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ILMO. SR.

SUPERINTENDENTE DA POLÍCIA RODOVIÁRIA


FEDERAL NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO.

PAULO CESAR MACEDO FERRAZ,


brasileiro, casado, servidor público municipal, portador da CPF/MF nº
806.183.406-53, residente e domiciliado na Av. Conceição da Barra, 1.271,
Apto 301, Bairro Araçá, Linhares – ES, vem respeitosamente perante V.
Sª., apresentar:

DEFESA

À notificação de infração de trânsito G003401555, que teria sido cometida


em 05/01/2016, expondo para a final requerer o que segue:

Trata-se de auto de infração por suposta violação


ao preceito contido no artigo 208 do CTB, porquanto o recorrente, quando
conduzia seu veículo VW/Polo 1.6, paca OYG-8677/ES, teria avançado o
sinal vermelho do semáforo na altura do Km 195,95 da BR-101.
No entanto, verifica-se que o referido auto de
infração, além de irregular, apresenta-se inconsistente, devendo, pois, ser
arquivado.

De fato, verifica-se a irregularidade no auto de


infração quando se observa que o aparelho responsável pela sua verificação
se encontra em desacordo com a norma sediada no Artigo 280, § 4º do
CTB.

A uma porquanto impossível se apresenta a real


identificação daquele equipamento, vez que na fotografia que atestaria a
infração consta claramente: “Registro Inmetro 062 data 08/01/2012” e na
notificação da autuação verifica-se o registro naquele instituto sob nº
¨G2126834-2”, completamente divergente daquele que teria verificado a
infração

Noutra senda, faltante também a data de aferição


do equipamento, o que lhe retira segundo normas do CONTRAN, a
capacidade de emitir autuações.

Como se não bastassem referidas irregularidades


capazes de ensejar a nulidade da autuação, verifica-se que em verdade o
condutor do veículo não cometeu qualquer irregularidade na condução do
automotor.

Com efeito, não procedeu ele ao avanço do sinal,


uma vez que transpôs o cruzamento quando o semáforo ainda apresentava o
sinal amarelo, que evidentemente lhe permitia realizar a manobra.
Tal assertiva pode ser especialmente observada
tanto pela distância do veículo do sinal semafórico quanto pela falta de
veículos que se aproximassem no sentido perpendicular.

Acaso estivesse o veículo avançado o sinal


vermelho do semáforo poder-se-ia constatar pela fotografia a presença de
veículos oriundos do cruzamento em que trafegava o requerente.

Em sendo assim, resta claro que o presente auto


de infração se apresenta irregular e inconsistente.

Diante do exposto, requer a V. Sª. se digne determinar o cancelamento do


auto de infração em epígrafe, julgando-o insubsistente, assim como seja
cancelado todas as medidas acessórias dele decorrentes.

N. Termos.

P. deferimento.

Linhares, 23 de fevereiro de 2016.

PAULO CESAR MACEDO FERRAZ

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