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BRANCA

GÊNESE
SEMBÈNE OUSMANE (1984)

JACKELINE ARRUDA LIMA


JULIANA SILVIA CAMPOS
SÉRGIO RODRIGUES DE OLIVEIRA
SEMBÈNE OUSMANE
Nasceu em 1 de janeiro de 1923 na comunidade de
Lebou, na região Sul do Senegal e mudou-se para
Dakar ainda na infância;
Serviu ao exército francês na segunda Guerra
Mundial;
Marxista: criticas ao imperialismo e a colonização
(filmografia potente de 12 filmes autorais, altivos e
totalmente representativos do ponto de vista da
identidade cultural.);
Mudou-se para a França em 1946 e, em 1950 foi
quando se encantou pela literatura;
Em 1956 publicou seu primeiro livro intitulado The
Black Decker, contando as próprias dificuldades que
teve para publicar, sendo um autor autodidata e da
classe trabalhadora
Em 1960, Sembène volta para o continente africano,
após mais de dez anos na Europa, e inicia uma longa
visitação dos países que tentavam se redescobrir após
emergirem do pesadelo da dominação colonial.
AS CURTAS METRAGEM...
(FILMES)
O olhar do autor com o seu povo

Sambenè se deu conta de que pela


quantidade de pessoas sem acesso informal,
o povo protagonista de sua literatura não
poderia ler seus escritos. A partir daí, lançou
mão do cinema como militância política

Seu primeiro filme "Borom Sarret( O


Carroceiro)", 1962.

Sua longa-metragem mais conhecido: La


Noire..., ou Black Girl, de 1966.
CONTEXTO SOCIO-
HISTÓRICO DA OBRA
As críticas do autor sobre os Estados Unidos
da América

"A América é um país capitalista que apenas quer


comandar. Mas se a América comanda o Senegal permitem
que isso aconteça. Assim, encontramo-nos perante uma
sociedade ajoelhada, à espera que a América abasteça.
Nunca no espaço de dez anos me senti tão humilhado com
a minha sociedade como agora. [...] uma sociedade não
pode viver de caridade. Uma sociedade que tem a sua
cultura pode confrontar todo o tipo de calamidades e
adversidades de cabeça erguida. Digo isto sempre, se fosse
mulher nunca casaria com um africano. As mulheres devem
casar com homens de verdade, não com deficientes
mentais. "
ENREDO/SINOPSE
TEMPO E ESPAÇO

"é uma zona muito especial que


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bordeja o litoral atlântico
ocidental e que se estende de Yoff
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(OUSMANE,1964, p.
mais além..."
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"Santhiu-Niaye, onde se desenrola
al
nossa história, não se diferenciava ci
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em nada dos outros vilarejos." O
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(OUSMANE,1964, p. 93)
di
I
ALGO A MAIS...

Yoryor - prece das 9h30m às 10h30m;


Tacousane - prece das 16h55m;
Tisbar - prece das 14hrs

O Loli e o Thorone liberavam homens e


mulheres dos duros trabalhos campestres. Em Primeira e quarta
Santhiu- Nyaye eram dias longo, uniformes e estação
monótonos." (OUSMANE, 1984, p. 119)

"Ela recontava os meses mentalmente:


'barahelu, kor, korite, digui-tabaski,
tamharet, digui-gamu, gamu, raki-gamu', Oitavo mês
nove meses." (OUSMANE, 1984, p. 141)
TRADIÇÃO E
COSTUMES ye
ia
u-N
"O Corão é formal nesse ponto. E todos aqui
thi
an
somos mulçulmanos" (SAMBÈNE, 1964, p. S
134)
Religiosidade x Hipocrisia

Homem x Mulher (Lei da Poligamia)

Colonialismo: Toubab(Homem Branco)

Modernidade x Tradição
PERSONAGENS

Ngoné War Thiandum

Guibril Guedj Diob


(Ndiobène)

Khar Madiagua Diob Nhanhá Guissê

Tanor Ngoné Diob Déthyè Law

Medoune Diob Atumane (Navétanekat)


Camponês
"Viverá apenas prisioneira de uma ordem moral falsa e
misteriosa ..'Como explicar de outro modo aquele ato?'
Perguntava-se ela."(OUSMANE, 1984, p. 97)

"Ngonè War Thiandum estava farta dessa tristeza


teimosa. A excitação curiosa que a havia levado por
etapas, a descobrir o gerador do filho ilegítimode que
estava grávida sua filha havia estancado de repente."
(OUSMANE, 1984, p. 98)

- INICÍO...
"Ngonè ...não sabia se era uma prece, uma
incriminação que ela dirigia a seu Alá , ou se, por
eufemismo, ela fazia o processo de sua vida , das
normas dessa vida." (OUSMANE, 1984, p. 100)

"Ngonè ...baixou a cabeça. 'Saberia ela de alguma


coisa?', perguntava-se. 'Por que caminhos, que
deduções de fatos a teriam levado a apoderar-se
daquele segredo?." (OUSMANE, 1984, p. 105)
- PRECE DE NGONÈ À ALÁ...E SUA CONVERSA NHANHÁ
GUISSÊ
CONTINUAÇÃO...
Tanor é chacota no vilarejo (Esteve
na guerra da indochina e magrebe)

Ngonè acusa sua griote de saber


quem é o pai da criança. Ela sabe
que não é o navetanékat.

"Você sabe, Nhanhá, sabe sim!


Perante alá, creio que sabe.
PROCURANDO O CULPADO...
"Toda semana as más-línguas
engravidam uma jovem de Santhium-
Niaye" (OUSMAEN, 1984, p. 113)

"- Mãe Ngonè, eu lhe juro que não


sou eu. - Quem é então? - Somente
Khar pode dizer." (OUSMANE, 1984,
p. 113)

Tanor persegue o Navetanaket e


depois da uma surra em sua irmã para
lhe contar quem é o pai da criança.
REVELAÇÃO DO
MISTÉRIO

" - É o meu pai." (OUSMANE, 1984,


p. 117)
Síntese do que aconteceu depois...

Dethyè não confia em Medoune


Diob;
Todos passam a excluir Guibril
Guedj Diob;
Como seria a vida de Khar?
Pensava sua mãe;
Vehi-Ciosane Ngoné Thiandum;
O adda (tradição) estava morrendo;
Inferiorizavam Déthyè Law por ser
de casta inferior, sapateiro.
MORTES...

MORTE DE NGONÉ WAR THIANDUM


MORTE DE GUIBRIL GUEDJ DIOB
Nosso maior griot dos cinemas

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