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Centro Universitário Unihorizontes (Mestrado em Administração)

Aluno(a): Raquel Leila da Silva Vidal


Professor(a): Alexandre Teixeira Dias
Obra resenhada:

WALTER, S. A.; AUGUSTO, P. O. M.; FONSECA, V. S.. O campo organizacional e a


adoção de práticas estratégicas: revisitando o modelo de Whittington. Cadernos Ebape.
BR, v. 9, n. 2, p. 282-298, 2011.
Resenha

Neste ensaio teórico os autores buscaram desenvolver um modelo conceitual


que possibilitasse relacionar os diferentes níveis de estratégia a fim de promover a
integração entre as perspectivas institucional e de estratégia como prática, com
mediação da teoria da estruturação. Adaptaram o modelo de Whinttington por meio
dos conceitos de isomorfismo; recursividade entre agência e estrutura; e
propriedades estruturais, a fim de abarcar os três níveis da estratégia, bem como a
influência dos mecanismos isomórficos institucionais sobre a adoção de práticas
estratégicas pelos estrategistas da organização.
Segundo os autores há um descontentamento de pesquisadores com a
pesquisa convencional em relação a estratégia, pois ele está num âmbito micro das
organizações. assim, na busca de relacionar os fenômenos analisados em seus diferentes âmbitos e

influênciasO ensaio é composto de cinco seções que apresenta o modelo de


Whittington (2006) de integração entre práxis, prática e praticantes. Alguns autores
propõem complementar o modelo de Whittington (2006), tais como Vasquez (2010).
que inseri mais um elemento essencial da prática estratégia: o texto estratégico;
Pascucci e Augusto (2010), em relação aos estrategistas externos para investigar o
papel de consultores empresariais na formação, eles observaram que os consultores
têm uma influência significante na adoção de práticas estratégicas nas
organizações, desempenhando papéis de articulação, integração e execução.

Conforme citado, a práxis, gera mudanças na prática, é entendida como a reflexão


crítica sobre a prática da gestão estratégica. A pratica é entendida como o conjunto
de atividades e comportamentos que os praticantes (gestores e demais membros
da organização) desenvolvem para alcançar os objetivos estratégicos da
organização, “Em nível organizacional, incorporam rotinas, procedimentos
operacionais e cultura, formando modos locais de strategizing”. Os praticantes são
os indivíduos que participam da gestão estratégica, incluindo gestores,
colaboradores, clientes, fornecedores e outros stakeholders. São os que fazem a
práxis estratégica. Eles são responsáveis por implementar a prática e por refletir
sobre ela, contribuindo para a evolução da práxis. Isso é o que consiste no trabalho
interorganizacional exigido para fazer e executar a estratégia. Algumas práticas vão
para além da organização, o campo extraorganizacional, Whittington (2006) o
considera, mas não é abrangido pelo seu modelo. Os autores sugerem a
possibilidade de pesquisa: “Como algumas práticas vão para além da organização?
Como tais práticas tornam-se tão influentes? Como surgem práticas novas? Qual
agente é responsável por isso? Assim, destaca-se a influência dos praticantes, seja
ele interno ou externo na estratégia das organizações, são os mediadores cruciais
entre práticas e práxis.

em relação à discussão da relação entre ambiente institucional e a adoção de


práticas estratégicas pelos estrategistas de uma organização, apresentam o
conceito de isomorfismo, o qual pode influenciar o processo de adoção de práticas
estratégicas pelos estrategistas, pois as organizações tendem a adotar práticas
semelhantes, há uma tendência à homogeneização, mesmo que essas práticas
não sejam necessariamente as mais eficientes ou adequadas para sua situação
específica.

Ainda sobre o isomorfismo, este ensaio apresenta dois tipos de : competitivo e


institucional e três mecanismos que fomentam isomorfismo institucional:
coercitivo, mimético e normativo. O isomorfismo coercitivo derivado de influências
políticas e legais, ocorre quando as organizações são obrigadas a adotar certas
práticas devido a pressões externas, resulta de pressões formais e informais, como
regulamentações governamentais ou normas profissionais. O isomorfismo
mimético: copiam práticas de outras organizações bem-sucedidas ou reconhecidas
no mesmo setor, imitam práticas bem-sucedidas no campo para ampliar sua
legitimidade. Já o isomorfismo normativo ocorre quando as organizações adotam
práticas que são consideradas adequadas ou legítimas pelos principais atores do
ambiente institucional em que operam, as profissões atuam como agentes
isomórficos em decorrência de formação em comum. Vale destacar que esses três
mecanismos não são empiricamente distintos e ocorrem concomitantemente e
tendem a derivar de condições diferentes e conduzir a resultados distintos.

autores citam que uma compreensão teórica do nível micro tem sido fracamente
desenvolvida pelo institucionalismo. Os autores destacam o modelo conceitual
proposto para conexão entre os níveis micro e macro da estratégia, explicando a
adoção de práticas estratégicas pelos estrategistas de uma organização, isso
mostra que perspectivas institucionais e da estratégia como prática podem se
complementar de forma que a conversação entre elas possibilite estabelecer uma
relação entre o âmbito micro e o macro de análise da estratégia.

Nesse contexto, visando contribuir para essas duas áreas do conhecimento e construir uma visão mais
abrangente da estratégia em seus diferentes níveis,

é importante destacar que os estrategistas também podem buscar adotar práticas inovadoras e

diferenciadas para obter vantagem competitiva em relação a outras organizações no mesmo

ambiente institucional. Portanto, a relação entre isomorfismo e adoção de práticas pelos

estrategistas não é determinística e pode variar dependendo da estratégia adotada pela

organização.

O isomorfismo é um fenômeno que se refere à similaridade na adoção de práticas

organizacionais entre organizações que operam no mesmo ambiente institucional. Em outras

palavras, as organizações tendem a adotar práticas semelhantes, mesmo que essas práticas

não sejam necessariamente as mais eficientes ou adequadas para sua situação específica.

Existem três tipos de isomorfismo: coercitivo, mimético e normativo. O isomorfismo coercitivo

ocorre quando as organizações são obrigadas a adotar certas práticas devido a pressões

externas, como regulamentações governamentais ou normas profissionais. O isomorfismo

mimético ocorre quando as organizações copiam práticas de outras organizações bem-

sucedidas ou reconhecidas no mesmo setor. Já o isomorfismo normativo ocorre quando as

organizações adotam práticas que são consideradas adequadas ou legítimas pelos principais

atores do ambiente institucional em que operam.

A relação entre isomorfismo e adoção de práticas pelos estrategistas de uma organização é que
os estrategistas muitas vezes são influenciados pelo ambiente institucional em que a

organização opera e, portanto, podem adotar práticas semelhantes às de outras organizações no

mesmo ambiente. Isso pode ocorrer tanto por pressões externas (isomorfismo coercitivo)

quanto por influência dos principais atores do ambiente institucional (isomorfismo normativo).

Além disso, a adoção de práticas semelhantes pode ser vista como uma forma de legitimação

da organização, pois ela demonstra que a organização está seguindo as práticas consideradas

adequadas e legítimas no ambiente institucional em que opera.

No entanto, é importante destacar que os estrategistas também podem buscar adotar práticas

inovadoras e diferenciadas para obter vantagem competitiva em relação a outras organizações

no mesmo ambiente institucional. Portanto, a relação entre isomorfismo e adoção de práticas

pelos estrategistas não é determinística e pode variar dependendo da estratégia adotada pela

organização.As empresas buscam maximizar seus lucros e atingir suas metas por

meio da análise de mercado e da identificação de oportunidades para desenvolver

uma estratégia bem-sucedida. o modelo de winttington é uma das abordagens mais

conhecidas para analisar as diferentes perspectivas teóricas sobre a estratégia

empresarial. As colaborações e complementações de outros autores para o modelo

contribui para ampliar a visão e as estratégias podendo ser aplicada de forma

diferente em diferentes organizações e contextos.

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