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Monique Farias

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SEMANA 02
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CRONOGRAMA DE ESTUDOS – SEMANA 02

Metas Segunda-Feira Terça-Feira Quarta-Feira Quinta-Feira Sexta-Feira Sábado

02/01 03/01 04/01 05/01 06/01 07/01

Matéria - CIVIL - PROCESSO


- CONSTITUCIONAL DO TRABALHO - PENAL - CIVIL - PROCESSO
- PROCESSO - ADMINISTRATIVO - TRABALHO PENAL REVISÃO
CIVIL

Assunto Das pessoas - Dissídio - Princípios - Fatos - Inquérito


naturais... individual. - Intervenção do Jurídicos
- Partes e Estado - Alteração,
Organização
Político-Adm Procuradores interrupção,
suspensão do
contrato.

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Questões 30 30 25 30 15
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Leitura Art. 1 ao 103 CC - CLT - CP - Art. 104 ao -CPP


Vade Art. 22 ao 24 - CPC - Art. 5, XXIV e 188 CC
XXV da CF. - CLT

Consegui
Cumprir?

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SEGUNDA-FEIRA – 02/01
CIVIL: *Arts.1º ao 103*

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Constitucional: Organização Político-Administrativa


Previsão legal: Art. 18 ao 25 da; 32;34 CF

AULA NA PLATAFORMA
1) Criação/ incorporação/ fusão/ desmembramento:

Estados Municípios

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2. Competência Privativa X Concorrente:

Competência Privativa da União – Competência Concorrente –


Art. 22. CF União/Estados/DF – Art. 24 CF

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3. Súmula Vinculante 38 -
É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento
comercial.

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4. Lei estadual que fixa prazo para pagamento das mensalidades escolares com
vencimento no último dia do mês da prestação do serviço é inconstitucional.
Mensalidade tem natureza contratual – Direito Civil – Competência Privativa da União

5. Crime de Responsabilidade – SV 46 – Competência privativa da União


“A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas
normas de processo e julgamento são de competência legislativa privativa da União.”
6. Súmula Vinculante 49
Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.
7. Lei estadual que disponha sobre bloqueadores de sinal de celular em presídio invade
a competência da União para legislar sobre telecomunicações.

Outros Julgados importantes:

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TERÇA- FEIRA – 03/02


PROCESSO DO TRABALHO: DISSÍDIO INDIVIDUAL.
Principais artigos

CLT

Art.731 Art. 841 Art. 842 Art.843 Art.844 Art.845 Art.846 Art.847
Art.848 Art.849 Art.852- Art.853 Art. 818 a Art. 800 Art. 801 -
A-I 830

REVISANDO

PERITO - Quem paga é a parte SUCUMBENTE, OU SEJA, A QUE PERDE O PEDIDO QUE ENVOLVE
A PERÍCIA.
INTÉRPRETE - Quem paga é a parte SUCUMBENTE, SALVO se beneficiário da JUSTIÇA
GRATUITA.
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PERITO ASSISTENTE - Quem paga é a PARTE, AINDA que VENCEDORA.
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Lembre-se: Para aqueles que recebam até 40% do teto do RGPS, o juiz PODERÁ conceder os benefícios
da justiça gratuita, ainda que não tenha sido requerido pela parte.

E nos demais casos? Nos demais casos a parte requerente tem que comprovar sua condição de
hipossuficiência.

DISSÍDIO INDIVIDUAL

1. Requisitos obrigatórios da petição inicial – Art. 840§1º CLT:

§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das


partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo,
determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu
representante.

Blazute, e os pedidos que não atenderem o exposto acima serão extintos?

Sim, serão julgados extintos sem resolução de mérito!

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2. Perempção

O trabalhador perde o direito de ajuizar a reclamação trabalhista pelo prazo de 06 meses!

Quais são as hipóteses?

A) Art. 731 CLT - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se
apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786 (5 dias) , à Junta ou Juízo
para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do
direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho.

B) O autor que, por duas vezes seguidas, der causa ao arquivamento da reclamação por
ausência injustificada à audiência inaugural de cada um dos processos – Art. 732 c/c Art.844
CLT).
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3. Rito Processual moniqueecampos61@gmail.com
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RITO VALOR DA CAUSA TESTEMUNHAS


Sumário Até 2 salários-mínimos 3 testemunhas para
cada parte
Sumaríssimo De 2 a 40 salários-mínimos 2 testemunhas para
cada parte
Ordinário Acima de 40 salários- 3 testemunhas para
mínimos cada parte

Obs: No inquérito para apuração de falta grave serão ouvidas até 6 testemunhas.

Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração


Pública direta, autárquica e fundacional. Também estão excluídos do procedimento
sumaríssimo os dissídios coletivos.

Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem
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Unificado XXXII - Primeira Fase


Melissa era uma empregada terceirizada do setor de limpeza que atuou durante todo
o seu contrato em uma sociedade de economia mista federal, que era a tomadora dos
serviços (contratante). Após ter sido dispensada e não ter recebido nem mesmo as
verbas resilitórias, Melissa ajuizou reclamação trabalhista contra o ex-empregador e
contra a sociedade de economia mista federal, requerendo desta a responsabilidade
subsidiária por ser tomadora dos serviços. O volume dos pedidos de Melissa alcança o
valor de R$ 17.000,00. Considerando os fatos narrados, assinale a afirmativa correta.
Gabarito A ação tramitará pelo procedimento sumaríssimo, de modo que Melissa
poderá conduzir, no máximo, duas testemunhas.

4. Art. 841, § 3º da CLT. Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante


não poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da ação.

5. Art. 842 da CLT. Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser
acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou
estabelecimento. Monique Farias
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6. Art. 844 da CLT - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o
arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além
de confissão quanto à matéria de fato.

O preposto que irá representar a pessoa jurídica precisa ser empregado


dela? Não! Basta ter conhecimento dos fatos (art. 843, §3º da CLT).

Art. 844 § 2º Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das
custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça
gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo
legalmente justificável.
§ 5º Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a
contestação e os documentos eventualmente apresentados.
Obs: À hora marcada, o juiz declarará aberta a audiência, sendo feito o pregão das partes
pelo diretor de secretaria (ou escrivão), testemunhas e demais pessoas que devam
comparecer.
Se, todavia, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o juiz não tiver
comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro
das audiências.
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(O entendimento majoritário é de que essa regra só se aplica quando o juiz atrasar no


comparecimento da primeira audiência em pauta).
7. Sobre o procedimento sumaríssimo

1.Há previsão legal de apenas uma tentativa conciliatória no início da audiência


(art.852-E)
2. Não é cabível citação por edital (Art. 852-B)
3. Duas testemunhas
4. Necessidade de comprovação do convite recusado para que seja deferida a
notificação da testemunha. (Art.852-G)
5.Relatório dispensado na sentença (Art. 852-I)
6. Intimação da sentença na própria audiência (art. 852-I,§3º, CLT)
7. Apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de 15 dias.
8. O procedimento é incabível nas demandas em que sejam parte a Administração
Direta, autárquica e fundacional
E se for empresa pública e sociedade de economia mista? É cabível.

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8. Provas.
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Ônus da Prova (art. 818 da CLT): 090.741.734-54

PARTE ÔNUS DA PROVA


Reclamante (autor) Fato constitutivo
Reclamado (réu) Fatos extintivos, modificativos e
impeditivos.

9. Súmulas do TST sobre ônus da prova

 Súmula 461: É do empregador o ônus da prova em relação à regularidade dos depósitos do


FGTS, pois o pagamento é fato extintivo do direito do autor (art. 373, II, do CPC de 2015);

 Súmula 460: É do empregador o ônus de comprovar que o empregado não satisfaz os


requisitos indispensáveis para a concessão do vale-transporte ou não pretenda fazer uso
do benefício.

 Súmula 338: I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o
registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação

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injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada


de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário.
(CUIDADO! ESTA SÚMULA FOI AFETADA PELA LEI DE LIBERADE ECONÔMICA, QUE FEZ
DISPOR NO ARTIGO 74, § 2º DA CLT QUE A OBRIGAÇÃO DE REGISTRO DE PONTO DAR-SE-Á
PARA OS ESTABELECIMENTOS QUE TIVEREM MAIS DO QUE 20 (VINTE) EMPREGADOS).
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento
normativo, pode ser elidida por prova em contrário.
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são
inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que
passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir.
 Súmula 212: O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a
prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade
da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.

 Súmula 16: Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de


sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui
ônus de prova do destinatário.

 Súmula 443: Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV


ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado
tem direito à reintegração no emprego.
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10. As testemunhas deverão comparecer à audiência, independentemente de notificação.
No rito ordinário, as que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a
requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além da aplicação de multa,
caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.
Já no rito sumaríssimo, por sua vez, só será deferida intimação de testemunha que,
comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha
intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva.

Obs: A testemunha não se torna suspeita pelo simples fato de estar litigando ou ter litigado
contra o mesmo empregador (súmula 357 do TST).
Obs 2: Por haver regra própria na CLT, não se aplica ao processo do trabalho a norma do artigo
459 do CPC/2015 que permite a inquirição direta das testemunhas pela parte (art. 11 da IN nº.
39/2016 do TST e artigo 820 da CLT).
Obs 3: Nos termos do artigo 824 da CLT, “o juiz ou presidente providenciará para que o
depoimento de uma testemunha não seja ouvido pelas demais que tenham de depor no
processo.”

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O presente dispositivo tem por objeto assegurar a seriedade da prova testemunhal e evitar
que a testemunha, sabendo os fatos que a testemunha anterior já declarou, possa alterar seu
depoimento.
Obs 4: Nos termos do artigo 793-D, é cabível aplicação de multa por litigância de má-fé à
testemunha que intencionalmente alterar a verdade dos fatos ou omitir fatos essenciais ao
julgamento da causa. A execução da multa prevista neste artigo dar-se-á nos mesmos autos.

11. Da exceção de incompetência territorial

Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da
notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o
procedimento estabelecido neste artigo.

§ 1º Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a que se


refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção.

§ 2º Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se


existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias.

§ 3º Se entender necessária a produção Monique


de provaFarias
oral, o juízo designará audiência, garantindo
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o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo
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que este houver indicado como competente.

§ 4º Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, com a


designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo
competente.

Obs: Da decisão que acolhe a exceção de incompetência territorial determinando a remessa


dos autos a outro TRT cabe Recurso de imediato – recurso ordinário (súmula 214, c do TST).

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Número de Questões:
Acertos Erros

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Anotações

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Além da parte ter que ser processualmente capaz (ou, não sendo, estar representada ou
assistida), ela precisa ter um ADVOGADO regularmente inscrito na OAB, salvo se a própria
parte tiver habilitação legal, oportunidade em que poderá advogar em causa própria. Ao
postular em juízo, representando uma das partes, deve o advogado apresentar a
PROCURAÇÃO.

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2. Juiz e auxiliares da justiça

PODERES E DEVERES DO JUIZ

Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:

I - assegurar às partes igualdade de tratamento;

II - velar pela duração razoável do processo;

III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente
protelatórias;

IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para


assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária;

V - promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores


judiciais;

VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às
necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito; ATENÇÃO: essa dilação somente
pode ser determinada antes de encerrado o prazo regular (p. ú.).

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VII - exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança interna dos
fóruns e tribunais;
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CPC, 149: São auxiliares da justiça, além de outros cujas atribuições sejam determinadas pelas
normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça (CPC,
150-155), o perito (CPC, 156-158), o depositário, o administrador (CPC, 159-161), o intérprete,
o tradutor (CPC, 162-164), o mediador, o conciliador judicial (CPC, 165-175), o partidor, o
distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias.
Importante ler estes artigos!

Outros sujeitos processuais:

MINISTÉRIO PÚBLICO ADVOCACIA PÚBLICA DEFENSORIA PÚBLICA


CPC, 176-181 CPC, 182-184 CPC, 185-187
Deverá intervir como fiscal Defende e promove os
Exercerá a orientação
da ordem jurídica nos interesses públicos da
jurídica, a promoção dos
processos que envolvam União, dos Estados, do DF
direitos humanos e a
interesse público ou e municípios. defesa dos direitos
social, interesse de individuais e coletivos dos
incapaz ou litígios
Gozará de prazo em necessitados.
coletivos pela posse da dobro, salvo quando a lei
terra. Moniquede
estabelecer, Farias
forma Gozará de prazo em
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expressa, prazo próprio. dobro, salvo quando a lei
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Gozará de prazo em estabelecer, de forma
dobro, salvo quando a lei expressa, prazo próprio.
estabelecer, de forma Esse benefício se estende
expressa, prazo próprio ao aos NPJs das faculdades
MP. de direito.
3. Litisconsórcio

Há litisconsórcio quando há mais de uma parte em um dos polos da ação. Podemos identificar
diferentes espécies de litisconsórcio, a depender do critério usado para classificação:
Ativo Mais de um autor (pluralidade no polo ativo)
Qto à posição do
litisconsórcio Passivo Mais de um réu (pluralidade no polo passivo)
Misto Mais de um autor e mais de um réu (pluralidade em ambos os
polos da ação)
Qto ao momento de Inicial O litisconsórcio é formado no momento da propositura da
formação do ação
litisconsórcio Ulterior O litisconsórcio é formado no decorrer da ação

Não há obrigatoriedade na formação do litisconsórcio. Ele é


formado por uma opção da parte, visando uma economia e/ou
Qto à obrigatoriedade da celeridade processual. Pode ser limitado quando a pluralidade
formação do Facultativo comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa
litisconsórcio ou o cumprimento de sentença (litisconsórcio multitudinário).
O requerimento de limitação INTERROMPE o prazo para
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manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação da


decisão que o solucionar.
Quando o litisconsórcio precisa ser formado, seja por uma
exigência da lei (ex.: CPC, 73, § 1º; 246, § 3º; 547; 677, § 4º,
segunda parte; 682) ou em razão da natureza da questão
discutida em juízo (ex.: ação anulatória de casamento).

CPC, 114 – O litisconsórcio será necessário por disposição de lei


Necessário ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a
eficácia da sentença depender da citação de todos que devam
ser litisconsortes.

Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz


determinará ao autor que requeira a citação de todos que
devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob
pena de extinção do processo (CPC, 115, p. ú.).
O juiz pode proferir decisões diferentes para os litisconsortes.
Simples Não precisa ser uma decisão uniforme para todos.
Qto à uniformidade da
decisão a ser proferida É aquele que, em razão da natureza da relação discutida, exige
uma decisão uniforme para todos os litisconsortes (CPC, 116).
Unitário Ex.: ação anulatória de casamento proposta pelo MP contra os
cônjuges. A decisão será igual para os dois réus, não tem como
ser diferente.
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No caso de
Sentença de Será nula litisconsórcio Cada litisconsorte é considerado como
mérito unitário litigante distinto em suas ralações com a
proferida SEM parte adversa. Porém, no litisconsórcio
a integração unitário, os atos e omissão de um não
do Será ineficaz Nos demais prejudicarão o outro, mas poderão beneficiar
contraditório para os que casos (CPC, 117)
(CPC, 115) não foram
citados

Cada litisconsorte tem o direito de promover o


andamento do processo e todos devem ser Os litisconsortes, independentemente de
intimados dos respectivos atos (CPC, 118) requerimento, terão prazo em dobro para se
manifestar no processo SE (CPC, 229):
processo for físico
(se os autos forem eletrônicos, NÃO há)

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+
tiverem diferentes advogados de escritórios
distintos

OBS.: Se forem 2 réus e só um apresentar


defesa, cessa a contagem do prazo em dobro.
Ocorre toda vez que o terceiro tiver interesse jurídico em intervir numa
ASSISTÊNCIA demanda para auxiliar uma das partes na obtenção da vitória. Esse
interesse jurídico do terceiro (assistente) pode decorrer: i) do fato de ser
(CPC, 119-124) cotitular da relação jurídica discutida naquela demanda; ou ii) do fato de
ser titular de uma relação jurídica diversa da discutida da demanda, mas a
esta subordinada. Na primeira hipótese, teremos uma assistência
litisconsorcial. Na segunda hipótese, assistência simples.
Ocorre quando uma das partes do processo (denunciante) resolve trazer à
lide um terceiro (denunciado) que tem responsabilidade de ressarci-la
pelos eventuais prejuízos advindos daquela demanda.
Esta modalidade está atrelada ao direito de regresso, que ao invés de ser
exercitado de forma autônoma, é feito de forma antecipada, já no curso
DENUNCIAÇÃO daquela demanda (incidentalmente), em caráter eventual (pois o prejuízo
DA LIDE do denunciante ainda não se concretizou no momento em que é feita a
(CPC, 125-129) denunciação).
De acordo com o art. 125Farias
Monique do CPC, este direito de regresso pode surgir: I)
para que o denunciante possa exercer os direitos que da evicção lhe
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resultam; II) para que o denunciante possa reparar os prejuízos que sofreu,
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em desfavor daquele que estiver obrigado a lhe indenizar, por força de lei
ou de contrato (ex.: contrato de seguro)
Ocorre quando uma das partes do processo (chamante) resolve trazer à
lide um terceiro (chamado) que é um coobrigado da relação jurídica
discutida naquela demanda. O autor resolveu dirigir a sua pretensão contra
apenas um coobrigado (o réu), e este resolve trazer (chamar) outros
CHAMAMENTO coobrigados, que não foram originalmente inseridos na demanda pelo
AO PROCESSO autor. De acordo com o art. 130 do CPC, o chamamento pode ser feito:
(CPC, 130-132) I – Pelo fiador, em face do devedor;
II – Pelo fiador, em face dos demais fiadores;
III – Pelo devedor solidário, em face dos demais devedores solidários.
INCIDENTE DE Este incidente será instaurado sempre que se pretender, no curso do
DESCONSIDERAÇÃO processo, proceder com a desconsideração da personalidade jurídica, em
razão do abuso no seu exercício. Com este incidente, almeja-se
DA PERSONALIDADE desconsiderar a personalidade da parte originária, e alcançar o patrimônio
JURÍDICA – IDPJ de outras pessoas (ex: sócios) que estão por detrás (da pessoa jurídica, por
(CPC, 133-137) ex)
Ocorre quando numa determinada demanda, vislumbramos uma matéria
relevante, uma especificidade de seu objeto, ou a repercussão social da
controvérsia, de modo que alguém que não seja parte (terceiro), almeja
intervir para colaborar com o juízo, trazendo elementos que permitam o
AMICUS CURIAE proferimento de uma decisão que leve considerações interesses dispersos
(CPC, 138) na sociedade. O amicus curiae (“amigo da corte”) é o terceiro que intervêm
movido não por um interesse jurídico seu, mas sim um interesse

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institucional, almejando ampliar o debate da ação, para que a decisão ali


proferida, sobre uma causa relevante e de impacto abrangente, seja a
melhor possível.

Veja como a OAB costuma cobrar o tema em suas provas:

Monique Farias
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Vamos fixar o estudado resolvendo mais algumas questões?

01) (OAB XX ADPTADA) Alessandra é fiadora no contrato de locação do apartamento de Mariana. Diante do
inadimplemento de vários meses de aluguel, Marcos (locador) decide ajuizar ação de cobrança em face da
fiadora. Alessandra, em sua defesa, alegou que Mariana também deveria ser chamada ao processo. Com
base no CPC/15, assinale a afirmativa correta.

A) O fiador se compromete com a dívida do afiançado, de modo que não pode exigir a sua participação na
ação de cobrança promovida.
B) Sendo certo que Alessandra não participou da relação jurídica existente entre Mariana e Marcos,
permite-se o chamamento ao processo do locatário a qualquer tempo.
C) Incorreta a atitude de Alessandra, pois o instituto apto a informar ao juízo o real devedor da relação é
a nomeação à autoria.
D) Alessandra pode proceder com o chamamento ao processo de Mariana, desde que o faça na
contestação, sob pena de preclusão.
02) (OAB XXII) A instauração do incidente de desconsideração da personalidade jurídica foi requerida em
um processo de execução por título extrajudicial. O advogado do executado manifestou-se contrariamente
ao pedido, sob a alegação de cerceamentoMonique
de defesa de seu cliente, somente cabendo a desconsideração
Farias
se requerida em ação de conhecimento ajuizada especificamente
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devedora. Sobre a argumentação acima, assinale a afirmativa correta.
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A) Procede, porque o pressuposto para a aplicação da desconsideração da personalidade jurídica é
sempre a conduta ilícita do sócio perpetrada por meio da personalidade da pessoa jurídica; portanto, é
imprescindível a demonstração cabal da culpa em ação de conhecimento.
B) Procede, porque o requerimento de instauração do incidente de desconsideração deve demonstrar o
preenchimento dos pressupostos legais específicos, dentre eles o desvio de finalidade da pessoa jurídica,
que só pode ser feito em ação de conhecimento, onde estarão preservados o contraditório e a ampla
defesa.
C) Não procede, porque, ao contrário do afirmado pelo advogado, o incidente de desconsideração só é
cabível no cumprimento de sentença e na execução de título executivo extrajudicial, pois, no processo de
conhecimento, a desconsideração só pode ser decretada na sentença de mérito.
D) Não procede, porque o incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de
conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial.
03) (OAB XXVIII) Amauri ingressou com ação ordinária em face de Mercadinho dos Suínos Ltda., em
decorrência do consumo de alimento inapropriado vendido pelo réu. O pedido foi julgado procedente em
decisão transitada em julgado, condenando a pessoa jurídica ré a indenizar o autor em R$ 10.000,00 (dez
mil reais). Na fase de cumprimento de sentença, não foram encontrados bens penhoráveis pertencentes à
sociedade, razão pela qual o juízo competente decretou, de ofício, a desconsideração da personalidade
jurídica, penhorando um automóvel pertencente a Flávio, sócio majoritário da sociedade ré. Diante de tal
cenário, assinale a afirmativa correta.
A) A decisão está correta, pois o CPC admite a desconsideração da personalidade jurídica,
independentemente de requerimento da parte interessada.
B) A decisão está incorreta, diante da necessidade de requerimento da parte para que haja a
desconsideração da personalidade jurídica, a qual possui natureza jurídica de processo autônomo.

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C) A decisão está incorreta, pois a desconsideração da personalidade jurídica exige, cumulativamente, o


requerimento da parte interessada e a instauração do incidente, nos termos do CPC.
D) Não é admissível a desconsideração da personalidade jurídica à luz do CPC.

ANOTAÇÕES Gabarito: 1-D; 2-D; 3-C

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QUARTA-FEIRA 04/01
PENAL - LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO – PRINCÍPIOS
Leitura obrigatória dos arts.1º ao 12 do CP

1. Eficácia da Lei Penal no Tempo:

Em relação ao tempo do crime, o direito penal brasileiro adota a teoria da ATIVIDADE.

Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que


outro seja o momento do resultado. Como regra, adota-se a teoria da atividade (o
tempo do crime é o momento da conduta).

A superveniência de lei penal mais gravosa que a anterior não impede que a nova
lei se aplique aos crimes continuados ou ao crime permanente, caso o início da
vigência da referida lei seja anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
Ou seja, se o agente está praticando crime de caráter permanente ou continuado e
veio nova lei mais gravosa, será estaMonique Fariasa ele, por não ter cessado a prática
lei imputada
delitiva antes. moniqueecampos61@gmail.com
090.741.734-54

No âmbito do direito penal, aplica‐se, em regra, o princípio do “tempus regit


actum”, por meio do qual se deve aplicar a lei penal em vigor na data da prática do ato
delituoso.
Se a nova lei, mesmo não estando em vigor na data do crime, for mais benéfica ao
acusado, deverá retroagir para ser aplicada no caso concreto.

A “novatio legis in mellius” se aplica aos fatos anteriores já decididos por sentença
condenatória transitada em julgado, sem violar a proteção constitucional à coisa
julgada.

 Abolitio Criminis: Descriminaliza uma conduta que antes era ilícita. – Retroage.
 Novatio legis in mellius: lei nova que beneficia a situação do acusado. – Retroage.
 Novatio Legis incriminadora: lei nova que criminaliza uma conduta que antes era
lícita. – Não retroage.
 Novatio legis in pejus: lei nova que agrava a situação do acusado. – Não retroage.

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Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2020 - OAB - Exame de
Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase
André, nascido em 21/11/2001, adquiriu de Francisco, em 18/11/2019, grande
quantidade de droga, com o fim de vendê-la aos convidados de seu aniversário, que
seria celebrado em 24/11/2019. Imediatamente após a compra, guardou a droga no
armário de seu quarto.
Em 23/11/2019, a partir de uma denúncia anônima e munidos do respectivo mandado
de busca e apreensão deferido judicialmente, policiais compareceram à residência de
André, onde encontraram e apreenderam a droga que era por ele armazenada. De
imediato, a mãe de André entrou em contato com o advogado da família.
Considerando apenas as informações expostas, na Delegacia, o advogado de André
deverá esclarecer à família que André, penalmente, será considerado
Resposta: imputável, podendo responder pelo delito de tráfico de drogas, mesmo
adotando o Código Penal a Teoria da Atividade para definir o momento do crime.
Obs: André iniciou a conduta ainda menor de idade, ocorre que o crime praticado
é um crime permanente, ou seja, a sua consumação se prolonga no tempo, assim,
Monique
André responderá pelo crime de tráfico Fariaspois foram apreendidas quando ele
de drogas,
moniqueecampos61@gmail.com
já havia completado a maioridade.
090.741.734-54
2. Eficácia da Lei Penal no Espaço:

Em relação ao lugar do crime, o direito penal brasileiro adota a teoria da UBIQUIDADE.

Regra: Princípio da territorialidade – aplica-se a lei brasileira ao crime cometido no


território nacional, englobando embarcações ou aeronaves públicas ou a serviço do
governo (extensão do território brasileiro).

Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2016 - OAB - Exame de
Ordem Unificado - XXI - Primeira Fase
Revoltado com a conduta de um Ministro de Estado, Mário se esconde no interior de
uma aeronave pública brasileira, que estava a serviço do governo, e, no meio da
viagem, já no espaço aéreo equivalente ao Uruguai, desfere 05 facadas no Ministro
com o qual estava insatisfeito, vindo a causar-lhe lesão corporal gravíssima.
Diante da hipótese narrada, com base na lei brasileira, assinale a afirmativa correta.
Resposta: Mário poderá ser responsabilizado, segundo a lei brasileira, com base no
critério da territorialidade.

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 Aplica-se a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações


estrangeiras de propriedade privada?

Sim. Art. 5º § 2º CP. - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a
bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se
aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e
estas em porto ou mar territorial do Brasil.

 Qual regra se aplica aos chamados crimes à distância ou de espaço máximo? (infrações
penais que envolvem mais de um país, ocorrendo a conduta e o resultado em países
distintos).

Teoria mista ou da ubiquidade – Art. 6º CP - Art. 6º - Considera-se praticado o crime


no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se
produziu ou deveria produzir-se o resultado.

Monique Farias
 Art. 7º CP prevê de forma moniqueecampos61@gmail.com
excepcional as hipóteses de extraterritorialidade, em que a
legislação penal se aplica para além090.741.734-54
do território nacional. (Faça a leitura).

Extraterritorialidade CONDICIONADA
Se um brasileiro comete crime em outro país, vindo a ser condenado lá e também no Brasil,
pelo mesmo delito, após ter cumprido a pena imposta no estrangeiro, sua pena daqui também
estará extinta, ou seja, não deverá mais nada ao Brasil, mesmo que a pena daqui tenha sido
maior. Aqui haverá computação integral, sendo ou não idênticas.
Extraterritorialidade INCONDICIONADA

Se no mesmo caso, após ter cumprido a pena imposta no estrangeiro, ao retornar ao


Brasil, ele deverá terminar de cumprir a diferença que restar referente a pena imposta
aqui.

Exame XI - No ano de 2005, Pierre, jovem francês residente na Bulgária, atentou


contra a vida do então presidente do Brasil que, na ocasião, visitava o referido país.
Devidamente
processado, segundo as leis locais, Pierre foi absolvido. Considerando apenas os dados
descritos, assinale a afirmativa correta.

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Resposta: É aplicável a lei penal brasileira, pois o caso narrado traz hipótese de
extraterritorialidade incondicionada, sendo irrelevante o fato de ter sido o agente
absolvido no estrangeiro.
Atentar contra a vida ou liberdade do Presidente da República é hipótese de
extraterritorialidade incondicionada, prevista no art. 7º, I, a, do CP, e combinada com o
art. 7º, § 1º, do CP.
MACETE:

LUTA:
Lugar=Ubiquidade
Tempo = Atividade

3. O que é Abolitio Criminis?

É a transformação de um fato típico em atípico.


Extingue a PUNIBILIDADE!
Para que se configure a Abolitio Criminis deve haver:
Monique Farias
 Revogação do tipo penal
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090.741.734-54
 Supressão da conduta como crime.

Art. 2º CP - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença
condenatória.

Exemplo: Crime de adultério: o tipo penal foi revogado e não foi transferido para outro
dispositivo. Neste caso houve a abolitio criminis, ou seja, não há mais crime.

Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se
aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em
julgado.

Súmula 711 do STF:


A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a
sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

Quando, embora revogada a lei, a conduta criminosa migra para outro tipo penal,
não haverá abolitio criminis, mas a CONTINUIDADE NORMATIVA.
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Exemplo: Crime de atentado violento ao pudor (art. 214 CPB), foi revogado, deixando
de existir. Porém, a mesma conduta foi transferida para outro dispositivo, passando a
ser considerada como estupro. Neste caso não houve abolitio criminis, mas
continuidade normativa.

Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem
Unificado - XIII - Primeira Fase
Considere que determinado agente tenha em depósito, durante o período de um ano,
300 kg de cocaína. Considere também que, durante o referido período, tenha entrado
em vigor uma nova lei elevando a pena relativa ao crime de tráfico de entorpecentes.
Sobre o caso sugerido, levando em conta o entendimento do Supremo Tribunal
Federal sobre o tema, assinale a afirmativa correta.
Resposta: Deve ser aplicada a lei mais severa, qual seja, aquela que passou a vigorar
durante o período em que o agente ainda estava com a droga em depósito.

Resumo
Lei penal Monique Farias
no Teoria da aTividade O tempo do crime Art. 4º CP
Tempo moniqueecampos61@gmail.com
é o momento da
090.741.734-54
conduta.
Regra: Aplica-se a lei
Territorialidade brasileira ao crime Art.2º CP
cometido no
Lei penal no território nacional.
espaço Exceção 1: A legislação penal Art.7º CP
Extraterritorialidade se aplica para além
do território
nacional.
Exceção 2: Considera-se Art.6º CP
Teoria Mista praticado o crime
ou da ubiquidade no lugar em que
ocorreu a ação ou
omissão – Aplica-
se aos crimes à
distância ou de
espaço máximo.

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4. Princípios

PRINCÍPIOS
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: lei em Uma conduta considerada como
sentido amplo. criminosa só pode ser definida por lei.
(Art.5º XXXIX CF) Mas, essa ideia é genérica, pois o
legislativo produz diversas espécies de
lei. O princípio da legalidade possui um
aspecto mais amplo que o da reserva
legal, ou seja, admite qualquer uma das
espécies normativas prevista na
Constituição Federal:

emendas à Constituição; leis


complementares; leis ordinárias; leis
Moniquedelegadas;
Farias medidas provisórias;
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decretos legislativos; resoluções.
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Nesse sentido, um decreto da prefeitura
é considerado lei, para o princípio da
legalidade.

PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL: lei em


sentido estrito - lei ordinária (ou Já o princípio da reserva legal
complementar), de iniciativa da União, compreende que o direito penal é
pode definir o crime. matéria reservada à lei em sentido
estrito, ou seja, lei oriunda do poder
legislativo. Então, está reservada à
União a iniciativa de lei penal e,
somente à União.
A lei penal não retroagirá, salvo para
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DA LEI beneficiar o réu;
PENAL O princípio da anterioridade
veda a responsabilização
(Art.5º XL) criminal por fatos praticados
antes da entrada em vigor da lei
penal que os define como crime.
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Nenhuma pena passará da pessoa do


condenado.
PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA DA Somente o condenado, e mais ninguém,
PENA poderá responder pelo fato praticado,
pois a pena não pode passar da pessoa
(Art.5º XLV) do condenado.

Quanto às obrigações de dar valor


pecuniário ou de reparar danos, estas
sim poderão passar aos herdeiros do
condenado, por não se tratar de PENA,
respeitando-se os limites do valor da
herança.

IMPORTANTE!
Não confundir pena de multa com
obrigação pecuniária.
Monique Farias
Multa é pena, e também não poderá
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ser imposta a terceiros.
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A lei regulará a individualização da pena


e adotará, entre outras, as seguintes:
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA a) privação ou restrição da liberdade;
PENA b) perda de bens;
(Art.5º XLVI) c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;

A pena deve ser individualizada, ou seja,


para cada crime tem-se uma pena que
varia de acordo com o agente.

STF: Lesões insignificantes a um bem


alheio não produzem tipicidade
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA material, logo tornam o fato ATÍPICO.
(bagatela)
O direito penal não deve se preocupar
Segundo o STF deve-se ponderar diversos com condutas em que o resultado não é
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fatores como: tão grave, ou seja, quando não é


identificada a necessidade de punir o
MARI agente nem de se recorrer aos meios
1) Mínima ofensividade da conduta do judiciais, por exemplo, no caso de um
agente; leve empurrão ou furto de pequeno
2) Ausência de periculosidade social da valor.
ação;
3) Reduzido grau de reprovabilidade do Atenção:
comportamento; Súmula 589 STJ: É inaplicável o princípio
4) Inexpressividade da lesão jurídica da insignificância nos crimes ou
causada. contravenções penais, praticados contra
a mulher no âmbito das relações
domésticas.

APLICA-SE o princípio da Súmula 599 STJ: O princípio da


insignificância aos réus REINCIDENTES. insignificância é inaplicável aos crimes
contra a administração pública.
APLICA-SE o princípio da
insignificância no Uso de atestado Monique Farias
Porém, o STF, em situações
médico falso. moniqueecampos61@gmail.com
excepcionais, considerou a aplicação do
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princípio da insignificância nos crimes
NÃO SE APLICA o princípio da contra a Administração Pública.
insignificância aos crimes de moeda falsa.
Súmula 606-STJ: Não se aplica o
princípio da insignificância a casos de
transmissão clandestina de sinal de
internet via radiofrequência, que
caracteriza o fato típico previsto no art.
183 da Lei n. 9.472/1997.

 Incide o princípio da insignificância


aos crimes tributários federais e de
descaminho quando o débito
tributário verificado não ultrapassar
o limite de R$ 20.000,00 (vinte mil
reais), a teor do disposto no art. 20
da Lei n. 10.522/2002, com as
atualizações efetivadas pelas
Portarias n. 75 e 130, ambas do
Ministério da Fazenda. STJ. 3a

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Seção. REsp 1.709.029/MG, Rel.


Min. Sebastião Reis Júnior, julgado
em 28/02/2018 (recurso repetitivo).

 A prática de furto qualificado por


escalada, arrombamento ou
rompimento de obstáculo, em
concurso de pessoas e durante o
repouso noturno, indica a especial
reprovabilidade da conduta, razão
suficiente para afastar a aplicação
do princípio da insignificância.
(...) (STJ; AgRg no HC 707294/SC; Quinta
Turma; Relator Ministro João Otávio
Noronha; Publicado no DJe de
13/05/2022)".

PRINCÍPIO DA ABSORÇÃO/CONSUNÇÃO Um fato ABSORVE o outro. Crime fim


Moniqueabsorve
Farias o crime meio, se este foi
moniqueecampos61@gmail.com
cometido especificamente para a
090.741.734-54
consumação daquele.
Quando o autor do delito prática dois
ou mais crimes e um deles é meio
necessário para a prática de outro, o
primeiro delito é absorvido pelo
segundo e, consequentemente,
responderá criminalmente somente
pelo último delito praticado.
Súmula 17 do STJ: "Quando o falso se
exaure no estelionato, sem mais
potencialidade lesiva, é por este
absorvido".

Falsificação de documento público com


o fim de cometer Estelionato. Neste
caso, a falsificação será absorvida e o
agente responderá apenas pelo crime
de estelionato.

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Há incidência desse princípio no


caso de porte de arma utilizada
unicamente para a prática do homicídio.

5. Conceitos Relevantes

É a que exige um complemento para ser


interpretada e aplicada, visto que está
incompleta.

LEI PENAL EM BRANCO Exemplo: a lei de drogas em nenhum


momento descreve o que é considerado
“droga”. Logo, a norma precisará de
complementação, ou seja, outra norma
deverá definir o que é droga.

MoniqueLei
Farias penal em branco
moniqueecampos61@gmail.com
homogênea/imprópria:
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Quando o seu complemento se encontra
em uma outra lei de mesma natureza. Ou
seja, a norma que complementa uma lei,
por exemplo, é também uma lei.
Exemplo: Art. 312 c/c 327 CP

Lei penal em branco heterogênea ou


própria:
Quando o seu complemento se encontra
em uma norma diferente da lei, exemplo:
portaria, resolução.

LEI EXCEPCIONAL Art. 3º CP - A lei excepcional ou


X temporária, embora decorrido o período
LEI TEMPORÁRIA de sua duração ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram, aplica-
se ao fato praticado durante sua vigência.

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Possui ultratividade gravosa.

Lei temporária:
É a lei que surge já com prazo
determinado para terminar.

Exemplo: lei seca do período eleitoral e lei


geral da copa do mundo. Aqui todos já
sabem quando a lei deixará de valer, já
tem data de fim marcada.

Lei excepcional:
NÃO possui prazo determinado para sua
vigência terminar.
Sua vigência se dará enquanto durar a
excepcionalidade.
Monique Farias
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Exemplo: lei publicada para valer durante a
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pandemia ou durante uma guerra. Ficará
vigente enquanto perdurar a pandemia ou
a guerra, sem prezo determinado.

Ambas são AUTORREVOGÁVEIS e


ULTRATIVAS.
São autorrevogáveis porque elas se auto
revogam ao findar o prazo de vigência de
cada uma, ou seja, não precisam de outra
lei para revogá-las.
São ultrativas porque os fatos cometidos
dentro de sua vigência, mesmo após a
extinção, continuam a ter efeitos.

6. Súmula 611 STF: Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo


das execuções a aplicação de lei mais benigna.

XXVIII - Sílvio foi condenado pela prática de crime de roubo, ocorrido em 10/01/2017,
por decisão transitada em julgado, em 05/03/2018, à pena base de 4 anos de reclusão,
majorada em 1/3 em razão do emprego de arma branca, totalizando 5 anos e 4 meses
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de pena privativa de liberdade, além de multa.


Após ter sido iniciado o cumprimento definitivo da pena por Sílvio, foi editada, em
23/04/2018, a Lei nº 13.654/18, que excluiu a causa de aumento pelo emprego de
arma branca no crime de roubo. Ao tomar conhecimento da edição da nova lei, a
família de Sílvio procura um(a) advogado(a).
Considerando as informações expostas, o(a) advogado(a) de Sílvio
Resposta: poderá requerer ao juízo da execução penal o afastamento da causa de
aumento e, consequentemente, a redução da sanção penal imposta.

Link para questões

Sugestão: Faça no mínimo 10 questões


Número de Questões:
Acertos: Monique Farias Erros:
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090.741.734-54

48
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AULA NA PLATAFORMA

ADMINISTRATIVO: INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE

1) Diferencie intervenção do Estado na propriedade de forma restritiva e supressiva.

INTERVENÇÃO SUPRESSIVA INTERVENÇÃO RESTRITIVA


O Estado transfere para si a propriedade de O Estado impõe restrições e
terceiro. condicionamentos ao uso da propriedade,
sem, contudo, retirá-la de seu dono
Hipótese: Quais são as hipóteses:
- Servidão Administrativa – Art 40 da lei
3365/41
- Desapropriação - Limitação Administrativa – Art 78 CTN
Monique Farias
- Requisição Administrativa – Art 5º XXV da CF
moniqueecampos61@gmail.com
- Ocupação Temporária – Art 36 do decreto
090.741.734-54
3365/45
- Tombamento – Decreto-lei 25/1937

2) Sobre a Desapropriação:

Artigo comumente cobrado em prova – Art. 5º XXIV da CRFB.

Art. 5º XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por


necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia
indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

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2.1 Diferencie a sem caráter de sanção com a com caráter de sanção.

Desapropriação sem caráter de sanção – art Desapropriação com caráter de sanção


5º XXIV CF.

Monique Farias
2.2 Sobre a desapropriação SEM caráter de sanção:
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2.2.1 Os bens públicos podem ser desapropriados?

Sim, desde que a desapropriação seja realizada pelo ente mais abrangente
sobre o patrimônio do ente menos abrangente.

Como assim? A União pode desapropriar bens pertencentes aos estados e


municípios; os estados poderão desapropriar os bens dos municípios, já o contrário
não pode acontecer, é sempre o MAIOR que pode desapropriar o MENOR; ou seja a
UNIÃO não pode ter seus bens desapropriados.

Cuidado: Art. 2º, parágrafo 2º do decreto 3365/41: Os bens do domínio


dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios poderão ser desapropriados pela
União, e os dos Municípios pelos Estados, mas, em qualquer caso, ao ato deverá
PRECEDER AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA.

2.2.2 Quem pode DECLARAR uma desapropriação? Quem pode PROMOVER


uma desapropriação?

Quem DECLARA a desapropriação é o ENTE PÚBLICO (União, Estados, DF,


Municípios).

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Art. 2º do decreto 3365/41 - Mediante declaração de utilidade pública,


todos os bens poderão ser desapropriados pela União, pelos Estados, Municípios,
Distrito Federal e Territórios.

Quem PROMOVE a desapropriação: Ente Público, Administração


Indireta ou até mesmo as concessionárias e permissionárias.

Art. 3º do decreto 3365/41 - Os concessionários de serviços públicos e


os estabelecimentos de caráter público ou que exerçam funções delegadas de poder
público poderão PROMOVER desapropriações mediante autorização expressa,
constante de lei ou contrato.

2.2.3 É possível a imissão provisória na posse?

Sim, desde que haja declaração de URGÊNCIA e DEPÓSITO PRÉVIO. Art 15


do decreto 3365/41.

2.2.4 É possível a desistência da desapropriação?

Sim, o Poder público pode desistir da desapropriação.


Monique Farias
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2.2.5 Novidade legislativa:
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Decreto 3365/41
Art. 10-A. O poder público deverá notificar o proprietário e apresentar-lhe
oferta de indenização. (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019)
§ 1º A notificação de que trata o caput deste artigo conterá: (Incluído
pela Lei nº 13.867, de 2019)
I - cópia do ato de declaração de utilidade pública; (Incluído pela Lei nº
13.867, de 2019)
II - planta ou descrição dos bens e suas confrontações; (Incluído pela Lei
nº 13.867, de 2019)
III - valor da oferta; (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019)
IV - informação de que o prazo para aceitar ou rejeitar a oferta é de 15 (quinze)
dias e de que o silêncio será considerado rejeição; (Incluído pela Lei nº
13.867, de 2019)
§ 2º Aceita a oferta e realizado o pagamento, será lavrado acordo, o qual será
título hábil para a transcrição no registro de imóveis. (Incluído pela Lei nº
13.867, de 2019)
§ 3º Rejeitada a oferta, ou transcorrido o prazo sem manifestação, o poder
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público procederá na forma dos arts. 11 e seguintes deste Decreto-


Lei. (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019)
Art. 10-B. Feita a opção pela mediação ou pela via arbitral, o particular
indicará um dos órgãos ou instituições especializados em mediação ou
arbitragem previamente cadastrados pelo órgão responsável pela
desapropriação. (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019)
§ 1º A mediação seguirá as normas da Lei nº 13.140, de 26 de junho de 2015, e,
subsidiariamente, os regulamentos do órgão ou instituição
responsável. (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019)
§ 2º Poderá ser eleita câmara de mediação criada pelo poder público, nos
termos do art. 32 da Lei nº 13.140, de 26 de junho de 2015. (Incluído pela
Lei nº 13.867, de 2019)

2.3 Sobre a desapropriação COM caráter


Moniquede sanção:
Farias
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2.3.1 URBANA: 090.741.734-54

A desapropriação URBANA com caráter de SANÇÃO tem previsão no art.


182, parágrafo 4º da CF, e deve ser obedecida a ORDEM, vejamos:

Art. 182 § 4º É facultado ao Poder Público MUNICIPAL, mediante lei


específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do
proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova
seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

I - parcelamento ou edificação compulsórios;


II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no
tempo; (5 anos consecutivos, alíquota máxima de 15%).
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de
emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez
anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e
os juros legais.

2.3.2 RURAL:

Art 184 CF - Compete à UNIÃO desapropriar por interesse social, para fins
de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social,
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mediante prévia e justa indenização EM TÍTULOS DA DÍVIDA AGRÁRIA, com cláusula de


preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até VINTE ANOS, a partir do
segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.

Obs.: As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.

Obs.: (Art. 185) São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma


agrária:

I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que


seu proprietário não possua outra;
II - a propriedade produtiva.

Obs.: (Art. 189) Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela


reforma agrária receberão títulos de domínio ou de concessão de uso, inegociáveis
pelo prazo de dez anos.

2.3.3 CONFISCATÓRIA Monique Farias


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Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde
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forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho
escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a
programas de habitação popular, SEM QUALQUER INDENIZAÇÃO ao proprietário e sem
prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no
art. 5º.

Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em


decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de
trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação
específica, na forma da lei

3. O que é desapropriação indireta?


É o fato administrativo pelo qual o Estado de apropria do bem particular,
sem observância dos requisitos de DECLARAÇÃO E DA INDENIZAÇÃO PRÉVIA, não
podendo ser objeto de reivindicação, pois " Os bens expropriados, uma vez
incorporados à Fazenda Pública, não podem ser objeto de reivindicação, ainda que
fundada em nulidade do processo de desapropriação. Qualquer ação, julgada
procedente, resolver-se-á em perdas e danos". O prazo para o particular entrar com
Ação de indenização na desapropriação indireta: 10 anos.

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ATENÇÃO!!! (Grandes Chances de cair em prova) Sobre a intervenção do


Estado na propriedade de forma restritiva, diferencie: Ocupação temporária,
requisição administrativa, servidão administrativa, limitação administrativa,
tombamento.

1)REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA Art. 5º XXV CF - no caso de IMINENTE PERIGO PÚBLICO, a


autoridade competente poderá usar de propriedade particular,
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver
dano;
2) OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA Art.36 do Decreto 3365/41. É permitida a ocupação
temporária, que será indenizada, afinal, por ação própria, de
terrenos não edificados, VIZINHOS ÀS OBRAS E NECESSÁRIOS
À SUA REALIZAÇÃO.
3)SERVIDÃO ADMINISTRATIVA Art. 40 do Decreto 3365/41 É o direito real público que autoriza
a Administração a usar da propriedade imóvel para permitir a
execução de obras e serviços de interesse coletivo.
Exemplo: Instalação de redes elétricas, implantação de
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gasodutos.
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4)LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA Art 78 CTN. Determinações de caráter geral, a sujeitos
(PODER DE POLÍCIA) indeterminados.
Exemplo: proibição de construir além de determinado número
de andares.
5) TOMBAMENTO Decreto-lei 25/1937 Meio pelo qual o poder público procura
proteger o patrimônio cultural.
Efeitos do tombamento:
O proprietário não poderá demolir, destruir ou mutilar o bem
tombado; Art 17.
Só poderá pintar, reparar, ou restaurar o bem se tiver
autorização do poder público.
Se o proprietário comprovar que não tem condições financeiras
para arcar com os custos, a execução ficará às expensas do
ENTE. 19§1.
OBS: o NOVO CPC revogou o direito de preferência do bem
tombado, ou seja, caso o particular queira alienar o bem não
precisará oferecer primeiramente aos entes.
Alienação judicial - 892 § 3º CPC

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No caso de , a União, os Estados e os Municípios terão, nessa


ordem, o direito de preferência na arrematação, em igualdade
de oferta.

4. O que é tredestinação?

TREDESTINAÇÃO: Destino diferente ao previsto


Permanece o interesse Exemplo: Desapropria para
público. construir uma escola, e resolve
LÍCITO
(não é ilícito, logo não há construir um hospital.
direito à indenização)
Desvia a finalidade: não Exemplo: desapropria para
permanece o interesse construir uma escola e constrói
público. uma borracharia para o irmão do
É Ilícito, a desapropriação prefeito.
ILÍCITO
deve ser considerada nula,
Moniqueo Farias
reintegra bem ao ex-
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proprietário ou, caso não
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seja possível, indeniza.

5. O que é Direito de Extensão?

Existe o direito de extensão quando a desapropriação é feita em parte, e a


parte não desapropriada do bem fica inútil, inservível, ou de difícil utilização, logo o
proprietário vai requerer que seja estendida a todo o bem.

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Anotações

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QUINTA-FEIRA 05/01
CIVIL: Dos Fatos Jurídicos*Arts.104 ao 188*

Leitura obrigatória do Código Civil:


Art.105 Art.107 Art.111 Art.113§1º Art.114 Art.121 Art.122 Art.125 Art.126 Art.127

Art.130 Art.132 Art.137 Art.138 Art.139 Art.143 Art.144 Art.145 Art.151 Art.156
Art.157 Art.158 Art.162 Art.165 Art.167 Art.168 Art.171 Art.178 Art.179 Art.188

1.Art. 156 Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade


de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte,
assume obrigação excessivamente onerosa.

Durante uma viagem aérea, Eliseu foi acometido de um mal súbito, que
demandava atendimento imediato. O piloto dirigiu o avião para o aeroporto mais
próximo, mas a aterrissagem não ocorreria a tempo de salvar Eliseu. Um passageiro
ofereceu seus conhecimentos médicos para atender Eliseu, mas demandou
pagamento bastante superior ao valor de mercado, sob a alegação de que se
encontrava de férias. Os termos doMonique Farias
passageiro foram prontamente aceitos por Eliseu.
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Recuperado do mal que o atingiu, para evitar a cobrança dos valores avençados, Eliseu
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pode pretender a anulação do acordo firmado com o outro passageiro, alegando
Resposta: Estado de perigo.

2. Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por
inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da
prestação oposta.

Exame XXXI João, único herdeiro de seu avô Leonardo, recebeu, por
ocasião da abertura da sucessão deste último, todos os seus bens, inclusive uma casa
repleta de antiguidades. Necessitando de dinheiro para quitar suas dívidas, uma das
primeiras providências de João foi alienar uma pintura antiga que sempre estivera
exposta na sala da casa, por um valor módico, ao primeiro comprador que encontrou.
João, semanas depois, leu nos jornais a notícia de que reaparecera no mercado de arte
uma pintura valiosíssima de um célebre artista plástico. Sua surpresa foi enorme ao
descobrir que se tratava da pintura que ele alienara, com valor milhares de vezes
maior do que o por ela cobrado. Por isso, pretende pleitear a invalidação da alienação.
Resposta correta: O negócio jurídico de alienação da pintura celebrado por João está
viciado por lesão e chegou a produzir seus efeitos regulares, no momento de sua

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celebração.

Não confunda:
Estado de perigo Lesão
Há dolo da outra parte Independe do conhecimento da outra
parte
Pessoal Patrimonial
Excessiva onerosidade Desproporcionalidade na prestação

3. Art. 166 CC - É nulo o negócio jurídico quando:


I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
Monique Farias
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
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VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
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Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se
válido for na substância e na forma.
§ 1º Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais
realmente se conferem, ou transmitem;
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.

Veja essa questão: No ano de 2016, Jonas realizou um negócio jurídico com Raimunda,
para uso de um imóvel residencial, tendo como contraprestação o pagamento mensal
de R$ 2.500 em dinheiro. Visando sonegar eventual pagamento de tributos, Jonas
intitulou o instrumento como contrato de comodato e indicou o pagamento da
contraprestação como ajuda de custo.
Resposta: O referido contrato de comodato é nulo em razão da simulação. No
entanto, subsiste a locação que se dissimulou.

4. Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade


emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência
normal, em face das circunstâncias do negócio.
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5. Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do


negócio jurídico, contado:
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que
se realizou o negócio jurídico;

Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem
estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data
da conclusão do ato.
6. Art.188 Não constituem atos ilícitos:

I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;

II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover


perigo iminente. Monique Farias
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Observação: 090.741.734-54
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não
forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que
sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de
terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância
que tiver ressarcido ao lesado.
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2021 - OAB - Exame de
Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase - Daniel, habilitado e dentro do limite de
velocidade, dirigia seu carro na BR 101 quando uma criança atravessou a pista, à sua
frente. Daniel, para evitar o atropelamento da criança, saiu de sua faixa de rolamento
e colidiu com o carro de Mário, taxista, que estava a serviço e não teve nenhuma culpa
no acidente.

Daniel se nega ao pagamento de qualquer valor a Mário por alegar que a


responsabilidade, em verdade, seria de José, pai da criança.
A respeito da responsabilidade de Daniel pelos danos causados no acidente em
análise, assinale a afirmativa correta. Resposta: Ele não praticou ato ilícito mas, ainda
assim, terá que indenizar Mário.

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Resumo - Vícios de Vontade


“a falsa representação psicológica da Exemplo: Maria pensa que
realidade” comprou o lote nº 2 da
Art. 138 CC. São anuláveis os quadra A, quando na verdade
Erro negócios jurídicos, quando as adquiriu o lote nº 2 da quadra
V.Art.138 e SS declarações de vontade emanarem B.
de erro substancial que poderia ser
percebido por pessoa de diligência
normal, em face das circunstâncias
do negócio.
Art. 140 CC. O falso motivo só vicia a
declaração de vontade quando
expresso como razão determinante.
Dolo “induzir alguém em erro” Exemplo: Célio deseja vender
V.Art.145 e SS Art. 147. Nos negócios jurídicos uma sala comercial na cidade
bilaterais, o silêncio intencional de de Florianópolis. Clara se
uma das partes a respeito de fato ou interessou pelo imóvel e foi
qualidade que a outra parte haja visitá-lo. Com receio de que
ignorado, constitui omissão dolosa, Clara não fizesse uma
Monique
provando-se Farias
que sem ela o negócio proposta de compra, Célio
moniqueecampos61@gmail.com
não se teria celebrado. omitiu o fato de que o imóvel
090.741.734-54 não tinha a instalação elétrica
adequada para a atividade
comercial que sabia que Clara
pretendia exercer naquele
local. Celebrada a compra e
venda, posteriormente Clara
descobre a verdade.
Coação A vontade é viciada pelo medo de Exemplo:
V.Art. 151 e SS dano a si, à família, a outrem ou aos Alessandra sofreu um
bens, a partir de uma pressão física „sequestro relâmpago‟ e foi
ou moral. obrigada, sob coação moral
Art. 151 Parágrafo único. Se disser irresistível, a realizar diversos
respeito a pessoa não pertencente à saques de sua conta-corrente
família do paciente, o juiz, com base e empréstimos em seu nome.
nas circunstâncias, decidirá se houve
coação.
Estado de Perigo Art. 156 Configura-se o estado de Exemplo: Deise sofreu grave
V.Art. 156 perigo quando alguém, premido da acidente de carro e, em razão
necessidade de salvar-se, ou a disso, precisou de uma
pessoa de sua família, de grave dano cirurgia de urgência em
conhecido pela outra parte, assume hospital próximo ao local do
obrigação excessivamente onerosa. sinistro. Por exigência do
estabelecimento hospitalar,
sua genitora Cláudia emitiu
um cheque de setenta mil

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reais em favor daquele. Dias


após a conclusão do
procedimento, ela constatou
que a quantia comumente
cobrada para tal cirurgia era
de cinco mil reais.
Lesão Art. 157 Ocorre a lesão quando uma Exemplo: A cidade de Asa
V.Art 157 pessoa, sob premente necessidade, Branca foi atingida por uma
ou por inexperiência, se obriga a tempestade de grandes
prestação manifestamente proporções. As ruas ficaram
desproporcional ao valor da alagadas e a população sofreu
prestação oposta. com a inundação de suas
casas e seus locais de
trabalho. Antônio, que tinha
uma pequena barcaça,
aproveitou a ocasião para
realizar o transporte dos
moradores pelo triplo do
preço que normalmente seria
cobrado, tendo em vista a
premente necessidade dos
moradores de recorrer a esse
Monique Farias
tipo de transporte.
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TRABALHO: ALTERAÇÃO, INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO DO CONTRATO

INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE

Previsão legal: Art. 468 ao 473 da CLT ; Arts. 189 a 197 da CLT.

Art.320§3º Art. 468 Art.469 Art.470 Art.473 Art. 474

1. Art. 469 da CLT - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência,
para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que
não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio.
§ 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo
de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a
transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço.

- OAB-XXX
João e Maria são casados e trabalham na mesma
Monique empresa, localizada em
Farias
moniqueecampos61@gmail.com
Fortaleza/CE. Maria ocupa cargo de confiança e, por absoluta necessidade do serviço,
090.741.734-54
será transferida para Porto Alegre/RS, lá devendo fixar residência, em razão da
distância.
Diante da situação retratada e da legislação em vigor, assinale a afirmativa correta.
Resposta: Não há óbice para a transferência, que poderá ser realizada sem que haja
obrigação de a empresa transferir João.

2. Súmula 77 TST - Nula é a punição de empregado se não precedida de inquérito ou


sindicância internos a que se obrigou a empresa por norma regulamentar.

3. CLT, art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do
salário:

I - Até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente,


descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social,
viva sob sua dependência econômica;
II - Até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;

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III - por 5 (cinco) dias consecutivos, em caso de nascimento de filho, de adoção ou de guarda
compartilhada;
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de
sangue devidamente comprovada;
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei
respectiva.
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para
ingresso em estabelecimento de ensino superior
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo.
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade
sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja
membro.
X - pelo tempo necessário para acompanhar sua esposa ou companheira em até 6 (seis)
consultas médicas, ou em exames complementares, durante o período de gravidez;
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta
médica. Monique Farias
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XII - até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de realização de exames
090.741.734-54
preventivos de câncer devidamente comprovada.
Parágrafo único. O prazo a que se refere o inciso III do caput deste artigo será contado a partir
da data de nascimento do filho.

As empresas que adotarem o programa empresa cidadã terão aumento no prazo da licença-
maternidade e da licença-paternidade:
Licença-maternidade – de 120 para 180 dias. (Logo, aumenta-se 60 dias da licença-
maternidade, sendo que este aumento será compensado do imposto de renda da empresa).
Licença-paternidade – de 5 para 20 dias. (Logo, aumenta-se 15 dias da licença-paternidade).

4. E se for professor, tem alguma regra específica?


Art.320§ 3º CLT - Não serão descontadas, no decurso de 9 (nove) dias, as faltas verificadas por
motivo de gala (casamento) ou de luto em conseqüência de falecimento do cônjuge, do pai ou
mãe, ou de filho.
5. Art. 474 - A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa na
rescisão injusta do contrato de trabalho.

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OAB XXXII - Bruno era empregado em uma sociedade empresária, na qual atuava
como teleoperador de vendas on-line de livros e artigos religiosos, usando, em sua
estação de trabalho, computador e headset. Em determinado dia, o sistema de
câmeras internas flagrou Bruno acessando, pelo computador, um site pornográfico por
30 minutos, durante o horário de expediente. Esse fato foi levado à direção no dia
seguinte, que, indignada, puniu Bruno com suspensão por 40 dias, apesar de ele nunca
ter tido qualquer deslize funcional anterior. Diante da situação apresentada e dos
termos da CLT, assinale a afirmativa correta.
Resposta: A punição, tal qual aplicada pela empresa, importa na rescisão injusta do
contrato de trabalho.

6. Súmula nº 440 do TST. AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.


SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. RECONHECIMENTO DO DIREITO À MANUTENÇÃO
DE PLANO DE SAÚDE OU DE ASSISTÊNCIA MÉDICA - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e
27.09.2012
Assegura-se o direito à manutenção de plano de saúde ou de assistência médica oferecido pela
empresa ao empregado, não obstanteMonique
suspenso o contrato de trabalho em virtude de auxílio-
Farias
moniqueecampos61@gmail.com
doença acidentário ou de aposentadoria por invalidez.
090.741.734-54
7. Insalubridade e Periculosidade

Insalubridade Periculosidade
Base de cálculo: salário-mínimo Incide sobre o salário básico
Adicional: Adicional:
Grau mínimo: 10% 30%
Grau médio: 20%
Grau máximo: 40%

 Art.193 da CLT:
São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de
trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a:
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança
pessoal ou patrimonial;

65
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qualquer tipo de repasse.

§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de


30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios
ou participações nos lucros da empresa.
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja
devido.
§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza
eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo.
§ 4º São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta.

OAB XXX - Edimilson é vigia noturno em um condomínio residencial de


apartamentos. Paulo é vigilante armado de uma agência bancária. Letícia é
motociclista de entregas de uma empresa de logística. Avalie os três casos
apresentados e, observadas as regras da CLT, assinale a afirmativa correta.
Resposta: Paulo e Letícia exercem atividade perigosa e fazem jus ao adicional
de periculosidade. A atividade de Edimilson
Monique não é considerada perigosa, e, por
Farias
isso, ele não deve receber adicional.
moniqueecampos61@gmail.com
090.741.734-54
Obs: Leia, mais uma vez, o art. 611-A da CLT. Neste caso, com atenção especial aos incisos XII e
XIII, mas aproveite para relê-lo inteiro, bem como o 611-B (são meio chatos, mas a banca
gosta).

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Monique Farias
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qualquer tipo de repasse.

SEXTA-FEIRA 06/01
PROCESSO PENAL: INQUÉRITO POLICIAL

Arts.1º ao 26 do CPP
Leitura Obrigatória do Código de Processo Penal.

Art.2, Art.4, Art.5, Art.5§3º, Art.5§5º, Art.7, Art.17, Art.18,


CPP CPP CPP CPP CPP CPP CPP CPP
Art. 23 , Art. 28, Art.155, Art.158, Art.167, Art.184, - -
CPP CPP CPP CPP CPP CPP

1 - O INQUÉRITO POLICIAL É:
1 - INQUISITIVO: não há contraditório nem ampla defesa durante seu curso. O
suspeito é mero objeto de investigação.
2 - DISPENSÁVEL: não é obrigatório, ou seja, pode haver uma ação penal
sem a existência de um inquérito.
3 - INDISPONÍVEL: refere-se à Monique
impossibilidade
Farias
de arquivamento dos autos do
inquérito por parte damoniqueecampos61@gmail.com
autoridade policial. Art. 17 CPP- A autoridade policial
não pode arquivar o IP, pois a atribuição para tal prática é do judiciário.
090.741.734-54
Dessa forma, o inquérito policial NUNCA será arquivado pela autoridade
policial. O arquivamento deve ser OFERECIDO pelo ministério público, titular
da ação penal pública e HOMOLOGADO pelo juiz.
4 – ESCRITO: O inquérito policial precisa ser redigido. Art.9º CPP
5 - OFICIOSO: Tratando-se de ação penal pública incondicionada o delegado
deve instaurar o inquérito de ofício. Art.5º CPP.
6 - OFICIAL: O inquérito é conduzido por autoridades oficiais do Estado
(delegado).
7 - SIGILOSO: no IP não vigora o princípio da publicidade. Obs: o sigilo não
alcança o juiz, o advogado, o MP. Art.20 CPP.
Obs: Súmula vinculante 14
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao
exercício do direito de defesa.
8 - DISCRICIONÁRIO: Não no sentido de o delegado poder optar por
instaurar ou não, mas no que se refere a sua condução. O delegado tem
discricionariedade para adotar as medidas e diligências que entender
adequadas. Ou seja, o delegado aplica as diligêcias necessárias de acordo com
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cada caso concreto.
9 - ADMINISTRATIVO: Por ser conduzido por uma autoridade policial possui
caráter administrativo, não judicial.
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido
qualquer tipo de repasse.

O inquérito policial é inquisitivo E IDOSO!


E → Escrito;

I → Indisponível

D → Dispensável;

O → Oficial;

S → Sigiloso;

O → Oficioso.

2. SOBRE O INQUÉRITO POLICIAL:


O IP é um Procedimento administrativo dispensável que tem por finalidade colher
elementos de informação para apuração de uma infração penal.

Monique
DELEGADO PODE INSTAURAR Farias POLICIAL DE OFÍCIO?
INQUÉRITO
moniqueecampos61@gmail.com
DEPENDE!
090.741.734-54
A autoridade policial pode instaurar, de ofício, inquérito policial, desde que se
tratando de crime de ação penal pública incondicionada.

E sobre a ação pública condicionada a representação e ação privada? (Artigo 5°, §4 e


§5)
Ação pública condicionada a representação: não poderá ser iniciado sem ela.
Ação privada: somente poderá ser iniciado a requerimento de quem tenha qualidade
para isso.

Instauração do IP nos crimes de ação pública condicionada à


representação ou à requisição do Ministro da Justiça.
Art. 5º (...) § 4º CPP O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de
representação, não poderá sem ela ser iniciado.

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qualquer tipo de repasse.

Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante


legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do
prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou,
no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.
Obs: A requisição do Ministro da Justiça não está sujeita a prazo decadencial, podendo
ser exercitada enquanto o crime ainda não estiver prescrito.

Instauração do IP nos crimes de ação pena privada:


O IP só poderá ser instaurado por requerimento da vítima ou seu representante legal.
Poderá ocorrer pela requisição do MP ou do Juiz, caso seja acompanhada do
requerimento do ofendido o autorizando a instauração do IP.
“Art. 5º, §5º, CPP estabelece que “a autoridade policial somente poderá proceder a
inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. ”

Art. 38 CPP. Salvo disposição em Farias


Monique contrário, o ofendido, ou seu
representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se
moniqueecampos61@gmail.com
não o exercer dentro do prazo090.741.734-54
de seis meses, contado do dia em que vier
a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se
esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.

Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por


decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação
passará ao
CADI
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

3 - O QUE É NOTITIA CRIMINIS E DELATIO CRIMINIS?

Notitia criminis: é a ciência da autoridade policial de um fato criminoso. Pode ser


direta, quando a própria polícia, por qualquer meio, descobre o fato criminoso. Ou
70
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido
qualquer tipo de repasse.

indireta, quando a polícia é comunicada, seja pela vítima, MP ou Juiz, provocando sua
atuação. Engloba também a prisão em flagrante, que também pode ser chamada de
notitia criminis coercitiva.

Delatio criminis: é a comunicação pela vítima ou qualquer do povo do fato


criminoso. Divide-se em: delatio criminis postulatória (a vítima ou terceiro comunica o
fato à autoridade policial, pedindo a instauração do IP); Delatio criminis simples (a
vítima ou o terceiro só comunica o fato); Delatio criminis inqualificada (denúncia
anônima).
Art. 5º § 3o - Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de
infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito,
comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações,
mandará instaurar inquérito.

Após receber denúncia anônima o delegado deverá instaurar o inquérito?


A doutrina e a jurisprudência possuem o entendimento de que, na hipótese de
denúncia anônima, o procedimento corretoFarias
Monique a ser adotado é a realização da VPI
(verificação de procedência das informações), antes de concluir se instaura ou não o
moniqueecampos61@gmail.com
inquérito policial. 090.741.734-54

Em muitas questões da FGV: A denúncia anônima aparece com a


nomenclatura: notitia criminis inqualificada ou ainda delação apócrifa.

Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito


caberá recurso para o chefe de Polícia.

Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de
Ordem Unificado - XXVII - Primeira Fase
Após receber denúncia anônima, por meio de disque-denúncia, de grave
crime de estupro com resultado morte que teria sido praticado por Lauro, 19
anos, na semana pretérita, a autoridade policial, de imediato, instaura
inquérito policial para apurar a suposta prática delitiva. Lauro é chamado à
Delegacia e apresenta sua identidade recém-obtida; em seguida, é realizada
71
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido
qualquer tipo de repasse.

sua identificação criminal, com colheita de digitais e fotografias.


Em que pese não ter sido encontrado o cadáver até aquele momento das
investigações, a autoridade policial, para resguardar a prova, pretende colher
material sanguíneo do indiciado Lauro para fins de futuro confronto, além de
desejar realizar, com base nas declarações de uma testemunha presencial
localizada, uma reprodução simulada dos fatos; no entanto, Lauro se recusa
tanto a participar da reprodução simulada quanto a permitir a colheita de seu
material sanguíneo. É, ainda, realizado o reconhecimento de Lauro por uma
testemunha após ser-lhe mostrada a fotografia dele, sem que fossem
colocadas imagens de outros indivíduos com características semelhantes.
Ao ser informado sobre os fatos, na defesa do interesse de seu cliente, o(a)
advogado(a) de Lauro, sob o ponto de vista técnico, deverá alegar que
Resposta: o inquérito policial não poderia ser instaurado, de imediato, com
base em denúncia anônima isoladamente, sendo exigida a realização de
diligências preliminares para confirmar as informações iniciais.

Monique Farias
4 - PRAZOS PARA CONCLUSÃO DO IP:
moniqueecampos61@gmail.com
090.741.734-54

Regra:

Art. 10 do CPP:
Se o indiciado tiver PRESO: 10 dias
Se o indiciado tiver SOLTO: 30 dias prorrogável por iguais períodos.

Exceções:

a) Crimes de competência da justiça federal:


Se o indiciado tiver PRESO: 15 dias (prorrogável por igual período)
Se o indiciado tiver SOLTO: 30 dias

b) Lei de drogas (11.343/2006)


Se o indiciado tiver PRESO: 30 dias (pode ser duplicado)
Se o indiciado tiver SOLTO: 90 dias (pode ser duplicado)

72
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qualquer tipo de repasse.

c) Crimes contra a economia popular


Se o indiciado tiver PRESO: 10 dias
Se o indiciado tiver SOLTO: 10 dias

d) Crimes militares
Se o indiciado tiver PRESO: 20 dias
Se o indiciado tiver SOLTO: 40 dias pode ser prorrogado por mais 20 dias

Art. 18 do CPP: Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade


judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a
novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
5. SÚMULAS

Monique
Súmula Farias14
vinculante
moniqueecampos61@gmail.com
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos
090.741.734-54
de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de
defesa.
Súmula 524 - STF
Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de
justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.
Súmula 594- STF
Os direitos de queixa e de representação podem ser exercidos, independentemente,
pelo ofendido ou por seu representante legal.

Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2021 - OAB - Exame de
Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase
Após concluído inquérito policial para apurar a prática do crime de homicídio
em desfavor de Jonas, o Ministério Público requereu o seu arquivamento por
falta de justa causa, pois não conseguiu identificar o(s) autor(es) do delito, o
que restou devidamente homologado pelo juiz competente. Um mês após o

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qualquer tipo de repasse.

arquivamento do inquérito policial, uma testemunha, que não havia sido


anteriormente identificada, compareceu à delegacia de polícia alegando
possuir informações quanto ao autor do homicídio de Jonas.
A família de Jonas, ao tomar conhecimento dos fatos, procura você, como
advogado(a) da família, para esclarecimentos. Diante da notícia de existência
de novas provas aptas a identificar o autor do crime, você deverá esclarecer
aos familiares da vítima que o órgão ministerial
Resposta: poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão
de arquivamento fez apenas coisa julgada formal no caso concreto.

Quem teve o inquérito arquivado não significa que foi inocentado!


O Ministério Público poderá promover o desarquivamento quando houver novas prova
(O depoimento de uma nova testemunha que não havia sido identificada constitui
nova prova e não mera notícia), pois, em regra a decisão do arquivamento não faz
coisa julgada material.
Entretanto, quando for arquivado Monique Farias do fato, extinção da punibilidade,
por atipicidade
moniqueecampos61@gmail.com
fará coisa julgada material, não podendo ser desarquivado.
090.741.734-54

Súmula 714 - STF


É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do ministério público,
condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra
de servidor público em razão do exercício de suas funções.

Fere o princípio constitucional da não culpabilidade a definição de maus


antecedentes na aplicação da pena, se feita com base em outros processos criminais
em curso.

Segundo o STF, a existência de inquéritos policiais ou de ações penais sem trânsito em


julgado não podem ser considerados como maus antecedentes para fins de dosimetria
da pena.

"[...] Ante o princípio constitucional da não culpabilidade, inquéritos e processos


criminais em curso são neutros na definição dos antecedentes criminais."

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Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do


inquérito policial, poderá, no prazo de 30 dias do recebimento da comunicação,
submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme
dispuser a respectiva lei orgânica.
CPP. Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

Atenção para exceção: Lei Maria da Penha - Art. 16: Nas ações penais públicas
condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a
renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com
tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.

6 – DICAS FINAIS SOBRE O INQUÉRITO POLICIAL


1) Cabe ao Ministério Público promover pelo arquivamento, cabendo ao juiz
analisar o pedido de decidir pelo arquivamento, na forma do art. 28 do CPP.
Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer
elementos informativos da mesma natureza,
Monique o órgão do Ministério Público
Farias
moniqueecampos61@gmail.com
comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os
090.741.734-54
autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na
forma da lei.
2) A autoridade policial não pode mandar arquivar os autos do IP –
Art. 17 CPP. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de
inquérito.
3) O Inquérito Policial é dispensável? Sim.
Art. 39 § 5º CPP - O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se
com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover
a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de 15 DIAS.
Art. 107 CPP - Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos
do inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo
legal.
Art. 16 CPP- O Ministério Público não poderá requerer a devolução do
inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis
ao oferecimento da denúncia.

Admite-se a condenação fundada, exclusivamente, em inquérito policial?


Não, mas as informações do IP podem servir de reforço à prova produzida no

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qualquer tipo de repasse.

curso do processo. Art.155 CPP.


O Juiz pode decretar a incomunicabilidade do investigado durante o
processo?
Não. O art. 21 do CPP não foi recepcionado pela CF.

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Monique Farias
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