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COMO LIDAR COM A COMPULSÃO

 ALTERE A FORMA COMO VOCÊ SE DEFINE:

SOU Gorda (o) vai ser trocado por ESTOU Gorda (o)

SOU Compulsiva (o) por ESTOU Compulsiva (o)

SOU Bulimica por ESTOU Bulimica

Pode parecer muito pouco, mas ao fazer esta "troca" do verbo "ser" para o verbo "estar", você estará
mudando completamente a forma como encara o problema. 

Quando você diz que é compulsiva, você está afirmando que a compulsão faz parte de você. da
mesma forma, quando você diz: "Sou gorda". Você estará declarando que a gordura faz parte de você.
Como se você tivesse nascido com ela. O que não é verdade, porque o máximo que pode ter
acontecido é você ter nascido com uma predisposição genética e metabólica, que PODE TORNÁ-LA
vulnerável a compulsão. Mas. você não nasceu com ela. Por isso a proposta de alterar a maneira
como você define a si mesma.

QUANDO VOCÊ DIZ: “ESTOU COMPULSIVA (O)”, “ESTOU GORDA (O)”, “ESTOU
BULIMICA”. VOCÊ MUDA A SUA PERSPECTIVA DO PROBLEMA E SUA REALIDADE,
PORQUE SE COLOCA EM UM ESTADO TRANSITÓRIO E TEMPORÁRIO, QUE PODE SER
ALTERADO.

VOCÊ PODE ESTAR COMPULSIVA (O) AGORA. MAS ISSO NÃO SIGNIFICA QUE ESSA
SITUAÇÃO PODE SER ALTERADA.

QUER DIZER QUE, AS GORDURAS, A COMPULSÃO, NÃO SÃO EU, ELAS ESTÃO NA
MINHA VIDA HOJE, AQUI E AGORA, MAS, NÃO FAZEM PARTE DA MINHA VIDA.

PERCEBE COMO AS PALAVRAS PODEM CRIAR EM NOSSA MENTE MODELOS DE NÓS


MESMOS COMO ETERNOS OBESOS (AS), COMPULSIVOS (AS) E BULIMICAS, SEM
ESCOLHA?

OU, AO INVÉS DISSO NOS TORNARMOS PESSOAS CAPAZES DE ESCOLHER E DE


MUDAR?

   SE CONHEÇA

QUEM É VOCÊ PARA SI MESMO?

VOCÊ JÁ SE PERGUNTOU QUEM É VOCÊ PARA SI MESMO?

GERALMENTE QUANDO NOS DESCREVEMOS, USAMOS ADJETIVOS, QUE OS OUTROS,


USARAM PARA NOS DESCREVER E NOS ROTULAMOS DESSA FORMA.

MUITAS VEZES VOCÊ SE DESCREVE COMO FRACA (O), MEDROSA (O), INSEGURA (O),
ETC...

MAS QUAIS DESSES ADJETIVOS SÃO REALMENTE VOCÊ? VOCÊ LÁ NO FUNDO?


AQUILO QUE CHAMAMOS DE “ALMA”, O SEU “EU” VERDADEIRO?

PROVAVELMENTE VOCÊ NÃO SABE NÃO É? 


REALMENTE, A RESPOSTA MAIS HONESTA É ESTÁ. POUCAS PESSOAS SE CONHECEM
VERDADEIRAMENTE. AFINAL, DESDE A INFÂNCIA VOCÊ FOI INCORPORANDO UMA
SÉRIE DE CARACTERÍSTICAS DE PERSONALIDADE COMO SENDO SUAS, QUANDO NA
VERDADE, MUITAS DELAS NÃO SÃO VOCÊ. MUITAS SÃO PAPÉIS QUE VOCÊ ASSUMIU,
porque os outros os impuseram A você.

NÃO É POSSÍVEL VIVERMOS OBCECADOS COM A COMIDA, NEM PÔR NENHUMA


OUTRA COISA E SERMOS VERDADEIRAMENTE ÍNTIMOS DE NÓS MESMOS, OU ATÉ
MESMO, DE OUTRO SER HUMANO; APENAS NÃO HÁ ESPAÇO SUFICIENTE.
ENTRETANTO, TODOS NÓS DESEJAMOS A INTIMIDADE. TODOS NÓS DESEJAMOS
NOS AMAR, AMAR AOS OUTROS E SERMOS AMADOS.

   VIVA A VIDA HOJE

PODE PARECER INCRÍVEL E MALUCO. MAS A VIDA DE MUITAS PESSOAS SERIA


MUITO “CHATA” E CHEIA DE TÉDIO, SE A COMIDA NÃO REPRESENTASSE UM
PROBLEMA.

ENGORDAR E EMAGRECER, VIVER FAZENDO REGIMES São COMO ESTAR EM UMA


MONTANHA RUSSA EMOCIONAL. EM ALGUNS DIAS VOCÊ TEM MEDO E EM OUTRAS
se SENTE MUITO BEM, MAS PELO MENOS SENTE ALGUMA COISA. A COMIDA OCUPA O
TEMPO E A VIDA.

NÃO HÁ NADA DE CHATO EM SER UMA PESSOA QUE COME COMPULSIVAMENTE. DAS
DUAS, UMA: OU VOCÊ SE ODEIA QUANDO COME DEMAIS E SENTE-SE GORDA (O) ou
fica OCUPADA (O) COM A PERSPECTIVA DE EMAGRECER.

O COMER COMPULSIVO É UM VERDADEIRO “TEATRO DE AÇÃO”. ELE VIVE


REPLETO DE TODOS OS ELEMENTOS DE UMA BOA HISTÓRIA: RAIVA,
FRUSTRAÇÃO, MÁGOA, DOR, MEDO, FELICIDADE, ESPERANÇA, ALEGRIA,
ÊXTASE. O COMER COMPULSIVO CRIA UMA ILUSÃO DE EXCITAÇÃO E
PARTICIPAÇÃO. SIMULA A VIDA REAL. DE MANEIRA MUITO MAIS “COMPLETA”.
VOCÊ NUNCA PRECISA FAZER NADA A NÃO SER CONTINUAR SUAS COMILANÇAS
E DIETAS RÍGIDAS, FICAR CADA VEZ MAIS PERTO DO PESO QUE “JULGA IDEAL”,
AO MESMO TEMPO, QUE NA VERDADE, NUNCA CHEGA OU SE CHEGA NÃO
MANTÉM PÔR MUITO TEMPO, PARA VIVÊNCIA A VITALIDADE E INTENSIDADE
QUE A MAIORIA DAS PESSOAS DEFINE COMO ESTAR VIVO.

VOCÊ NUNCA PRECISA FAZER NADA A NÃO SER ABSORVER-SE NO CICLO DE


EMAGRECER E ENGORDAR (OU COMER E VOMITAR, NO CASO DA BULIMIA), PARA
SENTIR-SE ENVOLVIDO EM ALGO EXCITANTE.

O CAOS, A INTENSIDADE E O DRAMA SÃO ACONTECIMENTOS NORMAIS NO DIA-A-


DIA DE QUEM TEM COMPULSÃO PELA COMIDA.

VOCÊ PODE PARA E SE PERGUNTAR: “MAS ESSE NÃO É MEU CASO, MINHA VIDA É
MUITO OCUPADA”. TUDO BEM, VOCÊ PODE ESTAR OCUPADA (O) 14 HORAS PÔR DIA,
TRABALHANDO, ESTUDANDO, CUIDANDO DE FILHOS, ETC... MAS QUANTO DESSE
TEMPO VOCÊ USA COM VOCÊ? COM COISAS QUE TE DÃO PRAZER? COISAS QUE TE
FARIAM SENTIR COMO SE ESTIVESSE VIVENDO A VIDA INTENSAMENTE?

COMECE A PENSAR NISSO, VOCÊ PODERÁ VIVENCIAR ESSAS MESMAS SENSAÇÕES


EM OUTROS COMPORTAMENTOS MAIS SAUDÁVEIS.

   não fantasie

Quando não nos aceitamos, porque “achamos”, que não correspondemos aos modelos de corpo
“magro e perfeito” idealizado pela sociedade atual, temos uma tendência de nos isolar
socialmente, porque “achamos” que seremos avaliados negativamente devido a nossa aparência, e
consequentemente rejeitadas (OS). Quando você se isola, os sentimentos de tédio, tristeza e
inadequação tendem a aumentar. existe uma tendência de atribuirmos nossos problemas à
aparência. Quando OCORRE, pôr exemplo, uma situação de frustração na nossa vida,
automaticamente iremos atribuir ao nosso corpo e não ao nosso comportamento. PENSAMOS:
“quando eu for magra (O), tudo será diferente”.

O que deve ser entendido é que, para se realizar na vida, ter uma qualidade de vida melhor,
sentimentos mais agradáveis, devemos aprender a praticar esses SENTIMENTOS. toda a paz e
contentamento que você pode ter na sua vida, não são conseqüência da magreza, mas sim da
nossa mudança de comportamento e maneira de enxergar a vida.

Quem come pôr compulsão acredita FIRMEMENTE, que se fosse magro, sua vida seria diferente de
uma forma radical mesmo as pessoas que já foram magras, ou que perderam peso e ficaram magras
seis ou sete vezes em suas vidas, persistem em acreditar que quando ficarem magras, uma vez MAIS
SERÃO felizes de uma vez pôr todas e para sempre.

Durante o tempo (até ANOS), que as pessoas passam fazendo   regime, ou comendo e vomitando, no
caso da bulimia. Acreditam que cada mínimo problema em sua vida está relacionado com o seu peso
e/ou aparência. Quando tem que IR A uma festa e não encontra nenhuma roupa que “fique bem”,
quando caminha no meio de uma porção de pessoas e ninguém presta atenção nela (DE acordo com
ELA), quando não consegue resolver que trabalho queria fazer e se sente enfadada, inútil e burra,
quando se vê sozinha, acredita que SUA INFELICIDADE E PROBLEMAS TÊM relação com o seu
corpo.

Acredita que, enquanto tiver “esse corpo”, estaria sufocando a sua criatividade, sua auto-expressão,
sua beleza. Quando se permitir ser magra (O), fala consigo mesma (O), receberei prazer; ser magra(o)
será minha declaração, a MIM mesma(o) e ao mundo, de que tenho valor.

Ser magra (O) faz o que ser magra (O) pode FAZER: ajuda a se sentir mais leve e mais
atraente num nível cotidiano e PÊLOS padrões da sociedade, mas não resolve seus problemas.

 fuja, fuja, fuja...das dietas rígidas e restritivas

Dietas que prometem emagrecer vários quilos em pouco tempo, ou que se restringem ao consumo de
um único grupo alimentar (DIETA Atkins, só de proteínas, ou Beverly Hills, só de FRUTAS). são as
grandes responsáveis pela compulsão alimentar.

Já existem pesquisas que comprovam que no mínimo 30% das pessoas que se submetem a estes tipos
de dietas irão desenvolver compulsão alimentar. o que significa que, ao terminar uma dieta dessas,
que obviamente não será seguida durante toda a vida, o ganho de peso poderá ser maior do que o peso
perdido.

A melhor dieta É não fazer dieta. mas sim adotar um plano alimentar para ser seguido pôr toda a vida.

Pôr isso muitas pessoas que já se submeteram a uma série de DIETAS, das mais radicais as mais
malucas, acabam percebendo que só emagrecem e se mantêm magras definitivamente através de uma
reeducação alimentar.

 não controle

Controle. Eis uma palavra que aqueles que se alimentam com compulsão ouvem com freqüência. em
todos os regimes, em todas as reuniões, em todos os livros.

Aprendemos que, se quisermos aparentar e viver como seres humanos normais, teremos de cuidar
com toda atenção daquela “fome selvagem” que existe dentro de nós.
Vivemos com medo da comida, com medo do chocolate, dos pãezinhos, acreditando AO MESMO
TEMPO EM QUE, se conseguirmos que aquela parte de nós fique sob nosso controle, tudo o mais
voltará ao seu lugar.

Entretanto, essa crença é apenas uma tela enevoada que nos distrai do problema PRINCIPAL: as
áreas da nossa vida em que nunca estivemos e nunca estaremos com o controle das coisas. enquanto
não tivermos confiança em nós. enquanto não desenvolvermos a nossa própria autoconfiança.

Acreditamos que controlar “demais”, leva ao descontrole.

Quem quer seguir uma dieta, não deve se controlar.

Quando os pais prendem demais uma criança, estão reprimindo os instintos naturais dessa criança.
Eles não deixam de existir, só porque foram reprimidos. o que irá acontecer, é que mais cedo ou mais
tarde eles virão “à tona”, mas virão a tona de forma inadequada e descontrolada. quem nunca viu
aquela criança reprimida pêlos pais, que ao chegar à adolescência se transforma no jovem rebelde,
que quer viver tudo que não VIVEU?

O controle na dieta é a mesma coisa.  comer é prazer. PRIVAR-ME, me obrigar a nunca sair da dieta,
nunca comer algo de que gosto, vai me transformar naquela criança reprimida pêlos pais. na primeira
oportunidade vou “detonar” tudo, vou comer compulsivamente, exageradamente.

O que se propõe é que uma vez na semana, pôr exemplo aos domingos, você se permita comer o que
quiser na quantidade que quiser. não, você não irá engordar ao fazer isso, pelo contrário, um dia de
liberdade na semana, fará com que você evite o comer compulsivo. fazendo uma comparação com a
criança. quando você deixa a criança experimentar momentos de liberdade, ela passará a ter mais
responsabilidade sobre os seus atos, ela vai aprender e poderá escolher aquilo que é certo ou errado.

Você também deve aprender a ter responsabilidade pôr aquilo que come.

 identifique o impulso de comer

 Você já parou para se perguntar pôr que ACABAM COMENDO o pacote inteiro de bolachas ao
invés de apenas ALGUMAS?

Talvez sua resposta SEJA: “Ah, não sei, é porque sinto muita fome” ou “não paro de comer até ver o
fim do pacote” ou “não resisto a um biscoito de chocolate”.

Agora quando você estiver frente a frente com aquele biscoito ou qualquer outro alimento, que você
sinta necessidade de comer compulsivamente, ou quando estiver comendo mesmo sem ter fome.  Pare
e pergunte para si MESMO:

"para que" estou comendo... ?

Quando perguntamos o pôr que das coisas, a nossa mente logo nos dará uma resposta racional e
objetiva relacionada a uma conseqüência.

Quando você pergunta para que, chegará na causa do comportamento.

Ex: para que estou comendo esse CHOCOLATE?

        Para ficar mais calmo

        Pôr que estou comendo esse CHOCOLATE?

        Porque minha colega me deu o chocolate, e, eu não resisto, não come-lo.
A partir de hoje você começara a se perguntar o para que e não mais o pôr que, do seu
comportamento em relação à comida. com essa atitude, você estará chegando nas causas do seu
comportamento, e poderá entender os sentimentos e sensações que estão pôr trás do ato de comer.
Conhecendo esses sentimentos e sensações, você poderá controlar esse comportamento.  

 Descubra o que seu comportamento lhe traz de bom

NOSSA!  Não tem nada de bom em estar gorda (O), compulsiva (O) ou bulimica, você pode pensar.

Mas eu posso te afirmar uma COISA: qualquer comportamento que traga mais dor do que prazer, que
cause mais perdas do que recompensas É facilmente abandonado.

Se você tem dificuldade em alterar seu comportamento, é porque ele está trazendo mais
BENEFÍCIOS que PREJUÍZOS na sua vida hoje.

Existe uma teoria chamada de “teoria do fundo do poço”, ela diz que a pessoa só modifica seu
comportamento quando este está trazendo mais dor do que prazer.

EX. VOCÊ PODE ESTAR VIVENDO UMA SITUAÇÃO DE ANSIEDADE NO TRABALHO, OU


NO AMBIENTE FAMILIAR. A TENSÃO CRIADA É TÃO GRANDE, QUE VOCÊ NECESSITA
DE UM “CONFORTO”, NO CASO O ALIMENTO.  PÔR MAIS QUE VOCÊ DETESTE A IDÉIA
DE ESTAR COMENDO MUITO, SERÁ MUITO MAIS DESAGRADÁVEL, ATÉ MESMO
DOLORIDO EMOCIONALMENTE, SE VOCÊ ABANDONAR A COMIDA, QUE ESTÁ DANDO
TANTO ALIVIO NESSE MOMENTO.

PÔR ISSO PARE E PERGUNTE: “O QUE A COMIDA ESTÁ ME TRAZENDO DE BOM


NESTE MOMENTO?”.

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