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INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE

CAMPUS PELOTAS
EDUCAÇÃO FÍSICA VII
Profa. Maria Cristina Chagas
Aluno: Bruno de Farias – TECQUI 7M

Reflexão acerca dos artigos sobre barreiras


para a prática da atividade física no Brasil

Ao redor de todo o mundo, hodiernamente vê-se cada vez mais a diminuição da


prática de atividades físicas por toda estratificação da sociedade. A preocupação agrava-
se quando o público-alvo dos dados são os jovens. De acordo com os dados
apresentados pelos mais diversos órgãos como a OMS e o Ministério da Saúde, o número
de crianças e adolescentes em situação de sobrepeso e obesidade cresceu
exponencialmente entre o final do século XX e o início do século XXI. Isso se dá, entre
outras razões, pelo sedentarismo característico do estilo de vida moderno.
Em razão disso, os artigos trazidos trouxeram pesquisas com adolescentes de
escolas públicas de Curitiba, buscando entender os motivos pelos quais a prática da
atividade física encontra-se em um estado tão defasado. De acordo com os alunos, as
principais barreiras que os levam ao sedentarismo são a preguiça, a falta de companhia, a
instabilidade climática, a impossibilidade de irem ao local da prática e a falta de
instalações.
Pessoalmente, acredito que três dos principais motivos apontados pelos alunos
possam ser indicados como oriundos da carência de investimentos governamentais.
Dessa forma, é possível atribuir uma relação direta entre o descompromisso do governo
com o esporte e o aumento do número de jovens sedentários no Brasil. A preguiça,
principal razão pela não prática de atividade física pelos adolescentes, é uma indicação
explicita da falta do incentivo à prática de esportes pelo Estado. Sem o incentivo estatal, o
jovem não desenvolve o interesse pela atividade física, e acaba estagnado em uma
situação de sedentarismo.
A falta de instalações, bem como a falta de transporte ao local da prática também
podem ser relacionados à falta de investimentos. Caso houvessem espaços adequados
para o exercício da atividade física e também meios de transporte viáveis para que os
jovens pudessem ir a esses espaços com segurança, com certeza a quantidade de
adolescentes engajados na prática de esportes aumentaria.
Particularmente, acredito que, no meio o qual estou inserido, as barreiras seriam
um pouco diferentes daquelas indicadas pelos alunos da pesquisa, porém, ainda assim, a
taxa de sedentarismo continuaria alta. Creio que o principal motivo que impediria a prática
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Profa. Maria Cristina Chagas
Aluno: Bruno de Farias – TECQUI 7M

de atividades físicas no meu meio seria a falta de tempo. Digo isso, pois, na bolha na qual
me encontro, as pessoas estão mais voltadas para a entrada no mercado de trabalho,
períodos de estágio – em função do curso técnico —, sendo assim, a escassez de tempo
se apresentaria como um fator ímpar para a defasagem da prática de exercícios físicos e
o aumento do sedentarismo.
No entanto, olhando de forma mais ampla para o tecido civil onde vivo, imagino que
sim, as barreiras se manteriam similares. Vê-se pelas ruas da cidade a ausência de locais
próprios e gratuitos para praticar esportes, a falta de incentivos aos jovens para a prática
de esportes ou qualquer atividade física, a dificuldade do acesso aos poucos locais
disponíveis para o exercício…
Para mim, especialmente, acredito que a maior barreira seria, como destacada
anteriormente, a falta de tempo. A rotina acadêmica e trabalhista acaba consumindo uma
enorme parcela do meu dia e, quando em casa, acabo utilizando a maior parte do tempo
para focar na realização de atividades relacionadas com esses âmbitos. No final, o pouco
tempo que resta utilizo para descansar e para o lazer. Gostaria de destinar pelo menos
uma hora do meu dia à prática de atividades físicas, especialmente musculação. No
entanto, a sobrecarga de outras atividades durante o dia acaba por me fazer desistir da
ideia e deixar para outro momento no qual eu venha a ter uma maior parcela de tempo
livre.

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