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PROJETO
Nº SAP 10003245659-323
Versão 00 2017-05-12
Controlo de Assinaturas
Informação do Documento
Referência F-LE039-EVN.BLE.T0.PR.CA.GR.AG.00.docx
Revisão 00
Data 2017-05-12
VOLUME 15 – EXPROPRIAÇÕES
ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1
3 ANTECEDENTES ................................................................................................................ 4
4.1 Cartografia......................................................................................................................... 6
4.1.1 Topografia............................................................................................................................ 6
ÍNDICE DE FIGURAS
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1 – Via-Férrea – Parâmetros Geométricos e Dinâmicos para Bitola Ibérica (1668 mm) ......... 20
Quadro 2 – Via-Férrea – Parâmetros Geométricos e Dinâmicos para Bitola Europeia (1435 mm) ..... 20
Quadro 3 – Via-Férrea – Características Geométricas em Planta – Diretriz ....................................... 23
Quadro 4 – Via-Férrea – Características Geométricas em Perfil Longitudinal – Rasante ................... 23
Quadro 5 – Via-Férrea – Velocidades de Projeto da Linha de Évora – Elvas/Caia ............................. 24
Quadro 6 – Via-Férrea – Velocidades de Projeto da Concordância de Évora – Fronteira Espanhola . 24
Quadro 7 – Terraplenagens – Estimativa de volumes de desmonte com meios mecânicos e
explosivos (valores arredondados) .................................................................................................... 38
Quadro 8 – Terraplenagens – Geometrias a Adotar para os Taludes de Escavação .......................... 39
Quadro 9 – Terraplenagens – Aplicação dos Materiais Provenientes da Linha em Aterro .................. 40
Quadro 10 – Terraplenagens – Estimativa de Volumes Globais de Materiais provenientes da Linha,
Reutilizáveis na Construção de Aterros e a rejeitar por falta de Características ................................. 41
Quadro 11 – Terraplenagens – Estimativa de volumes Globais de Aterro, Escavação, Empréstimo
e Vazadouro ..................................................................................................................................... 45
Quadro 12 – Obras de Arte Especiais – Pontes e Viadutos ............................................................... 63
Quadro 13 – Obras de Arte Especiais – Pontes e Viadutos – Quadro de Materiais ............................ 69
Quadro 14 – Obras de Arte Correntes – Passagens Superiores – Medidas Ambientais ..................... 74
Quadro 15 – Obras de Arte Correntes – Passagens Superiores – Perfis Transversais Tipo ............... 75
Quadro 16 – Obras de Arte Correntes – Passagens Superiores ........................................................ 80
Quadro 17 – Obras de Arte Correntes – Passagens Superiores – Quadro de Materiais..................... 84
Quadro 18 – Obras de Arte Correntes – Passagens Inferiores – Perfis Transversais Tipo ................. 88
Quadro 19 – Obras de Arte Correntes – Passagens Inferiores .......................................................... 91
Quadro 20 – Obras de Arte Correntes – Passagens Inferiores – Quadro de Materiais ....................... 94
Quadro 21 – Restabelecimentos das Passagens Superiores – Descrição das Características dos
Restabelecimentos por Tipo de Via ................................................................................................... 97
Quadro 22 – Restabelecimentos das Passagens Superiores – Principais Vias Rodoviárias
Intersetadas ...................................................................................................................................... 98
Quadro 23 – Restabelecimentos das Passagens Inferiores – Características Limite de Traçado dos
Restabelecimentos ......................................................................................................................... 101
Quadro 24 – Restabelecimentos das Passagens Inferiores ............................................................. 101
Quadro 25 – IFTE – Energia de Tração – Instalações de Energia de Tração (SST, PAT e PAT-ZN)112
Quadro 26 – Edifícios Técnicos - Quadro de Áreas ......................................................................... 114
Quadro 27 – Serviços Afetados – Identificação ............................................................................... 130
Quadro 28 – Expropriações – Áreas Totais e Parciais a Expropriar ................................................. 141
Quadro 29 – Segurança e Saúde – Intervenientes no Projeto ......................................................... 142
Contrato A:
Contrato B:
Contrato C
Contrato D:
Desta forma o presente documento resulta dos diversos Projetos desenvolvidos por cada contrato
responsável por cada parte do projeto de execução.
Reforçar a ligação ferroviária ao porto de Sines como porta de entrada na Europa, tendo em
vista o aumento da sua atratividade, em especial na Península Ibérica, alargando o seu
hinterland e articulando com outras ligações aos portos de Lisboa e Setúbal;
Esta ligação ferroviária será eletrificada, dotada de sinalização eletrónica, assegurará a circulação
de comboios de mercadorias com 750 m e terá características que permitam otimizar a capacidade
de carga das locomotivas (1400 t em tração simples).
De uma forma geral a “Nova Ligação Ferroviária entre Évora Norte e Elvas / Caia” é constituída
pelas seguintes linhas ferroviárias:
Linha do Caia, com início ao PK 0+000, coincidindo com o PK 200+517 da Linha de Évora
e o PK 4+700, junto à fronteira com Espanha, numa extensão total de cerca de 4,7 km;
Como antecedentes importa referir que a RAVE, S.A., enquanto empresa responsável pelo
desenvolvimento do projeto de Alta Velocidade Ferroviária em Portugal, em 2007/2008, promoveu
os Estudos Prévios (EP) e respetivos Estudos de Impacte Ambiental (EIA) dos Lotes 3C entre Évora
e Elvas e LTF entre Elvas e Caia (fronteira) da Ligação Ferroviária de Alta Velocidade do Eixo
Lisboa-Madrid. Os corredores aprovados, para os referidos lotes, no processo de Avaliação de
Impacte Ambiental (AIA) servem de base ao desenvolvimento da presente prestação de serviços.
No desenvolvimento dos processos anteriores, que decorreram em fase de Estudo Prévio, foi
realizada uma avaliação ambiental de corredores alternativos, entre pontos de amarração
previamente definidos, designadamente, a Linha de Évora (PK126+000) e ponto de entrega na
zona da fronteira com Espanha no Caia, no ponto de ligação com o corredor RAVE.
Os EP e respetivos EIA foram submetidos a processo de AIA que culminou com a seleção de um
corredor e a emissão das Declarações de Impacte Ambiental (DIA) Favoráveis Condicionadas,
emitidas, respetivamente, em 16 de maio de 2008 e em 27 de maio de 2008, indicando a opção
pelos seguintes corredores:
Embora as DIA já não se encontrem válidas, considero u-se que a avaliação e comparação de
corredores, objeto dos processos de AIA anteriores, correspondiam a uma etapa já concretizada.
Assim considerou-se iniciar um novo processo de AIA, agora em fase de Projeto de Execução,
desenvolvendo o projeto no corredor ambientalmente aprovado no âmbito da Ligação Ferroviária de
Alta Velocidade do Eixo Lisboa/Madrid – Lotes 3C – Évora/Elvas e LTF – Elvas/Caia.
Entendeu-se que o trabalho previamente desenvolvido pela RAVE permitiu selecionar o corredor
ambientalmente mais favorável, face à grande diversidade de condicionantes ambientais (sociais,
ecológicas, legais, etc.) ocorrentes na região, pelo que o seu aproveitamento para o
desenvolvimento do atual projeto de execução pareceu ser a melhor solução em termos técnicos,
económicos e ambientais.
Desta forma, e para dar continuidade ao trabalho desenvolvido anteriormente, este Projeto de
Execução e respetivo EIA tiveram em consideração, não só os EP e os EIA já desenvolvidos, mas
também as recomendações que constavam das DIAs emitidas à data. Pretende-se assim
robustecer o presente projeto e respetivo EIA, incorporando todo o extenso trabalho já
4.1 Cartografia
A cobertura aerofotogramétrica foi efetuada com o objetivo de cobrir uma faixa de terreno de cerca
de 1000 m centrada no eixo da futura via e desta forma permitir a atualização da cartografia à
escala 1:1000 fornecida pela IP e produzir também a cartografia à escala 1:5000. Como produto
derivado, foram também produzidos ortofotos com pixel de 0,1 m de toda a área de interesse.
4.1.1 Topografia
A realização prática do sistema de referência constitui a rede topográfica principal do projeto que,
apoiada em vértices geodésicos que envolvem exteriormente o corredor, serve para coordenar os
vértices da rede de implantação, instalados ao longo do traçado. Esta rede topográfica base
consiste num conjunto de pontos convenientemente materializados sobre o terreno, mediante
Uma vez projetada, observada, calculada e ajustada, a rede topográfica constitui a materialização
do sistema de referência e, como tal, servirá de apoio a todos os trabalhos cartográficos,
topográficos e de suporte para as posteriores implantações das diferentes unidades de obra.
Planeamento da rede;
Cálculo e ajuste pelo método dos mínimos quadrados das redes internas.
Com o objetivo de minimizar o desaparecimento da Rede de Apoio ao longo do tempo, quer por
ações da própria dinâmica da obra, ou utilização dos terrenos pelos proprietários, foi materializada
uma Rede de Apoio Principal e uma Rede de Apoio Secundária.
A Rede de Apoio Principal é constituída por marcos afastados entre si em cerca de 10 kms e com
um afastamento ao eixo da obra de mais de 1km. Tem por objetivo garantir que existe apoio
topográfico na proximidade da obra e que poderá ser utilizada para recoordenação de marcos da
Rede de Apoio Secundária, caso estes desapareçam.
O traçado em análise desenvolve-se segundo uma orientação genérica WSW-ENE, próxima das
localidades de Évora, Alandroal, Elvas e Caia, e enquadra-se em termos geoestruturais na
denominada Zona de Ossa-Morena. Esta é uma zona heterogénea (subdividida em diversos
Do ponto de vista hidrológico, esta zona caracteriza-se por apresentar uma rede fluvial do tipo
dendrítica e por vezes retangular, provavelmente controlada estruturalmente pela rede de fraturas.
Na sua maioria possuem orientação geral NW-SE e são no geral atravessadas perpendicularmente
pelo traçado. Destacam-se entre outros, pelas suas dimensões, os seguintes cursos de água:
ribeiras de Lucefece, Alcalate, Pardais, Asseca, Mures, Capela, Sobral, Defesinhas, Varche, Mata
Rapazes, Mosqueiros, Can-Cão e da Lã.
Todos os cursos de água atravessados pelo traçado integram-se na bacia hidrográfica do Guadiana
para onde drenam diretamente ou indiretamente. Estão neste último caso as ribeiras do Monte do
LIGAÇÃO FERROVIÁRIA ÉVORA-CAIA
VOLUME 0 – APRESENTAÇÃO GERAL
F-LE039-EVN.BLE.T0.PR.CA.GR.AG.00 8 / 156
Campo, Enxara e Espanholas, afluentes do Caia. Os terrenos atravessados constituem
maioritariamente áreas de pastagens, sendo maior a atividade agrícola na aproximação ao Caia.
A zona em análise insere-se, do ponto de vista hidrogeológico, num setor pouco produtivo da Zona
de Ossa Morena (ZOM). A maior parte da região é ocupada por rochas metassedimentares e
eruptivas com escassa aptidão aquífera. Estas rochas dão origem a aquíferos, em geral livres,
descontínuos, de produtividade baixa, embora em zonas afetadas tectonicamente possam
apresentar produtividades interessantes.
Os principais cursos de água, pelas suas dimensões, são as ribeiras da Pardiela, Palheta, Freixo,
São Bento, Lucefece, Alcalate, Pardais, Asseca, Mures, Sobral, Varche, Mosqueiros, Can-Cão e Lã.
No que respeita aos calcários câmbricos (C1b-ccd), estes integram o importante Sistema Aquífero
de Elvas – Vila Boim. De acordo com a bibliografia, trata-se de um sistema complexo, com
características mistas de cársico e fissurado, com porosidade dupla, apresentando-se na sua maior
parte como aquífero livre e podendo, localmente, ser semi-confinado (INAG et al, 2000). É um
sistema heterogéneo, espacialmente contínuo mas de deficiente comunicação espacial, sendo
assinalados efeitos de barreiras pelos corpos intrusivos com que contacta. A rede de fraturas
desempenha papel importante, já que a porosidade primária da rocha foi quase totalmente
obliterada pelo metamorfismo (Almeida et al, 2000). Estes calcários são atravessados em aterro ,
em viaduto ou por escavações de altura pouco significativa.
Dado que os aquíferos são, geralmente superficiais, caso a obra decorra num período de elevada
pluviosidade, poderão ocorrer interferências com o nível da água, quer na fundação dos aterros,
quer nas escavações de maior altura. Recomenda-se assim que, durante a escavação, se deva
assegurar condições de drenagem que viabilizem o adequado escoamento dos caudais afluentes.
Na prospeção realizada, especialmente nas sondagens mecânicas, procedeu-se à leitura dos níveis
piezométricos. Esta análise teve por objetivo, fornecer dados para avaliar, através do seu
O traçado em estudo enquadra-se na designada região de Zona de Ossa Morena (ZOM), que
corresponde a uma das grandes unidades geoestruturais que se diferenciam na Península Ibérica.
Do ponto de vista estrutural, a área em estudo apresenta zonas com dobramentos de grande escala
com planos axiais subverticais ou fortemente inclinados. A atitude da xistosidade varia entre NNW-
SSE e NW-SE, inclinando para NE (50º a SV). Nas formações calcárias cristalinas do Câmbrico
(C1b-ccd) a direção da estratificação é NW-SE, inclinando as camadas cerca de 50ºNE. Na região
em estudo os sistemas de fraturação mais frequentes apresentam direções NNE-SSW a ENE-WSW
e NNW-SSE a NW-SE. Nestas fraturas instalaram-se, por vezes, filões de dolerito ou gabro
dolerítico, designadamente os filões doleríticos cartografados em planta, de direção NNE-SSW.
De acordo com o estipulado na norma NP EN 1998-1: 2010 e no respetivo Anexo Nacional NA, o
traçado neste lote atravessa as subzonas sísmicas 1.4 e 1.5 e 2.4, por afetação simultânea do
território com perturbações dinâmicas com origem interplacas (sismos longe) e intraplacas (sismos
perto), respetivamente.
No presente projeto foi estabelecido um Plano de Prospeção Geológica e Geotécnica, que teve em
consideração a natureza e dimensão da obra, a existência de trabalhos de investigação realizados
em fases anteriores, as características geológicas dos terrenos interessados e o prazo de execução
do estudo. Este plano teve como objetivo o esclarecimento adequado das propriedades dos
terrenos e consequente definição dos parâmetros geotécnicos de projeto.
Assim, foi realizada uma campanha de trabalhos de prospeção especial, que incidiu essencialmente
no reconhecimento das zonas das principais escavações e aterros, bem como nos locais das
pontes e viadutos (incluindo aterros técnicos). Alguns dos trabalhos planeados não foram realizados
por motivos relacionados com a falta de autorização dos proprietários das herdades ou por os
terrenos se encontrarem cultivados.
Para além dos trabalhos de prospeção geológica e geotécnica foram desenvolvidos uma série de
trabalhos de reconhecimento geológico de superfície, tendo por objetivo a caracterização dos
maciços rochosos existentes. Foram ainda tidos em consideração os trabalhos desenvolvidos em
fases anteriores (Estudos Prévios), nomeadamente Fichas de estações geomecânicas, Fichas de
Taludes, Pontos de Água e Estações de campo.
Nos depósitos de terraços fluviais existentes cerca do PK 192+200, a sondagem S103, revela uma
espessura de 9,5 m de material cascalhento. Na parte final da Ligação à Linha de Caia, a
prospeção geotécnica permite verificar uma espessura de depósitos quaternários que poderá ser
superior a 9,0 m.
Com base nos perfis sísmicos realizados, esta unidade apresenta um horizonte de alteração, que
rondará em média os 4,5 m de espessura caracterizado por velocidades longitudinais inferiores a
1000 m/s. Subjacente ao horizonte superficial meteorizado estabelece-se um maciço com
comportamento rochoso franco.
O único perfil sísmico realizado nesta formação revela um horizonte de alteração com cerca de 1,7
m de espessura caracterizado por velocidades longitudinais inferiores a 1000 m/s. Subjacente ao
horizonte superficial meteorizado estabelece-se o maciço calcário com comportamento rochoso
franco.
Esta unidade apresenta, na generalidade, com base nos perfis sísmicos, um horizonte de alteração
com cerca de 2,0 m de espessura caracterizado por velocidades longitudinais inferiores a 1000 m/s.
Subjacente ao horizonte superficial meteorizado estabelece-se o maciço xistento com
comportamento rochoso franco. Com base nos resultados das sondagens efetuadas, esta unidade
classifica-se em termos de grau de alteração como W3 a W2 e em termos de grau de fraturação
como F3 a F4. No que respeita à percentagem de recuperação os valores obtidos são da ordem
dos 100%. A exceção a este facto ocorre na sondagem ScC18, na qual o maciço rochoso se
revelou decomposto a muito alterado (W5/4), até cerca dos 24,50 m de profundidade, o que
determinou uma percentagem de recuperação geralmente inferior a 25%. Os valores de N SPT
Esta unidade apresenta, na generalidade, com base nos perfis sísmicos, um horizonte de alteração
com cerca de 2,0 m de espessura caracterizado por velocidades longitudinais inferiores a 1000 m/s.
As sondagens efetuadas, revelam a ocorrência de um nível superficial mais descomprimido, cuja
espessura varia entre 2,0 e 7,0 m. Este nível é caracterizado por um maciço decomposto a muito
alterado (W5 a W4), com fraturas geralmente próximas a muito próximas (F4 a F5/4). As
percentagens de recuperação neste nível mais superficial são, muitas vezes, inferiores a 50%.
Subjacente ao horizonte superficial meteorizado estabelece-se o maciço xistento com
comportamento rochoso franco, caracterizado por um grau de alteração entre W2 a W3-2, e com
fraturas, de um modo geral, medianamente afastadas a afastadas (F3 a F3-2) e percentagens de
recuperação da ordem dos 100%.
Foi realizado um perfil sísmico que contemplará parte desta unidade, revelando um horizonte de
alteração com cerca de 1,5 m de espessura caracterizado por velocidades longitudinais inferiores a
1000 m/s. A sondagem S164.1 interseta esta formação a partir dos 4,4 m, apresentando um
material medianamente alterado e muito fraturado a decomposto.
4.2.3.9 Xistos
Na presente formação geológica foi executada uma sondagem mecânica (ScC22), caracterizada
por um nível decomposto superficial (W5), cuja espessura atinge cerca de 2,7 m, a partir do qual o
maciço rochoso se revela medianamente a pouco alterado (W3-4 a W2), exceto entre os 10,7 e os
18,0 m, no qual o maciço rochoso apresenta-se decomposto a muito alterado (W5 a W4-5) com
fraturas muito próximas (F5). Em termos de fraturação o maciço rochoso apresenta, de um modo
geral, fraturas muito próximas (F5) até aos 19,0 m de profundidade e fraturas medianamente
afastadas (F3) a partir daquela profundidade. No que respeita à percentagem de recuperação,
ocorrem valores da ordem dos 30 a 55% até aos 13,5 m de profundidade, evoluindo em
profundidade para valores entre 75 a 100%. Quanto ao índice RQD, os valores são geralmente
inferiores a 25% até aos 19,0 m de profundidade. A partir dos 19,0 m o maciço rochoso apresenta
boa a excelente qualidade com valores de RDQ compreendidos entre 75 e 100%.
Esta unidade apresenta, na generalidade, com base nos perfis sísmicos, um horizonte de alteração
variável entre 0,5 e 2,5 m de espessura caracterizado por velocidades longitudinais inferiores a
1000 m/s. As sondagens realizadas na Formação de Barrancos, caracterizaram-se pela ocorrência
de um maciço rochoso até aos 15,0 m de profundidade, com grau de alteração variável entre W2 e
W4 e com grau de fraturação F5 e F4, podendo ocorrer zonas menos fraturadas F3. A partir dos
15,0 m de profundidade o maciço apresenta-se essencialmente pouco a medianamente alterado
(W2 a W3), com fraturas medianamente afastadas a próximas (F3 a F4). No que respeita à
percentagem de recuperação os valores obtidos são em regra da ordem dos 100%. Relativamente
ao índice RQD obtido nas zonas mais fraturadas, a que corresponde um grau de fraturação F4 a
F5, os valores são geralmente inferiores a 25%, enquanto que nas zonas menos fraturadas (F3 a
F4), o índice RQD encontra-se compreendido entre 35 e 90%.
Esta formação interessa o traçado numa extensão reduzida na qual foi realizado apenas um ensaio
com penetrómetro dinâmico super-pesado (DPSH) que atingiu cerca de 3,7 m de profundidade e
valores de Qd superiores a 35 MPa a partir dos 2,3 m. A sondagem S161.1, interseta esta formação
entre 2,2 e 11,7 m revelando um material medianamente a muito alterado (W3 a W4) e com fraturas
A prospeção geofísica revela um horizonte de alteração variável entre 1,0 e 4,0 m de espessura
caracterizado por velocidades longitudinais inferiores a 1000 m/s. As sondagens mecânicas
interessaram, sobretudo, o maciço rochoso que não permitiu a execução de ensaios SPT. Os
valores de RQD revelaram uma grande dispersão, predominando um maciço de muito fraca (RQD
entre 0 e 25%) a boa qualidade (RQD entre 75 e 90%).
Esta unidade apresenta, na generalidade, com base nos perfis sísmicos, um horizonte de alteração
com cerca de 2,0 a 3,0 m de espessura caracterizado por velocidades longitudinais inferiores a
1000 m/s. As sondagens realizadas na Formação de Fatuquedo revelam, em termos gerais, um
nível decomposto a muito alterado (W5 a W5/4) com cerca de 1,5 a 2,0 m de espessura, no qual os
valores de NSPT obtidos são de 60 pancadas, evoluindo em profundidade para um maciço
medianamente a muito alterado (W3 a W4) e muito a medianamente fraturado (F4 e F3). Existem,
por vezes, zonas do maciço bastante fraturado, caracterizado por um grau de fraturação F5. A
exceção a este facto ocorre na sondagem S26B, na qual o maciço rochoso se revelou bastante
fraturado, caracterizado por percentagem de recuperação, geralmente, inferior a 50% e
percentagem de RQD em regra inferior a 25%.
A presente formação foi caracterizada com a sondagem ScL7 que permitiu verificar a existência de
um maciço muito alterado a decomposto até cerca de 11,0 m, profundidade a partir da qual se
encontra um maciço medianamente alterado. Ao longo de toda a sondagem as faturas encontram -
se muito próximas, pelo que o RQD é sempre igual a 0%. A percentagem de recuperação até aos
11,0 m varia, fundamentalmente, entre os 25 e os 50%. A partir desta profundidade passa a estar
compreendida no intervalo de 75 a 100%.
Esta unidade apresenta, na generalidade, com base nos perfis sísmicos, um horizonte de alteração
com cerca de 3,5 m de espessura caracterizado por velocidades longitudinais inferiores a 800 -1000
m/s. As sondagens realizadas nos solos residuais mostram valores de NSPT de “nega”, a que
correspondem materiais muito compactos. Pontualmente (nas sondagem ScC7 e S138.1 e S138.2
e S138.3) obtiveram-se valores de NSPT entre 30 e 50, a que corresponde materiais compactos, até
cerca de 2,0 m de profundidade. Subjacente ao horizonte superficial meteorizado estabelece-se o
maciço granítico com comportamento rochoso franco. Este maciço apresenta-se preferencialmente
medianamente a pouco alterado (W3/2 a W1-2) e com fraturas afastadas a próximas (F2 a F4/5).
Nas sondagens realizadas nestes materiais foram obtidas percentagens de recuperação médias
entre 75 e 95%, a que corresponde um maciço rochoso de qualidade boa e de RQD entre 37 e
77%, a que corresponde um maciço rochoso de qualidade fraca a razoável.
Os ensaios DPSH realizados nesta unidade atingiram profundidades entre 1,3 e 4,6 m. No entanto,
as sondagens realizadas, revelam que a espessura de material muito alterado a decomposto,
embora genericamente da ordem dos 5,0 m, é bastante variável, podendo, nalgumas zonas, ser
bastante reduzida (ScL17) e noutras com uma espessura muito considerável (ScL14). Subjacente
ao horizonte superficial meteorizado estabelece-se o maciço granítico com comportamento rochoso
franco. Este maciço apresenta-se preferencialmente medianamente alterado (W3) e
moderadamente a muito fraturado (F3 a F4).
Esta unidade apresenta, na generalidade, com base nos perfis sísmicos, um horizonte de alteração
que poderá variar entre 3,0 e 6,0 m de espessura caracterizado por velocidades longitudinais
inferiores a 1000 m/s. Os filões doleriticos foram intersetados por três sondagens revelando -se, em
geral, muito alterados e muito fraturados. Esta unidade foi, ainda, caracterizada por dois ensaios
DPSH que atingiram profundidades entre 0,9 m e 3,7 m e um poço de reconhecimento (P102) que
chegou a 2,8 m.
O traçado interessa algumas áreas enquadráveis como zonas húmidas e/ou inundáveis,
designadamente os aterros associados a algumas linhas de água com perfil transversal com leito
maior mais desenvolvido e aplanado, em particular as zonas em aterro entre os PK 179+400 e
182+900, bem como as zonas em aterro a partir do PK 195+200 até ao final do traçado. Estes
trechos interessam, fundamentalmente, a cobertura paleogénica (e terraços fluviais na parte final do
traçado), apresentando uma morfologia mais suave, com pendentes longitudinais e transversais
diminutas, pelo que constituem potenciais zonas húmidas e/ou inundáveis.
Via dupla;
Velocidades de projeto:
Extensões aproximadas:
Estações Técnicas:
o Estações técnicas: 3;
o Comprimentos úteis das linhas adequados ao cruzamento/ultrapassagem de
composições com 750 m (comprimento aproximado entre estacas limite de 900 m);
Os Perfis Transversais Tipo do projeto tiveram por base a norma IT.GER.004.01 – Perfis
transversais de plena via, para via larga.
I. Para as Estações Técnicas (ET01, ET02 e ET 03) foi adotado um entre-eixo de 8 m entre a
via principal (Linha I) e a linha desviada de estacionamento (Linha II). Este valor pretende
viabilizar a instalação dos elementos de catenária e um órgão de drenagem intermédio;
II. Para a Estação Técnica ET 02 foi adotado um entre-eixo de 6.5 m entre a linha desviada de
estacionamento (Linha II), para cruzamento e ultrapassagem de comboios e a linha de topo
para estacionamento e manutenção (Linha III). Este valor permite viabilizar o
estacionamento de composições de apoio aos trabalhos de manutenção da infraestrutura.
Apresenta-se em seguida uma descrição dos Perfis Transversais Tipo considerados no presente
projeto:
o Via em bitola Ibérica com via associada em bitola Europeia: 1668 mm + 1435 mm;
o Largura da plataforma de via em escavação: 14,20 m;
o Largura da plataforma de via em aterro: 15,20 m;
o Distância entre eixos: 5,00 m;
o Espessura mínima de balastro (medido na prumada do carril da fila baixa): 0,30 cm;
o Inclinação da Plataforma (camadas de coroamento e de sub-balastro): 5% a duas
águas.
o Via em bitola Ibérica com duplicação em bitola Europeia: 1668 mm + 1435 mm;
o Via desviada para comboios até 750 m: 1668 mm;
o Distância entre eixos da via dupla: 5,00 m;
Estação Técnica 2
o Via em bitola Ibérica com duplicação em bitola Europeia: 1668 mm + 1435 mm;
o Duas Vias desviadas para comboios até 750 m: 1668 mm;
o Distância entre eixos da via dupla: 5,00 m;
o Distância até eixo principal e eixo da via desviada: 8,00 m;
o Distância até eixos das vias desviadas: 6.50 m;
o Largura da plataforma da Estação: 29,20 m;
o Espessura mínima de balastro (medido na prumada do carril da fila baixa): 0,30 cm;
o Inclinação da Plataforma (camadas de coroamento e de sub-balastro): 5% a duas
águas na via principal e nas vias desviadas.
TIPO DE COMBOIOS
PARÂMETRO Convencionais Mercadorias
Quadro 2 – Via-Férrea – Parâmetros Geométricos e Dinâmicos para Bitola Europeia (1435 mm)
TIPO DE COMBOIOS
PARÂMETRO Convencionais Mercadorias
As curvas de transição em planta não são coincidentes com curvas em perfil longitudinal.
Entre pontos extremos das curvas horizontais e verticais é garantida uma distância mínima
de 50 m;
Adicionalmente a estas regras particulares, foram acordados com a pela IP alguns crité rios de
projeto adicionais:
Altura máxima dos encontros das Obras de Arte Especiais – Em situações específicas,
como por exemplo diminuição significativa da extensão dos viadutos, admitem-se encontros
superiores a 10 metros, podendo atingir os 11 a 12 metros conforme proposto;
Zonas Neutras: As condicionantes para o traçado de via, impostas pela localização das
zonas neutras são as seguintes:
A rasante apresentada resulta de diversas otimizações decorrentes das diversas fases e subfases
do estudo, em resultado da interação entre as diversas especialidades e as reuniões de
coordenação com a IP e os diversos contratos associados ao empreendimento. Foram
considerados os seguintes pressupostos principais:
CURVAS
LINHAS R<3500 R=3500 R>3500
m % m % m %
LINHA DE ÉVORA 4636 5.9 2562 3.3 29614 37.8
CONCORDÂNCIA DE ELVAS 513 43.5
LINHA DO CAIA 1263 24.5
TOTAL 6413 7.6 2562 3 29614 35
TRAÍNEIS
LINHAS i<12.5 ‰ i=12.5 ‰ 12.5‰ < i < 15‰ i=15 ‰
m % m % m % m %
LINHA DE ÉVORA 39484 50.4 5229 6.7 7313 9.3 10832 13.8
CONCORDÂNCIA DE ELVAS 537 45.5 272 23.0
LIGAÇÃO DO CAIA 2764 59.3 126 2.7
TOTAL 42786 50.9 5229 6.2 7438 8.8 11104 13.2
Quadro 6 – Via-Férrea
CONCORDANCIA – Velocidades
EVORA - FRONTEIRA de Projeto da Concordância de Évora – Fronteira Espanhola
ESPANHOLA
Carris
Travessas e Fixações
O balastro terá uma espessura mínima de 0,30 m sob a travessa, medido na prumada
do carril da fila baixa, sob a face inferior da travessa e de acordo com os normativos em
vigor, designadamente a RF.IT.VIA.015. A banqueta de balastro terá uma pendente 3/2
e a largura do ombro lateral será de 1 metro. As características principais do balastro
cumprirão a normativa vigente quanto a elementos aciculares, resistência ao desgaste,
dimensão de elementos granulares e características geométricas.
Os Aparelhos de Mudança de Via (AMVs) previstos são de geometria “Tipo” Cogifer (ou
equivalente), com carril 60 E1, a assentar em alinhamentos retos, equipados com
travessas de betão ou madeira (azobé). No presente projeto não foram colocados AMVs
em curvas em planta, em curvas de transição em planta, nem em curvas verticais. Foi
garantida uma distância mínima de 50 m entre os pontos de início e de fim dos
aparelhos de mudança de via, tanto dos pontos de tangência das curvas verticais como
das curvas de transição em planta. Foi igualmente garantida uma distância mínima de
100 m entre aparelhos de mudança de via e obras de arte especiais.
Aparelhos de Dilatação
Para-choques de vía
No presente projeto foram consideradas 3 novas Estações Técnicas para cruz amento e
ultrapassagem de comboios, centradas nos PK 132+929, 161+706 e 189+844.
As referidas Estações Técnicas, desenvolvidas a partir dos layouts fornecidos pelo departamento de
Estudos de Exploração da IP, caracterizam-se no essencial pelo exposto abaixo, salienta-se no
entanto que os aparelhos de mudança de via considerados têm a geometria Cogifer.
Elvas - Norte
Traçado que se desenvolve de Évora até Elvas Norte, passando pela Concordância de
Elvas (ida e volta) – Funcionamento da linha com o troço principal com velocidade de
250 km/h, ramal da Concordância de Elvas, ligação à Linha do Leste em direção a
Norte, à Estação de Elvas com uma velocidade de 100 km/h e ramal inicial de ligação a
Oeste à Estação de Évora com uma velocidade de 100 km/h.
Elvas – Sul
Traçado que se desenvolve de Évora até Elvas Sul (ida e volta) – Funcionamento da
linha com o troço principal com velocidade 250 km/h, ramal de ligação à Linha do Leste
Caia - Este
Traçado que se desenvolve de Évora até Caia Este (ida e volta) – Funcionamento da
linha com o troço principal com velocidade 250 km/h incluindo a ligação a Espanha e o
ramal de ligação a Oeste à Estação de Évora com uma velocidade de 100 km/h.
Caia - Reta
Traçado que se desenvolve de Évora (Ligação ao Poceirão) até Caia (ida e volta) –
Situação futura de funcionamento da linha com troço principal com velocidade de 250
km/h e sem quaisquer ramais. Velocidade da linha de 250 km/h em toda a sua extensão.
Em cada um dos quatro (4) anteriores traçados foram realizadas simulações, com e sem paragem,
nas novas Estações Técnicas, que se encontram localizadas nos seguintes pontos:
Adicionalmente e para o caso de circulação exclusiva para passageiros, foi considerado com
redução de velocidade para 220 km/h nos trechos onde se localizam os AMVs, dentro de cada
Estação Técnica.
A principal normativa de referência que foi tida em conta para a elaboração do presente estudo foi a
seguinte:
Definição em planta: raios de curvatura, transições e retas. Cada curva circular tem uma
limitação pontual de velocidade de acordo com o seu raio e a distância das curvas de
transição contíguas.
Circulação de passageiros:
As limitações de velocidades máximas que se obtêm, consequência das pendentes definidas são,
tanto para passageiros como para os comboios de mercadorias, as seguintes:
O Estudo Hidrológico teve por objetivo estimar os caudais de ponta de cheia para as principais
obras de transposição da via-férrea e de servir de base ao projeto de drenagem transversal e
longitudinal a ser desenvolvido no âmbito do Contrato D, aos estudos ambientais e ao estudo das
obras de arte e estruturas especiais incluídos no âmbito do Contrato C.
Fórmulas de Base Estatística – que nos permitem estimar o caudal de ponta de cheia,
numa determinada secção de referência, em função do período de retorno escolhido, tendo
como base registos de cheias anteriores.
Na estimativa dos caudais de ponta de cheia foi considerado que as precipitações de certa duração
ocorrem uniformemente sobre a totalidade da bacia e com intensidade constante e que a duração
da precipitação útil é igual à duração da precipitação total.
Fórmula Racional
Trata-se de uma fórmula muito útil e é das metodologias simplificadas a mais utilizada em
Portugal, para o cálculo dos caudais de ponta de cheia. No entanto esta fórmula possui as
suas limitações, derivadas das simplificações de natureza hidrológica e hidráulica que
A determinação do caudal de ponta de cheia para as bacias com área superior a 10km 2, ou
seja para as grandes bacias, foi efetuado através do Método do Hidrograma Unitário
Triangular (HUT). O Método do Hidrograma Unitário Triangular considera que o escoamento
unitário é função da precipitação antecedente, da permeabilidade do solo, da cobertura
vegetal e do uso da terra, agrupando todos estes fatores em um só coeficiente, que
transforma a precipitação total em precipitação efetiva.
Fórmula de Loureiro
A fórmula de Loureiro, também neste estudo usada em bacias com área superior a 10km 2,
trata-se de uma fórmula de base estatística e permite estimar os caudais de ponta de cheia
em função de um período de retorno, com base em registos de cheias anteriores. Loureiro e
Costa em 1980, Loureiro e Pinto em 1980 e Loureiro em 1984, delimitaram zonas de
Portugal Continental, em que correlacionaram os caudais de ponta com a área da bacia,
através da expressão:
A análise estatística efetuada foi baseada nas series de caudais instantâneos máximos
anuais obtidos nas estações hidrométricas de Pavia e Monforte. Com base na lei estatística
com melhor ajustamento serão estimados os caudais de ponta específicos, associados a
diferentes períodos de retorno, que se aplicarão às bacias hidrográficas com área superior a
10 km2. As leis consideradas na análise estatística efetuada são as leis Normal, Galton,
Gumbel, Pearson II e Log-Pearson III, que correspondem às mais comummente utilizadas
em estudo deste tipo.
4.4.2 Parâmetros
O tempo de concentração pode ser definido como o tempo necessário para que uma gota caída no
ponto hidraulicamente mais distante na bacia atinja a secção de referência, ou poderemos afirmar
que é o tempo necessário para que toda a bacia contribua para o escoamento superficial.
Para o cálculo do tempo de concentração existem inúmeras expressões de cálculo, todas elas
válidas, no entanto neste estudo foram utilizadas as de Temez, Giandotti, Ventura, Kirpich e Ven Te
LIGAÇÃO FERROVIÁRIA ÉVORA-CAIA
VOLUME 0 – APRESENTAÇÃO GERAL
F-LE039-EVN.BLE.T0.PR.CA.GR.AG.00 32 / 156
Chow. Após a obtenção dos valores respetivos optou-se por fazer a média entre os valores mais
baixos/mais próximos, por serem estes os que darão origem a caudais de ponta superiores.
Este coeficiente tem em linha de conta as perdas de precipitação, incluindo, as perdas por
interseção, infiltração, retenção superficial e evapotranspiração, e a difusão do escoamento,
entendida como sendo uma medida da “capacidade” da bacia hidrográfica, para atenuar os caudais
de ponta de cheia.
O coeficiente de escoamento (C) deve ter em conta também o período de retorno considerado na
avaliação de caudais de ponta de cheia, pois de facto, as perdas da precipitação dependem do grau
de humidade da bacia hidrográfica. Deste modo, o coeficiente C é também função do período de
retorno, aumentando com o aumento daquele período, de modo a traduzir a diminuição das perdas
de precipitação.
Para o caso em estudo, e tendo em conta que se trata maioritariamente de zonas não urbanas com
terrenos cultivados e pastagens, para a grande maioria das bacias os coeficientes de escoamento
utilizados foram de 0.45 para declives de 0 a 2%, de 0.50 para declives de 2 a 7% e de 0.54 para
declives superiores a 7%.
Os dois pontos base a ter em consideração na determinação do CN são: o tipo hidrológico do solo e
o uso do mesmo, e este parâmetro varia entre 0 e 100. O valor “0” diz respeito a uma bacia que não
gera qualquer escoamento (bacia de condutibilidade hidráulica infinita), o valor “100” diz respeito a
uma bacia impermeável cuja precipitação é escoada na totalidade.
Solos Tipo A – Solos dando origem a baixo escoamento direto, ou que apresentam
permeabilidade bastante elevada. Inclui áreas com bastante espessura, e com pouco limo
ou argila, e arenitos com bastante espessura e muito permeáveis;
Solo Tipo B – Solos menos permeáveis que os do tipo A mas com permeabilidade superior
à média. Inclui fundamentalmente solos arenosos menos espessos que os do tipo A e
arenitos menos espessos e menos agregados que os do Tipo A;
Solo Tipo C – Solos originando escoamentos diretos superiores à média e superiores aos
originados pelos tipos anteriores. Inclui solos pouco espessos e solos com quantidades
apreciáveis de argilas, se bem que menos que os do Tipo D;
Após análise quer do uso do solo quer do tipo hidrológico do solo que se apresenta na zona em que
se desenvolve o traçado da via-férrea, chegou-se ao valor de CN=77 para as condições AMC II
(antecedent moisture conditions). Este valor foi corrigido para a situação AMC III, e após a correção
de CN obteve-se CN = 89.20 para a condição antecedente de humidade de AMC III.
Neste estudo foram usados os dados fornecidos pelo Instituto da Água para Portugal Continental
contidos no estudo elaborado por Brandão, Rodrigues e Pinto da Costa (2001), onde a
caracterização do fenómeno das precipitações intensas foi a mais exaustiva já alguma vez realizada
em Portugal.
Para este estudo a IP – Infraestruturas de Portugal definiu como critérios gerais, o seguinte:
T=1000 anos e folga não inferior a 2 metros medida em relação à fila baixa do carril
No caso das bacias com área superior a 10 km2 também a escolha dos caudais de projeto recaiu
sobre os caudais mais gravosos, sendo que estes foram todos obtidos através da análise estatística
de caudais instantâneos máximos anuais para a estação hidrométrica de Monforte.
4.5.1 Terraplenagens
O estudo das terraplenagens foi realizado com o objetivo de fornecer elementos que permitam
racionalizar a utilização dos materiais disponíveis, tendo em consideração as condições orográficas
da região e características geológicas e geotécnicas dos terrenos interessados. O traçado em
análise desenvolve-se segundo uma orientação genérica WSW-ENE, próxima das localidades de
Évora, Alandroal, Juromenha, Elvas e Caia.
No que respeita aos aspetos hidrogeológicos a área está englobada no setor pouco produtivo da
Zona de Ossa-Morena. Como resultado da diversidade litológica e estrutural, bem como do grau de
fraturação e alteração dos maciços geológicos presentes, observam-se condições hidrogeológicas
distintas. O nível freático apresenta-se a profundidades bastante variáveis, mostrando-se
geralmente a menor profundidade próximo dos principais cursos de água.
4.5.1.2 Escavações
As escavações interessam fundamentalmente três tipos litológicos de idades muito distintas. Até
cerca do PK 156+500, escavar-se-á um maciço dominado por rochas eruptivas variscas,
caracterizadas por litótipos granitóides de composição tonalítica. Segue-se um terreno constituído
por litologias metamórficas paleozoicas envolvendo, fundamentalmente, as formações de “Ossa”,
de “Fatuquedo”, de “Barrancos”, de “Terena” e de “Xistos de Moura”, as quais são representadas,
essencialmente, por xistos, grauvaques, filitos, quartzo-filitos e calcários cristalinos/dolomíticos. A
parte final do traçado, fundamentalmente a partir do PK 195+250, é caracterizada pela presença de
depósitos sedimentares de natureza predominantemente detrítica de idade paleogénica
(constituídos por conglomerados, margas areníticas e arenitos arcósicos) e depósitos de terraços
fluviais quaternários que assentam discordantemente sobre o substrato constituído pelas formações
metamórficas preexistentes e intrusões graníticas de idade hercínica.
Com o objetivo de se avaliar, em termos gerais, a escavabilidade dos terrenos, considerou-se quer
a informação proveniente dos trabalhos de prospeção (nomeadamente, sísmica de refração e
sondagens mecânicas), quer os elementos obtidos no decurso do reconhecimento de superfície. A
partir do conhecimento que se possui de escavações realizadas neste tipo de terrenos e levando
em linha de conta os equipamentos de terraplenagem habitualmente utilizados, apresentam-se
genericamente os seguintes valores limite de V L, devendo este critério ser aferido e validado em
fase de construção:
o (“rippers” do tipo D8L (Caterpillar)) 1 500 < VL < 2 000 m/s (ripável)
Em síntese, de acordo com os dados disponíveis, o desmonte do maciço rochoso será efetuado,
maioritariamente, com meios mecânicos (ligeiros e “ripper”) nas escavações de menor altura (h <8-
10 m) e, maioritariamente, com explosivos nas escavações de maior altura (h>8-10 m).
Volume total 3 453 886 (57%) 2 653 614 (43%) 6 107 500
A inclinação dos taludes de escavação foi definida não apenas em função da sua altura, mas
também das características geomecânicas das formações interessadas, da integração paisagística
LIGAÇÃO FERROVIÁRIA ÉVORA-CAIA
VOLUME 0 – APRESENTAÇÃO GERAL
F-LE039-EVN.BLE.T0.PR.CA.GR.AG.00 38 / 156
e das características intrínsecas do traçado, nomeadamente no que concerne ao balanço de
volumes escavação/aterro. A definição da geometria dos taludes de escavação teve ainda em
consideração a necessidade de minimizar a ocupação do empreendimento em objeto, de modo a
circunscrever a intervenção, reduzindo a área de expropriação.
No que respeita aos taludes de escavação que irão ser em alguns casos objeto de soluções de
estabilização mediante a utilização de elementos estruturais de suporte/reforço (definidos no Anexo
I do Volume 5), verifica-se que, de um modo geral, estes casos se devem a:
4.5.1.3 Aterro
No quadro seguinte resumem-se os critérios adotados para aplicação dos materiais obtidos na linha
nas diferentes partes do aterro (PIA – Parte Inferior do Aterro, CA – Corpo do Aterro, PSA – Parte
Superior do Aterro e Coroamento) tendo em conta as especificações técnicas correntes para
plataforma e aterros. Neste quadro apresenta-se ainda, face ao tipo de material recomendado para
cada parte específica do aterro, a sua disponibilidade na linha, e em consequência, a sua mais
provável proveniência.
Disponível na
Partes do aterro Recomendado Proveniência
linha(2)
Linha Évora - Caia (1) 3 401 271 2 863 397 537 874 2 653 614 6 054 885
Volume total 3 453 886 2 897 071 556 815 2 653 614 6 107 500
Tal como referido, ocorrem numa área considerável formações rochosas de natureza metamórfica
e, com menor expressão, intrusiva, que irão conduzir após desmonte a materiais pétreos de
características adequadas para reutilização em aterro. Tendo em conta que parte significativa dos
materiais rochosos são de natureza metamórfica, é de prever que parte importante do volume de
material disponível seja potencialmente evolutiva, sob o ponto de vista granulométrico, por ação
mecânica associada ao desmonte, transporte e colocação em aterro, podendo originar materiais do
tipo solo-enrocamento.
Os materiais de solo-enrocamento poderão ser utilizados no corpo do aterro (CA) e parte superior
do aterro (PSA). Poderão igualmente ser utilizados na construção da parte inferior do aterro (PIA),
desde que conservem as suas características drenantes, devendo no entanto ser aplicados em
aterros afastados de zonas inundáveis. A colocação de materiais rochosos (enrocamento ou solo-
enrocamento) obrigará sempre a utilizar equipamentos de compactação e controlo específicos.
Ainda no que diz respeito aos materiais rochosos, em fase de obra, deverão ser objeto de uma
adequada caracterização laboratorial complementar por forma a confirmar as características de
reutilização, bem como o seu caráter evolutivo.
De acordo com o cenário geológico e geotécnico definido, na fundação dos aterros ocorrem
maioritariamente as formações intrusivas (q), metamórficas (MO, OSmic, Ba, Te, XR, Sl, CFa,
C1b) e sedimentares paleogénicas (Ø) e com caráter subordinado depósitos aluvionares (a).
Foram ainda detetadas algumas situações, de caráter mais localizado, de ocorrência de materiais
na fundação dos aterros que não apresentam suficiente capacidade de carga para as alturas de
aterro previstas. Estes casos correspondem geralmente a zonas baixas e onde, de acordo com o
reconhecimento efetuado, os terrenos não possuem capacidade de suporte compatíve l com o
acréscimo de tensão correspondente às maiores alturas de aterro previstas. De um modo geral,
estas situações envolverão a remoção de materiais numa espessura compreendida entre 1,0 e
3,0 m.
Um aspeto importante relacionado com a fundação dos aterros diz respeito à eventual presença,
nas zonas baixas, de níveis de água próximos da superfície. Esta situação ou a existência de
pequenas linhas de água, poderão levantar problemas à colocação das primeiras camadas de
Ainda nos casos onde as espessuras de terreno de fundação compressível forem significativas e o
saneamento previsto e respetiva substituição por material drenante insensível à água, não forem
suficientes para limitar os assentamentos que podem ocorrer após a abertura da linha férrea, serão
melhoradas as características da fundação e acelerados os assentamentos para que se processem
ainda durante a fase de construção. Para o efeito far-se-á recurso a colunas de brita e aterros de
pré-carga durante a fase de obra. Estas medidas têm caráter excecional e serão aplicadas
pontualmente e em trechos específicos do traçado.
Para os aterros a construir em zonas de linhas de água está previsto, para além do tratamento dos
solos de fundação (saneamento integral dos depósitos aluvionares), a construção da base dos
aterros (PIA) em materiais pétreos, com características drenantes e insensíveis à água. O uso deste
tipo de materiais favorece a estabilidade global do aterro e permite garantir adequadas condições
de drenagem na fundação. A altura mínima de enrocamento será definida caso a caso, em função
da cota máxima de cheia.
Tendo em consideração as características dos materiais a utilizar nos aterros, suas alturas,
disponibilidade de materiais com características adequadas à sua reutilização e integração
paisagística, preconiza-se para os taludes de aterro, nesta fase e de acordo com os elementos
disponíveis, uma inclinação geral de 1/2 (v/h).
No quadro seguinte apresenta-se uma estimativa de volumes globais de materiais provenientes das
escavações na linha e dos necessários para construção das diferentes partes dos aterros e
plataforma, incluindo preenchimento dos saneamentos/sobreescavações previstos. No mesmo
quadro apresenta-se ainda uma estimativa dos volumes de materiais a obter em empréstimo e a
Volume total 6 107 500 2 897 071 2 653 614 556 815 8 195 681 7 955 798 140 355 99 528 1 126 754 2 644 996 556 815 140 355 697 170
(1) = (2)+(3)+(4)
(2) = Escavação de solos a reutilizar com recurso meios mecânicos (ligeiros e "ripper" D8L)
(3) = Escavação com recurso explosivos
(4) = Materiais da linha a rejeitar por falta de características para reutilizar na construção dos aterros
(5) = (6)+(7)+(8)
(6) - Volume de aterro corrente a efetuar
(10) = (5)-((1)-(4))
(11) = (4)
(12) = (7)
(13) = (11) + (12)
O estudo de drenagem teve como objetivo definir sistema de drenagem eficaz, que garanta a
proteção da obra dos efeitos nocivos da água, melhorando as condições de drenagem longitudinal e
profunda da plataforma e da drenagem transversal (passagens hidráulicas). Pretende-se ainda que
durante a ocorrência da cheia de dimensionamento não ocorram prejuízos graves nem nas
infraestruturas projetadas nem nas áreas envolventes.
Em alguns casos, as linhas de água estão em perfil de escavação, não tendo sido possível
o seu prolongamento além dos limites da intervenção na via-férrea. Nestas situações, foi
Sempre que determinado órgão hidráulico descarrega caudais em local onde se possa
verificar a erosão do terreno pela ação das águas, este local de descarga será protegido
colocando-se um órgão dissipador de energia (dissipador de enrocamento) no final do
elemento descarregador.
Os caudais de ponta de cheia para período de retorno de 100 anos a utilizar no cálculo hidráulico
das passagens hidráulicas foram definidos no Volume 4 - Hidrologia - Estudo Hidrológico.
As passagens hidráulicas permitem, nos locais adequados, a passagem dos caudais gerados pelas
bacias hidrográficas intercetadas pela obra.
PH retangulares com secção interior de 1.00 x 1.00 m2, 1.50 x 1.50 m2, 2.00 x 2.00 m2, 2.50
x 2.50 m2 e 3.00 x 3.00 m2.
Nas situações onde o traçado interceta uma linha de água em perfil de escavação, onde não for
possível o seu prolongamento além dos limites da intervenção na via-férrea, foi previsto o
encaminhamento longitudinal dos caudais através de coletor na plataforma. Estas PH estão
identificadas como DLP e são constituídas por manilhas pré-fabricadas de betão armado com
diâmetro interior de 1.00 m, 1.20 m ou 1.50 m.
As passagens hidráulicas permitem, nos locais adequados, a passagem dos caudais gerados pelas
bacias hidrográficas intercetadas pela obra.
PH retangulares com secção interior de 1.00 x 1.00 m2, 1.50 x 1.50 m2, 2.00 x 2.00 m2, 2.50
x 2.50 m2 e 3.00 x 3.00 m2.
Nas situações onde o traçado interceta uma linha de água em perfil de escavação, onde não for
possível o seu prolongamento além dos limites da intervenção na via-férrea, foi previsto o
encaminhamento longitudinal dos caudais através de coletor na plataforma. Estas PH estão
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identificadas como DLP e são constituídas por manilhas pré-fabricadas de betão armado com
diâmetro interior de 1.00 m, 1.20 m ou 1.50 m.
Quando o controle é por montante, o escoamento passa de regime lento a regime rápido, ocorrendo
a secção crítica à entrada da secção da PH. Nestas condições o nível de água a montante é igual à
soma da altura crítica, da energia cinética crítica e da cota da soleira à entrada da PH.
Quando o controle é por jusante, o escoamento afoga a entrada e este processa-se em pressão
dentro da PH. Nestas condições o nível de água a montante é igual à soma do nível de água a
jusante da PH, da perda de carga à entrada, geralmente considerada metade da energia cinética,
da perda de carga distribuída e da energia cinética à saída. No caso de não se conhecer o nível de
água a jusante, a documentação do “American Society of Civil Engineers – Manuals and Reports of
Engineering Practice Nº 77” dos Estados Unidos recomenda que o valor adotado para este seja
igual a metade da soma da altura da secção com a altura crítica mais a cota do fundo.
A perda de carga distribuída foi calculada pela seguinte expressão, desenvolvida por Manning -
Strickler:
2
𝑄
𝐷ℎ = ( 2 ) .𝐿
𝐾𝑠 . 𝑅 ⁄3. 𝐴
Onde:
Q Caudal (m3/s);
A Área (m2);
Ao longo de todo o traçado foram analisadas as áreas contribuintes para os diversos órgãos
hidráulicos, afetadas do seu respetivo coeficiente de escoamento, de forma a se obter o caudal a
escoar para a intensidade de precipitação de projeto. Este caudal foi posteriormente comparado
com a capacidade de transporte do elemento em estudo. Para a determinação da capacidade de
transporte dos elementos utilizou-se a fórmula de Manning-Strickler:
2⁄ 1
𝑄 = 𝐾𝑠 . 𝑆. 𝑅ℎ 3 . 𝑖 ⁄2
Onde:
Q Caudal (m3/s);
Tal como anteriormente referido tentou-se em todas as situações de projeto conduzir a água
intercetada à superfície, optando-se preferencialmente por descarregar lateralmente as
valetas/canais. Assegura-se assim uma melhor visualização do modo de funcionamento do sistema
de drenagem, ao mesmo tempo que são facilitadas as operações de manutenção, essenciais para o
seu bom funcionamento.
A determinação do comprimento máximo (capacidade de vazão) de cada vala, valeta ou canal, foi
efetuada de acordo com os seguintes cenários teóricos:
Consideração de inclinação dos órgãos: 0.2% / 0.5% e 1.0% - Os valores definidos para
estas inclinações permitem balizar a maioria dos casos ocorridos no estudo, sendo que para
inclinações superiores, aumentarão os respetivos comprimentos máximos;
4.5.2.3 Coletores
O diâmetro interior dos coletores considerados é de 400 mm, 500 mm e 600 mm. Para o mesmo
diâmetro interior e satisfazendo determinada força de rotura existem no mercado vários tipos de
coletores de betão (simples, armados, armados reforçados, etc.) e de plástico (PP, PVC, PEAD).
4.5.2.4 Drenos
Os drenos têm como função proporcionar caminhos de escoamento eficazes para as águas
subterrâneas, anulando assim os seus efeitos nocivos. Sendo os caudais gerados pelas águas
subterrâneas de difícil avaliação optou-se por considerar o diâmetro de 200 mm para todos os
Neste projeto, os tubos dos drenos considerados são em PVC corrugado com superfície interior lisa
e diâmetro interno de 200 mm. Os tubos terão um setor perfurado de 180° realizado em fábrica e
que será colocado sempre virado para cima.
Normalmente não se excedeu a distância de 75 m entre caixas de visita e limpeza, sendo os drenos
e/ou coletores colocados em alinhamentos retos entre caixas.
As caixas de visita a colocar na valeta/canal de plataforma têm tampa maciça em betão armado de
modo a não permitir a entrada dos caudais que escoam na valeta/canal no sistema de drenagem
profundo, evitando-se a sobrecarga do sistema.
A descarga das águas recolhidas pelas valas de crista é conduzida pelo talude de escavação numa
conduta aberta constituída por um secção semicircular com 0.50 m de diâmetro interno,
convenientemente ligadas à vala de crista, por intermédio de uma caixa de ligação e derivação,
também definida no projeto, e que funciona igualmente como dissipador de energia.
Conforme as situações acima indicadas foram adotadas secções semicirculares de betão com 0.50
m de diâmetro interno para as descidas de talude. A jusante das descidas e na situação de
restituição direta para o terreno natural (sem ligação a valas pé de talude ou outras), será sempre
colocado um dissipador de energia em enrocamento.
Sempre que determinado órgão descarrega caudais num local onde se possa verificar a erosão do
terreno pela ação das águas, este local de descarga deverá ser protegido colocando-se um órgão
dissipador de energia no final do elemento descarregador. Os dissipadores previstos são em
enrocamento e em betão armado, estes últimos usualmente associados a descargas de descidas
de talude, em taludes de escavação, na plataforma.
A jusante das PH será colocado tapete de enrocamento por forma a efetuar dissipação de energia
do escoamento e a correta transição entre o escoamento na PH e no terreno natural.
Estas passagens galgáveis permitem a passagem de viaturas nos caminhos durante os períodos de
precipitação, permitindo igualmente a rápida passagem dos caudais de cálculo sem a necessidade
de implantação de secção fechada, umas vezes por falta de recobrimento necessário na via a
atravessar, em outras por os caudais de cálculo não justificarem a implantação de estrutura
fechada.
4.5.3 Vedações
As vedações consideradas no presente projeto foram definidas de acordo com o estabelecido nas
Instruções Técnicas da REFER, EP, nomeadamente a IT.CCE.004 - Vedações em Plena Via em
Zona Urbana e IT.CCE.005 - Vedações de Plena Via em Zona Rural.
A implantação das vedações está prevista, sempre que possível, ao longo dos limites dos terrenos
do domínio ferroviário. Na situação em que existe caminhos de serviço procurou-se implantar a
vedação entre a via-férrea e o caminho de serviço e no limite deste. Nas situações em que existe
apenas caminhos de acessos a propriedades a vedação será colocada no limite da via – férrea.
De acordo com as indicações da IP, o caminho de serviço previsto do lado direito da via-férrea (a
sul) será sempre vedado de ambos os lados para impedir o acesso de pessoas estranhas ao
caminho de serviço e à via-férrea e também impedir o acesso de animais com dimensão que possa
afetar a segurança do empreendimento e do seu funcionamento. Do lado esquerdo (a norte) a
infraestrutura foi também naturalmente vedado com os mesmos objetivos.
Quando foi necessário prever um caminho paralelo lateral à via-férrea, a vedação foi colocada entre
a terraplenagem da via-férrea e o caminho paralelo, para permitir o uso do caminho paralelo pelos
utilizadores interferidos com a construção da infraestrutura (públicos ou privados).
A vedação proposta é constituída na sua generalidade por uma rede de malha retangular 160/9/15
(160 cm de altura, com 9 fiadas horizontais afastadas de 20 cm e verticais afastados de 15 cm),
aplicada em postes de madeira convenientemente tratados. Será colocado arame farpado na
segunda fiada da vedação para afastar animais de grande porte e não ferir aves em voo.
4.5.3.2 Vedação de Plena Via em zona Rural com reforço para coelho
Nos locais de sensibilidade muito elevada do Bufo-Real e Águia de Boneli, é necessário proceder a
um reforço da vedação rural, para impedir o acesso de coelhos à via-férrea. Assim, foi previsto
efetuar um reforço da rede (de ambos os lados), com uma segunda rede sobreposta à rede de
plena via em zona Rural. Essa rede terá uma malha não superior a 20 mm x 20 mm, e será
colocada até uma altura de 0.50 m acima da cota do solo, prevendo-se igualmente medidas para
impedir a entrada de animais junto à base da rede, através do enterramento da rede ou da sua
dobra em L, convenientemente coberta. As zonas onde por indicação do EIA, foram previstas redes
reforçadas para coelho foram as seguintes:
do PK 159+500 ao PK 161+200;
do PK 172+925 ao PK 179+400.
4.5.3.3 Vedação de Plena Via em zona Rural com barreira de encaminhamento para
anfíbios
Será necessário prever barreiras de encaminhamento para anfíbios de forma a impedir que os
anfíbios passem para o meio dos carris e aí fiquem retidos e sujeitos a morte por dissecação. Para
LIGAÇÃO FERROVIÁRIA ÉVORA-CAIA
VOLUME 0 – APRESENTAÇÃO GERAL
F-LE039-EVN.BLE.T0.PR.CA.GR.AG.00 53 / 156
tal, foi prevista a colocação de barreiras opacas, lisas e com o topo voltado para fora para evitar que
os animais trepadores consigam passar. Estas barreiras têm cerca de 0.50 m de altura livre e sendo
enterradas no solo para evitar a transposição junto ao terreno natural. As zonas onde por indicação
do EIA, foram previstas redes com barreira de encaminhamento para anfíbios foram as seguintes:
4.5.3.4 Vedação de Plena Via em zona Rural com barreira de encaminhamento para
anfíbios
Será necessário prever barreiras de encaminhamento para anfíbios de forma a impedir que os
anfíbios passem para o meio dos carris e aí fiquem retidos e sujeitos a morte por dessecação. Para
tal, foi prevista a colocação de barreiras opacas, lisas e com o topo voltado para fora para evitar que
os animais trepadores consigam passar. Estas barreiras têm cerca de 0.50 m de altura livre e sendo
enterradas no solo para evitar a transposição junto ao terreno natural. As zonas onde por indicação
do EIA, foram previstas redes com barreira de encaminhamento para anfíbios foram as seguintes:
A vedação proposta é constituída na sua generalidade por uma rede de malha quadrada metálica
com aproximadamente 50 x 50 mm e terá uma altura compreendida entre 1,50 m e 1,60 m. A rede
será constituída por arames verticais e horizontais com 2,5 m de diâmetro mínimo, sendo
devidamente eletrosoldados, aplicada sobre postes de aço com um altura aproximada de 2,00 m
fixos ao murete de betão através de um encastramento de 0,50 m de comprimento. Foi previsto
este tipo de vedação para vedar os recintos dos Edifícios das Estações Técnicas.
A vedação exterior (de ambos os lados) será sinalizada para a avifauna, com placas de metal de
cor branca e uma dimensão mínima de 0.30 m x 0.15 m, colocadas em duas fileiras distintas e em
quincôncio. A densidade das placas a colocar e os locais de colocação encontram-se definidos no
Estudo de Impacte Ambiental.
Portas de homem para acesso pedonal aos pontos singulares da via-férrea, tais como:
encontros de viadutos, pontes, passagens superiores e inferiores, passagens hidráulicas,
estações técnicas, AMV’s (não acessíveis por portões de acesso rodoviário), etc.
b) Condicionamentos Ferroviários:
a. Requisitos Técnicos:
i. Via Dupla
ii. Bitola 1668mm
iii. Travessa de betão monobloco polivalente
iv. Tráfego misto
v. Velocidades de projeto:
250 Km/h para passageiros
120 Km/h para mercadorias
120 Km/h na Ligação à Linha de Évora e na Ligação à Linha do
Leste
vi. Eletrificação: sistema 2x25 kV/50Hz
vii. Carga rebocável em tração simples: 1400 t
viii. Obras de arte especiais em via dupla
b. Perfil Transversal:
i. O perfil transversal das pontes e dos viadutos deverá comportar duas vias
eletrificadas, uma delas em bitola 1668 mm, com travessas de betão
polivalentes.
ii. O leito do balastro será limitado por muretes guarda balastro. A face interior
dos muretes guarda balastro distará, no mínimo, 2,20 m do eixo da via mais
próxima. A face superior dos muretes guarda balastro deve situar 0.10m
acima da face superior das travessas.
iii. De cada um dos lados da via deverão ser previstos passeios laterais, com
largura mínima de 2,00 m (de acordo com a IT.OAP.002.01), compatíveis
com a velocidade de projeto, incorporando uma caleira para instalação de
cabos de sinalização e telecomunicações com 0,50 m largura e altura
mínima de 0,25 m. Cumulativamente será prevista em ambos os passeios a
colocação e fixação de postes de catenária através de base aparafusada (e
incluindo base de reserva), em articulação com o Projeto de instalações fixas
de tração elétrica (contrato B). No caso dos viadutos em via única situados
na Ligação à Linha de Évora e na Ligação à Linha do Leste, em que a
velocidade de projeto é de 100 Km/h, nos termos da IT.OAP.002.01, a
largura mínima dos passeios será reduzida para 1,50 m.
iv. Os passeios laterais devem ter guardas com altura de 1,05 m dispostas de
modo a não permitir a queda de pessoas e objetos.
c) Condicionamentos Rodoviários:
a. Em Geral:
i. Gabarito vertical mínimo de 5,50 m em autoestradas (medido entre a rasante
da rodovia e o elemento mais exposto da estrutura do tabuleiro);
ii. Gabarito vertical mínimo de 5,0 m nas estradas nacionais e municipais
(medido entre a rasante da rodovia e o elemento mais exposto da estrutura
do tabuleiro).
b. Condicionamentos nas Travessias da A6:
i. Garantir um eventual futuro alargamento da plataforma da A6 para 2x3 vias,
em cada sentido de tráfego;
ii. Durante a execução das obras associadas à travessia, deverá ser
assegurada a existência de duas vias de circulação em cada sentido de
tráfego;
iii. Tendo em atenção a dimensão do separador central deste sublanço da A6
(separador rígido NJ com 0,60 m de largura, complementado com bermas de
1,00 m de largura), os novos apoios, previstos executar nessa zona
particular, não poderão exceder os 0,60 m de largura medidos
ortogonalmente ao eixo da via.
f) Condicionamentos Geológico-Geotécnicos;
i) Condicionamentos Construtivos:
A conceção geral das soluções estruturais dos diversos viadutos resulta de uma ponderação para
cada caso de todos os condicionamentos apresentados. Sem prejuízo de ter de atender a todos os
os condicionamentos em presença, alguns assumem particular relevância:
A modelação de vãos é muito influenciada pela presença das linhas de água e de vias de
comunicação. Enquanto que para as linhas de água prevaleceu o critério de não proceder
ao seu desvio, no caso das vias de comunicação menos importantes, como sejam caminhos
rurais, admitiu-se a possibilidade de proceder à sua correção de traçado.
Para a dimensão dos vãos, estabelecemos como desejável a adoção de vãos correntes de 25, 30,
35 ou 40 m. Contudo, há casos particulares que a conjugação dos diversos condicionamentos
obrigou à adoção de vãos diferentes dos estabelecidos.
Vãos de 25 m são os ideais para alturas de tabuleiro ao solo moderadas, ainda que com viadutos
extensos, para conseguir dispensar aparelhos de dilatação de via (ADs). Viadutos com esta
tipologia de vãos não possuem ADs. É o caso por exemplo do Viaduto do Calado em que se partiu
a extensão do viaduto de 309,8 m em três troços com (22+2x25+22)+1.4+
(22+3x25+22)+1.4+(22+2x25+22).
A tipologia de vãos de 30 m é usada em alturas ao solo mais elevadas e, por norma, é empregue
em viadutos onde é necessário prever ADs. Apenas no caso do Viaduto das Bicas foi utilizada
associada a uma segmentação do viaduto para conseguir dispensar os aparelhos de via.
Para vãos até 35 m, inclusive, a solução estrutural do tabuleiro adotada foi de nervura larga,
maciça, de altura constante conforme se evidencia na figura seguinte. A altura da nervura tem 1,80
m para vãos de 25 m, de 2 m em vãos de 28 m, 2,20 m em vãos de 30 e 32 m e 2,40 m em vãos de
33 e 35 m.
Para vãos de 40 m e 45 m, foi adotada uma solução em caixão, com altura constante, conforme se
mostra na figura seguinte. A altura é de 2,80 m para vãos de 40 m e 3,00 m em vãos de 45 m.
Figura 3 – Obras de Arte Especiais – Pontes e Viadutos – Secção Transversal Tipo em Caixão
Os encontros são do tipo aparente, sendo constituídos por mesa de estribo, onde descarregam os
tabuleiros através de aparelhos de apoio, suportada por contrafortes, sendo prolongados por muros
de avenida que suportam a plataforma de via nas zonas das saias dos taludes. Para garantir uma
melhor execução do bloco técnico no tardoz, o Contrato D, responsável pela conceção do mesmo,
solicitou uma parede vertical na zona de contacto entre o bloco técnico e o encontro. São previstas
as duas tipologias de encontros que se apresentam na figura seguinte, a primeira para os encontros
correntes e a segunda para situações em que existem elevadas forças horizontais de frenagem ou
sísmicas a absorver.
Via
Caracterização Estrutural Condicionamentos
Viaduto
sobre a (22+2x25+22)+ Laje Seccionado em 3 Ribeira do Freixo Empreendimento
Sem
Ribeira do 127+183 127+468 284,4 8,0 5,5 6,0 +(22+2x25+22)+ Nervurada troços de até 94 m, abrangendo toda a Turístico Sousa Sé e
ADV
Freixo +(22+2x25+22) h=1,80m fixo nos pilares área inundável caminho rural
(VRFR)
Caminho Rural e
Poente abrangência da
Viaduto das (22+2x30+27 e Laje Seccionado em 2 Ribeira das Bicas eventual extensão da Considerado
Sem
Bicas 138+203 138+423 220,4 7,0 7,4 5,4 27+2x30+22) Nervurada troços, fixo nos incluindo toda a área barragem da Pardiela NMC =
ADV
(VBCS) Nascente h=2,20m pilares inundável tendo em conta a sua = 216.60 m
(25+2x30+25) cota máxima de
armazenamento
Caminho Rural e
abrangência da
Viaduto da (30+2x35+30)+ Laje Seccionado 3 Ribeira da Pardiela eventual extensão da Considerado
Sem
Pardiela 139+016 139+374 357,8 14,0 4,1 10,6 +(30+35+30)+ Nervurada troços fixo nos incluindo toda a área barragem da Pardiela NMC =
ADV
(VPRL) +(30+2x35+30) h=2,40m pilares inundável tendo em conta a sua = 216.60 m
cota máxima de
armazenamento
Caminhos Rurais e
abrangência da
Viaduto da Laje Ribeira da Palheta eventual extensão da Considerado
Contínuo fixo no E1 1 ADV
Palheta 139+603 140+178 575,0 19,0 8,0 9,0 25+15x35+25 Nervurada incluindo toda a área barragem da Pardiela NMC =
com ADV no E2 no E2
(VPLH) h=2,40m inundável tendo em conta a sua = 216.60 m
cota máxima de
armazenamento
Disposição de faixas
com dimensão
suficiente para permitir
Viaduto do TN a circulação de
Linha de Água
Freixo / EN 27,5+35+45+40+32,5 Caixão Contínuo fixo nos Sem pessoas, máquinas e
143+913 144+093 180,0 9,5 7,9 8,6 e da Estrada
254 TS h=3,00m pilares ADV gado em livre
Nacional 254
(VFRX) 32,5+40+45+35+27,65 pastoreio. Linha de
água tributária à
Ribeira do Freixo e
Linha Elétrica.
Seccionado em 3
Viaduto do (22+2x25+22)+1.4+ Laje Ribeira do Calado e
troços Sem
Calado 153+847 154+157 309,8 11,9 9,2 9,2 +(22+3x25+22)+1.4+ Nervurada respetivo leito de Caminho Rural
(94+119+94), fixo ADV
(VCLD) +(22+2x25+22) h=1,80m cheia.
nos pilares
Caudal de
Viaduto da Laje
Contínuo fixo nos Sem Ribeira máxima cheia
Seca 155+683 155+831 148,0 9,2 8,6 7,6 18+4x25+22 Nervurada
pilares ADV Seca superior a
(VSEC) h=1,80m
40 m3/s
(22+25+22)+1.4+
Seccionado 6
Viaduto do +(22+2x25+22)+1.4+ Ribeira do Barranco
Laje troços fixo nos
Barranco dos +(22+2x25+22)+1.4+ Sem Aterro dos Pegões, de linhas
156+401 156+922 521,0 19,4 9,5 11,2 Nervurada pilares, c/ pilares
Pegões +(22+2x25+22)+1.4+ ADV H>15m de água tributárias e de
h=1,80m inclinados em 2
(VBPG) +(22+2x25+22)+1.4+ caminhos rurais
vãos
+(22+25+22)
Seccionado 3
Viaduto do
(22+3x25+22)+1.4+ Laje troços fixo nos
Barranco dos Sem Aterro Ribeira do Barranco
158+863 159+172 309,8 20,7 9,5 10,0 +(22+3x25+22)+1.4+ Nervurada pilares, c/ pilares
Galvões ADV H>15m dos Galvões
+(22+25+22) h=1,80m inclinados em 2
(VBGV)
vãos
Viaduto da Laje
Contínuo fixo no E2 1 ADV Aterro Ribeira da Retorta e
Retorta 163+888 164+292 404,0 23,0 8,7 10,8 22+12x30+22 Nervurada
com ADV no 1 no E1 H>15m caminhos rurais
(VRTT) h=2,20m
Viaduto de Laje
Contínuo fixo no E1 1 ADV Aterro H>15m e
Alcalate 169+215 169+650 435,0 21,0 8,0 8,0 25+11x35+25 Nervurada Caminho rural
com ADV no E2 no E2 Ribeira de Alcalate
(VALC) h=2,40m
Troço 1
Nervurada contínuo fixo nos Dimensão do
(22+3x25+22)+ h=1.80m pilares com troço vão central
Viaduto da Ribeira da Asseca e
+EI(44.5)+ no troço 1 e central em arco 1 ADV Ponte medieval nas condicionada
Asseca II 177+583 178+230 647,5 36,0 7,6 8,1 cabeceira da Albufeira
+(27+3x32+52+70+ em caixão ogival; Troço 2 no E2 proximidades pelo NPA da
(VAII) do Alqueva
+52+5x32+27) h=2.4/5.2m contínuo c/ BO nos Albufeira do
no troço 2 encontros e AD em Alqueva
E2
Viaduto da Laje
Contínuo fixo no E1 1 ADV Ribeira
Capela 183+333 183+827 494,0 19,0 8,5 8,5 22+15x30+22 Nervurada
com ADV no E2 no E2 da Capela
(VCPL) h=2,20m
Viaduto sobre
Laje Contínuo fixo no E2
a Ribeira de 1 ADV Ribeira
191+023 191+598 575,0 20,0 9,8 7,2 25+15x35+25 Nervurada (mais baixo)
Varche no E1 de Varche
h=2,40m com ADV no E1
(VRVR)
Viaduto sobre
Laje
a Ribeira de Contínuo fixo no E1 1 ADV Ribeira
194+734 195+064 330,0 17,0 8,2 5,2 25+8x35+25 Nervurada Caminho rural
Mosqueiros com ADV no E2 no E2 de Mosqueiros
h=2,40m
(VRMQ)
Viaduto sobre
a A6 na Tabuleiro
Ligação à Misto Fixo nos pilares BO Sem Canal de rega nas
202+607 202+719 112 9,0 10,8 10,1 24+32+32+24 CM+A6+N4
Linha do aço-betão no(s) encontro(s) ADV imediações
Leste H = 2.15
(VSAE)
Viaduto sobre
Tabuleiro
a A6 na
Misto Contínuo fixo nos Sem
Ligação ao 2+691 2+843 152 11,1 9,6 10,6 36+40+40+36 CM+A6+N4
aço-betão Pilares ADV
Caia
H = 2.50
(VDAE)
4.6.5.2 Aços
Vida Útil da Estrutura (NP EN 206-1 - DNA 5.3.1): Categoria 5 (100 anos)
4.6.6 Acabamentos
As superfícies de betão em contacto com o solo serão impermeabilizadas por aplicação de duas
demãos cruzadas de emulsão betuminosa.
De cada lado do tabuleiro prevê-se um passeio que inclui uma caleira, rematada superiormente por
cantoneiras metálicas, coberta por tampas amovíveis pré-fabricadas em betão armado, que
permitem o alojamento de cabos.
Nos extremos das caleiras de cabos são previstas caixas de inspeção e recolha dos cabos em
betão armado, cobertas com tampas pré-fabricadas de betão armado amovíveis.
Nos bordos do tabuleiro é fixado um guarda corpos metálico, metalizado e pintado, assente sobre
uma cornija pré-fabricada que dará um remate ao tabuleiro do viaduto.
Emulsão betuminosa;
Nos muretes guarda-balastro a última camada é substituída por betão fino projetado sobre uma
rede de arame zincado.
A camada de forma permite a condução das águas para os bordos, de onde é encaminhada pela
pendente longitudinal do tabuleiro para as gárgulas e tubos de descarga dispostos com 8 m de
afastamento na direção longitudinal, para que as descargas não provoquem erosão no terreno.
Com estas descargas a acumulação de água no balastro é de poucos milímetros mesmo para uma
chuvada com um período de retorno de 100 anos. Nas travessias sobre autoestradas e estradas
mais importantes, será disposto uma tubagem inferior ao tabuleiro para recolha das águas e
condução das mesmas a tubos de queda a colocar nos pilares e/ou encontros.
Criação de uma camada de forma em argamassa rica em cimento para criação de uma
pendente de 2, queimada superiormente à colher;
Pintura em duas demãos do fundo e paredes das caleiras com tinta à base de resinas epóxi.
As caleiras drenam diretamente para o solo através de tubos de polietileno Ø50 mm, afastados
entre si 5,0 m.
O tardoz dos muros e encontros é drenado através de manta drenante com geodreno na base que
descarrega para o terreno frontal através de bueiros.
Os aparelhos de apoio dos viadutos são do tipo “panela”, com dimensões compatíveis com as
cargas verticais e forças/deslocamentos horizontais determinados no cálculo estrutural.
Relativamente às forças horizontais do tabuleiro, os aparelhos permitem a mobilização de reações
horizontais dos encontros e pilares de transição.
A proteção anticorrosiva das estruturas metálicas estruturais deverá seguir o seguinte esquema:
Esquema de pintura para durabilidade alta e para um ambiente C3 (de acordo com a NP EN
ISO 12944).
Decapagem com jacto abrasivo ao grau SA 2 1/2 (de acordo com a norma ISO 8501-1), com
rugosidade entre 25 a 50 μm;
Uma demão de primário rico em zinco (ZN>90%) (CIN 7K-800 C-POX PRIMER ZN800, ou
equivalente), espessura mínima 50 μm;
Uma demão de intermédio de epóxi poliamida multifuncional (CIN 7L-130 C-POX S130 SD
ou equivalente), espessura mínima 80 μm;
Uma demão de acabamento à base de esmalte poliuretano de acrílico brilhante (CIN 7P-258
C-THANE S258 ou equivalente), espessura mínima 40μm;
Acabamento em cor "cinza ferro", RAL 7011.
Nos pilares onde existem aparelhos de apoio é previsto um acesso aos mesmos para inspeção e
manutenção através de um alçapão e uma escada vertical de acesso até uma plataforma metálica a
instalar sob o tabuleiro.
Os blocos técnicos que estabelecem a transição entre os viadutos e o terrapleno da plena via são
concebidos pelo contrato D. Tendo em conta a velocidade de projeto de 250 Km/h, por forma a
facilitar uma correta execução do bloco técnico, os encontros previstos são do tipo aparente e o
tardoz do mesmo termina numa parede vertical, sem reentrâncias ou saliências.
a. Adaptação das obras à passagem de gado, evitando o contacto visual deste com a
circulação dos comboios. O guarda corpos destas deve possuir uma banda inferior
opaca.
b. Adaptação de passadiços à passagem de fauna, implicando a criação de uma faixa
não pavimentada (em saibro), de um dos lados da PS, com um mínimo de 1 m de
largura; nestas passagens superiores os guarda corpos incluirão banda opaca, igual
à prevista nas obras adaptadas à passagem de fauna.
c. Alargamento dos passadiços das passagens superiores para uma largura mínima de
1.50 m para garantir a circulação pedonal em zonas habitadas.
No Quadro seguinte resumem-se as medidas ambientais estabelecidas pela equipa do EIA para
Passagens Superiores.
OBRA km OBSERVAÇÕES
b) Condicionamentos Ferroviários:
Largura da Plataforma
Guarda de
Tipo Descrição
Segurança
Berma Faixa Berma Separador TOTAL
d) Condicionamentos Estruturais:
Tendo em conta a reduzida extensão das obras, foi proposto o recurso a “pontes
integrais”, nas quais os encontros são monolíticos com o tabuleiro, sem aparelhos
de apoio e sem juntas de dilatação nos restabelecimentos de Estradas e Caminhos
Municipais e Caminhos Rurais. Nos restabelecimentos de IPs e ENs são
consideradas soluções com juntas de dilatação entre o tabuleiro e os encontros.
f) Condicionamentos Geológico-Geotécnicos;
h) Condicionamentos Construtivos:
Tipo A – Para Estradas Nacionais e IP2, com guardas de segurança BN4; guarda corpos
metálico, com rede e painéis acrílicos no vão central; tem uma largura total de 1,20 m e uma
largura útil de 0,60 m;
Tipo B – Passadiço para todas as restantes estradas, onde não há adaptação a gado, a
fauna ou presença de pessoas; guardas de segurança W; guarda corpos metálico, com rede
e painéis acrílicos no vão central; tem uma largura total de 1,10 m e uma largura útil de 0,63
m;
Tipo C – Passadiços para zonas onde habitadas, com circulação de pessoas; guardas de
segurança W; guarda corpos com painéis de betão e rede metálica em toda a obra; largura
total de 2,0 m e largura útil para circulação de 1,53 m;
Tipo D – Passadiços a adotar em obras a ser atravessadas por gado; guardas de segurança
W; guarda-corpos com painéis de betão e rede metálica em toda a obra; largura total de
1,10 m e largura útil de 0,64 m;
Tipo E – Passadiços adaptados a fauna, podendo ter ou não presença de gado; guardas de
segurança W; guarda corpos com painéis de betão e rede metálica em toda a obra; largura
total de 2,0 m, largura útil de 1,53 m; possui uma faixa naturalizada com uma largura de
1,01 m;
Tendo em conta estes passadiços, as passagens superiores poderão ter oito tipos de configurações
distintas:
Para o caso geral das passagens superiores à linha de caminho de ferro, com atravessamento
ortogonal em zona de via dupla e com o gabarit vertical mínimo exigido (7,50 m), a extensão total
vale 44 m entre eixos de apoio extremos, extensão essa subdividida em três vãos de 13 m + 18 m +
13 m. Esta modelação é ligeiramente aumentada em alguns casos, devido ao viés ou a alturas ao
solo superiores, impostas por condições de inserção de traçado específicas, com o vão central a
atingir no máximo 23 m.
Para esta gama de vãos, propõe-se uma solução estrutural em laje maciça de betão armado,
prolongada nas extremidades por pequenas lajes em consola. No caso geral o tabuleiro é
monolítico com os pilares e encontros, formando assim o tipo de obra normalmente designado por
“ponte integral”. Os encontros das pontes integrais podem ser de dois tipos. Quando o traçado está
em escavação e as cotas da base da viga de estribo estão sobre o terreno natural, e a geotecnia o
permitir, a viga de estribo apoia diretamente num par de estacas moldadas com 0,80 m de diâmetro.
Nas restantes situações, a viga de estribo suportada por dois fustes com 0,70 x 0.70 m2, os quais
são fundados numa sapata comum aos mesmos. No caso das obras em restabelecimentos de IPs e
ENs, são previstas juntas nos encontros, sendo o tabuleiro monolítico apenas com os pilares
centrais. Nestas obras os encontros são do tipo perdido, dotados de mesa onde o tabuleiro apoia
através de aparelhos de apoio em neoprene cintado. A mesa de estribo é sustentada por dois ou
três contrafortes fundados através de uma sapata comum. Posteriormente a mesa é rematada por
uma parede destinada a conter as terras. Lateralmente são previstos tímpanos onde serão
considerados batentes para fixação transversal do tabuleiro
Para esta gama de vãos mais reduzidos, a solução mais adequada é que as obras sejam em betão
armado, sem recurso a pré-esforço. Nas obras com 7,2 e 7,9 m de largura os pilares são em geral
em número de um por alinhamento, com secção de 2,40 x 0,60 m2. Nas obras com 8,7 e 9,0 m de
largura, os pilares são também em número de um por alinhamento, com 2,40 x 0,60 m2. Apenas
Para estas obras os pilares são cilíndricos, com 1,20 m de diâmetro, sendo monolíticos com o
tabuleiro e fundados através de sapatas.
Os encontros são prolongados lateralmente por paredes de betão designadas por “asas” destinadas
a conter lateralmente os aterros. São ainda previstas lajes de transição para assegurar uma
transição suave entre o aterro e a ponte.
Caracterização Estrutural
Ext.
PS 3.00 2x Laje 5x Rect. Perdido
126+623 73 AE BN4 A 1.20 A 1.20 29.40 13.00 18.00 13.00 44.00
126-2 Int. 7.50 maciça 2.2x0.6 c/ JD
2.70
Adaptação
PS Nervura Rect. Integral
129+268 95 (*) V W 0.50 4.00 D 1.10 E 1.80 7.90 17.00 24.00 17.00 58.00 a Fauna e
129-1 Larga BA 2.4x0.6 c/ Estacas
Gado
Adaptação
PS Nervura Rect. Integral
141+343 100 V W 0.50 4.00 D 1.10 E 1.80 7.90 16.00 23.00 16.00 55.00 a Fauna e
141-1 Larga BA 2.4x0.6 c/ Estacas
Gado
Adaptação
PS Nervura Rect. Integral
142+024 100 V W 0.50 4.00 D 1.10 E 1.80 7.90 13.00 18.00 13.00 44.00 a Fauna e
142-1 Larga BA 2.4x0.6 c/ Fustes
Gado
Adaptação
PS Nervura Rect. Integral
145+556 100 V W 0.50 4.00 D 1.10 E 1.80 7.90 13.00 18.00 13.00 44.00 a Fauna e
145-1 Larga BA 2.4x0.6 c/ Estacas
Gado
Adaptação
PS Nervura Rect. Integral
160+766 100 V W 0.50 4.00 D 1.10 E 1.80 7.90 16.00 23.00 16.00 55.00 a Fauna e
160-1 Larga BA 2.4x0.6 c/ Estacas
Gado
Adaptação
PS Nervura Rect. Integral
161+593 100 V W 0.50 4.00 E 1.80 D 1.10 7.90 22.00 33.00 22.00 77.00 a Fauna e
161-1 Larga BAP 2.4x0.6 c/ Estacas
Gado
Integral
PS Nervura Rect. c/ Fustes e
179+408 100 IV W 0.50 5.50 B 1.10 B 1.10 8.70 13.00 18.00 13.00 44.00
179-2 Larga BA 3.0x0.6 Integral c/
Estacas
Integral c/
PS Nervura Rect. Fustes e
187+877 100 V W 0.50 4.00 B 1.10 B 1.10 7.20 13.00 18.00 13.00 44.00
187-2 Larga BA 2.4x0.6 Integral c/
Estacas
PS 2 Nervuras 2*Circ.
188+807 34 II BN4 1.50 7.00 A 1.20 A 1.20 12.40 26.00 35.00 26.00 87.00 Perdido c/ JD
188-1 BAP Ø1.20
Integral c/
PS Nervura Rect. Fustes e
199+799 100 V W 0.50 4.00 B 1.10 B 1.10 7.20 13.00 18.00 13.00 44.00
199-1 Larga BA 2.4x0.6 Integral c/
Estacas
Integral c/
PS Nervura Rect. Fustes e
0+840 100 V W 0.50 4.00 B 1.10 B 1.10 7.20 12.00 16.00 12.00 40.00
CE-0-1 Larga BA 2.4x0.6 Integral c/
Estacas
4.7.1.4.2 Aços
Vida Útil da Estrutura (NP EN 206-1 - DNA 5.3.1): Categoria 5 (100 anos)
4.7.1.5 Acabamentos
O principal acabamento das passagens superiores é o betão à vista descofrado. Como medida
adicional para incrementar a durabilidade, propõe-se que as superfícies de betão à vista sejam
pintadas com tinta acrílica, própria para betão, de elevado desempenho, impermeável à água, mas
Os passeios são materializados em betão e no seu interior ficam instaladas as tubagens do canal
técnico, ligados nas extremidades a caixas de visita. Geralmente o enchimento dos passadiços é
feito com betão, possuindo superiormente um acabamento esquartelado, sendo rematado de um
lado pela viga de bordadura e do outro pela viga de apoio da guarda de segurança. No caso dos
passadiços não pavimentados, destinados à passagem de fauna, é feito um primeiro enchimento
com betão, de forma a obter cota para estabelecer um sistema de escoamento de águas infiltradas
para a via, sendo o remanescente enchido material destinado à naturalização do passadiço,
conforme especificações constantes do Projeto de Integração Paisagística.
O escoamento das águas do tabuleiro faz-se, no alinhamento dos pilares e junto à carlinga dos
encontros, através de sumidouros, com tampa em grelha metálica, junto ao lancil dos passadiços. O
escoamento pluvial nos sumidouros faz-
abraçadeiras aos pilares, com descarga para a valeta da linha férrea, ou aos encontros, com
descarga para as descidas de taludes. As descidas de taludes das águas pluviais são feitas através
de meias canas em betão com diâmetro 300 moldadas no revestimento frontal dos encontros com
lajetas de betão pré-fabricadas. Na base, a receção faz-se através de caixas de ligação das caleiras
de taludes à valeta. No revestimento frontal do talude dos encontros são moldados degraus em
betão armado, de forma a facilitar o acesso ao encontro pelas futuras equipas de inspeção e
manutenção da infraestrutura.
Nas obras em Estradas Nacionais, Estradas Municipais e Caminhos Municipais e também nos
Caminhos Rurais sem medidas ambientais específicas, preveem-se guarda corpos metálicos e
metalizados, com 1.05 m de altura. A proteção da catenária faz-se apenas no vão central, através
de uma rede vertical fixa ao guarda corpos, enquadrada por cantoneiras metálicas. Na zona inferior
dos painéis, do lado dos passeios, são colocados painéis em acrílico.
Nas obras em Caminhos Rurais com medidas de adaptação à fauna, à passagem de gado e com
circulação pedonal, é previsto um sistema de vedação em toda a extensão da obra, com 2,0 m de
altura, sendo o troço inferior opaco, em painéis de betão armado, e o troço superior em rede
metálica, enquadrada por cantoneiras metálicas.
Nos bordos do tabuleiro é fixado um guarda corpos metálico, metalizado e pintado, assente sobre
uma cornija pré-fabricada que dará um remate ao tabuleiro da obra.
a) Condicionamentos Ambientais
b) Condicionamentos Ferroviários
a. Requisitos Técnicos:
i. Via Dupla;
ii. Bitola 1668 mm;
iii. Travessa de betão monobloco polivalente;
iv. Tráfego misto;
v. Velocidades de projeto:
Procura-se que a altura dos encontros não seja superior a 10 m, medida entre o
terreno natural e a base do balastro, embora os aterros em plena via sejam limitados
no CE a 15 m de altura máxima, o que conduz a que excecionalmente seja possível
ter uma obra do tipo passagem inferior inserida num aterro com altura superior a
10 m.
e) RCT+TP
f) Impermeabilização
g) Drenagem
LIGAÇÃO FERROVIÁRIA ÉVORA-CAIA
VOLUME 0 – APRESENTAÇÃO GERAL
F-LE039-EVN.BLE.T0.PR.CA.GR.AG.00 87 / 156
O tardoz dos encontros e muros de ala são ser drenados para os órgãos de
drenagem geral, através da colocação de um sistema de recolha de águas
adequado. As caleiras dos aterros adjacentes aos muros de ala ou de avenida,
consoante o caso, dever-lhes-ão ficar ligadas, através de armadura adequada, para
evitar eventuais assentamentos destes elementos.
h) Condicionamentos Rodoviários:
j) Condicionamentos Geológico-Geotécnicos
m) Condicionamentos Construtivos
São apresentadas as soluções estruturais adotadas para as PIs (contabilizadas 23 no total), que
simplificadamente consistem em quadros fechados ou travados, de betão armado e muros de ala
em consola.
2 Estradas Nacionais (e Estradas Municipais mais importantes) 1.50 7.00 1.50 10.00
3 Estradas Municipais (e Caminhos Municipais mais importantes) 1.00 6.00 1.00 8.00
4 Caminhos Municipais (e Caminhos Rurais mais importantes) 0.50 5.50 0.50 6.50
A geometria das diversas obras do tipo Passagem Inferior (PI) e Passagens Agrícolas (PA), como
referido anteriormente, consiste em geral, numa secção fechada em betão armado sob a plataforma
da via-férrea e correspondentes aterros assente em fundações diretas.
Estes quadros são prolongados até encontrar os muros de ala com alturas semelhantes entre si.
Estes muros de ala são em consola assentes também em fundações diretas. As figuras da página
seguinte ilustram um corte longitudinal, um alçado e uma planta superior de uma passagem inferior
tipo.
Destas figuras destacam-se os aspetos que são comuns à maioria das obras:
No topo dos muros de ala e no murete de coroamento das PIs existe uma rede de proteção
e um guarda corpos, respetivamente;
O gabarito mínimo será sempre superior a 5,0 m, procurando-se sempre que possível
adotar um mínimo de 5,20 m, nas obras pavimentadas, para prever a possibilidade futura de
recargas de pavimento;
O quadro fechado será tanto mais longo quanto maior for a diferença entre a cota do carril e
o topo da laje. Assim os muros de ala tenderão a ter sempre a mesma altura visível;
Em todas as PIs de quadro fechado existem esquadros junto das ligações laje/montantes. Estes
esquadros têm dimensões que variam consoante o tipo de PI. Assim para a PI 157 -1 o esquadro
A drenagem no tardoz dos muros e dos montantes realiza-se com recurso a um dreno
geocompósito e geodreno longitudinal que se desenvolvem ao longo das paredes das PI, e que
efetuam a descarga para o interior das mesmas através de bueiros 75 mm espaçados de 2 m e
inclinados a 5%.
Optou-se por muros em consola com secção variável em altura (em geral entre 1.0 m e 7.8 m) e
desenvolvimento (aproximadamente entre 10 m e 30 m) consoante a altura de terras no tardoz do
muro, para facilitar e garantir a qualidade dos aterros dos blocos técnicos existentes no tardoz das
obras.
A geometria dos muros é definida de forma promover a reutilização das cofragens e a facilitar a
execução das armaduras. A não existência de contrafortes no tardoz do muro exige que estes
sejam mais espessos, mas em contra partida a execução dos blocos técnicos é bastante mais
simples de realizar, o que se traduz num controlo mais eficaz dos respetivos blocos técnicos.
A sapata de fundação tem em geral 1 m de altura, e tem uma configuração “dentada” para facilitar a
transição da diminuição crescente da altura do muro de suporte. A fundação é direta, sobre um
terreno saneado quando necessário.
No coroamento do talude existe uma drenagem com uma meia cana de 200 mm, e ao longo do
muro uma drenagem com uma manta drenagem, para conduzir as águas afluentes para os bueiros
e as caixas de receção na base dos muros.
PA
136+825 --- Tipo V VA 100 0.0 14.8 Quadro Fechado B.A. 8.50 7.30 5.42 Não Pavimentada
136-1
Cemitério e
PI
137+000 Monte da Tipo IV IV B 100 1.1 19.0 Quadro Fechado B.A. 8.52 9.10 5.20
137-1
Pimenta
PI
137+452 CM 1173 Tipo IV IV A 100 0.0 14.8 Quadro Fechado B.A. 9.22 9.10 5.73
137-2
PA Monte da
143+212 Tipo V VB 100 1.1 18.9 Quadro Fechado B.A. 8.50 7.30 5.09
143-1 Laje
PI
157+182 EN 254 Tipo II II 50 5.0 54.0 Pórtico de Vão Único 10.50 15.00 6.00 Guardas de segurança e passeios
157-1
PA
162+831 --- Tipo V VB 100 1.2 19.0 Quadro Fechado B.A. 8.50 7.30 5.07
162-1
PI
168+610 CM 1109 Tipo IV IV B 100 1.2 18.8 Quadro Fechado B.A. 8.85 9.10 5.21
168-1
PA Monte dos
174+323 Tipo V VB 100 1.3 19.3 Quadro Fechado B.A. 8.50 7.30 5.10
174-1 Tomazes
PA Monte da
183+206 Tipo V VB 100 3.0 26.5 Quadro Fechado B.A. 8.50 7.30 5.02
183-1 Capela
PA
188+964 --- Tipo V VB 100 1.2 19.0 Quadro Fechado B.A. 8.50 7.30 5.11
188-2
PI
194+462 EM 511 Tipo III III 100 1.2 19.0 Quadro Fechado B.A. 10.62 11.60 5.20
194-2
PA
202+975 --- Tipo V VB 100 4.2 25.8 Quadro Fechado B.A. 8.50 7.30 5.20
202-1
PA
0+787 --- Tipo V VB 100 2.8 25.8 Quadro Fechado B.A. 8.50 7.30 5.08
LC0-1
PA
1+275 --- Tipo V VB 100 3.8 29.3 Quadro Fechado B.A. 8.50 7.30 5.06
LC1-1
PA
1+875 --- Tipo V VB 100 5.8 37.6 Quadro Fechado B.A. 8.50 7.30 5.29
LC1-2
PI
4+354 CM 1109 Tipo IV IV B 100 1.7 20.8 Quadro Fechado B.A. 8.85 9.10 5.05
LC4-1
Nota: PIs /PAs do tipo A – sem terra sobre a laje; do tipo B – com terras sobre a laje.
Regularização Regularização
C 16/20 X0 Cl 1.0 22 S2 -
de Fundações de Fundações
Fundações C 30/37 XC2 Cl 0.4 22 S3 5.0 Fundações
Lajes e Lajes e
C 30/37 XC4 Cl 0.4 22 S3 5.0
Montantes Montantes
Muros de Ala C 30/37 XC4 Cl 0.4 22 S3 5.0 Muros de Ala
4.7.2.4.2 Aços
Vida Útil da Estrutura (NP EN 206-1 - DNA 5.3.1): Categoria 5 (100 anos)
Como se trata de obras novas, o processo construtivo é relativamente simples, onde a principal
atenção recai sobre a segunda fase que corresponde à betonagem da laje superior.
Assim, a execução das obras inicia-se com a escavação por troços até à cota de fundação prevista
no projeto. Se necessário, prevê-se que os trabalhos de escavação recorram à execução de
algumas contenções provisórias e/ou aplicação de betão projetado e de uma malha de armadura
pregada aos taludes. O projeto destas estruturas será desenvolvido pelo Adjudicatário de acordo
Quando a Fiscalização assim o entenda, a escavação poderá fazer-se com recurso a taludes
provisórios escavados com uma inclinação a definir caso a caso em função das condições
geotécnicas locais e com a aprovação prévia da Fiscalização. A realização das escavações poderá
tornar necessária a demolição de muros existentes. Nestes casos, o Adjudicatário e a Fiscalização
deverão decidir sobre a viabilidade e riscos inerentes à demolição destes muros. No caso da
existência de sobre consumo de betão resultante da opção de betonagem “contra o terreno”, este é
da responsabilidade do Adjudicatário, estando considerado na medição da cofragem lateral não
utilizada.
Após a betonagem dos montantes deverá proceder-se à execução da laje de cobertura. Prevê-se
que a betonagem se possa realizar entre juntas de dilatação, com especial atenção ao acabamento
das juntas de betonagem.
Para a PI 157-1, no restabelecimento da EN 254, prevê-se que a laje de cobertura seja betonada
“in-situ” sobre cavalete ao solo dotado de asnas metálicas sobre a EN 254, para permitir o tráfego
rodoviário durante a execução da obra, caso não efetuado o desvio provisório da estrada.
Todos os aterros e blocos técnicos previstos serão feitos em simultâneo e simetricamente de forma
a prevenir eventuais desequilíbrios de impulsos não previstos na verificação da segurança da
estrutura.
Os trabalhos a executar em último lugar correspondem: i) à realização dos aterros e dos blocos
técnicos de acordo com o definido do projeto específico, e ii) à execução dos restabelecimentos
inferiores, montagem de vedações e iii) arranjos finais da zona da obra.
A Nova Ligação Ferroviária entre Évora Norte e Elvas/Caia, terá um impacto na rede viária
existente, constituindo uma barreira à travessia de pessoas e veículos nas condições que
atualmente se processa. Foi assim necessário assegurar o restabelecimento das ligações de forma
a garantir uma rede integrada e coesa no meio onde se insere.
Foi restabelecida toda a rede de caminhos existentes afetada pela nova via-férrea, inserida numa
vasta área de ocupação predominantemente agrícola, de forma a minimizar os impactes
socioeconómicos resultantes do efeito barreira da infraestrutura e da alteração da rede viária. As
características geométricas do traçado dos restabelecimentos variam em função do tipo e
importância dos mesmos na rede viária, bem como da topografia do terreno em que irá ser efetuada
a respetiva implantação. Os atravessamentos à via-férrea foram constituídos por passagens
desniveladas.
Tendo em conta o cadastro da zona afetada e a respetiva poligonal de expropriação, foram também
previstas as necessidades de Caminhos Paralelos, os quais se desenvolvem geralmente
paralelamente à via-férrea, exterior ao Caminho de Serviço, ao longo das cristas e pés de talude da
via-férrea.
Foram previstos 34 restabelecimentos que repõem a circulação local, interrompida pelo traçado da
via, através de passagens superiores.
Vias pertencentes à rede principal, secundária e local. Em todas as intersecções com este
tipo de vias procurou-se que a execução da obra de arte e do restabelecimento
minimizassem os desvios provisórios garantindo-se às restrições associadas ao traçado
destas rodovias.
Velocidade
Tipo Designação PTT Descrição
base
A plataforma terá uma largura total de 12,00 m, sendo constituída
por:
Estradas Nacionais Uma faixa de rodagem com 7,00 m com uma via por sentido
I 80 7/12
Importantes e IP/IC com 3,50 m de largura cada
Duas bermas direitas com 2,50 m de largura cada totalmente
pavimentadas
Adaptação a
Rest 129-1 CR 127,34 PS 129-1 129+268 V 0,5+2,0+2,0+0,5 95
fauna e gado
Adaptação a
Rest 133-1 CR 696,66 PS 133-1 133+156 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100
fauna
Adaptação a
Rest 141-1 CR 171,70 PS 141-1 141+343 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100
fauna e gado
Adaptação a
Rest 142-1 CR 485,51 PS 142-1 142+024 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100
fauna e gado
Adaptação a
Rest 145-1 CR 376,08 PS 145-1 145+556 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100
fauna e gado
Adaptação a
Rest 146-1 CR 369,98 PS 146-1 146+805 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100
fauna e gado
Adaptação a
Rest 149-2 CR 390,84 PS 149-2 149+703 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100
fauna
Adaptação a
Rest 150-1 CR 335,97 PS 150-1 150+905 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100
fauna
fauna
Adaptação a
Rest 155-1 CR 328,07 PS 155-1 155+238 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100
gado
Adaptação a
Rest 160-1 CR 193,51 PS 160-1 160+766 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100
fauna e gado
Adaptação a
Rest 161-1 CR 442,97 PS 161-1 161+593 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100
fauna e gado
Adaptação a
Rest 167-1 CR 394,70 PS 167-1 167+904 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100
fauna e gado
Adaptação a
Rest 175-1 CR 189,48 PS 175-1 175+014 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100
fauna
Adaptação a
Rest 180-1 CR 195,61 PS 180-1 180+730 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100
gado
Adaptação a
Rest 197-1 CM 1128 350,00 PS 197-1 197+786 V 0,5+2,0+2,0+0,5 74
peões
Relativamente às obras de arte inferiores, estão contempladas 23 obras, 6 passagens inferiores (PI)
e 17 passagens agrícolas (PA), numa extensão total de cerca de 8400 m. No quadro seguinte
apresentam-se os restabelecimentos previstos e as suas características principais.
km de Z de Classificação Perfil km de Z de
Designação Perfil Transversal Extensão VIÉS
Designação intersecção intersecção da via Tipo Transversal intersecção intersecção
da OA Restabelecimento ( m) (grados)
Rest. Rest. restabelecida Via Férrea Via Férrea Via Férrea
Rest 130-1 0+033.076 250.966 P.A. 130-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 14.2 130+500.000 261.503 68.030 100.0000
Rest 136-1 0+024.351 236.914 P.A. 136-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 14.2 136+825.000 243.993 54.369 100.0000
Rest 137-1 0+233.011 233.841 P.I. 137-1 C.M. IV 0,5+5,5+0,5 14.2 137+000.000 241.805 436.148 100.0000
Rest 137-2 0+154.485 228.534 P.I. 137-2 C.M. 1173 IV 0,5+5,5+0,5 14.2 137+452.748 236.146 359.944 100.0000
Rest 143-1 0+030.135 237.270 P.A. 143-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 14.2 143+212.056 244.948 68.017 100.0000
REST 157-1 0+115.183 267.163 P.I. 157-1 E.N. 254 II 1,5+7,0+1,5 14.2 157+182.695 279.843 235.445 49.9397
REST 162-1 0+031.027 244.830 P.A. 162-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 14.2 162+831.236 252.406 67.597 100.0000
REST 163-1 0+427.089 255.145 - E.N. 373 II 1,5+7,0+1,5 14.2 163+955.116 265.002 981.492 -
REST 168-1 0+247.372 285.642 P.I. 168-1 C.M. 1109 IV 0,5+5,5+0,5 14.2 168+610.363 293.615 515.405 100.0000
REST 170-2 0+109.863 267.557 - C.M. 1145 IV 0,5+5,5+0,5 14.2 170+564.880 276.578 209.740 -
REST 174-1 0+335.333 225.632 P.A. 174-1 C.R. V 0,5+4,0+0,5 14.2 174+323.875 233.613 291.614 100.0000
REST 179-1 - - - C.P. VI 0,5+2.5+0,5 - - - 141.296 -
REST 183-1 0+054.418 178.918 P.A. 183-1 C.R. V 0,5+4,0+0,5 14.2 183+206.774 188.911 265.250 100.0000
REST 184-1 0+031.118 206.326 P.A. 184-1 C.R. V 0,5+4,0+0,5 14.2 184+861.052 213.726 100.000 100.0000
REST 187-1 0+076.940 222.471 P.A. 187-1 C.R. V 0,5+4,0+0,5 14.2 187+116.000 230.833 164.352 96.5123
REST 188-2 0+117.482 227.070 P.A. 188-2 C.A. V 0,5+4,0+0,5 14.2 188+964.524 234.658 353.051 100.0000
REST 190-1 0+180.649 222.589 P.A. 190-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 30.1 190+167.867 232.251 345.227 100.0000
REST 192-1 0+212.331 236.604 P.A. 192-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 14.2 192+662.739 244.983 350.750 100.0000
REST 194-1 - - - C.A. V 0,5+4,0+0,5 - - - 376.513 -
REST 194-2 0+157.247 218.781 P.I. 194-2 EM511 III 1,0+6,0+1,0 14.2 194+462.813 227.352 516.284 100.0000
REST 201-1 0+047.044 206.771 P.A. 201-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 9.2 201+881.513 218.735 124.475 100.0000
REST 202-1 0+166.769 212.141 P.A. 202-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 10.7 202+975.000 223.361 336.330 100.0000
REST LC 0-1 0+029.298 202.114 P.A. LC0-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 14.2 0+787.797 211.505 68.370 100.0000
REST LC 1-1 0+028.071 197.471 P.A. LC1-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 14.2 1+275.000 207.791 63.983 100.0000
REST LC 1-2 0+084.577 188.273 P.A. LC1-2 C.A. V 0,5+4,0+0,5 14.2 1+875.000 200.900 189.079 100.0000
REST LC 2-1 0+311.337 191.472 - A.E III-A 0.5+6.0+0.5 14.2 2+715.997 202.146 666.704 28.9769
Rest LC 2-2 0+356.405 191.061 - CM III-A 0.5+6.0+0.5 14.2 2+819.535 201.848 616.111 29.0341
REST LC 3-1 0+027.403 188.091 P.A. LC3-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 14.2 3+243.776 197.486 58.234 100.0000
REST LC 4-1 0+215.722 178.410 P.I. LC3-1 CM1109 IV 0,5+5.5+0,5 14.2 4+354.084 186.763 381.569 100.0000
No âmbito deste projeto e também para efeitos de inspeção e manutenção foi considerado um
caminho para acesso a Subestações e a Edifícios Técnicos.
As Instalações Fixas de Tração Elétrica são compostas pelas instalações de Catenária, de Energia
de Tração (Subestações, Postos de Autotransformador e toda a restante aparelhagem de corte,
seccionamento, medida e proteção da catenária) e do Retorno de Corrente de Tração, Terras e
Proteções.
4.9.1 Catenária
A nova linha Évora Norte – Elvas/Caia terá uma velocidade de operação até 250 km/h. Para atingir
o nível de desempenho pretendido foi desenvolvido um novo sistema de catenária apto para
velocidades de exploração até 300 km/h, designado por LP300.
LIGAÇÃO FERROVIÁRIA ÉVORA-CAIA
VOLUME 0 – APRESENTAÇÃO GERAL
F-LE039-EVN.BLE.T0.PR.CA.GR.AG.00 102 / 156
O sistema de catenária LP300 foi submetido a um processo de verificação CE de interoperabilidade
tendo obtido a declaração verificação intermédia (DVI) a 06/09/2016 que atesta o cumprimento dos
requisitos na fase de conceção.
No âmbito do presente projeto são considerados dois tipos de catenária, a LP12 com uma
velocidade máxima de operação de 220 km/h, em utilização na Rede Ferroviária nacional há mais
de 20 anos, e a LP300 com uma velocidade máxima de operação de 300 km/h.
A catenária LP12 será aplicada nos troços de ligação com a linha de Évora e com a linha do Leste
(aproximadamente 3 km) e a LP300 no restante troço (aproximadamente 76 km).
Vão máximo – 63 m.
Vão máximo – 63 m.
As consolas da LP12 e LP300 serão constituídas em tubos de aço galvanizado. Os isoladores serão
geralmente do tipo cerâmico exceto nas zonas de vandalismo onde se considerará do tipo sintético.
As vigas para suporte da catenária serão do tipo HE. Para minimizar a diversidade de perfis a
aplicar, que terá benefícios diretos tanto na execução da obra como para a manutenção, decorrente
da experiencia acumulada de projeto, apenas serão utilizados 4 perfis diferentes: HEA200; HEB220;
HEB260; HEB320.
As vigas terão uma base soldada que serão fixadas aos maciços através de pernos roscados – tipo
cércea, permitindo um melhor faseamento e melhores rendimentos em obra. Tipicamente serão
usadas as bases e cérceas definidas no normativo de catenária da IP. O número de pernos e
dimensão da base/cércea depende dos esforços aplicados.
Em plena via o feeder será sempre montado do lado do campo, exceto nas pontes e viadutos em
que será montado para o lado da via. Nas estações técnicas o feeder será montado nos postes da
via principal.
O Cabo de Terra Aéreo (CdTA) é um dos elementos que constitui o sistema de Retorno de Corrente
de Tração, Terras e Proteções (RCT+TP). Tem como função, em conjunto com restantes
componentes do RCT+TP, assegurar um caminho para a corrente de retorno do sistema de tração
e criar um ambiente seguro para pessoas e equipamentos contra os fenómenos eletromagnéticos
que existem devido à eletrificação ferroviária. Todos os postes de catenária serão ligados entre si
por um cabo de terra aéreo de alumínio-aço de 93,3 mm2 de secção. A cota de fixação do CdTA ao
poste será tipicamente 20 cm abaixo da fixação do tirante (consola simples).
Na zona dos aparelhos de mudança de via das estações os espaços para implantação dos postes
são usualmente reduzidos recorrendo-se por essa razão às montagens em pórtico ou postes para
duas vias atirantados. Nestas situações as consolas são fixadas a postaletes. Os pórticos serão do
tipo autoportantes constituídos por vigas verticais em perfil HE320B e viga horizontal em treliça.
Neste projeto está prevista a colocação de 8 pórticos (2 na ET1 e ET3 e 4 na ET2).
Atendendo às definições apresentadas nos pontos anteriores, o perfil tipo da catenária em plena via
é o apresentado na figura seguinte. Os cabos de energia ficarão a uma altura, em relação ao plano
de rolamento de:
Nas montagens em obra de arte, a colocação do feeder terá de ser para o lado da via.
Considerando que a guarda de ar entre o feeder e a consola terá de ser no mínimo 0,80 m, em obra
de arte o feeder ficará instalado a uma altura de aproximadamente 7,6 m. Os restantes cabos
mantêm as mesmas cotas.
O sistema RCT+TP é um dos componentes das Instalações Fixas de Tração Elétrica a par das
instalações de Energia de Tração (Subestações, Postos de Autotransformador e toda a restante
aparelhagem de corte, seccionamento, medida e proteção da catenária) e da Catenária. No capítulo
3 do Tomo 11.2 – Retorno de Corrente de Tração Terras e Proteções é apresentada a descrição
geral do sistema de alimentação de energia.
Uma área segura, no que respeita às tensões de passo e de contacto, tanto para os
passageiros como para aqueles que trabalham na via, em funcionamento normal do sistema
ou em situação de defeito, cumprindo com os limites estipulados nas normas em vigor;
A proteção das estruturas de construção civil contra as influências das correntes de retorno
de tração.
A SST Alandroal terá um modo exploração bifásico com uma potência de serviço de 32 MVA,
determinada de acordo com a classe de carga da IXB da EN 50329. Este transformador tem uma
potência de regime permanente de 21,2 MVA.
A eletrificação do troço Évora Norte – Elvas/Caia será realizada no sistema de corrente alternada a
2x25 kV / 50 Hz. Este troço será alimentado pela nova Subestação de Tração (SST) do Alandroal a
construir no troço Évora Norte – Caia. O cenário final está estimado para 2045. A definição da
solução de alimentação de energia à catenária requer uma análise integrada e de rede
considerando as instalações e eletrificações existentes na periferia. Atualmente a eletrificação
termina na estação de Évora. O cenário de eletrificação inicial preconiza a extensão da rede
eletrificada a partir da estação de Évora até à fronteira com Espanha na Linha do Leste.
SST Pegões
Elvas ZSS*
Linha do Leste
SST Alandroal
Vendas Novas
ZSS*
ZN Vendas ZN
Linha Évora-Caia
Novas
ZN Évora
Li n
ha
do
Ale
Évora
n
te j o
ra
o
ZN Casa Fase 2
Branca Casa Zona Neutra (ZN) / Zona de Separação de Sistema (ZSS) fora de serviço
Branca * localização a acordar com a ADIF
SST Pegões
Elvas ZSS*
Linha do Leste
Vendas Novas
ZSS*
ZN ZN
Linha Évora-Caia
Li n
ZN Évora
ha
do
Ale
Évora
n
te j o
ra
o
SST Pegões II
Év
de
No cenário inicial a SST Alandroal efetuará a alimentação das catenárias entre a Zona Neutra (ZN)
de Casa Branca e a fronteira na linha do Leste. O troço de linha entre a ZN Casa Branca e a
Estação de Évora já se encontra eletrificado e é alimentado provisoriamente a partir da SST
Pegões.
O troço Évora Norte – Elvas/Caia termina numa bifurcação com a linha do Leste. A ligação deste
troço à estação de Elvas será realizada através da Concordância de Elvas, conforme figura
seguinte.
ESPANHA
a s PK 0,0
PK 201,0
Linha Caia
PK 0,0
ZSS*
SST Alandroal
Fase 1
Linha Évora-Caia
Fase 2
* localização a acordar com a ADIF
PK 179,2
A eletrificação do troço Évora Norte – Elvas/Caia será realizada essencialmente no sistema 2x25 kV
com Autotransformadores (vide figura seguinte). O troço entre Vendas Novas e a estação de Évora
já se encontra eletrificado e preparado para o sistema 2x25 kV sendo necessário instalar os Postos
Autotransformador. A linha do Leste, a ligação à linha do Leste e a Concordância do Leste serão
eletrificadas a 25 kV.
SST Pegões
Elvas ZSS*
Linha do Leste
SST Alandroal
Vendas Novas
ZN Vendas
Novas
Li n
Linha Évora-Caia
ha
ZN Évora ZN
do
Ale
n
Évora
te j o
Catenárias 25 kV
ha
Autotransformador
Li n
Linha já eletrificada
ZN Casa Casa Zona Neutra
Branca * localização a acordar com a ADIF
Branca
Assim, no âmbito do projeto da infraestrutura apenas se considera a execução dos terraplenos para
as áreas necessárias à instalação da subestação de tração e postos autotransformador e respetivos
acessos.
Quadro 25 – IFTE – Energia de Tração – Instalações de Energia de Tração (SST, PAT e PAT -ZN)
14x14m
Posto Autotransformador 5 129+720 Direito
196m2
14x14m
Posto Autotransformador 6 138+825 Direito
196m2
28x14m
Posto Zona Neutra com Autotransformador 148+075 Direito
392m2
14x14m
Posto Autotransformador 7 157+510 Direito
196m2
14x14m
Posto Autotransformador 8 168+534 Direito
196m2
105x70m
Subestação do Alandroal 179+220 Esquerdo
7350m2
14x14m
Posto Autotransformador 9 188+070 Direito
196m2
14x14m
Posto Autotransformador 10 195+998 Direito
196m2
14x14m
Posto Autotransformador (transfronteiriço) (4+335) Direito
196m2
4.10.1 Arquitetura
4.10.1.1 Edifícios
Prever espaços para estacionamento de viaturas ligeiras dentro dos recintos vedados;
Assegurar que cada sala técnica possui abertura direta para o exterior, tendo em conta que
o acesso às salas será condicionado a entidades distintas.
Propõe-se que os edifícios se desenvolvam num único piso, com linhas marcadamente horizontais
e contemporâneas.
Nos alçados principais - onde se localizarão as portas exteriores metálicas de acesso às salas
técnicas e que ficarão genericamente voltados a Sul - propõe-se a criação de uma pala em betão
aparente, que sirva de elemento agregador e harmonizador daquele alçado, permitindo
simultaneamente a constituição de uma área abrigada dos elementos climatéricos junto às entradas
dos vários compartimentos interiores.
Nos alçados tardoz - que ficarão genericamente voltados a Norte - propõe-se a criação de vãos com
2,5 m de largura por 1,0 m de altura, vãos esses que serão protegido contra a intrusão por um
gradão metálico. Estes vãos servirão para iluminação das salas técnicas, bem como para a
ventilação natural das instalações sanitárias e das salas de apoio à exploração.
Propõe-se que as unidades exteriores de AVAC sejam integradas num compartimento exterior
grelhado.
Duche - - 1.3m²
Vestiário - - 5.2 m²
Copa - - 6.2m²
No recinto prevê-se uma área, entre o portão de acesso e o edifício, pavimentada com agregado
britado de granulometria extensa, limitada por lancis de betão, e que incorpora uma zona de
estacionamento com capacidade para 4 viaturas.
Em torno do edifício prevê-se uma faixa de 1,5 m de largura, pavimentada com pré-fabricados de
betão.
O acesso rodoviário ao recinto é feito a partir de caminho público e portão de 2 folhas. Será ainda
garantido o acesso pedonal ao passeio de via através de porta de homem a incorporar na vedação.
4.10.2 Estruturas
4.10.2.1 Regulamentação
4.10.2.2 Condicionamentos
b) Condicionamentos de Utilização.
Relativamente às fundações, em função dos valores estimados, admite-se uma solução em que os
pilares e paredes de betão armado estão fundados em sapatas diretas ligadas entre si por vigas de
fundação.
As águas pluviais das coberturas dos edifícios são recolhidas através de sumidouros ligados a
tubos de queda que as descarregam na área pavimentada em torno do edifício, de onde se
encaminham livremente para o terreno.
A pendente da área pavimentada e zona de estacionamento está feita de forma que as águas se
encaminhem para o sistema de drenagem do caminho de acesso.
Nas áreas remanescentes, são previstos drenos junto aos muretes da vedação nos pontos baixos,
os quais recolhem as águas superficiais e infiltradas e as encaminham para o exterior do recinto.
Considerando que apenas o ET3 terá instalações sanitárias (1 duche, 1 sanita, 1 lavatório) e copa
(1 lava-loiça), o abastecimento de água e drenagem de águas residuais só existe para este edifício.
As soluções consideradas resultam da localização do edifício e da não existência de redes públicas
que possam servir o mesmo. Em qualquer dos casos será prevista a possibilidade de se efetuar,
posteriormente, uma ligação á rede pública se ela se tornar viável.
O abastecimento de água será garantido por depósito pré-fabricado a instalar no interior do edifício,
em compartimento próprio para o efeito. A este depósito estará associado um grupo hidropressor
que garantirá a pressão necessária na rede. As tubagens serão em aço inox, quando á vista e
multicamada, quando embebida nas paredes.
A drenagem de águas residuais será gravítica e assegurada por uma fossa sética e respetivo poço
absorvente, localizados no interior do recinto e dimensionados em função da utilização prevista do
edifício e das características dos solos envolventes. A tubagem será em PVC.
Instalações Elétricas:
Instalações de Segurança:
Instalações de Telecomunicações:
o Infraestrutura ITED;
o Sistema de Gestão Técnica das Instalações (SGTI).
4.10.4.1 Legislação
Na seleção das soluções técnicas adotadas para as diversas instalações houve a preocupação de,
dentro dos níveis de fiabilidade e segurança exigíveis, recorrer a critérios de minimização de custos,
tanto no que se refere a investimento inicial como de exploração e manutenção.
A alimentação de energia aos edifícios técnicos será feita em baixa tensão, a partir da Rede de
Distribuição Pública, considerando as seguintes potências elétricas:
Em cada edifício existirá uma portinhola e caixa do tipo A (caixa de TI’s + Contador de Energia), no
limite do recinto, junto ao portão, de onde sairá o cabo de alimentação do quadro elétrico geral do
edifício técnico (QGET). Do QGET sairá a alimentação dos restantes quadros elétricos parciais,
conforme descrito na Nota Técnica da IP.
A contagem de energia será feita diretamente da via pública, sem necessidade de aceder ao interior
do edifício/zona vedada/plataforma de passageiros. Por forma a permitir a monitorização e
LIGAÇÃO FERROVIÁRIA ÉVORA-CAIA
VOLUME 0 – APRESENTAÇÃO GERAL
F-LE039-EVN.BLE.T0.PR.CA.GR.AG.00 118 / 156
imputação de consumos pela IP, a alimentação do Quadro da Sala de Equipamento de
Telecomunicações (Q.SET) possuirá uma equipa eletrónica de contagem de energia elétrica,
própria para montagem em calha DIN no QGET.
O seu dimensionamento foi feito de modo a suportar todos os circuitos previstos para a sua área de
influência e ainda um adicional de 30% de reservas não equipadas, prevendo futuras ampliações.
Todos os disjuntores que protejam circuitos vitais para a exploração ferroviária, tais como quadros
parciais, centrais de deteção, unidades de ar condicionado, etc., serão dotados de contactos
auxiliares livres de tensão para sinalização remota de avaria (nomeadamente via SGTI ou SCADA),
sendo estes devidamente cablados e reunidos em régua de bornes nos respetivos quadros.
Todos os circuitos de saída disporão de proteção térmica e eletromagnética individual, garantida por
disjuntores com poder de corte adequado, face à corrente de curto-circuito prevista no local, não
sendo inferiores a 6KA (IEC898).
Todos os quadros montados no exterior serão equipados com sistema de regulação térmica ativa
(resistências de aquecimento) ou passiva (grelhas/respiradouros para ventilação natural), de modo
a impossibilitar o desenvolvimento de condensações no seu interior. Serão igualmente equipados
com uma tomada de painel, monofásica com polo de terra.
Estão previstas infraestruturas para caminho de cabos com recurso a poços de cabos, caleiras
técnicas, esteiras metálicas e tubagem, por forma a encaminhar todos os cabos.
Os caminhos de cabos serão separados consoante a função a que se destinam, devendo existir um
caminho para circuitos de “correntes fortes” (energia) e outro para circuitos de “correntes fracas”
(telecomunicações, comandos, alarmes, etc.).
Está prevista uma rede geral de terras única, garantindo no seu conjunto um valor óhmico da
resistência de terra seja inferior a 1 ohm em qualquer altura do ano.
Para isso será estabelecido um anel de terra exterior, que circundará os edifícios, enterrado
diretamente no solo a 1,0 m do mesmo, de modo a minimizar as tensões de passo, executado em
fita de aço cobreado 30 x 3,5 mm com 70 μm de recobrimento, reforçado pontualmente por varões
de aço cobreado (elétrodos) com 2000 x 15 x 0,7 mm (comp. x diâm. X espess. de recobrimento).
Todas as peças metálicas livres de potencial, suscetíveis de serem tocadas pelas pessoas, serão
ligadas à terra de proteção.
Será ainda assegurada a ligação à terra de outros elementos metálicos, mesmo que não
empunháveis, como é o caso das armaduras metálicas das estruturas de betão, com vista a se
garantir a maior equipotencialização possível e minimizar eventuais fenómenos de corrosão
eletrolítica nas armações de ferro.
Uma exterior à instalação, destinada a captar e a conduzir à terra qualquer raio incidente
proveniente de uma descarga atmosférica;
Todos os aparelhos de Iluminação, exceto os de classe II, serão ligados aos condutores de terra.
De uma forma geral será empregue de armaduras de iluminação próprias para lâmpadas
fluorescentes tubulares da nova geração T5, equipadas com balastros eletrónicos.
A iluminação na Sala de Comando assegurará um elevado nível de acuidade e conforto visual aos
utilizadores que nela operarão, especialmente no tocante ao encadeamento e sensibilidade ao
contraste, de acordo com a ISO 11064-6:2003. Esta sala será dotada de regulação de fluxo
luminoso.
Na instalação deverá ser levado em linha de conta o sentido de abertura das portas, para que
estas, quando abertas, de uma forma geral, não ocultem ou danifiquem os órgãos de comando da
iluminação.
Os circuitos de alimentação dos aparelhos de iluminação não terão secção inferior a 1,5 mm2.
Serão protegidos nos quadros elétricos onde têm origem, por intermédio de disjuntores
magnetotérmicos e por interruptores de corrente de defeito sensíveis à corrente diferencial residual,
de média sensibilidade (300 mA), para proteção de pessoas contra contactos indiretos.
O tipo e a localização dos aparelhos de iluminação, terão em linha de conta a proteção contra
ações de vandalismo, através de um IK elevado e colocação das mesmas inacessíveis, e um IP
adequado aos locais onde irão ser instalados.
Serão montadas em torres com coroa móvel “sob e desce” ou em colunas metálicas basculantes
(sempre que a altura for superior a 5 m).
Os circuitos de alimentação dos aparelhos de iluminação não terão secção inferior a 1,5 mm2.
Serão protegidos nos quadros elétricos onde têm origem, por intermédio de disjuntores
magnetotérmicos e por interruptores de corrente de defeito sensíveis à corrente diferencial residual,
de média sensibilidade (300 mA), para proteção de pessoas contra contactos indiretos.
Estes aparelhos serão alimentados por circuitos independentes dos restantes circuitos de
iluminação normal, tendo um circuito independente por cada percurso de saída. Terão em placa
própria para o efeito, pictograma de acordo com a sua localização em relação às saídas do edifício.
Os pictogramas a adotar serão de acordo com a legislação em vigor.
Os aparelhos serão do tipo não permanentes, com exceção dos blocos a instalar na Sala de
Comando que serão do tipo permanentes.
Serão instaladas tomadas conforme indicações na Nota Técnica da IP, com o mínimo de uma
tomada por parede.
As tomadas serão, na sua generalidade, do tipo “Schuko”, com polo de terra, 10/16A, próprias para
montagem em caixa de aparelhagem embebida de fundo duplo ou simples, com índices de
proteção adequados aos locais onde forem instaladas, sendo montadas a 0,30 m do pavimento,
com exceção dos casos indicados na Nota Técnica da IP.
Todas as tomadas serão dotadas de alvéolos protegidos (“tomadas com obturadores”), de acordo
com as secções 801.2.1.6 e 801.5.6.4 das RTIEBT.
Sinalização remota de alarme e avaria, via supervisão técnica da IP, das seguintes
ocorrências:
o Alarme de incêndio;
o Falha da alimentação 230V;
o Falha da bateria;
o Avaria de dispositivos de deteção.
Todos os comandos e sinalizações despoletadas pela CDI serão executados a cabo resistente ao
fogo e isento de halogéneos, do tipo JE-H(St)H FE180/E30.
A transmissão remota de alarmes será feita à Central de Segurança 24h/24h da IP, via plataforma
SCADA da supervisão técnica, sendo para tal estabelecido um cabo do tipo JE-H(St)H 5x2x0.8mm2
FE180/E30 entre a CDI e o bastidor de dados da IP DAT / IP Telecom.
Prevê-se a instalação de contactos magnéticos em todas as portas de acesso ao exterior, para que
remotamente seja feito o controlo de acessos ao edifício, através de visualização e/ou registado no
CCO/Central de Segurança da IP.
As suas áreas não devem ser inferiores ao valor dada pela expressão A≥d2/2000 em que “A” é área
da placa, a distância a que deve ser vista, nunca inferior a 6 m e superior a 50 m devem ser em
material rígido e foto luminescente.
As placas devem ficar salientes em relação aos elementos de construção, colocadas a uma altura
entre os 2,1 e 3 m o próximo das fontes luminosas, mas não colocadas sobre os aparelhos e nas
vias de evacuação perpendiculares ao sentido da fuga.
Apenas será considerada a Rede de Tubagem e de Pares de Cobre, com ligação ao ATI/Bastidor
da IP DAT / IP Telecom, a localizar na Sala de Equipamento de Telecomunicações.
Prevê-se Rede de Tubagem para passagem de cabos entre a antena e a Sala de Equipamento de
Telecomunicações.
O SGTI terá como principais funções, e de uma forma não exaustiva nem limitativa, as seguintes:
4.10.5.1 Climatização
A climatização dos diversos espaços dos edifícios, será efetuada por sistemas reversíveis (bomba
de calor) tipo Mono-Split e Multi-Split a dois tubos, sendo cada um dos sistemas dedicado e
Nos espaços a climatizar, optou-se por uma solução de unidade interior do tipo mural, ficando estas
instaladas junto ao teto, sendo a insuflação e retorno efetuadas pela própria unidade. A UI recebe o
ar do interior da sala, sendo filtrado, aquecido ou arrefecido para depois ser insuflado no espaço.
A unidade de climatização (UE) será interligada com a UI associada por meio de tubagem frigorífica
em cobre, desoxidado e desidratado, espessura mínima de 0,8 mm, estando os traçados da
tubagem e o seu calibre e demais características construtivas de acordo com as indicações do
fabricante.
Toda a tubagem de refrigeração será dotada de isolamento térmico de modo a não se verificar
perdas térmicas, condensações e aparecimento de zonas frias e/ou quentes, devido às
temperaturas de distribuição.
O fluido refrigerante utilizado R410a é de alta eficiência, baixo impacto ambiental e baixo potencial
de destruição da camada de ozono (ODP).
O controlo das unidades interiores (UI’s) é individual, sendo possível ligar/desligar a climatização da
zona, e/ou regular, as suas condições, conseguindo deste modo, um maior conforto no interior dos
diversos espaços.
A climatização especifica das salas de telecomunicação dos diversos edifícios, será efetuada por
sistema reversível (bomba de calor) tipo Mono-Split a dois tubos, sendo instalados dois aparelhos
de ar condicionado do tipo “split mural”, do tipo Inverter em cada sala, e debitando cada um, uma
potência frigorífica necessária para climatizar toda a área da sala. Os splits têm um funcionamento
redundante e alternado: em caso de avaria de um deles, o outro assume individualmente a
climatização da sala.
A extração das instalações sanitárias e balneários será efetuada individualmente por intermédio de
ventiladores do tipo “Ventax”, instalados no interior da respetiva instalação sanitária. Os
ventiladores são ligados a uma rede de condutas em aço galvanizado do tipo Spiro.
Nas instalações sanitárias, serão instalados os ventiladores de extração, sendo estes ligados a
redes de condutas Spiro, estas por sua vez, encaminham o ar viciado para o exterior. O comando
será efetuado por comutador do tipo interruptor, instalado ao lado do interruptor da luz da respetiva
LIGAÇÃO FERROVIÁRIA ÉVORA-CAIA
VOLUME 0 – APRESENTAÇÃO GERAL
F-LE039-EVN.BLE.T0.PR.CA.GR.AG.00 126 / 156
instalação sanitária. Os ventiladores serão equipados com temporizador, a fim de poderem
funcionar durante 60 seg, após serem desligados.
A admissão de ar de compensação será efetuada de forma natural através das frestas das portas,
uma vez que estas são subidas 1,0 cm em relação ao pavimento. O diferencial de pressão criado
pelas unidades de ventilação provocará neste caso, uma renovação do ar nos diversos espaços.
4.11.1 Sinalização
A nova linha Évora-Caia integra o Corredor Atlântico, o único dos nove corredores da rede principal
definidos no âmbito da Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T) que Portugal integra. No
âmbito técnico da componente Sinalização para o troço, está prevista a instalação do Sistema
Europeu de Gestão de Tráfego ERTMS/ETCS (European Rail Traffic Management System /
European Train Control System) nível 2.
O nível 2 do sistema ERTMS/ETCS possui a bordo um sistema de rádio que permite ao computador
de bordo comunicar com o centro de controlo. Na infraestrutura são instaladas balizas que servem
como indicadores eletrónicos de posição. Os sistemas de deteção enviam a posição do comboio ao
centro de controlo que determina autorizações de movimento e envia-as, via rádio para o comboio.
O computador de bordo calcula então o perfil de velocidade para a autorização de movimento e o
próximo ponto de frenagem.
4.11.2 Telecomunicações
Esta plataforma integra, entre outros, a supervisão e monitorização dos seguintes sistemas:
Rede telefónica de Exploração fixa (RTE-f) - A Rede Telefónica de Exploração Fixa (RTE-f)
é fundamental para garantir a continuidade e disponibilidade do serviço ferroviário.
Sistemas de Controlo de Acessos - Será instalada, em cada uma das salas técnicas, um
sistema de controlo de acesso equivalente ao já instalado noutras salas técnicas.
O GSM-R - Global System for Mobile Communications – Rail, é um dos subsistemas do ERTMS
(European Railway Traffic Management System) que será instalado no âmbito deste
empreendimento.
Neste troço, e conforme exposto no ponto infra relativo ao sistema de Sinalização, o sistema GSM -
R passará a ser condição necessária e fundamental para o funcionamento do ETCS Nível 2, pois
este será responsável por transmitir as autorizações de movimentos desde o centro de Comando
Operacional para os comboios.
Para a identificação dos serviços afetados pelo traçado em estudo, foram adotados os seguintes
procedimentos:
Visita ao campo.
Após identificação das infraestruturas existentes, com vista à obtenção de informações detalhadas
relativas à sua caracterização, procedeu-se ao contacto formal com os diversos organismos e
entidades titulares dos serviços afetados.
Linha de Évora
Associação de
Canal de rega - Elvas-
200+365 Beneficiários do Sob viaduto – sem interferência
Gramicha R3.1
Caia
Associação de
Canal de rega - Elvas-
200+652 Beneficiários do Com projeto de reposição
Gramicha
Caia
Associação de
201+478 Boca de Rega Beneficiários do Com projeto de reposição
Caia
Associação de
Canal de Rega - Elvas
201+900 Beneficiários do Com projeto de reposição
Carrascal R12
Caia
Associação de
Canal de Rega - Elvas
202+560 Beneficiários do Com projeto de reposição
Carrascal
Caia
Associação de
Canal de Rega Elvas-
203+815 Beneficiários do Com projeto de reposição
Carrascal R2
Caia
Associação de
Canal de Rega - Canal de
204+244 Beneficiários do Com projeto de reposição - Pontão
Elvas
Caia
Linha do Caia
Associação de
0+500 (Linha do Canal de rega - Elvas-
Beneficiários do Com projeto de reposição
Caia) Carrascal R12
Caia
Associação de
Canal de Rega - Canal de
1+200 Beneficiários do Com projeto de reposição
Elvas
Caia
Associação de
2+700 Canal de rega - Elvas Fronteira Beneficiários do Sob viaduto – sem interferência
Caia
Associação de
Canal de rega - Elvas
3+150 Beneficiários do Com projeto de reposição
Regadeira R22
Caia
Associação de
Canal de rega - Elvas
4+540 Beneficiários do Com projeto de reposição
Comenda R12
Caia
Tendo por base a informação recebida e confirmada em visita de campo, foram efetuados os
projetos das reposições das adutoras da Águas de Lisboa e Vale do Tejo (AdLVT) e das
infraestruturas da Associação de Beneficiários do Caia (ABCaia).
Ao PK 135+950 a Nova Ligação Ferroviária entre Évora Norte e Elvas/Caia (fronteira com Espanha)
desenvolve-se em aterro e interceta a conduta elevatória CE03 da adução a S. Miguel de Machede.
Para esta conduta em PEAD DN 125 mm PN 10 preconiza-se que o atravessamento fique disposto
perpendicularmente à ferrovia. Para o efeito proceder-se-á à alteração do traçado da conduta. A
conduta em PEAD DN 125 mm PN 10 no troço sob a Linha de caminho -de-ferro será protegida
mecanicamente através do encamisamento com tubagem de aço de DN 500 mm com uma
espessura mínima de 10 mm.
Interceção ao PK 1+200 da Linha do Caia: interceção do canal de Elvas. Canal a céu aberto
de secção trapezoidal de espaldas a 1/1 (H/V) e com as seguintes características:
Inclinação da rasante 0,0004 m/m; largura do rasto – 1,0 m; largura da boca – 4,20 m; altura
de água – 1,25 m; folga – 0,35 m; e altura total – 1,60 m;
Para além das infraestruturas hidráulicas, o Projeto afeta o fornecimento de água às áreas de rega
do aproveitamento hidroagrícola. Apresentam-se de seguida Áreas/Parcelas afetadas e que
implicam a construção de infraestruturas de adução por forma a ser mantido o serviço de
fornecimento de água:
Parcela 13 - A área é beneficiada pela T22B do Canal de Elvas através de uma conduta
elevatória que é intercetada pelo aterro da Linha de Évora entre o PK 202+700 e o PK
203+100;
Ao PK 200+652 da Nova Ligação Ferroviária entre Évora Norte e Elvas/Caia (fronteira com
Espanha) a Linha de Évora desenvolve-se em aterro e interceta o canal de rega a céu aberto de
secção trapezoidal - Elvas Gramicha. Nesta interceção, no troço sob a Linha de caminho-de-ferro,
preconizou-se adequado a transição do canal a céu aberto para canal coberto.
O novo perfil transversal da obra, comportará duas vias eletrificadas, em bitola 1668 mm, com
travessas de betão polivalentes, assentes sobre uma camada de balastro com espessura mínima
de 30 cm sob a face inferior das travessas, medida na prumada dos carris da fila baixa. Além destas
duas vias, comportará ainda o Topo da Linha do Leste.
4.13 Expropriações
Pomar;
Montado de Azinho;
Eucaliptal;
Horta/Quintal;
Olival Intensivo;
Olival Tradicional;
Pinhal Manso;
Montado de Sobro;
Vinha.
Foram assim consideradas duas áreas distintas, uma relacionada com as classes de ocupação, que
perfaz 4.573.630 m2 e outra, apenas relativa a benfeitorias e/ou logradouros Industriais, área essa
que não ultrapassará os 21 370 m2 sendo que mais de 90% deste valor se refere a logradouros
afetados. Somando as duas áreas atingimos um valor global de 4 595 000 m2.
Refira-se que 1/3 da zona total de expropriação corresponde a área de montado de azinho.
Também relevantes, encontramos as culturas arvenses de sequeiro. Se considerarmos as CAS de
Também pelo impacto económico que envolvem, tanto a afetação das culturas arvense no regadio
do Caia como das vinhas e pomares, recém instalados, e já em plena produção, representam um
valor muito significativo.
São parte interveniente no Projeto para a “Elaboração do Projeto de Execução da Nova Ligação
Ferroviária entre Évora Norte e Elvas/Caia (fronteira com Espanha)”, as empresas ou
Consórcios responsáveis pelos contratos celebrados com a Infraestruturas de Portugal, S.A. (IP),
indicados no quadro abaixo:
Nele são integrados os princípios gerais de prevenção, que constituem a metodologia da prevenção
de riscos profissionais estabelecida na Lei nº 102/2009, de 10 de Setembro, que obedece à
hierarquia dos seguintes princípios:
Substituir tudo o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso;
Planificar a prevenção dos riscos num sistema coerente que abranja a produção, a
organização e as condições de trabalho;
Para além dos diversos diplomas legais que versam sobre matérias específicas de segurança e
saúde do trabalho, importa, ainda, atender à regulamentação e documentos normativos ferroviários
aplicáveis.
4.14.2.2 Condicionalismos
Por este motivo, interessa assegurar que, durante a fase de realização da obra, sejam tidas em
consideração as interferências do traçado com a rede viária, definindo e estabelecendo, em
condições de segurança, o limite da área de trabalhos, por forma a prevenir e reduzir os riscos que
eventualmente possam existir para as circulações rodoviárias, ferroviárias e pedonais existentes.
Além daquelas, está previsto a demolição do Pontão existente sobre o Canal de Elvas, ao PK
269+320 na Linha do Leste e a construção de um Pontão novo, o que implicará a suspensão de via-
férrea para minimizar o período de interdição da Linha do Leste.
Diversas Obras de Arte situam-se nas proximidades de vias rodoviárias em funcionamento, o que
foi salvaguardado na fase de conceção das obras. Do mesmo modo, foram também analisadas, e
contempladas, as interceções com infraestruturas em serviço (aéreas e subterrâneas).
4.14.2.3.1 Traçado
Via dupla;
Velocidades de projeto:
Linha de Évora Norte – Elvas /Caia após aproximadamente o PK 201: 120 km/h;
Estações Técnicas: 3
Os Viadutos com menor extensão são os viadutos sobre a A6/IP7 e de Machede com 112 m e com
119 m respetivamente, os viadutos com maior extensão os viadutos de Pardais e sobre a Ribeira de
Can – Cão com uma extensão de 785 m e 750 m respetivamente.
As obras executadas “in-situ” com recurso a cimbre ao solo. Existem apenas duas situações,
associadas à travessia da Autoestrada A6, onde se preveem estruturas mistas aço -betão, pré-
fabricadas.
As obras são constituídas por soluções em betão armado, com e sem pré-esforço, de três vãos,
betonadas “in-situ” e executadas com recurso a cimbre ao solo.
Preveem-se contudo 23 obras deste tipo, sendo 6 Passagens Inferiores e 17 Passagens Agrícolas,
numa extensão total de cerca de 8.400 m.
As obras são constituídas por quadros de betão armado ou pórticos de vão único, betonados “in-
situ” e executados com recurso a cimbre ao solo.
4.14.2.3.5 Restabelecimentos
Existem ao longo do traçado 63 restabelecimentos de vias, que são intersetadas pela via-férrea,
sendo 34 superiores, 23 inferiores e 6 sem obra de arte associada.
4.14.2.3.7 Eletrificação
A linha será eletrificada na sua totalidade no sistema 2x 25 kV com sistema de catenária LP300 que
permite velocidades até 300 km/h. As linhas secundárias das estações técnicas serão também
eletrificadas na sua totalidade. Em plena via os postes da catenária serão instalados sempre do
lado esquerdo com uma implantação de 3,35 m ao eixo da via (eixo do poste – eixo da via). Nas
estações técnicas os postes de catenária serão instalados de forma a não inviabilizar a futura
duplicação.
A totalidade do troço será equipada com o sistema de Retorno de Corrente de Tração, Terras e
Proteções (RCT+TP) em conformidade com as especificações definidas na IT.GER.002 da IP.
A subestação de tração (400/2x25 kV) será instalada ao PK 179+220 do lado esquerdo. Para o
sistema 2x 25 kV serão também instalados 6 Postos Autotransformador e 2 Postos
Autotransformador de Zona Neutra, espaçados sensivelmente 10 km entre si.
o no canal de Elvas e canal Elvas Gramicha a transição do canal a céu aberto para
canal coberto no troço sob a linha de caminho de ferro;
o nas regadeiras enterradas intercetadas pela linha ferroviária, o troço sob a linha de
caminho de ferro, a substituição da regadeira existente por conduta de PEAD e
protegida mecanicamente através do encamisamento com tubagem de aço de DN
500 mm com uma espessura mínima de 10 mm. A conduta em PEAD ficará fixa à
tubagem exterior mediante a instalação de espaçadores metálicos (aparelhos de
suporte). De forma a permitir o acesso e inspeção das condutas instalada preconiza-
se a execução de câmara de visita com base de betão armado e corpo em anéis
pré-fabricados com diâmetro interno de 1,25 m;
Apresentam-se nos pontos seguintes uma descrição genérica dos trabalhos a realizar.
4.14.2.4.1 Via-Férrea
b) Assentamento de via:
c) Assentamento de AMV’s:
d) Assentamento de AD’s:
Colocação de balastro por baixo das travessas, após elevação das mesmas, para
que fiquem solidamente apoiadas. É executado por máquinas atacadeiras que,
atualmente, asseguram simultânea e automaticamente, além do ataque, o
nivelamento e o alinhamento da via com rigor inferior ao milímetro.
h) Regularização de barras;
i) Esmerilagem preventiva;
j) Piquetagem definitiva;
Colocação de balastro por baixo das travessas do AMV, após elevação das
mesmas, com máquinas atacadeiras.
Desmatação e decapagem;
Escavação:
o Com recursos a meios mecânicos;
o Com explosivos.
Escarificação de solos;
Aterros, endentamentos, camada de sub-balastro e de coroamento;
Fornecimento e colocação dos elementos de drenagem longitudinal;
Fornecimento e colocação de vedações
Impermeabilização e drenagem;
4.14.2.4.4 Restabelecimentos
Limpeza e desmatação;
Saneamento;
Blocos técnicos;
Pavimentação;
Contenções;
Revestimento de taludes;
Vedações.
4.14.2.4.6 Eletrificação
Reaterro.
A construção da Nova Ligação Ferroviária entre Évora Norte e Elvas / Caia (Fronteira com
Espanha) decorrerá em duas etapas temporalmente separadas. A primeira etapa decorrerá entre
2018 e 2020, enquanto que a segunda etapa só terá lugar no próximo quadro comunitário de apoio.
Esta separação temporal resulta não só da gestão dos fundos comunitários disponíveis no atual
Quadro Comunitário de apoio mas também da construção do novo corredor ferroviário do lado
espanhol, o Corredor “Madrid-Extremadura-frontera portuguesa”.
Dado tratar-se de um troço totalmente novo, não existirá interferência com vias ferroviárias em
exploração, à exceção das zonas de ligação à Rede Ferroviária Nacional, nomeadamente, ao km
126 do troço Évora-Évora norte a poente e à Linha do Leste, a nascente.
Esta primeira etapa da intervenção (2018-2020) corresponde à construção de uma via única sobre
uma plataforma para via dupla e decorrerá em duas fases.
De uma forma geral, o faseamento construtivo desta nova infraestrutura será desenvolvido em 2
grandes fases, designadamente:
Independentemente dos períodos de interdição da via e corte geral de tensão elétrica, previstos
neste faseamento para as zonas de ligação acima referidas, em fase de obra e em função das
4.15.1 Fase 1
Durante esta fase, os principais trabalhos a realizar, ao longo de toda a área de intervenção, irão
decorrer em zonas onde não existem vias ferroviárias em exploração, com exceção das zonas de
ligação, pelo que apenas nestas áreas decorrerão trabalhos que irão provocar constrangimentos na
exploração ferroviária, estando prevista a sua execução em períodos de interdição.
Especificamente para as zonas de ligação, os principais trabalhos a decorrer com interdição de via,
serão a compatibilização, a nível de terraplenagem e drenagem, entre as atuais plataformas
ferroviárias e a nova plataforma. Dada a pequena zona de interferência, entre as duas plataformas,
para além das interdições, não se entendeu necessário considerar a instalação de entivações
Em termos temporais prevê-se que o concurso para a execução desta etapa se inicie no final do
presente ano, sendo que a execução física dos trabalhos irá ocorrer entre junho de 2018 e
dezembro de 2019.
4.15.2 Fase 2
Durante esta fase, os principais trabalhos a realizar, ao longo de toda a área de intervenção, irão
decorrer sobre a plataforma já construída, diminuindo consideravelmente o impacte nas zonas
adjacentes à nova infraestrutura.
Nas zonas de ligação, decorrerão trabalhos que irão provocar constrangimentos na exploração
ferroviária, estando prevista a sua execução em períodos de interdição.
Especificamente para as zonas de ligação, os principais trabalhos a decorrer com interdição de via,
serão o levantamento de via e assentamento de aparelhos de mudança de via e a ligação do
sistema de catenária.
Nota informativa: