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LENDA DO GUARANÁ

CENA 1:

NARRADOR (na frente da plateia): Essa é a história da lenda do guaraná. Tudo começou com um
casal… (NARRADOR sai)

A MÃE e o PAI surgem no cenário da aldeia.

MÃE: Ah, eu tô tão feliz de viver nessa aldeia. Todo mundo gosta da gente aqui.
PAI: Pois é, aqui é mó paz, super de boa. Só tem uma coisa que ia me deixar mais feliz: ter um filho.
MÃE: Eu também quero. Vamos pedir ajuda a Tupã?
PAI: Boa ideia. Ele com certeza vai ajudar a gente!

PAI e MÃE se ajoelham e sussurram algumas preces de olhos fechados. Mas de repente TUPÃ
aparece entre eles e eles fazem cara de susto.

TUPÃ: Por serem pessoas tão bondosas e justas, vou atendê-los. Vocês serão pais de um menino
forte, sadio e inteligente.
MÃE: Obrigada, Tupã!
PAI: Que maneiro, vou ser papai!
MÃE: Não vejo a hora de sentir dores de parto!
PAI: Mal posso esperar pra passar noites sem dormir ninando o bebê!
MÃE: Vai ser o máximo!

Eles se abraçam e saem de cena. PLATEIA bate palma

CENA 2:

MÃE volta a cena com a barriga grande acenando para a plateia e dizendo “Gente, tô grávida”.
Depois sai. MÃE volta a cena com um bebê e diz para a plateia: “Olha aqui, ele não é lindo?”. Depois
sai. Ao retornar, MÃE e PAI já aparecem com o FILHO crescido.

PAI (para a plateia): Gente, esse menino é muito prestativo e bonzinho.


FILHO: Ah, para, pai.
PAI para e o FILHO olha para ele estranho.
FILHO: Ué, por que parou?
PAI: Ué, você pediu.
FILHO: Ah, vai, continua…
PAI: Esse menino é muito especial. Ele conhece todos os segredos da floresta, entende e fala com
os animais! Vocês não gostam dele? (aponta para o garoto)
PLATEIA: SIM! (Todos saem de cena.)

CENA 3:

NARRADOR: Mas nem todo mundo gostava dele. Jurupari, um ser do mal, tinha muita inveja do
menino, porque ele era muito inteligente e bondoso.
JURUPARI aparece.
JURUPARI: Quem esse menino pensa que é? Tão bondoso, tão perfeito, tão querido por todos! Isso
eu não aguento. Vou destruí-lo, logo, logo…
(Todos saem)
CENA 4:

MÃE: Filho, por favor, vai até a floresta colher umas frutas para o jantar!
FILHO: Beleza, mãe.
MÃE: Só não vai pra longe que é perigoso.
FILHO: Ah relaxa, mãe. Eu sei me defender.

(Sai de cena e logo em seguida a MÃE sai)

CENA 5:

FILHO aparece em cena. Logo depois aparece o JURUPARI.

JURUPARI: É hoje que esse menino tão perfeito vai morrer!


FILHO: Ei, quem é você? Eu te conheço!? Sai daqui.
JURUPARI: Nada disso. Vou acabar com a sua raça.
JURUPARI dá um mata leão no FILHO, morde seu pescoço e o FILHO cai no chão morto.
JURUPARI: Pronto, me vinguei. E agora, menino, quem é o melhor, hein? (Sai dando
gargalhada)

CENA 6:

NARRADOR: Enquanto isso, a MÃE e o PAI procuravam seu filho por toda a aldeia porque ele
estava demorando muito.
MÃE e o PAI se aproximam um pouco longe do filho estirado no chão.

MÃE: Filho, onde você está? Responda!


PAI: Filho, responda!
MÃE (desesperada, ajoelhando no chão): Olha ali! Não acredito! Meu filho! Todo mundo gostava
dele! Quem teria a crueldade de fazer isso?
PAI (ajoelha também): Foi Jurupari. Foi Jurupari que matou nosso bebê. Ele tinha inveja de sua
bondade e inteligência.
MÃE: Agora só nos resta rezar para Tupã nos ajudar.

MÃE e PAI juntam as mãos para rezar. Logo depois, Tupã aparece.

TUPÃ: Sei que o menino se foi, mas vou consolar vocês por essa morte. Pegue os olhos do seu filho
e plantem bem aqui. Daqui a alguns dias, vai brotar uma planta milagrosa, o guaraná, que vai fazer
vocês felizes.
MÃE (levantando): Obrigada, Tupã. Não vejo a hora de tomar um guaraná antartida!
PAI: Só um guaranazinho pra me consolar nessa hora.

NARRADOR aparece.
NARRADOR: E foi assim que surgiu o guaraná.
PLATEIA aplaude.

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