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Prática 1
Rotações de corpos rígidos e conservação
do momento angular
3 Resultados e Discussão 5
3.1 Determinação experimental do momento de inércia de um
disco (Roda de Maxwell) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.2 Choques rotacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4 Apêndices 7
4.1 Roda de bicicleta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4.2 Momento de inércia variável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
5 Conclusões 8
6 Bibliograa 10
1
1 Objetivos
Nesta prática, foram realizados dois experimentos, no primeiro o objetivo
era determinar o momento de inércia de um disco através da análise de sua
rotação, no segundo experimento, o objetivo era determinar o momento de
inércia de uma peça cilíndrica analisando as características da dinâmica de
colisões rotacionais plásticas.
2 Materiais e Métodos
2.1 Materiais
Cronómetro digital
Régua de 30cm
Sensor óptico
Roda de Maxwell
Anel cilindrico
Suportes
Paquímetro
2.2 Métodos
2.2.1 Determinação experimental do momento de inércia de um
disco (Roda de Maxwell)
Neste primeiro experimento, um cilindro que atravessa o centro de massa
de um disco de raio r foi suspenso por dois barbantes, amarrando cada
extremidade do cilindro ao suporte. Com o auxilio de uma régua, foram
denidas seis alturas hi que representam a distância do ponto de soltura
da roda até seu ponto mínimo. A roda de Maxwell foi solta três vezes de
cada uma das alturas. A roda liberada ganha velocidade de translação v e
velocidade de rotação ω e o tempo t que a roda leva para percorrer a altura
completa foi medido com um cronometro digital.
2
Figura 1: Roda de Maxwell. (a) Estado inicial em repouso. (b) Estado
para um tempo arbitrário de descida.
As dimensões da roda de Maxwell foram medidas com um paquímetro
e sua massa foi medida com uma balança, permitindo assim o calculo do
momento de inércia a partir dos dados geométricos dos cilindros. Levando
em conta apenas forças conservativas, aplicamos o princípio da conservação
da energia mecânica e assim foi possível calcular as energias inicial e nal do
sistema. Para esses cálculos foram utilizadas as seguintes equações:
Energia mecânica inicial, apenas a energia potencial gravitacional.
Ea = mgh (1)
Energia mecânica nal igual a soma das energia cinética translacional
mais a energia cinética rotacional:
1 1
Eb = mv 2 + Iω 2 (2)
2 2
Substituindo ω por v
r obtemos:
v2
I
gh = 1+ (3)
2 mr2
Manipulando as equações para posição e velocidade do movimento uni-
formemente ecelerado obtemos
a 2
h= t (4)
2 b
3
e
v = atb (5)
obtendo
2h
v= (6)
tb
Substituindo essa equação em (3), encontramos o valor do momento de
inércia da roda. 2
gtb
I= − 1 mr2 (7)
2h
4
que foi então comparado com seu momento de inércia determinado geométri-
camente utilizando medições de paquímetro de suas dimenções. Esse exper-
imento foi repetido
3 Resultados e Discussão
3.1 Determinação experimental do momento de inércia de
um disco (Roda de Maxwell)
parte 1
Tabela 1: relação da altura da roda com o tempo de descida.
h(cm ± 0.1) t2 (s2 ± 0.01)
9 1.15
18 2.57
27 4.21
36 5.44
45 6.93
52 8.58
5
parte 2
tm = (2, 58 ± 0.05)s
I1 = 0.0050 ± 0.0007
6
Tabela 2: Dados das partes da roda de Maxwell
parte Massa(± 0,1kg) I(kg.m2 )
Peça 1 0.12717 ± 0.00001 0.0000024 ± 0.0000002
Peça 2 0.47049 ± 0.00001 0.000923 ± 0.000002
Peça 3 0.9233 ± 0.00001 0.0044 ± 0.00001
Total 1.5175 ± 0.00003 0.00540 ± 0.00001
I1 = (0.00540 ± 0.00001)kg.m2
I1 ω1 + I2 ω2 = (I1 + I2 )ωf
4 Apêndices
4.1 Roda de bicicleta
Ao girar uma roda de bicicleta livremente sentado em um banco segurando-
a, inicialmente, com o eixo de rotação na horizontal, a roda ganha momento
anular. Ao mudar o eixo de rotação da vicicleta da posição horizontal para
a vertical, ou seja, levatando a roda, todo conjunto sobre o banco passa a
girar no sentido contrário de rotação da roda.
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O fenômeno físico observado ocorre devido aos conceitos de momento an-
gular, sendo esse expresso por uma grandeza vetorial com módulo, direção
e sentido. Na situação citada acima, o vetor momento angular da roda se
encontra na direção do eixo de rotação e, ao mudar o eixo de rotação da roda
da posição horizontal para vertical, altera-se também a direção do vetor mo-
mento angular. Assim, para conservar o momento angular do conjunto todo
a plataforma passa a girar com o vetor momento angular em um sentindo
inverso ao da roda. Ademais, a velocidade angular de rotação do conjunto
todo é menor do que a da roda, isso ocorre devido o maior momento de
inércia do conjunto.
Do mesmo modo, observa-se que na rotação da roda de bicicleta há ausên-
cia de forças externas atuando no sistema, não havendo torque. Isso ocorre
devido à forças como peso e normal que passam pelo Centro de Massa da
direção de rotação, não resultando em torque.
5 Conclusões
Com os resultados obtidos no primeiro expetimento, podemos concluir que é
possível de se calcular o momento de inércia de um disco com base em uma
análise da conservação de energia de um sistema. Pois quando comparado
com o valor para momento de inércia obtido por análise geométrica da peça,
observamos que a diferença entre os dois é desprezível, levando em conta a
equação:
|x1 − x2 | < 2(σ1 + σ2 )
8
onde x1 e x2 são os valores da grandeza e σ1 e σ2 suas incertezas. Já no
segundo experimento, foi constatado que a conservação do momento vetorial
serve também, como forma de cálculo do momento de inércia de um objeto.
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6 Bibliograa
SCHNEIDER, José Fabian; AZEVEDO, Eduardo Ribeiroo. Labo-
ratório de Física II: Livro de Práticas. São Carlos: Instituto de Física
de São Carlos, 2018.
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