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ISSN: 2595-6825
RESUMO
O Diabetes Mellitus (DM) representa um problema de saúde pública com aumento
considerável. Trata-se de uma desordem metabólica com etiologia diversa que atinge
pessoas em todas as idades. Classifica-se em tipo 1 e 2 e diabetes gestacional, além de
outros tipos específicos. A patologia é caracterizada por um desequilíbrio glicêmico
associado à ausência da produção de insulina ou secreção inadequada desse hormônio,
ocasionando complicações como degeneração crônica e falência de órgãos. Diante disso,
as plantas medicinais têm sido bastante utilizadas como alternativa terapêutica para o
tratamento dessa doença, especialmente por sua maior acessibilidade, menor custo e
elevado potencial curativo. O objetivo desta pesquisa foi investigar as plantas medicinais
utilizadas no tratamento do diabetes. Para tanto, realizou-se uma revisão de literatura por
meio de artigos científicos, dissertações e teses, a respeito do assunto, disponíveis nas
bases de dados eletrônicas SCIELO, LILACS e MEDLINE. Algumas plantas medicinais
com efeito hipoglicemiante são Buahinia forficata L., Baccharis trimera (Less.) DC.,
Allium sativum L., Eucalyptus globulus, Phyllantus niruri, Cissus sicyoides L., Aloe vera
L. e Marmodica cymbalaria. Segundo algumas teorias, o principal mecanismo de ação
desses vegetais é a inibição da enzima catalisadora dos açúcares, especialmente pela
atividade dos constituintes químicos quercetina e canferol, com consequente redução da
glicemia sanguínea. Pelo baixo custo, efetividade e menos efeitos indesejados, o uso de
medicamentos fitoterápicos e plantas medicinais no tratamento do Diabetes Mellitus tem
se tornado cada vez mais frequente. Apesar disso, seu aspecto natural não exclui a
possibilidade de desencadearem toxicidade, reações adversas e/ou interações
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ABSTRACT
Diabetes Mellitus (DM) represents a public health problem with an increasing increase.
It is a metabolic disorder with different etiology that affects people of all ages. It is
classified as type 1 and 2 and gestational diabetes, in addition to other specific types. The
pathology is characterized by a glycemic imbalance associated with the absence of insulin
production or inadequate secretion of this hormone, causing complications such as
chronic degeneration and organ failure. Therefore, medicinal plants have been widely
used as a therapeutic alternative for the treatment of this disease, especially for its greater
accessibility, lower cost and high curative potential. The purpose of this research was to
investigate the medicinal plants used in the treatment of diabetes. To this end, a literature
review was carried out through scientific articles, dissertations and theses, on the subject,
available in the electronic databases SCIELO, LILACS and MEDLINE. Some medicinal
plants with a hypoglycemic effect are Buahinia forficata L., Baccharis trimera (Less.)
DC., Allium sativum L., Eucalyptus globulus, Phyllantus niruri, Cissus sicyoides L., Aloe
vera L., Marmodica cymbalaria. According to some theories, the main mechanism of
plant action is the inhibition of the sugar catalyst enzyme, especially by the activity of the
chemical constituents quercetin and canferol, with a consequent reduction in blood
glucose. Due to the low cost, effectiveness and less unwanted effects, the use of herbal
medicines and medicinal plants in the treatment of Diabetes Mellitus has become more
and more frequent. Despite this, its natural aspect does not exclude the possibility of
triggering toxicity, adverse reactions and / or drug interactions. Therefore, professional
monitoring is essential, mainly by pharmacists, seniors, the rational and safe use of these
therapeutic substances.
1 INTRODUÇÃO
O Diabetes Mellitus (DM) é definido como um problema de saúde pública, com
crescente aumento no número de casos, chegando a afetar milhares de pessoas em todo o
mundo. É uma desordem metabólica com diversas etiologias envolvidas, caracterizado
por hiperglicemia crônica, onde o organismo não produz ou não consegue secretar
adequadamente a insulina, que é produzida pelas células beta do pâncreas. Como
consequência desse distúrbio, estão às degenerações crônicas, falência de diversos
órgãos, resultantes do não controle da hiperglicemia. A patologia possui várias
classificações, dentre elas o tipo 1 (DM1) e 2 (DM2) e DM gestacional, além de existirem
outros tipos específicos associados à outras causas (FERREIRA et al., 2011).
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 CLASSIFICAÇÃO E MECANISMOS FISIOPATOLÓGICOS DO DIABETES
MELLITUS
De acordo com as normas de classificação definidas pela ADA (American
Diabetes Associations), o diabetes mellitus é dividido em quatro subtipos principais:
diabetes tipo 1 e 2, diabetes gestacional e outros tipos específicos (PAIVA, 2001).
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DM2; e genética, pela atuação de alguns genes responsáveis pelo DM2, já que mulheres
que desenvolvem o diabetes gestacional são mais susceptíveis a este tipo específico.
(CASTILHO, 2008).
Nas gestantes que possuem o diabetes mellitus gestacional não controlado, podem
surgir complicações como rotura prematura de membranas (RPM), parto prematuro,
macrossomia fetal e feto com apresentação pélvica, além de complicações neonatais,
como hiperbilirrubinemia, retardo do crescimento intrauterino, policitemia,
hipocalcemia, entre outras. As manifestações clínicas frequentemente apresentadas no
DMG são polidipsia, poliúria, irritabilidade, fadiga, feridas cutâneas que custam a sarar e
formigamentos nas mãos e nos pés (COSTA; SANTOS; MENDONÇA, 2013).
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catalisar a fosforilação de outras proteínas, como proteínas solúveis IR (IRS1, IRS2, IRS3
e IRS4), servindo assim, de moléculas de encaixe para outras proteínas, contribuindo para
o processo de sinalização da insulina (COSTA, 2013).
Entretanto, quando há uma deficiência na ativação da sinalização da insulina,
ocorrerá uma diminuição no processo de estimulação da glicose pela insulina, acarretando
em hiperglicemia (COSTA, 2013).
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motivo, a utilização deve ser com muita cautela, sob orientação profissional. (DE
SANTANA et al., 2018).
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Sua utilização pela população para o controle do diabetes ocorre em grande parte
a partir do extrato aquoso das suas folhas e raízes. Estudos realizados em camundongos
normoglicêmicos, ou seja, em equilíbrio, e hiperglicêmicos, aplicando esse extrato
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Para análise de seu efeito hipoglicemiante foram realizados alguns estudos a partir
de seu extrato aquoso, aplicando durante sete dias em ratos diabéticos. A partir desses
testes validou-se sua ação antidiabética. (CECÍLIO et al., 2008).
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3 CONCLUSÃO
As plantas medicinais são utilizadas pela população como alternativa para o
tratamento do Diabetes Mellitus. Essa prática existe há muito tempo, mas tem aumentado
consideravelmente nas últimas décadas, como um reflexo dos estudos científicos que
comprovam os efeitos desses vegetais no organismo, a partir de suas propriedades e
constituintes químicos.
Embora o efeito hipoglicemiante das plantas medicinais não esteja completamente
elucidado em todas elas, estudos sugerem que seu mecanismo de ação antidiabético pode
ser explicado por seu potencial estimulador de células beta pancreáticas, que favorecem
o aumento da liberação do hormônio da insulina; por sua capacidade em elevar o consumo
da glicose pelos tecidos e órgãos; ou ainda, por aumentar o número e sensibilidade dos
receptores de insulina.
Considerando essas informações, a fitoterapia, regulamentada pela Anvisa, surge
como terapia alternativa e ciência que estuda essas plantas medicinais e suas aplicações
na população, a fim de promover a cura e o tratamento de inúmeras doenças, por meio de
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seu consumo seguro, racional e sustentável. Devendo, portanto, ser orientada mediante
atuação de profissional da saúde capacitado, especialmente o farmacêutico.
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