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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – UPE

NÚCLEO DE ESTUDOS EM EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA.

LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

EVOLUÇÃO:
Evento de Especiação

MARIA ELISABETE DE ARAUJO


EWYSCA KAREN CLAUDINO TAVARES DE MELO

PALMARES/ PE
2023
MARIA ELISABETE DE ARAUJO
EWYSCA KAREN CLAUDINO TAVARES DE MELO

EVOLUÇÃO:
Evento de Especiação

Trabalho solicitado pelo(a) professor(a)


Vladimir da Mota S. Filho, da disciplina de
EVOLUÇÃO do curso de Licenciatura em
Ciências Biológicas, modalidade à Distância,
da Universidade de Pernambuco - UPE, como
requisito para fins avaliativos.

PALMARES/PE
2023
EVENTO DE ESPECIAÇÃO

A Teoria da Evolução das Espécies foi formulada no séc. XIX por Charles Darwin e Alfred
Wallace e postula que as espécies que encontramos hoje em dia descendem de espécies
ancestrais que foram sofrendo modificações ao longo do tempo, espécies às quais se
assemelham e das quais herdaram caracteres específicos.
O mecanismo pelo qual aparecem novas espécies a partir de outras anteriores é
denominado especiação. A especiação explica não apenas as diferenças entre as várias
espécies, como também as semelhanças existentes entre elas. Quando uma espécie se divide
em duas, estas partilham muitas características, porque são descendentes da mesma espécie
ancestral, ou seja, possuem um ancestral comum.
A especiação pode ser dividida em três modos principais:

Especiação alopátrica: onde ocorre uma separação espacial, a população envolvida


interrompe completamente seu fluxo gênico e, com o tempo, pode surgir divergência genética
que é a de ocorrência mais comum.
Especiação por efeito fundador ou Especiação peripátrica – situação frequente na
colonização de ilhas, a partir do continente – um pequeno contingente de indivíduos coloniza
um novo habitat na periferia da área geográfica da espécie, levando a que ocorra um
isolamento reprodutivo, após várias gerações. Uma nova população se forma, portanto, a
partir desses fundadores, que transportam uma parte restrita do fundo genético da população
original.
Especiação simpátrica: grupos de uma mesma população ancestral evoluem em diferentes
espécies sem que haja uma separação geográfica.

EXEMPLO DE AMINAIS QUE COMPARTILHAM UM ANCESTRAL EM COMUM

Os elefantes, contam com apenas duas espécies atuais: o elefante africano (Loxodonta
africana) e o elefante asiático (Elephas maximus). O elefante africano é encontrado em
regiões ao sul do deserto do Saara, em cerca de 37 países africanos, habitando diferentes
ambientes, como áreas florestais, pastagens, savanas, encostas de montanhas e praias. Tanto
os machos como as fêmeas dos elefantes africanos têm grandes presas que podem chegar até
acima dos 3 m em comprimento e pesar mais de 90 kg.

Na espécie asiática, somente os machos têm presas grandes. As fêmeas asiáticas têm presas
que são ou muito pequenas e algumas vezes até inexistentes. Os machos asiáticos podem ter
presas tão longas como os machos africanos, mas geralmente mais finas e leves. As orelhas
dos elefantes também são razoavelmente longas, mas sob o ponto de vista fisiológico isso é
facilmente interpretado na biologia evolutiva. Elefantes africanos acabaram por desenvolver
orelhas maiores, pois estão ligadas ao equilíbrio térmico do animal. Isso porque quando maior
a orelha maior a área de contato com o meio externo e como essa estrutura é recheada de
pequenos vasos sanguíneos parte da temperatura corporal é perdida. Isso é extremamente
evidente em um animal que vive em um local tão quente como a África. Elefantes asiáticos
têm orelhas muito menores uma vez que na Ásia não faz tanto calor.

É possível que os ancestrais que tiveram orelhas menores vivessem em lugares cuja
temperatura não fosse tão alta, portanto preservaram orelhas menores. Se houver registros de
animais com orelhas pequenas, mas mesmo assim encontrados em local africano é de se supor
que ou as orelhas estavam ainda em desenvolvimento ou eram pequenas porque a temperatura
do continente africano era distinta a da atual.

Essas duas espécies de elefantes (africana e asiática) evoluíram do Paleomastodon, uma


espécie que viveu no Egito 35–50 milhões de anos atrás. O Paleomastodon era semelhante
aos elefantes modernos, porém era menor e tinha um nariz comprido e não semelhante a um
tronco. O Primelefa (ou Primeiro Elefante) é tido como o ancestral mais recente e comum dos
Mamutes (espécie extinta) e dos Elefantes africanos e asiáticos, divergindo entre quatro e seis
milhões de anos. Ele tinha presas na maxila inferior. Os elefantes conquistaram quase todo o
mundo, embora a Austrália ainda seja uma possibilidade relativamente remota uma vez que
foram encontrados somente alguns fragmentos de um animal que pode ter sido um elefante. A
África é o local onde os elefantes surgiram, é onde ocorreu sua maior diversificação,
acompanhando a evolução de outros animais também, como os antílopes, zebras e os grandes
carnívoros.
Evento de Especiação dos elefantes

Elephas maximus
(elefante asiático)

Paleomastodon Gomphotherium Primelefa


(Precursor evolutivo imediato
dos elefantes modernos)

Loxodonta africana
(elefante africano)

Especiação por meio da expansão geográfica/ isolamento


reprodutivo/ adaptação ambiental
CONCLUSÃO

Atualmente ainda existem muitos pontos para se descutir a respeito de especiação, além de
muitos aspectos negligenciados que precisam ser analisados. Esse tema abrange uma gama
muito grande de conteúdos na biologia, além da geologia e da paleontologia. É por isso que a
teoria de Darwin ainda é uma grande construção que vem sendo desenvolvida ao longo dos
tempos. Com tudo isso é possível entender que o conteúdo de evolução é um assunto amplo que
envolve outras disciplinas e que vem ainda trazendo grandes novidades a cerca das espécies.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ROSSETTI. A DIVERSIDADE E EVOLUÇÃO DOS PROBOSCÍDEOS. UM FOCO A


BIOLOGIA DOS ELEFANTES. Netnature, 12 de setembro de 2011, Disponível em:
https://netnature.wordpress.com/2011/09/12/a-diversidade-e-evolucao-dos-proboscideos-um-
foco-a-biologia-dos-elefantes/. Acesso em 12 de abril de 2023.

SANTOS, Helivania Sardinha dos. ELEFANTE: CARACTERÍSTICAS, ESPÉCIES,


CURIOSIDADES. Biologia Net, Disponível em:
https://www.biologianet.com/biodiversidade/elefante.html Acessado em 12 de abril de 2023.

SANTOS, Djalma. ESPECIAÇÃO. Blog do Prof. Djalma Santos, 14 de fevereiro de 2013,


Disponível em: https://djalmasantos.wordpress.com/2013/02/13/especiacao/. Acesso em 12 de
abril de 2023.

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