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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE BACABEIRA

CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

IVÂNIA REGINA MORAIS

NIZETE MACHADO DE SENA

GESTÃO ESCOLAR: Os Desafios da Gestão Democrática

SANTA RITA
2023
IVÂNIA REGINA MORAIS

NIZETE MACHADO DE SENA

GESTÃO ESCOLAR: OS DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

Artigo apresentado à coordenação do Curso de


Licenciatura em Pedagogia do CESBA como requisito para
a obtenção do grau de Licenciado em Pedagogia.
Prof. Orientadora: Ana Carla Simão da Silva

Aprovada em:___/___/___

BANCA EXAMINADORA

Prof.ª Ana Carla Simão da Silva

(Orientadora)

Examinador 1

Examinado
RESUMO

O Presente artigo realizado através de pesquisa bibliográfica, tem como


objetivo refletir sobre o conceito, contribuições e desafios de desenvolver uma gestão
democrática participativa no contexto escolar. A gestão democrática exige a
participação da comunidade, alunos, professores e incluindo assim todos os
funcionários nas tomadas de decisões do processo educativo, dessa forma o
envolvimento de todos, democratizará a gestão escolar. Embora a gestão democrática
figure-se como norma jurídica, temos a sua descentralização. Essa forma de gerir visa
melhorar a convivência, o diálogo e o bom funcionamento no âmbito escolar, tanto do
gestor como dos demais funcionários, proporcionando assim, o engajamento dos
funcionários. Visto que todos tem autonomia, embora seja uma autonomia limitada.
Ao final dessa pesquisa concluímos a falta de globalização desse modelo de gestão.
A democratização deveria ser prioridade da Secretaria de Educação.

Palavras- chaves: gestão democrática – escola -Desafios – participação –


comunidade.

ABSTRACT

This article, carried out through bibliographical research, aims to reflect on the
concept, contributions and challenges of developing participatory democratic
management in the school context. Democratic management requires the participation
of the community, students, teachers and thus including all employees in decision-
making in the educational process, thus everyone's involvement will democratize
school management. Although democratic management appears as a legal norm, we
have its decentralization. This way of managing aims to improve coexistence, dialogue
and good functioning within the school, both for the manager and other employees,
thus providing employee engagement. Since everyone has autonomy, although it is
limited autonomy. At the end of this research, we concluded the lack of globalization
of this management model. Democratization should be a priority for the Department of
Education.

Keywords: democratic management – school - Challenges – participation –


community.
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1 INTRODUÇÃO

A gestão democrática escolar, parte do princípio da colaboração mútua, ou


seja, é uma gestão participativa envolvendo toda a comunidade escolar.
Nesse sentido a escolha do tema justifica- se, pela legitimidade Jurídica da
gestão escolar democrática, pela descentralização, que torna a escola um local de
diálogos abertos, beneficiando todos os envolvidos no processo. E pela falta de
globalização desse modelo de gestão nas instituições de ensino, mesmo após sua
eficácia confirmada em inúmeros estudos.
Nessa perspectiva o objetivo do tema em questão é fazer uma reflexão
sobre a importância da gestão democrática na escola, na qual todos possam participar
ativamente da vida escolar, inserindo a comunidade com mais engajamento, em
benefício de uma educação de qualidade.
Diante dessas abordagens, faz-se refletir a seguinte problemática: Por que
a maioria dos gestores não administram de forma democrática? Em hipótese afirma-
se que, ainda existem muitos gestores com princípios autoritários que acreditam ser
a única autoridade capaz de tomar decisões. Visto que o erro começa do próprio
secretário de educação, na escolha do gestor sem realizar uma eleição direta para
gestor. É o primeiro passo para exercer a democracia no âmbito escolar.
Como metodologia, foi realizada uma pesquisa bibliográfica baseado em
alguns autores especialistas na área, Cury 1997, Veiga 1997; Ferreira 2008; Coutinho
2000, PARO 1998, e em fontes eletrônicas que discorre sobre o tema.
O estudo foi dividido em capítulos:
O primeiro: trata-se da presente introdução;
O segundo: discorre sobre a gestão democrática;
O terceiro: os desafios da gestão democrática;
O quarto: gestão democrática no ensino público;
O quinto: os princípios citados pela Constituição;
O sexto: gestão democrática na escola;
O sétimo: o Conselho Escolar;
O oito: explana as considerações finais.
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2 GESTÃO DEMOCRÁTICA

Sabe-se que existem várias formas de descrever a gestão democrática.


Uma delas é fazer com que o gestor não seja o foco do poder. Está previsto na LDB
(lei de diretrizes e bases), dar autonomia às pessoas, mas uma autonomia limitada
visto que a escola não é independente.
Nesse sentido deve ser inserido nas tomadas de decisões os professores,
os pais e/ou responsáveis, os alunos, a equipe pedagógica, a comunidade escolar e
os demais colaboradores.

“A participação da comunidade escolar é de suma importância, como todo o


processo democrático, A participação da comunidade, como todo processo
Democrático É um caminho que se fazia caminhar, o que não eliminar a
necessidade de refletir previamente a respeito dos Obstáculos e
potencialidades que a realidade apresenta para a ação.
(PARO, 1997, p,17).”

No entanto, envolver a comunidade no âmbito escolar é uma tarefa


complexa. É correto dizer que a comunidade não vai se envolver na escola por conta
própria, é necessário articular estratégias que os chamem a conhecer a importância
da participação e que devem fazer parte da vida escolar. Promover gincanas, convidar
a comunidade para participar das comemorações, não limitando somente aos pais de
alunos.
A gestão democrática surgiu com a Constituição federal de 1988, com o
processo de descentralização da gestão escolar. Tal organização requer que os
projetos e as ações sejam elaborados e executadas com total transparência para que
todos tenham conhecimento e participação do processo administrativo escolar.

“Gestão é conceituada como o ato de administrar um bem fora de si (alheio),


“Também é algo que traz em si, porque nele está contido. E, o conteúdo deste
bem é a própria capacidade de participação, sinal maior da democracia”.
(CURY:1997).”

De acordo com o autor acima, o conceito de gestão é administrar algo que


não é seu, mas, que é de sua responsabilidade, portanto, é de sua competência zelar
pelo bom funcionamento da escola.

“De acordo com Ferreira (2008, 291). Democracia significa” Governo do povo;
Sabedoria popular”; já segundo Coutinho (2000, p. 20), Democracia é o
regime que assegura a igualdade, a participação coletiva de todos na
apropriação dos bens coletivamente criados.”
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De acordo com os autores acima citados democracia é a participação e


igualdade. Que o povo também participa do governo, ou seja, das tomadas de
decisões.

3 DESAFIO DE UMA GESTÃO DEMOCRÁTICA

Um dos desafios da gestão democrática é envolver a comunidade no


processo administrativo de forma participativa, a consolidação de uma gestão
democrática no interior da escola não é um processo espontâneo e fácil, mas
necessário o permanente esforço dos envolvidos e caminhar sempre em função de
tomar decisões em grupo, nunca individual.
O sucesso de uma organização, depende da ação conjunta de seus
componentes, pelo trabalho associado, mediante reciprocidade por uma vontade
coletiva como afirma LUCK (1996 p. 37), vejamos:

“O entendimento do conceito de gestão já pressupõe, em si, a ideia de


participação, isto é, do trabalho associado de pessoas, analisando situações,
decidindo sobre o seu encaminhamento e agindo sobre elas em conjunto.
Isso porque o êxito de uma organização depende da ação construtiva
conjunta de seus componentes, pelo trabalho associado mediante
reciprocidade que cria um “todo” orientado por uma vontade coletiva.”

Não é possível para um gestor sozinho solucionar todos os problemas e


questões relativas as suas escolhas, adotando abordagem participativa, fundada no
princípio de que para a sua organização ter sucesso é necessário que os diretores
busquem o conhecimento específico e experiências dos seus companheiros de
trabalho. Os gestores participativos baseando-se no conceito da autoridade
compartilhada, por meio da qual o poder é delegado aos representantes da
comunidade em conjunto.
Sabe- se que quando falamos de trabalhar em conjunto, reunir pessoas
com diferentes realidades e perspectivas, fazer com que trabalhem e tomem decisões
para chegar em uma determinada decisão juntos, é uma tarefa desafiadora.
De maneira direta acaba interferindo na gestão democrática, visto que na
maioria das vezes sempre tem um ou mais funcionários que nunca está de acordo,
não consegue compartilhar ou não participa de nada coletivo.
Abordagem participativa na gestão escolar demanda maior participação de
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todos no processo decisório da escola. Envolvendo- os também na realização das


múltiplas tarefas da gestão, também amplia na fonte de habilidades e experiências
que podem ser aplicadas na gestão da escola por não haver uma única maneira de
se implementar um sistema participativo da gestão escolar.
Democratizar o ensino, no entanto não é só instalar uma escola pública
atendendo aos reclames da população. É preciso garantir não só que as crianças
tenham escola, mas também que aprendam, com vontade e prazer de aprender, e
que não desistam depois de um certo tempo, por isso é que se defende a proposta
que é preciso universalizar o acesso e garante a permanência dos alunos, oferecendo
ensino de boa qualidade, para isso, a escola precisa funcionar bem, tornando-se
democrática. VEIGA (1997, pag. 18) enfatiza:

“A gestão democrática exige a compreensão em profundidade dos problemas


posto pela prática Pedagógica e visa romper com a separação e execução
entre, pensar e fazer, entre, teoria e prática. Buscar resgatar o controle do
processo do produto de trabalho pelos Educadores.”

Frente a este pensamento, entende- se que a gestão ou administração de


uma escola pública é alvo que deve ser exercido principalmente, por educador que
chegue nesse cargo, através de uma eleição direta, onde a própria comunidade faça
a sua escolha. Sabe- se que não é só dele essa tarefa de administrar, mas de todos
os envolvidos no processo de educação.
Na gestão democrática, a comunidade é chamada para participar das
tomadas de decisões, por várias razões. Pelo próprio processo de democratização da
sociedade, ampliando assim a participação. Visto que a escola não é isolada, e sim
inserida numa comunidade concreta, cuja população tem expectativas e necessidades
específicas.
Compartilhando a gestão com a comunidade, a escola fixa raízes, vai além
da busca de soluções próprias, vai se adequando as necessidades dos alunos e suas
famílias, conquistando aos poucos autonomia para definir seus projetos, como
enfatiza NAURA (2000, p.113): A direção se constrói e se legitima na participação do
exercício da democracia da construção coletiva do projeto pedagógico que reflete o
projeto de homem, e da sociedade o que se quer.
Pode-se dizer que, é de suma importância que sejam compartilhadas as
decisões da escola dessa forma a realidade começa a mudar para a gestão
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democrática, acredita-se que a união faz a força e assim encontrar caminhos para
atender às expectativas da sociedade.

4 GESTÃO DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO

O princípio da gestão democrática do ensino público, estabelecido na


Constituição brasileira foi regulamentado pela lei de diretrizes e bases da educação
nacional-LDB (LEI № 9.394/96). Ao estabelecer a gestão democrática do ensino.
A Constituição instituiu ao mesmo tempo, direito e dever de participação de
todos os que atuam no sistema e nas escolas públicas. A Constituição relaciona a
gestão democrática com as demais formas de gestão. Inicialmente, a gestão
democrática é defendida como um tipo de gestão político – pedagógica e
administrativa orientada por processos de participação, comunidades locais e escolar.
Como aborda PARO:

“..Tendo em conta que a participação democrática não se dá


espontaneamente, sendo antes um processo Histórico em construção
coletiva, coloca-se a necessidade de prever mecanismos institucionais que
não apenas viabilizem, mas também incentivem práticas participativas dentro
da escola pública.
PARO (1998, p.46).”

De acordo com o autor citado, a participação não se dá de forma


espontânea é necessário que o gestor articule estratégias, projetos e práticas de modo
a convidar e incentivar a participação de todos. tendo em vista que, tudo é um
processo, e como todo processo demanda tempo paciência e dedicação. para se
estabilizar. E então obter a participação e o apoio coletivo de todos.
Encontra-se a diversidade e o conflito de interesses, na gestão participativa
do ensino público deve buscar pelo diálogo e mobilização de pessoas, a criação de
um projeto político pedagógico com base em formas colegiadas e princípio de
convivência democrática.
A lei de diretrizes e bases da educação nacional de nº 9.394/96 em seu
artigo 15, estabelece que:
Art.15 Os sistemas de ensino asseguram as unidades escolares públicas de
educação básica porque os integram progressivos graus de autonomia
pedagógica e administrativa e de gestão financeira.
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Segundo o referido artigo o sistema de ensino tem autonomia para elaborar


suas próprias normas de gestão, os gestores e os líderes devem elaborar as normas
de gestão democrática. Dessa forma o autor diz a seguir:

“Para ser considerada pública, uma escola deve ter a participação efetiva da
comunidade escolar e local (gestor, pais, alunos, funcionários, professores e
comunitários), além de oferecer uma educação de qualidade. De outra forma,
esta escola será em vez pública “estadual”. A escola estadual só será
verdadeiramente pública quando tiver acesso geral e indiferenciado a uma
boa educação escolar.
PARO, (2001, p. 17).”

O autor discorre sobre a importância da participação efetiva da comunidade


que se faz necessária para estarem inseridos no processo educativo. E reforça que a
comunidade escolar tem que ter acesso geral a uma educação de qualidade. É de
suma importância a transparência desse processo. Como o próprio nome já diz escola
pública, se é pública todos podem participar.

5 OS PRINCÍPIOS CITADOS PELA CONSTITUIÇÃO

A constituição federal possui princípios relacionados a educação, vejamos:

Art. 206, O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I- Igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola;
II- Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a
arte e o saber;
III- Pluralismo de Ideias e concepções pedagógicas, coexistência,
instituições públicas e privadas de ensino;
IV- Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V- Valorização dos profissionais de ensino, garantido, na forma da lei, os
planos de carreira para o magistério público, com piso salarial ingresso,
exclusivamente, por meio de concurso público de provas e títulos,
assegurando o regime jurídico um único para todas as instituições mantidas
pela união;
VI- Gestão democrática do ensino público, na forma da lei,
VII- Garantia de padrões de qualidade.
VIII- Piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação
escolar pública, nos termos da lei federal.

A Constituição brasileira estabeleceu que a gestão democrática do ensino


público está entre os 8 princípios indispensáveis para ministrar o ensino no país. Para
gerir as escolas públicas. Estes princípios constitucionais são uma das garantias de
participação possibilitando assim as pessoas intervir na construção de políticas e na
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gestão das instituições.


Segundo a lei nº 14.644/23 em seu artigo 14, os respectivos estados e
municípios do Distrito Federal definirão as normas da gestão democrática do ensino
público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os
seguintes princípios:
I-A participação dos profissionais de educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola;
II-participação das comunidades escolar e local em Conselhos Escolares e
em Fóruns dos Conselhos Escolares ou equivalentes.

De acordo com o artigo 14 a gestão escolar deve contar com a participação


de pais ou responsáveis, alunos e professores, comunidade escolar, mas também
com representantes das associações do poder público e de outras unidades
existentes no estado, cidades ou comunidades locais.

6 GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA

Baseada na coordenação de atitudes e ações a gestão democrática da


escola é uma organização social, cultural e humana, portanto cada sujeito envolvido
precisa ter seu papel no processo de participação coletiva.
O cumprimento da gestão democrática passa pela perspectiva que o gestor
promove para efetivar seu cumprimento somente pela previsão destes princípios da
legislação. Cabe a todos que fazem parte desse contexto buscar formas democráticas
de administrar. Segundo LUCK (2009, pág. 20):

A escola é uma organização social constituída pela sociedade para a


formação de seus alunos, mediante experiências de aprendizagem e
ambiente Educacional condizentes com os fundamentos, Princípios e
objetivos da educação. O seu ambiente é Considerado de Vital importância
para o Desenvolvimento de aprendizagem significativa que possibilitem aos
alunos conhecerem o mundo E conhecerem-se no mundo, como condição
para o desenvolvimento de sua capacidade de atuação Cidadã.

Ainda segundo LUCK, a escola é uma organização social, e deve ser


constituída pela sociedade. Não há como desenvolver uma gestão democrática sem
a participação da comunidade, visto que a democracia é a participação do povo e
participar é exercer a cidadania. A aprendizagem possibilita conhecer o mundo e
conhecer-se a si próprio e desenvolver suas capacidades
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7 CONSELHOS ESCOLARES

O conselho escolar (CE) é um colegiado constituído por profissionais da


educação, pais, estudantes, comunidade e gestor. Tem como tarefa, fiscalizar e gerir
coletivamente a escola.
Com suporte na LDB, lei № 9.394/ 96 e na Constituição federal (CF), no
Art. 14, que trata dos princípios da gestão democrática no inciso II – participação das
comunidades escolar e local em Conselhos Escolares e em Fóruns dos Conselhos
Escolares ou equivalentes.
Esse conselho deve ser implantado para se ter uma gestão democrática
dentro dos princípios da gestão democrática, o conselho terá que discutir
politicamente os problemas reais da escola e local onde ela está inserida com a
participação de todos.
Nesse sentido afirma Ferreira e Aguiar (1998, p.113):

“Como gestor escolar, o diretor tem que aprender A ouvir e respeitar opiniões
das pessoas da Comunidade escolar, mesmo que esas pessoas sejam
consideradas por ele inferiores intelectualmente. Porque direção se constrói
e se legítima na Participação, no exercício da democracia e na Competência
da construção coletiva de um Projeto que reflita o projeto de homem e da
Sociedade que a comunidade quer. A partir daí o diretor começa a respeitar
posições contrárias aos seus pensamentos e começa a encontrar na lógica
da gestão escolar Autônoma e coletiva dos conselhos escolares.”

Como afirma os autores o gestor precisa aprender a ouvir e respeitar


opiniões, mesmo que em sua perspectiva acredite ser mais qualificado para exercer
tal função. São válidas todas as opiniões, é preciso ouvir e aceitar independente de
formação. Para legitimar a democracia precisa tornar possível a participação.
O processo de escolha dos membros é feito através de eleição dos
membros e suplentes na unidade escolar, por votação direta, secreta e facultativa. Os
Critérios de participação são: participam dos conselhos com o direito a voz e voto,
todos os membros eleitos por seus pares; poderão participar das reuniões de
conselho, com direito a voz e não voto, os profissionais de outras secretarias que
atendam escolas, representantes de unidades envolvidas, grêmio estudantil,
membros da comunidade, movimentos populares organizados e entidades sindicais
formadas há um ano, com direito a recondução.
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8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante a pesquisa do tema abordado, constatou-se que a gestão escolar


democrática é a participação do povo e só se efetivará na educação escolar, por meio
de mudanças de mentalidade, comportamento, ações, determinação e compromisso
de todos que dela fazem parte. Sabemos que, existem vários desafios para efetivar
uma gestão escolar democrática. Acredita-se que fazer com que todos trabalhem em
conjunto de forma participativa é um deles.
O gestor precisa ouvir e respeitar opiniões, mesmo que, essas opiniões
venham de pessoas que não tenham o mesmo nível de escolaridade ou formação
acadêmica que ele.
Com suporte na lei de diretrizes e bases (LDB) e na Constituição federal
(CF), em seu artigo 206, a gestão democrática do ensino público é tida como um de
seus 8 princípios, devendo ser difundida a sua descentralização.
Com a globalização desse modelo de gestão, temos escolas com educação
de qualidade, garantia de direitos e um bom funcionamento dela. A escolha do gestor
escolar deveria ser feita através de eleição direta. Vale ressaltar que, ele deveria ser
um educador, antes de exercer o cargo de gestor.
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REFERÊNCIAS

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