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Episódio compulsivo, comer em excesso e transtorno de compulsão alimentar: qual a

diferença? ✨

🗣️Sempre escuto frases: “Paty, esse final de semana descontei tudo na comida! Comi
uma pizza sozinha”.

Necessariamente essa pessoa tem compulsão alimentar? E a resposta é: depende!

Com que frequência isso acontece? Qual a relação dela com a comida? Com o corpo?
Que sentimentos permeiam esse ato de comer? São reflexões que fazem parte da
compreensão desse contexto individual.

É importante lembrar que para qualquer diagnóstico é necessário acompanhamento e


avaliação de profissionais de saúde, como psicólogo e psiquiatra.

Por isso trouxe aqui essa explicação da diferença entre uma situação de exagero
alimentar & o transtorno de compulsão alimentar.

Para o processo terapêutico, a compreensão dessa diferença é um direcionamento


para percepção da su relação com alimentação, com o corpo e como você lida com as
situações & emoções. ✨

Penso em comida o tempo todo

É muito comum e recorrente pacientes que chegam até a clínica com queixas e relatos de
pensamentos excessivos e frequentes em relação a sua alimentação, forma e peso do
corpo.

Juntamente com isso, podem apresentar a compulsão alimentar e o hábito perigoso de


seguir recorrentemente dietas restritivas que geram diversos tipos de prejuízos como:

🤸Físico

👥Social

🎭Emocional.

Você pode construir relacionamentos saudáveis com a comida, corpo e emoções!

Cuide-se!
Você faz parte do clube do prato limpo?

Esses dias, em uma lanchonete ouvi um pai brigando com o seu filho de provavelmente
quatro ou cinco anos que ele não poderia pedir um hambúrguer e só dar duas mordidas -
tinha que comer tudo.

Sei que o pai não estava fazendo isso por mal, e sim estava transmitindo os seus valores
para o filho. No entanto, a criança era muito pequena. O estômago de um adulto tem um
tamanho diferente do estômago de uma criança. O hambúrguer de tamanho normal que
pedimos no mcdonald's, por exemplo, foi feito para um estômago de um adulto. O pai,
obviamente sem a intenção, estava ensinando que o filho não pode respeitar os seus sinais
de saciedade - pois caso fizesse isso, os dois teriam uma conversa séria e o pai ficaria
magoado com ele. A criança só escutava em silêncio, pois o que seu comportamento
demonstrava era que duas mordidas seriam o suficiente para matar aquela fome e vontade
de hambúrguer.

Pode ser difícil não deixar o prato vazio ou não terminar a comida que está no prato se foi
isso que você aprendeu a fazer a vida inteira - ou se passou anos fazendo dieta crônica, e
essa é a sua chance de comer aquilo que deseja (como a famosa refeição do “lixo”, que de
lixo não tem nada!).

Um passo importante para recuperar uma relação saudável com a comida é aprender a
respeitar a nossa saciedade! Ao prestarmos atenção em nossos sinais de saciedade,
fazendo pausas no meio da refeição para avaliarmos o nosso nível de saciedade,
percebemos que a comida muitas vezes não tem um gosto tão bom e satisfatório quando
se chega na última mordida se comparada com a primeira, e muitas vezes continuamos
comendo só para terminar o que tem no prato, sem respeitarmos os nossos níveis de fome
e saciedade.

Na minha especialização em comportamento e transtornos alimentares no IPCAC, uma


tecla é sempre reforçada: a importância da alimentação consciente e intuitiva.

As dietas restritivas trazem diversos danos físicos e psíquicos para as pessoas que as
seguem, inclusive porque a restrição, em muitos casos, leva à compulsão.

Então, uma forma de fazer as pazes com a comida é confiar na sabedoria do seu corpo para
saber quando e quanto comer. A alimentação consciente e intuitiva não classifica os
alimentos em "bons e ruins", não tem uma visão dicotômica acerca da comida e rejeita a
mentalidade de dieta, que coloca tudo na caixinha do 8 ou 80.
Assim, a alimentação consciente e intuitiva te convida a escutar a pessoa mais experiente
no seu corpo: você mesma!

"O comer intuitivo é uma abordagem compassiva de autocuidado no comer que trata
todos os corpos com dignidade e respeito."

📚 Comer intuitivo: uma revolucionária abordagem antidieta, de Evelyn Tribole e Elyse Resch

Como você se sente em relação ao seu corpo? Já deixou de fazer algo por estar insatisfeita
com a sua aparência? O que você já fez para tentar se encaixar no padrão?

Pois é, vivemos uma grande pressão estética para alcançar o padrão do corpo perfeito e da
beleza ideal, não é mesmo!?
Parece que você sempre está correndo atrás desse padrão, e se você não alcançou ainda, é
porque não se esforçou o suficiente.
Mas, a verdade é que esse ideal de corpo e beleza SÃO IRREAIS E INATINGÍVEIS!! E o que
sustenta isso é a lógica do consumo!

🔹Já parou para pensar que quanto mais insatisfeita você está com o seu corpo, mais você
irá consumir produtos e serviços que prometem chegar lá (só que não!)!?

🔹Essa insatisfação com o próprio corpo afeta (e muito) a nossa saúde mental, pois ir em
busca de algo inatingível pode contribuir para que tenhamos atitudes destrutivas em busca
da perfeição, custe o que custar! Traz insatisfação, frustração e afeta negativamente a nossa
autoestima. Afinal, quando se tem a crença de que só será feliz com o corpo x, e se esse
corpo não chega, a felicidade nunca vem por completo.

🥺 Mas Lara, como lidar com isso então?

💠Através da Autoaceitação! Ao invés de querer mudar o seu corpo para se aceitar e se


amar, que tal fazer o caminho inverso? Buscar se aceitar, para cuidar mais dele e para que a
mudança venha de forma saudável, porque você ama e cuida do seu corpo e não porque
odeia ele!
💠Desconstrua a ideia do corpo perfeito e da beleza ideal: não somos massinhas de
modelar, cada corpo é único, com biótipo e genética diferente.
💠Pare de se comparar: nós mulheres somos instigadas desde cedo a rivalidade e
comparação. Isso é injusto com nós mesmas, até porque o que nós vemos na mídia e nas
redes sociais NÃO É REAL!
💠Reflita: Qual história o seu corpo carrega? O que você gosta em você? Quem é você para
além da estética? Qual é a SUA MELHOR VERSÃO?
‼️Ah, e aceitação é diferente de acomodação. Se aceitar e se amar envolve autocuidado e
autorresponsabilidade. Pense nisso!
💡A psicoterapia pode te ajudar nesse processo🐛🦋

Seu corpo é a sua casa... Como você tem tratadado ela?

💓 Já pensou em tentar olhar para o seu corpo de forma menos negativa, punitiva e
rigorosa? Com toda a certeza a sua relação com ele seria mais harmoniosa!

✨ É algo fácil de começar? Não? Mas tente começar aos pouquinhos:

🌸 Tente achar qualidades no seu corpo que goste.


🌸 Pense em coisas positivas que seu corpo faz você conseguir fazer e realizar.
🌸 Reflita se essa "casa" está sendo agradável de se estar e morar e o que você pode fazer
para começar a melhorar essa relação 💓

🦋 Me conta, seu corpo está sendo um lugar agradável de se estar? Comenta "sim" ou "não"

Você tem respeitado o seu próprio tempo?

É muito comum nos compararmos e medirmos nosso progresso pelo dos outros, e quando
é feita essa comparação, geralmente, sempre saimos como a parte que está atrasada, não
fez/faz o suficiente, dentre muitos outros comentários que não são nada bons para a
construção de uma autoestima saudável.

Não compare a sua metamorfose com a borboleta vizinha, cada um leva o seu tempo e os
resultados disso se transformam nas borboletas... Cada uma é linda e única

Se permita percorrer e aproveitar o seu próprio tempo, não se sobrecarregue, respeite os


seus limites. Você está indo bem

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