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UNIDADE 2. 1. Introdução: Cristal perfeito.

2.6 Imperfeições em sólidos Empilhamento perfeito de átomos.

cristalinos

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1.Introdução: 2.Fundamentos

Sólido idealizado não existe; todos os materiais Defeito cristalino - irregularidade na rede cristalina com
contêm grandes números de uma variedade de uma ou mais das suas dimensões na ordem de um
defeitos ou imperfeições. diâmetro atômico.

Defeitos Pontuais - defeitos associados a uma ou
As propriedades são profundamente sensíveis a duas posições atômicas.
desvios da perfeição cristalinas
Defeitos Lineares - defeitos unidimensionais (linhas)

Defeitos Interfaciais ou Contorno - defeitos
“ DEFEITOS” PROPRIEDADES bidimensional.

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3. Defeitos Pontuais
Defeitos Pontuais:

• Lacuna e ou sítio vago – um sítio que normalmente

• Lacunas ou sítio vago
deveria estar ocupado, mas está com um átomo
• Auto-intersticial
faltando.

Impurezas em sólido (solução sólida):

OBS:
• Defeito substitucional Todos os sólidos cristalinos contêm lacunas.
• Defeito intersticial
Temperatura Lacuna

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Defeitos Pontuais: 3. 1 Defeitos Pontuais

• Auto-intersticial – é um átomo do cristal que se
encontra comprimido no interior de um sítio intersticial,
um pequeno espaço vazio que sob circunstâncias
ordinárias não é ocupado.

OBS:
Introduz distorções relativamente grandes na rede
cristalina circunvizinha, pois o átomo é
Representação bidimensional de uma lacuna e um auto-intersticial.
substancialmente maior do que a posição intersticial.

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4. Impurezas em Sólidos 4. Impurezas em Sólidos

Pureza dos metais alcança até 99,9999%. Átomos de Soluto é um componente ou elemento de uma
impurezas estarão presentes em 1022 a 1023 solução que está presente em uma menor
átomos/m3. concentração. Ele está dissolvido no solvente.
Liga – uma substância metálica composta por dois ou
mais elementos. Solvente é o componente de uma solução que está
As ligas são utilizadas em Metais para melhorar presente em maior quantidade. Ele é o componente
propriedades, como por exemplo aumentar a que dissolve o soluto.
resistência mecânica e sua resistência à corrosão.

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4. Impurezas em Sólidos 5. Solução Sólida

A adição de átomos de impurezas a um metal irá Solução sólida

resultar na formação de uma solução sólida e/ou uma
Se forma quando, à medida que átomos de soluto são
nova segunda fase.
adicionados ao material hospedeiro, a estrutura
• Tipo e concentração de impureza cristalina é mantida, e nenhuma nova estrutura é
• Temperatura da liga formada.

Solução sólida
Defeitos Pontuais são encontrados em solução sólida
devido à presença de impurezas

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Defeitos Pontuais / Solução Sólida
Defeitos Pontuais / Solução Sólida

• Substitucional - Os átomos do soluto ou átomos de • Intersticial - Os átomos de impurezas preenchem os

impurezas tomam o lugar dos átomos hospedeiros ou espaços vazios ou interstícios que existem entre os
os substituem. átomos hospedeiros.
Ex: Cobre e Níquel (solução sólida substitucional, em qualquer
FEA dos Metais Posições intersticial
proporção)

1. Fator do tamanho atômico. (diferença entre R.A. < 15%) Diâmetro atômico de impureza intersticial
2. Estrutura Cristalina (deve ser a mesma) <
3. Eletronegatividade
Diâmetro do átomo hospedeiro.
4. Valências (dissolver um metal de maior valência)

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Defeitos Pontuais / Solução Sólida 3. 2 Defeitos Pontuais

• Intersticial

A concentração máxima permissível para os átomos de

impureza intersticial é baixa (inferior a 10%), eles
introduzem alguma deformação na rede cristalina
sobre átomos hospedeiros adjacentes.

Ex: Carbono (até 2%) forma uma solução sólida

intersticial quando adicionada ao Ferro.
Representação esquemática bidimensional de um átomo de
impureza substitucional e um átomo de impureza intersticial.

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6. Defeitos Lineares 6. Discordância

• Discordância aresta/ cunha É um defeito linear, unidimensional em torno do qual

• Discordância espiral/ hélice alguns átomos estão desalinhados e provocam uma
• Discordância mista distorção na estrutura cristalina.

Toda a teoria de deformação e endurecimento de

metais é fundamentada na movimentação da
discordância.

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6. Discordância
Virtualmente, todos os materiais cristalinos contêm
algumas discordâncias que foram introduzidas durante
o processo de solidificação, durante a deformação
plástica e como consequência das tensões térmicas
que resultam de um resfriamento rápido.
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• Discordância em cunha
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• Discordância em cunha
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Defeitos Lineares
• Discordância em cunha ou aresta
Plano extra de átomos no reticulado que provoca uma
imperfeição linear.
Zonas de compressão e de tração acompanham esse
tipo de discordância, que possui ao longo de sua linha
um aumento de energia.
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Defeitos Lineares
• Discordância em cunha ou aresta
Vetor de Burgers (b) representa a magnitude e a
direção da distorção do reticulado.
A magnitude desta distorção normalmente tem a ordem
de uma distância interatômica.
Na discordância em cunha o vetor de Burgers é
perpendicular a linha de discordância (plano extra).
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• Movimento da Discordância em Cunha
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Defeitos Lineares • Discordância em hélice

• Discordância em espiral/ hélice

Pode ser imaginada como sendo o resultado da

aplicação de uma tensão de cisalhamento.

Na discordância em hélice o vetor de Burgers é

paralelo a linha de discordância.

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6. Defeitos Lineares
Defeitos Lineares

As discordâncias se originam mais comumente durante

a deformação. O cisalhamento introduz tanto
discordância em aresta/cunha quanto em espiral/
hélice.

Ambas levam o mesmo deslocamento final e estão de

fato relacionadas às linhas de discordância que
formam.

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Defeitos Lineares
Defeitos Lineares

O processo no qual a deformação plástica é produzida

pela movimentação de discordância é denominado
escorregamento. Assim o plano de átomos pelo qual
uma discordância se movimenta é conhecido como
plano de escorregamento.

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Defeitos Lineares • Discordância Mista

• Discordância Mista

Na verdade os materiais metálicos só apresentarão

discordância mistas, entretanto como estas
discordância são complexas, é mais fácil estudá-las
como misturas de discordâncias em cunha e hélice.

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6. Defeitos Interfaciais
Defeitos Interfaciais

• Superfície externas
• Superfícies externas
• Contornos de grão Os átomos da superfície não estão ligados ao número
• Contornos de macla máximo de vizinhos mais próximo, e estão, portanto,
em um estado de maior energia do que os átomos nas
posições interiores.

Reduzir a área total da superfície (líquidos)

Reduzir energia

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Defeitos Interfaciais
Defeitos Interfaciais

• Contornos de grão • Contornos de grão

Contorno que separa dois pequenos grãos ou cristais

que possuem diferentes orientações cristalográficas
em materiais policristalinos.

Existem alguns desencontros atômicos na transição da

orientação cristalina de um grão para aquela de outro
grão adjacente.

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Defeitos Interfaciais
Defeitos Interfaciais

• Contornos de grão • Contornos de grão

Desencontro pequeno da orientação (poucos graus) Existe uma energia interfacial ou do contorno de grão
que é semelhante à energia de superfície. A magnitude
contorno de grão de baixo ângulo (<10 )
dessa energia é uma função do grau de desorientação.

Desencontro com maior desorientação (muitos graus)

Desorientação (grande ângulo) Energia
contorno de grão de alto ângulo

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Defeitos Interfaciais
Defeitos Interfaciais

• Contornos de grão • Contornos de grão

Os contornos são quimicamente mais reativos. Apesar do arranjo desordenado de átomos e da falta de
Átomos de impurezas segregam preferencialmente ao uma ligação regular ao longo dos contornos de grãos, um

longo dos contornos. material policristalino ainda é muito forte; forças de

coesão estão presentes no interior e através do contorno.
Grãos grandes Áreas de contorno Energia
Os grãos crescem quando se encontram a Materiais com grãos menores apresentarão maior
resistência, pois a diferença de orientação resultará em
temperaturas elevadas, a fim de reduzir a energia do
uma descontinuidade de plano de escorregamento.
contorno.

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Defeitos Interfaciais
Defeitos Interfaciais

• Contornos de grão • Contornos de Macla

Um tamanho de grão pequeno produz muitos É um tipo especial de contorno de grão através do qual
contornos e as discordâncias podem mover-se apenas existe uma simetria específica em espelho da rede
por uma curta distância antes de encontrar outro cristalina; isto é, os átomos em um dos lados do
contorno. Assim, em baixas temperaturas, é possível contorno estão localizados em posições de imagem em
dizer que a redução do contorno de grão promove um espelho dos átomos no outro lado do contorno.
aumento do limite de escoamento do material.

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Defeitos Interfaciais
Defeitos Volumétricos ou de Massa

• Contornos de Macla • Poros, trincas, inclusões exógenas e outras fases.

Esses defeitos são maiores do que todos os anteriores.

Eles são normalmente introduzidos durante as etapas

de processamento e fabricação.

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Exemplos práticos de defeitos
Exemplos

• O processo de dopagem em semicondutores visa • Wiskers de ferro (sem imperfeições do tipo

criar imperfeições para mudar o tipo de condutividade discordâncias) apresentam resistência maior que
em determinadas regiões do material. 70GPa, enquanto o ferro comum rompe-se a
aproximadamente 270MPa.
• A deformação mecânica dos materiais promove a Monocristal muito fino, de alta perfeição, que possui uma razão
comprimento/diâmetro extremamente grande. Os uísqueres são usados
formação de imperfeições que geram um aumento na
como a fase de reforço em alguns compósitos.
resistência mecânica (processo conhecido como • Ligas: adiciona-se átomos de impureza para
encruamento). aumentar a resistência mecânica e a resistência à
corrosão.

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Conclusões

O trabalho a frio aumenta o limite de escoamento do

material devido ao encruamento. Este processamento eleva
a densidade de discordâncias de 105 – 106 cm-2 (cm/cm3),
existente em um cristal recozido, para algo em torno de 1010
– 1012 cm-2.

A presença de outras discordâncias, contornos de grão ou

de precipitados pode agir como obstáculos ao movimento
de uma discordância, resultando em um aumento da
resistência. Por outro lado, a ductilidade do material é
reduzida.