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História

Professora Ariane
11º Termo – EJA

Neste período de afastamento por motivo da Pandemia, os alunos deverão:


● Terminar a Primeira Guerra Mundial;
● Ler e resolver os exercícios da República Velha;
● Ler e resolver os exercícios da Revolução Russa.

Continuação da Primeira Guerra Mundial

3) Uma nova guerra de movimento em 1918 (segunda guerra de movimento). A


Primeira Guerra Mundial pode ser dividida em 3 fases. A primeira é a Guerra de
Movimento (1914), a segunda fase é a Guerra de Trincheiras (1915/1917) e a
terceira é a Segunda Guerra de Movimento.
⮚ A Alemanha é detida na Segunda Batalha de Marme.
⮚ Uma revolução popular “sacudiu” a Alemanha – o rei Guilherme é deposto
(renunciado, demitido).

Lembrete: Os EUA entraram no conflito em 1917, porém, só chegaram ao front


(região onde estava ocorrendo a guerra) em 1918.

O saldo trágico da guerra

⮚ Perdas humanas (militares e civis), ecológicas, arquitetônicas...

Saldo Positivo
Avião;
Desenvolvimento tecnológico: Comunicação;

Medicamentos;

A Paz dos Vencedores

⮚ O então presidente estadunidense propôs um acordo de paz conhecido


como “14 pontos”, onde ele defendia “uma paz sem vencedores”. Isso
beneficiaria os EUA (poderia vender qualquer coisa sem barreiras).
⮚ O acordo não foi aprovado pois não agradou nem a França nem a
Inglaterra.
⮚ Em 1919, foi assinado o Tratado de Versalhes que obrigava a Alemanha
a:
1. devolver a região de Alsácia-Lorena para a França;
2. seu exército só poderia ter, no máximo, cem (100) mil homens;
3. pagar a seus adversários uma indenização, cerca de 33 bilhões de
dólares;
4. ceder aos vencedores todos os seus direitos sobre as colônias
ultramarinas.

Consequências:
⮚ Revanchismo alemão (vingança);
⮚ Surgimento do nacionalismo extremado.

Liga das Nações

Conhecida também como Sociedade das Nações:


⮚ Tentava impedir um novo conflito mundial;
⮚ Infelizmente o movimento era fraco: os EUA, Alemanha e Rússia estavam
ausentes da liga das nações;
⮚ É tida como esforço mundial para evitar uma guerra de proporções
idênticas ao conflito acabado.

❖ A Primeira Guerra Mundial terminou com a rendição da Alemanha em 11


de novembro de 1918.
As principais transformações do pós-guerra ocorreram com a edição do Tratado de
Versalhes e com as novas definições no mapa político-econômico mundial
com o surgimento de novas grandes potências.

A REPÚBLICA VELHA

República Velha é o período da história do nosso país que se estendeu de 1889


a 1930. Os marcos que estipulam o início e o fim desse período são
a Proclamação da República e a Revolução de 1930. Esse período é mais
conhecido entre os historiadores como Primeira República, por se tratar do
primeiro período da República no Brasil.

Resumo
→ A República Velha é chamada pelos historiadores de Primeira República.

→ Esse período foi iniciado com a Proclamação da República, que fez com que
Deodoro da Fonseca assumisse a presidência.

→ O período de 1889 a 1894 é também conhecido como República da Espada.

→ A República Velha contou, ao todo, com treze presidentes e com outros dois
que não puderam assumir a presidência.

→ O mandonismo, clientelismo e coronelismo são características importantes


desse período.

→ A política dos governadores e a política do café com leite foram práticas


importantes do arranjo político das oligarquias.
→ O Brasil experimentou um avanço industrial embrionário nesse período, que
resultou no nascimento do movimento operário no país.

→ A desigualdade social e a política corrupta desse período motivaram revoltas


em diversas partes do país.

→ A Revolução de 1930 foi o acontecimento que precipitou o fim desse período e


inaugurou a Era Vargas.

Contexto histórico
A República Velha iniciou-se em 1889, quando aconteceu a Proclamação da
República, no dia 15 de novembro. Esse acontecimento iniciou-se pela manhã
do dia citado quando os militares liderados pelo marechal Deodoro da
Fonseca derrubaram o Visconde de Ouro Preto do Gabinete Ministerial. Na
sequência do dia, José do Patrocínio, vereador no Rio de Janeiro, proclamou a
República.
Após a Proclamação da República, Deodoro da Fonseca foi escolhido como
presidente provisório. Em 1891, o marechal foi eleito presidente do Brasil para um
mandato de quatro anos, mas renunciou ao cargo e foi sucedido pelo seu vice, o
marechal Floriano Peixoto, que permaneceu no cargo até o ano de 1894. Esse
período de 1889 a 1894, em que o país foi governado por dois presidentes
militares, é conhecido como República da Espada.

Presidentes da República Velha


Ao todo, a República Velha estendeu-se de 1889 a 1930 e contou
com treze presidentes que assumiram funções. Ao longo desse período, também
aconteceu de dois presidentes eleitos não terem assumido a função, por motivos
de saúde ou políticos. Os presidentes do período foram:
1. Deodoro da Fonseca (1889-1891);
2. Floriano Peixoto (1891-1894);
3. Prudente de Morais (1894-1898);
4. Campos Sales (1898-1902);
5. Rodrigues Alves (1902-1906);
6. Afonso Pena (1906-1909);
7. Nilo Peçanha (1909-1910)
8. Hermes da Fonseca (1910-1914);
9. Venceslau Brás (1914-1918);
10. Delfim Moreira (1918-1919);
11. Epitácio Pessoa (1919-1922);
12. Artur Bernardes (1922-1926);
13. Washington Luís (1926-1930).
Os dois presidentes que foram eleitos e não assumiram
foram Rodrigues Alves (segundo mandato) e Júlio Prestes. Rodrigues foi eleito
para um segundo mandato em 1918, mas, antes de assumir, faleceu por conta
da gripe espanhola. Seu vice, então, assumiu, para que uma nova eleição fosse
marcada (e nela Epitácio Pessoa foi eleito). Já Júlio Prestes foi impedido de
assumir a presidência por conta da Revolução de 1930.

Mapa Mental - Primeira República


Características
A grande marca da República Velha e pela qual todos a conhece é o domínio
que as oligarquias exerciam no país. As oligarquias eram pequenos grupos (a
maioria deles era associada com a agricultura e pecuária) que detinham grande
poderio econômico e político. O controle das oligarquias no Brasil dava-se por
meio de práticas conhecidas como mandonismo, coronelismo e clientelismo.
Vejamos uma definição simples a respeito de cada um desses conceitos:
● Mandonismo: é o nome que se dá para o controle exercido por determinadas
pessoas, sobre outras, por possuírem uma grande posse de terra. No caso da
República Velha, os grandes proprietários exerciam influência sobre a população
local.
● Coronelismo: prática em que o coronel (grande proprietário de terra) exercia seu
domínio sobre as populações locais, de forma a conquistar os votos que eram
necessários para atender os interesses da oligarquia estabelecida e do Governo
Federal. A conquista do voto da população local acontecia, por exemplo, por meio
da distribuição de cargos públicos que estavam sob controle do coronel ou
também pela intimidação.
● Clientelismo: é a troca de favores que é praticada entre dois atores politicamente
desiguais. Essa prática não precisa da figura do coronel para acontecer, pois toda
entidade politicamente superior que realiza um favor a outra política inferior, em
troca de um benefício, está praticando o clientelismo.
Outro ponto importante sobre a Primeira República é o que diz respeito a duas
práticas bastante conhecidas: a política do café com leite e a política dos
governadores, dois mecanismos que davam sustentação ao domínio político das
oligarquias.
● Política dos governadores
A política dos governadores (ou política dos estados) foi criada durante o governo
de Campos Sales e estruturou o funcionamento de toda a política brasileira
durante o período da República Velha. Sua atuação foi responsável por consolidar
uma aliança entre Executivo e Legislativo ao longo da República Velha.
Nessa política, o Governo Federal dava seu apoio para a oligarquia mais
poderosa de cada estado como forma de reduzir as disputas locais entre
diferentes oligarquias. Em troca do apoio, as oligarquias tinham como dever
eleger deputados e orientá-los a apoiar as pautas do Executivo no Legislativo.

Para que a política dos governadores desse certo, o coronel era uma figura
essencial, uma vez que todo o arranjo para conquistar votos para eleger os
deputados da oligarquia era feito por essa figura. O coronel, enquanto figura de
poder local, utilizava-se do seu poderio financeiro para exercer pressão para que
os eleitores votassem no candidato desejado. A intimidação de candidatos ficou
conhecida como “voto de cabresto”.
Os coronéis, por sua vez, não obtinham a quantidade de votos desejados
somente pela intimidação mas também por meio da manipulação eleitoral.
Duas práticas muito comuns eram: utilizar o registro de pessoas mortas (para
que uma mesma pessoa pudesse votar diversas vezes) e manipular as atas
eleitorais.
● Política do café com leite
A política do café com leite é um dos conceitos mais conhecidos desse período e
faz referência ao acordo que existia entre as oligarquias de São Paulo e de Minas
Gerais a respeito da escolha dos presidentes. Esse acordo estipulava que
as oligarquias citadas revezariam os candidatos que concorreriam à
presidência.
Um ponto importante a respeito da política do café com leite é que os
historiadores têm apontado limites para seu uso, uma vez que a atuação dessa
prática de revezamento não se estendeu por toda a República Velha, já que
representantes de outras oligarquias também foram eleitos no curso desse
período.

Características socioeconômicas
A República Velha foi um período em que o Brasil esboçou um desenvolvimento
industrial, mesmo que bastante tímido. Os reflexos do desenvolvimento
industrial do país deram-se de maneira concentrada, destacando-se
principalmente a cidade de São Paulo, que teve um grande salto populacional no
período.
O desenvolvimento industrial e urbano que aconteceu em partes do Brasil levou
ao desenvolvimento de um movimento operário, que teve atuação destacada no
final da década de 1910. Apesar do desenvolvimento de uma indústria
embrionária no país, a nossa economia permaneceu extremamente dependente
da exportação de café e assim ficou até a década de 1950.
Revoltas
Quando o assunto é sobre os direitos sociais, a República Velha é marcada como
um período em que esses direitos foram bastante desrespeitados. O desrespeitos
aos direitos sociais e a existência de uma desigualdade evidente fizeram com
que esse período também fosse de luta para muitos que buscavam uma condição
de vida mais digna e que estavam insatisfeitos com as ações praticadas pelos
governos.
Existe, inclusive, uma frase que geralmente é atribuída ao presidente Washington
Luís e que dá o tom da forma como a questão era tratada na República Velha. A
suposta frase dita pelo presidente foi: “Questão social é caso de polícia.” As
tensões existentes resultaram em diversas revoltas, como:
1. Guerra de Canudos;
2. Revolta da Armada;
3. Revolta da Vacina;
4. Revolta da Chibata;
5. Guerra do Contestado;
6. Revolta do Forte de Copacabana;
7. Revolta Paulista de 1924;
8. Coluna Prestes.

Fim da República Velha

Getúlio Vargas e militares aliados durante a Revolução de 1930.**


A política da República Velha entrou em crise porque a estrutura política que
sustentava as oligarquias no poder começou a ruir. A decadência da política da
República Velha está relacionada com as disputas pelo poder entre as oligarquias
e com o surgimento de movimentos de oposição, que lutavam por impor uma
alternativa ao modelo oligárquico.

Diretamente, o fim da República Velha está atrelado com a disputa na eleição


presidencial de 1930. Nessa disputa, paulistas e mineiros romperam com seu
acordo, pois os primeiros não queriam realizar o revezamento, conforme
estipulava a política do café com leite. Sendo assim, os paulistas
lançaram Júlio Prestes, e os mineiros aliaram-se com outras oligarquias e
lançaram Getúlio Vargas como candidato à presidência.
Após serem derrotados, a chapa de Vargas — chamada Aliança Liberal —
rebelou-se quando o vice de Vargas, chamado João Pessoa, foi assassinado. O
assassinato de João Pessoa não teve relações com a disputa eleitoral daquele
ano, mas foi utilizado como justificativa para o levante contra o
presidente Washington Luís.
O resultado dessa revolta, conhecida como Revolução de 1930, foi a derrubada
do presidente Washington Luís em outubro de 1930 e o impedimento de que
Júlio Prestes assumisse a presidência. No mês seguinte, Getúlio Vargas assumia
como presidente provisório do Brasil e iniciava um mandato que se estenderia
por quinze anos.

Exercícios
1) A questão abaixo foi retirada do Enem realizado no ano de 2018. Segue a
questão:

Rodrigo havia sido indicado pela oposição para fiscal duma das mesas eleitorais.
Pôs o revólver na cintura, uma caixa de balas no bolso e encaminhou-se para seu
posto. A chamada dos eleitores começou às sete da manhã. Plantados junto da
porta, os capangas do Trindade ofereciam cédulas com o nome dos candidatos
oficiais a todos os eleitores que entravam. Estes, em sua quase totalidade,
tomavam docilmente os papeluchos e depositavam-nos na urna, depois de
assinar a autêntica. Os que se recusavam a isso tinham seus nomes
acintosamente anotados.

VERÍSSIMO, E. O tempo e o vento. São Paulo: Globo, 2003 (adaptado).

Erico Veríssimo tematiza em obra ficcional o seguinte aspecto característico da


vida política durante a Primeira República:

a) Identificação forçada de homens analfabetos.

b) Monitoramento legal dos pleitos legislativos.

c) Repressão explícita ao exercício de direito.

d) Propaganda direcionada à população do campo.

e) Cerceamento policial dos operários sindicalizados.

2) (VUNESP) Na Primeira República (1889-1930) houve a reprodução de muitos


aspectos da estrutura econômica e social constituída nos séculos anteriores.
Noutros termos, no final do século XIX e início do XX, conviveram,
simultaneamente, transformações e permanências históricas. (Francisco de
Oliveira. Herança econômica do Segundo Império, 1985.) O texto sustenta que a
Primeira República brasileira foi caracterizada por permanências e mudanças
históricas. De maneira geral, o período republicano, iniciado em 1889 e que se
estendeu até 1930, foi caracterizado:
a) pela predominância dos interesses dos industriais, com a exportação de bens
duráveis e de capital.

b) por conflitos no campo, com o avanço do movimento de reforma agrária


liderado pelos antigos monarquistas.

c) pelo poder político da oligarquia rural e pela economia de exportação de


produtos primários.

d) pela instituição de uma democracia socialista graças à pressão exercida pelos


operários anarquistas.

e) pelo planejamento econômico feito pelo Estado, que protegia os preços dos
produtos manufaturados.

3) Durante a República Velha, o Brasil fortaleceu a sua diplomacia, tendo a figura


do Barão do Rio Branco à frente do Ministério das Relações Exteriores. Uma das
principais ações do Barão do Rio Branco como diplomata foi:

a) o estabelecimento de relações comerciais com a recém-criada República da


Turquia.

b) o deslocamento do eixo diplomático brasileiro de Londres para Washington.

c) a venda do território do Acre para a Bolívia.

d) a divisão do território de Goiás e a criação do estado do Tocantins.

e) a redação dos acordos que puseram fim à Guerra do Paraguai.

REVOLUÇÃO RUSSA DE 1917

A Revolução Russa de 1917 foi o movimento popular que envolveu uma série de


movimentos políticos ocorridos na Rússia durante a Primeira Guerra Mundial,
indo contra o governo do czar Nicolau II.
O levante popular conseguiu acabar com a monarquia e implantaram outro tipo de
regime, inspirado em ideais socialistas. Esse processo levou ao surgimento da
União Soviética, instaurada até 1991.
A Rússia no começo do século XX, era considerada um país fraco, ou seja, a sua
economia era atrasada e não havia grande rendimento nas cidades, pois a sua
produção estava concentrada no campo, sendo o sistema feudal o predominante. 
O que causou a Revolução Russa?
A Rússia passava por um período em que a liberdade era quase inexistente, os
camponeses viviam submetidos à nobreza latifundiária. Apesar de serem livres,
eram subjugados pelo imperador czar.

Como dito acima, o sistema feudal era o predominante, o que fazia com que
a tensão social aumentasse cada vez mais. O país não conseguia se modernizar
por que a economia era fraca. Apesar de czar ter aprovado a abolição da
servidão, em 1861, e a reforma agrária, a situação ainda não melhorava,
principalmente por que não havia liberdade de expressão e a opressão era
fortemente usada contra quem não apoiava o sistema.
As universidades, a imprensa, mídias, tribunais, tudo era controlado pela
polícia e pelos políticos. Ainda havia a prática de serviços secretos durante a
Rússia cazarista, chamada Ochrana. Vários cidadãos foram presos, mortos e
exilados por ir contra ou não concordar com as práticas governamentais. 
Durante o período de 1894 até 1947, czar em seu governo tentou acelerar a
industrialização russa por meio do capital estrangeiro, porém a fome, o
desemprego, as condições básicas e os salários só diminuíam cada vez mais. 
Além dos camponeses, a burguesia também não estava satisfeita com a situação
atual, pois o capital estava concentrado nas mãos de banqueiros, grandes
latifundiários e empresários.

Houve novos grupos e pessoas que eram contra o governo, o que gerou mais
repressão e perseguição. Alguns partidos começaram a ser clandestinos, um
exemplo é o Partido Social Democrata e os líderes Plekhanov e Lenin, que
precisaram sair do país para não sofrer perseguições políticas.
O Partido Social Democrata teve grande destaque durante esse período, porém
houve divergências entre os líderes, o que fez o partido se dividir em dois:

● Bolcheviques que em russo significa maioria. Eram liderados por Lenin, que


era a favor da revolução armada comunista para chegar ao poder. De fato,
eles chegaram por meio da violência e Lenin mandou matar a todos que
descordassem da revolução.
● Mencheviques que em russo significa minoria. Eram liderados por
Plekhanov, a favor do ideal evolucionista, queriam conquistar o poder por
meio de atividades pacíficas como as eleições.
Plekhanov também foi um revolucionário e teórico marxista russo.

A Revolução Russa

No ano de 1905, em frente ao Palácio de Inverno de São Petersburgo, ocorria um


protesto pacífico contra o governo atual. O objetivo era entregar um abaixo
assinado para o czar. Porém os soldados que estavam presentes no palácio
partiram para a agressão, matando mais de mil pessoas. 
Esse dia foi denominado de Domingo Sangrento e fez com que novos protestos
surgissem por toda a Rússia. O imperador Czar, analisando a situação de tantos
protestos, promulgou a Constituição e autorizou eleições para a Duma, ou seja,
Parlamento, o que fez a Rússia se tornar uma monarquia constitucional.
O governo conseguiu combater as manifestações de 1905, pois na realidade ele
autorizou as eleições para pensar em uma maneira de acabar com as agitações
sociais e os sovietes.

Primeira Guerra Mundial

A Primeira Guerra Mundial foi a primeira do século XX em estado de guerra total.


A Rússia participava da Tríplice Entente, junto com a Inglaterra e a França. 
Saíram derrotadas da guerra e então a situação da Rússia ficou militarmente
aniquilada e a economia estava ainda mais fraca e sem nenhuma organização.

Governo Provisório

Com essa situação, outras pessoas começaram a ir contra o governo, inclusive


militares e centros industriais, o que forçou a abdicação do czar Nicolau II, em
fevereiro de 1971. Após esse acontecimento, o Governo Provisório foi
estabelecido, e logo o socialismo, liderado por Kerensky.
Consequências

Os sovietes fizeram pressão no atual governo para que a anistia fosse dada para
todos aqueles que foram condenados no governo czar. Com a grande pressão, o
governo concedeu o pedido e então Lenin voltou para a Rússia e liderou os
bolcheviques, defendendo o lema “Paz, terra e pão” e “Todo o poder aos
sovietes”.

Lenin, liderou uma enorme quantidade de pessoas para tomar o poder, sendo
essa massa composta principalmente por camponeses e operários no dia 6 de
novembro. Assim que os bolcheviques conquistaram o poder, as terras foram
distribuídas e houve a estatização dos bancos, estradas de ferro e indústrias.
Com o Estado grande e poderoso, controlando vários setores da sociedade, em 5
de setembro de 1918 foi instaurado o Terror Vermelho.

O que foi o Terror Vermelho?

Foi uma resolução especial adotada pela liderança dos bolcheviques. Eles
definiram que “todos os que tivessem qualquer relação com organizações,
conspirações e motins dos Brancos deviam ser mortos a tiros”.

O historiador Serguêi Vôlkov afirma que, entre 1917 e 1922, os bolcheviques


mataram quase dois milhões de pessoas. 
O imperador czar, foi morto juntamente com a sua família em julho de 1918, pois
temiam a volta da monarquia. 

Os bolcheviques retiraram a Rússia da guerra, e em fevereiro de 1918


assinaram o Tratado de Brest-Litovsk com as Potências Centrais, que entregava a
Finlândia, Países Bálticos, Polônia, Ucrãnia, Bielorrúsia, entre outros.
Guerra Civil

O governo bolchevique durante quatro anos lutava em uma guerra civil, o que


gerou uma grande insatisfação. Leon Trotsky criou o Exército Vermelho que
derrotou o seu rival, o Exército Branco, o que garantiu os bolcheviques no poder.
A Nova Política Econômica (NEP) foi desenvolvida como uma forma de
conquistar a confiança populacional, essa política permitiu que o capital
estrangeiro entrasse no país, consequentemente auxiliou o desenvolvimento da
indústria russa.
No ano de 1922 a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) foi
estabelecida e permaneceu até 1991.
Fim da Revolução

Lenin morreu em 1924 e logo após a sua morte Trotsky e Stalin lutaram para
assumir a liderança. Stalin venceu a disputa e expulsou Trotsky do país, que foi
morto em 1940 na cidade do México. 

Stalin foi um dos maiores inimigos da Alemanha durante a Segunda Guerra


Mundial.
Ele e os seus seguidores foram responsáveis pelo morte de mais de 20 milhões
de pessoas durante a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

Exercícios sobre Revolução Russa

1 – (UFFRJ) – Em 1921, o problema nacional central era o da recuperação


econômica – o índice de desespero do país é eloquente: naquele ano, 36 milhões
de pessoas não tinham o que comer. Nas novas e ruinosas condições da paz, o
“comunismo de guerra” revelava-se insuficiente: era preciso estimular mais
efetivamente os mecanismos econômicos da sociedade. Assim, ainda em 1921,
no X Congresso do Partido, Lenin propõe um plano econômico de emergência: a
Nova Política Econômica.
NETO, J. P. “O que é Stalinismo”. São Paulo: Brasiliense, 1981.

Sobre a chamada Nova Política Econômica é correto afirmar que:

a) ela reintroduziu práticas de exploração econômica anteriores à Revolução


Russa de 1917, que se traduziram num abandono temporário de todas as
transformações socialistas já feitas e um retorno ao capitalismo.

b) ela consistiu na manutenção de elementos econômicos socialistas, na


organização da economia (como o planejamento) e na permissão para o
estabelecimento de elementos capitalistas por meio da livre iniciativa em certos
setores.

c) ela significou fundamentalmente uma reforma agrária radical que promoveu a


coletivização forçada das propriedades agrárias e a construção de fazendas
coletiva, os Kolkhozes.

d) seu resultado foi catastrófico, mesmo permitindo a volta controlada de relações


capitalistas na economia, já que ela ampliou ainda mais o nível de desemprego e
produziu fome em grande escala.

e) ela significou, com a abertura para o capitalismo, um aumento substancial da


produção industrial, mas, ao mesmo tempo, por ter retirado todos os incentivos
anteriormente concedidos à produção agrícola, foi a razão da ruína do campo.

2 – (Uerj) (adaptada) –  “Camaradas, a vida de nosso bem-amado Stálin pertence


ao povo inteiro. Stálin é nosso guia, nosso sol. Morte a todos os restos do bando
fascista. Sokorine, militante do Partido Comunista da URSS, 1936.” (Apud
FERREIRA, Jorge. O socialismo soviético. In: REIS, Daniel Aarão Filho (org.) O
século XX: o tempo das crises. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.)
O terror e a propaganda foram dois lados complementares do regime stalinista.
Contudo, muitos historiadores afirmam que eles não são suficientes para explicar
o grau de aprovação conseguido por este regime tanto dentro como fora da União
Soviética. O apoio político dado a Stálin dentro da URSS também é explicado
pela:

a) eclosão da segunda revolução russa, que modificou as bases ideológicas do


bolchevismo e excluiu lideranças como a de Trótski.

b) manipulação estatal do nacionalismo, que possibilitou a mobilização popular e


revitalizou o caráter messiânico da cultura russa.

c) entrada de capitais estrangeiros após a Segunda Guerra Mundial, que facilitou


a retomada da industrialização e permitiu a diminuição do desemprego.

d) introdução da Nova Política Econômica, que permitiu a manutenção da


pequena propriedade privada e assegurou a permanência da aliança operário-
camponesa.

e) promoção do livre mercado e da liberdade de expressão.

3 – (Pucsp) – O Estado Soviético, formado após a Revolução Russa, cuidou de


expurgar da cultura desse país toda e qualquer manifestação artística que
estivesse, no entendimento das autoridades, associada ao chamado “espírito
burguês”. Foi criada, então, uma política cultural que decretava como arte oficial
apenas as expressões que servissem de estímulo para a ideologia do
proletariado. Dessa forma, foi consagrado um estilo conhecido por:
a) expressionismo soviético – que, através de uma orientação estética intimista,
procurava expor a “alma inquieta dos povos eslavos”, que passaram a integrar a
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

b) abstracionismo proletário – que, através da decomposição geométrica do real,


exprimia a “ordenação sincrônica da sociedade comunista”.

c) realismo socialista – que, através de composições didáticas, esteticamente


simplificadas, procurava enaltecer a “combatividade, a capacidade de trabalho e a
consciência social” do povo soviético.

d) romantismo comunista – que, através de um figurativismo apenas sugestivo,


procurava realizar a “idealização do mujique”, o camponês russo típico, como
representante das raízes culturais russas.

e) concretismo operário – que, através de uma concepção criadora autônoma –


não resultante de modelos -, utilizava elementos visuais e táteis, com o objetivo
de mostrar a “prevalência do concreto sobre o abstrato”- ideia básica no
materialismo dialético.

4 – (Famerp 2018) – Seja como for, o comunismo não se limitava à Rússia. […]


Uma das minhas primeiras experiências políticas, quando me tornei membro do
partido [comunista] na época em que ainda estudava em Berlim, foi uma
discussão com o companheiro responsável por meu recrutamento. Ele ficou
desconcertado quando lhe disse: “Bem, todo mundo sabe que a Rússia é um país
atrasado, por isso podemos esperar que o comunismo tenha suas derrotas por
lá.”
(Eric J. Hobsbawm. O novo século, 2000.)

A afirmação do estudante de Berlim e futuro historiador inglês baseava-se na


ideia de que

a) as revoluções operárias vitoriosas ocorreram ao longo da história nos países


mais industrializados.

b) as rupturas sociais radicais, inauguradas pela Revolução Francesa, deram


origem a regimes totalitários.

c) o sucesso revolucionário seria possível somente no caso da propagação da


revolução para países dominados pelos europeus.

d) a vitória dos comunistas na Rússia foi liderada por partidos oriundos dos
movimentos camponeses.

e) a revolução bolchevista deveria enfrentar a questão do desenvolvimento


econômico do país.
5 – (Pucrj 2018) – A Revolução Socialista na Rússia, em 1917, foi um dos
acontecimentos mais significativos do século XX, uma vez que derrubou o regime
tzarista e estabeleceu o socialismo no país. Sobre o contexto sociopolítico
anterior à Revolução, analise as afirmativas a seguir:
I. A maior parte da população estava no campo, submetida a condições de
trabalho muito precárias devido a um sistema fundiário concentrado.

II. A indústria e o setor financeiro se desenvolveram muito ao longo do século XIX


e se tornaram a base de uma forte burguesia nacional.

III. A igreja ortodoxa mantinha forte influência sobre a elite aristocrática e era um
dos pilares ideológicos do regime monárquico.

IV. No decorrer do século XIX, o operariado russo tornou-se a principal oposição


ao regime monárquico através de uma sólida rede de sindicatos e partidos.

Estão corretas SOMENTE as afirmativas:

a) I e II.

b) II e III.

c) I e III.

d) I e IV.

e) III e IV.

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