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RESENHA SEMINÁRIO ABORDAGENS EMERGENTES – DISCIPLINA

TEORIA DAS ORGANIZAÇÕES


ALUNA: MISLENE APARECIDA SILVA RODRIGUES

No artigo "Sistemas de gestão empresarial contribuem para o isomorfismo


organizacional?" de autoria de Saldanha, L. R., Nodari, C. H., Salvagni, J. e Gondim, L.,
publicado na revista GESTÃO & REGIONALIDADE em 2018, o objetivo dos autores é
analisar a relação entre os sistemas de gestão empresarial e o isomorfismo organizacional.
Segundo os autores o isomorfismo organizacional é a tendência das organizações se
tornarem semelhantes umas às outras, adotando práticas e estruturas similares, fato este
que podem ser influenciado pelos sistemas de gestão empresarial.

A pesquisa realizada pelos autores é fundamentada em uma revisão bibliográfica que


abrange uma ampla gama de estudos sobre sistemas de gestão empresarial e isomorfismo
organizacional. A metodologia adotada consiste em uma análise crítica desses estudos,
buscando identificar as principais contribuições e lacunas existentes na literatura.

Os resultados obtidos pelos autores indicam que os sistemas de gestão empresarial


podem, de fato, contribuir para o isomorfismo organizacional, porque esses sistemas são
baseados em modelos e práticas padronizadas, que são amplamente adotadas pelas
organizações.

No entanto, os autores ressaltam que existem fatores que podem influenciar a adoção e
implementação dos sistemas de gestão empresarial, como a cultura organizacional, o
ambiente institucional e as características específicas de cada organização, evitando o
isomorfismo.

Uma das principais contribuições do artigo é fornecer uma visão crítica sobre a literatura
existente, destacando as limitações e os desafios relacionados ao estudo do isomorfismo
organizacional.
Como demandas futuras, os autores apontam a necessidade de pesquisas que explorem
mais a fundo a relação existente entre os sistemas de gestão empresarial e o isomorfismo,
considerando diferentes contextos e abordagens metodológicas.

No artigo "Teorias institucionais aplicadas aos estudos de sistemas agroindustriais no


contexto do agronegócio café: uma análise conceitual", Barra e Ladeira exploram a
aplicação das teorias institucionais no estudo dos sistemas agroindustriais relacionados
ao café. Através de uma análise conceitual, os autores buscam compreender a influência
dessas teorias no contexto do agronegócio café.

A pesquisa realizada pelos autores tem como objetivo principal explorar a relação entre
as teorias institucionais e os sistemas agroindustriais do café, analisando conceitos-chave
e discutindo a aplicação dessas teorias no contexto do agronegócio café.
Os autores abortam principalmente a importância das instituições no agronegócio café,
destacando que são fundamentais para o funcionamento dos sistemas agroindustriais,
influenciando aspectos como as relações entre os agentes, as práticas adotadas e as regras
do jogo, afetando também a competitividade e a sustentabilidade do agronegócio café.

Os autores abordam a relação entre as teorias institucionais e os sistemas agroindustriais


do café, destacando que as teorias institucionais são ferramentas importantes para
compreender a dinâmica desses sistemas, ajudando a identificar os principais atores, as
interações entre eles e as regras que regem essas interações. Além disso, as teorias
institucionais também permitem compreender as mudanças que ocorrem nos sistemas
agroindustriais do café ao longo do tempo.

No entanto, os autores ressaltam que a aplicação das teorias institucionais no contexto do


agronegócio café ainda é incipiente, ressaltando a necessidade de aprofundar os estudos
nessa área, a fim de compreender melhor a influência das instituições nos sistemas
agroindustriais do café e desenvolver estratégias mais eficientes para promover a
competitividade e a sustentabilidade do agronegócio café.

Assim, os dois textos objetos da presente resenha, apontam que a gestão de organizações,
assim como a gestão de agroindustriais, são influenciadas pelos sistemas de gestão no
primeiro texto podendo estabelecer um isomorfismo em razão da utilização de práticas
de gestão, que pode ser afastado em razão da preservação a cultura organizacional, o
ambiente institucional e as características específicas de cada organização. O que também
ocorre com as agroindústrias de café, cujas instituições agem influenciando aspectos
como as relações entre os agentes, as práticas adotadas e as regras do jogo, afetando
também a competitividade e a sustentabilidade do agronegócio café. Áreas estas que tem
bastante campo para estudo em razão da gama de possibilidades, trazendo contribuições
valorosas para as instituições.

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