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3.

5 CONSUMO E CUSTO DOS MATERIAIS POR M³

A partir dos valores obtidos no item 3.2, pode-se iniciar a definição do consumo e custo dos
materiais utilizados para confecção do concreto dentro da faixa de resistência especificada.
Para comparação com os valores obtidos graficamente, foram realizados cálculos teóricos de
consumo de cimento para três faixas de resistência (29, 37 e 47 MPa), neste cálculo adotou-se
o valor de m e do fator a/c extraídos do gráfico 10. Os valores obtidos na figura e no processo
de cálculo são apresentados na Tabela 10.

Tabela 10 – Traços unitários para os concretos de 29, 37 e 47 MPa.

Conforme mostra a Tabela 10, há consistência nos valores de consumo de cimento para a
faixa de resistência a compressão. Essa discrepância pequena de resultados pode ser explicada
pela assertividade no processo de produção do gráfico, entretanto optou-se por utilizar os
valores obtidos durante o calculado para obter uma maior confiabilidade.

Após definir o consumo de cimento para as faixas de resistência, e com os valores de m


e os coeficientes água/cimento da Fig. 10, calculou-se o consumo estimado de todos os
materiais que compõem o concreto. A Tabela 11 mostra esses resultados.Tabela 11 - Consumo
de materiais por m3 , para os traços obtidos através do diagrama de dosagem

Obtendo o consumo por metro cúbico dos materiais que compõe o concreto, é possível
determinar o custo desses materiais por metro cúbico com base nos traços analisados.
Destaque que este custo inclui apenas os materiais que compõem o concreto e não inclui os
custos associados à mão-de-obra e equipamentos utilizados na produção, que embora
importantes, não são o foco desta análise de obra. Portanto, o custo do material por metro
cúbico de concreto foi calculado usando os preços de mercado dos materiais em questão, e os
resultados são apresentados na Tabela 12 e na Figura 14.

Tabela 12- Custo dos materiais por m3 , para os traços obtidos através do diagrama de
dosagem.

Figura 14 - Gráfico do custo total dos traços para as faixas de resistência à compressão
especificada.

Conforme esperado, a mistura especificada com resistência de 29 MPa apresentou o menor


custo por metro cúbico, enquanto o traço com resistência de 47 MPa apresentou o maior
custo por metro cúbico. observou se o aumento do custo ter relação com o aumento da
resistência à compressão. Nesse caso, há uma diferença de 28% na resistência à compressão
entre o traço especificado na faixa de 29 MPa e 37 MPa, entretanto, isso significo iam
porcentagem bem menor no aumento do custo por metro cúbico da mistura especificada na
faixa de 37 MPa, de 16%.

Ademais, pode ser observado outros fatores em longo prazo que influenciem na escolha do
custo, como a utilização de um concreto mais resistente, tendo consequentemente a melhoria
da sua durabilidade, uma vez que, neste tipo de concreto, normalmente apresenta um teor de
água inferior. O aumento da durabilidade prolonga a vida útil do concreto e, em última análise,
reduz os custos de manutenção dessa estrutura.

CAPÍTULO IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Uma vez concluído este trabalho, os objetivos originalmente propostos serão alcançados. O
objetivo principal foi confirmar que a utilização do método de dosagem IPT/POLI fornece
valores que permitem o detalhamento do diagrama de dosagem do material fornecido.

 Com o diagrama, foi possível identificar para as resistências de 29, 37 e 47 MPa, 


as diferentes configurações desses traços e mostrar as vantagens e desvantagens do uso de
cada traço.

Para fins secundários, buscaram-se informações que permitissem obter parâmetros para as
misturas experimentais realizadas, com o objetivo de estabelecer o gráfico de dosagem e
avaliar o consumo e custo por m3 de traços específicos para as faixas de resistência. A partir
disso podemos concluir que:

1- Em relação à massa específica, foi utilizado o método descrito na NBR 9776:1987 para
confirmar que a massa específica da mistura estava dentro dos valores esperados para
concretos com agregados comuns.
2- Com relação à resistência à tração na compressão diametral, o traço de teste
apresentou comportamento insatisfatório pelo método descrito na NBR 7222 (1994).
Visto que estavam em desconformidade com os 10% de relação com a resistência a
compreensão que é estabelecido em norma.
3- A absorção por imersão foi verificada pelo método descrito na NBR 9778 (1987) e
observou se a absorção de uma grande quantidade de água pelos corpo-de-prova no
decorrer dos 3 dias. De um modo geral, esta propriedade apresentou-se dentro dos
padrões determinados pela norma. Apesar do resultado demonstra um
comportamento anormal, já que o natural seria um aumento gradual, mesmo que
pequeno, com o passar do tempo. Logo, pode-se afirmar que houve equívocos na
realização deste ensaio, possivelmente no condicionamento da amostra.
4- O consumo e o custo por m3 foram avaliados e comparados para as misturas
especificadas com faixas de resistência à compressão de 29, 37 e 47 MPa. Comparando
essas propriedades, como esperado, o aumento do custo esteve diretamente
relacionado ao aumento do consumo de cimento e aumento da resistência à
compressão.

BIBLIOGRAFIA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Agregados para concreto: NBR 7211. Rio
de Janeiro, 1982.

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