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Outra importante política pública dentro do transporte escolar é o programa Caminho da Escola, o qual
foi criado em 2007 também pelo FNDE/MEC. Seu objetivo é renovar a frota de veículos escolares, além de
garantir segurança e qualidade de transporte aos estudantes.
Em geral, esses programas disponibilizam recursos para que estados e municípios possam oferecer
transporte escolar adequado inclusive e, sobretudo, em regiões rurais e de difícil acesso, como aquelas
que ficam próximas a rios.
A Secretaria de Estado da Educação do Amapá (SEED) tem por finalidade precípua a execução,
supervisão e o controle da ação do Governo relativa à educação, promovendo o acesso e a permanência
dos educandos na escola, assegurando-lhes transporte, alimentação, alojamento e estrutura física, bem
como pessoal docente e de apoio necessários ao regular desenvolvimento do período letivo.
No que tange ao transporte escolar, em particular, atualmente há 214 escolas atendidas, as quais estão
distribuídas entre os 16 municípios do território amapaense, ou seja, em todo o Estado, perfazendo mais
de 19 mil alunos beneficiados.
Num rápido resgate histórico, pode-se reforçar que no ano de 2015 o Transporte Escolar foi oferecido
no Estado por meio de Contrato Emergencial celebrado com duas cooperativas, COOTERRA (Contrato nº
002/2015-NCC/SEED) e COOVEL (Contrato nº 003/2015-NCC/SEED), conforme DOE nº 6010, publicado em
03/05/2015. Porém, em razão de problemas oriundos de atraso do pagamento das cooperativas aos
cooperados o contrato foi rompido ainda no mesmo ano. A partir daí, o ano de 2016 o transporte escolar
passou a ser pago exclusivamente com recursos próprios do Estado, mediante sucessivos Termos de
Ajustes de Contas, pactuados entre o Sindicato dos
Trabalhadores Autônomos em Transportes Escolares do Estado do Amapá - SINTRAE e a SEED, sob a
mediação do Tribunal de Justiça do Amapá.
Convém destacar, contudo, que o serviço de transporte escolar oferecido às escolas da rede pública de
ensino do Amapá jamais foi adequadamente gerenciado. Prova disso, é que as informações qualificadas
referente às rotas do transporte escolar, quer seja terrestre ou fluvial, nunca foram levantadas
diretamente pela administração, o que sempre ocorreu foram os diretores das escolas, conjuntamente
com os transportadores escolares, encaminhando essas informações à SEED.
Esse contexto, somado à rotatividade dos diretores e transportadores escolares ao longo dos anos,
gerou todo um cenário de informações passivas de questionamentos. Essa fragilidade já foi apontada em
análises documentais realizadas pelo Núcleo de Transporte Escolar da Coordenadoria de Apoio ao
Estudante (NUTE/CAED) e por meio de denúncias apuradas pelo Ministério Público.
Isso posto, diante da urgente necessidade de realizar um minucioso e inédito trabalho de mapeamento
georrefenciado de todas as rotas do transporte escolar da rede pública estadual de ensino, a SEED com o
apoio de parceiros do Governo, está adquirindo adquirindo e criando tecnologia, tudo visando trazer
inteligência, transparência e segurança ao gerenciamento do transporte escolar.
O que se pretende, pois, é fomentar o desenvolvimento local sustentável por meio dos recursos
disponibilizados pelo FNDE à execução dos programas federais de apoio ao transporte escolar (PNAE e
Caminho da Escola).
Por fim, e com efeito, frisa-se a importância do Transporte Escolar, pois este facilita o acesso e a
permanência dos estudantes nas escolas, especialmente aqueles residentes em áreas rurais (e mais de
60% das escolas estaduais estão na zona rural dos municípios), sendo indispensável para o
desenvolvimento da educação em nosso Estado.