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A trajetória da princesa regente seguia enquanto


trajava rendas valencianas com ornamentos confeccionados com sedas peroladas; com tais roupas, se
destacava em meio a uma aglomeração estimada em 10 mil transeunte que a esperava no balcão do Paço, no
Rio de Janeiro. Com a passagem livre, subiu a sacada após ser recebida com pétalas de rosas, jogadas por
admiradoras no local. O número registrado em 2021 significa aumento de 4% em relação a 2020, quando
foram lavradas 77.509 escrituras de divórcios nos tabelionatos de notas, recorde anterior de dissoluções de
casamentos pela via notarial, no Brasil. No total, foram 2,8 mil divórcios a mais em comparação com 2020.
O número registrado em 2021 significa aumento de 4% em relação a 2020, quando foram lavradas 77.509
escrituras de divórcios nos tabelionatos de notas, recorde anterior de dissoluções de casamentos pela via
notarial, no Brasil. No total, foram 2,8 mil divórcios a mais em comparação com 2020. O número registrado
em 2021 significa aumento de 4% em relação a 2020, quando foram lavradas 77.509 escrituras de divórcios
nos tabelionatos de notas, recorde anterior de dissoluções de casamentos pela via notarial, no Brasil. No
total, foram 2,8 mil divórcios a mais em comparação com 2020.. O número registrado em 2021 significa
aumento de 4% em relação a 2020, quando foram lavradas 77.509 escrituras de divórcios nos tabelionatos de
notas, recorde anterior de dissoluções de casamentos pela via notarial, no Brasil. No total, foram 2,8 mil
divórcios a mais em comparação com 2020

dissoluções de casamentos pela via notarial, no Brasil. No total, foram 2,8 mil divórcios a mais em
comparação com 2020aqui. Representam muito do que somos hoje: uma nação que conviveu com três
séculos e meio de escravidão e apenas 132 anos de trabalho livre.
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Também é impossível entender o processo de abolição da escravatura sem o retrato do mundo rural no
interior do país. Ao contrário do que muitos defendem, a abolição não é fruto de uma simples pressão
inglesa ao país, que não pode resistir às vontades do império europeu.
O século 19 brasileiro, a partir prinicipalmente da década de 1870, foi repleto de motins, revoltas escravas e
grandes levantes nas fazendas monocultoras. Inclusive, revoltas que chegaram ao ponto de matarem os
senhores, mas esses movimentos foram apagados da História nacional.milhões desembarcaram na costa brasileira.
Eram embarcados entre 200 e 600 negros na África, a cada viagem. Vinham amarrados por correntes e separados por
sexo. Sofriam, além do desconforto físico, falta de água e doenças. No século 19, dos que vinham da Angola, 10%
morriam na travessia, que demorava de 35 a 50 dias.
Assim que chegavam ao Brasil, eram postos em quarentena, a fim de evitar mais perdas por doenças. E, para causarem
boa impressão, eram submetidos à engorda e besuntados em óleo de palma, que escondia feridas e dava vigor à pele.
Faziam exercícios para combater a atrofia muscular e a artrose.

Depois, seguiam para os mercados de negros da cidade, como o Valongo, na Gamboa, região central do Rio de
Janeiro. De cabelos raspados, velhos, jovens, mulheres e crianças eram avaliados pela clientela, que apalpava dentes,
membros e troncos. Um viajante alemão, em viagem à Bahia no século 19, descreveu: "Assim, pelados, sentados no
chão, observando, A existência do mercado chegou a se tornar problema de saúde pública, porque os mercadores
atiravam cadáveres de africanos em um terreno próximo. Um juiz do distrito, em 1815, ordenou aterrar a área e
proibiu a prática: "Mande notificar a todos os negociantes que recolherem pretos no Valongo para que nunca mais se
atrevam a lançar para ali cadáveres".

Hoje, não resta quase nada desses mercados. "A urbanização, apoiada pela consciência culposa, destruiu esses
vestígios", afirma a historiadora Katia de Queirós Mattoso no livro Ser Escravo no Brasil.curiosos, os transeuntes,
pouco se diferenciam, aparentemente, dos O mesmo ofício que proibiu covas rasas no pântano do Valongo impôs,
como penalidade, multa de 30 mil-réis aos armazéns responsáveis, identificados pelas marcas feitas a ferro quente na
pele dos escravos. Segundo documentos do Arquivo Nacional, os negros ganhavam, ainda na África, as iniciais do
traficante; e, ao chegarem aqui, as letras de seus proprietários.

A cada vez que fossem vendidos, seriam novamente marcados. Dom Manuel, rei de Portugal, foi um dos
primeiros a adotar essa prática dolorosa, no início do século 16, com os escravos da coroa.

Também era comum gravar uma cruz no peito dos que eram batizados. E, em 1741, o governador da
capitania do Rio, Gomes Freire de Andrade, determinou que os negros fugitivos, uma vez pegos, fossem
marcados com um F e obrigados a usar um cordão de estacas. De modo que, se escapassem uma segunda
vez, teriam como castigo adicional uma orelha cortada. As marcas e mutilações só seriam extintas com o
Código Criminal do Império, em 1842.macacos".Imensa minoria

Esse povo marcado ia tocando a vida em frente e se misturando à cultura brasileira. "A alforria e a
miscigenação geraram uma população mestiça livre que gradualmente se tornou, já na época colonial, quase
tão numerosa quanto a escrava, tendo limitações, entretanto, no exercício do sacerdócio, na tropa de
primeira linha ou no preenchimento de cargos públicos", escrevem os pesquisadores Ida Lewkowicz,
Horacio Gutiérrez e Manolo Florentino no livro Trabalho Compulsório e Trabalho Livre na História do
Brasil.

Segundo eles, em 1872, pardos e mulatos livres já eram maioria, ou 42% da população: 4.2 milhões, em
comparação ao 1.5 milhão de escravos. Ou seja, os negros estavam em vastas áreas rurais e ocupavam as
ruas das principais cidades da colônia.
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No cenário posterior à Abolição, surgiram tentativas de estabelecer novas relações de trabalho para esse
grande contingente. "O fim da escravidão era uma possibilidade de recomeço", escreveu Ubiratan Castro de
Araujo. Ele cita o caso raro do advogado Leovigildo Filgueiras, que chegou a criar uma entidade para
intermediar contratos entre ex-escravos e novos patrões, a Mas em vão: "Nem mesmo essa tentativa de
precoce terciarização [criação de um setor terciário, de serviços] funcionou. Continuaram os favores, as
obrigações e as clientelas". Outra experiência foi a Guarda Negra — segundo o historiador, um movimento
político de apoio à princesa Isabel e ao Terceiro Reinado, que pretendia arregimentar simpatia popular e
abrir frentes de trabalho onde antes só havia brancos.

"Assistimos então pelos jornais baianos ao debate entre negros da Guarda e negros republicanos, que
identificavam a monarquia com a escravidão. Uma vez vitoriosa a República em 1889, a Guarda Negra foi
suprimida e os seus líderes mais ativos banidos para a Amazônia, como foi o caso do baiano Manuel Benício
dos Santos, conhecido como Macaco Beleza."

A sociedade branca não queria perder seus privilégios. E tratou de reforçar todos os comportamentos que
distanciassem os negros na hierarquia social e na divisão do trabalho. Salvador, a terceira cidade com o
maior número de negros no Brasil no século 19 (a primeira era o Rio), exemplificou a recusa:Sociedade
Treze de Maio. "Após 1888, a sociedade baiana torna-se um corpo assentado, fechado. Suas camadas
superiores assumem uma consciência, aguda como nunca antes, de tudo do que pode separar o homem
branco do preto ou do mestiço. A cor da pele, antes 'esquecida', torna-se, entre ricos e pobres, uma fronteira
nítida. O branco da terra que não teve sucesso econômico passa a ser um negro. (...) Nas relações humanas
fortalecem-se todas as regras da humildade, da obediência e da fidelidade dos séculos de escravidão", afirma
Kátia Mattoso.
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