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RESUMO:
Tabela 1: Tipos de solo e de estaca para o método LCPC- Tabela 2: Tipos de estaca para o método do fascículo
SETRA 1985, (Clarke, 1995) 62-V (Bustamante, et al., 2009)
pL* Escavada Nº da Areia,
Cravada Descrição da estaca estaca Argila pedra
Tipo de solo (Mpa)
Concreto Concreto Aço Estaca ou barrete escavada a
Argila mole 0-0,7 A A A seco 1 Q2 Q2*
Estaca cravada em H 14 Q2 Q2
Microestacas tipo 1 17 Q1 Q1
Microestacas tipo 2 18 Q1 Q1
Microestacas MRP 20 Q9 Q9
XIX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica
Geotecnia e Desenvolvimento Urbano
COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil
©ABMS, 2018
Fig. 5: Gráfico para determinação da carga unitária qs do 14 1,10 1,00 0,40 1,00 0,90
método do fascículo 62-V (Bustamante, et al., 2009) 15 2,70 2,90 2,40 2,40 2,40
16 0,90 0,80 0,40 1,20 1,20
A norma francesa publicada em 2012
substitui o fascículo 62-V do CCTG e ao DTU 17 - - - - -
13.2 e introduz um certo número de 18 - - - - -
modificações na previsão de carga de estacas
19 2,70 2,90 2,40 2,40 2,40
tomando por base novas análises de dados de
ensaios de prova arquivados há quarenta anos 20 3,40 3,80 3,10 3,10 3,10
pelo IFSTTAR (Instituto Francês de ciências e N* número da estaca
tecnologia de transportes e desenvolvimento de
redes) (BAGUELIN et al., 2012). A** argila, lodo e solos intermediários da argila
A parcela Rs responsável pelo atrito lateral B** areia, pedregulho e solos intermediários de areia
pode ser escrita como: C** talco
) D** marga e marga calcária
R " = 𝑝% ∫* 𝑞% (𝑧) 𝑑𝑧 (1)
E** rochas alteradas e fragmentadas
Sendo que ps é o perímetro do fuste da estaca O coeficiente fsolo é função do tipo de solo e
e qs é o valor unitário do atrito em cada metro de do valor de pL*.
estaca, determinado pela equação 2 (NF P 94-
262). f"?@? (𝑝<∗ ) = (a𝑝<∗ + 𝑏)(1 − 𝑒 7GHI∗ ) (3)
Tabela 4: Escolha dos valores a, b e c (NF P 94-262). B. Para a execução dos ensaios pressiométricos
SOLO A** B** C** D** E* utilizou-se o equipamento de fabricação da
APAGEO, com sonda do tipo G, referência
a 0,003 0,010 0,007 0,008 0,010
60-gc4, de comprimento de 210 mm, com
b 0,040 0,060 0,070 0,080 0,080 membrana de borracha simples, de 4 mm de
c 3,500 1,200 1,300 3,000 3,000 espessura, e com 60 mm de comprimento. O
A** argila, lodo e solos intermediários da argila sistema de aquisição é automático, utilizando-se
o dispositivo GeoSPAD e o software GeoVision
B** areia, pedregulho e solos intermediários de areia
para a manipulação dos dados e obtenção de
C** talco parâmetros desse ensaio. A Figura 6 ilustra a
D** marga e marga calcária posição dos ensaios pressiométricos realizados e
a localização das estacas ensaiadas.
E** rochas alteradas e fragmentadas
4 MATERIAIS E MÉTODOS
6
7 pressões, nota-se que os valores de pressão são
8 sempre crescentes, porém a diferença de pressão
9 entre o trecho de 6,0 m a 9,0 m não é expressiva,
10 o mesmo ocorre com as pressões entre 11,0 m e
11 13,0 m de profundidade. Os valores médios das
12 pressões limite efetivas foram aplicados aos
13 métodos de cálculo de capacidade de carga de
14 estacas. A partir dos resultados obtidos dos
PMT 1 PMT 2
PMT 3 cálculos e da prova de carga estabeleceu-se, na
Fig. 7: Pressões limites efetivas válidas obtidas nos 3
Figura 9, curvas de transferência para cada tipo
furos de sondagem PMT. de estaca.
QR (KN)
0 200 400 600 800 1000 1200
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
0
0
1
2 1
3 2
4
3
Profundidade (m)
5
6 4
7 5
8
6
profundidade (m)
9
10 7
11
8
12
13 9
MÉNARD 1963
14 10
BAGUELIN 1978
PL (kPa) PL* (kPa)
11 LPC 1982
Fig.8: Média das pressões limites (pL) e pressões limites
12 LCPC-SETRA 1985
efetivas(pL*)
FASCÍCULO 62-V
13
1999
Para a determinação da pressão limite, foi 14
NORMA NF P 94-
262, 2012
considerado o valor do coeficiente de empuxo PROVA DE CARGA
as pressões limite efetivas, nota-se que o ensaio Fig. 9: Carga na ruptura, distribuída ao longo do fuste da
estaca, para os vários métodos
PMT-01 apresentou dois pontos do ensaio
válidos, nas profundidades 9 m e 13 m. Os
Na Figura 9 observa-se que a distribuição da
resultados dos ensaios PMT-02 e PMT-03
carga lateral variou de 154 kN obtida pelo
tiveram valores de pressões semelhantes até os
cálculo Método LCPC-SETRA (1985) e 348 kN
6,0 m de profundidade. A partir dessa
pelo Método de Baguelin et al. (1978).
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fuste da estaca está inserido não refletiu em estacas instrumentadas e ensaiadas. Tendo em
diferentes valores para αestaca-solo. vista que o método da norma francesa
O método da norma francesa NF P 94-262 NF P 94-262 (2012) pôde ser ajustado para
(2012) apresenta uma tabela que lista valores estabelecer valores de parâmetros de entrada
para αestaca-solo. Da mesma forma, aos valores para o cálculo do tipo de estaca estudado, no solo
ajustados, estabeleceu-se a Tabela 5, como um estudado conclui-se, assim, que é possível
complemento às informações da tabela 3, aplicar métodos de cálculo de fundações
introduzindo dois tipos de solo, para a estacas baseados em ensaios pressiométricos em solos
estudadas. tropicais, desde que se faça alguns ajustes e
correções nos parâmetros de entrada, a fim de se
Tab. 5: Valores corrigidos para αestaca-solo para a estaca tipo considerar o método executivo de cada estaca e
pré-moldada de concreto as particularidades de resistência do solo onde se
αestaca-solo
αestaca-solo
Silte
aplica o método.
Argila
Tipo de Número da argilo-
porosa REFERÊNCIAS
estaca estaca * arenoso
Curva
Curva Q1
Q1
Pré-moldada 9 1,10 1,0 Albuquerque, P. J. R. (2001). Estacas escavadas, hélice
*Número que representa o tipo da estaca segundo a contínua e ômega: estudo do comportamento à
NF P 94-262, 2012 compressão em solo residual de diabásio, através de
provas de carga instrumentadas em profundidade. Tese
apresentada à Escola Politécnica da Universidade de
São Paulo para obtenção do grau de Doutor em
6 CONCLUSÕES engenharia, São Paulo.
Angelim, R.R., Cunha, R.P., Sales, M.M. (2017).
A análise dos resultados obtidos nos métodos de Determining the elastic deformation modulus from a
cálculo estudados indicou que todos eles compacted earth embankment via laboratory and
precisam ser ajustados para serem validados para Ménard pressuremeter tests. Soils and Rocks, São
Paulo, 39(3): 285-300.
cálculo da parcela transferida por atrito lateral da Baguelin, f.; Jézéquel, J.F. & Shields, d.h. (1978) – The
carga de ruptura a compressão em estacas, nos pressuremeter and foundation engineering. Trans Tech
solos lateríticos e porosos estudados. Mesmo Publications. Clausthal, Germany, 614p.
tendo adotado o método da norma francesa NF P Baguelin, F., Burlon, S., Bustamante, M., Frank, R.,
94-262 (2012) para realizar os ajustes, ou Gianeselli, L., Habert, J., Legrand, S. (2012).
Justification de la portance des pieux avec la norme
correções, nos parâmetros de entrada para ‘fondations profondes’ NF P 94-262 et le pressiometre.
atender as condições observadas nas provas de Journée Nationales de Géotechnique et de géologie de
carga, é válido observar como se comportam os l’Ingénieur JNGG 2012, 4-6 de julho. Bordeaux.
demais métodos a fim de avaliar qual outro se Briaud, J.L. (1992) – The pressuremeter. Trans tech
aplicaria ao cálculo, quando corrigido. publications, A.A. Balkeua, Rotterdam, 322p.
Bruschi, A. (2010) - Prove geotecniche in situ – guida alla
A maneira como a correção do método da stima delle proprietà geotecniche a alla loro
norma francesa NF P 94-262 (2012) foi applicazione alle fondazioni. Dario Flaccovio Editore,
conduzida permitiu analisar a distribuição de Palermo, 665p.
carga ao longo do fuste da estaca, ajustando-se Bustamante, M. & Gianeselli, L. (1981) – Prevision de la
os parâmetros para os dois tipos de solo capacite portante des pieux isole, sous charge verticale:
regles pressiometriques e penetrometrique. Bull
encontrados no perfil do subsolo estudado, em Liaison Labo P et Ch. Maio-Junho, 1981.
conjunto, por meio de tentativas. Dessa forma a Bustamante, M., Gambin, M, Gianeselli, L. (2009) – Pile
validação do método citado para cálculo de carga design at failure using the Ménard pressuremeter: an
de ruptura nesse tipo de estaca se torna mais up-date. Contemporary topics in in-situ testing,
coerente, uma vez que esse método é o mais analysis and realiability of foundations. International
Foundation Congress & Equipment Expo 2009,
atual, e entende-se que sendo mais atual é IFCEE’09, Orlando, nº 186.
também mais refinado, com dados adicionais de Cavalcante, E. H. et. al (2006) – Campos experimentais
Brasileiros. XIII Cobramseg – congresso brasileiro de
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