre teoria da participação autônoma e prática
não autônoma.
A independência que se projeta e almeja nas instituições educacionais em
sistemas governamentais dominadores sempre invocam um processo e de
uma experiência de participação autônoma que implique no exercício da
reflexão crítica, nas escolhas e nas tomadas de decisões, sendo esta condição
indispensável para que um ideal de cidadania se concretize, mas que, na
realidade, são apenas fantasiosas e fictícias.
É bom ressaltar que a transformação educacional pelas quais o mundo atual
vem passando e que tem sido denominada de globalização, é um construto
social que tem sido analisado de forma crítica e equivocada.

Muitos veem a globalização como aumentando a


homogeneidade das sociedades (...). Para outros,
ainda, a globalização é o desenvolvimento do poder
por corporações multinacionais e estados, ao passo
que outros veem na globalização o centro da ação
ambiental, da democratização e da humanização.
Alguns veem o conceito de globalização como uma
cilada para ocultar os efeitos do imperialismo ou da
modernização, enquanto outros pretendem que a
modernização haveria de inaugurar uma nova “era
global”, diferente da “era moderna”. Além do mais,
enquanto alguns teóricos pretendem que a
globalização seja o conceito que define uma nova
época na história da humanidade, outros são de
opinião contrária, pretendendo que tenha sido
exagerado o caráter novo e central da globalização.
(TORRES, 2001 p.87).

Ao definir a gestão como elemento prioritário para a implementação das ações


de uma instituição privada ou pública, a escola deve adquire sua capacidade
de concentrar no desenvolvimento de seus alunos como adquirentes do saber,
bem como no crescimento pessoal, da coordenação e organização das
condições básicas para afiançar um progresso contínuo.
A Educação sempre é atribulada com constantes transformações, ora se
renovando, ora retroagindo, algumas com o objetivo de acompanhar as
mudanças ocorridas na sociedade ou, simplesmente, quando o administrador,
acata o pensamento do governante. Segundo Gadotti (2005, p. 56), a
Educação Brasileira precisa ser reconstruída, “Estamos num momento em que
o educador brasileiro precisa, urgentemente, pensar na reconstrução da
educação brasileira, passo a passo com a reconstrução da própria sociedade
brasileira”
Apesar de todo esforço dos Gestores Escolares, para o desenvolvimento de
um trabalho organizado, democrático e com maior participação social, nas
Instituições, é nítida a divisão existente entre o trabalho realizado pelas
Equipes Pedagógicas e as Equipes Administrativas.
Contudo, o ideal seria que ambas trabalhassem em conjunto, visando agilizar
os serviços, evitando assim as falhas quanto a vida escolar dos alunos e
consequentemente contribuindo para um ensino de qualidade.
Considerando o que está explícito no Plano Nacional da Educação (PNE), a
educação pública deve ter como princípio a gestão democrática e a melhoria
da qualidade de ensino. No entanto, na maioria das escolas públicas, gerir um
estabelecimento de ensino com princípios democráticos, é o mesmo que
assumir atitudes e ações que propiciem as condições necessárias, levando a
comunidade escolar a participar das decisões a serem tomadas na escola,
desde que cada sujeito tenha clareza de seu papel, enquanto participante
dessa comunidade.
Mas, contudo, a realidade é outra. Os prefeitos e secretários municipais
enxergam as instituições educacionais locais como redutos políticos a serem
dominados e rebaixados a locais de formação e ampliação de suas bases
eleitorais, o que não deveria ser e nem ocorrer.

Problemas nos processos gerenciais

Durante a pesquisa para o Trabalho de Conclusão de Curso do Grupo


Educacional Ibra foi possível avaliar e concluir que algumas escolas possuem
certa fragilidade em relação às decisões tomadas pelos Setores
Administrativos e Pedagógicos, que vão desde a efetivação da matrícula dos
alunos realizadas nas Secretarias Escolares, o devido encaminhamento
pedagógico incluindo dificuldades apresentadas pelos profissionais destes
setores durante o processo de ensino-aprendizagem.
Foi possível vislumbrar que algumas decisões tomadas, sem a consulta prévia
a outros setores da instituição geravam problemas maiores e mais difíceis de
serem resolvidos, em relação à vida escolar/acadêmica dos alunos.
Falhas que poderiam começar no registro dos documentos pessoais e os
devidos encaminhamentos pedagógicos, que, em alguns casos, provocaram
constrangimentos entre os referidos setores e consequentemente,
irregularidades na documentação escolar dos estudantes, implicando, em
algumas situações na montagem de processos para Regularização da Vida
Escolar dos alunos.
Em muitos casos e cidades, esses processos são demorados, trabalhosos e
casos especiais são encaminhados para a Secretaria de Estado da Educação,
que, em sua maioria, ficam nas capitais dos estados. Cabendo aos
trabalhadores destas pastas, serem os responsáveis por análises e pareceres
da Coordenação de Documentação Escolar (CDE), provocando desgastes para
todos os envolvidos (escolas, servidores, alunos e pais).
Verificamos que, estudos e pesquisas de conclusão de curso feita por
estudantes de outras instituições ou mesmo pesquisadores da Gestão Escolar,
apontaram o esforço de alguns Gestores Escolares na tentativa de desenvolver
um trabalho mais organizado, democrático e com maior participação social.
Estas análises apontaram que mesmos estas tentativas, como no Ensino
Público no Estado do Paraná, ainda são nítidas as divisões existentes entre o
trabalho realizado pelas Equipes Pedagógicas e as Equipes Administrativas.

Projeto político-pedagógico

Antes de mais nada, é preciso que o administrador de uma cidade, ou estado,


ou mesmo o ministro da Educação promova dentro de suas respectivas áreas
de atuação e instituições a que estão diretamente responsáveis, que ofereçam
oportunidades para que os gestores escolares trabalhem um projeto político-
pedagógico amplo e sem restrições com o objetivo de oferecer ao aluno-
estudante a melhor forma de aprendizagem.
Mas, o que vem a ser o projeto político-pedagógico? Nada mais, nada menos
do que um conjunto de metas e aspirações que a escola precisa cumprir (em
curto, médio ou longo prazo), bem como propiciar ao gestor escolar (e seus
comandados) meios para concretizá-las.
Este projeto precisa ser completo, flexível e que permita adaptações suficientes
para não restarem dúvidas e se adequarem às necessidades dos alunos.
Essa ferramenta de planejamento deve ser sempre consultada e, assim como o
Plano de Gestão, se estiver desatualizada, é necessário que seja resgatada e
reestruturada.
Esclarecida a importância de gerenciar bem a escola e ter um Plano de Gestão
Escolar, na atualidade é preciso um software para auxiliar os profissionais a
fazer o acompanhamento do projeto e colocá-lo em prática!
Ressalta-se aqui que, as instituições educacionais possuem características
peculiares que as diferenciam das empresas convencionais, uma vez que deve
considerar que a práxis envolve diretamente o desenvolvimento do ser humano
quando colocado sob determinado nível de stress ou habitat em que reside,
podendo influir em sua maneira de assimilar o aprendizado oferecido, mas
adaptando-se ao meio em que vive, aqui englobando lar, bairro, cidade.
Uma escola que organiza sua atividade com totalidade integrada, participação
aberta de todos envolvidos (pais, alunos, professores, corpo funcional da
escola) pode tornar as qualidades individuais mais explícitas e dimensionadas
na perspectiva do todo organizacional.
Ressalta-se que, quando todos envolvidos na instituição educacional trabalham
para uma aprendizagem focada no aluno, com regras claras, estrutura
apropriada e adaptada, dividindo a responsabilidade do educar constante e
com processo integralizado, contendo a participação ativa dos pais e
servidores na escola os resultados são profícuos e possuem resultados
alentadores.
Conforme Libâneo (2001, p. 25), “Uma das funções profissionais básicas do
professor é participar ativamente na gestão e organização da escola
contribuindo nas decisões de cunho organizativo, administrativo e pedagógico
– didático. Para isso, ele precisa conhecer bem os objetivos e o funcionamento
de uma escola, dominar e exercer competentemente sua profissão de
professor, trabalhar em equipe e cooperar com os outros profissionais”.
Isso nos remete ao fato de que a participação nos processos de gestão da
instituição educacional moderna (pública ou privada) não é apenas de
dominação geral do diretor, detentor das chaves, mas quando todos
contribuem para que a escola seja administrada de forma humana, que os
profissionais e estudantes interajam entre si e sobre si, operando através de
processos organizativos próprios, construindo-se pela participação do todo.
Vale lembrar, e destacar, que todo participante de um meio, incluindo o escolar,
que ajuda a construir práticas não autoritárias, desenvolve melhores formas de
organização, pois cada integrante consegue coletivizar suas melhores
habilidades, resultando em ação conjunta da Gestão Escolar.

Processos ou subdivisões da Gestão Escolar


Alguns estudiosos sobre Gestão Escolar (ou Gestão Educacional,
Administração Escolar) adotam áreas da aplicabilidade.
Para uns, deve ser dividida em seis frentes, ou áreas, enquanto outros
enxergam sete ou mais.
Aqui, analisamos que a Gestão Escolar se baseia na articulação dos “Pilares
da Gestão”, cabendo ao gestor que tenha, e detenha controle sobre cada um
deles: e assim que se torne possível, garanta o bom funcionamento da escola
que administra.
Para alguns estudiosos do tema, se subdivide em Gestão Escolar
Administrativa; Gestão Acadêmica e Pedagógica; Gestão Escolar Financeira;
Gestão de Pessoas; Gestão da Comunicação; Gestão de Tempo e Processos
e, alguns estudiosos inserem o Controle Acadêmico Escolar e a Gestão de
Patrimônio (aqui incluso apenas a estrutura física, prédios e os bens móveis
em seu interior).

Gestão Escolar Administrativa

Para que se tenha um plano pedagógico de boa qualidade e com resultados


expressivos é importante adotar uma Gestão Administrativa comprometida com
os custos deste processo educacional e que permita aos envolvidos (docentes
e funcionários) a utilização correta destes recursos físicos e financeiros que a
instituição possua.
Para um funcionamento adequado de do departamento burocrático de uma
instituição, aqui se enquadram as pessoas da administrativa requer um
aperfeiçoamento dos serviços escolares, manutenção do patrimônio e controle
das finanças.
O gestor necessita que a equipe forneça relatórios precisos sobre a
adimplência dos alunos e estratégias econômicas e administrativas ligadas ao
planejamento pedagógico, no caso da escola privada, enquanto a pública deve
constar fatos, procuras e problemas relatados por pais, alunos e profissionais
da escola.
Desta maneira, o gestor escolar se torna responsável por alinhar os diversos
setores de maneira que interajam para se ajudarem, convergindo para um bem
comum.
Assim, as informações fornecidas deverão ser distribuídas para as equipes
internas, de modo que todos colaboradores possam visualizar os objetivos e
metas, além do cumprimento das metas.

Gestão Acadêmica e Pedagógica

Um dos processos de grande, e não menos importante em uma escola pública


ou privada é o aluno/estudante e o valor e importância que se dá ao ambiente
escolar, escolha e motivação das turmas.
Esta formação, a forma de organização e como se controla estas são
essenciais para que as aulas sejam bem-sucedidas, os professores estejam
motivados e, principalmente, os alunos possam ter maior aprendizado.
Quem está alheio ao processo educacional pode acreditar que a formação de
turmas não possui traços definidos e que tudo é realizado aleatóriamente, mas
não funciona assim.
Essa atividade obedece a alguns critérios específicos e avaliados com
antecedência pelos profissionais do setor.
As turmas, preparadas e divididas no começo de cada ano tendem a ser
modificadas ao longo dos meses, mas não é usual. Algumas motivadas a
pedido de alunos e outra por causa da disciplina ou ara que se mantenha a
ordem na relação e interação entre docentes e discentes (professores e
alunos).
Para que cada aula possa apresentar os resultados almejados e positivos, é
necessário que ocorra uma etapa preparatória consistente e que se utilize a
metodologia adota pela instituição. Assim, por mais que cada aula tenha uma
realidade única e específica, é necessário que ocorra sua prévia avaliação,
consistência e que o educadora preveja todos os desdobramentos que possam
advir. Portanto, é crucial a existência de um planejamento escolar tão
minucioso quanto possível.
Avaliando, nos escritos e estudos apontados no decorrer da preparação deste
TCC foi possível vislumbrar que a Gestão Acadêmica e Pedagógica se torna o
primeiro sustentáculo da Gestão Escolar como um todo, afinal é ela que lida
diretamente com a etapa ensino-aprendizado.
É preciso conseguir fazer com que os profissionais do ensino e a comunidade
escolar assumam esse compromisso como o objetivo de promover uma
melhora na educação e no despertar no professor a vontade de ensinar. mas
no aluno a vontade de aprender.

Gestão Escolar Financeira


Quando um professor se candidato ao cargo administrativo de uma escola,
principalmente a pública, deve ter em mente que será o responsável pela
gestão financeira, lembrando-se que os recursos financeiros serão pequenos e
todas as ações dependerão do Poder Executivo, Municipal no caso das escolas
municipais. Estadual no caso das estaduais e União, no caso das federais. Só
que, nestas últimas a gestão financeira é independente e uma dotação
orçamentária anual, dando maior liberdade administrativa.
Portanto, ao assumir a direção é necessário ter em mente que todas as ações
e decisões que tomar devem seguir os princípios que regem a gestão pública e
voltadas às necessidades da comunidade escolar, seja no setor administrativo
ou pedagógico.
Quanto à Gestão Financeira de uma escola privada será tratada mais à frente,
mas neste tópico.
A descentralização dos recursos financeiros das escolas públicas tem como
objetivo possibilitar a autonomia das escolas na decisão da utilização desses
recursos, conforme as necessidades e realidades do meio onde estão
inseridas, e a responsabilidade pela prestação de contas de seu uso.
O gestor deve entender que uma instituição educacional tem como objetivo
transmitir conhecimento, mas ela não deixa de ser um negócio como qualquer
outra pessoa jurídica.
Nunca se esquecer que existem funcionários, contas de água e energia, gastos
de secretaria e que, muitos produtos e suprimentos não chegam a tempo e à
hora em que se necessitam. Portanto é preciso ter uma reserva monetizada
para que se use nestas ocasiões.
A contabilidade precisa estar devidamente organizada.
É ela quem mostrará, de forma sistematizadas se os procedimentos
administrativos relacionados ao gerenciamento financeiro da organização estão
dando certo.
Por isto recomenda-se aos gestores um livro caixa com entradas e saídas de
recursos com mecanismos de análise e controle.
Entende-se que toda escola (pública ou privada) necessita controlar seu
capital.
Gastos com despesas recorrentes, referentes à manutenção do dia a dia,
despesas de capital, como compra de equipamentos ou execução de obras e
outras particularidades de cada instituição de ensino precisam ser monitorados.
Assim, o controle de fluxo de caixa é uma ferramenta de suma importância na
gestão financeira para escolas. Ela gerencia os valores, mas também as datas
de entrada e saída do dinheiro.
Os passos para esta conquista devem seguir cinco tópicos elementares:
redução de custos; Controle de despesas; Cobrança; Gestão de caixa;
Inadimplência na escola.

Dicas para economizar na instituição educacional

Consumo de papel e energia elétrica de impressoras.


Enquanto não se informatiza todo o procedimento educacional com utilização
de tablets, notebooks, e-books e computadores em salas de aula é parte que
deve ser levada em conta.
O uso consciente da água, evitando desperdícios e laçando campanhas entre
alunos e professores, servidores e visitantes é importante.
Uma boa escola possui diversos banheiros. Muitos prédios são antigos e não
têm torneiras inteligentes. ´comum que o setor de manutenção deixe a desejar
e, torneiras e vasos passem a vazar água, aumentando o consumo e, por
conseguinte, as despesas.
Outra despesa que pesa na conta final da escola é com a energia elétrica.
Portanto elaborar meios de aproveitamento da claridade com janelas que
deixem transparecer a luz do sol, sem afetar os alunos é interessante.
Assim, economizar energia elétrica é fundamental.
Professores devem utilizar pátios e espaços abertos para fazer diversas
atividades que não sejam somente ligadas à educação física.
Solicitar a troca de lâmpadas comuns por LED é uma ótima ideia.

Gestão Financeira em Escola Particular

Uma escola privada surge para ser modelo pedagógico e ter uma boa
administração administrativa e financeira, oferecendo o melhor sistema
educacional, bons professores e um sistema quase infalível de ensinar.
Se a instituição está em início de sua própria formação, possui poucos alunos e
precisa se impor perante o mercado é provável que essas tarefas gerenciais de
recursos sejam responsabilidade de uma ou mais pessoas, em alguns casos
de uma empresa terceirizada. Em geral, uma estrutura de gestão financeira
escolar envolve os seguintes personagens: Diretor; Equipe administrativa;
Equipe financeira e Secretaria.
O responsável pela parte financeira da escola tem diversas atribuições, tarefas
que dependem diretamente da sua atuação e façam parte da rotina de
trabalho. O planejamento financeiro deve ser definido em conjunto com os
membros da equipe gestora, o investimento dos recursos financeiros da escola.
Para que este encarregado ou pessoas possam administrar o orçamento da
instituição é importante que se organize o fluxo de caixa de forma que a
instituição educacional não sofra nenhum impacto seja de maneira sazonal ou
por algum problema extemporâneo.

Pontos importantes

É necessário que os membros atuem em conjunto uns com os outros


garantindo a captação e permanência de alunos.
Manter a rotina de pagamentos dos funcionários e fornecedores em dia,
mantendo um bom relacionamento.
Fazer uma prestação de contas dos gastos diários, semanais e mensais.
Inovar no sistema de cobrança com o envio de boletos (para pagamento das
mensalidades).
Executar medidas para o controle da inadimplência escolar.
Gestão de Pessoas

Com respeito à gestão de recursos humanos na escola, evidencia-se a análise


da gestão escolar participativa, desenvolvendo um trabalho conjunto através de
reuniões e seminários nos quais as capacidades de cada integrante são
explicitadas e integradas à ação global da Gestão Escolar. Nesta estrutura
organizacional, a integração do todo da equipe escolar valoriza as
potencialidades de cada componente. Os gestores escolares entrevistados
enfatizam que todas as áreas são interligadas e envolvidas para uma tomada
de decisões adequadas que possibilitam o desenvolvimento da aprendizagem
e do conhecimento na perspectiva da interdisciplinaridade. Buscam, também,
integrar as diferentes habilidades e as atividades do calendário escolar através
de projetos desenvolvidos pela escola.
O que é a gestão escolar online
A gestão escolar online é a administração da educação utilizando tecnologias
da informação. O gestor pode usar a internet para gerenciar a secretaria de
educação, escolas, alunos e professores. Existem alguns equipamentos e
sistemas que podem ajudar na gestão escolar conectada, como:

Entre os tipos de gestão escolar existe a participativa. A gestão escolar


participativa é aquela em que a comunidade participa ativamente do
planejamento, execução e fiscalização dos gastos dos recursos da escola. As
decisões são tomadas pelo conselho escolar, formado por representantes dos
pais, alunos, professores, coordenadores, secretários e diretores escolares.

O que é gestão escolar democrática


A gestão escolar democrática tem como principio a participação de toda a
comunidade escolar na gestão da instituição de ensino. Isto requer o
envolvimento de pais, alunos, professores, diretores, coordenadores
pedagógicos, secretários escolares, secretários de educação e até prefeitos.

Os 7 pilares da gestão educacional


Para que seja viável a construção da autonomia em todos os sentidos
(financeiro, acadêmico, pedagógico, redução de custos, otimização de
processos, aproveitamento do tempo etc.), a gestão escolar pode se assentar
em 6 pilares norteadores, capazes de trazer autonomia em todos os sentidos.
Veja quais são eles:

1. Gestão pedagógica da escola


Esse é o pilar mais importante de todos. Ele deve ser a prioridade máxima da
instituição, uma vez que está direta e intimamente ligada à atividade-fim da
empresa. Sendo assim, a gestão pedagógica está relacionada a elementos de
máxima relevância, tais como:

GESTÃO PEDAGÓGICA: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA FAZER (Leia para


saber mais sobre o assunto)
planejar e organizar o sistema educacional;
gerir os recursos humanos;
melhorar as práticas educacionais;
aprimorar as metodologias de ensino;
elaborar e implementar projetos pedagógicos;
definir metas para otimizar a relação de ensino/aprendizagem.
2. Gestão administrativa da escola
O objetivo principal da gestão administrativa da escola é gerenciar os recursos
materiais, físicos e financeiros da instituição.

A gestão é responsável por cuidar do patrimônio e assegurar a coerência de


sua utilização. Para garantir que sua atuação seja exemplar, é imprescindível:

Manter um estado de constante atenção às normas e leis educacionais;


Prezar pela manutenção dos bens da empresa;
Ter atenção com as atividades rotineiras da secretaria (e de outras áreas) e
com operações pertinentes, de forma a ensejar um melhor trabalho do corpo
docente.
3. Gestão financeira da escola
A funcionalidade da gestão financeira escolar consiste em gerir os recursos
financeiros. Fica sob sua alçada, por exemplo, realizar um levantamento de
todas as receitas e despesas, definir o destino dos recursos, fazer a
distribuição apropriada do dinheiro de acordo com as demandas de cada
atividade e setor etc.

A gestão escolar financeira competente é aquela capaz de garantir que todos


os setores tenham suas demandas atendidas e possam funcionar de forma
plena e satisfatória, contribuindo para que a organização alcance seus
objetivos de negócios.

4. Gestão de recursos humanos da escola


Obviamente, a sua escola apresenta uma preocupação contínua com os seus
recursos humanos. A gestão de RH envolve lidar com o corpo docente, o corpo
discente, os pais e os funcionários.

O setor de recursos humanos deve prezar por uma boa relação com todo esse
contingente de pessoas ligado direta e indiretamente aos processos da
instituição. Contudo, o foco deve ser majoritariamente o engajamento e a
motivação dos colaboradores, para que eles possam desenvolver as
habilidades necessárias para a obtenção de um melhor desempenho da
escola.

5. Gestão da comunicação da escola


A gestão de recursos humanos e a comunicação estão, de fato, conectadas
uma à outra. Mas esta última diz respeito somente à comunicação realizada
internamente na instituição.

Ela trata também da comunicação feita para além dos muros da escola, ou
seja, com a comunidade exterior, com o “público”.
6. Gestão de tempo e qualidade do ensino
Por gestão do tempo, entendemos aqui o ato de estimular e proporcionar que
todos os setores tenham condições de aumentar a produtividade. E, também,
de fazer com que os procedimentos internos apresentem um elevado nível de
excelência.

Nesse caso, os gestores devem organizar e coordenar o trabalho, de modo que


a equipe obtenha um ótimo desempenho e, consequentemente, reduza
ineficiências.

7. Controle acadêmico escolar


O controle acadêmico faz referência à gestão dos alunos, englobando:

Gestão de matrículas dos alunos


Gestão de documentos dos alunos
Gestão de transferência e remanejamento de alunos
Gestão das turmas dos alunos
Gestão dos diários dos professores
Gestão das notas dos alunos
Gestão da frequência dos alunos
Gestão da carga horária dos alunos
Gestão dos conteúdos ministrados pelos professores

Livros sobre gestão escolar


Separamos os 7 principais livros sobre gestão escolar:

1. Organização e Gestão da Escola – Teoria e Prática

6ª Ed. 2013, Libaneo, Jose Carlos, Heccus Editora


2. Liderança em Gestão Escolar

Série Cadernos de Gestão – Vol. IV, Luck,Heloisa

3. Gestão Democrática na Escola

Hora, Dinair L. Da PAPIRUS

4. Gestão da Cultura e do Clima Organizacional da Escola

Série Cadernos de Gestão – Vol. V, Luck,Heloisa

5. A Gestão Participativa na Escola

Vol. III – Série Cadernos de Gestão Luca,Heloisa H. Paiva de

6. Gestão Democrática da Escola Pública

4ª Ed. 2016, Paro, Vitor Henrique

7. Gestão Escolar – Perspectivas, Desafios e Função Social

Monteiro,Eduardo / Motta,Artur

Planejamento estratégico para a gestão escolar


Atualmente, o planejamento estratégico tem sido bastante utilizado por
gestores escolares nas mais diversas instituições de ensino como uma forma
de obter sucesso, visando maximizar os resultados.
O planejamento estratégico trata-se de um instrumento de extrema importância
para a gestão escolar, pois é uma ferramenta empresarial a fim de traçar um
rumo a ser seguido, com objetivos claros e específicos para que eles sejam
alcançados dentro de um determinado tempo estabelecido. Deve-se levar em
consideração as limitações do mercado escolar e da empresa, bem como as
ameaças, dificuldades, oportunidades, etc.

Com o uso da tecnologia, todos os setores da escola podem obter um aumento


expressivo em sua capacidade produtiva e na agilidade operacional. Isso,
invariavelmente, impacta positivamente a instituição, tanto no ambiente interno
quanto no externo.

Na gestão das escolas, os profissionais envolvidos devem acompanhar de


perto o que de mais importante acontece em todas as áreas. É necessário
estar ciente de pontos como:

Iniciativas dos professores;


Aspectos essenciais de cada planejamento pedagógico;
Formas com que estão sendo executadas as decisões anteriormente tomadas;
Registros em diários;
Desempenhos dos alunos etc.
Reduzir os gastos é um dos objetivos centrais de qualquer negócio. E, com
uma escola, não deve ser diferente.

Todavia, algumas instituições resolvem priorizar investimentos na


modernização da estrutura, por meio da aquisição e posterior implantação de
diversas soluções tecnológicas (talvez as mais importantes, nos últimos
tempos, sejam as que apontam no sentido da automação).

O intuito é melhorar os processos de trabalho e empreender melhorias: tudo


isso por meio de sistemas de gestão. Pensando nisso, separamos para você as
vantagens centrais da implantação do sistema de gestão nas escolas.
Acompanhe:
1. Otimização de tempo e processos
O sistema de gestão nas escolas permite que todos os dados sejam
integrados, armazenados e organizados de forma inteligente. Dessa forma, é
possível agilizar as atividades, o que resulta em uma economia de tempo.

Como consequência, os processos pedagógicos adquirem um dinamismo


enorme, uma vez que o sistema de gestão confere maior praticidade às
operações.

2. Eliminação do retrabalho
Quando não são registradas corretamente ou são insuficientes, pode haver
muita confusão no manejo das informações. E, consequentemente, as ações
executadas a partir delas incorrerão em erros e falhas mais ou menos graves e
danosas à empresa.

Esse tipo de situação gera a necessidade de retrabalhos, implicando em perda


de tempo e energia (preciosos recursos que poderiam ser mais bem
empregados). Há também uma queda nos níveis de produtividade.

Com o software de gestão educacional — em virtude, principalmente, da


integração dos dados —, o retrabalho é eliminado. E isso resulta na otimização
de procedimentos internos.

3. Maior acessibilidade das informações


Nos moldes tradicionais de gestão, sempre que uma informação é requerida, é
preciso recorrer pessoal e diretamente aos setores responsáveis, que, por sua
vez, devem interromper suas atividades correntes para atender a essa
demanda.

Com o auxílio do sistema de gestão para escolas, as informações (como a


quantidade de faltas e o boletim do aluno) são devidamente digitalizadas e,
portanto, podem ser facilmente acessadas, de forma rápida, simples e segura.
4. Facilidades operacionais
O sistema integrado permite ao quadro de funcionários e aos gestores estarem
a par da situação de cada aluno não somente em termos acadêmicos, mas
também na questão dos débitos, o que contribui com o controle de eventuais
situações de inadimplências. De fato, as questões burocráticas podem obter
um grande auxílio em suas resoluções.

5. Padronização dos processos da escola


Quando os processos da escola seguem um padrão bem específico, são
otimizados os recursos, o tempo, as atividades e assim por diante. A
padronização de todos os processos é algo proporcionado pelo sistema de
gestão escolar.

6. Gestão escolar administrativa


A gestão educacional, com o auxílio de um sistema eficiente, se torna uma
ferramenta valiosa na coordenação das práticas administrativas. Os objetivos
centrais devem ser os seguintes:

Articular e integrar os diferentes setores que compõem uma escola


(administrativo, financeiro, recursos humanos etc.);
Ampliar a comunicação entre alunos e professores;
Mesclar os dados de forma a embasar as tomadas de decisões;
Analisar com maior profundidade diferentes contextos e cenários.
7. Organização e análise de dados
Um sistema de gestão de escolas que realmente possua um bom nível de
excelência possibilita, a todos os setores da escola, altos níveis de integração e
agilização de atividades importantes, tais como:

Diminuição de custos;
Controle de débitos;
Captação de novos alunos;
Melhorias nas práticas educacionais;
Atividades de faturamento e orçamento;
Armazenagem de dados, entre outras.
8. Implementação de equipes de alta performance
Um dos mais incríveis proveitos proporcionados pela gestão da educação é o
incentivo à qualificação da equipe de profissionais que compõe a instituição.
Não somente em relação ao conjunto do corpo docente, mas todo o
contingente de funcionários que trabalha na escola em questão, sobretudo os
pertencentes ao setor administrativo.

Tal setor é, portanto, essencial, uma vez que se encontra sob sua ação direta o
oferecimento de suporte para as demais áreas. Se ele funciona bem, as
atividades prioritárias (ligadas às questões educacionais e pedagógicas)
conservam maiores chances de sucesso, uma vez que o conjunto de
colaboradores exibe melhor desempenho e produtividade.

9. Investimentos contínuos
Quando os investimentos são devidamente planejados e adquirem um ritmo
constante, sobretudo no setor administrativo, a instituição colhe os frutos de um
quadro de colaboradores mais qualificado. Outra consequência é a aquisição
de equipamentos e sistemas que contribuem com a execução de tarefas
variadas.

10. Otimização de recursos


Todos os projetos de cunho educacional elaborados pela escola não funcionam
sozinhos — e seus reflexos e impactos não são perceptíveis apenas nas
questões propriamente pedagógicas.

Quando um projeto se mostra exitoso, esse sucesso é capaz de influenciar de


modo positivo o setor administrativo. Ele também contribui decisivamente para
gerar uma receita maior do que aquela que seria alcançável antes de sua
implementação.

Por outro lado, quando os planos educacionais e os projetos pedagógicos não


dão certo, um impacto negativo pode ser acusado por essa área. E,
concomitantemente, poderá acarretar em perda de receita e desperdício de
recursos.
Com a implementação da gestão educacional, porém, as reverberações de sua
influência podem ser sentidas, em larga escala, também sobre o setor
administrativo. Isso porque há um processo gradual de otimização de recursos
e geração de novas fontes de maiores receitas para a escola.

11. Comunicação mais efetiva


Independentemente das particularidades de cada equipe de trabalho, ela
sempre funcionará melhor e produzirá mais resultados quando a comunicação
entre os membros for, de fato, eficiente. Para atingir esse objetivo, as reuniões,
os treinamentos e os feedbacks são indispensáveis na definição de padrões de
trabalho e da conduta profissional.

Além disso, estruturar os processos de modo mais organizado e inteligente,


com a assistência facilitadora das tecnologias, gera interações mais eficientes
no ambiente de trabalho.

12. Gestão de turmas e planejamento escolar

Além de planejar o conteúdo a ser abordado, é preciso pontuar qual a linha de


raciocínio, os objetivos a serem alcançados, as atividades a serem feitas, as
avaliações e assim por diante. Todos esses tópicos devem ser considerados
como interligados e interdependentes em relação à gestão da escola.

Por quê? Bem, porque toda escola deve elaborar o planejamento escolar
pensando cuidadosamente no sistema de ensino que pretende aplicar, ter
claros os princípios, valores e missão da instituição, elaborar projetos
pedagógicos etc. Todos esses elementos nortearão a preparação das aulas e a
gestão das turmas.

São definidos, nesses processos da gestão escolar, quais conteúdos podem e


devem ser apresentados para cada uma das turmas, de acordo com a série em
questão, além de abordagens e metodologias próprias a cada uma de suas
necessidades específicas.
Os conteúdos e as abordagens das disciplinas para o 6º ano do ensino
fundamental, por exemplo, são diferentes daqueles que serão destinados aos
alunos do 3º ano do ensino médio. Não apenas as matérias são distintas, mas
o grau de aprofundamento e a metodologia de ensino também.
Tudo isso pode (e deve) ser delimitado nos planejamentos e nas definições de
estratégias das reuniões de gestão escolar. Os professores devem se sentir à
vontade e com toda a liberdade e autonomia, mas também precisam, de certa
forma, estar em consonância com aquilo que foi deliberado.
Além disso, como mencionado, é fundamental a definição de critérios para a
formação das turmas, pois isso pode ajudar na dinâmica da sala de aula e,
desse modo, influenciar a aprendizagem de todos que a compõem.
O melhor modo de gerir as turmas, de maneira democrática e promissora, é
com base no princípio da diversidade. As turmas devem unir diferentes perfis
de alunos, isto é, tanto os indisciplinados quanto os que apresentam um bom
aproveitamento em notas, incluindo também os estudantes com necessidades
especiais.

Deve-se, ainda, juntar alunos que se relacionam bem e promover a separação


(no que se refere à montagem das turmas) daqueles cuja socialização vem a
desfavorecer ambas as partes, bem como o trabalho do professor e o
rendimento da classe.

Enfim, é necessário intervir ativamente na constituição das classes. Assim, é


possível favorecer e estimular o desabrochar de talentos e do potencial latente
de cada aluno.

13. Gestão de matrículas


Uma responsabilidade capital do gestor escolar diz respeito às matrículas dos
alunos. Essa é uma operação bem mais complexa e ampla do que se costuma
imaginar e demanda ações elaboradas e eficientes.

O processo de matrícula escolar deve proporcionar aos pais e alunos um


sistema eficaz, confiável e que se adapte às transformações e novas
realidades configuradas pelo mercado de trabalho. Além disso, ele precisa ser
qualitativamente positivo, inteligente e funcionar perfeitamente.

MATRÍCULA DIGITAL: ECONOMIA PARA A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO


(Leia para saber mais sobre o assunto)
Um elemento central para o crescimento da escola, em termos quantitativos, é
a captação de novos alunos. É muito importante que sejam encontrados meios
para se elevar o número de matrículas realizadas e, também, evitar que o
índice de evasão escolar aumente.

Em outras palavras, os gestores devem se empenhar não somente em


conseguir um número cada vez maior de matrículas, mas em assegurar que os
alunos matriculados não abandonem a escola e não deixem de pertencer ao
quadro regular. Deve-se garantira permanência deles na instituição.

Um dos modos de captar novos alunos é fazendo uma boa gestão das
matrículas. E, para garantir que isso aconteça, o uso de novas tecnologias
nesse processo pode ser uma ferramenta valiosa.

O sistema de matrículas da escola em questão deve estar sempre devidamente


atualizado, além de ser rápido e simplificado. A agilidade e a facilidade acabam
se tornando grandes atrativos para alunos e pais.

Se, por outro lado, o sistema de efetuação de matrículas se mostra


excessivamente burocrático, difícil de ser manejado, lento e obsoleto, pode
haver a perda de interesse na matrícula. E, inclusive, a visão que as pessoas
têm daquela escola pode ser afetada.

Em um mundo onde a tecnologia é cada vez mais presente e atuante, há uma


quantidade considerável de recursos disponíveis que podem solucionar com
louvor a questão das matrículas.

Um sistema de matrículas mais simplificado, sem burocracias desnecessárias,


eficaz, rápido e automatizado pode se tornar um diferencial gigantesco e
contribuir com a construção de uma boa reputação da escola perante o público.
E, é claro, o número de matrículas efetuadas na organização aumentará.

O sistema para a gestão de matrículas, além de todas as qualidades citadas,


deve também garantir que as informações sejam tranquilamente acessadas,
sem dificuldades ou demoras. É preciso fazer com que a troca de informações
ocorra sempre de forma segura, prezando pela proteção e pelo sigilo dos
dados armazenados.

Agende uma demonstração

A gestão escolar e o ensino de qualidade


Como observado, a gestão do ensino se apresenta como uma excelente
alternativa para proporcionar às instituições educacionais uma gestão eficiente
em todos os sentidos e aspectos possíveis. Tendo o aluno como foco, todas as
demais ações da escola podem e devem ser direcionadas à construção de um
ensino de qualidade.

Gestão escolar: entenda o que é e como desenvolver


Gestão Financeira

Gestão de Eficiência
O sonho de qualquer gestor é aperfeiçoar os processos administrativos. Para
isso, é necessária uma gestão eficiente do tempo utilizado em solicitações
cotidianas, evitando atrasos e processos mal planejados. Ou seja, a Gestão de
Eficiência é responsável por tornar os procedimentos menos burocráticos e
mais efetivos, e isso é feito pelo planejamento e controle das atividades
desenvolvidas na instituição.
Todos os setores são agentes de melhoria, mas é função do diretor e do
coordenador delegar e dar prioridades às tarefas que devem ser executadas —
como propor mudanças que diminuam o tempo de espera para efetuar
matrículas, por exemplo.
guia-planejamento-escolar

Como aperfeiçoar a Gestão Escolar


Embora muitas instituições de ensino realizem grandes esforços para captar e
reter alunos, várias ainda têm outras dificuldades, como a falta de controle
sobre a evasão escolar, processos que dificultam atividades como a realização
de matrículas, entre outras.

É comum que problemas como esses compliquem o gerenciamento


educacional, acarretando baixa conversão de alunos e erros sistemáticos que
podem comprometer as finanças da instituição. A automatização do sistema de
gestão é um trabalho árduo, mas que apresenta vantagens como:

alternativas que integram processos e departamentos;


análises gerenciais e do desempenho educacional;
motivação dos professores por terem seus processos mais automatizados;
transparência de dados como frequência dos alunos e aceitação dos planos de
aula;
progressão dos processos institucionalizados etc.
Todos esses fatores podem ser superados com auxílio de softwares de gestão,
que ajudam a reduzir custos operacionais, automatizar processos e reverter
situações como a inadimplência, o que facilita a tomada de decisão e
descomplica os atendimentos.

Os benefícios de um software de gestão escolar


Esses problemas enfrentados pelos diretores e gestores de um centro
educacional podem ser facilitados mediante a gestão qualificada com foco em
aceleramento de processos, com eficiência. Os softwares têm tornado o
trabalho educacional mais integrado aos demais setores, como administrativo,
financeiro e pessoal. Alguns dos principais benefícios são:

possibilidade de acompanhar os custos e recursos materiais;


visão geral da adimplência e inadimplência;
centralização dos contratos de fornecedores e alunos;
melhora na captação e retenção do aluno, por meio de análises como o
desempenho estudantil e adaptação ao plano de aula;
profissionalização de processos institucionais.
Além de todas as vantagens, investir em um software focado em gestão
educacional leva a uma melhoria operacional que resulta na redução de erros
e, consequentemente, na melhora da percepção dos pais e responsáveis
quanto à instituição.

Como aplicar a gestão escolar


Aplicar a gestão escolar em uma instituição de ensino pode ser um desafio.
Muitas organizações já utilizam um determinado plano pedagógico há muito
tempo e mudar uma realidade pode trazer certa resistência. Para ajudá-lo,
reunimos abaixo 4 dicas de como implantar uma gestão escolar de forma
eficiente.

1. Planejamento
O primeiro passo é o planejamento. Para tudo que fazemos, é necessário
planejar com antecedência para evitar surpresas desagradáveis e, com a
gestão escolar, não é diferente. É importante buscar listar todas as mudanças
que serão realizadas e criar um cronograma de adaptação, evitando que uma
alteração brusca na rotina de alunos e corpo decente possa ter influências
negativas.

2. Atenção às mudanças
Vivemos em uma era de contínuas mudanças e essa realidade também se
aplica ao meio pedagógico. O gestor deve estar atento as novidades que
venham a surgir e aberto para abraçar algumas dessas alterações. Isso auxilia
na evolução do ambiente escolar e na melhora dos resultados dos alunos como
um todo, que estarão preparados para lidar com os novos desafios impostos
pela sociedade.

3. Treinamento e capacitação
Uma das principais dificuldades de inserir uma mudança no modo de gestão de
uma instituição de ensino é a resistência do corpo docente e demais
profissionais que desenvolvem as atividades de apoio da organização. É
preciso demonstrar aos colaboradores o valor agregado por uma mudança tão
grande e isso pode ser conquistado por meio de treinamentos, capacitações,
palestras e eventos voltados para a gestão escolar.

4. Descentralização da gestão
Um erro cometido por muitos gestores de instituições de ensino é tomar par si
toda a responsabilidade acerca de qualquer assunto relacionado a instituição,
desde o conteúdo pedagógico até uma determinada reforma no ambiente
escolar. No entanto, manter sobre si o peso de todas as decisões pode
sobrecarregar o administrador, além do fato de que ninguém tem
conhecimentos apropriados para tomar as melhores decisões em todos os
assuntos.

O ideal é dividir a responsabilidade e delegar decisões simples a outros


colaboradores, realizando a descentralização da gestão. Essa ação facilita o
melhor gerenciamento dos recursos e permite que o gestor demande um maior
tempo para atividades estratégicas.

A gestão escolar tem papel fundamental para melhorar os resultados de uma


instituição de ensino. Esperamos que, ao finalizar a leitura deste post, você
possa ter entendido essa afirmação.

Gestão escolar: como lidar com o bullying?


Muito se ouve falar sobre o bullying que ocorre cada vez mais nas escolas.
Esse tipo de violência, tanto física quanto moral, interfere no ambiente das
escolas e se estende aos meios virtuais, tomando dimensões que atrapalham
todo o processo de ensino-aprendizagem.
Ao ser responsável pela gestão escolar, é preciso saber como lidar com o
bullying. Para isso, é necessário entendê-lo, reconhecê-lo e colocar em prática
maneiras de enfrentar esse mal que atinge todas as faixas etárias.
Quer saber mais? Continue conosco e conheça formas de evitar que seus
alunos passem por esse problema!

ARMAZENAMENTO E GESTÃO ON-LINE DE ARQUIVOS: ENTENDA A


IMPORTÂNCIA E COMO FAZER CORRETAMENTE
BLOG GENNERA 23/10/2019 COMENTE! GESTÃO EDUCACIONAL
TEMPO DE LEITURA: 3 MINUTOS

Um projeto de armazenamento e gestão on-line de arquivos é essencial para o


sucesso de qualquer instituição de ensino. Não apenas em termos puramente
produtivos, mas também para uma perfeita adequação à Portaria nº 1224/2013
do Ministério da Educação (MEC), conhecida como a “Lei da Digitalização de
Documentos”.
Contudo, o processo de armazenagem não é algo simples. É preciso um
trabalho coordenado e a utilização de ferramentas especializadas — até
mesmo em razão do tamanho do fluxo de informações.
Se você ainda tem dúvidas sobre a necessidade e os benefícios da estratégia,
continue lendo e entenda o processo de armazenamento e gestão on-line de
arquivos em uma instituição de ensino.

Quais os benefícios do armazenamento e da gestão on-line de arquivos?


Quando uma instituição decide armazenar seus arquivos virtualmente, esta
oferece um suporte valoroso para a otimização da rotina dos profissionais,
aumentando a agilidade e eficiência. Por isso, os benefícios fazem o
investimento valer a pena. Confira alguns destes!

Aumento da produtividade
Com a possibilidade de centralizar os dados em um único sistema de gestão
on-line, a equipe torna-se muito mais produtiva no atendimento aos alunos e
nas atividades rotineiras. Não há mais a preocupação, por exemplo, em
procurar determinado documento em uma prateleira.
Além disso, a estratégia qualifica o trabalho no lançamento de novos produtos
e serviços, como um curso EAD. Os profissionais conseguem acessar
informações pertinentes com muito mais agilidade, e isso pode fazer toda
diferença no fechamento de contratos.

Redução de custos
A gestão on-line de documentos pode ajudar na redução de custos de
diferentes maneiras. Primeiramente, a instituição diminui o desperdício de
papel e outros materiais.

Ainda, há uma diminuição no efetivo de profissionais. Com vários processos


automatizados, uma equipe reduzida e bem treinada consegue desenvolver um
trabalho muito mais qualificado e ágil.

Economia de espaço
Esse é um benefício bastante óbvio: com menos papéis, fichas de cadastro,
históricos e outros arquivos acadêmicos, o espaço da instituição é mais bem
aproveitado. Todas as salas e ambientes que antes eram utilizados para
armazenar documentos passam a ser opções à administração e ao corpo
acadêmico.

Além disso, o armazenamento on-line de arquivos aumenta consideravelmente


a segurança de informações e dados importantes.

Como um sistema de gestão de arquivos on-line funciona?


Na prática, um sistema de gestão de arquivos oferece uma visão única de um
banco de dados completo. É uma solução que pode ser integrada ou
combinada com outras aplicações, como uma ferramenta de gerenciamento de
fluxo de atividades.

Todavia, um bom sistema de gestão não se limita à armazenagem simples de


arquivos. No setor educacional, as melhores soluções do mercado são capazes
de integrar a gestão acadêmica com a administrativa, oferecendo módulos que
cobrem desde a captação do aluno e o diário de classe até a gestão contábil,
fiscal e de recursos humanos.
As vantagens para uma instituição de ensino são inúmeras, por exemplo:

implementação de tecnologias avançadas em gestão empresarial, como o


SAP, na IE;
melhor gerenciamento de matrículas e controle de pagamentos;
módulos independentes e integrados para solucionar as necessidades da IE;
praticidade e otimização de espaço, com tecnologia de transferência,
armazenamento seguro de arquivos on-line e acesso parametrizável;
gestão educacional com decisões inteligentes: informações precisas e seguras
em relatórios on-line com a visão de dados.
Atualmente as instituições de ensino não podem se esquivar da inovação
tecnológica. O armazenamento e a gestão on-line de arquivos são passos
essenciais para adequar-se a essa nova realidade. Por isso, não corra riscos:
encontre a melhor ferramenta de gestão especializada e garanta maior
qualidade na rotina dos seus profissionais e na experiência dos seus alunos.

A Gennera pode ajudar você com soluções para a gestão de uma instituição de
ensino. Entre em contato conosco!

O ensino adaptativo vem ganhando cada vez mais popularidade entre as


instituições de ensino. Com o advento das novas tecnologias educacionais, ele
teve sua implementação simplificada e está conquistando seu espaço nas
preferências de docentes, alunos e coordenadores.

Levando isso em consideração, preparamos este texto a fim de mostrar


algumas vantagens da modalidade e explicar como ela pode ser aplicada nas
escolas. Leia até o fim para saber mais a respeito desse assunto tão relevante
e atual.

As vantagens do ensino adaptativo


1. Otimiza o tempo
A relação que se desenvolve entre professor e aluno é pautada pelo período
que eles têm juntos em sala de aula. Muitas vezes, a grande quantidade de
conteúdo a ser desenvolvido e explicado acaba atrapalhando uma aproximação
entre as partes ou a execução de atividades complementares e afins.

A aprendizagem adaptativa tem como objetivo identificar as facilidades e


dificuldades de cada estudante, analisando como, quando e em quais
disciplinas elas se manifestam. Isso evita que uma dúvida se torne um gargalo
em meio à exposição de um tema, por exemplo. Assim, ocorre uma otimização
do tempo, que pode ser benéfica por vários motivos.

2. Torna a aprendizagem mais ativa


O desinteresse é uma das grandes causas de evasão escolar e ele acontece
por uma razão bem simples — o discente não consegue entender o porquê de
estar aprendendo determinada matéria ou não gosta do método utilizado pelos
professores.

O ensino adaptativo cumpre o importante papel de fazer do aluno um


protagonista de seus próprios processos de aprendizado. Por meio dos
recursos tecnológicos, a abordagem do conteúdo se torna ainda mais ativa,
convidando o estudante à interação e estimulando-o a aprender.

3. Fornece liberdade
Sem a necessidade de conduzir a classe como único expoente do
conhecimento, o professor ganha mais liberdade para ser um verdadeiro guia
dos alunos. Além disso, na modalidade adaptativa de ensino, espera-se que
ele conheça mais a fundo as necessidades de cada estudante, o que permite
planejar as aulas de modo personalizado.

Essa liberdade também se estende aos alunos, que seguirão um roteiro de


aprendizagem pensado de acordo com suas especificidades na hora de
assimilar os conceitos. Por conta disso, é provável que eles se desenvolvam
mais rapidamente nos estudos.
A aplicação do ensino adaptativo
A implantação deve ser devidamente planejada e cautelosamente aplicada. Um
bom começo é recorrer às tecnologias de gestão de dados a fim de organizar
corretamente as informações de cada aluno. O ideal seria fazer com que esse
processo fosse escalável, pois isso permitiria uma personalização mais precisa.

Feito isso, seria necessário coletar os dados referentes aos estudantes.


Simulados, exercícios e pesquisas são excelentes formas de fazê-lo. A partir
dessa coleta, surge a possibilidade de criar roteiros de aulas e atividades
voltados às demandas encontradas.

Enfim, aplicar o ensino adaptativo não é algo tão fácil, mas é perfeitamente
viável com a utilização dos recursos tecnológicos certos. As vantagens que ele
oferece fazem com que todo o esforço realizado seja em prol da comunidade
acadêmica e, principalmente, da instituição.

Ser uma escola reconhecida pela excelência e referência não é um caminho


simples de percorrer. A maneira como uma instituição é administrada interfere
diretamente na qualidade de ensino oferecida e na comunidade em que está
inserida e, por isso, é tão importante que exista uma gestão escolar eficiente.

Mas como conduzir uma gestão que leve a instituição ao crescimento e ofereça
um bom serviço? Para responder a essa pergunta, listamos algumas práticas
de sucesso. Confira!

guia-planejamento-escolar

1. Mantenha o patrimônio escolar bem cuidado


A manutenção do patrimônio pode parecer uma tarefa difícil, porém, é
fundamental para uma boa gestão escolar. Se há uma parede rabiscada ou
descascando, um quadro manchado, uma carteira quebrada, uma quadra que
precisa de uma pintura ou qualquer outro tipo de problema que cause uma
“poluição visual”, resolva o mais rápido possível.

Além de ser indispensável para o bom funcionamento da escola, a


preocupação com o patrimônio e a rápida ação demonstra para os alunos que
a instituição tem capacidade de investimento e que se preocupa em oferecer os
melhores recursos para um ensino de qualidade.

2. Planejamento estratégico
O planejamento estratégico é um grande aliado de qualquer gestor. Com a
identificação das fraquezas, ameaças, forças e oportunidades, é possível
desenvolver um plano de ação eficaz para anular os pontos negativos e
potencializar os fatores positivos. Uma instituição que não tem planejamento
não consegue lidar com as situações negativas e tampouco aproveita as
oportunidades que aparecem.

Um planejamento bem-feito deve levar em consideração os objetivos de curto,


médio e longo prazos, bem como a análise das tendências do mercado,
urgência de resolução de conflitos e gravidade dos problemas.

3. Atenção às mudanças
A escola que não se adapta às mudanças do mercado e não se atualiza, vê
seus alunos migrarem para instituições mais modernas. Essas mudanças
englobam a sociedade, a política, novas regras acadêmicas, tecnologia, etc.

Tenha sempre um veículo de comunicação como ferramenta de divulgação dos


investimentos e melhorias realizadas em sua escola para valorizar mais o
trabalho desenvolvido e mostrar a todos que a instituição acompanha as
tendências.

4. Explore as tecnologias
Com tantas tecnologias disponíveis na atualidade, fica até difícil escolher em
qual investir, não é verdade? Para acertar na escolha do software e demais
tecnologias, é importante que você entenda quais são as dificuldades de
gestão e quais são as necessidades dos alunos, pais e colaboradores. A
gestão informatizada faz muita diferença na qualidade de ensino oferecida.

Bibliotecas informatizadas, facilidade na emissão de certificados, plataforma


online para funcionários e alunos, canal de comunicação com pais e
comunidade, organização de dados, pré-matrícula online e demais serviços
oferecidos em parceria com a tecnologia, melhoram a organização da escola,
aceleram os processos e permitem que o gestor otimize o uso do seu tempo.

5. Acerte na contratação
Os professores e demais colaboradores têm um relacionamento direto com os
alunos e, consequentemente, interferem na retenção dos estudantes. Sendo
assim, a contratação deve ser realizada levando em consideração diversos
fatores: cultura organizacional, experiência profissional, comprometimento,
valores, postura, facilidade de comunicação, etc.

Quando o processo seletivo não é bem-feito, a escola sofre com a rotatividade


de profissionais e isso causa sérios danos ao serviço oferecido e ao capital da
instituição.

6. Fique atento a gestão financeira!


A gestão financeira é um dos maiores problemas de uma instituição de ensino.
Isso porque a escola facilmente encontra alunos inadimplentes que interferem
na capacidade de investimento e na liquidez. Para anular esse problema, é
fundamental que seja estabelecida uma política de inadimplência e que ela seja
aplicada desde o momento da matrícula.

O planejamento financeiro, controle de gastos e eliminação de custos


desnecessários são exemplos de fatores que afetam uma gestão e que
precisam ser bem administrados para garantir a longevidade de uma
instituição.

-
Toda escola necessita de um gerenciamento eficiente. Organizar um bom
planejamento, que será executado durante o ano letivo, é o diferencial para que
a escola apresente um bom desempenho ao longo dos semestres. É
importante que esse planejamento seja documentado pelo Plano de Gestão
Escolar.

Entenda, a seguir, o que é esse plano e confira algumas dicas de como melhor
prepará-lo e mantê-lo atualizado. Boa leitura!

O que é o Plano de Gestão Escolar?


O Plano de Gestão Escolar é um documento em que se registram todas as
informações e ações da escola durante o ano. Dentre elas, estão a ficha
cadastral, o quadro de alunos, o calendário e o horário das aulas, o
planejamento financeiro e o planejamento escolar, os eventos previstos, entre
outros.
Esse documento é bastante flexível, no sentido de que são permitidas
mudanças, inserções de atividades e correções. Essas alterações podem ser
necessárias, por exemplo, quando os pais pedem alguma modificação nas
atividades previstas.
É muito importante alinhar os objetivos e metas do Plano de Gestão, do Projeto
Pedagógico e do Plano de Ensino da escola. Isso garante a qualidade do
conteúdo e assegura que todos os alunos poderão aprender no seu próprio
ritmo, sem a aceleração do ensino.
O documento é obrigatório para mudar o paradigma de gestão nas instituições
e valorizar a participação da comunidade escolar, criando uma gestão
democrática e transparente.

Confira, a seguir, algumas dicas de elaboração e atualização!

Utilize softwares de gestão especializados


Os softwares de gestão escolar são imprescindíveis para uma boa elaboração
do plano de gestão, pois prestam grande auxílio no momento de desenvolvê-lo
e acompanhá-lo. Além disso, eles otimizam a operação, reduzindo erros.
Algumas outras vantagens que esses softwares apresentam são:

controle da evasão escolar;


apresentação de dados que facilitam possíveis estratégias em áreas
gerenciais;
análise do desempenho do estudante quanto ao plano de aula;
planejamento financeiro eficiente.
Inclua professores e funcionários no processo
Não só os diretores devem fomentar o plano de gestão, como é importante que
o documento também seja julgado e preparado pelos demais atuantes na
comunidade escolar e esteja acessível a todos que tenham interesse em
consultá-lo, por ser uma parte integrante da escola.
É desejável que haja um julgamento periódico para reavaliar suas metas e
objetivos e assegurar que ele cumpra sua função de garantir um bom
funcionamento tanto do Projeto Pedagógico quanto do Plano de Ensino que
estejam atrelados a ele.

Em uma instituição de ensino, a administração de qualidade é fundamental


para o bom andamento dos processos e, também, para a melhoria da
aprendizagem. É por isso um dos pontos chave para alcançar o patamar de
uma escola de sucesso, com desempenho sustentável e crescimento
constante.
A gestão eficiente pode tomar como referência, por exemplo, o que outras
instituições de ensino têm feito para gerar resultados positivos. Assim, é
possível inspirar-se para traçar metas mais sólidas e alcançáveis, planejando e
definindo melhores ações que impulsionem a performance.
Ficou curioso sobre o assunto? Então, continue a leitura e confira 4
características de uma escola de sucesso. Acompanhe!
Entenda a importância do planejamento para uma escola de sucesso
Atualmente, a concorrência no setor educacional é enorme. Por isso, é preciso
planejar estrategicamente os movimentos que aprimoram processos e práticas
acadêmicas, a fim de garantir maior diferencial competitivo.
O segredo para um bom planejamento é o engajamento de todos os envolvidos
no processo de ensino e aprendizagem. Com isso, é possível definir ações e
objetivos que devem ser cumpridos até o final de cada ano letivo. O
planejamento deve conter, por exemplo, análise dos indicadores de qualidade,
propostas de melhorias, cronograma do calendário escolar, opções de
tecnologias que promovam benefícios para a gestão, entre outros.

Conhecendo os objetivos a serem alcançados, os membros da equipe escolar


têm a chance de melhorar a atuação profissional e, assim, potencializar o
desempenho da IE.

Conheça 4 características de uma escola de sucesso


Atingir os melhores resultados na instituição de ensino passa pela melhoria
constante em processos e práticas. Confira a seguir 4 características de uma
escola de sucesso:

1. Invista em um modelo didático eficaz


O primeiro passo que deve ser verificado é se a escola oferece um modelo
didático que garante um bom desempenho no aprendizado de seus estudantes.
Ele é, basicamente, a filosofia da instituição, refletindo como o conhecimento
será transmitido.

2. Cuide da qualificação dos colaboradores


É essencial incentivar os colaboradores da escola a aprimorarem
constantemente a sua qualificação. O gestor deve criar oportunidades para que
os professores participem de cursos, eventos e especializações, colaborando
para a melhoria de suas funções e agregando conhecimentos inovadores em
sua carreira profissional.

3. Mantenha canais de comunicação


Outro passo essencial que faz parte da realidade de uma escola de sucesso é
a eficiência na comunicação entre os setores, o que favorece o envolvimento
da equipe. Assim, ter canais abertos de troca de informações é um diferencial
para engajar verdadeiramente toda a equipe e facilitar a operação, otimizando
tempo e recursos.

4. Utilize a tecnologia a seu favor


Uma gestão eficiente deve optar pela utilização de tecnologias que trabalhem a
seu favor. O uso de um software de gestão integra processos, facilita rotinas,
permite a aquisição e circulação de informações de forma rápida, organizada e
centralizada. Também melhora o relacionamento com a comunidade escolar,
oferece uma visão ampla de tudo o que acontece na IE e possibilita o
monitoramento da performance da escola e dos alunos.
Tudo isso oferece uma base sólida para a tomada de decisões: assim, uma
ferramenta de gestão de qualidade deixa a instituição melhor preparada para
enfrentar os desafios!
Para alcançar o nível de uma escola de sucesso, os gestores devem manter-se
atentos às principais inovações do mercado educacional, para aperfeiçoar-se
sempre. Melhorando práticas e processos, a instituição de ensino coloca-se no
caminho certo para grandes resultados administrativos, financeiros e
acadêmicos.

Gestão escolar diz respeito a um conjunto de estratégias que o dono da escola


deve traçar ao começo de cada ano a fim de guiar o seu negócio. Ela envolve
as áreas pedagógica, administrativa, financeira, gestão de pessoas, marketing
e comunicação.
Para obter sucesso no mercado de educação é necessário mais do que apenas
realizar as atividades de gerenciamento da escola de maneira sistemática.
Implementar os conceitos e desenvolver uma cultura de gestão escolar otimiza
o tempo dos proprietários de escolas, coordenadores e de toda equipe escolar
envolvida.

Como 2019 está quase no fim, reunimos informações importantes para você
que já começou a pensar sua gestão escolar de 2020. Pegue um bloquinho de
anotações e boa leitura!
Sim, é isso mesmo! A metodologia oferecida por sua escola equivale ao
produto de uma empresa -afinal, é fruto de muito planejamento escolar e deve
ser divulgado como tal para otimizar o fluxo de potenciais alunos.

Em geral, quando vemos propagandas de instituições de ensino, podemos


notar a tendência de enfatizar uma promessa do que será entregue. Sem
divulgar, entretanto, os benefícios específicos possibilitados pela oferta ou as
conquistas e resultados concretos dos alunos que já compraram o pacote.

Tal abordagem resulta em falta de adesão a cursos e queda na credibilidade.


Portanto, uma importante lição que deve ser assimilada na captação de novos
alunos é: no centro do holofote devem estar sempre os alunos e os resultados
conquistados por eles por meio de sua metodologia.

Por quê? Bem, se o método educativo é o produto, então, o estudante


matriculado é o seu cliente e é preciso convencê-lo por meio do exemplo,
empregando uma comunicação efetiva, certo?

Tenha em mente que a comunicação funciona quando apresenta a um


indivíduo interessado, um aluno em potencial, como o produto ofertado – no
caso, o curso – atenderá suas necessidades específicas e ajudá-lo a alcançar
seus objetivos.

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Imagem autoral
O papel do Marketing Digital
Estar presente nas redes sociais é um fator de peso para alavancar sua
estratégia e otimizar a prospecção de novos alunos para a sua escola, mas
saber utilizar o marketing digital é essencial ao processo de gestão escolar.
Assim como a metodologia interativa, o marketing digital deve se preocupar em
atender as necessidades de alunos reais com problemas contemporâneos.

Trata-se, então, de uma vertente muito mais atenta ao fato de que há muita
competitividade no mercado e que os clientes atuais são exigentes, cientes de
que antigas estratégias, anúncios e promoções já não mais funcionam.

O marketing digital entende que o que pesa mais na hora da decisão de


compra por parte do aluno não são os preços, mas, sim, a qualidade do que é
oferecido. E, acima de tudo, as vantagens que o produto proporcionará a quem
comprá-lo.

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A Captação de alunos pelas redes sociais
As redes sociais compõem um meio eficaz de contato com potenciais
estudantes tanto para colher informações quanto para divulgar o seu curso
profissionalizante.

Ao definir seu público alvo, você saberá onde encontrá-lo e,


consequentemente, quais são os melhores canais para chegar até ele:
Facebook, LinkedIn, Twitter, Instagram, etc. Tendo feito isto, é hora de colocar
a mão na massa: definir estratégias, conteúdos, melhores dias e horários de
postagem, etc.

É importante que você mantenha um relacionamento com o cliente através das


redes sociais, afinal, atualmente elas também servem como uma espécie de
SAC, onde os clientes fazem reclamações ou buscam solução para o seu
problema.
Por meio delas também que você pode fidelizar seus alunos, criando
campanhas, mostrando o dia a dia da escola, contando cases de sucesso ou
fornecendo programas de empregabilidade. Como exemplo, veja as redes
sociais das nossas Escolas Modelo de Cravinhos e Bonfim Paulista.
Para encerrar este tópico de vendas, assista ao nosso vídeo com 5 dicas
rápidas para turbinar as vendas da sua escola, feito pelos nossos consultores
comerciais Rafaela e Leonardo:
Confira nossas dicas rápidas de vendas para você turbinar a sua escola.
Planejamento Escolar: a gestão estratégica aplicada na educação
O passo inicial a ser dado pela gestão administrativa da escola é evitar a
reciclagem de projetos anteriores ou de anos passados. Elabore um plano
novo, que esteja de acordo com as necessidades atuais da escola. Em
seguida, analise se o orçamento da instituição foi seguido, faça um balanço
geral do último ano em todos os setores, apresentando os acertos e falhas no
decorrer do período.
Essa simples ação dará um norte mais claro em relação aos pontos fracos da
escola profissionalizante que precisam ser aprimorados e aos diferenciais
competitivos que devem ser mantidos.
Pense ainda que para traçar um plano adequado será necessário dedicar-se
algumas horas. Portanto, para otimizar o tempo foque exclusivamente na
atividade em questão e utilize ferramentas que auxiliem na gestão escolar.
Assim, você tirará de letra o exercício.
Agora que você já tem em mente o perfil da sua escola é importante entender o
perfil do seu aluno. Assim, você saberá se está entregando serviços e cursos
de valor para o mesmo, o que poderá gerar mais lucros para a sua instituição.

Além disso, saber quem a sua escola irá atender pode ser determinante para o
seu sucesso, a curto, médio e longo prazo. Se você conhece seu aluno, poderá
atendê-lo de maneira mais adequada e promover a melhoria contínua de sua
empresa.

Para entender melhor, preparamos um infográfico com informações sobre o


perfil dos alunos de escolas profissionalizantes.
Conheça o perfil dos alunos de escolas profissionalizantes: Infográfico com
informações essenciais sobre o perfil do aluno de cursos profissionalizantes.
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Conclusão
Vimos que realizar a gestão escolar de forma adequada e profissional é
imprescindível para o desenvolvimento das escolas profissionalizantes. São
inúmeras áreas que demandam atenção especial por parte dos gestores e
coordenadores da instituição, sendo que a capacidade de olhar, organizar e
atuar em todas elas é o que definirá se toda a gestão escolar caminha rumo ao
sucesso.

E aí, gostou do nosso super artigo? Comente as suas experiências com gestão
escolar, vamos discutir as diferentes técnicas utilizadas!

A pandemia do novo coronavírus, o Covid-19, fechou as portas de muitas


escolas de ensino regular e profissionalizante em todo o Brasil. Trata-se de
uma das medidas de contenção da doença e diminuição do contágio.

De acordo com o relatório do Banco Mundial, mais de 1,5 bilhões de alunos


ficaram sem estudos presenciais em 160 países.

Com esse cenário, muitos gestores escolares tiveram que buscar saídas
emergenciais para continuar as atividades. Principalmente, com o auxílio de
suportes remotos de ensino e a introdução de novas metodologias, apoiadas
em tecnologias digitais.

Afinal, de uma hora para outra, as aulas presenciais foram substituídas para a
modalidade de ensino a distância (EAD). Obrigando professores e alunos a um
aprendizado rápido de novas tecnologias de comunicação e informação (TICs).
Segundo dados da UNICEF , cerca de 4,8 milhões de crianças e adolescentes,
de 9 a 17 anos, não têm acesso à internet em casa. Isso, corresponde a cerca
de 17% de todos os brasileiros nessa faixa etária.

Ou seja, o EAD acaba sendo algo muito distante dessa realidade. Por isso,
falar de um ensino remoto no Brasil gera bastante controvérsia. Pois, parte dos
estudantes não possuem os recursos necessários para o acompanhamento de
aulas online.

Mesmo para os alunos com acesso à internet, há um grande esforço para


aprender e gerenciar o tempo dentro de casa. Para os mais jovens,
desenvolver a disciplina para estudar no modelo EAD é ainda mais difícil.

Tudo isso, somando ao contexto de estresse, pois estão confinados em casa.


Longe dos amigos e durante um surto na saúde a nível internacional.

Não se pode esquecer dos pais, que muitas vezes, precisam conciliar suas
próprias tarefas diárias com as atividades escolares dos filhos.

Quer dizer, os desafios da educação em tempos de pandemia da Covid-19 são


inúmeros. O artigo de hoje vai mostrar que há alternativas que podem ajudar
em um ensino de qualidade, em soluções que ajudam a driblar a crise.
Acompanhe a leitura!

EAD é muito mais do que tecnologia


Normalmente, as pessoas associam o ensino a distância com a necessidade
de uma alta tecnologia, intermediada por plataformas digitais com acesso à
internet.

Claro que, não só a educação usa esse instrumento. Mas, também empresas
que desejam vender online, já que é possível encontrar dentre uma lâmpada
bulbo led 20w. Entre outros tipos de produtos e serviços, em ambientes online.
Além das questões de infraestrutura e conectividade, a implementação de
novas modalidades de ensino de forma rápida, devido à pandemia, evidenciou
a necessidade de preparação dos professores e gestores de escola.

Os professores compartilham de várias inseguranças. Em relação às questões


mais técnicas, como por exemplo, dar a aula online, gravar vídeos, preparar
materiais que possam ser compartilhados com os alunos, entre outros.

A preocupação soma-se, ainda, com a participação dos estudantes.

Afinal de contas, explicar geometria usando uma caixa grande de madeira


dentro de sala de aula é algo bem diferente de ensinar online, principalmente
quando os professores não têm tanto domínios das ferramentas.

Nesse sentido, percebeu-se que há um déficit de formação de professores em


TICs e metodologias ativas, algo que torna difícil o engajamento.

Além do mais, esse preparo exige tempo, não ocorre do dia para a noite.
Entretanto, a pandemia do novo coronavírus não deixou espaço para
especialização dos educadores.

Por isso, há a tendência dos professores em reproduzir o modelo presencial,


utilizando o mesmo calendário e grade curricular. Segundo os especialistas,
esse é o principal problema, pois a postura pedagógica em ensino EAD é
diferente.

Ora, podemos comparar com o próprio comportamento de todas as pessoas na


internet.

Quando vamos comprar assoalho de madeira maciça online, as pesquisas que


realizamos e toda a nossa tomada de decisão é bastante diferente em relação
à compra em um estabelecimento físico.
Na sala de aula, o feedback entre aluno e professor é direto e permanente.
Basta olhar ao redor para perceber se há o engajamento dos alunos, se a
classe está compreendendo o que está sendo ensino, etc. No ensino a
distância, não há esse controle. Daí a necessidade de pensar em soluções e
repensar as práticas.

Por isso, muito mais do que intermédio das tecnologias e da internet, o EAD
também requer uma reflexão sobre metodologias, o que exige ainda mais dos
professores diante do cenário de pandemia da Covid-19.

5 dicas para estudar a distância durante a pandemia


Apesar dos inúmeros desafios do ensino a distância durante a pandemia da
Covid-19, aos poucos os professores, alunos e familiares conseguem adaptar-
se à realidade, promovendo uma troca de aprendizagens satisfatória.

O mesmo vale para os gestores de escolas, que precisaram adaptar o seu


relógio de ponto biométrico homologado, ou outras maneiras de registro de
trabalho dos professores, também com o auxílio das tecnologias.

Inclusive, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a


Cultura (Unesco), em conjunto com as empresas Microsoft, Google e
Facebook, lançou uma coalizão mundial para assegurar a educação a
distância, com auxílio dos recursos tecnológicos.

Abaixo, separamos algumas dicas que podem ajudar no EAD em tempos de


coronavírus. Confira!

#1 – Crie grupos com os alunos, pais e/ou responsáveis


A comunicação é uma das principais exigências desse novo cenário de ensino.
Os professores precisam manter contato não só com os alunos, mas também
com os pais e/ou responsáveis, já que a família tornou-se a principal aliada
para a qualidade do EAD.
Os grupos podem ser criados em diversos aplicativos e redes sociais, tais
como:

Whatsapp;
Telegram;
Grupo no Facebook;
Lista de e-mail;
Entre outros.
Além disso, pode ser interessante sugerir que os estudantes criem um grupo
próprio, para ajudar na troca de experiência e na promoção de interações
sociais.

Os grupos também são ótimos para compartilhamento de informações


importantes e servem como uma base de ajuda.

Por exemplo, um aluno pode perguntar onde fazer assistência técnica imac
para que ele possa acompanhar melhor as aulas, bem como os professores
podem compartilhar conteúdos interessantes.

#2 – Use as salas de aula virtuais


Muitas empresas de tecnologia liberaram ferramentas gratuitas para auxiliar o
ensino em tempos de coronavírus.

É o caso, por exemplo, o Google Classroom e do Microsoft Teams, que são


plataformas que ajudam na organização de materiais e permitem a conexão em
tempo real entre alunos e professores.
Assim, caso um professor tenha que responder uma questão de física, com
uma atividade envolvendo o escoramento de laje treliçada, o desenho da
questão pode ser compartilhado com todos os alunos, em uma apresentação
virtual.
Desse modo, é possível melhorar consideravelmente o engajamento e a
participação dos estudantes durante os períodos de aula.
Uma sugestão de atividade além da sala de aula virtual é a leitura de e-books
(livros eletrônicos) disponíveis gratuitamente na internet.
Os professores podem pesquisar alguns sites que oferecem esse conteúdo e
compartilhar com os alunos, recomendando a leitura como atividade escolar,
mas também como uma forma de aproveitar melhor o tempo livre.

Quando possível, compartilhe os links para os e-books nas plataformas de aula


e nos grupos, para que os alunos não se esqueçam de baixar o conteúdo.

O Trabalho de Conclusão de Curso investiga a Gestão Escolar como uma


estrutura de articulação na qual todos os componentes da organização escolar
se integram de forma recíproca. Isso demonstra a importância da implantação
da gestão democrática para o desenvolvimento do conhecimento dos
educandos na sociedade atual. O trabalho pretende refletir sobre a Gestão
Escolar democrática das escolas pesquisadas de diferentes escolas privadas,
municipais e estaduais. Enfoca o papel do gestor no sentido de proporcionar
espaço para a participação de todos os setores da escola no âmbito das
decisões no processo pedagógico e administrativo. Os resultados obtidos
demonstram a importância para a sociedade atual da Gestão Democrática na
perspectiva do conhecimento interdisciplinar e da qualidade da educação.

O exercício de pensar a participação e a Gestão Escolar remete os sujeitos da


escola no seu envolvimento na prática educativa que inclui toda a escola. A
Gestão Escolar tem a função de integrar os setores da escola e esta na
comunidade como um todo. Partindo desse pressuposto, todos terão vez e voz
para contribuir com sua opinião, sugestões e críticas para a melhoria do
processo de ensinar e de aprender.

O trabalho está estruturado em três capítulos. O primeiro capítulo desenvolve o


conceito de Gestão Escolar e suas características. O capítulo enfoca a
estrutura organizacional da escola, desenvolve uma breve exposição sobre a
estrutura interna das escolas, os elementos que constituem o sistema de
organização e gestão e a conceituação sobre gestão participativa e seus
princípios.

O segundo capítulo apresenta a pesquisa realizada em escolas do Município


de Marau, sendo duas particulares, duas municipais e três estaduais. Foram
elaborados alguns questionamentos diretamente dirigidos aos gestores
escolares com a finalidade de recolher contribuições referentes aos seus
conhecimentos e às práticas relativas à Gestão Escolar. As perguntas
formuladas têm como fio condutor a estrutura de uma organização escolar
democrática e participativa, a relação da escola com a comunidade e a
construção do conhecimento pelo viés da interdisciplinaridade. As questões
foram distribuídas em mãos de cada diretor, que teve um prazo de sete dias
para responder por escrito e fazer a devolução. O critério de preferência pelas
escolas pesquisadas é a distribuição por diferentes bairros e por diferentes
instituições como municipais, estaduais e particulares.

O terceiro capítulo expõe uma análise das respostas dos questionamentos a


partir do referencial teórico desenvolvido no primeiro capítulo. Dentro da
estrutura geral do trabalho, o terceiro capítulo será uma tentativa de síntese
entre o teórico e o prático, entre conceito e realidade, entre o conhecimento e a
prática quotidiana. O capítulo tem como enfoque as relações de participação
entre os membros e setores da escola, as convergências e divergências entre
a teoria e a prática e os desafios diante de uma Gestão Escolar moderna.

3. CONCEITUAÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR.


Na atualidade, fala-se muito sobre gestão escolar, mas poucos conseguem, de
fato, construir e elaborar um conceito sobre o tema. O conceito é uma forma de
entender e compreender o objeto, já que a busca da gestão escolar
compromete a escola e os sujeitos e oferece um caminho oposto à lógica
neoliberal que torna as pessoas individualistas. Por isso, ao tratar de gestão
escolar, torna-se importante ter como princípio orientador a democratização,
promovendo a “redistribuição e compartilhamento das responsabilidades que
objetivam intensificar a legitimidade do sistema escolar”, destaca Luck et al
(2005, p. 16).
A expressão Gestão Escolar caracteriza o planejamento do trabalho escolar e
racionalização do uso dos recursos materiais, financeiros, intelectuais; dirigir e
controlar os serviços necessários à educação, bem como coordenar e controlar
o trabalho das pessoas. Para as instituições escolares, atribui-se o termo
organização institucional pela maior abrangência, entendendo-se que as
instituições escolares possuem fortes características interativas que as
diferencia de empresas convencionais.

Conforme Libâneo, et al (2001, p. 77).

Organizar é bem dispor elementos (coisas e pessoas), dentro de condições


operativas (modos de fazer), que conduzem a fins determinados. Administrar é
regular tudo isso, demarcando esferas de responsabilidade e níveis de
autoridade nas pessoas congregadas, afim de que não se perca a coesão do
trabalho e sua eficiência geral.

Na prática, os termos organização e administração podem ser aplicados


combinadamente, desde que seja explicitado o conteúdo de cada um.
Podemos ver a escola como uma organização na medida em que ela se
caracteriza como uma unidade social que interage em si e sobre si mesma, que
opera através de processos organizativos próprios, trabalhando coletiva e
democraticamente, a fim de alcançar os objetivos da instituição. Para que a
instituição funcione de forma articulada, é importante a tomada e o controle das
decisões, para assim denominar a gestão.

A participação dá às pessoas a oportunidade de controle de seu próprio


trabalho, sentindo-se parte orgânica da realidade, para essa modalidade de
gestão, no contexto da organização escolar. Mediante esta prática, é superado
o exercício de poder individual para promover a construção da competência
centrada na unidade escolar como um todo.

A gestão é caracterizada como a atividade na qual são realizados os


procedimentos para atingir os objetivos da organização, envolvendo e
interagindo os aspectos gerenciais e técnico-administrativos. A direção é um
atributo da gestão, pela qual é afunilado o trabalho coletivo das pessoas que
trabalham grupalmente, orientadas e integradas aos objetivos. A direção em
ação toma as decisões na organização, e coordena os trabalhos para serem
trabalhados da melhor forma possível.

A organização da gestão escolar possui variadas concepções sobre a


organização escolar e a educação, relacionando a sociedade e a formação dos
alunos. São três as concepções mais representativas de gestão: a concepção
tecnicista, a autogestionária e a democrático-participativa.

Na concepção técnico-científica a direção é centralizada em apenas uma


pessoa, e as decisões são tomadas verticalmente, bastando cumprir um plano
sem a participação dos professores, com maior ênfase nas tarefas que nas
pessoas. Esta concepção segue alguns métodos da administração empresarial,
caracterizada pela divisão técnica do trabalho escolar, pela concentração do
poder no diretor que tem mais autoridade que todos.

A concepção autogestionária baseia-se na responsabilidade coletiva, sem uma


direção centralizada, com participação igual de todos os membros da
instituição. Caracteriza-se pela auto-organização do grupo institucional e
alternância de funções, pois na autogestão social o poder de todos os
componentes da escola resulta na elaboração do plano político-pedagógico e
acentua a responsabilidade coletiva para normas.

Na concepção democrático-participativa a tomada de decisões se dá


coletivamente através da busca de objetivos comuns assumidos por todos,
como dirigentes e dirigidos, todos avaliam o trabalho e são avaliados, havendo
a participação ativa do todo.

Tendo em vista estas três concepções de organização da gestão, podemos


perceber quando a gestão está centrada no indivíduo ou na coletividade. É
caracterizada pela relação entre a direção e a totalidade da escola, defende a
tomada coletiva das decisões a partir da discussão pública delas.
Esta estratégia de participação tem como objetivo a obtenção de bons
resultados e o sentido da prática da democracia de construir formas não
autoritárias, intervindo nas decisões de poder e definindo coletivamente os
rumos dos trabalhos. Por sua vez, a LDB1 9394/96, em seu Art. 13, diz que a
gestão democrática e as suas normas deve ter como princípios: I- participação
dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II- participação das comunidades escolares e local em conselhos escolares ou
equivalentes.

Dessa forma, a descentralização acontece dentro das escolas, mas aumenta a


responsabilidade das equipes diretivas e da comunidade escolar. Assim, fica
para a comunidade escolar incorporar a gestão democrática, tendo a
autonomia para construir a Proposta Política Pedagógica de acordo com o seu
contexto.

A organização geral da escola é canalizada pelo trabalho conjunto de todas as


pessoas integradas aos objetivos da educação em relação à sociedade e à
formação dos alunos. A direção coordena os trabalhos para que sejam
executados da melhor maneira, avaliados e modificados pelas próprias
pessoas para corresponder aos propósitos necessitados da direção.

O diretor escolar é responsável pelo funcionamento pedagógico e


administrativo, portanto, necessita dos dois conhecimentos, pois desempenha,
predominantemente, a gestão geral da escola e, especificamente, as funções
administrativas, repassando a parte pedagógica aos coordenadores
pedagógicos. O diretor tem uma importância muito significativa de fazer com
que a escola seja respeitada pela comunidade. Segundo Libâneo (2001 p.87)
O diretor da escola é o responsável pelo funcionamento administrativo e
pedagógico da escola, portanto necessita de conhecimentos, tanto
administrativos, quanto pedagógicos.

Existe também a participação dos pais na organização da escola,


correspondendo a novas formas de relação entre escola, sociedade e trabalho.
A escola não pode ser uma instituição isolada, pois cada categoria de sujeitos
possui diferentes visões das questões escolares.

Os primeiros estudos e as primeiras práticas de Administração Escolar


apontaram modelos burocráticos, inspirando a organização escolar na
organização empresarial. No estudo desta questão existem dois enfoques, o
cientifico-racional e o crítico de cunho sócio-político.

No primeiro enfoque, a organização escolar é a conquista da realidade dos


objetivos, técnica que funciona racionalmente, podendo ser planejada e
controlada, para alcançar maiores índices de eficiência. As escolas que adotam
esse modelo dão ênfase nas normas e regulamentos a centralização das
decisões, com baixo grau de participação das pessoas, e planos de ação
impostos verticalmente, sendo o modelo mais comum de funcionamento da
organização escolar.

No segundo enfoque, a educação pode ser planejada e organizada de modo a


alcançar índices de eficiência, devido à organização escolar ser tomada como
realidade objetiva e técnica que funciona racionalmente. Ao contrário do
primeiro modelo, esse enfoque abre espaço à participação do coletivo, onde as
relações da escola são conduzidas com a aceitação de todos, através de
diversificadas formas que garantem a participação democrática da maioria. As
escolas que adotam esse modelo caracterizam-se como uma estrutura
organizacional dinâmica, com distribuição de funções e participação das
pessoas que integram a organização.

As escolas que se inspiram nesse enfoque dão ênfase na horizontalização de


funções e à democratização das decisões, numa forma de sistema que agrega
pessoas com influência recíproca, onde o coletivo resulta no conhecimento
interdisciplinar. Esse modelo de organização não é somente objetivo, mas uma
construção desencadeada junto aos professores, alunos e demais integrantes
da escola. A visão crítica de uma escola resulta em diferentes formas de tornar
realizável uma gestão democrática.
A organização é tomada como um sistema que agrega pessoas, importando-se
com a intencionalidade e as interações sociais que acontecem entre elas
dentro do contexto sócio-político, não sendo totalmente objetiva e funcional.
Uma construção social é conduzida por todos os integrantes, professores,
alunos, pais e membros da comunidade.

3.1. ORGANOGRAMA BÁSICO DA ESCOLA


Toda instituição necessita de uma estrutura de organização interna, baseada
em Regime Escolar ou legislação específica. O termo estrutura significa
ordenamento e disposição de funções que asseguram o funcionamento de um
todo, mostra as inter-relações dos setores de uma organização de serviço. A
estrutura organizacional se diferencia pela legislação dos Estados e Municípios
e conforme concepções e gestão adotadas.

O Conselho de escola, em alguns lugares é também conhecido como


“colegiado”, tem a função de democratizar as relações de poder, tem
atribuições consultivo-deliberativas e fiscais em âmbito pedagógico,
administrativo e financeiro. Para sua composição, tem a participação dos
docentes, especialistas em educação, funcionários, pais e alunos. Assim, as
famílias podem se envolver ativamente nas decisões tomadas pela escola,
acompanhando e auxiliando o trabalho dos gestores.

Cabe ao trabalho do Conselho Escolar zelar pela manutenção da escola e


participar da gestão administrativa, pedagógica e financeira, contribuindo para
assegurar a qualidade de ensino, definir e fiscalizar a aplicação dos recursos
destinados à escola e discutir o projeto pedagógico com a direção e os
professores. Eles têm funções deliberativas, consultivas, fiscais e
mobilizadoras, garantindo a gestão democrática nas escolas.
A direção é composta pelo diretor que coordena, organiza e gerencia as
atividades da escola, é auxiliado pelos demais especialistas e técnico-
administrativos, atendendo às determinações dos órgãos superiores e às
decisões tomadas pela equipe e comunidade. É cumpridor pleno dessas
obrigações, de modo a garantir que a escola não fuja ao estabelecido em
âmbito central ou em hierarquia superior. O diretor deve ter visão da escola que
está inserida em sua comunidade, a médio e longo prazo, com horizontes
largos, compartilhando o poder e a tomada de decisões de forma coletiva.

Ao setor técnico-administrativo corresponde o atendimento dos objetivos e


funções da escola, pois dentro dele está inserida a secretaria escolar que é
responsável pela documentação, escrituração, funcionários e alunos.
Responde pelo atendimento ao público, funções destinadas a registros,
comunicados e expedições para o desenvolvimento escolar. Dentro de suas
características, a secretaria é responsável pela admissão e saída dos alunos,
organização dos prontuários para o funcionamento escolar.

A secretaria é responsável pelo planejamento, coordenação e execução dos


trabalhos estabelecidos na escola e pela participação nas reuniões
pedagógicas e gestão. A secretaria é um departamento que deve ser
valorizado dentro da escola, pois nela é registrada a historia do aluno e demais
funcionários da instituição; é nela que está concentrada a responsabilidade
pela burocracia legal e funcionamento institucional.

A Zeladoria cuida da conservação e limpeza do prédio, instalações e


equipamentos, execução de pequenos consertos e outros serviços rotineiros.
Junto à zeladoria acompanha a vigilância, responsável pelo acompanhamento
dos alunos nas dependências do prédio escolar, menos em sala de aula.
Orientados nas normas disciplinares, atendem-nos em caso de acidentes, ou
solicitação de professores para encaminhamento de alunos e material escolar.

O Setor Pedagógico compreende as atividades pedagógicas e orientação


educacional. As funções desse setor variam conforme cada Estado e
Município, em alguns lugares as atribuições são desempenhadas pelos
professores ou apenas uma pessoa. Por suas funções serem especializadas, é
recomendado que os ocupantes sejam formados em curso de Pedagogia ou
outra formação pedagógica-didática específica.

O Coordenador pedagógico avalia e assessora as atividades pedagógicas e


curriculares. Sua atribuição é supervisionar e apoiar, prestando assistência
pedagógica e didática. Além de relacionar-se com os pais e comunidade, é
responsável pelo funcionamento didático da escola e interpretação da
avaliação dos alunos. A qualidade de um trabalho que identifique a
necessidade de um professor, para encontrar soluções que priorizem o
trabalho educacional deve ser desenvolvido por esse profissional, que
desempenha ações sustentadoras de um trabalho em equipe, contribuindo
para um processo de qualidade.

A habilidade do coordenador pedagógico deve ir além do conhecimento teórico,


pois ele deve ter a sensibilidade para identificar as necessidades dos
professores e alunos, mantendo-se maximamente atualizado e reflexivo em
relação à sua prática. Dentre as diversas atribuições, ele é responsável pelas
relações na comunidade educacional, é indispensável ao coordenador nunca
perder o foco principal do seu trabalho.

O trabalho em equipe é a principal fonte de superação e valorização do


trabalho profissional. O coordenador precisa estar muito atento ao cenário
interior da escola, valorizando sua equipe e acompanhando resultados, pelas
diversas informações que recebe. Em várias circunstâncias, o coordenador
deve refletir sobre sua própria prática para superar os obstáculos e aperfeiçoar
a missão de ensino-aprendizagem.

O Conselho de Classe decide sobre as ações em relação ao rendimento dos


alunos, a promoção ou reprovação, a melhoria na qualidade dos serviços
educacionais e desempenho escolar dos alunos. O conselho possibilita a inter-
relação dos profissionais e alunos, propiciando um debate sobre o andamento
do processo de ensino-aprendizagem, favorecendo a integração e orientação
do processo educacional.

São membros do Conselho os professores, o diretor da Escola, o coordenador


pedagógico e o orientador educacional, não sendo prevista a participação dos
alunos. Além de identificar as causas do não aproveitamento da aprendizagem
do aluno, em determinadas disciplinas, também é nos Conselhos que são
veiculadas informações sobre o caráter pessoal dos alunos e sobre seu
desempenho anterior.

Algumas escolas também contemplam instituições auxiliares com a função de


organização para trabalhar em torno dos interesses educacionais, culturais e
sociais. A Associação de Pais e Mestres é um exemplo típico dessa
organização. As instituições são regulamentadas no Regimento Escolar,
variando sua estrutura educacional, com autonomia de organização e
funcionamento.

O Corpo Docente é a equipe constituída pelos professores em exercício na


escola, com a função de realizar processo de ensino-aprendizagem,
construção do conhecimento, na perspectiva de diversos métodos e uma
interação. A equipe escolar é formada por todos os professores, direção e
especialistas, além de cumprirem seu papel específico na escola, têm a
responsabilidade de elaboração do Projeto Pedagógico Curricular, decisões
dos Conselhos de classe ou série, reuniões com pais, APM e demais
atividades da comunidade.

3.2. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA GESTÃO ESCOLAR


A gestão democrática e participativa valoriza a participação na tomada de
decisões, por meio do diálogo e do consenso, para uma construção coletiva
dos objetivos e funcionamento escolar. Toda escola busca atingir os objetivos
planejados, sendo a gestão uma atividade coletiva com objetivos comuns e
compartilhados dos agentes do processo, a racionalização do trabalho nos
aspectos físicos e materiais, com qualificação dos educadores, planejamento e
avaliação do educador.

A gestão democrática é formada por diferentes ações: Formação do Conselho


escolar; Elaboração do Projeto Político Pedagógico de maneira coletiva e
participativa; determinação e fiscalização da verba da escola pela comunidade
escolar; divulgação e transparência na prestação de contas; avaliação
institucional da escola, professores, dirigentes, estudantes e equipe técnica.
Assim, a gestão democrática vai além do processo de tomada de decisões, ela
identifica os problemas, acompanha e controla as ações na fiscalização e
avaliação dos resultados. Dessa forma, com a democratização da gestão é
ampliada a participação das pessoas.

Segundo Libâneo: (2001, p. 115)

Sendo assim, as escolas podem traçar seu próprio caminho envolvendo


professores, alunos, funcionários, pais e comunidade próxima que, se tornam
co-responsáveis pelo êxito da instituição. É assim que a organização da escola
se transforma em instância educadora espaço de trabalho coletivo e
aprendizagem.

A conquista da participação ativa de todos é de significativo êxito para a escola.


A importância da comunidade resulta no conhecimento e avaliação dos
serviços prestados, principalmente na ação conjunta entre a família e a escola
no planejamento da educação. A participação influencia na democratização da
gestão, através de cinco elementos constitutivos, que são mobilizados para
atingir os objetivos escolares. Tais elementos são:

Planejamento: processo de antecipação de decisões, prevendo as orientações


e as ações para atingir os objetivos. Os planos são de fundamental importância
no crescimento da gestão, pois o ato de repensar as atitudes experimentadas é
vital à instituição. Porém, nem sempre a execução dos planos ocorre conforme
a primeira forma planejada, pois, é necessário, muitas vezes, rever, discutir
novamente e enriquecer as ações a partir de uma permanente discussão. O
processo e o exercício do planejamento constituem uma antecipação da
prática, ou seja, planejar é prever e programar as ações e os resultados
desejados, possibilitando, junto à equipe gestora, a tomada de decisões.

O planejamento escolar não pode ser conduzido de forma centralizadora, para


se instituir uma cultura democrática e participativa nos processos
desenvolvidos na escola. Uma gestão democrática não se constrói sem um
planejamento participativo, que conta com o envolvimento de todos os
representantes da comunidade escolar nos processos de tomada de decisão,
bem como na definição de metas e estratégias de ação.

Organização: A viabilização das condições para realização do que foi


planejado, pela qual se dá a racionalização de recursos físicos, materiais,
financeiros, os meios pelos quais se asseguram a efetividade dos processos de
ensino/aprendizagem, criando e viabilizando as condições e modos para se
realizar o que foi planejado. A organização materializa os planos e projetos
realizados pela escola.

Direção e coordenação: A coordenação do esforço humano coletivo do pessoal


da escola é a atividade de coordenação do esforço coletivo do pessoal,
tratando do desenvolvimento propriamente dito dos processos de
planejamento, organização e avaliação. Dessa forma, as funções de direção
envolvem a mobilização, liderança, motivação, comunicação e a capacidade de
interação de cada um dos participantes envolvidos nesses processos. A
coordenação implica o exercício da iniciativa.

Formação continuada: As ações de aperfeiçoamento dos profissionais da


escola, para melhor realização de suas atividades e seu desenvolvimento
profissional. O bom planejamento dos horários de trabalho coletivo, juntamente
com a presença de um formador mediador, para a equipe cada vez mais
buscar ampliar o conhecimento, aliado ao melhor espaço para a realização da
formação em redes de capacitação. O profissional bem estruturado dentro do
ambiente de trabalho é um dos mais eficientes instrumentos para a melhoria da
qualidade de ensino.

Avaliação: A avaliação do trabalho profissional é a comprovação do


funcionamento da escola. Baseado em dados e informações coletados através
de processos e instrumentos diversificados, a avaliação consiste em verificar
se os objetivos estão sendo efetivamente alcançado. A avaliação envolve, além
da análise qualitativa de dados e informações, a apreciação valorativa de
formas diferenciadas de medidas com critérios definidos previamente.
3.3. GESTÃO ESCOLAR PARTICIPATIVA
A escola é o lugar em que, através da ação mediadora dos professores e a
gestão escolar, se promovem os saberes, as atitudes e valores a partir dos
alunos. A educação escolar tem a tarefa de desenvolver capacidades
cognitivas, sociais e morais, dinamizar o currículo na cidadania participativa,
para que os objetivos correspondam às expectativas de organização e gestão.
Para a efetivação dessas capacidades, a participação influencia na
democratização e na melhoria da qualidade de ensino. Assim, os profissionais
participam do processo de tomada de decisão.

Conforme Luck (2006, p. 35) “a participação tem sido exercida sob inúmeras
formas e nuances no contexto escolar”, assim ela pode assumir o caráter de
participação “como manifestação de vontades individualistas, algumas vezes
camufladas, até a expressão efetiva de compromisso social e organizacional,
traduzida em atuações concretas e objetivas, voltadas para a realização
conjunta de objetivos”. Pela participação, os professores podem aprender
várias coisas, como tomar decisões coletivamente, dividir com os colegas as
preocupações, desenvolver o espírito de solidariedade e investir no seu
desenvolvimento profissional.

A intelectual da Gestão Escolar complementa que existem formas


diferenciadas de participação que dependem do contexto, e elas podem ser: de
presença, de expressão verbal e discussão, de representação política, de
tomada de decisão, de engajamento (LUCK, 2006, p. 35). Assim, a Gestão
Escolar ganha um novo olhar, desafia aqueles que estão envolvidos, pois
necessitam de abertura para aceitar a opinião dos demais e juntos construírem
a escola participativa.

A manutenção de múltiplas formas de participação dos profissionais da


educação na escola deve ser o principal objetivo da Gestão Escolar. A escola é
um lugar de formação de competências para a participação na vida social, e,
por meio dela, ela interage com a sociedade, trazendo as opiniões dos pais,
professores e alunos para sentirem-se responsáveis pelas decisões tomadas,
para o melhor funcionamento da escola.
Segundo Libâneo (2001, p.80).

O conceito de participação se fundamenta no de autonomia que significa a


capacidade das pessoas e dos grupos de livre determinação de si próprios, isto
é, de conduzirem sua própria vida. Como a autonomia opõe-se às formas de
autoritárias de tomada de decisões, sua realização concreta nas instituições é
a participação.

Diante da construção da Gestão Escolar democrática e participativa que


modifica o cenário da escola, transforma as relações e os papeis de cada
sujeito para auxiliar na construção da escola que prima pela participação de
todos. Cabe refletir sobre a função dos sujeitos da ação democrática e
participativa para que possam assumir seu papel e atuar de forma prática para
a transformação da escola e de seus sujeitos. Isso expressa a necessidade da
organização escolar, a busca pelo total envolvimento da equipe em prol dos
objetivos comuns, demonstrando a importância da responsabilidade conjunta e
a forma de comunicação e organização da comunidade educativa.

A direção da escola é um setor fundamental da Gestão Escolar, pois ela define


a tomada de posição frente aos objetivos sociais e políticos da escola. A escola
que cumpre sua função social de mediação contribui na formação da
personalidade humana e, por essa razão, não é possível estruturá-la sem
considerar objetivos políticos e pedagógicos.

Conforme Libâneo, (2001, p. 114-115):

O caráter pedagógico da ação educativa consiste precisamente na formulação


de objetivos sócio-políticos e educativos e na criação de formas de viabilização
organizativa e metodológica da educação (tais como a seleção e organização
de conteúdos e métodos, a organização do ensino, a organização do trabalho
escolar), tendo em vista dar uma direção consciente e planejada ao processo
educacional.
Todo o processo educativo inclui o conceito de direção para seu bom
funcionamento, contribuindo para atingir seus objetivos de formação. Pensando
o papel e a função dos gestores da escola, eles têm a função de incentivar e
motivar as potencialidades individuais e promover as relações dentro da
mesma para que a transformação social se concretize, começando pela escola
e atingindo a comunidade em que está inserida. Não é uma tarefa fácil, mas é
preciso ter determinação para conduzir o processo de forma administrativa e
pedagógica.

Ao pensar a participação e a gestão escolar, os sujeitos devem se envolver e


contribuir de maneira significativa na edificação da escola. A gestão escolar
tem a função de unir os setores da escola e esta à comunidade como um todo.
Partindo desse pressuposto, todos conseguem ter vez e voz para contribuir
com a opinião, a sugestão e as críticas para a melhoria do processo de ensino-
aprendizagem.

A escola é uma instituição que apresenta interdependência no uso dos


recursos materiais e conceituais e coordenação do esforço humano coletivo.
Qualquer alteração no funcionamento ou estrutura da gestão influencia nos
demais componentes. O principal princípio da gestão democrático-participativa
é a autonomia das escolas e da comunidade educativa. A autonomia é o
fundamento do conceito Gestão Escolar participativa, com poder de decisão
sobre seus objetivos, sua organização e administração dos recursos
financeiros consegue trabalhar em grupo, expor suas ideias e conhecimentos
aos demais membros da equipe. Quando a Gestão Escolar promove o
envolvimento de todos é porque ela possui a perspectiva social, fazendo com
que os sujeitos possam “participar no processo de formulação e avaliação da
política de educação e na fiscalização de sua execução”, salienta Cóssio
(2006, p. 31).

A Gestão Escolar precisa estar fundamentada na construção do espaço


público, promovendo a igualdade e propiciando um ambiente de trabalho
coletivo, superando o individualismo e a educação excludente, possibilitando a
inter-relação do todo e produzindo conhecimento. Isto contribui para preparar
os sujeitos para a vida e que “habitem os estudantes a terem expectativas de
vida digna, de trabalho, de exercício da cidadania”, ressalta Cóssio (2006, p.
31).

A relação orgânica entre direção e participação dos membros da equipe


escolar é um princípio que conjuga a gestão compartilhada, a forma
participativa e a responsabilidade de cada membro de equipe. Sob a
supervisão do diretor, a equipe formula o projeto pedagógico, toma decisões e
aprova um orientador, quando entra em ação o diretor que coordena e delega
as responsabilidades das decisões conforme atribuições específicas, prestando
avaliação da equipe e desenvolvimento de questões tomadas coletivamente.
Estando a serviço dos objetivos de ensino, a participação implica os processos
de gestão na busca de consenso a partir de pautas básicas, compreende os
processos de gestão, modos de fazer e cumprimentos de responsabilidades
compartilhadas na divisão de tarefas.

O envolvimento da comunidade no processo escolar, especialmente dos pais


que participam do conselho contribui na preparação do plano pedagógico e
acompanhar os serviços prestados. A participação das comunidades dá
respaldo aos governos para encaminhar ao poder Legislativo projetos de lei
que atendem às necessidade da educação. A presença direta da comunidade
na vida escolar também faz com que participem das decisões civis, bem como
na organização do bairro, movimentos de educação ambiental, contribuindo na
intensificação do acompanhamento da política educacional.

O planejamento das tarefas é um princípio que se justifica porque as escolas


buscam atingir seus objetivos através a organização de suas ações. Os planos
de ensino elaborados coletivamente é um instrumento unificador das atividades
da escola, acompanhados de uma ação racional dos objetivos, das estratégias
de ação, dos recursos e controles de avaliação.

A formação dos integrantes da comunidade escolar deve ser continuada. A


concepção democrática participativa valoriza o profissional da educação no seu
desenvolvimento profissional e nas competências técnicas. O objetivo
fundamental da valorização do aluno para que todos aprendam e participem
dos processos decisórios é uma meta pedagógica e de gestão. Os profissionais
desenvolvem suas habilidades com aperfeiçoamento na dimensão política,
científica e pedagógica da equipe.

A avaliação compartilhada e as relações humanas produtivas assentadas na


busca de objetivos comuns, decisões e procedimentos devem sempre ser
acompanhados e avaliados a partir do princípio da relação orgânica. O
conjunto das ações do trabalho educacional está voltado para as ações
didáticas e objetivos básicos canalizados numa avaliação mútua de toda
equipe escolar. As relações produtivas indicam a importância do sistema de
relações interpessoais na qualidade do trabalho de cada educador e
valorização da experiência individual de trabalho. A equipe escolar deve
investir em relações baseadas no diálogo e nas relações entre direção,
professores, alunos e outros funcionários.

3.4. SISTEMA ORGANIZACIONAL DA ESCOLA


Os diferentes movimentos de um todo administrativo, a distribuição hierárquica
do todo organizado em diferentes graus de efetividade, têm por finalidade a
construção de conhecimentos e a humanização das relações humanas. Tendo
como objetivo a construção da gestão democrática como espaço para a
participação, evidencia-se o sistema organizacional da escola, os setores
constitutivos desde o diretor até os funcionários e comunidade escolar que
constituem um conjunto dinâmico inseparável, com a participação ativa de
todos. A ação positiva de um componente ou setor resulta na consequência
positiva do conjunto, caso contrário, se um setor não desenvolve as suas
funções específicas, o todo organizacional da escola fica prejudicado.

A qualidade da educação é favorecida com a ação democrática global da


escola, pois nela o aluno forma a sua cidadania como mediação fundamental
para a construção da sociedade. A escola tem como missão fundamental
desenvolver uma ação conjunta e consciente, privilegiando o diálogo e o
desenvolvimento crítico das consciências, cujos resultados são a construção da
cidadania e a sociedade democrática. A gestão democrática da escola resulta
na síntese maior da educação do cidadão individual e da estrutura da
sociabilidade. A ação conjunta da escola forma a personalidade do educando,
nas dimensões física, intelectual, espiritual e social, e não apenas se restringe
ao modo tradicional de transmissão e aquisição de conhecimentos.

Para uma educação de qualidade, a escola deve desenvolver um programa de


formação dos professores na perspectiva de uma nova concepção
epistemológica focada na interdisciplinaridade. Uma Gestão Escolar global e
integrada em todos os sentidos tem como componente a construção de um
conhecimento integrador das disciplinas e que insere os conhecimentos
particulares num todo social e histórico mais amplo. Neste contexto, a
formação continuada do professor deve habilitá-lo epistemicamente a transitar
por conhecimentos estruturalmente mais complexos e inserir a sua disciplina
num todo maior. Os programas de formação dos professores devem capacitá-
los a dialogar com outras áreas do saber e com conhecimentos mais
universais.

Nas escolas constatamos um conjunto de professores habilitados


profissionalmente em trabalhar para o melhor desempenho dos alunos. Mas
uma disciplina exposta isoladamente não tem o mesmo êxito em termos de
função social, pois se cada professor desenvolve isoladamente o seu trabalho,
não contribui para uma gestão orgânica, para a interdisciplinaridade e para a
formação integral dos alunos. Nos espaços onde todos têm participação ativa,
contribuindo com ideias, sugestões, e principalmente para um ensino onde
todas as disciplinas se encaixam mutuamente.
Por isso, uma boa estrutura didática e administrativa do ensino deveria prever
algum sistema de aperfeiçoamento do professor em serviço, no contexto de
sua própria instituição e integrado as demais atividades da escola.
O professor, isoladamente, não se aperfeiçoa no conhecimento, e não
acompanha o que seus colegas de equipe estão desenvolvendo com os
alunos. Para isso, a formação continuada do professor deve ser realizada no
quadro institucional onde ele está inserido. O trabalho deve ser coordenado
pela equipe diretiva, para entrar um acordo comum de trabalhos, valores e
objetivos a serem realizados.
O planejamento do professor não deve ser um processo individual, pois o
exercício é referente à antecipação das atividades desenvolvidas. As
instituições escolares devem formular seus objetivos, executar e avaliar o
trabalho de forma conjunta. Por consequência, uma escola sem planejamento
resulta numa gestão de circunstâncias, as atividades são improvisadas
simultaneamente e os resultados obtidos não são avaliados. Em razão disso, o
ato de planejar deve ser uma atividade de reflexão e ação, sendo desenvolvido
com a participação de todos, fica mais acessível à busca de alternativas,
revisão de planos, avaliação dos resultados previstos, tendo em vista uma
análise crítica do trabalho realizado e busca de novos rumos.

Na atualidade, são muitas as exigências com relação aos professores que,


além de ensinar a disciplina de sua responsabilidade, devem ser facilitadores
das aprendizagens, organizadores de atividades e orientadores. Nas situações
atuais, o professor inclui nas suas habilidades a atenção às necessidades dos
alunos especiais cada vez mais presentes na rede de ensino. O professor, para
dar conta de tudo isso deve buscar junto a escola um embasamento e
aperfeiçoamento adequado para as novas funções e assumir o processo de
mudança educacional. A inclusão da formação contínua para seu
profissionalismo, sendo que a escola e a direção devem estar como suporte de
estrutura para atender as dificuldades enfrentadas.

A ação positiva de um setor da escola vai aprimorar a relação do trabalho


conjunto, e um setor que não desempenha as suas funções vai ter
consequências negativas no todo do sistema escolar. Diferentes peças devem
ser articuladas para que o todo se desenvolva integradamente, na perspectiva
da articulação global e no espírito de equipe. Nesse nível, o professor que tinha
como objetivo principal a sua área específica integra o todo da escola, pois
sem espírito de equipe nada funciona.

As relações horizontais estruturantes da escola são aquelas que se dinamizam


no mesmo nível. Assim, as relações de amizade entre os colegas, as relações
construídas no interior das turmas e as relações entre as turmas e as séries da
escola estruturam a horizontalidade das relações. As ações integradoras do
corpo docente e o dinamismo de formação continuada constitui outra esfera
horizontal de relações estruturantes estruturadoras da escola. A combinação
das forças deve ser em função da participação de todos para qualificação do
conhecimento e das relações humanas.

O sistema organizacional da escola também é constituído por um conjunto de


movimentos verticais de integração das diferentes esferas entre si. Nesta força
de integração, o diretor não toma arbitrariamente decisões que são
verticalmente impostas, mas são resultado do amadurecimento promovido nas
instâncias anteriores, partindo dos alunos, passando pelos professores,
secretaria, coordenação pedagógica até chegar na instância máxima de
decisão. Nesse dinamismo, as questões que chegam numa determinada esfera
não lhe são estranhas e extrínsecas, mas qualificam o processo pedagógico a
partir dela e engrandecem o todo escolar.

A democracia na escola, por sua vez, relaciona-se ao emprego de mecanismos


na Gestão Escolar, conselhos de escola, associação de pais e mestres, entre
outros, integrando a democracia como algo intrínseco à educação de
qualidade. Quando ocorre o diálogo, a escola é democrática, pois trata de algo
necessário presente nas relações cotidianas e pedagógicas.

Na acepção mais usual a escola se organiza para atingir seus objetivos com
base na distribuição do poder e da autoridade em seu interior. As escolas de
vários sistemas de ensino se organizam de forma semelhante, no formato
piramidal, no topo a direção, e logo abaixo, os demais funcionários. Além disso,
as escolas contam com órgãos colegiados como associação de pais e mestres,
conselho de escola, entre outros. Esses órgãos devem ter participação ativa na
escola, assim como os demais funcionários internos. As atividades internas
devem ser conduzidas na perspectiva da aceitação conjunta, que apesar de
fazer parte de uma instância hierarquizada, consiga promover a adesão,
criando formas que garantam a participação democrática.

Em diversas circunstâncias, esses aspectos são deixados de lado, pois a


administração dá mais importância à questão burocrática que recebe uma
cobrança mais acentuadamente vertical, em detrimento do lado participativo,
das necessidades da escola e do aprendizado dos educandos. Pois, o
processo democrático é coletivo e participativo, com todas as contribuições
formando um conjunto dinamicamente integrado. A formulação de projetos
voltados à comunidade a permitem participar da escola, não apenas para
festividades, mas como parceiros, integrando o projeto pedagógico de ensino-
aprendizagem.

Porém, o outro lado da situação acontece de forma indireta, pois o grupo que
trabalha na escola se fecha para si, não aceita as opiniões para não terem o
trabalho de discutir e participar. Outro motivo para a não participação na escola
é o tempo, muitos alegam não sobrar tempo para o grupo se reunir e realizar
funções de aperfeiçoamento, discussão e participação democrática. Contudo,
até as reuniões da escola acabam ficando comprometidas, pois o grupo não
consegue marcar um horário comum para conversar acerca das atividades
acadêmicas. A manutenção da equipe é fator que permite o melhor
entrosamento das ações e a continuidade qualitativa no trabalho desenvolvido
pela escola.

De acordo com Paro, (2007 p. 108):

Trata-se, portanto, de adotar a instituição escolar de uma estrutura


administrativa ágil, que favoreça o bom desempenho do trabalho coletivo e
cooperativo, calcada em princípios democráticos que fortaleçam a condição de
sujeito (autor) de todos os envolvidos, mas que, ao mesmo tempo (não
alternativamente), procure preencher seus postos de trabalho com pessoas
identificadas com esses princípios, e empenhadas na realização de um ensino
de qualidade.

A estrutura organizacional e administrativa da escola é articulada por uma


estrutura dinâmica capaz de integrar todos os setores da escola numa única
atividade conjunta. O trabalho cooperativo consiste na interrelação de todos os
setores num movimento onde cada qual determina os outros e é por eles
determinado. Todas as esferas estabelecem relações recíprocas com todas as
outras, cada qual é aberta à totalidade da estrutura escolar que integra
positivamente cada esfera particular. A totalidade da estrutura escolar é
formada pela interrelação e interdependência de todos os setores, enquanto a
especificidade constitui um momento do todo. Além da agilidade funcional da
instituição escolar, ela é dinamizada pelo espírito coletivo através do qual todos
aparecem como sujeitos do processo de construção da estrutura escolar. Uma
tal organização não é prejudicada com a substituição de um membro facilmente
integrado na dinâmica global em pleno andamento.

A educação consiste na mediação da formação integral do homem em sua


dimensão histórica, para assegurar a qualidade de ensino nas escolas na
conjugação das dimensões individual e social. A dimensão individual é dada
pela personalidade do educando, em autodeterminação pelo trabalho, através
do qual se produz a si mesmo e o mundo. A dimensão social é derivada da
condição da pluralidade do homem, não apenas educa-lo para o bem viver
individual, mas que seja habilitado para viver em comunidade. A vida
comunitária é a base para a fundamentação dos valores democráticos
afirmados no interior da escola e da sociedade. O fundamento da
democratização da gestão é o ambiente escolar marcado pela qualidade das
relações e do conhecimento, para participarem conscientemente dos processos
sociais e da cidadania.

4. PRÁTICA DA GESTÃO NAS ESCOLAS


O capítulo que segue expõe o resultado do trabalho de campo apresentado
como pesquisa de cunho qualitativo, para, posteriormente, analisar
teoricamente os dados recolhidos de gestões escolares desenvolvidas no
Município de Marau. A pesquisa foi inspirada no trabalho do gestor público
geral até o privado, envolvendo contextos de diferenças sociais e econômicas.
Detive a minha investigação num questionário de fácil compreensão para ser
respondido num formato descritivo.

A realização da pesquisa tem por finalidade estudar as determinações da


estrutura organizacional da Gestão Escolar. Uma gestão moderna e
democrática tem como resultado a qualificação do processo de ensino-
aprendizagem e das relações humanas.

A motivação da pesquisa surgiu para melhor analisar as contribuições teóricas


sobre Gestão Escolar participativa e a ação dos gestores nas suas respectivas
escolas. Os questionamentos dizem respeito à ação na modalidade curricular,
organizacional, planejamento de atividades, formação continuada dos
professores, participação da comunidade da vida escolar, construção da
interdisciplinaridade, práticas escolares sobre decisões participativas ou
unilaterais, avaliação institucional, qualificação do processo de ensino e
aprendizagem etc.

A pesquisa constitui-se de perguntas elaboradas a partir da fundamentação


teórica desse trabalho, na tentativa de elaborar um conceito da Gestão Escolar
atual. Formuladas as questões, elas foram encaminhadas às escolas, dentre as
quais, algumas não se disponibilizaram a responder e outras responderam de
forma genérica.
Neste espaço tenho como objetivo mostrar algo da realidade escolar das
instituições em que realizei a pesquisa, através de uma breve contextualização.
Foram pesquisadas um total de oito escolas, distribuídas em três grupos, duas
escolas privadas, três escolas municipais e três escolas estaduais, situadas em
diferentes regiões da cidade.

Apenas duas escolas recebem alunos desde a Educação Infantil até o Ensino
Médio, as demais recebem alunos a partir do primeiro ano. As escolas são
sustentadas por mantenedoras diferentes como o Governo do Estado, o
Governo Municipal e duas escolas privadas não recebem subsídios de
nenhuma espécie. As escolas funcionam em turno integral, abrangendo alunos
de diversas regiões da cidade, que utilizam transporte gratuito concedido pelo
Governo Municipal e transporte particular para a locomoção.

Os educandos de todas as escolas são oriundos, na sua maioria, da cidade de


Marau e possuem um nível socioeconômico médio. Todas as escolas praticam
a dinâmica da inclusão, atendendo diversos estudantes, até mesmo no ensino
privado os alunos em condições financeiras menos favoráveis, com o sistema
de bolsas de estudo, tanto integrais quanto parciais, contemplando uma
significativa parcela de alunos.

O questionamento foi preferencialmente aplicado ao diretor escolar, e, na


ausência dele, deixaria a pesquisa a ser desenvolvida pelo seu respectivo vice.
A distribuição das questões foi realizada em julho de 2012, entregues e
recolhidas por mim, primeiramente aconteceu a minha apresentação na
chegada à escola, solicitando se ela contribuiria com a resposta às questões
propostas.

Juntamente com as questões, foi entregue um termo de compromisso onde


constava minha assinatura como acadêmica, a assinatura do orientador, da
instituição responsável pelo Núcleo de Pesquisa e da pessoa entrevistada.

4.2. PERGUNTAS E RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO DA PESQUISA


1. Como é trabalhada a gestão de recursos humanos na escola e como as
qualidades dos professores e demais são integrados no todo escolar?

A pesquisa evidencia que a pauta de reuniões é um aspecto que deve ser


muito bem elaborado em sua estrutura, tendo um tema principal que será
abordado e uma organização bem evidenciada. Na análise das respostas da
pesquisa percebe-se que é elaborada pela equipe diretiva conforme as
situações observadas pelo diretor. Em algumas escolas há um cronograma
estabelecido a partir do critério de certa periodicidade organizacional, abrindo
espaço para a realização de outras quando as circunstâncias o requerem. Uma
temática constante e transversal em todas as reuniões é a formação
pedagógica e didática dos professores.

O trabalho realizado em equipe é a melhor forma de superação da ação


meramente profissional e empresarial. A organização da pauta de reuniões
deve ser realizada na perspectiva de um olhar sensível e intelectual que
identifica os problemas da escola e que requerem soluções permanentes.
Quando os problemas e as necessidades são explicitados, o gestor escolar e o
corpo docente da escola participam ativamente na sua solução. Os problemas
quotidianamente enfrentados pela escola não constituem entraves para a
aprendizagem escolar, mas a dinâmica de solução caracteriza a lógica do
desenvolvimento permanente da gestão da escola. Assim, um trabalho de
gestão democrático é estruturado pelo consenso na concretização coletiva dos
objetivos, na dinamização organizacional e no fazer pedagógico.

No processo de organização da pauta de reunião, o gestor deve voltar o seu


olhar para tudo o que acontece e discutir para rever as ações diante das
situações e acontecimentos. O diálogo abre espaço para que as ideias postas
pelos participantes sejam avaliadas e concretizadas na escola e um meio
propício para a verificação do alcance efetivo das metas e objetivos. A abertura
dos professores ao diálogo em equipe resulta no desenvolvimento de uma
metodologia comum de trabalho que motiva a aprendizagem dos alunos.

Quando consta na pauta de reunião o planejamento escolar, o gestor medeia


as questões a serem discutidas em equipe. Os principais assuntos relativos à
dinâmica escolar devem ser informados e discutidos conjuntamente com a
finalidade de incrementar a corresponsabilidade no planejamento escolar.
Como momentos de partilha de ideias e de experiências, deve ser realizado um
diagnóstico a partir dos dados fornecidos pela pesquisa, explicitar a realidade
da escola para melhor abordar um problema e diagnosticar as suas causas.

Segundo Libâneo (2001, p. 139).

O diagnóstico terá a extensão que se julgar mais conveniente. Todavia, se a


escola nunca fez um diagnóstico completo, é bom que o faça uma primeira vez
e o refaça de tempos em tempos. Nesse caso cabe uma caracterização sócio-
econômica, cultural, jurídica, das condições físicas e materiais, do pessoal
técnico e docente, do clima da escola, tipo de gestão, relacionamento com pais
e comunidade.
A importância da realização do diagnóstico na escola deve começar pelos
alunos que a escola acolhe, conhecendo-os melhor, de onde procedem, quais
suas expectativas, como está o conhecimento dos alunos. É necessário
informar aos alunos da importância para a escola a coleta desse conhecimento
sobre eles. O diagnóstico tem uma grande extensão, abrangendo desde os
alunos até o relacionamento com a comunidade local, possibilita que seja
avaliada a realidade local, para poder diagnosticar o seu problema e,
posteriormente, solucioná-lo.

A situação do diagnóstico no processo educativo é bastante complexa, pela


variedade de fatores constantes no processo de aprendizagem, adaptação
escolar e fatores de ordem interna: físicos, intelectuais, emocionais e externos
diretamente ligados ao meio ambiente. O diagnóstico na educação,
acompanhamento dos objetivos educacionais, sempre voltados para o
processo de desenvolvimento integral da personalidade do aluno.

O gestor, antes de começar a resolver os problemas escolares, deve


diagnosticar as causas do problema, iniciando a análise a partir do fator comum
que está ocasionando tal problema, e a forma de tratar será mais fácil de
coincidir com o problema. A escola tem um espaço aberto para a realização do
seu Projeto Político Pedagógico, definir seus rumos e planejar suas atividades,
de modo a responder às demandas da sociedade. A autonomia permite à
escola construir a identidade, organizar seus planos conforme a realidade, na
perspectiva da dinamização do todo escolar, desde o conhecimento do
contexto local da escola até o conhecimento da comunidade escolar. Conforme
consta na LBD, no artigo 14, o princípio da Gestão Escolar democrática é a
participação dos profissionais da educação na elaboração do Projeto
Pedagógico da escola.

Dessa forma, como investigamos o processo de elaboração do Projeto Político


Pedagógico, apareceram aspectos significativos, tais como a ênfase dada ao
trabalho coletivo para a sua construção enquanto síntese de múltiplas
contribuições. Como o documento, na maioria das escolas pesquisadas, é
resultante da ação global que envolve todos os setores da escola, norteará as
atividades desenvolvidas em seu interior, iluminará as ações individuais e
esclarece a integração dos diferentes setores na totalidade do processo
pedagógico. Para as escolas pesquisadas, o Projeto Político Pedagógico é a
ferramenta de organização política e diretriz pedagógica nas relações humanas
orientadas à construção do conhecimento.

Segundo Libâneo (2001, p. 132).

Pode-se dizer, então, que o projeto representa a oportunidade de a direção, a


coordenação pedagógica, os professores e a comunidade, tomarem sua escola
nas mãos, definir seu papel estratégico na educação das crianças e jovens,
organizar suas ações, visando a atingir os objetivos que se propõem. É o
ordenador, o norteador da vida escolar.

Segundo o autor, percebemos que o projeto contém um dinamismo articulador


enquanto sonho por parte dos que o elaboraram, como, igualmente, se
concretiza nas múltiplas ações e relações pedagógicas desenvolvidas. O
Projeto Político Pedagógico representa o elo de ligação entre a direção, a
coordenação pedagógica, os professores e a comunidade em geral que
desenvolvem uma atividade conjunta orientada à educação das crianças e dos
jovens. O Projeto Político Pedagógico define o papel dos diferentes setores da
escola, contém os fundamentos filosóficos e pedagógicos orientadores da
prática quotidiana e articula a vida escolar como um todo. A relação entre a
teoria e a prática se dá num círculo em que a ação é esclarecida pela reflexão
quando é instaurada uma nova prática. O Projeto Político Pedagógico constitui
um instrumento teórico de avaliação da atividade escolar e de transformação
da prática consolidada a partir da avaliação.

A pesquisa evidenciou que o Projeto Político Pedagógico é reconstruído em


cada novo ano escolar, quando o ingresso de alunos apresenta novos desafios
a serem enfrentados. Com a incorporação de novos membros à comunidade
escolar, eles devem ser integrados à dinâmica global do processo pedagógico
e da Gestão Escolar quando o Projeto Político Pedagógico precisa ser
novamente estudado e avaliado. Os alunos novos, oriundos de diferentes
tradições culturais e portadores de diferentes saberes, precisam ser acolhidos
e integrados na perspectiva dos princípios pedagógicos e da organização
conjunta da escola. O ingresso de novos professores e novos funcionários
deve ser realizado na perspectiva da dinâmica pedagógica e organizacional da
comunidade educativa para que as capacidades individuais não sejam
espontaneamente praticadas, mas integradas na totalidade dinâmica da
estrutura escolar. Assim, o Projeto Político Pedagógico não é apenas um texto
que fica escondido numa gaveta, mas compreende uma dinâmica permanente
de construção, adaptação e reconstrução. Com a constante incorporação de
novos integrantes e enfrentamento de novos desafios, a escola atualiza
permanentemente o processo de organização.

Para a construção do Projeto Político Pedagógico é de vital importância que a


escola seja capaz de discutir uma teoria pedagógica com a finalidade de dar
um embasamento filosófico à ação educativa e construir um texto com
consistente fundamentação teórica. É muito válido, também, que a escola
consiga debater em conjunto uma teoria para elaborar o Projeto Político
Pedagógico, dar ênfase a um intelectual ou mais, para que o trabalho prático
tenha um embasamento teórico. Para esse procedimento, a escola pode
estudar uma obra fundamental, um conjunto de obras fundamentais ou alguns
intelectuais afins e construir uma síntese teórica capaz de iluminar o processo
de organização da escola nos pilares da gestão integradora dos diferentes
setores, da interdisciplinaridade e das relações com a sociedade. Uma
consistente fundamentação teórica é decisiva para a inserção da escola na
sociedade e para a transmissão e reconstrução do conhecimento.

5.2. PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES ESCOLARES


O planejamento das atividades pedagógicas foi um aspecto pesquisado nas
escolas. A lacuna observada numa escola pela ausência de uma pessoa que
desenvolva o trabalho de orientação dos professores para planejar as
atividades, ficando como tarefa da equipe diretiva, essa atividade fica
comprometida se a equipe diretiva não estiver bem preparada para fazer essa
orientação. Sendo o planejamento um pré-requisito para um bom trabalho em
sala de aula.

Numa outra escola pesquisada, ao contrário, evidencia que, semanalmente, a


coordenadora dispõe de um horário de atendimento para cada professor avaliar
o planejamento realizado com a turma, orientar e dialogar acerca do processo
de ensino-aprendizagem. Essa instância de diálogo contribui muito para a
melhoria do planejamento, revisão do processo, aperfeiçoamento da
metodologia e introdução de novos recursos pedagógicos, visando o
aperfeiçoamento global do processo.

Segundo Libâneo, ( 2001, p.124):

Uma importante característica do planejamento é o seu caráter processual. O


ato de planejar não se reduz à elaboração dos planos de trabalho, mas a uma
atividade permanente de reflexão e ação. O planejamento é um processo
contínuo de conhecimento e análise da realidade escolar em suas condições
concretas, de busca de alternativas para a solução de problemas e de tomada
de decisões, possibilitando a revisão dos planos e projetos, a correção no
mundo das ações.

O processo de planejamento não consiste em elaborar um conjunto de metas


de ação a serem posteriormente concretizadas. Não caracteriza, portanto, uma
polarização segundo a qual as ações são traçadas no começo do ano e é
realizado o que foi previamente estabelecido. Mas o planejamento totaliza um
processo permanente de reflexão e de ação circularmente integradas na ação
como concretização da reflexão e a reflexão como uma análise da ação. A
estrutura global da escola se transforma em objeto de análise teórica para
apontar os melhores caminhos de solução dos problemas. A tensão entre a
ação e a reflexão resulta num processo de permanente planejamento,
concretização, e em novos momentos de planejamento e concretização. A
reflexão conduz os rumos da ação, enquanto essa concretiza os princípios
racionais da reflexão.
E para uma gestão democrática ser construída numa escola, ela precisa de um
planejamento participativo, que conte com todos os representantes
participativos para a tomada de decisões e na elaboração de metas e
estratégias de ação. A participação, além de aprimorar a gestão, agrega a
responsabilidade e compromisso coletivo com os objetivos comuns definidos. O
planejamento tem a função de analisar a realidade escolar, identificando as
dificuldades existentes e a sua causa, definir os objetivos e metas que
compatibilizam com o sistema escolar, na determinação de atividades
compatíveis com os recursos materiais e humanos.

Segundo as observações realizadas, há escolas que adotam um material


padronizado já elaborado pelas editoras, sendo apenas necessária a sua
aplicação pelo professor. Mas o emprego de material previamente elaborado
permite a abertura para o exercício do planejamento por parte do professor,
proposição de outras atividades e condução do processo segundo as
necessidades dos educandos. Observa-se, em algumas escolas pesquisadas,
que os professores são orientados a planejar suas atividades em conformidade
com as diretrizes do Projeto Político Pedagógico da escola. Através dele, os
professores constroem a mediação entre as exigências específicas de suas
disciplinas e a ação conjunta de toda a escola.

Percebe-se, diante de respostas da pesquisa, a importância de planejar e o


equilíbrio que gera para o professor, pois as restrições da sala de aula fazem
com que o professor enfrente uma série de impasses. Em muitas situações, os
limites inerentes a uma disciplina e à especialidade própria do docente não são
superados, dificultando a abertura aos outros saberes e integração à
complexidade do processo escolar como um todo. O planejamento é um
processo constante de reflexão sobre as ações, de correção dos rumos
adotados e de reelaboração constante dos projetos e conteúdos desenvolvidos.
E para a obtenção de sucesso no ensino, depende de vários fatores como a
interação entre os alunos e a relação deles com o professor e o saber. Para um
bom planejamento, deve ser considerada a qualidade de aprendizagem de
todos os discentes e realizar o diagnóstico da produção dos alunos com
frequência. Também trocar impressões e estratégias com os colegas.
Um gestor entrevistado manifesta o sentido do planejamento realizado em
conjunto com a sua equipe mais próxima. Para vários, o planejamento deve ser
ampliado no sentido de envolver toda a comunidade escolar, pois as ações são
desenvolvidas com a finalidade de alcançar as mudanças desejadas. Os
pontos positivos e a limitações inerentes à dinâmica escolar precisam ser
periodicamente avaliados para qualificar as ações. Mesmo em condições de
um bom planejamento escolar, os problemas precisam ser solucionados na
perspectiva de um processo reflexivo e de ações propositivas. A prática é
aprimorada com a elaboração de relatórios reflexivos, com registros das ações
discutidos em instâncias de coordenação.

5.3. PARTICIPAÇÃO ATIVA DA COMUNIDADE NA ESCOLA


Quando a comunidade participa da vida escolar, ela pode ser inserida em
várias instâncias, desde que a escola tenha abertura. Sabendo de sua
importância, foi levado em consideração e observado como as escolas do
Município estão abrindo esse espaço à participação da comunidade.

Todas as escolas demonstram ter a comunidade especialmente ativa na


escola, através de festas, homenagens, celebrações, feiras e entrega de
resultado aos alunos. As escolas convidam a comunidade a participar da vida
escolar que corresponde reciprocamente, conciliando horários de trabalho com
atividades escolares. Pelos dados evidenciados pela pesquisa, os pais dos
alunos demonstram abertura quando são convidados a participar dos eventos
promovidos pela escola.

A escola é integrada por uma instância pedagógica denominada Conselho de


Pais e Mestres. São representantes que prestam uma significativa contribuição
ao educandário, pois participam na tomada de decisões, na discussão dos
resultados acadêmicos, são referência de apoio pedagógico aos alunos e
mediatizam as relações da escola com a comunidade. Todas as escolas
pesquisadas são formadas pelo conselho que estabelece vínculos entre os
pais, a escola, os professores e os alunos, edificando a corresponsabilidade
entre as famílias e a escola na formação dos alunos.
Quando a estrutura global da escola é integrada por um grupo que representa
as famílias, os pais têm à sua disposição um canal de comunicação com o
educandário. Através dele, os pais penetram na escola e acompanham
diretamente os filhos nos aspectos pedagógico, acadêmico, intelectual e social.
Através da entidade representativa dos pais, as famílias tomam conhecimento
do processo de desenvolvimento escolar dos filhos, incentivam a atualização
permanente das potencialidades e ajudam a superar as dificuldades. Com a
presença dos pais na vida escolar dos filhos, é facilitado o acesso ao professor
quando os alunos apresentam problemas disciplinares e dificuldades de
aprendizagem em determinadas disciplinas.

O acompanhamento pelos pais da vida escolar dos filhos está diretamente


vinculado com o aspecto epistemológico da interdisciplinaridade. A presença
da comunidade na escola torna mais ativa a ação conjunta dos professores na
construção de instâncias epistemológicas que envolvem o conjunto das
disciplinas. Para além da especialização e fragmentação dos saberes, as
escolas são desafiadas a construir espaços teóricos que envolvem várias
disciplinas integradas num sistema mais amplo de saber. O trabalho conjunto
dos profissionais da educação resulta na interdisciplinaridade caracterizada
como uma lógica de interdependência entre as disciplinas.

As escolas pesquisadas apresentaram nas respostas uma consciência acerca


da importância da interdisciplinaridade na construção do conhecimento. As
pessoas pesquisadas manifestaram como um componente constitutivo do
processo de elaboração do plano de ensino. A visão epistemológica segundo a
qual disciplinas específicas integram um todo maior de uma complexidade de
disciplinas e saberes passa a ser um dos assuntos privilegiados das reuniões
pedagógicas dos professores. Eles buscam instâncias e formas para
concretizar no quotidiano escolar um formato interdisciplinar de conhecimento
que evidencia a complexidade do mundo.

Sempre que, por parte da escola, existirem iniciativas para articular a


integração das disciplinas, mais qualificado será o ensino e mais amplo e
intenso será o conhecimento do aluno. Assim, essa questão é uma forma para
os profissionais da educação se aliar numa perspectiva conjunta para o
desenvolvimento do mesmo trabalho. Isso torna possível a superação da
especialização dos saberes por um conhecimento capaz de se constituir em
áreas do saber e articular-se na perspectiva sistemática de conceitos
transversais.

As escolas que trabalham com decisões participativas têm uma experiência de


maior autonomia em relação às demais que trabalham de forma unilateral. As
escolas que articulam uma ação inspirada na abertura e participação
democrática suscitam a participação, não apenas da comunidade interna, mas
também a comunidade externa participa dos processos da escola.

Existem nas escolas alguns representantes de equipe, como os pais dos


alunos que escolhem um representante dos pais para levar as informações até
a escola, sem precisar que todos se dirijam até ela para ressaltar alguma
informação. Os alunos, por sua vez, escolhem seus representantes que
conduzem as posições relativas aos problemas às pessoas competentes,
favorecendo a comunicação. As escolas pesquisadas demonstraram uma
abertura para a participação de todos na condição de sujeitos pedagógicos.

A participação acontece de várias formas, pelos representantes, professores,


em reuniões, assembleias para aprovação de normas, troca de ideias e
consenso. Em relação às iniciativas dos alunos, a pesquisa revelou que as
escolas escutam as suas sugestões. Para alcançar determinadas metas e
objetivos, as avaliações escolares são discutidas conjuntamente, com a
participação da direção, do corpo docente, dos pais e dos representantes dos
alunos. A realização das avaliações é diretamente acompanhada pelo
monitoramento das ações, discussão dos resultados e democratização da
gestão para ampliar a participação das pessoas nas práticas escolares. Esse
grau de participação da comunidade ultrapassa a modalidade de convocação
num evento importante da escola e se consolida na espontaneidade da
presença em todas as atividades. A conquista pela escola desse nível de
participação é desafiador quando a comunidade não tem uma tradição de
presença na vida da escola.

5.4. IMPORTANCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES


A formação continuada dos professores é um elemento constitutivo do sistema
de organização e gestão da escola. Esse processo compreende o
aperfeiçoamento e especialização, inovação na realização das atividades e
desenvolvimento intelectual e pedagógico dos profissionais da educação.
Quando a formação continuada dos professores está bem estruturada,
transforma-se num dos mais eficientes instrumentos para a melhoria do ensino.
Quando os professores adentram nessa dinâmica, eles dispõem de uma
ferramenta de aprendizagem profissional, pessoal e cultural.

Para a concretização da formação continuada dos professores é necessário um


planejamento das atividades que a integra ao cronograma conjunto de ações
da escola. Há razões bastantes para a efetivação dessa ação escolar,
particularmente no processo rápido de transformação da realidade global, com
a emergência de novas tecnologias e novos saberes. O contexto de profundas
transformações exige dos profissionais da educação atualização constante na
aplicação de tecnologias educacionais, desenvolvimento de novas habilidades
pedagógicas e construção de novos conhecimentos. A formação continuada
dos professores também é exigida em função da fraca preparação dos
egressos dos cursos de licenciatura. A desmotivação pelos baixos salários,
indisciplina dos alunos, incapacidade de trabalho na perspectiva do lugar
cultural no qual a escola está inserida e falta de atualização são fatores que
comprometem a ação qualificada do professor.

Conforme Libâneo, (2001, p. 191.)

A formação em serviço ganha hoje tamanha relevância que constitui parte das
condições de trabalho profissional. Os sistemas de ensino e as escolas
precisam assegurar condições institucionais técnicas e materiais para o
desenvolvimento profissional permanente do professor
A formação do professor não está separada de sua ação em sala de aula e na
escola. Ele não conclui a sua formação acadêmica numa universidade e,
posteriormente, aplica os conhecimento e habilidades adquiridas na prática
escolar. O professor se forma na medida em que desenvolve a sua ação como
educador. Os novos desafios que os educandos vão apresentando exigem do
professor uma resposta pedagógica concreta através da qual concretiza a
formação continuada. O desenvolvimento profissional do professor não é
apenas de sua responsabilidade, mas as escolas e os sistemas de ensino
devem proporcionar condições adequadas para o aprimoramento técnico,
pedagógico e intelectual do profissional da educação.

A partilha de experiências nos encontros, debates a partir de leituras,


realização de estudos conjuntos, entre outros aspectos, contribui para a
formação do professor como ser crítico, curioso e aberto ao novo. Na
atualidade, um dos grandes desafios para o educador é a entrada da
tecnologia nas escolas e o professor é obrigado a adequar-se aos sofisticados
recursos tecnológicos. O professor necessita ser formado na habilidade de
incluir na sua prática quotidiana recursos que canalizam a tecnologia para a
aprendizagem e a construção do conhecimento. Conforme pesquisa realizada,
a inclusão das modernas tecnologias não é apenas um meio mais fácil e ágil
para alcançar o conhecimento, mas a tecnologia carrega outro sistema de
conhecimento onde tudo é democratizado e socializado.

Em plena era da tecnologia educacional, os gestores escolares expressam a


limitação do hábito de leitura, de escrita e da pesquisa pouco cultivados. Muitos
educadores resistem ao uso dos recursos tecnológicos disponíveis, preferindo
permanecer nas mesmas práticas desenvolvidas até a atualidade. Diante das
novidades proporcionadas pela presença da tecnologia na educação, muitos
professores resistem a esse universo em função da necessidade de reciclar o
seu processo formativo. Segundo a pesquisa realizada, os gestores
educacionais manifestaram a necessidade de aplicação dos recursos
tecnológicos na aprendizagem, pois os recursos atraem o aluno que rejeita as
metodologias tradicionais.
Na atualidade percebemos, constantemente, as inovações estruturais que as
escolas atravessam, os currículos integralizados, as mídias, o perfil do aluno
que se modifica em função da assimilação dos novos valores, a grande
quantidade de informações que recebem, as propagandas e problemas sociais.
É neste contexto que os professores exercerem a profissão e buscam na
formação um meio para conseguir exercer o seu trabalho, compreendendo as
situações para poder enfrentá-las.

5.5. AVALIAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PROFISSIONAL


E OUTROS SETORES DA ESCOLA
As modalidades de avaliação na instituição agregam um valor ao conjunto das
ações, tendo em vista a tomada de decisões para novas ações. Os gestores
entendem o processo de avaliação de muitas maneiras, executada com
diversos representantes, na forma quantitativa, formativa, diagnóstica, contínua
e dentro de um processo interativo. Uma avaliação globalizada agrupa os
alunos que são avaliados na perspectiva do olhar do conhecimento,
valorização, interesse e empenho, na condição de sujeitos do seu próprio
desenvolvimento.

A avaliação realizada nas escolas supõe um instrumento para verificar se os


objetivos e saberes previstos estão sendo atingidos. No passado, a avaliação
nas escolas era vista como uma análise da aprendizagem dos alunos,
atualmente, ela é mais globalizada. Na modalidade atual o trabalho dos
profissionais faz parte de uma avaliação de sistemas, determinando os
objetivos e dependendo de fins para que a escola esteja a serviço da
comunidade externa.

Nas escolas pesquisadas, os professores são avaliados anualmente e em cada


reunião pedagógica é realizado um diagnóstico do que deve ser mudado e
aprimorado. Em algumas escolas, a avaliação com os professores é realizada
por uma comissão eleita pelo do corpo docente, quando os docentes
apresentam seus certificados de formação durante o ano.
A avaliação deve servir, não apenas para avaliar o professor e o aluno, mas
para analisar a qualidade da educação oferecida nas escolas. A avaliação
compreende o questionamento geral relativo ao atendimento das demandas da
escola e a edificação, no seu cotidiano, de suas representações quanto à
qualidade oferecida. Por isso, é importante a implantação de programas para a
avaliação dos sistemas educacionais, com questionamentos padronizados para
maior controle na qualidade do ensino e da vida escolar.

Muitos problemas enfrentados pelas escolas estão diretamente relacionados à


carência e à falta de avaliação. Como, em muitas circunstâncias, a avaliação é
realizada com precariedade, problemas relacionados à aprendizagem escolar e
às relações entre as pessoas, por exemplo, não são detectados e o seu
agravamento será muito mais difícil de resolver. A pesquisa esclareceu que,
quando a avaliação é feita com regularidade, os indicativos evidenciam os
problemas e apontam as soluções. Quanto às atribuições do professor, a
avaliação aponta o perfil das competências nas suas relações com o conteúdo
e com os alunos, apontando ações diante de potencialidades e fragilidades.

O processo de ensino-aprendizagem escolar deve ser qualificado e iniciativas


devem ser tomadas por parte da escola. Nesse processo, o gestor escolar
deve acompanhar diretamente o trabalho do professor em sala de aula para
solucionar as dificuldades enfrentadas na prática pedagógica. O processo de
ensino- aprendizagem tem como objetivo instigar a reflexão, a problematização
e a conscientização do papel social desenvolvido dentro da escola. Para
assegurar a qualidade do ensino e da aprendizagem é importante que o corpo
docente perceba a importância do relacionamento, do intercâmbio, o valor dos
saberes, da afetividade e da ética no processo democrático, pois o aluno atual
será o cidadão atuante no futuro.

Diante da pesquisa realizada, muitas reflexões se complementam a respeito do


aprimoramento desses fatores que envolvem o processo de ensino-
aprendizagem, demonstrando que as escolas estão preocupadas com a
qualidade acadêmica. As escolas trabalham para que os professores recebam
formação contínua e permanente, mantendo convênios com diversas entidades
que promovem palestras e seminários para oferecer um ensino atualizado e
que participem de projetos desenvolvidos pela escola.

Uma resposta significativa dada pelos gestores é a necessidade de manter


todo o processo do contexto escolar unido para facilitar a observação dos
acontecimentos, identificando as necessidades sentidas pelos professores em
seu trabalho. Isso é completado com a totalização e dinamização das relações
cognitivas entre conteúdo, disciplinas, professores e projeto pedagógico
canalizados na interdisciplinaridade.

Quando há um clima de confiança entre professores, direção e coordenação


pedagógica, as atividades tendem a ser realizadas de forma participativa e
aberta. O desenvolvimento das atividades e o planejamento das mesmas tem
como ingrediente o agendamento do reforço escolar para os alunos com
necessidades, diálogo em relação a metodologias alternativas de ensino,
registros sobre o desenvolvimento cognitivo dos alunos, avaliação do todo,
acompanhamento psicológico, exigências comuns, diálogo com a família e
atividades criativas para manter o estudante interessado nas atividades
escolares.

A escola, atualmente, enfrenta desafios pedagógicos, epistemológicos e


acadêmicos em sua gestão. Na pesquisa foram identificadas algumas
contradições nas quais os gestores escolares estão inseridos e que desafiam a
sua ação. Um dos grandes desafios dos gestores e da escola como um todo é
a desestruturação familiar. Em muitas circunstâncias, a escola é obrigada a
suprir demandas não realizadas na esfera das relações familiares, abrindo mão
de algumas atribuições fundamentais. Essas carências dão sequência nos
graus subsequentes de escolarização das pessoas, quando um nível é
obrigado a suprir as deficiências dos anteriores.

Um gestor chamou a atenção acerca da formação para os valores humanos e


cristãos, de dar testemunho de vida e de contribuir na construção de uma
identidade pessoal e social, que desperte para a sensibilidade e solidariedade.
Por esse caminho, o educando e o educador devem sentir-se responsáveis,
integrados e comprometidos com todo o processo educativo. Educar para
capacitar pessoas pensantes, participativas, questionadoras e capazes de
apontar soluções e resolver problemas.

A pesquisa realizada apresenta desafios relativos à inserção das escolas em


diferentes contextos comunitários. O aspecto dominante dos desafios da escola
é a formação integral do ser humano individualmente estruturado pelas
dimensões da corporeidade, do psiquismo e da razão; relacionalmente aberto
ao mundo na relação de objetividade, aos outros e à história na relação de
intersubjetividade e ao absoluto na relação de transcendência. O desafio da
formação integral do ser humano não se restringe à sua educação como
indivíduo, no melhor estilo do subjetivismo moderno, mas em formá-lo num
contexto de múltiplas relações. A educação integral comporta o processo
simultâneo de constituição da subjetividade e da interioridade estruturais e de
constituição das relações grupais e sociais.

As respostas colhidas pela pesquisa evidenciaram o desafio da ação conjunta


do corpo docente com a finalidade de incrementar um processo de ensino-
aprendizagem capaz de fornecer ao aluno um conhecimento amplo da
realidade. Por parte dos gestores escolares, os conflitos entre os docentes
requerem uma atenção permanente, pois, o docente, ao buscar a sua
autoafirmação, tende a enfraquecer a ação dos outros. O problema se torna
mais complexo quando vários docentes buscam a afirmação de seus espaços
com a tentativa de diminuir o espaço de ação de outros docentes. Para evitar a
formação de uma situação de egocentrismo generalizado, as escolas procuram
motivar o ambiente de trabalho com frases motivacionais, elevar a autoestima
dos professores com dinâmicas de grupo, realização de palestras, encontros
de confraternização e valorização profissional.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer deste estudo foram demonstrados aspectos que caracterizam a
Gestão Escolar enfocada pelo princípio orientador a democratização. Pois,
trabalhando na perspectiva de uma gestão democrática abrem-se espaços
para a participação das pessoas. Elas conseguem demonstrar da melhor forma
o controle de seu próprio trabalho, sentindo-se parte da realidade do contexto
escolar. Mediante essa prática é superada a ação do poder individual e se
promove a competência na unidade escolar como um todo.

A estrutura organizacional das escolas deve ter como princípio o trabalho em


conjunto entre todas as pessoas que fazem parte do grupo escolar, agem em
prol dos objetivos da educação relacionada à sociedade e formação dos
alunos. O gestor escolar tem papel muito importante no centro das
organizações escolares, pois ele deve ser considerado como o mediador de
todas as ações efetuadas pelos componentes da escola. A instituição escolar
não deve ser uma instituição que age de forma isolada, mas estabelece
relações com toda a sociedade. Sendo o gestor o representante da instituição,
ele necessita de conhecimentos administrativos e pedagógicos.

Ao longo desse estudo analisou-se a distribuição de funções na estrutura


interna da escola, trabalhando de forma articulada com o gestor, assim todos
os setores agem com motivação e satisfação para o desenvolvimento conjunto
da comunidade escolar. Os setores, ao sentirem-se integrantes da dinâmica
escolar, sentir-se-ão convidados a compartilhar as ideias e aceitam as suas
sugestões. O diretor, ao adotar a gestão democrática para gerir a sua
instituição, orientará a escola para a participação e a transparência nas ações.
Nesse modelo de Gestão Escolar, cada integrante tem direito à livre expressão
de suas posições, independente do nível hierárquico em que se encontra.

A pesquisa realizada demonstrou que, para haver novas relações entre escola
e comunidade, é preciso ser promovida a efetivação da democratização na
Gestão Escolar, repensando a teoria e a prática e suprindo os controles
formais. A priorização da avaliação dos resultados advindos de uma gestão
participativa, com a participação da comunidade no controle social das escolas
e a qualidade de ensino canalizada pela gestão democrática.

A participação coletiva de todos os setores da escola nas decisões


pedagógicas dá início à superação do poder autoritário e individualista. A
gestão democrática contemporânea vem com a finalidade de estabelecer cada
vez mais novos vínculos internos na escola e vínculos com a comunidade
externa. A democratização institucional tornou-se um novo caminho para
promover a prática pedagógica para a contribuição do processo participativo
mais amplo. Como princípio da gestão democrática é promovido na
comunidade escolar uma nova redistribuição das responsabilidades, tarefas,
metas para intensificar o maior comprometimento com os objetivos
educacionais.

O gestor deve influenciar diretamente o profissional da educação, estando em


contato com os docentes, faz com que cada segmento interno ou externo sinta
que a escola pertence a eles e, com isso, o gestor deve ser para esses
membros fonte de inspiração e apoio. O estímulo da criatividade e o confronto
das ideias conquistadas a partir da valorização do trabalho em equipe faz com
que todos os setores sejam reconhecidos na sua contribuição.

O diretor que valoriza a gestão participativa não abandona seus professores


em suas salas de aula, mas busca uma educação integralizada, organiza as
pautas de reuniões e abre espaço para o diálogo. O estímulo ao debate de
ideias e problemas pedagógicos do cotidiano escolar caracteriza um espaço
para os professores refletirem suas práticas e dialogarem sobre inovações no
ensino. As novas tecnologias representam os parâmetros de inovações que
desafiam as práticas educacionais. Para isso, o gestor mobiliza a escola com a
sua capacidade de comunicação.

A pesquisa teórica do presente trabalho, teve uma grande aproximação


satisfatória com a pesquisa prática realizada com os gestores, pois a partir da
pesquisa foi elaborada uma analise e isso deu um aprofundamento maior ao
conhecimento teórico o qual pode ser justificado sobre como está sendo
trabalhado a Gestão nas escolas. A partir da realização do trabalho ficou mais
amplo o conhecimento sobre a democratização da gestão, o que ela
desenvolve na escola relativo ao conhecimento coletivo e uma educação
integralizada. E se os gestores estão demonstrando reconhecimento sobre
todos os setores da escola e as contribuições de cada integrante, para com os
objetivos educacionais.
O trabalho integrado com a pesquisa prática, além de trazer os resultados
qualitativos para serem analisados e tornar-se mais enriquecido em
conhecimento, também objetivou como está a realidade atual sobre a Gestão.
Ao observar a qualidade das respostas elaboradas pelos diretores das escolas,
podendo fazer uma diferença sobre respostas completas e bem elaboradas de
um profissional que atua de forma aberta ao diálogo que tem um conhecimento
especializado sobre a área que esta atuando, diferentemente de profissionais
que deixaram questionamentos sem respostas, podendo ser analisado que
desconhece o assunto perguntado estando despreparado para a função, ou
usaram respostas que não deixou bem especificado a ideia.

O trabalho demonstra uma teoria sobre um modelo de Gestão contemporânea


e coloca uma confrontação a partir de uma pesquisa sobre o que atualmente
está sendo praticado nas escolas, sendo este um primeiro passo para a
temática. O tema poderá ser aprofundado em outras circunstancias, para uma
reavaliação da evolução das respostas e como a Gestão esta se modernizando
acompanhado os ambitos escolares, para posterior dar continuidade a este
trabalho. Assim, a gestão escolar poderá ser implantada e contribuir de forma
significativa para que a escola seja um lugar de aprendizagens significativas,
contribuindo para a formação integral dos sujeitos que nela se inserem. Ser
sujeito é participar e fazer parte das ações e é isso que a escola e a legislação
anseiam ao implantar a gestão escolar, por isso que não é um trabalho fácil,
mas que exige comprometimento e ações concretas por parte de todos os
envolvidos, garantindo a tão desejada educação de qualidade por parte de
todos.

7. REFERÊNCIAS
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Goiânia: Editora Alternativa, 2001. 259p.

PARO, Vitor Henrique. Gestão escolar, democracia e qualidade de ensino. São


Paulo: Ática, 2007. 120p.
LUCK, Heloísa. A gestão participativa na escola. 8. Ed. – Petrópolis, RJ: Vozes,
2010. Série Cadernos de Gestão. 124p.

COSSIO, Maria de Fátima. Gestão democrática da educação: retórica política


ou prática possível. In: CAMARGO, Ieda de. Gestão e políticas da educação.
Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2006, 142p.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. – 16. ed. – Rio de


Janeiro: DP&A, 2004.

________. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: (Lei9394/96) / 9º.


Ed. – Rio de Janeiro: DP&A, 2005.

GADOTTI, Moacir. Autonomia da Escola: princípios e propostas. São Paulo:


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HORA, D.L. Gestão democrática na Escola: artes e ofícios da participação


coletiva. Campinas, SP: Papirus, 1994

AQUINO, Marysol Lima de - GESTÃO ESCOLAR: REFLEXÃO DO TRABALHO


DO GESTOR NA EDUCAÇÃO COM FOCO NA HUMANIZAÇÃO – UNICID –
Paraná - 2015

MARTINELLI, Luciane Maura; FERREIRA, Maria das Graças - GESTÃO


ESCOLAR: ARTICULAÇÃO DO TRABALHO COLETIVO ENTRE
SECRETARIA ESCOLAR E EQUIPE PEDAGÓGICA – Paraná, 2016

PRETTO, N.L. Educações e culturas: em busca de aproximações in Cotidianos:


diálogos sobre diálogos. Rio de Janeiro: DP&A.

-
indo desta maneira, o gestor precisa mapear as necessidades da instituição
educacional, ganhando uma visão panorâmica do negócio. Dessa forma, serão
mais assertivas as decisões de distribuição da verba.
Primeiramente o professor gestor precisa de um orçamento geral, com o plano
de despesas e custos da pessoa jurídica.

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