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Constituição Federal

de 1988

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DIVISÃO DO MATERIAL PARA LEITURA

A Constituição Federal deve ser lida ciclicamente ao longo de todo o curso.

LER DE FORMA CÍCLICA - CONSTITUIÇÃO FEDERAL


(divisão da leitura pelo artigo da Constituição Federal)

SEMANA 01 SEMANA 02 SEMANA 03 SEMANA 04

Art. 103-B ao
SEG Art. 1º ao 5º, LVIII Art. 40 ao 43 Art. 166 ao 173
110

TER Art. 5º, LIX ao 11 Art. 44 ao 52 Art. 111 ao 126 Art. 174 ao 191

QUA Art. 12 ao 19 Art. 53 ao 61 Art. 127 ao 135 Art. 192 a 200

QUI Art. 20 ao 23 Art. 62 ao 75 Art. 136 ao 144 Art. 201 ao 214

SEX Art. 24 ao 29 Art. 76 ao 91 Art. 145 ao 152 Art. 215 ao 224

SÁB Art. 30 ao 36 Art. 92 ao 99 Art. 153 ao 155 Art. 225 ao 232

Art. 233 ao 250


Art. 100 ao 103-
DOM Art. 37 ao 39 Art. 156 ao 165 ADCT
A
(DESTAQUES)

LEGENDA DE CORES:
 IMPORTANTE – Negrito
 EXCEÇÕES e VEDAÇÕES – Vermelho
 PRAZOS E QUÓRUNS – Verde

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

PREÂMBULO

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional


Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício
dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade
fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na
ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos,
sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO
BRASIL.

TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como FUNDAMENTOS:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.

FUNDAMENTOS DA RFB
(SOCIDIVAPLU)
• Soberania;
• Cidadania;
• Dignidade da pessoa humana;
• Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
• Pluralismo político.

⇾ Princípios estruturantes (art. 1º, CF):


• republicano;

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• federativo;
• do Estado Democrático de Direito.

• Súmula nº 647, STJ. São IMPRESCRITÍVEIS as ações indenizatórias por danos morais e
materiais decorrentes de atos de perseguição política com violação de direitos fundamentais
ocorridos durante o regime militar.

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
↳ Princípio representativo.
• O titular do poder sempre será o povo, enquanto o exercício pode ser feito na forma direta ou
indireta. ⇾ Democracia mista ou semidireta (ou representativa).
• O voto direto, secreto, universal e periódico é uma das cláusulas pétreas (art. 60, CF).
No entanto, a obrigatoriedade do voto NÃO está dentro das cláusulas pétreas.
↳ É possível transformar o voto e o alistamento facultativos, desde que a alteração seja feita via
EC.
⇾ Instrumentos de democracia direta ou de soberania popular: plebiscito, referendo e
iniciativa popular.

Art. 2º. São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o


Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
• Separação não rígida. ⇾ Cláusula pétrea explícita.
↳ Um não é maior que o outro – cada um pode controlar (frear) a atuação do outro ⇾ Teoria dos
freios e contrapesos (check and balances ou checks and counterchecks).

• Súmula nº 649, STF. É inconstitucional a criação, por Constituição estadual, de órgão de


controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros Poderes
ou entidades.

Art. 3º. Constituem OBJETIVOS FUNDAMENTAIS da República Federativa do


Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais
e regionais;

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IV - promover o bem de todos, SEM preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação.

OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA RFB


• Construir uma sociedade livre, justa e solidária;
• Garantir o desenvolvimento nacional;
• Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
• Promover o bem de todos, SEM preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.

Art. 4º. A República Federativa do Brasil rege-se nas suas RELAÇÕES


INTERNACIONAIS pelos seguintes PRINCÍPIOS:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político. ⇾ Ato discricionário.

PRINCÍPIOS QUE REGEM A RFB EM SUAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS


• Independência nacional;
• Prevalência dos direitos humanos;
• Autodeterminação dos povos;
• Não-intervenção;
• Igualdade entre os Estados;
• Defesa da paz;
• Solução pacífica dos conflitos;
• Repúdio ao terrorismo e ao racismo;
• Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
• Concessão de asilo político.

Asilo político Refúgio político

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É motivado pela perseguição por crimes É motivado pela perseguição de natureza
políticos. política, religiosa, racial, de nacionalidade
ou de grupo social.
Normalmente, é usado para perseguição Necessidade de proteção atinge número
individualizada. elevado de pessoas, tendo a perseguição
aspecto mais generalizado.
Decisão de caráter político, com a concessão Ato administrativo de caráter vinculado.
discricionária.

Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração


econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação
de uma comunidade latino-americana de nações.

TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, SEM distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
• Isonomia formal: todos são iguais perante a lei.
• Isonomia/igualdade material: tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na
medida de suas desigualdades.

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta


Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de LEI;
↳ Princípio da legalidade.
• Súmula Vinculante nº 44/ Súmula nº 686, STF. Só POR LEI se pode sujeitar a exame
psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.
• Súmula nº 636, STF. Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio
constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada
a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.

III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou


degradante;

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• Súmula Vinculante nº 11. Só é lícito o uso de algemas em casos de RESISTÊNCIA e de
FUNDADO RECEIO DE FUGA ou de PERIGO À INTEGRIDADE FÍSICA PRÓPRIA OU ALHEIA,
por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão
ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo VEDADO o anonimato;


V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, moral ou à imagem;
↳ Resposta proporcional ao agravo + indenização.
• Súmula nº 37, STJ. São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos
do mesmo fato.
• Súmula nº 227, STJ. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
• Súmula nº 362, STJ. A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde
a data do arbitramento.
• Súmula nº 387, STJ. É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral.
↳ É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral, ainda que derivados de
um mesmo fato, mas desde que um e outro possam ser reconhecidos autonomamente, sendo,
portanto, passíveis de identificação em separado (REsp 812.506/SP, julgado em 19/04/2012).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 387-STJ. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/c12d1f7cc7c4b41a125b5752d1238
b03>.

Acesso em: 28/03/2023

• Súmula nº 388, STJ. A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral.

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre


exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto
e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas
entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política, SALVO se as invocar para EXIMIR-SE de obrigação
legal a todos imposta E recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
↳ Escusa de consciência.
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de
comunicação, independentemente de censura ou licença;
X - são INVIOLÁVEIS a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente
de sua violação;
• Súmula nº 370, STJ. Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado.

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• Súmula nº 403, STJ. Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não
autorizada de imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais.
↳ Exceções:
- A Súmula nº 403 do STJ é inaplicável às hipóteses de divulgação de imagem vinculada a fato
histórico de repercussão social.
STJ, 3ª Turma, REsp 1.631.329-RJ, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Rel. Acd. Min. Nancy
Andrighi, j. em 24/10/2017.
- A Súmula 403/STJ é inaplicável às hipóteses de representação da imagem de pessoa como
coadjuvante em obra biográfica audiovisual que tem por objeto a história profissional de terceiro.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.454.016-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, Rel. Acd. Min. Ricardo Villas Bôas
Cueva, julgado em 12/12/2017 (Info 621).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 403-STJ. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/3df07fdae1ab273a967aaa1d355b8
bb6>.

Acesso em: 28/03/2023

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar SEM


consentimento do morador, SALVO em caso de FLAGRANTE DELITO ou DESASTRE,
ou PARA PRESTAR SOCORRO, ou, durante o dia, por determinação judicial;
⇾ Regra: a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador.
⇾ Exceções:
• em caso de flagrante delito;
• em caso de desastre;
• para prestar socorro;
• durante o dia, por determinação judicial.

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas,


de dados e das comunicações telefônicas, SALVO, no último caso, por ORDEM
JUDICIAL, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação
criminal ou instrução processual penal;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer;
↳ Eficácia contida.

É inconstitucional a suspensão realizada por conselho de fiscalização profissional do exercício


laboral de seus inscritos por inadimplência de anuidades, pois a medida consiste em sanção
política em matéria tributária.
STF. Plenário. RE 647885, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 27/04/2020 (Repercussão Geral
– Tema 732) (Info 978).

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CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É inconstitucional a suspensão do exercício profissional em razão
do inadimplemento de anuidades devidas à entidade de classe. Buscador Dizer o Direito, Manaus.
Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/b36ed8a07e3cd80ee37138524690e
ca1>.

Acesso em: 20/04/2023

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte,


quando necessário ao exercício profissional;
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo
qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, SEM ARMAS, em locais abertos ao
público, INDEPENDENTEMENTE DE AUTORIZAÇÃO, desde que não frustrem outra
reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido PRÉVIO
AVISO à autoridade competente;
• O direito de reunião é norma de eficácia contida (pode sofrer restrição ou suspensão em
períodos de estado de defesa ou estado de sítio) e não cabe mandado de injunção.
↳ MI somente é cabível quando uma norma de eficácia limitada não tiver sido regulamentada.
• O direito de reunião deverá ser protegido por mandado de segurança.

XVII - é plena a liberdade de associação para fins LÍCITOS, VEDADA a de


caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas
INDEPENDEM de autorização, sendo VEDADA a interferência estatal em seu
funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas
atividades suspensas por DECISÃO JUDICIAL, exigindo-se, no primeiro caso
(dissolução), o trânsito em julgado;

• Dissolução: decisão judicial + trânsito em julgado.


• Suspensão: decisão judicial.

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;


XXI - as entidades associativas, QUANDO EXPRESSAMENTE AUTORIZADAS,
têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

• Súmula nº 629, STF. A impetração de mandado de segurança COLETIVO por entidade de


classe em favor dos associados independe da autorização destes.
↳ Não é necessária autorização dos associados porque se trata de substituição processual,
situação na qual a entidade defenderá, em nome próprio, interesse alheio (de seus associados).
↳ A Lei nº 12.016/2009, que é posterior à referida súmula, previu, expressamente, que, para a
impetração de mandado de segurança coletivo, a organização sindical, entidade de classe ou
associação legalmente constituída não precisa de autorização especial (art. 21).

CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 629-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

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<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/af44c4c56f385c43f2529f9b1b018f6
a>.

Acesso em: 28/03/2023

XXII - é garantido o direito de propriedade;


↳ Eficácia contida (pode ser restringido).

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;


XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para DESAPROPRIAÇÃO por
necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia
indenização EM DINHEIRO, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
• Desapropriação para fins de reforma agrária: indenização em títulos da dívida agrária (até 20
anos);
• Desapropriação de imóvel não edificado, subutilizado ou não utilizado: indenização em
títulos da dívida pública (até 10 anos).
• Desapropriação confiscatória: SEM indenização.
a) Exploração de mão de obra escrava;
b) Cultivo ilegal de plantas psicotrópicas.

⇾ Súmulas – STF:
• Súmula nº 23. Verificados os pressupostos legais para o licenciamento da obra, não o impede
a declaração de utilidade pública para desapropriação do imóvel, mas o valor da obra não se
incluirá na indenização, quando a desapropriação for efetivada.
• Súmula nº 157. É necessária prévia autorização do Presidente da República para
desapropriação, pelos Estados, de empresa de energia elétrica.
↳ Prevalece que ainda é válida.
↳ Dec.-lei nº 3.365/41: "Art. 2º (...) § 3º. É VEDADA a desapropriação, pelos Estados, Distrito
Federal, Territórios e Municípios de ações, cotas e direitos representativos do capital de
instituições e empresas cujo funcionamento dependa de autorização do Governo Federal e se
subordine à sua fiscalização, SALVO mediante prévia autorização, por decreto do Presidente da
República."
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 157-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/b85d65c39e12a5515c19fd72b6f48
199>.

Acesso em: 28/03/2023

• Súmula nº 164. No processo de desapropriação, são devidos juros compensatórios desde a


antecipada imissão de posse, ordenada pelo juiz, por motivo de urgência.
• Súmula nº 378. Na indenização por desapropriação incluem-se honorários do advogado do
expropriado.
• Súmula nº 416. Pela demora no pagamento do preço da desapropriação não cabe indenização
complementar além dos juros.

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• Súmula nº 475. A Lei nº 4.686, de 21-6-65, tem aplicação imediata aos processos em curso,
inclusive em grau de recurso extraordinário.
↳ Válida, mas sem nenhuma relevância atualmente.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 475-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/859b00aec8885efc83d1541b52a12
20d>.

Acesso em: 28/03/2023

• Súmula nº 561. Em desapropriação, é devida a correção monetária até a data do efetivo


pagamento da indenização, devendo proceder-se à atualização do cálculo, ainda que por mais
de uma vez.
• Súmula nº 617. A base de cálculo dos honorários de advogado em desapropriação é a
diferença entre a oferta e a indenização, corrigidas ambas monetariamente.
• Súmula nº 652. Não contraria a Constituição o art. 15, § 1º, do Dl. 3.365/41 (Lei da
Desapropriação por utilidade pública).
↳ Em regra, a posse do expropriante sobre o bem somente ocorre quando tiver concluído o
processo de desapropriação e paga a indenização. No entanto, o art. 15 do Decreto-Lei 3.365/41
prevê a possibilidade de imissão provisória na posse em caso de urgência. Para o STF, a imissão
provisória não viola o princípio da justa e prévia indenização (art. 5º, XXIV, da CF/88).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 652-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/e8d66338fab3727e34a9179ed8804
f64>.

Acesso em: 28/03/2023

⇾ Súmulas – STJ:
• Súmula nº 56. Na desapropriação para instituir servidão administrativa são devidos os juros
compensatórios pela limitação de uso da propriedade.
• Súmula nº 67. Na desapropriação, cabe a atualização monetária, ainda que por mais de uma
vez, independente do decurso de prazo superior a 1 (um) ano entre o cálculo e o efetivo
pagamento da indenização.
• Súmula nº 69. Na desapropriação direta, os juros compensatórios são devidos desde a
antecipada imissão na posse e, na desapropriação indireta, a partir da efetiva ocupação do
imóvel.
• Súmula nº 113. Os juros compensatórios, na desapropriação direta, incidem a partir da imissão
na posse, calculados sobre o valor da indenização, corrigido monetariamente.
• Súmula nº 114. Os juros compensatórios, na desapropriação indireta, incidem a partir da
ocupação, calculados sobre o valor da indenização, corrigido monetariamente.
• Súmula nº 131. Nas ações de desapropriação incluem-se no cálculo da verba advocatícia as
parcelas relativas aos juros compensatórios e moratórios, devidamente corrigidas.
• Súmula nº 141. Os honorários de advogado em desapropriação direta são calculados sobre a
diferença entre a indenização e a oferta, corrigidas monetariamente.
• Súmula nº 354. A invasão do imóvel é causa de suspensão do processo expropriatório para
fins de reforma agrária.

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XXV - no caso de IMINENTE PERIGO PÚBLICO, a autoridade competente
poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização
ulterior, SE HOUVER DANO;
↳ É a chamada requisição administrativa.

• Súmula nº 637, STJ. O ente público detém legitimidade e interesse para intervir,
incidentalmente, na ação possessória entre particulares, podendo deduzir qualquer matéria
defensiva, inclusive, se for o caso, o domínio.

XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que


trabalhada pela família, NÃO será objeto de penhora para pagamento de débitos
decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o
seu desenvolvimento;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou
reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
• Súmula nº 63, STJ. São devidos direitos autorais pela retransmissão radiofônica de músicas
em estabelecimentos comerciais.
• Súmula nº 228, STJ. É inadmissível o interdito proibitório para a proteção do direito autoral.
• Súmula nº 261, STJ. A cobrança de direitos autorais pela retransmissão radiofônica de
músicas, em estabelecimentos hoteleiros, deve ser feita conforme a taxa média de utilização do
equipamento, apurada em liquidação.

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:


a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da
imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem
ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações
sindicais e associativas;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário
para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das
marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse
social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
XXX - é garantido o direito de herança;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela
lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes
seja mais favorável a lei pessoal do de cujus;
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo
da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
IMPRESCINDÍVEL À SEGURANÇA DA SOCIEDADE E DO ESTADO;

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• Súmula Vinculante nº 14. É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso
amplo aos elementos de prova que, JÁ DOCUMENTADOS em procedimento investigatório
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do
direito de defesa.

XXXIV - são a TODOS assegurados, INDEPENDENTEMENTE do pagamento de


taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra
ilegalidade ou abuso de poder;
• Súmula Vinculante nº 21. É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios
de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.
↳ Essa exigência viola o art. 5º, LV, da CF/88.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula vinculante 21-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus.
Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/4fc28b7093b135c21c7183ac07e92
8a6>.

Acesso em: 28/03/2023

• Súmula nº 373, STJ. É ILEGÍTIMA a exigência de depósito prévio para admissibilidade de


recurso administrativo.

b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e


esclarecimento de situações de interesse pessoal;
XXXV - a lei NÃO excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça
a direito;
↳ Princípio do acesso à justiça, da efetividade do processo e da inafastabilidade da atuação
jurisdicional.

• Súmula Vinculante nº 28. É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito


de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito
tributário.

XXXVI - a lei NÃO prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a


coisa julgada;
↳ Limites à eficácia retroativa da lei.

• Súmula nº 654, STF. A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º, XXXVI, da
Constituição da República, não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado.

XXXVII - NÃO haverá juízo ou Tribunal de exceção;


XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos; (≠ de imutabilidade dos veredictos).

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d) a competência para o julgamento dos CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA;
+ conexos.
⇾ Tribunal do Júri:
- Competências:
• Crimes dolosos contra a vida + conexos.
↳ Dolosos: homicídio; aborto; infanticídio; induzimento, auxílio ou instigação ao suicídio.
Obs.: o feminicídio é um homicídio qualificado, então também vai para o júri.

• Súmula Vinculante nº 45/ Súmula nº 721, STF. A competência constitucional do Tribunal


do Júri PREVALECE sobre o foro por prerrogativa de função, estabelecido exclusivamente
pela Constituição ESTADUAL.
• Súmula nº 603, STF. A competência para o processo e julgamento de LATROCÍNIO é do JUIZ
SINGULAR e não do Tribunal do Júri. ⇾ É crime contra o patrimônio (forma qualificada do crime
de roubo, com aumento de pena, quando a violência empregada resultada em morte)!

XXXIX - NÃO há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal;
XL - a lei penal NÃO retroagirá, SALVO para beneficiar o réu;
• Súmula Vinculante nº 26. Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por
crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art.
2º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou
não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo
fundamentado, a realização de exame criminológico.

LI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades


fundamentais;
XLII - a prática do RACISMO constitui crime INAFIANÇÁVEL E
IMPRESCRITÍVEL, sujeito à pena de RECLUSÃO, nos termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes INAFIANÇÁVEIS E INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA
OU ANISTIA a prática da TORTURA, o TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES E
DROGAS AFINS, o TERRORISMO e os definidos como CRIMES HEDIONDOS, por eles
respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
• Súmula nº 631, STJ. O indulto extingue os efeitos primários da condenação (pretensão
executória), mas NÃO atinge os efeitos secundários, penais ou extrapenais.

XLIV - constitui crime INAFIANÇÁVEL E IMPRESCRITÍVEL a ação de grupos


armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
Crimes INAFIANÇÁVEIS E Crimes INAFIANÇÁVEIS E INSUSCETÍVEIS
IMPRESCRITÍVEIS DE GRAÇA OU ANISTIA
(TTTH)
• Racismo; • Tortura;
• Tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins;

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
• Ação de grupos armados, civis ou militares, • Terrorismo;
contra a ordem constitucional e o Estado • Crimes Hediondos.
Democrático.

XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação


de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei,
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido;
↳ Princípio da personalidade ou da intranscendência da pena.

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as


seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;

PENAS QUE PODEM SER ADOTADAS NO BRASIL


• Privação ou restrição da liberdade;
• Perda de bens;
• Multa;
• Prestação social alternativa;
• Suspensão ou interdição de direitos.

XLVII - NÃO haverá penas:


a) de morte, SALVO em caso de GUERRA DECLARADA, nos termos do art. 84,
XIX;
Art. 84, CF. Compete privativamente ao Presidente da República: [...]
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou
referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas
condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;

b) de caráter perpétuo;
• Súmula nº 527, STJ. O tempo de duração da medida de segurança NÃO deve ultrapassar o
limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado.

c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
• De morte.
↳ SALVO em caso de guerra declarada.

PENAS PROIBIDAS NO BRASIL • De caráter perpétuo;


• De trabalhos forçados;
• De banimento;
• Cruéis.

XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a


natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer
com seus filhos durante o período de amamentação;
LI - nenhum brasileiro será extraditado, SALVO o NATURALIZADO, em caso
de crime comum, praticado ANTES da naturalização, ou de comprovado
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LII - NÃO será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de
opinião;
⇾ Extradição:
• Extraditando brasileiro NATO: em nenhuma hipótese poderá ser extraditado.
• Extraditando brasileiro naturalizado ou português residente no Brasil equiparado a
brasileiro naturalizado: somente poderá ocorrer em 2 casos:
a) Prática de crime comum ANTES da naturalização;
b) Envolvimento com tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ANTES OU DEPOIS da
naturalização.
• Extraditando estrangeiro:
Poderá ser extraditado, SALVO por prática de crime político ou de opinião.

Asilo político Refúgio político


É motivado pela perseguição por crimes É motivado pela perseguição de natureza
políticos. política, religiosa, racial, de nacionalidade ou
de grupo social.
Normalmente é usada para perseguição Necessidade de proteção atinge número
individualizada. elevado de pessoas, tendo a perseguição
aspecto mais generalizado.
Decisão de caráter político, com a concessão Ato administrativo de caráter vinculado.
discricionária.

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade


competente;
↳ Princípio do juiz natural.

16
ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
• Súmula nº 704, STF. Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido
processo legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por
prerrogativa de função de um dos denunciados.

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens SEM o devido


processo legal;
↳ Princípio do devido processo legal.

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em


geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a
ela inerentes;
↳ Princípio do contraditório e da ampla defesa.

• Súmula Vinculante nº 05. A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo
disciplinar não ofende a Constituição.
↳ Refere-se ao típico processo administrativo disciplinar – aquele que tramita no âmbito da
Administração Pública.
↳ Este enunciado NÃO se aplica para o processo administrativo que apura infrações cometidas
no sistema penitenciário.
III - O Plenário do col. Pretório Excelso, em julgamento do RE n.398.269/RS, Rel. Exmo. Min.
Gilmar Mendes, DJe 26/2/2010, concluiu pela inaplicabilidade da Súmula Vinculante n. 5 aos
procedimentos administrativos disciplinares realizados em sede de execução penal, ressaltando
a imprescindibilidade da defesa técnica nesses procedimentos, sob pena de afronta aos
princípios do contraditório e da ampla defesa, aos ditames da LEP e à legislação processual
penal.
(HC 517.663/MG, Rel. Ministro LEOPOLDO DE ARRUDA RAPOSO (DESEMBARGADOR
CONVOCADO DO TJ/PE), QUINTA TURMA, julgado em 01/10/2019, DJe 11/10/2019)

⚠ A oitiva do condenado pelo Juízo da Execução Penal, em audiência de justificação realizada


na presença do defensor e do Ministério Público, afasta a necessidade de prévio Procedimento
Administrativo Disciplinar (PAD), assim como supre eventual ausência ou insuficiência de defesa
técnica no PAD instaurado para apurar a prática de falta grave durante o cumprimento da pena.
STF. Plenário. RE 972598, Rel. Roberto Barroso, julgado em 04/05/2020 (Repercussão Geral –
Tema 941) (Info 985 – clipping)
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula vinculante 5-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus.
Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/5fc7c9bd1fcb12799f02da8adfa495
4f>.

Acesso em: 28/03/2023

• Súmula Vinculante nº 14. É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso


amplo aos elementos de prova que, JÁ DOCUMENTADOS em procedimento investigatório
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito
de defesa.
• Súmula Vinculante nº 21. É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios
de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
• Súmula Vinculante nº 28. É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de
admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário.

LVI - são INADMISSÍVEIS, no processo, as provas obtidas por meios ILÍCITOS;


LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença
penal condenatória;
↳ Princípio da presunção de inocência, estado de inocência ou não culpabilidade.

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal,


SALVO nas hipóteses previstas em lei;
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for
intentada no prazo legal; ⇾ Ação penal privada subsidiária da pública.
LX - a LEI só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a
defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
↳ Princípio da publicidade dos atos processuais.

LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária competente, SALVO nos casos de
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer
calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por
seu interrogatório policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a
liberdade provisória, com ou sem fiança;
LXVII - NÃO haverá prisão civil por dívida, SALVO a do responsável pelo
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário
infiel;
• Súmula Vinculante nº 25. É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a
modalidade de depósito.
• Súmula nº 419, STJ. Descabe a prisão civil do depositário judicial infiel.

LXVIII - conceder-se-á HABEAS CORPUS sempre que alguém sofrer ou se


achar ameaçado de sofrer VIOLÊNCIA OU COAÇÃO em sua LIBERDADE DE
LOCOMOÇÃO, por ilegalidade ou abuso de poder;
⇾ Súmulas – STF:
• Súmula nº 208. O assistente do Ministério Público não pode recorrer, extraordinariamente, de
decisão concessiva de habeas corpus.

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
↳ Comentário do Dizer o Direito: “a maioria da doutrina defende que essa súmula foi superada.
Isso porque a Lei nº 12.403/2011 alterou o art. 311 do CPP permitindo que o assistente do MP
tenha legitimidade para requerer a decretação da prisão preventiva do réu. Logo, ele também
tem legitimidade para recorrer contra a decisão concessiva de habeas corpus. Nesse sentido:
Renato Brasileiro.
Apesar da posição da doutrina, como ainda não houve julgados do STF em sentido contrário, a
súmula continua sendo válida para fins de provas objetivas de concurso. Assim, se a redação da
súmula for cobrada em uma prova objetiva, esta alternativa deverá ser apontada como correta”.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 208-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/b59307fdacf7b2db12ec4bd5ca1cab
a8>.

Acesso em: 28/03/2023

• Súmula nº 299. O recurso ordinário e o extraordinário interpostos no mesmo processo de


mandado de segurança, ou de habeas corpus, serão julgados conjuntamente pelo Tribunal
Pleno.
• Súmula nº 319. O prazo do recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal, em habeas
corpus ou mandado de segurança, é de 5 dias.

↳ ⚠ Superada em parte.
↳ Prazo do recurso ordinário para o STF em habeas corpus: 5 dias (corridos), com fulcro no art.
310 do RISTF. Nesse sentido: STF. 1ª Turma. RHC 121748 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso,
julgado em 04/08/2015.
↳ Prazo do recurso ordinário para o STF em mandado de segurança: 15 dias (úteis), com
fundamento no art. 1.003, § 5º, do CPC/2015.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 319-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/0fc170ecbb8ff1afb2c6de48ea5343e
7>.

Acesso em: 28/03/2023

• Súmula nº 344. Sentença de primeira instância concessiva de habeas corpus, em caso de crime
praticado em detrimento de bens, serviços ou interesses da União, está sujeita a recurso ex
officio.
• Súmula nº 395. NÃO se conhece de recurso de habeas corpus cujo objeto seja resolver sobre
o ônus das custas, por não estar mais em causa a liberdade de locomoção.
• Súmula nº 431. É NULO o julgamento de recurso criminal, na segunda instância, SEM prévia
intimação, ou publicação da pauta, SALVO em habeas corpus.
• Súmula nº 606. NÃO cabe habeas corpus originário para o Tribunal Pleno de decisão de
Turma, ou do Plenário, proferida em habeas corpus ou no respectivo recurso.
↳ Cabe habeas corpus contra decisão monocrática de Ministro do STF?
NÃO. Não cabe pedido de habeas corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro
ou outro órgão fracionário da Corte.
STF. Plenário. HC 170263/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 22/06/2020.

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
↳ Não cabe ao Supremo Tribunal Federal conhecer de Habeas Corpus impetrado contra decisão
proferida por Ministro do STF. Incidência, por analogia, da Súmula 606/STF.
STF. Plenário. HC 208219 ED, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 23/11/2021.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 606-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/ddcb155487b88aaa80aed158006bd
bdf>.

Acesso em: 28/03/2023

• Súmula nº 691. NÃO compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas


corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a Tribunal
Superior, indefere a liminar.

⚠ Válida, mas com ressalva.


↳ A Súmula 691 pode ser afastada em casos excepcionais, quando houver teratologia, flagrante
ilegalidade ou abuso de poder que possam ser constatados ictu oculi.
STF. 2ª Turma. HC 143476/RJ, rel. orig. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o ac. Min. Ricardo
Lewandowski, julgado em 6/6/2017 (Info 868).
↳ Embora a Súmula n. 691 do STF vede a utilização de habeas corpus impetrado ante decisão
de relator que, em writ impetrado perante o Tribunal de origem, indefere o pedido liminar,
admite-se, em casos excepcionais, configurada flagrante ilegalidade, a superação do
entendimento firmado no referido enunciado sumular.
STJ. 6ª Turma, HC 551.676/RN, Rel. Min. Antônio Saldanha, julgado em 19/05/2020.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 691-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/c5658c711ba9170700fc7d3ee3f63e
40>.

Acesso em: 28/03/2023

• Súmula nº 692. NÃO se conhece de habeas corpus contra omissão de relator de extradição,
se fundado em fato ou direito estrangeiro cuja prova não constava dos autos, nem foi ele
provocado a respeito.
• Súmula nº 693. NÃO cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou
relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.
• Súmula nº 694. NÃO cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão de militar
ou de perda de patente ou de função pública.
↳ O STF entende que nesses casos não há risco ou ameaça à liberdade de locomoção.
↳ Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares (art. 142, § 2º, da
CF/88).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 694-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/85ae750ad1dbdc5c2703bcfe97e77
152>.

Acesso em: 28/03/2023

• Súmula nº 695. NÃO cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade.

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
LXIX - conceder-se-á MANDADO DE SEGURANÇA para proteger DIREITO
LÍQUIDO E CERTO, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
• A recusa do fornecimento de uma certidão pelo Estado deve ser combatida com mandado
de segurança.
↳ A recusa deve ser combatida com o mandado de segurança, e não com o habeas data. Isso
porque o que está sendo violado é o direito líquido e certo de o cidadão ter acesso à certidão (RE
n. 472.489, STF).

⇾ Súmulas – STF:
• Súmula nº 101. O mandado de segurança NÃO substitui a ação popular.
• Súmula nº 248. É competente, originariamente, o Supremo Tribunal Federal, para mandado
de segurança contra ato do Tribunal de Contas da União.
↳ Atualmente, essa competência encontra-se expressamente prevista no art. 102, I, “d”, da
CF/88.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 248-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/e07bceab69529b0f0b43625953fbf2
a0>.

Acesso em: 30/03/2023

• Súmula nº 266. Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.


↳ Alguns autores apontam que uma exceção a essa súmula seria a lei de efeitos concretos.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 266-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/25766f01628f3d34b93a36a2301dff
c9>.

Acesso em: 30/03/2023

• Súmula nº 267. Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou
correição.
↳ O art. 5º, II, da Lei 12.016/2009 prevê regra semelhante, falando, contudo, em recurso com
efeito suspensivo.
↳ Exceção: o STJ admite MS contra ato judicial passível de recurso se houver, no caso concreto,
uma situação teratológica, abusiva, que possa gerar dano irreparável e desde que o recurso
previsto não tenha ou não possa obter efeito suspensivo. (STJ AgRg no MS 18.995/DF, julgado
em 16/09/2013).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 267-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/5dc126b503e374b0e08231344a7f4
93f>.

Acesso em: 30/03/2023

• Súmula nº 268. NÃO cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em
julgado.

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
• Súmula nº 269. O mandado de segurança NÃO é substitutivo de ação de cobrança.
• Súmula nº 270. Não cabe mandado de segurança para impugnar enquadramento da L. 3.780,
de 12.7.60, que envolva exame de prova ou de situação funcional complexa.
↳ Deve-se ressaltar que o raciocínio da súmula pode ser aplicado para outros casos de
enquadramento que não apenas o da Lei nela mencionada. Assim, não cabe mandado de
segurança para impugnar enquadramento que envolva exame de prova ou de situação funcional
complexa.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 270-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/6624b6d8217cf71640993409df582
04f>.

Acesso em: 30/03/2023

• Súmula nº 271. Concessão de mandado de segurança NÃO produz efeitos patrimoniais em


relação a período pretérito, os quais devem ser reclamados administrativamente ou pela via
judicial própria.
• Súmula nº 272. Não se admite como ordinário recurso extraordinário de decisão denegatória
de mandado de segurança.
↳ Se algum Tribunal Superior (ex: STJ) denega um mandado de segurança, a impugnação cabível
é o recurso ordinário constitucional (art. 102, II, “a”, da CF/88). Não há dúvida quanto a isso.
Logo, se a parte interpõe recurso extraordinário contra essa decisão, incorre em erro grosseiro,
não se podendo aplicar o princípio da fungibilidade.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 272-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/60ad83801910ec976590f69f638e0
d6d>.

Acesso em: 30/03/2023

• Súmula nº 299. O recurso ordinário e o extraordinário interpostos no mesmo processo de


mandado de segurança, ou de habeas corpus, serão julgados conjuntamente pelo Tribunal
Pleno.
• Súmula nº 304. Decisão denegatória de mandado de segurança, não fazendo coisa julgada
contra o impetrante, NÃO impede o uso da ação própria.
↳ Se for discutido o mérito da demanda pela via mandamental, opera-se a coisa julgada, NÃO
sendo possível o reexame do tema por meio de ação própria (STJ AgRg no REsp 1198803/DF,
julgado em 06/10/2011).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 304-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/892c3b1c6dccd52936e27cbd0ff683
d6>.

Acesso em: 30/03/2023

• Súmula nº 319. O prazo do recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal, em habeas
corpus ou mandado de segurança, é de 5 (cinco) dias.
↳ Superada, em parte.

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
↳ Prazo do recurso ordinário para o STF em habeas corpus: 5 dias (corridos), com fulcro no art.
310 do RISTF. Nesse sentido: STF. 1ª Turma. RHC 121748 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso,
julgado em 04/08/2015.
↳ Prazo do recurso ordinário para o STF em mandado de segurança: 15 dias (úteis), com
fundamento no art. 1.003, § 5º, do CPC/2015.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 319-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/0fc170ecbb8ff1afb2c6de48ea5343e
7>.

Acesso em: 31/03/2022

• Súmula nº 330. O Supremo Tribunal Federal NÃO é competente para conhecer de mandado
de segurança contra atos dos Tribunais de Justiça dos Estados.
↳ MS contra ato do TJ é julgado pelo próprio TJ.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 330-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/ad8e88c0f76fa4fc8e5474384142a0
0a>.

Acesso em: 31/03/2023

• Súmula nº 392. O prazo para recorrer de acórdão concessivo de segurança conta-se da


publicação oficial de suas conclusões, e não da anterior ciência à autoridade para cumprimento
da decisão.
• Súmula nº 405. Denegado o mandado de segurança pela sentença, ou no julgamento do
agravo, dela interposto, fica SEM EFEITO a liminar concedida, retroagindo os efeitos da decisão
contrária.
↳ O entendimento constante da súmula continua válido e pode ser entendido como a regra geral.
Assim, a regra geral é no sentido de que a revogação da liminar opera efeitos ex tunc
(retroativos).
Vale ressaltar, no entanto, que o STF afirma que, excepcionalmente, é possível reconhecer que
essa revogação tenha efeitos ex nunc. Veja:
Ementa: DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA.
TCU. APOSENTADORIA. EXCLUSÃO DE ÍNDICES DE PLANOS ECONÔMICOS. REPOSIÇÃO
AO ERÁRIO. VALORES RECEBIDOS ATÉ A REVOGAÇÃO DE MEDIDA LIMINAR ANTES
DEFERIDA.
1. Esta Corte vem reconhecendo que a revogação da liminar opera-se, excepcionalmente, com
efeitos ex nunc nos mandados de segurança denegados com base no entendimento resultante
do RE 596.663-RG, mas que tiveram a medida precária concedida anteriormente com
fundamento na jurisprudência vigente à época, favorável aos impetrantes. Proteção da confiança
legítima. Nesse sentido: MS 25.430 (Rel. Min. Eros Graus, redator para o acórdão Min. Edson
Fachin) e MS 30.556 AgR (Rel. Min. Rosa Weber).
2. Agravo a que se nega provimento.
(MS 34350 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em
07/11/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-261 DIVULG 16-11-2017 PUBLIC 17-11-2017)
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 405-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

23
ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/dc20d1211f3e7a99d775b26052e01
63e>.

Acesso em: 31/03/2023

• Súmula nº 429. A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o
uso do mandado de segurança contra omissão da autoridade.
↳ Lei nº 12.016/2009, art. 5º. Não se concederá mandado de segurança quando se tratar:
I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de
caução.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 429-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/c429429bf1f2af051f2021dc92a8eb
ea>.

Acesso em: 31/03/2023

• Súmula nº 430. Pedido de reconsideração na via administrativa NÃO interrompe o prazo para
o mandado de segurança.
↳ O pedido de reconsideração (revisão) do ato administrativo e a interposição de recurso
administrativo destituído de efeito suspensivo não têm o condão de interromper o prazo de 120
dias para impetração do MS.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 430-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/4b21cf96d4cf612f239a6c322b10c8
fe>.

Acesso em: 31/03/2023

• Súmula nº 433. É competente o Tribunal Regional do Trabalho para julgar mandado de


segurança contra ato de seu Presidente em execução de sentença trabalhista.
• Súmula nº 474. NÃO há direito líquido e certo, amparado pelo mandado de segurança, quando
se escuda em lei cujos efeitos foram anulados por outra, declarada constitucional pelo Supremo
Tribunal Federal.
• Súmula nº 510. Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra
ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial.
↳ A Lei nº 9.784/99, que trata sobre o processo administrativo federal, possui disposição no
mesmo sentido, ao dizer que as decisões adotadas por delegação se consideram editadas pelo
delegado (art. 14, § 3º).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 510-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/8fc687aa152e8199fe9e73304d407
bca>.

Acesso em: 31/03/2023

• Súmula nº 512. NÃO cabe condenação em honorários de advogado na ação de mandado de


segurança.
• Súmula nº 623. NÃO gera por si só a competência originária do Supremo Tribunal Federal
para conhecer do mandado de segurança com base no art. 102, I, n, da Constituição, dirigir-se o
pedido contra deliberação administrativa do Tribunal de origem, da qual haja participado a
maioria ou a totalidade de seus membros.

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
• Súmula nº 624. NÃO compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer originariamente de
mandado de segurança contra atos de outros Tribunais.
↳ O STF não dispõe de competência originária para processar e julgar MS impetrado contra ato
de outros Tribunais judiciários, ainda que se trate do STJ. Compete ao próprio STJ julgar os
mandados de segurança impetrados contra seus atos ou omissões.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 624-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/c9efe5f26cd17ba6216bbe2a7d26d4
90>.

Acesso em: 31/03/2023

• Súmula nº 625. Controvérsia sobre matéria de direito NÃO impede concessão de mandado de
segurança.
• Súmula nº 626. A suspensão da liminar em mandado de segurança, SALVO determinação em
contrário da decisão que a deferir, vigorará até o trânsito em julgado da decisão definitiva de
concessão da segurança ou, havendo recurso, até a sua manutenção pelo Supremo Tribunal
Federal, desde que o objeto da liminar deferida coincida, total ou parcialmente, com o da
impetração.
• Súmula nº 627. No mandado de segurança contra a nomeação de magistrado da competência
do Presidente da República, este é considerado autoridade coatora, ainda que o fundamento da
impetração seja nulidade ocorrida em fase anterior do procedimento.
• Súmula nº 631. Extingue-se o processo de mandado de segurança se o impetrante não
promove, no prazo assinado, a citação do litisconsorte passivo necessário.
↳ É o que diz o art. 24 da Lei nº 12.016/2009 c/c o art. 115, parágrafo único do CPC/2015.
• Súmula nº 632. É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de
mandado de segurança.
↳ O prazo decadencial do MS é de 120 dias (art. 23 da Lei nº 12.016/2009).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 632-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/8e930496927757aac0dbd2438cb3f
4f6>.

Acesso em: 31/03/2023

• Súmula nº 701. No mandado de segurança impetrado pelo Ministério Público contra decisão
proferida em processo penal, é obrigatória a citação do réu como litisconsorte passivo.
⇾ Súmulas – STJ:
• Súmula nº 41. O Superior Tribunal de Justiça NÃO tem competência para processar e julgar,
originariamente, mandado de segurança contra ato de outros Tribunais ou dos respectivos
órgãos.
↳ MS contra ato do TJ é julgado pelo próprio TJ.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 41-STJ. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/bc4e356fee1972242c8f7eabf4dff51
7>.

Acesso em: 31/03/2023

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
• Súmula nº 105. Na ação de mandado de segurança NÃO se admite condenação em honorários
advocatícios.
• Súmula nº 177. O Superior Tribunal de Justiça é incompetente para processar e julgar,
originariamente, mandado de segurança contra ato de órgão colegiado presidido por Ministro de
Estado.
• Súmula nº 202. A impetração de segurança por terceiro, contra ato judicial, NÃO se condiciona
a interposição de recurso.
↳ Válida, mas com ressalvas.
↳ Afasta-se a incidência da Súmula nº 202/STJ na hipótese em que a impetrante tenha tido
ciência do processo e já postulado no feito, inclusive requerendo a reconsideração da decisão
impugnada no writ.
É entendimento do STJ que o enunciado da Súmula n. 202 socorre tão somente aquele que não
teve condições de tomar ciência da decisão que lhe prejudicou, ficando impossibilitado de se
utilizar do recurso cabível.
STJ. 3ª Turma. RMS 42.593/RJ, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 08/10/2013.
↳ Outra observação importante é que esse enunciado deve ser interpretado em conjunto com a
Súmula 267 do STF.
A Súmula 202 do STJ (“a impetração de segurança por terceiro, contra ato judicial, não se
condiciona a interposição de recurso”) deve ser conjugada com o teor do enunciado 267 da
Súmula do STF (“não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou
correição”).
Assim, é permitido que o terceiro se utilize da via mandamental sempre que não tenha obtido
condições de tomar ciência do ato judicial que lhe prejudicou, a impossibilitar a utilização do
recurso cabível.
STJ. 3ª Turma. AgInt no RMS 50.779/SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em
18/02/2019.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 202-STJ. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/b6617980ce90f637e68c3ebe8b9be
745>.

Acesso em: 31/03/2023

• Súmula nº 213. O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito
à compensação tributária.
• Súmula nº 333. Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por
sociedade de economia mista ou empresa pública.
↳ Lei nº 12.016/2009, art. 1º. [...] § 2º. Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão
comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia
mista e de concessionárias de serviço público.
• A súmula refere-se a atos administrativos e não a atos de gestão, razão pela qual permanece
válida.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 333-STJ. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/42853a61b26fef79e2ae788d97356
799>.

Acesso em: 31/03/2023

• Súmula nº 376. Compete a turma recursal processar e julgar o mandado de segurança contra
ato de juizado especial.
• Súmula nº 460. É incabível o mandado de segurança para convalidar a compensação tributária
realizada pelo contribuinte.
• Súmula nº 604, STJ. O mandado de segurança NÃO se presta para atribuir efeito suspensivo
a recurso criminal interposto pelo Ministério Público.

LXX - o MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO pode ser impetrado por:


a) PARTIDO POLÍTICO com representação no Congresso Nacional;
b) ORGANIZAÇÃO SINDICAL, ENTIDADE DE CLASSE OU ASSOCIAÇÃO
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, em defesa
dos interesses de seus membros ou associados;
• Súmula nº 629, STF. A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe
em favor dos associados INDEPENDE da autorização destes.
↳ Não é necessária autorização dos associados porque se trata de substituição processual,
situação na qual a entidade defenderá, em nome próprio, interesse alheio (de seus associados).
↳ A Lei nº 12.016/2009, que é posterior à súmula, previu, expressamente, que, para a impetração
de mandado de segurança coletivo, a organização sindical, entidade de classe ou associação
legalmente constituída não precisa de autorização especial (art. 21).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 629-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/af44c4c56f385c43f2529f9b1b018f6
a>.

Acesso em: 31/03/2023

• Súmula nº 630, STF. A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança
ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.
↳ Essa regra foi prevista expressamente no art. 21 da nova Lei do Mandado de Segurança (Lei
nº 12.016/2009).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 630-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/0f21f0349462cacdc5796990d3776
0ae>.

Acesso em: 31/03/2023

QUEM PODE IMPETRAR MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO


• PARTIDO POLÍTICO com representação no Congresso Nacional;
• ORGANIZAÇÃO SINDICAL, ENTIDADE DE CLASSE OU ASSOCIAÇÃO legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos 1 ano, EM DEFESA DOS INTERESSES DE
SEUS MEMBROS OU ASSOCIADOS;

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
LXXI - conceder-se-á MANDADO DE INJUNÇÃO sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais
e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

MANDADO DE INJUNÇÃO
⇾ Será concedido sempre que a falta de norma regulamentadora torne INVIÁVEL:
• o exercício dos direitos e liberdades constitucionais;
• o exercício das prerrogativas inerentes à:
↳ nacionalidade;
↳ soberania;
↳ cidadania.

LXXII - conceder-se-á HABEAS DATA:


a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo
sigiloso, judicial ou administrativo;

HABEAS DATA
⇾ Será concedido:
• para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante,
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter
público;
• para a retificação (correção) de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso,
judicial ou administrativo;

• Súmula nº 02, STJ. NÃO cabe o habeas data (CF, art. 5, LXXII, letra "a") se não houve RECUSA
de informações por parte da autoridade administrativa.
↳ Se não houve recusa administrativa, não tem motivo para o autor propor a ação. Falta interesse
de agir (interesse processual).
↳ Lei nº 9.507/97 (regulamenta o habeas data):
Art. 8º. [...]
Parágrafo único. A petição inicial deverá ser instruída com prova:
I - da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de 10 (dez) dias sem decisão;
II - da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de 15 (quinze) dias, sem decisão;
ou
III - da recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2º do art. 4º ou do decurso de mais de
15 (quinze) dias sem decisão.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 2-STJ. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/28d437661d95291767e7402dfe96
9962>.

Acesso em: 31/03/2023

28
ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor AÇÃO POPULAR que
vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
cultural, ficando o autor, SALVO comprovada MÁ-FÉ, isento de custas judiciais e do
ônus da sucumbência;

AÇÃO POPULAR
⇾ Qualquer cidadão é parte legítima para propor AÇÃO POPULAR que vise:
• anular ato lesivo:
↳ ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe;
↳ à moralidade administrativa;
↳ ao meio ambiente; e
↳ ao patrimônio histórico e cultural.
⚠ Ficando o autor, SALVO comprovada MÁ-FÉ, ISENTO de custas judiciais e do ônus da
sucumbência;

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que


comprovarem insuficiência de recursos;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que
ficar preso além do tempo fixado na sentença; ⇾ Responsabilidade civil objetiva do
Estado.

LXXVI - são GRATUITOS para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:


a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
LXXVII - são GRATUITAS as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma
da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua
tramitação.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

↳ Princípio da celeridade ou da duração razoável do processo.

LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos


dados pessoais, inclusive nos meios digitais.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 115, de 2022)

§ 1º. As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm


APLICAÇÃO IMEDIATA.
• Aplicação imediata ⇾ Não tem vacatio legis.

§ 2º. Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros


decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais
em que a República Federativa do Brasil seja parte.

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
§ 3º. Os tratados e convenções internacionais sobre DIREITOS HUMANOS que
forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em 2 (dois) turnos, por 3/5
(três quintos) dos votos dos respectivos membros, serão EQUIVALENTES às emendas
constitucionais.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

• Tem que versar sobre DIREITOS HUMANOS, ser aprovado em CADA CASA do Congresso
Nacional em 2 TURNOS por 3/5 dos votos ⇾ serão EQUIVALENTES às emendas
constitucionais.
• Se forem aprovados pelo rito ordinário, terão apenas status SUPRALEGAL.
• Poder Constituinte Supranacional.

§ 4º. O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja


criação tenha manifestado adesão.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS

Art. 6º. São DIREITOS SOCIAIS a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho,


a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015).

↳ Rol não exaustivo.

DIREITOS SOCIAIS
• Educação;
• Saúde;
• Alimentação;
• Trabalho;
• Moradia;
• Transporte;
• Lazer;
• Segurança;
• Previdência social;
• Proteção à maternidade e à infância;
• Assistência aos desamparados.
⚠ Direitos de 2ª geração (prestações positivas a serem implementadas pelo Estado ⇾
isonomia substancial e social).

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá
direito a uma renda básica familiar, garantida pelo poder público em programa
permanente de transferência de renda, cujas normas e requisitos de acesso serão
determinados em lei, observada a legislação fiscal e orçamentária.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021)

Art. 7º. São DIREITOS DOS TRABALHADORES URBANOS E RURAIS, além de


outros que visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa
causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória,
dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço; (FGTS).
IV - salário-mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a
suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo VEDADA sua
vinculação para qualquer fim;
• Súmula Vinculante nº 04. SALVO nos casos previsto na Constituição, o salário-mínimo NÃO
pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de
empregado, nem ser substituído por decisão judicial.
• Súmula Vinculante nº 06. NÃO viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior
ao salário-mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial. ⇾ Soldado recruta.
• Súmula Vinculante nº 15. O cálculo de gratificações e outras vantagens do servidor público
não incide sobre o abono utilizado para se atingir o salário-mínimo.

V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;


VI - irredutibilidade do salário, SALVO o disposto em convenção ou acordo
coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
VIII - 13º (décimo terceiro) salário com base na remuneração integral ou no
valor da aposentadoria;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
↳ Adicional noturno.

X - proteção do salário na forma da lei, constituindo CRIME sua retenção


DOLOSA;

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa
renda nos termos da lei;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

XIII - duração do trabalho normal não superior a 8 (oito) horas diárias e 44


(quarenta e quatro) horas semanais, facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XIV - jornada de 6 (seis) horas para o trabalho realizado em turnos
ininterruptos de revezamento, SALVO negociação coletiva;
• Súmula nº 675, STF. Os intervalos fixados para descanso e alimentação durante a jornada de
6 (seis) horas não descaracterizam o sistema de turnos ininterruptos de revezamento para o
efeito do art. 7º, XIV da Constituição.

XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;


XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50%
(cinquenta por cento) à do normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 (um terço) a
mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, SEM prejuízo do emprego e do salário, com a duração
de 120 (cento e vinte) dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos
específicos, nos termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 30
(trinta) dias, nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou
perigosas, na forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5
(cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;


XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, SEM
excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com
prazo prescricional de 5 (cinco) anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o
limite de 2 (dois) anos após a extinção do contrato de trabalho;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 2000)

a) (Revogada).
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 2000)

b) (Revogada).
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 2000)

XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério


de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
• Súmula nº 683, STF. O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima
em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das
atribuições do cargo a ser preenchido.

XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de


admissão do trabalhador portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou
entre os profissionais respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18
(dezoito) e de qualquer trabalho a menores de 16 (dezesseis) anos, SALVO na
condição de aprendiz, a partir de 14 (quatorze) anos;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício


permanente e o trabalhador avulso.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os
direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII,
XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e
observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e
acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos
incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013)

⇾ Direitos dos trabalhadores domésticos:


• Salário-mínimo;
• Irredutibilidade do salário;
• Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
• 13º salário;
• Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
• Duração do trabalho normal não superior a 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro)
semanais;
• Repouso semanal remunerado;
• Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do normal;
• Férias anuais;
• Licença à gestante;
• Licença-paternidade;
• Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço;
• Redução dos riscos inerentes ao trabalho;
• Aposentadoria;
• Reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
• Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo
de sexo, idade, cor ou estado civil;
• Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 (dezoito) e de qualquer
trabalho a menores de 16 (dezesseis) anos, SALVO na condição de aprendiz, a partir de 14
(quatorze) anos.

Art. 8º. É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:


I - a lei NÃO poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato,
ressalvado o registro no órgão competente, VEDADAS ao Poder Público a
interferência e a intervenção na organização sindical;
II - é VEDADA a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer
grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base
territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não
podendo ser inferior à área de um Município;
• Súmula nº 677, STF. Até que lei venha a dispor a respeito, incumbe ao Ministério do Trabalho
proceder ao registro das entidades sindicais e zelar pela observância do princípio da unicidade.

III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais


da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria
profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da
representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
• Súmula Vinculante nº 40/ Súmula nº 666, STF. A contribuição confederativa de que trata o
art. 8º, IV da Constituição, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo.

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
• ADI 5794/DF: a supressão do caráter compulsório da contribuição sindical não viola a
autonomia sindical, nem caracteriza retrocesso social e violação aos direitos básicos do
trabalhador.
São compatíveis com a Constituição Federal os dispositivos da Lei nº 13.467/2017 (Reforma
Trabalhista) que extinguiram a obrigatoriedade da contribuição sindical e condicionaram o seu
pagamento à prévia e expressa autorização dos filiados.
STF. Plenário ADI 5794/DF, Rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Luiz Fux, julgado em
29/6/2018 (Info 908).

CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É constitucional a lei que extinguiu a contribuição sindical
obrigatória. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/eecccd8ff4107946c78d42265cd474
b5>.

Acesso em: 03/04/2023

V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;


VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de
trabalho;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações
sindicais;
VIII - é VEDADA a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da
candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, SE ELEITO, ainda que
suplente, até 1 (um) ano após o final do mandato, SALVO se cometer falta GRAVE
nos termos da lei.
• Estabilidade sindical ⇾ Dirigentes sociais.
* A partir do registro da candidatura até 1 ano após o final do mandato.
↳ Aplica-se aos suplentes.
↳ Não é absoluta, poderá haver dispensa do dirigente sindical se ele cometer falta GRAVE.

Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de


sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei
estabelecer.

Art. 9º. É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir


sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele
defender.
§ 1º. A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o
atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º. Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos


colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou
previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.

Art. 11. Nas empresas de mais de 200 (duzentos) empregados, é assegurada


a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes
o entendimento direto com os empregadores.

CAPÍTULO III
DA NACIONALIDADE

ESPÉCIES DE NACIONALIDADE

• É aquela que resulta de um fato natural (o nascimento).


• A pessoa se torna nacional NATO.
⇾ Critérios para atribuição da nacionalidade originária:

Nacionalidade ORIGINÁRIA a) Critério territorial (jus soli): se a pessoa nascer no


território do país, será considerada nacional deste.
(também chamada de
primária, atribuída ou b) Critério sanguíneo (jus sanguinis): a pessoa irá adquirir a
involuntária) nacionalidade de seus ascendentes, não importando que
tenha nascido no território de outro país.

⚠ No Brasil, adota-se, como regra, o critério do jus soli,


havendo, no entanto, situações nas quais o critério
sanguíneo é aceito.

• É aquela decorrente de um ato voluntário da pessoa, que


Nacionalidade SECUNDÁRIA decide adquirir, para si, uma nova nacionalidade. A isso se
(também chamada de dá o nome de NATURALIZAÇÃO.
derivada, adquirida ou ⚠ Atenção: esse ato voluntário pode ser expresso ou tácito.
voluntária)
• A pessoa se torna nacional NATURALIZADO.

Dizer o Direito. Disponível em:

<https://www.dizerodireito.com.br/2013/03/nacionalidade.html>

Acesso em: 10/04/2023.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Art. 12. São brasileiros:


I - NATOS:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que estes NÃO estejam a serviço de seu país;
↳ Critério do jus soli. ⇾ No Brasil, a regra é o critério do solo (jus soli) – com mitigações previstas
no art. 12, I, b e c.

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que


qualquer deles ESTEJA A SERVIÇO da República Federativa do Brasil;
↳ Critério: jus sanguinis + a serviço da RFB (funcional).

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que


sejam REGISTRADOS em repartição brasileira competente ou venham a RESIDIR na
República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)

↳ Nacionalidade originária potestativa (depende de opção confirmativa, que só pode ser dada
após a maioridade – 18 anos).
↳ Critério: jus sanguinis + residência no Brasil + opção confirmativa.

1) jus sanguinis + registro em repartição brasileira.


2) jus sanguinis + residência + opção pela nacionalidade (ação judicial proposta na Justiça
Federal).
(Nacionalidade potestativa). ⇾ Efeitos ex tunc (será considerado brasileiro nato desde o
nascimento).
- Modelo adotado pelo Brasil: territorial temperado ou territorial com exceções.

• Nacionalidade originária potestativa: art. 12, I, “c”, parte final da CF – fica na dependência da
vontade do indivíduo nascido no exterior, mas filho de pais brasileiros (jus sanguinis), vir a residir
no país e postular, depois de atingida a maioridade, para ser brasileiro NATO.

II - NATURALIZADOS:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos
originários de países de língua portuguesa apenas residência por 1 (um) ano
ininterrupto e idoneidade moral;
↳ Naturalização ordinária (comum) ⇾ ato discricionário.

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República


Federativa do Brasil há mais de 15 (quinze) anos ininterruptos e SEM condenação
PENAL, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

↳ Naturalização extraordinária: ato vinculado ⇾ Direito subjetivo ⇾ Efeito declaratório).

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
• Países originários de língua portuguesa:
Residência por 1 ano ininterrupto + idoneidade moral.
• Estrangeiros de qualquer nacionalidade:
Residência por 15 anos ininterruptos + não ter condenação PENAL + requerimento.

BRASILEIROS NATOS BRASILEIROS NATURALIZADOS


• os nascidos na República Federativa do • os que, na forma da lei, adquiram a
Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde nacionalidade brasileira, exigidas aos
que estes NÃO estejam a serviço de seu país; originários de países de língua portuguesa
apenas residência por 1 ano ininterrupto e
idoneidade moral;
• os nascidos no estrangeiro, de pai • os estrangeiros de qualquer
brasileiro ou mãe brasileira, desde que nacionalidade, residentes na República
qualquer deles ESTEJA a serviço da Federativa do Brasil há mais de 15 anos
República Federativa do Brasil; ininterruptos e SEM condenação PENAL,
• os nascidos no estrangeiro de pai desde que REQUEIRAM a nacionalidade
brasileiro ou de mãe brasileira, desde que brasileira.
sejam REGISTRADOS em repartição
brasileira competente ou venham a RESIDIR
na República Federativa do Brasil e OPTEM,
em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira;

§ 1º. Aos portugueses com residência permanente no País, se houver


reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao
brasileiro (naturalizado), SALVO os casos previstos nesta Constituição.
(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

§ 2º. A lei NÃO poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e


naturalizados, SALVO nos casos previstos nesta Constituição.

Como regra, a CF/88 determina que a lei não pode estabelecer discriminação entre
brasileiros natos e naturalizados.

⚠ O Texto Constitucional, no entanto, previu 5 distinções excepcionais e taxativas (só podem


existir essas).
Assim, os brasileiros natos e os naturalizados são iguais perante a lei, SALVO nas seguintes
hipóteses:

• Somente o naturalizado pode ser extraditado (o nato nunca!).

a) Extradição • O naturalizado pode ser extraditado por crime cometido antes da


naturalização ou então mesmo depois da naturalização se o crime
cometido foi o tráfico ilícito de entorpecentes.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Há alguns cargos privativos de brasileiro nato. São eles:
I - Presidente e Vice-Presidente da República;
II - Presidente da Câmara dos Deputados;

b) Cargos III - Presidente do Senado Federal;


privativos IV - Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - de carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa.

c) Atividade nociva Somente o brasileiro naturalizado poderá perder a nacionalidade em


ao interesse virtude da prática de atividade nociva ao interesse nacional (art. 12, §
nacional 4º, I, da CF/88).

d) Conselho da Participam do Conselho da República, além de outros membros, seis


República cidadãos brasileiros natos, segundo o art. 89 da CF/88.

e) Empresa Para que o brasileiro naturalizado seja proprietário de empresa


jornalística e de jornalística e de radiodifusão no Brasil é necessário que tenha se
radiodifusão naturalizado há mais de 10 anos.

Dizer o Direito. Disponível em:

<https://www.dizerodireito.com.br/2013/03/nacionalidade.html>

Acesso em: 10/04/2023.

§ 3º. São PRIVATIVOS DE BRASILEIRO NATO os cargos:


I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas;
VII - de Ministro de Estado da Defesa.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)

⇾ Cargos privativos de brasileiro NATO:


MP3.COM
Ministro do STF;
Presidente e Vice- Presidente da República;
Presidente da Câmara dos Deputados;

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Presidente do Senado Federal;
Carreira diplomática;
Oficial das Forças Armadas;
Ministro do Estado da Defesa.

§ 4º. Será declarada a PERDA DA NACIONALIDADE do brasileiro que:


I - tiver CANCELADA sua naturalização, por SENTENÇA JUDICIAL, em virtude
de atividade nociva ao interesse nacional;
• Somente o brasileiro naturalizado pode perder sua nacionalidade em virtude de atividade
nociva ao interesse nacional.
• Cancelamento da naturalização ⇾ sentença judicial transitada em julgado + Perda dos direitos
políticos.
- Reaquisição: por meio de ação rescisória.

II - ADQUIRIR OUTRA NACIONALIDADE, SALVO nos casos:


(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

a) de reconhecimento de nacionalidade ORIGINÁRIA pela lei estrangeira;


(Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

b) de IMPOSIÇÃO DE NATURALIZAÇÃO, pela norma estrangeira, ao brasileiro


residente em estado estrangeiro, como CONDIÇÃO PARA PERMANÊNCIA em seu
território ou para o EXERCÍCIO DE DIREITOS CIVIS;
(Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

PERDA DA NACIONALIDADE
⇾ Será declarada a PERDA da nacionalidade do brasileiro que:
tiver CANCELADA sua naturalização, por SENTENÇA JUDICIAL, em virtude de ATIVIDADE
NOCIVA AO INTERESSE NACIONAL;
• A doutrina chama de “perda-punição”.
⚠ Somente o brasileiro NATURALIZADO pode perder sua nacionalidade em virtude de
atividade nociva ao interesse nacional.
↳ Esta hipótese de perda somente atinge o brasileiro naturalizado.
Assim, o brasileiro nato NÃO pode perder a sua nacionalidade, mesmo que pratique atividade
nociva ao interesse nacional.
• Essa perda ocorre por meio de processo judicial, no qual é assegurado contraditório e ampla
defesa, com tramitação na Justiça Federal (art. 109, X, CF).
↳ A lei não descreve o que é considerado como “atividade nociva ao interesse nacional”.
↳ Após a tramitação do processo, a perda efetiva-se por meio de sentença que deve ter
transitado em julgado.
↳ Os efeitos da sentença serão ex nunc.
• Havendo a perda da nacionalidade por este motivo, a sua reaquisição somente poderá
ocorrer caso a sentença que a decretou seja rescindida por meio de ação rescisória.
Desse modo, NÃO é permitido que a pessoa que perdeu a nacionalidade por esta hipótese a
obtenha novamente por meio de novo procedimento de naturalização.

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
ADQUIRIR OUTRA NACIONALIDADE.
• A doutrina denomina de “perda-mudança”.
• Se um brasileiro, nato ou naturalizado, adquirir voluntariamente uma nacionalidade
estrangeira, perderá, então, a brasileira.
• Esta perda ocorre por meio de um processo administrativo, assegurado contraditório e
ampla defesa, que tramita no Ministério da Justiça.
• Após a tramitação do processo, a perda efetiva-se por meio de Decreto do Presidente da
República.
↳ Os efeitos do Decreto serão ex nunc.
• Esta hipótese de perda atinge tanto o brasileiro nato como o naturalizado.
• Havendo a perda da nacionalidade por este motivo, a sua reaquisição será possível por meio de
pedido dirigido ao Presidente da República, sendo o processo instruído no Ministério da Justiça.
Caso seja concedida a reaquisição, esta é feita por meio de Decreto.
↳ Alexandre de Moraes defende que o brasileiro nato que havia perdido e readquire sua
nacionalidade, passa a ser brasileiro naturalizado (e não mais nato).
↳ Por outro lado, José Afonso da Silva afirma que o readquirente recupera a condição que
perdera: se era brasileiro nato, voltará a ser brasileiro nato; se naturalizado, retomará essa
qualidade.

⇾ EXCEÇÕES:
A CF traz duas hipóteses em que a pessoa NÃO perderá a nacionalidade brasileira, mesmo
tendo adquirido outra nacionalidade.
Assim, será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que adquirir outra
nacionalidade, SALVO nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade ORIGINÁRIA pela lei estrangeira;
b) de IMPOSIÇÃO DE NATURALIZAÇÃO, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente
em estado estrangeiro, como CONDIÇÃO PARA PERMANÊNCIA em seu território ou para o
EXERCÍCIO DE DIREITOS CIVIS;
Aqui, o objetivo da exceção é preservar a nacionalidade brasileira daquele que, por motivos
de trabalho, acesso aos serviços públicos, moradia etc., praticamente se vê obrigado a adquirir
a nacionalidade estrangeira, mas que, na realidade, jamais teve a intenção ou vontade de
abdicar da nacionalidade brasileira.
Dizer o Direito. Disponível em:

<https://www.dizerodireito.com.br/2013/03/nacionalidade.html>

Acesso em: 10/04/2023.

Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.


§ 1º. São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as
armas e o selo nacionais.

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Bandeira;

Hino;

Símbolos da RFB

Armas;

Selo nacionais.

§ 2º. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS POLÍTICOS

Art. 14. A SOBERANIA POPULAR será exercida pelo sufrágio universal e pelo
voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.

SOBERANIA POPULAR
⇾ Será exercida:
• pelo SUFRÁGIO UNIVERSAL; e
• pelo VOTO DIRETO E SECRETO, com valor igual para todos.
⇾ Mediante:
• plebiscito;
• referendo;
• iniciativa popular.

• Plebiscito: consulta prévia. O plebiscito é convocado com anterioridade a ato legislativo ou


administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido.
• Referendo: consulta a posteriori. Apenas para ratificar ou rejeitar. É convocado com
posterioridade.
• Decreto legislativo é o instrumento legal apto a convocar plebiscitos e referendos no Brasil.

⇾ Voto:

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
• direto;
• secreto;
• universal;
• periódico;
• obrigatório (única característica do voto que não é cláusula pétrea); e
• igual.

§ 1º. O ALISTAMENTO ELEITORAL e o VOTO são:


I - OBRIGATÓRIOS para os maiores de 18 (dezoito) anos;
II - FACULTATIVOS para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de 70 (setenta) anos;
c) os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos.

ALISTAMENTO ELEITORAL E VOTO


OBRIGATÓRIOS FACULTATIVOS
• Para os maiores de 18 anos. ⇾ Para:
• os analfabetos;
• os MAIORES de 70 anos;
• os maiores de 16 e menores de 18 anos.
⚠ NÃO podem alistar-se como eleitores:
• estrangeiros;
• conscritos (durante o período de serviço militar obrigatório).

§ 2º. NÃO podem alistar-se como ELEITORES os estrangeiros e, durante o


período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
↳ Inalistáveis.
↳ Aqui também se encaixa os apátridas (também conhecidos como heimatlos).

§ 3º. São CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE, na forma da lei:


I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
↳ Pressupõe o alistamento eleitoral – até 6 meses antes da eleição que pretende concorrer
(art. 9º da Lei nº 9.504/97 – Lei das Eleições.).

Art. 9º, Lei nº 9.504/97. Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio
eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de 6 (seis) meses e estar com a filiação
deferida pelo partido no mesmo prazo.

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
(Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)

Parágrafo único. Havendo fusão ou incorporação de partidos após o prazo estipulado no caput,
será considerada, para efeito de filiação partidária, a data de filiação do candidato ao partido de
origem.

V - a filiação partidária;
↳ Até 6 meses antes da eleição que pretende concorrer (art. 9º da Lei nº 9.504/97).

VI - a idade mínima de:


(Data da posse).

a) 35 (trinta e cinco) anos para Presidente e Vice-Presidente da República e


Senador;
b) 30 (trinta) anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito
Federal;
c) 21 (vinte e um) anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital,
Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
(No pedido de registro de candidatura).

d) 18 (dezoito) anos para Vereador.

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE
• Nacionalidade brasileira;
• Pleno exercício dos direitos políticos;
• Alistamento eleitoral;
• Domicílio eleitoral na circunscrição;
• Filiação partidária;
• Idade mínima de: 35 anos Presidente, Vice-Presidente da República
e Senador.
30 anos Governador e Vice-Governador de Estado
e do Distrito Federal.
21 anos Deputado Federal, Deputado Estadual ou
Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e Juiz de
Paz.
18 anos Vereador

Comprovação na DATA DA POSSE:

• Presidente da República;
35 anos • Vice-Presidente da República; e
• Senador.

30 anos • Governador de Estado ou do Distrito Federal; e

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
• Vice-Governador de Estado ou do Distrito Federal.

• Deputado Federal;
21 anos • Deputado Estadual ou Distrital;
• Prefeito;
• Vice-Prefeito; e
• Juiz de Paz.

⇾ Cargos do Poder Executivo:


• Presidente e Vice-Presidente da República: 05 de janeiro do ano
seguinte à sua eleição (art. 82, CF):

⚠ Mudança na data com a EC nº 111/2021.


• Governador e Vice-Governador: 06 de janeiro do ano seguinte à
sua eleição (art. 28, CF).
DATA DA POSSE
⚠ Mudança na data com a EC nº 111/2021.
• Prefeito e Vice-Prefeito: 1º de janeiro do ano subsequente ao da
eleição (art. 29, III, CF).
⇾ Senador e Deputado Federal: 1º de fevereiro do ano seguinte à
sua eleição (art. 57, § 4º, CF)
↳ Sessão preparatória dá posse aos novos Parlamentares e realiza
eleição para a Mesa Diretora.
⇾ Deputado Estadual e Distrital: cada estado/DF estabelece o dia
da posse (princípio constitucional do poder constituinte derivado
decorrente – autonomia de cada entidade federativa).

Comprovação no momento do PEDIDO DE REGISTRO DE CANDIDATURA:

18 anos Vereador.

§ 4º. São INELEGÍVEIS os inalistáveis e os analfabetos.


↳ Inalistáveis = estrangeiros e conscritos.

Estrangeiros;

Inalistáveis

INELEGÍVEIS Conscritos.

Analfabetos

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
§ 5º. O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos
mandatos poderão ser reeleitos para UM ÚNICO período subsequente.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)

§ 6º. Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os


Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem RENUNCIAR aos
respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito.
↳ Desincompatibilização – Chefes do Executivo.

⇾ Desincompatibilização (renúncia):
↳ Até 6 meses antes do pleito.
• Presidente da República, Governador ou Prefeito (Chefes do Executivo):
1) Permite que estes participem das eleições para outro cargo.
2) Afasta a inelegibilidade de seus parentes.

§ 7º. São INELEGÍVEIS, no território de jurisdição (circunscrição) do titular, o


cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o 2º (segundo) grau ou por adoção,
do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses
anteriores ao pleito, SALVO se já titular de mandato eletivo e candidato à
REELEIÇÃO.
↳ Inelegibilidade reflexa.

CIRCUNSCRIÇÃO
País • Presidente da República;
• Vice-Presidente.
• Governador;
• Vice-Governador;
Estado/DF • Deputado Estadual;
• Deputado Distrital;
• Senador da República.
• Prefeito;
Município • Vice-Prefeito;
• Vereador.

⇾ Condições para a configuração da inelegibilidade:


• O titular paradigma deve ser ocupante de cargo eletivo no Poder Executivo.
• Cônjuge e parentes até o 2º grau ou por adoção, consanguíneos ou afins desejam concorrer a
qualquer cargo eletivo no âmbito territorial em que o titular exerça o seu mandato.
↳ Aplica-se a quem houver substituído o Chefe do Poder Executivo nos 6 meses anteriores ao
pleito (período de desincompatibilização).

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
⚠ ATENÇÃO! Caso o parente do ocupante de cargo eletivo do Poder Executivo já seja titular de
mandato eletivo e esteja se candidatando à REELEIÇÃO, ele é elegível (exceção à regra).

⚠ O parentesco com o Vice NÃO gera inelegibilidade, a menos que ele tenha substituído ou
sucedido o titular dentro dos 6 meses anteriores ao pleito.

• Súmula nº 06, TSE. São INELEGÍVEIS para o cargo de chefe do Executivo o cônjuge e os
parentes, indicados no § 7º do art. 14 da Constituição Federal, do titular do mandato, SALVO se
este, reelegível, tenha falecido, renunciado ou se afastado definitivamente do cargo até 6
(seis) meses antes do pleito.
• Súmula Vinculante nº 18. A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do
mandato, NÃO AFASTA a inelegibilidade prevista no § 7º do art. 14 da Constituição Federal
(inelegibilidade reflexa).
↳ A inelegibilidade do art. 14, § 7º, da Constituição NÃO ALCANÇA o cônjuge supérstite
(sobrevivente, viúvo) quando o falecimento tiver ocorrido no primeiro mandato, com regular
sucessão do Vice-Prefeito, e tendo em conta a construção de novo núcleo familiar.
↳ A Súmula Vinculante nº 18 do STF NÃO SE APLICA aos casos de extinção do vínculo conjugal
pela MORTE de um dos cônjuges.
STF. Plenário. RE 758461/PB, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 22/5/2014 (repercussão
geral) (Info 747).

CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula vinculante 18-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus.
Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/4625d8e31dad7d1c4c83399a6eb62
f0c>.

Acesso em: 10/04/2023

§ 8º. O MILITAR ALISTÁVEL é elegível, atendidas as seguintes condições:


* Alistável: pode se alistar como eleitor. Exclui-se o conscrito.

I - se contar MENOS de 10 (dez) anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;


II - se contar MAIS de 10 (dez) anos de serviço, será agregado pela autoridade
superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a
inatividade.
• Se o militar tiver menos de 10 anos de efetivo exercício: nesse caso, ele deverá se afastar
definitivamente para que possa concorrer a cargos políticos-eletivos.
↳ Caso não seja eleito, não poderá retornar à carreira militar anteriormente ocupada.
• Se o militar tiver mais de 10 anos de efetivo exercício: nesse caso, há um afastamento
temporário (a CF fala em agregação pela autoridade superior).
↳ Caso não seja eleito, o militar poderá retornar ao cargo anteriormente ocupado.
↳ Caso seja eleito, será “aposentado” na carreira militar (a CF fala em inatividade).

§ 9º. Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os


prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade
para exercício de mandato considerada a vida pregressa do candidato, e a

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou
o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou
indireta.
(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de 1994)

↳ Moralidade eleitoral ⇾ LC nº 64/1990 (Lei das Inelegibilidades).

• Súmula nº 13, TSE. Não é autoaplicável o § 9º do art. 14 da Constituição, com a redação da


Emenda Constitucional de Revisão nº 4/1994.

§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo
de 15 (quinze) dias contados da DIPLOMAÇÃO, instruída a ação com provas de
abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
↳ Ação de impugnação de mandato eletivo – AIME.
§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça,
respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
§ 12. Serão realizadas concomitantemente às eleições municipais as consultas
populares sobre questões locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e
encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90 (noventa) dias antes da data das eleições,
observados os limites operacionais relativos ao número de quesitos.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)

§ 13. As manifestações favoráveis e contrárias às questões submetidas às


consultas populares nos termos do § 12 ocorrerão durante as campanhas eleitorais,
SEM a utilização de propaganda gratuita no rádio e na televisão.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)

Art. 15. É VEDADA a CASSAÇÃO de direitos políticos, cuja PERDA OU


SUSPENSÃO só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; (Perda).
II - incapacidade civil ABSOLUTA; (Suspensão).
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus
EFEITOS; (Suspensão).
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos
termos do art. 5º, VIII; (Perda/suspensão - divergência).
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. (Suspensão).

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, NÃO se aplicando à eleição que ocorra até 1 (um) ano da data de sua
vigência.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993)

↳ Princípio da anualidade + princípio da anterioridade eleitoral.


↳ Cláusula pétrea (ADI 3685).

• Lei que alterar o processo eleitoral: entra em vigor na data de sua publicação.
↳ Contudo, não é aplicável à eleição que ocorra até 1 ano da data de sua vigência.

CAPÍTULO V
DOS PARTIDOS POLÍTICOS

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,


resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os
direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes PRECEITOS:
I - caráter nacional;
II - PROIBIÇÃO de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo
estrangeiros ou de subordinação a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

⇾ É livre:
• criação;
• fusão;
• incorporação; e dos partidos políticos;
• extinção

⇾ Resguardados:
• soberania nacional;
• regime democrático;
• pluripartidarismo;
• direitos fundamentais da pessoa humana.

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⇾ Preceitos que devem ser observados:
• caráter nacional;
• proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou
de subordinação a estes;
• prestação de contas à Justiça Eleitoral;
• funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

§ 1º. É assegurada aos partidos políticos AUTONOMIA para definir sua


estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus
órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para
adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições
MAJORITÁRIAS, VEDADA A SUA CELEBRAÇÃO NAS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS,
SEM obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional,
estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de
disciplina e fidelidade partidária.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)

↳ Princípio da autonomia partidária. (NÃO tem caráter absoluto).

PRINCÍPIO DA LIBERDADE E AUTONOMIA

Prerrogativa p/ adotar os
Prerrogativa p/ definir a
critérios de escolha e regime
estrutura interna e o
de suas coligações eleitorais
funcionamento.
(nas eleições majoritárias).

• Os estatutos dos partidos políticos devem obrigatoriamente dispor sobre:


1) Normas de disciplina (tem relação com o dever de os filiados dos partidos políticos
observarem as obrigações e os impedimentos).
2) Fidelidade partidária (dever de lealdade que o filiado eleito tem com o seu partido e seus
eleitores)

§ 2º. Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da


lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
1º: adquirir personalidade jurídica (registrar seus atos constitutivos no cartório).
2º: comprovar o caráter nacional.
3º: registrar seu estatuto no TSE (vai poder participar do processo eleitoral; exclusividade de sua
sigla, nome e símbolo; ter acesso aos recursos do Fundo Partidário e acesso gratuito ao rádio e
à televisão).

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Art. 7º, Lei nº 9.096/95. O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da
lei civil, registra seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 1º. Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional,
considerando-se como tal aquele que comprove, no período de 2 (dois) anos, o apoiamento
de eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo menos, 0,5% (cinco
décimos por cento) dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados,
não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por 1/3 (um terço), ou mais, dos
Estados, com um mínimo de 0,1% (um décimo por cento) do eleitorado que haja votado em
cada um deles.
(Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)

§ 2º. Só o partido que tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral pode
participar do processo eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso gratuito
ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei.
§ 3º. Somente o registro do estatuto do partido no Tribunal Superior Eleitoral assegura a
exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos, VEDADA a utilização, por outros
partidos, de variações que venham a induzir a erro ou confusão.

§ 3º. Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao


rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que ALTERNATIVAMENTE:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)

↳ Cláusula de barreira ou de desempenho.


↳ Só passa a produzir todos os seus efeitos a partir das eleições de 2030.

I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três


por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 (um terço) das
unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em
cada uma delas; OU
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)

II - tiverem elegido pelo menos 15 (quinze) Deputados Federais distribuídos em


pelo menos 1/3 (um terço) das unidades da Federação.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)

⇾ Terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão os


partidos políticos que ALTERNATIVAMENTE:
1) Obtiverem, nas eleições para a CÂMARA DOS DEPUTADOS, no mínimo 3% dos votos
válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com um mínimo de 2% dos
votos válidos em cada uma delas;
OU
2) Tiverem elegido pelo menos 15 Deputados Federais distribuídos em pelo menos 1/3 das
unidades da Federação.
Obs.: o partido que não atingir a cláusula de desempenho não terá direito a recursos do fundo
partidário e nem acesso gratuito ao rádio e à televisão.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
§ 4º. É VEDADA a utilização pelos partidos políticos de organização
paramilitar.
§ 5º. Ao eleito por partido que NÃO preencher os requisitos previstos no § 3º
deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, SEM perda do mandato,
a outro partido que os tenha atingido, NÃO sendo essa filiação considerada para fins
de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio
e de televisão.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)

§ 6º. Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados Distritais


e os Vereadores que se desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos
PERDERÃO O MANDATO, SALVO nos casos de ANUÊNCIA DO PARTIDO ou de
outras hipóteses de JUSTA CAUSA estabelecidas em lei, não computada, em
qualquer caso, a migração de partido para fins de distribuição de recursos do fundo
partidário ou de outros fundos públicos e de acesso gratuito ao rádio e à televisão.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)

Art. 22-A, Lei nº 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos). Perderá o mandato o detentor de
cargo eletivo que se desfiliar, SEM justa causa, do partido pelo qual foi eleito.
(Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)

Parágrafo único. Consideram-se JUSTA CAUSA para a desfiliação partidária somente as


seguintes hipóteses:
(Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)

I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;


(Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)

II - grave discriminação política pessoal; e


(Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)

III - mudança de partido efetuada durante o período de 30 (trinta) dias que antecede o prazo
de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do
mandato vigente.
(Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)

§ 7º. Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% (cinco por cento) dos
recursos do fundo partidário na criação e na manutenção de programas de promoção
e difusão da participação política das mulheres, de acordo com os interesses
intrapartidários.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 117, de 2022)

§ 8º. O montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e da


parcela do fundo partidário destinada a campanhas eleitorais, bem como o tempo de
propaganda gratuita no rádio e na televisão a ser distribuído pelos partidos às
respectivas candidatas, deverão ser de no mínimo 30% (trinta por cento), proporcional
ao número de candidatas, e a distribuição deverá ser realizada conforme critérios

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
definidos pelos respectivos órgãos de direção e pelas normas estatutárias,
considerados a autonomia e o interesse partidário.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 117, de 2022)

TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

⇾ Elementos constitutivos do Estado:


• Território;
• Povo;
• Governo soberano.
⇾ Autonomia política: União, Estados, DF e Municípios.
• Capacidade de auto-organização;
Ex: Constituições Estaduais, Leis Orgânicas.
• Autolegislação: editar suas próprias leis.
• Autoadministração: natureza administrativa, tributária e orçamentária.
• Autogoverno: poder para escolher seus próprios representantes.

CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil


compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos,
nos termos desta Constituição.
↳ Autonomia FAP (Financeira, Administrativa e Política).
↳ Repartição de atribuições conferidas a cada um dos entes da Federação.

§ 1º. Brasília é a Capital Federal.


§ 2º. Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em
Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
↳ Territórios federais não possuem autonomia política e nem integram a federação. São meras
descentralizações administrativas da União. São autarquias territoriais.

§ 3º. Os ESTADOS podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-


se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais,

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
mediante APROVAÇÃO da população diretamente interessada, através de
PLEBISCITO, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
§ 4º. A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de MUNICÍPIOS,
far-se-ão por lei ESTADUAL, dentro do período determinado por Lei Complementar
Federal, e DEPENDERÃO de CONSULTA PRÉVIA, mediante PLEBISCITO, às
populações dos Municípios envolvidos, após DIVULGAÇÃO DOS ESTUDOS DE
VIABILIDADE MUNICIPAL, apresentados e publicados na forma da lei.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996)

ESTADOS MUNICÍPIOS
⇾ Podem incorporar-se entre si, subdividir-se ⇾ A criação, a incorporação, a fusão e o
ou desmembrar-se para se anexarem a desmembramento de Municípios, far-se-ão:
outros ou formarem novos Estados ou • por lei estadual, dentro do período
Territórios Federais: determinado por Lei Complementar federal,
- Mediante: e:
• aprovação da população diretamente - Dependerão:
interessada, através de plebiscito; • de consulta prévia, mediante plebiscito, às
• aprovação do Congresso Nacional, por lei populações dos Municípios envolvidos;
complementar. • após divulgação dos estudos de
viabilidade municipal, apresentados e
publicados na forma da lei.

(Vedações federativas).

Art. 19. É VEDADO à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência
ou aliança, RESSALVADA, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

CAPÍTULO II
DA UNIÃO

Art. 20. São BENS DA UNIÃO:


(Rol não exaustivo).

I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;

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II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações
e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental,
definidas em lei;
• As terras devolutas, via de regra, pertencem aos Estados.
• Quando forem indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções
militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental serão bens da União.

III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio,


ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se
estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos
marginais e as praias fluviais;
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as
praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que
contenham a sede de Municípios, EXCETO aquelas áreas afetadas ao serviço público
e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005)

⇾ Ilhas fluviais e lacustres:


• Zonas limítrofes com outros países ⇾ Bens da União.
• Outras ilhas fluviais e lacustres ⇾ Bens dos Estados.
⇾ Ilhas oceânicas e costeiras:
• Ilhas oceânicas: em regra, são bens da União. EXCETO aquelas que contenham a sede de
Município – nesse caso será bem do Município.

⚠ Se a ilha estiver afetada ao serviço público ou à unidade ambiental federal serão bens da
União.

V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica


exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
• Bens da União: mar territorial; terrenos da Marinha; recursos naturais da plataforma
continental e da zona econômica exclusiva.

• Súmula nº 496, STJ. Os registros de propriedade particular de imóveis situados em terrenos


de marinha não são oponíveis à União.

VIII - os potenciais de energia hidráulica;


IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-
históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
• Súmula nº 650, STF. Os incisos I e XI do art. 20 da CF não alcançam terras de aldeamentos
extintos, ainda que ocupadas por indígenas em passado remoto.
↳ Segundo critério construído pelo STF, somente são consideradas “terras tradicionalmente
ocupadas pelos índios” aquelas que eles habitavam na data da promulgação da CF/88 (marco
temporal) e, complementarmente, se houver a efetiva relação dos índios com a terra (marco da
tradicionalidade da ocupação). Assim, se, em 05/10/1988, a área em questão não era ocupada
por índios, isso significa que ela não se revestirá da natureza indígena de que trata o art. 231 da
CF/88.
↳ As terras ocupadas, em passado remoto, por aldeamentos indígenas não são bens da União
(STF AI-AgR 307401/SP).

CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 650-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/298f587406c914fad5373bb689300
433>.

Acesso em: 12/04/2023

§ 1º. É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal
e aos Municípios a participação no resultado da exploração de petróleo ou gás
natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros
recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou
zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019).

§ 2º. A faixa de até 150 km (cento e cinquenta quilômetros) de largura, ao longo


das fronteiras terrestres, designada como FAIXA DE FRONTEIRA, é considerada
fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão
reguladas em lei.

Art. 21. Compete à UNIÃO:


I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações
internacionais;
II - declarar a guerra e celebrar a paz;
III - assegurar a defesa nacional;
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras
transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;
↳ Mecanismos de estabilização constitucional.

VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;


VII - emitir moeda;

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de
natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como
as de seguros e de previdência privada;
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território
e de desenvolvimento econômico e social;
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão,
os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização
dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 1995)

• Súmula nº 606, STJ. NÃO SE APLICA o princípio da insignificância a casos de transmissão


clandestina de sinal de internet via radiofrequência, que caracteriza o fato típico previsto no
art. 183 da Lei n. 9.472/1997.

XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:


a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 1995)

b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético


dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais
hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infraestrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e
fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de
passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito
Federal e dos Territórios (MPDFT) e a Defensoria Pública dos Territórios;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012)

⚠ Vale frisar que quem irá organizar e manter a Defensoria Pública do Distrito Federal é o
próprio DF! O restante é tudo organizado e mantido pela União.

XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo
de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao
Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019)

• Súmula Vinculante nº 39. Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos
membros das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia
e cartografia de âmbito nacional;
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de
programas de rádio e televisão;
XVII - conceder anistia;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades
públicas, especialmente as secas e as inundações;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir
critérios de outorga de direitos de seu uso;
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação,
saneamento básico e transportes urbanos;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e


exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e
reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus
derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional SOMENTE será admitida para
fins PACÍFICOS e mediante APROVAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL;
b) sob regime de PERMISSÃO, são autorizadas a comercialização e a utilização
de radioisótopos para pesquisa e uso agrícolas e industriais;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 118, de 2022)

c) sob regime de PERMISSÃO, são autorizadas a produção, a comercialização e


a utilização de radioisótopos para pesquisa e uso médicos;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 118, de 2022)

d) a responsabilidade civil por danos nucleares INDEPENDE da existência de


culpa;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006)

XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;


XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de
garimpagem, em forma associativa;
XXVI - organizar e fiscalizar a proteção e o tratamento de dados pessoais,
nos termos da lei.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 115, de 2022)

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(Competência legislativa da União)

Art. 22. Compete PRIVATIVAMENTE à União legislar sobre:


I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo,
aeronáutico, espacial e do trabalho;
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PRIVATIVA DA UNIÃO
C CIVIL
A AGRÁRIO
P PENAL
A AERONÁUTICO
C COMERCIAL
E ELEITORAL
T TRABALHO
E ESPACIAL
P PROCESSUAL
M MARÍTIMO

• Súmula Vinculante nº 46. A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento


das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa
da União.

II - desapropriação;
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de
guerra;
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V - serviço postal;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII - comércio exterior e interestadual;
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e
aeroespacial;
XI - trânsito e transporte;
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIV - populações indígenas;
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício
de profissões;

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XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos
Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização
administrativa destes;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012)

XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;


XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
• Súmula Vinculante nº 02. É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que
disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.
↳ Competência privativa da União.

XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias,


convocação, mobilização, inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos
de bombeiros militares;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária


federais;
XXIII - SEGURIDADE SOCIAL;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
XXV - registros públicos;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades,
para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as
empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Art. 37, CF. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...]
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações


serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições
a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas
as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de
qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
Art. 173, § 1º, CF. A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de
economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou
comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: [...]
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da
administração pública;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e


mobilização nacional;
XXIX - propaganda comercial.
XXX - proteção e tratamento de dados pessoais.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 115, de 2022)

Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar


sobre questões ESPECÍFICAS das matérias relacionadas neste artigo.

Competências administrativas (competências comuns).

Art. 23. É competência COMUM da União, dos Estados, do Distrito Federal e


dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e
conservar o patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas
portadoras de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico
e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de
outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à
tecnologia, à pesquisa e à inovação;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas


formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento
alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das
condições habitacionais e de saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo
a integração social dos setores desfavorecidos;

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
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XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e
exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre
a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio
do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

Competências legislativas – Competências concorrentes (União, Estados e DF).

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar


CONCORRENTEMENTE sobre:
⚠ Município não!

I - direito TRIBUTÁRIO, FINANCEIRO, PENITENCIÁRIO, ECONÔMICO e


URBANÍSTICO;
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
• Súmula nº 178, STJ. O INSS não goza de isenção do pagamento de custas e emolumentos,
nas ações acidentárias e de benefícios propostas na Justiça Estadual.

V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos
recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
É constitucional lei municipal, regulamentada por decreto, que preveja a aplicação de multas
para os proprietários de veículos automotores que emitem fumaça acima de padrões
considerados aceitáveis.
O Município tem competência para legislar sobre meio ambiente e controle da poluição,
quando se tratar de interesse local.
STF. Plenário. RE 194704/MG, rel. orig. Min. Carlos Velloso, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin,
julgado em 29/6/2017 (Info 870).
• O controle da poluição ambiental, especialmente aquele destinado a impedir a degradação dos
índices de qualidade do ar, consiste em matéria que se insere na esfera de competência
legislativa dos Municípios, observado o interesse local e desde que as medidas de regulação
normativa não transgridam nem conflitem com o âmbito de atuação que a Constituição atribuiu
à União e aos Estados-membros.

CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Normas municipais podem prever multas para os proprietários de
veículos que emitem fumaça acima dos padrões aceitáveis. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível
em:

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ESCOLA TRABALHISTA LEGIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/53fdae58e861476b182b0cd6beade
809>.

Acesso em: 12/04/2023

VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;


VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e
direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa,
desenvolvimento e inovação;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

Obs.: legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional é competência privativa da União
(art. 22, XXIV).

X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;


XI - PROCEDIMENTOS em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
Obs.: legislar sobre seguridade social é competência privativa da União (art. 22, XXIII).

XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;


XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 1º. No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-
á a estabelecer normas gerais.
- União: normas gerais.
- Estados/DF: normas específicas (competência suplementar).
⇾ Competência suplementar:
• Complementar: normas específicas (mas compatíveis com as normas da União).
• Supletiva: quando a União for omissa e não tiver editado lei federal de normas gerais. Estados
e DF exercem a competência plena (normas gerais e específicas).
↳ Superveniência de lei federal sobre normas gerais SUSPENDE a eficácia da lei estadual, no
que lhe for contrário.

§ 2º. A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a
competência suplementar dos Estados.
§ 3º. INEXISTINDO lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º. A superveniência de lei federal sobre normas gerais SUSPENDE a eficácia
da lei estadual, no que lhe for contrário.

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