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Universidade de São Paulo

Instituto de Física de São Carlos


Laboratório de Ensino de Física

7600013 - Laboratório de Física II


Prof. Dr. Euclydes Marega Junior

Prática 1
Rotações de corpos rígidos e conservação
do momento angular

Camila Chaves - 10784310


Fernando Bermude Graça - 8531442

São Carlos - 2019


Contents
1 Objetivos 2
2 Materiais e Métodos 2
2.1 Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2.2 Métodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2.2.1 Determinação experimental do momento de inércia de
um disco (Roda de Maxwell) . . . . . . . . . . . . . . 2
2.2.2 Choques rotacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

3 Resultados e Discussão 5
3.1 Determinação experimental do momento de inércia de um
disco (Roda de Maxwell) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.2 Choques rotacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

4 Apêndices 7
4.1 Roda de bicicleta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4.2 Momento de inércia variável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

5 Conclusões 8
6 Bibliograa 10

1
1 Objetivos
Nesta prática, foram realizados dois experimentos, no primeiro o objetivo
era determinar o momento de inércia de um disco através da análise de sua
rotação, no segundo experimento, o objetivo era determinar o momento de
inércia de uma peça cilíndrica analisando as características da dinâmica de
colisões rotacionais plásticas.

2 Materiais e Métodos
2.1 Materiais
ˆ Cronómetro digital

ˆ Balança (precisão de 0.1g)

ˆ Régua de 30cm

ˆ Sensor óptico

ˆ Roda de Maxwell

ˆ Anel cilindrico

ˆ Suportes

ˆ Paquímetro

2.2 Métodos
2.2.1 Determinação experimental do momento de inércia de um
disco (Roda de Maxwell)
Neste primeiro experimento, um cilindro que atravessa o centro de massa
de um disco de raio r foi suspenso por dois barbantes, amarrando cada
extremidade do cilindro ao suporte. Com o auxilio de uma régua, foram
denidas seis alturas hi que representam a distância do ponto de soltura
da roda até seu ponto mínimo. A roda de Maxwell foi solta três vezes de
cada uma das alturas. A roda liberada ganha velocidade de translação v e
velocidade de rotação ω e o tempo t que a roda leva para percorrer a altura
completa foi medido com um cronometro digital.

2
Figura 1: Roda de Maxwell. (a) Estado inicial em repouso. (b) Estado
para um tempo arbitrário de descida.
As dimensões da roda de Maxwell foram medidas com um paquímetro
e sua massa foi medida com uma balança, permitindo assim o calculo do
momento de inércia a partir dos dados geométricos dos cilindros. Levando
em conta apenas forças conservativas, aplicamos o princípio da conservação
da energia mecânica e assim foi possível calcular as energias inicial e nal do
sistema. Para esses cálculos foram utilizadas as seguintes equações:
Energia mecânica inicial, apenas a energia potencial gravitacional.
Ea = mgh (1)
Energia mecânica nal igual a soma das energia cinética translacional
mais a energia cinética rotacional:
1 1
Eb = mv 2 + Iω 2 (2)
2 2
Substituindo ω por v
r obtemos:
v2
 
I
gh = 1+ (3)
2 mr2
Manipulando as equações para posição e velocidade do movimento uni-
formemente ecelerado obtemos
a 2
h= t (4)
2 b

3
e
v = atb (5)
obtendo
2h
v= (6)
tb
Substituindo essa equação em (3), encontramos o valor do momento de
inércia da roda.  2 
gtb
I= − 1 mr2 (7)
2h

2.2.2 Choques rotacionais

Figura 2: Montagem experimental para analisar a colisão de duas peças


cilíndricas.

Neste experimento, foi utilizado um choque rotacional plástico para deter-


minar o momento de inércia de um cilindro furado. A roda de Maxwell do
experimento anterior foi girada em 90º e colocada em um suporte que per-
mite sua rotação, acima da roda foi suspendido um cilindro furado, junto ao
sistema foi posicionado um sensor óptico capaz de medir a rotação da roda.
A roda foi posta em rotação, assim que a velocidade da roda atinge estabil-
idade o cilindro furado é solto e entra em contato com a Roda de Maxwell.
Considerando a conservação do momento angular, com base na velocidade
angular nal, foi então calculado o momento de inércia do cilindro furado,

4
que foi então comparado com seu momento de inércia determinado geométri-
camente utilizando medições de paquímetro de suas dimenções. Esse exper-
imento foi repetido

3 Resultados e Discussão
3.1 Determinação experimental do momento de inércia de
um disco (Roda de Maxwell)
parte 1
Tabela 1: relação da altura da roda com o tempo de descida.
h(cm ± 0.1) t2 (s2 ± 0.01)
9 1.15
18 2.57
27 4.21
36 5.44
45 6.93
52 8.58

Figura 3: Gráco com os dados da tabela 1

5
parte 2

Tabela 2: tempos de descida da roda.


i t(s)
1 2.47
2 2.53
3 2.47
4 2.53
5 2.60
6 2.75
7 2.53
8 2.56
9 2.56
10 2.56
11 2.66
12 2.56
13 2.72
14 2.72
15 2.62
16 2.62
17 2.56
18 2.50
19 2.56
20 2.57

A massa do disco: (1,5158 ± 0.0001)g


A altura inicial do disco: (0.35 ± 0.01)m
Calculando a média dos tempos medidos experiemntalmente, temos que:

tm = (2, 58 ± 0.05)s

Utilizando a equação (7), calculamos o momento de inércia do disco:

I1 = 0.0050 ± 0.0007

Para calcular o momento de inécia geometricamente, foram utilizadas as


equações:  
1
I= M R2 (8)
2
1
I = M R12 + R22 (9)

2

6
Tabela 2: Dados das partes da roda de Maxwell
parte Massa(± 0,1kg) I(kg.m2 )
Peça 1 0.12717 ± 0.00001 0.0000024 ± 0.0000002
Peça 2 0.47049 ± 0.00001 0.000923 ± 0.000002
Peça 3 0.9233 ± 0.00001 0.0044 ± 0.00001
Total 1.5175 ± 0.00003 0.00540 ± 0.00001

I1 = (0.00540 ± 0.00001)kg.m2

3.2 Choques rotacionais


Tabela 3: Momento de inércia do cilindro furado.
ω1 (franjas/s) ω2 (franjas ) I2 (kg.m2 )
185± 1 88± 1 0.0055
190± 1 93± 1 0.0052
119± 1 54± 1 0.0060
123± 1 55± 1 0.0061
105± 1 49± 1 0.0057

A tabela 3 lista os resultados para os momentos de inércia I2 do cilindro


furado calculados a partir da fórmula:

I1 ω1 + I2 ω2 = (I1 + I2 )ωf

Que serve para choques rotacionais plásticos e do momento de inércia I1


encontrado na parte 2 do experimento anterior. O momento de inércia médio
encontrado foi: I2 = 0,0057 kg.m2
Para determinar o momento de inércia do cilindro furado geometrica-
mente podemos aplicar suas medidas à equação (9): \[ I2 = 1 2∗2.2295∗(0.0632
+ 0.0352 ) = 0.05790 kg.m2

4 Apêndices
4.1 Roda de bicicleta
Ao girar uma roda de bicicleta livremente sentado em um banco segurando-
a, inicialmente, com o eixo de rotação na horizontal, a roda ganha momento
anular. Ao mudar o eixo de rotação da vicicleta da posição horizontal para
a vertical, ou seja, levatando a roda, todo conjunto sobre o banco passa a
girar no sentido contrário de rotação da roda.

7
O fenômeno físico observado ocorre devido aos conceitos de momento an-
gular, sendo esse expresso por uma grandeza vetorial com módulo, direção
e sentido. Na situação citada acima, o vetor momento angular da roda se
encontra na direção do eixo de rotação e, ao mudar o eixo de rotação da roda
da posição horizontal para vertical, altera-se também a direção do vetor mo-
mento angular. Assim, para conservar o momento angular do conjunto todo
a plataforma passa a girar com o vetor momento angular em um sentindo
inverso ao da roda. Ademais, a velocidade angular de rotação do conjunto
todo é menor do que a da roda, isso ocorre devido o maior momento de
inércia do conjunto.
Do mesmo modo, observa-se que na rotação da roda de bicicleta há ausên-
cia de forças externas atuando no sistema, não havendo torque. Isso ocorre
devido à forças como peso e normal que passam pelo Centro de Massa da
direção de rotação, não resultando em torque.

4.2 Momento de inércia variável


Uma pessoa sentada em um banco girando livremente e segurando dois hal-
teres, um em cada mão, com os braços estendidos, ganha um momento angu-
lar em que todo o conjunto começa a realizar uma rotação. Após realizado a
rotação, caso a pessoa feche os braços, a velocidade de rotação irá variar, au-
mentando a velocidade. Essa situação acontece porque, ao fechar os braços,
as massas do halteres cam mais proximas do eixo de rotação, inuenciando
no momento de inercia do corpo. Ao realizar o movimento, a distribuição
das massas faz com que, quanto menor sejam as distancias dos halteres ao
eixo de rotação, menor será o momento de inercia. Devido a lei de conser-
vação do momento angular, o momento angular total do sistema continuará
sendo o mesmo, antes e depois de fechar os braços, por isso, para compen-
sar a diminuição do momento de inércia, ocorre um aumento na velocidade
angular.

5 Conclusões
Com os resultados obtidos no primeiro expetimento, podemos concluir que é
possível de se calcular o momento de inércia de um disco com base em uma
análise da conservação de energia de um sistema. Pois quando comparado
com o valor para momento de inércia obtido por análise geométrica da peça,
observamos que a diferença entre os dois é desprezível, levando em conta a
equação:
|x1 − x2 | < 2(σ1 + σ2 )

8
onde x1 e x2 são os valores da grandeza e σ1 e σ2 suas incertezas. Já no
segundo experimento, foi constatado que a conservação do momento vetorial
serve também, como forma de cálculo do momento de inércia de um objeto.

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6 Bibliograa
ˆ SCHNEIDER, José Fabian; AZEVEDO, Eduardo Ribeiroo. Labo-
ratório de Física II: Livro de Práticas. São Carlos: Instituto de Física
de São Carlos, 2018.

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