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Professora:
No art. 130 já deixa claro que as férias deverão ser concedidas após a vigência de 12
meses, isso quer dizer que, a empresa não poderá antecipar férias, salvo se for férias
coletivas, que falaremos mais a frente.
OBS: Não esquecer que a contagem das faltas nas férias é por período aquisitivo.
Ausências ao serviço que não serão consideradas faltas (art. 131)
Casos previstos no art. 473, que são:
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua
carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica;
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada;
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva.
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra c do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de
agosto de 1964 ( Lei do Serviço Militar ).
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior.
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo.
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de
organismo internacional do qual o Brasil seja membro.
X - dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para acompanhar sua esposa ou companheira em até seis consultas médicas, ou
exames complementares, durante o período de gravidez;
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica.
XII - até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de realização de exames preventivos de câncer devidamente
comprovada.
Férias anuais
Aviso de Férias
Art. 135 – A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com
antecedência de, no mínimo, 30 dias. Dessa participação o interessado dará recibo.
Isso quer dizer que, para que a empresa conceda as férias em prazo legal, o
empregado precisa ser comunicado do início dessas férias com pelo menos 30 dias
de antecedência, para que o empregado possa se organizar.
Concessão
As férias serão concedidas quando melhor atender o interesse da empresa, ou seja, o
empregador é quem vai determinar o melhor período para conceder essas férias ao
empregado, conforme determina o art. 136 da CLT.
Caso o empregador conceda essas férias fora do prazo, é devido o pagamento em dobro
da remuneração, art. 137 da CLT.
Conforme determina o art. 134 §3º “é vedado o início das férias no período de 2 dias que
antecede feriado ou dia de Descanso Semanal Remunerado (DSR)”.
Pagamento
A remuneração das férias deverá ser paga sempre dois dias antes do início do
gozo do respectivo período, conforme determina o art. 145 da CLT.
Vale ressaltar que nada impede que a empresa proceda com o pagamento antes
dos dois dias, contudo, esse pagamento nunca poderá ocorrer depois desse prazo.
Isso é válido principalmente quando o empregador paga em cheque após o
expediente bancário, ou faz um depósito em cheque ou até em dinheiro em caixa
eletrônico, que depende de compensação da instituição financeira.
Recentemente o STF julgou inconstitucional a súmula que previa o pagamento
em dobro das férias, caso não fossem pagas em até 2 dias. Então, atualmente não
é devido o pagamento em dobro caso as férias sejam pagas fora do prazo. É devido
apenas o pagamento de multa administrativa em caso de fiscalização.
Férias anuais
Art. 133 – Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo:
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 dias seguintes à sua saída;
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 dias;
III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 dias, em virtude de
paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e
IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente do trabalho ou de
benefício por incapacidade temporária (auxílio-doença) por mais de 6 meses, embora
descontínuos.
Deverá iniciar um novo período aquisitivo quando o empregado, após o implemento
de qualquer das condições previstas neste artigo, retornar ao serviço.
Férias – Licença remunerada
Não possui na legislação previsão sobre licença não remunerada, mas geralmente
ele é solicitada pelo empregado, onde nesse período não há o pagamento do
salário do empregado visando atender seus interesses pessoais, e assim a empresa
não tem a obrigação de aceitar.
Então enquanto pendurar a suspensão, não haverá a contagem como tempo de
serviço, não havendo obrigação assim, de cumprimento de qualquer obrigação
trabalhista e previdenciária por parte do empregador.
Exemplo: Empregado admitido em 01.12.2020, solicitou a empresa afastamento de
suas atividades por dois meses com início 01.03.2021, mediante formalização de
licença não remunerada.
Logo, seu período aquisitivo de férias será alterado, conforme se analisa a seguir:
Férias – Licença Não Remunerada
Admissão 01/12/2020
01.12.2020 à 30.12.2020 1 avo
01.01.2021 à 31.01.2021 2 avos
01.02.2021 à 28.02.2021 3 avos
01.03.2021 à 31.03.2021 contrato suspenso devido licença não remunerada
Logo, em virtude da licença não remunerada do empregado, como seu contrato ficou suspenso por
dois meses, seu período aquisitivo será: 01.12.2020 à 31.01.2022, ou seja, esse empregado somente
terá suas férias vencidas em 31.01.2022.
Licença por doença/acidente (INSS)
Licença por motivo de doença ou acidente, com recebimento de benefício pelo INSS, por
mais de 6 meses (+ 180 dias), no mesmo período aquisitivo ainda que descontínuos, implica
a perda do direito às férias correspondentes.
Exemplo:
Salário base: R$ 1.550,00
Insalubridade 10% = R$ 121,20
OBSERVAÇÕES:
O empregado estudante, menor de 18 anos de idade, tem o direito de fazer coincidir suas
férias com o período de suas férias escolares;
As férias dos trabalhadores aprendizes devem coincidir, preferencialmente, com as férias
escolares, sendo vedado ao empregador fixar período diverso daquele definido no programa
de aprendizagem;
Os membros de uma família, que trabalham no mesmo estabelecimento ou empresa, têm
direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se deste fato não resultar
prejuízo para o serviço.
Importante! Art. 138 – Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro
empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho
regularmente mantido com aquele.
Férias anuais – Abono Pecuniário
Abono pecuniário
Conforme determina o art. 143 da CLT, é facultado ao empregado converter 1/3 das férias a que tem
direito em abono pecuniário, prestando serviço durante o citado período.
O abono de férias deverá ser requerido até 15 dias antes do término do período aquisitivo.
Logo, se o abono for requerido dentro do prazo legal, o empregador deve aceitar. Mas, caso o
empregado solicite fora do prazo, o empregador não é mais obrigado a aceitar a conversão das férias
em abono.
Assim, conforme o número de dias corridos de férias a que faz jus, o empregado pode pleitear a
conversão e o pagamento do abono pecuniário na seguinte proporção.
Assim, com base no art. 28, o cálculo da contribuição ao INSS, deve utilizar a tabela abaixo
levando em consideração o ano de 2022:
Assim, sobre o valor da remuneração das férias, e também, quando houver, sobre
a proporcionalidade do saldo de salário do mês da mesma competência, deve-se
aplicar a alíquota de 8% para o depósito fundiário.
Férias – IRRF
IRRF
As férias, por serem rendimentos do trabalho assalariado, estão sujeitas a retenção do imposto de
renda pela fonte pagadora, todavia somente quando se referir às férias pagas durante a vigência do
contrato de Trabalho, ou seja as férias gozadas.
O cálculo, será efetuado separadamente dos demais rendimentos pagos ao beneficiário, no mês,
com base na tabela progressiva.
A base de cálculo do imposto corresponderá ao valor das férias pagas ao empregado, acrescido do
terço constitucional de férias.
Como sabemos, o regime do IRRF é o de caixa, portanto esse IRRF será recolhido até o dia 20 do
mês subsequente ao pagamento dessas férias.
Exemplo: Férias de 01/03/2022 a 30/03/2022
Data do pagamento das férias: 26/02/2022
Então o recolhimento do IRRF será junto com a folha do mês 02/2022, por causa da data de
pagamento.
Férias – Adiantamento do 13º nas férias
13º nas férias
Art. 2o, Lei no 4.749/65 – Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o
empregador pagará, como adiantamento da gratificação referida no artigo
precedente, de uma só vez, metade do salário recebido pelo respectivo empregado
no mês anterior.
Férias vencidas: Corresponde ao período completo de férias, cujo direito tenha sido
adquirido pelo empregado, devido na rescisão do contrato, qualquer que seja sua causa
(dispensa com ou sem justa causa, culpa recíproca, aposentadoria, morte, etc.).
Férias proporcionais: Corresponde ao período incompleto de férias, na proporção de 1/12
(um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 dias, devido na rescisão do
contrato, qualquer que seja sua causa, exceto demissão por justa causa.
Exemplo:
Admissão: 08/06/2019
Último período aquisitivo gozado: 08/06/2019 a 07/06/2020
Rescisão sem justa causa, último dia do aviso prévio trabalhado em 20/10/2021
Empregado fará jus a férias vencidas e proporcionais?
Férias – Na Rescisão de Contrato
Férias vencidas:
08/06/2020 a 07/06/2021
Férias proporcionais:
Contagem:
08/06 a 07/07 = 1/12
08/07 a 07/08 = 2/12
08/08 a 07/09 = 3/12
08/09 a 07/10 = 4/12
08/10/2021 a 20/10/2021 = 13 dias
Então ele terá direito as férias vencidas e 04/12 AV de férias proporcionais na rescisão de
contrato.
FÉRIAS COLETIVAS
Férias Coletivas
Art. 139 – Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma
empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa.
§ 1o - As férias poderão ser gozadas em 2 períodos anuais desde que nenhum
deles seja inferior a 10 dias corridos.
As férias coletivas também não podem iniciar em 2 dias que antecede feriado
ou descanso.
Férias Coletivas
Art. 140 – Os empregados contratados há menos de 12 meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais,
iniciando-se, então, novo período aquisitivo.
Dessa forma, se o período de gozo das férias coletivas exceder o direito adquirido deve-se conceder licença
remunerada ao empregado.
Exemplo 1:
Férias coletivas inferiores ao direito adquirido:
Admissão: 05/01/2021
Férias Coletivas: 10 dias (04/11 a 13/11/2021)
Direito adquirido: 25 dias (10/12 avos = 2,5 * 10)
Iniciar novo período aquisitivo de férias em 04/11/2021
Nesse caso, a empresa poderá conceder os 25 dias de férias coletivas para esse
empregado e zerar o período aquisitivo, ou ele tira o restante dos dias posteriormente.
Férias Coletivas – Contratos com menos de 12 meses
Exemplo 2:
Admissão: 05/07/2021
Férias Coletivas: 15 dias (04 a 18/11/2021)
Direito adquirido: 10 dias
Iniciar novo período aquisitivo de férias em 04/11/2021
Gozo de férias: 10 dias, de 04/11 a 13/11/2021 (4/12 avos = 2,5 * 4)
Licença remunerada: 14/11/2021 a 18/11/2021 (5 dias)
Férias Coletivas – Abono Pecuniário
✅Verificar se não houve afastamentos dentro do período aquisitivo, pois se o empregado ficou mais de 180 dias afastado
dentro do mesmo período aquisitivo, ele perde o direito a essas férias;
✅Verificar quantas faltas injustificadas o empregado teve dentro do período aquisitivo, pois dependendo da quantidade de
faltas, a quantidade de dias e remuneração do empregado irá diminuir;
✅Verificar se não há ofício de pensão alimentícia com a possibilidade de descontar o valor da pensão sobre as férias;
✅Verificar se não há solicitação de pagamento de décimo terceiro junto com as férias;
✅Verificar se o empregado solicitou o abono pecuniário;
✅Verificar se o empregado tem direito a salário família;
✅O empregado deverá ser avisado das férias, com antecedência mínima de pelo menos 30 dias. Art. 135 da CLT;
✅O início das férias não podem iniciar em 2 dias que antecede o feriado ou descanso. Então antes de registrar as férias
observe isso! Art. 134, parágrafo 3• da CLT;
✅As férias podem ser fracionadas em até 3 períodos, desde que haja concordância do empregado, sendo que um dos
períodos não poderá ser inferior a 14 dias, e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias corridos cada um. Art. 134,
parágrafo 1• da CLT;
✅O pagamento da remuneração das férias, e se for o caso do abono pecuniário deverão ser efetuados até 2 dias antes do
início desse respectivo período de férias, como também a assinatura no recibo. Art. 145 da CLT;
A gratificação de natal está prevista no artigo 7°, inciso VIII, da Constituição Federal, mas foi
instituída como 13° salário pela Lei n° 4.090/62.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
Assim, trata-se de uma remuneração obrigatória aplicada ao empregador, sendo paga aos
trabalhadores assalariados no mês de dezembro de cada ano-calendário. Corresponde a
1/12 avos do salário pago no mês de dezembro do referido ano-calendário, contudo cabe
analisar o tempo de serviço do empregado no ano em curso. (Decreto n° 10.854/2021, artigo
76).
Para ter direito a 1/12 avos, o empregado precisa trabalhar fração igual ou superior a
15 dias em cada mês.
13º Salário – 1º e 2º Parcela
Salário Variável
De acordo com a legislação, para os empregados que recebem salário
variável, o 13° salário será calculado na base de 1/11 (um onze avos) da
soma das importâncias variáveis devidas nos meses trabalhados até
novembro de cada ano.
À média, por sua vez, será somada a parte correspondente ao salário
contratual fixo.
Assim, para os empregados com salário variável, para pagamento da
primeira parcela do 13º, é feito a média salarial de janeiro a outubro, ou seja,
dividindo por 10, e para pagamento da segunda parcela, deverá ser feita a
média das variáveis percebidas até o mês de novembro, dividindo por 11.
13º Salário – Salário Variável
Devido o empregado receber salário variável, por essa razão, até o dia 10 de janeiro do ano
seguinte, o empregador deverá apurar o ajuste da diferença referente ao 13° salário.
Havendo saldo a favor do empregado será paga a chamada “terceira” parcela.
Para apurar as diferenças, o empregador recalculará a média das variáveis percebidas pelo
empregado no transcorrer do ano, ou seja, de janeiro a dezembro, caso o empregado
tenha trabalhado o ano completo.
Caso seja apurada diferença a favor do empregado, esta será paga, conforme prazo
acima.
No entanto, caso seja apurada diferença a favor do empregador, será descontada do
empregado.
Faltas
Para que o empregado tenha direito ao avo de décimo terceiro, ele precisa
trabalhar uma fração igual ou 15 dias no mês, conforme falamos anteriormente.
Sendo assim, o empregado não terá direito à fração de 1/12 avos no mês em
que trabalhar menos de 15 dias, ou seja, nos meses de 31, 30, 29 e 28 dias em
que faltar injustificadamente 17, 16, 15 e 14 dias respectivamente, não fará jus ao
13º Salário no referido mês.
13º Salário – Afastamentos
Auxílio doença
Para os empregados afastados por auxílio-doença comum, o pagamento do 13° salário será pago pelo
empregador de forma proporcional ao período trabalhado no ano, considerados também os 15 primeiros dias
de afastamento pagos pela empresa, e sendo pago pelo INSS a partir do 16° dia de afastamento até o
retorno do segurado ao trabalho.
Acidente de trabalho
No caso de afastamento por auxílio-doença acidentário, o 13° salário será pago de acordo com as seguintes
regras:
a) a empresa efetuará o pagamento proporcional ao período efetivamente trabalhado (anterior e posterior ao
afastamento), incluindo-se nessa apuração os primeiros 15 dias de afastamento, cuja remuneração cabe ao
empregador;
b) a Previdência Social efetuará pagamento proporcional ao período de afastamento, a contar do 16° dia até
a data do retorno ao trabalho, geralmente pago com a última parcela do benefício;
c) a empresa deverá adicionar a importância paga pela Previdência Social ao valor pago por ela. Se o valor
total recebido pelo empregado for inferior ao que perceberia se houvesse trabalhado durante todo o ano,
caberá ao empregador efetuar o pagamento da diferença como "Complementação do 13° Salário".
13º Salário – Licença Maternidade
Licença Maternidade
O empregador pagará o 13° salário na integralidade à empregada que esteve de licença maternidade durante o ano vigente, ou
seja, os 12/12 avos. No entanto, o período relacionado ao afastamento, o empregador poderá deduzir das contribuições
previdenciárias que serão recolhidas pela empresa.
II - o resultado da operação descrita no item I deverá ser dividido pelo número de meses considerados no cálculo da remuneração
do 13° salário;
III - a parcela referente ao 13° salário proporcional ao período de licença-maternidade corresponde a multiplicação do resultado da
operação descrita no item II pelo número de dias de gozo de licença-maternidade no ano.
Diante disso, o 13° salário relativo ao período dos 120 dias será recuperado pela empresa quando do recolhimento das
contribuições previdenciárias, que neste exemplo seriam de R$ 566,40.
13º Salário – Licença Maternidade
Licença Maternidade
No exemplo anterior, trata-se da situação em que os 120 dias de licença maternidade
recaíram durante o mesmo ano vigente, caso parte da licença tenha recaído em outro ano
deverá deduzir somente os dias de licença maternidade dentro do ano corrente.
Por exemplo: Se a licença maternidade fosse do dia 10/10/2021 a 06/02/2022 = 120 dias, a
dedução iria se referir somente a 83 dias de 2021 e os outros 37 dias será deduzidos no ano
de 2022, neste caso o valor a deduzir seria:
R$ 4,72 × 83 dias de licença maternidade = R$ 391,76 (deduzir em 2021);
R$ 4,72 x 37 dias de licença maternidade = R$ 174,64 (deduzir em 2022).
Total: R$ 566,40
13º Salário – Admissão no decorrer do ano
Horas extras
As horas extras são verbas salariais, e por isso devem integrar a base de calculo
do 13° salário, sendo calculado com base na média das horas extras realizadas no
decorrer do ano.
A apuração da média de horas extras é efetuada mediante a soma do número de
horas extras realizadas no ano em questão, dividindo-se o resultado dessa soma
pelo número de meses trabalhados. A média apurada deverá ser multiplicada pelo
valor da hora extra do momento do pagamento (mês atual).
O valor encontrado será, então, acrescido ao salário do empregado para efeito do
cálculo do 13º Salário.
13º Salário – INSS
INSS
De acordo com o artigo 94 da IN RFB 971/2009, na primeira parcela do 13° salário não
haverá incidência de INSS, uma vez que tal incidência se aplicará somente no pagamento
da última parcela.
Sendo assim, a incidência de INSS ocorrerá somente no pagamento da segunda parcela
sobre o valor bruto (total) do 13° salário, sem o abatimento do adiantamento já pago.
Então, o décimo terceiro salário integra a base de cálculo, sendo devidas as contribuições
sociais quando do pagamento ou crédito da última parcela ou na rescisão de contrato de
trabalho.
13º Salário – FGTS
FGTS
Nos moldes do artigo 15 da Lei n° 8.036/90, o empregador ficará obrigado a depositar, até o
dia 7 de cada mês, em conta vinculada do FGTS, a importância correspondente a 8% da
remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração
as parcelas de que tratam a gratificação natalina prevista na Lei n° 4.090/1962.
Portanto, sobre cada parcela do 13° salário, haverá a incidência de FGTS no mês da
competência em que for paga a gratificação natalina, obedecendo ao mesmo prazo da
remuneração mensal, qual seja, até o dia 7 do mês seguinte que se refere a competência.
Ou seja, na primeira parcela, recolhe o FGTS junto na folha de novembro, e referente a
segunda parcela recolhe junto na folha de dezembro.
13º Salário – IRRF
IRRF
Os valores referentes ao 13° salário são rendimentos tributáveis exclusivamente na fonte,
cujo recolhimento será definitivo para o empregado, de acordo com o artigo 700, inciso III do
RIR/2018, sendo que a retenção ocorrerá sobre o valor integral, no mês de sua quitação,
conforme inciso II do mesmo artigo.
Em regra geral, considera-se mês de quitação o mês de dezembro, o da rescisão do
contrato de trabalho, ou o do pagamento acumulado a título de gratificação natalina.
Ou seja, com vencimento até o dia 20 do mês subsequente ao mês da quitação.
13º Salário – eSocial
eSocial
Adiantamento 13º: O Manual do eSocial determina que o adiantamento do 13° salário será
enviado até novembro por meio do evento S-1200 Remuneração do Trabalhador. Nesse
caso, será utilizada a rubrica específica de código 5504 - 13° Salário Adiantamento, enviada
junto na folha mensal (AAAA-MM), referente ao mês em que o adiantamento for pago.
Segunda parcela 13º: Constará o valor total do 13° salário utilizando a rubrica 5001 - 13°
Salário, e também o desconto do adiantamento do 13° salário através da rubrica 9214 - 13°
Salário Desconto de Adiantamento.
Lembrando que, o prazo de envio do 13° salário (apuração anual) no eSocial, será até 20
de dezembro do ano a que se refere, e quando não houver expediente bancário o prazo
para envio do evento será o dia útil imediatamente anterior.
13º Salário – DCTFWEB Anual
DCTFWeb Anual
Por meio da DCTFWeb anual o empregador fará a confissão de dívida das contribuições
previdenciárias e de terceiros (outras entidades) incidentes sobre o 13° salário, bem como,
emitirá a guia DARF para recolhimento.
O prazo de envio dessa declaração é até o dia 20 de dezembro, salvo quando este recair
em dia não útil, onde a transmissão deverá ser antecipada para o dia útil imediatamente
anterior.
Com a entrada da DCTFWeb, não é mais necessário enviar GFIP de 13º, pois as
informações previdenciárias serão prestadas e consideradas exclusivamente pelo
eSocial/DCTFWeb.
AULA PRÁTICA