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BECOS DA MEMÓRIA

cONCEIÇÃO EVARISTO
CONCEIÇÃO
EVARISTO Biografia

Maria da Conceição Evaristo de Brito nasceu em 29 de


novembro de 1946, em Belo Horizonte. Foi a segunda de
nove filhos de dona Joana Josefina Evaristo. Viveu na
favela Pindura saia até 1971. Conceição é graduada em
Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestre
em Literatura Brasileira pela PUC-Rio e doutora em
Literatura Comparada pela Universidade Federal
Fluminense.
Pindura saia
Chegaram os anos 1970, veio a
ditadura militar;
Política de Erradicação de
Favelas.
Hoje no lugar da favela, agora
tem um mercado distrital.
Prolongamento da Avenida
Afonso Pena.
TRAJETÓRIA
“Já no p
limpeza
rimário
em cas
eu fiz m
uita
Aos 8 anos de idade trabalhava como empregada doméstica;
Ajudava a mãe e a tia nas lavagens de roupas das senhoras ricas;
trocas d a de pr Sua mãe trabalhou para grandes escritores e filhos de escritores:
e livros ofessor
." es em Alaíde Lisboa de Oliveira;Otto Lara Resende e Henrique Lisboa.
Influencia de Carolina Maria de Jesus
Primeiro premio: Literatura Sandoval de Azevedo em 14 fev 1958,
aos 12 anos.
Curso Normal, que formava professores para a rede primária
(aproximadamente em 1971), quando a familia estava começando
a ser despejada da favela;
Um ano desempregada e em 1973 mudou-se para RJ
1976 fez vestibular para UFRJ, curso de Letras
Terminou o livro "Becos da Memória em 1988, quando se
comemorava os 100 anos da assinatura da lei áurea; Conseguiu
publicar em 2006.
1950-1970 Crescimento
das Favelas
1870-1890
RJ população mais que dobrou
(de 235.381 para 518.292 História
habitantes)
Abolição da escravatura (1888)

1893 Cortiço de
Porco
crise na agricultura

Contexto Histórico da cidade do


Rio de Janeiro
CABEÇA DE PORCO

Em 26 de janeiro de 1893;
Prefeito Barata Ribeiro.
VELA
FA
No entanto, o “sucesso” da erradicação significou tão-somente a
transferência do problema para outros
lugares: na falta de outras opções a população de baixa renda,
na maioria das cidades brasileiras,
sobe os morros ou ocupa as áreas de mangues e alagados,
pouco valorizadas pelo mercado fundiário
incipiente, gerando o “problema” das favelas (vilas, mocambos,
palafitas, malocas, invasões, baixadas
etc.). (CARDOSO, 2008 p.29).

Revolta Guerra de
Armada (1893- Canudos
1894) (1896-1897)
1 2

Espaço Tempo
enredo e
"Nada que está narrado em Becos da
memória é verdade, nada que está narrado

sinopse
em Becos da memória é mentira"
(EVARISTO, 2018, p.10).

"Escrevo como uma homenagem póstuma à Vó Rita, que dormia


embolada com ela, a ela que nunca consegui ver plenamente, aos
bêbados, às putas, aos malandros, às crianças vadias que habitam os
becos de minha memória [...]. Homens, mulheres, crianças que se
amontoaram dentro de mim, como amontoados eram os barracos de
minha favela" (EVARISTO,2018, P. 14).
Narra história de vários personagens com trajetória
distintas diante do desfavelamento;

Maria-Nova é quem, de certa forma, vai nos


guiando pela narrativa;

Possui o desejo de registrar os processos vivenciados


pelos moradores da favela;

Não se apresenta de forma linear.


Narrador onisciente
Narrador
narrador
personagem-
testemunha
"Eu me lembro" [...]
"Hoje a recordação daquele mundo me traz lágrimas aos olhos. Como
éramos pobres! Miseráveis talvez! Como a vida acontecia simples e como
tudo era e é complicado!" (p. 14).

"Sempre sabíamos quando Vó Rita estava chegando".


Linguagem
Oralidade típica do cotidiano, utilizada
no espaço da favela.

Importancia
A figura feminina: a
violência de gênero

da obra
Personagens: Nazinha; Fuizinha e
Custódia.

Desigualdade social
Personagens: Ditinha e D. Laura

O negro: escravidão
Personagens: Tio Totó e Tio Tatão
Favela/Senzala

“única liberdade que os escravos


receberam foi a de poderem ser móveis. Isto é, sair
da fazenda onde moravam, para onde quisessem,
sem serem perseguidos por ‘capitães do mato’ .”
(MEDINA, 1964 p.16).
Religiosidade

Miséria

Gravidez na adolescência

Paixão
Política
Referencias EVARISTO,Conceição. Becos da Memória. São

Bibliograficas
Paulo: 3.ed. Pallas,2018.

BARROS,Arisía. Conceição Evaristo por Conceição Evaristo. Cada Minuto,2019.


Disponivel em: https://www.cadaminuto.com.br/noticia/2019/08/24/todos-os-
alunos-pobres-e-eu-sempre-ficavamos-alocados-nas-classes-do-porao-do-
predio-poroes-da-escola-poroes-dos-navios-diz-conceicao-evaristo.

ROGERO,Tiago. Episódio 2. TIAGO ROGERO,2019. Disponível


em:https://tiagorogero.com/2019/09/11/episodio-02/

MACHADO, Bárbara Araújo. “Escrevivência”: a trajetória de Conceição Evaristo.


História Oral, v. 17, n. 1, p. 243-265, jan./jun. 2014
FILHO, Afredo P. de Queiroz. Sobre as origens das favelas. Mercator - Revista
de Geografia da UFC, vol. 10, núm. 23, pp. 33-48, set/dez, 2011.
ANDREATTI. Gabriela Soares Nogueira. A memória e seus percursos em
Becos da Memória de Conceição Evaristo. In: CONGRESSO
INTERNACIONAL DE PESQUISA EM LETRAS NO CONTEXTO LATINO-
AMERICANO, 5.

JESUS, Claudia Aparecida de. Becos da memória de Conceição Evaristo:


a raça como signo de subalternização. Sergipe, 2021.
Obrigada!

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