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Martim Heidegger foi um filósofo, escritor, professor e reitor alemão, que acabou se

tornando um dos maiores expoentes da filosofia do século XX. Heidegger está


contextualizado no século XIX, época em que diversos filósofos passaram a questionar
o excessivo racionalismo da tradição filosófica. Apesar de ser enquadrado por alguns
como um filósofo existencialista, Heidegger rejeitou essa filiação afirmando que, em
seu pensamento, suas reflexões sobre a noção de existência não tratam propriamente da
existência pessoal, mas fazem parte de uma análise do problema do ser.
Escreve seu principal trabalho “Ser e Tempo” onde expõe suas ideias acerca da
existência do ser. Esta obra seria fundamental para as bases da filosofia existencialista.
Para Heidegger, a principal pergunta da filosofia deve ser sobre o Ser. No passado, os
filósofos não indagavam sobre o ser e sim sobre o ente, uma coisa. Ou então, buscavam
entender o ser humano a partir de relação com os objetos e com o meio que ele estava.
Heidegger questiona sobre o homem, o único capaz de fazer-se essa pergunta.
Suas principais ideias filosóficas:
Para o estudioso alemão o homem é um “Dasein”. O verbo, de origem alemã significa
“sein” – ser e “da” – aí. Desta forma, o homem é um “ser aí” que é neste mundo.
Esta é a grande diferença com os “Entes”, pois o ente “está” no mundo.
Poder ser é a possibilidade de cada “dasein” de ser capaz de escolher em cada momento
o que deseja ser, empregar seus esforços neste mundo. O "dasein" pode escolher, mas
deve fazê-lo no mundo em que foram jogados. Note-se que o “dasein” não escolheu
estar neste mundo e nem neste tempo. Por isso, o "dasein" deve transformar sua
existência em projeto que só terminará com a morte.
Ao entender esta proposição, o "dasein" poderá exercer uma existência autêntica. Por
outro lado, aqueles que não compreendem ou não aceitam o fim da vida viverão uma
existência autêntica e são chamados por Heidegger de “Dasman”. A existência
inautêntica é aquela que renuncia à possibilidade de escolha, de pensamento, de ação e
deixa que outro decida por si. Este se transforma na massa, perdendo a si mesmo na
multidão.
Segundo Heidegger, os entes não morrem, apenas cessam sua existência porque nunca
tiveram escolha. Já os seres têm plena consciência da sua morte e por isso, suas
possibilidades infinitas, se veem limitadas. Isto gera uma angústia no ser humano e será
este sentimento que determinará sua atitude frente à vida. Heidegger propõe que aceitar
nossa condição de seres finitos é primordial para levar uma existência autêntica.
Curiosidade:
Com a ascensão de Hitler ao poder, em 1933, Heidegger se filia ao Partido Nazista e
esta é sua ação mais contravertida. Nomeado reitor da Universidade de Friburgo, não
permite, contudo, propaganda antissemita na faculdade. Por atitudes como estas, suas
obras são censuradas até 1944 e ao final da guerra, repudiaria o nazismo.

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