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FAI – FACULDADE DE IPORÁ

BACHARELADO EM ENFERMAGEM

TATIANE CRISTINA NUNES DA SILVA

MODELOS DE SAÚDE EXISTENTES ANTES DO SUS

IPORÁ – GO
2022
TATIANE CRISTINA NUNES DA SILVA

MODELOS DE SAÚDE EXISTENTES ANTES DO SUS

Trabalho desenvolvido para a disciplina de Estágio


Supervisionado II hospitalar, como parte da
avaliação referente ao 8º Período do curso superior
de Enfermagem.

Docente: Enf. Esp. Kárita Araújo

IPORÁ – GO
2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 3
2. PRIMEIRA GAVETA DO CARRINHO....................................................................... 3
3. SEGUNDA GAVETA DO CARRINHO........................................................................ 4
4. TERCEIRA GAVETA DO CARRINHO...................................................................... 5
5. QUARTA GAVETA DO CARRINHO........................................................................... 6
6. CUIDADOS COM O CARRINHO DE EMERGÊNCIA............................................. 6
7. QUAIS AS FUNÇÕES DO ENFERMEIRO?................................................................ 8
8. CONCLUSÃO.................................................................................................................... 8
9. REFERÊNCIAS................................................................................................................. 9
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1. INTRODUÇÃO

O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma referência em se tratando de políticas


públicas, estudado e replicado em diversas partes do mundo. Entre seus princípios estão a
universalidade (direito de todos, sem discriminação), integralidade (atuação em diversas
vertentes como prevenção, tratamento e reabilitação) e equidade (atendimento de acordo com
as necessidades de cada paciente) no serviço público.
A Lei 8.080 de 1990 instituiu e formalizou o SUS, que vinha sendo idealizado e
discutido desde as definições sobre Saúde na Constituição Federal de 1988. No artigo 196 da
Constituição consta: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e
ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação”.
O Sistema Único de Saúde (SUS), vezes defendido e vezes alvo de intensos debates,
trata milhões de brasileiros todos os anos. Com origem na década de 1980, é considerado um
dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, sendo o único a ‘garantir assistência
integral e completamente gratuita’, conforme informações da Secretaria de Estado de Saúde.

2. PRIMEIRA GAVETA DO CARRINHO

Nesta encontra-se os equipamentos mais utilizados. Todos os medicamentos devem ser


organizados, de preferência em ordem alfabética e seus diluentes. Os medicamentos mais
utilizados em situações de emergências clínicas são:
* Aminofilina – Dilatação dos brônquios e dos vasos pulmonares, através do
relaxamento da musculatura lisa; dilatação das artérias coronárias e aumento do débito
cardíaco e da diurese; estímulo do centro respiratório.
* Atropina – Parassimpaticolítico, aumenta a frequência cardíaca; broncodilatação;
midríase; redução de salivação; antídoto na intoxicação por organofosforados.
* Bicarbonato de sódio – acidose metabólica; hipercalemia; hipermagnesemia;
intoxicações por antidepressivos tricíclicos, cocaína ou bloqueadores dos canais de cálcio.
* Cloreto de potássio (KCl) – reposição e prevenção de deficiência.
* Diazepam - sedativo de ação longa (sem efeito analgésico); ansiolítico;
anticonvulsivante; miorelaxante esquelético.
* Dopamina / Revivan – catecolamina endógena; inotrópica; vasoconstritora sistêmica.
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* Epinefrina / Adrenalina – inotrópico (aumenta a contratilidade miocárdica);


cronotrópico (aumenta a frequência cardíaca); aumenta a resistência vascular periférica;
aumenta a PA (melhorando a perfusão coronariana). 
* Hidantal / Fenitoína sódica – anticonvulsivante; antiarrítmico.
* Amiodarona / Ancoron – antiarrítmico.
* Fentanil – analgésico opióide 100 vezes mais potente que a morfina.
* Gardenal / Fenobarbital – profilaxia e tratamento das crises tônico-clônicas
generalizadas, crises parciais simples.
* Furosemida / Lasix - diurético de alça.
* Prometazina / Fenergan – anti-histamínico H1 com ação antialérgica, antivertiginoso,
antiemético e sedativo hipnótico;
* Cedilanide / Lanatosídeo C – digitálico de ação curta; 
* Sulfato de magnésio – anticonvulsivante;
* Hidrocortisona / Solu-cortef – glicocorticóide. Usado na asma grave, reposição
hormonal na insuficiência supra renal e doenças inflamatórias;
* Heparina / Liquemine – anticoagulante;
* Midazolan / Dormonid – agente indutor do sono, sedativo e anticonvulsivante;
* Haldol / Haloperidol – antipsicótico, neuroléptico incisivo;
* Adalat / Nifedipina – anti-hipertensivo e antiarrítmico;
* Isordil – vasodilatador coronariano;
* Gluconato de cálcio – na parada cardiorrespiratória tem importância secundária e deve
ser usado só nos casos com hipocalcemia.
* Glicose hipertônica – a glicose é importante na reanimação e nas emergências como
choque, parada cardíaca, coma e insuficiência respiratória grave e durante convulsões;
* Cloridrato de lidocaína / Xylocaína – anestésico local.

3. SEGUNDA GAVETA DO CARRINHO

São encontrados materiais de punção e sondas nesta gaveta. A disposição encontra-se


materiais necessários para uma intubação emergencial: material para punção venosa,
venóclise, manipulação de mediação, abaixo alguns exemplos:
* Agulhas 25x7
* Agulhas 40x12
* Jelco nº20
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* Jelco nº18
* Jelco nº22
* Cateteres Subclávia nº16
* Equipo Macrogotas
* Equipo Microgotas
* Sonda Uretral nº8
* Sonda Uretral nº12
*Sonda Uretral nº16
* Sonda Nasogástrica nº12
* Sonda Nasogástrica nº16
* Lâmina de Bisturi
* Naylon 3,0 com agulha
* Scalp nº19
* Scalp nº21
* Scalp nº23
* Seringa 1ml
* Seringa 3ml
* Seringa 5ml
* Seringa 10ml
* Seringa 20ml
* Three Way
* Xilocaína Geléia.

4. TERCEIRA GAVETA DO CARRINHO

Encontra-se nestes materiais de intubação. Contém as agulhas e equipos necessários


para um acesso venoso, material para sondagem e para aspiração de secreções. Alguns
hospitais optam por ter kits para facilitar o atendimento sem alguma intercorrência. Ex: Kit
noradrelalina, kit nipride, kit amiodarona, kit Tridil. Alguns exemplos abaixo:
* Bicarbonato de Sódio 5%
* Eletrodos
* Luvas Cirúrgicas nº 7,5
* Luvas Cirúrgicas nº 8,0
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* Soro Glicosado 5% 250ml


* Soro Glicosado 5% 500ml
* Soro Fisiológico 0,9% 250ml
* Soro Fisiológico 0,9% 500ml
* Tubo nº 7,0
* Tubo nº 7,5
* Tubo nº 8,0
* Tubo nº 8,5
*Tubo nº 9,0 

5. QUARTA GAVETA DO CARRINHO

Na quarta gaveta tem os seguintes equipamentos:


* Ambu;
* Cânula de Guedel;
* Guia de tubo;
* Lâmina para Laringo (Nº 2, 3 e 4);
* Laringoscópio;
* Látex;
* Máscara de Hudson;
*Óculos Protetor;
* Umidificador.

6. CUIDADOS COM O CARRINHO DE EMERGÊNCIA

* Os medicamentos e materiais com prazo de validade a vencer até 3 meses deverão


ser substituídos;
* É recomendado que os materiais de oxigenação submetidos à desinfecção de alto
nível (exemplos: bolsa máscara ventilatória -AMBU; umidificador e máscaras de oxigênio)
fiquem em uma caixa específica situada sobre o carro de emergência, pelo fato de possuírem
um prazo de 15 dias de validade;
* O modo de teste funcional do desfibrilador variará de acordo com a marca do
equipamento. Seguir as recomendações do fabricante. O desfibrilador deverá estar conectado
à rede elétrica, continuamente;
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* O teste funcional do laringoscópio deverá considerar: lâmpada com boa iluminação;


ajuste perfeito do cabo e da lâmina e limpeza;
* A quantidade de laringoscópios e o tipo (reta ou curva) e a numeração de sua lâmina
(0 /1 /2 /3/ 4) variarão de acordo com a faixa etária da clientela atendida e com a
complexidade do cuidado da unidade;
* A limpeza e desinfecção concorrente/terminal do carro de emergência e do
desfibrilador (carcaça, cabos, pás e monitor) deverão ser realizadas com compressa úmida
bem torcida com pouco sabão neutro (limpeza), seguido de compressa úmida bem torcida
(remoção do sabão e resíduos), finalizando com compressa limpa embebida em álcool 70%
(desinfecção), exceto no visor do monitor. Observação: Equipamento sensível à umidade e à
produtos corrosivos;
* A desinfecção concorrente do laringoscópio (diária) deverá ser realizada com
compressa embebida com álcool 70%, concomitantemente, a sua testagem funcional;
* Os laringoscópios testados e desinfetados deverão ser armazenados em uma caixa
limpa e seca, situada sobre a base superior do carro de emergência.
* Os registros de controle e testagem do carro de emergência e de seus componentes
acessórios deverão ser feitos em impressos específicos;
* A listagem dos itens (descrição e quantidade dos medicamentos e materiais)
presentes no carro de emergência, assim como os impressos de controle e testagem, deverão
estar em uma pasta, localizada em sua base superior.
* Cada item retirado e reposto do carro de emergência (materiais e medicamentos)
deverá ser registrado em formulário específico;
* A limpeza e desinfecção terminal do carro de emergência e de seus componentes
acessórios deverão ocorrer logo ao término do atendimento;
* A limpeza e desinfecção do laringoscópio contaminado deverá seguir os passos do
Procedimento Operacional Padrão “Limpeza e desinfecção do laringoscópio”.

7. QUAIS AS FUNÇÕES DO ENFERMEIRO?

* Organizar o carro de emergência e seus componentes acessórios;


* Elaborar escala de serviço para limpeza do carro de emergência e de seus
componentes acessórios;
* Monitorar o cumprimento das atividades pelos técnicos/auxiliares de enfermagem,
conforme escala de serviço;
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* Realizar a testagem funcional do laringoscópio e do desfibrilador;


* Conferir os lacres do carro de emergência (conferência diária dos medicamentos e
dos materiais);
* Listar, quantificar e repor os medicamentos e materiais do carro de emergência que
foram utilizados ou vencidos;
* Controlar periodicamente os materiais contidos no carro quanto a sua presença,
quantidade e validade.

8. CONCLUSÃO

O carro de emergência equipado deverá estar posicionado em local estratégico e de


fácil acesso e mobilidade, a quantidade de carro de emergência por unidade variará de acordo
com o número e nível de complexidade dos clientes assistidos e da estrutura física do local, as
gavetas do carro de emergência deverão estar identificadas com tarjas de cores padronizadas,
com a descrição de suas respectivas composições, o carro de emergência que não estiver em
uso deverá permanecer lacrado/fechado. A retirada do lacre deverá ocorrer mediante situações
de atendimento às urgências e emergências clínicas, ou quando conferência e/ou auditoria. É
muito importante trabalhar as drogas usadas no carro de parada visando evitar o erro
de medicação e o risco de interação medicamentosa para o paciente, uma vez que em
determinadas situações de emergência o profissional da unidade não possui muito tempo nas
realizações das ações.

9. REFERÊNCIAS

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DE MINAS GERAIS


(IPSEMG). Procedimento operacional padrão: Conferir a validade dos medicamentos e
dispensar medicamentos e materiais médicos para reposição do carrinho de emergência,
versão 1.1, Belo Horizonte- MG, 2016.

STACCIARINI, T.S. G.; CUNHA, M.H. Procedimentos operacionais padrão em


enfermagem. Atheneu: São Paulo, 2014, 442p.
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CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO (COREN). Parecer


COREN-SP Ementa: Carro de emergência: composição, responsabilidade pela
montagem, conferência e reposição. COREN, São Paulo, 2013.

DA SILVA, H. C.; DA SILVA A. K. M.; DANTAS R. A. N.; PESSOA R. L.; MENEZES, R.


M. P. Carros de emergência: disponibilidade dos itens essenciais em um hospital de urgência
norte-rio-grandense. Rev Enfermeria Global., n. 12, v. 31, p. 187-93, 2013.

BRASIL, Ministério da Saúde. Organização do material de emergência nos serviços de


unidades de saúde. Orientação da direção geral de saúde, n. 8, p. 1-11, Brasília, 2011.

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